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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES” Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes” Curso de Habilitação Profissional de Técnico em Segurança do Trabalho Técnicas de Negociação em Serviços Especializados em Engenharia de Segurança MÓDULO II Tatuí-SP 2015

Técnicas de Negociação em Serviços Especializados em Engenharia de ... · Conceitos de Marketing e Propaganda - um resumo por Edson de Almeida e Franzen O cérebro é como um

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL “MANOEL GUEDES”

Escola Técnica “Dr. Gualter Nunes”

Curso de Habilitação Profissional de Técnico

em Segurança do Trabalho

Técnicas de Negociação em

Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança

MÓDULO II

Tatuí-SP

2015

Técnicas de Negociação Quem é o NEGOCIADOR?

O negociador é o profissional que pensa, avalia, analisa e pondera, coerentemente, todas as informações que lhe forem apresentadas na intenção de se chegar a uma resposta apropriada em uma relação de troca. Ele deverá saber o momento exato de perguntar, de ouvir e de pensar. Ele deverá estar preparado para aprender tudo o que lhe for passado e o momento

correto de abordar a outra parte. O negociador é o elemento-chave do jogo e deve estar atento a tudo o que diz respeito a seus interesses, assim como tudo o que envolve os interesses da outra parte. Falhas não são aceitas no atual contexto global, pois uma parceria duradoura poderá ser quebrada em função destas. Na globalização, com o aumento da concorrência e a facilidade da informação, todas estas características passaram a ser ainda mas importante. Habilidades inerentes ao negociador Para que uma negociação seja efetiva é importante que o negociador apresente determinadas habilidades, segundo (Martinelli e Almeida, 1997), são elas: • Concentrar–se nas idéias - Não deixar que a negociação seja levada para aspectos pessoais, mostrando às pessoas o quanto estão erradas. O ponto de vista de cada um deve ser colocado como uma oportunidade de reflexão e de revisão de opiniões e não como um choque de posições. • Discutir as proposições - Centrar a discussão em aspectos realmente relevantes, não se apegando a casos e situações episódicas, que normalmente caracterizam-se por visões muito particulares. • Proporcionar alternativas à outra parte - Não se deve tentar deixar o adversário sem alternativas e sim buscar o máximo de alternativas que possam satisfazê-lo. • Ter objetividade no equacionamento dos problemas - É

fundamental para que os problemas sejam equacionados da melhor maneira possível e com efetividade para se buscar a solução mais adequada. • Apresentar propostas concretas - Tudo o que é discutido deve ser apresentada em forma de conclusão, evitando mal entendidos. • Saber falar e ouvir - Saber falar é tão importante quanto saber ouvir . • Colocar-se no lugar da outra parte - Essa atitude ajuda a compreender melhor a outra parte em suas necessidades e problemas. • Ter consciência de que se negocia o tempo todo - A negociação é o resultado de um investimento constante em educação gerencial. • Saber interpretar o comportamento humano e as reações das pessoas - Isso exige ter conhecimentos sobre as pessoas em termos das suas reações, maneiras de agir e de pensar. • Saber separar os relacionamentos pessoais dos interesses - Isso exige colocar os interesses da organização acima dos pessoais, tendo uma postura ética perante a empresa. • Evitar estruturar um relacionamento em função de um acordo - Exigir um relacionamento em longo prazo. A negociação EFICAZ?

A negociação eficaz depende de muita competência. Devemos lembrar que esta competência diz respeito tanto a aspectos externos da realidade dos negociadores como também de suas realidades internas, tais como os processos de percepção, expectativas, emoções, temores, atitudes,

crenças, valores e necessidades. Um negociador eficaz sabe que as pessoas normalmente se comportam de acordo com a realidade percebida, isto é com seus mapas mentais que são suas representações da realidade externas, ou seja, do território e, conseqüentemente, dos cenários da negociação. Portanto, faz parte do processo de negociação descobrir as experiências subjetivas próprias e do outro negociador, além de

