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Tec.Muscular Estriado Cardíaco - Resumo

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Page 1: Tec.Muscular Estriado Cardíaco - Resumo

Tecido Muscular Estriado Cardíaco

Este tipo de músculo está presente no coração, constituindo o miocárdio.

O coração é um dos primeiros órgãos a se formar no desenvolvimento embrionário e sua contração está relacionada com o conceito de vida do ser humano, pois somente quando cessam seus batimentos é definido o óbito. Veja abaixo a localização do coração no organismo humano.

O coração humano possui quatro câmaras: dois átrios aonde chegam veias e dois ventrículos de onde partem artérias. Não há comunicação direta entre o lado esquerdo e direito do coração de modo que possuímos duas circulações, que se comunicam através dos vasos sanguíneos. Veja esquema abaixo.

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O tecido muscular estriado cardíaco, assim como o esquelético, apresenta fibrocélulas bastante compridas. Entretanto, elas são mono ou binucleadas, com núcleos localizados mais para o centro da célula.

O arranjo das células musculares cardíacos é bastante complexo, por isso num mesmo corte histológico são observadas fibras em diferentes direções.Tais fibras estão organizadas em camadas que envolvem as câmaras do coração como uma espiral complexa (veja imagem abaixo).

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As fibras cardíacas possuem discos intercalares, que são linhas de junção entre uma célula e outra e aparecem mais coradas do que as estrias transversais. Tais discos intercalares são exclusividade do músculo cardíaco e se tratam de complexos juncionais encontrados na interface de células adjacentes. Veja na imagem abaixo o aspecto destes discos intercalares ao microscópio óptico.

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Nos discos intercalares encontram-se três especializações juncionais principais: zônula de adesão, desmossomos e junções comunicantes. As zônulas de adesão servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcômeros terminais. Os desmossomos unem as células impedindo que se separem durante a atividade contrátil. As juncções comunicantes são responsáveis pela continuidade iônica entre as células musculares vizinhas, garantindo que o sinal para contração passe como uma onda entre as células vizinhas (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).

A imagem abaixo mostra um disco intercalar observado em microscopia eletrônica de transmissão.

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As fibras cardíacas são circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, a qual contém abundante rede de capilares sanguíneos. Além disso, as células cardíacas contêm numerosas mitocôndrias, que ocupam cerca de 40% do volume do citoplasma, refletindo o intenso metabolismo aeróbico desse tecido.

As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores, especialmente abundantes no átrio esquerdo. Tais grânulos contém o precursor do hormônio natriurético o ANP (Atrial Natriuretic Peptide), o qual atua nos rins aumentando a eliminação de sódio e água pela urina, reduzindo a pressão arterial (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2004).

Algumas características Gerais do Músculo Estriado Cardíaco

a) Núcleos celulares: Um ou dois núcleos centrais

b) Presença de Sarcômeros: Sim. A estrutura e a função das proteínas contráteis das células musculares cardíacas são praticamente as mesmas do músculo esquelético, com a diferença que nas células cardíacas o sistema T e o retículo sarcoplasmático não são tão bem organizados quanto nas células esqueléticas.

c) Morfologia das Células: Células ramificadas com discos intercalares

d) Citoesqueleto de contração: Sarcômeros (Actina-f, Tropomiosina, Troponina, Miosina).

e) Inervação efetora: Sistema Nervoso Autônomo. Tanto os ramos do simpático quanto do parassimpático contribuem para inervação do coração, afetando o ritmo do batimento cardíaco em várias situações (exercícios, emoções, etc). A estimulação do parassimpático (nervo vago) diminui o ritmo dos batimentos cardíacos, enquanto a estimulação do simpático tem o efeito oposto.

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f) Tipo de Contração: Involuntária, rítmica e espontânea.

g) Junções celulares: Discos intercalares ou estrias escalariformes (desmossomos e junções comunicantes).

h) Distribuição: Coração.

i) Regeneração: Não

j) Mitose: Não

Em resumo: A presença de cálcio induz a contração do sarcômero. Quando o músculo se contrai, as bandas I e H diminuem de largura. A contração muscular se dá pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina. Essa ideia é conhecida como teoria do deslizamento dos filamentos.

Nas pontas dos filamentos de miosina existem pequenas projeções, capazes de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina quando o músculo é estimulado. As projeções da miosina puxam os filamentos de actina como dentes de uma engrenagem, forçando-os a deslizar sobre os filamentos de miosina, o que leva ao encurtamento das miofibrilas e à conseqüente contração da fibra muscular.