entender o seu território interno, pois este é o verdadeiro local em que a negociação acontece. Variáveis aplicadas num processo de negociação Um bom negociador deve conhecer e utilizar três variáveis distintas, porém, interdependentes, são elas: Informação: é tudo aquilo que reduz as incertezas! Quanto mais informação tem o negociador, mais poder ele terá. Tempo: está ligado a como as pessoas se mobilizam em direção aos seus objetivos. Em negociação, o tempo não tem o sentido cronológico do termo. Está ligado aos avanços e aos recuos que as partes fazem deliberadamente ou não, para não perder, manter ou ganhar poder e continuar negociando até a conclusão. Poder: tudo o que negociador precisa numa negociação é de poder. O Poder dá às partes as condições de estarem reunidas em busca de uma solução para os seus objetivos. É também o PODER que permite se chegar a bom termo no objetivo, sem prejudicar os relacionamentos e, sempre que possível, melhorá-lo. 6 ELEMENTOS-CHAVES PARA UMA NEGOCIAÇÕES BEM SUCEDIDAS

• Planejamento – saber qual é o seu objetivo; • Comunicação eficaz; • Visão estratégica; • Senso de Justiça; • Autocontrole; • Flexibilidade.

10 DICAS SOBRE NEGOCIAÇÃO

• Ter tudo muito bem planejado; • Identificar os pontos fortes e fracos do outro; • Saber ouvir e fazer as perguntas certas; • Não subestimar o oponente; • Dar uma saída honrosa para o outro; • Ser flexível no relacionamento, com firmeza no objetivo; • Administrar as objeções; • Utilizar todas as fontes de poder; • Construir “uma ponte sobre o abismo”; • 10. Agendar o compromisso – “amarrações”.

COMO PLANEJAR UMA NEGOCIAÇÃO

• Defina seu objetivo; • Imagine os objetivos dos outros; • Presuma as necessidades e expectativas; • Levante informações; • Identifique o Estilo do outro; • Prepare o cenário; • Imagine as objeções; • Prepare respostas às objeções; • Preveja as concessões; • Prepare os recursos; • Dimensione a duração da reunião; • Prepare uma planilha (valores, prazos, condições). PORQUE FALHAM OS NEGOCIADORES: • Fracos relacionamentos pessoais; • Não criar uma “visão compartilhada” para a solução; • Falta ou falhas no planejamento; • Dificuldade em fazer perguntas e em ouvir; • Descrença – pessimismo; • Negligência com as técnicas de persuasão/envolvimento; • Desconhecimento da “organização informal” da empresa; • Problemas de comunicação. CONSIDERE ESTES PRINCÍPIOS: • Saiba que o outro sempre vai querer mais; • Dê razões que justifiquem sua proposta; • Liste as razões pelas quais ele deve aceitar; • Mostre a necessidade de “criar um futuro juntos”; • Nunca ceda sem obter algo em troca; • Reforce a importância do “Ganha-Ganha”; • Use todo seu empenho para chegar ao acordo. AUTO-AVALIAÇÃO:

1. Quais são minhas forças? 2. Quais são minhas fraquezas? 3. Qual deverá ser a minha contribuição para fechar o acordo? 4. Que riscos estarei correndo? 5. Estou pronto para encarar esse desafio sozinho?

Referências: Negociações Bem Sucedidas, Lupercio Hilsdorf – Ed. Academia de Inteligência O Manual de Negociação, Chester L. Karrass – Ediouro Você pode Negociar Qualquer Coisa, Herb Cohen – Record O Vendedor Bem Sucedido, Art Mortel – Editora Campus Inove, Vença e Faça Sucesso, Joe Tye – Madras Business Negociação – A Arte de Vencer, Harry A Mills – Makron Books

Conceitos de Marketing e Propaganda - um resumo por Edson de Almeida e Franzen

O cérebro é como um pára-quedas. Só funciona quando está aberto. Sir James Dewar

De modo geral, as pessoas confundem marketing e propaganda. Depois de muitos anos de insucessos, percebi que a falha nas 3 empresas anteriores criadas por mim, assim como a falha em me dar bem com os programas de computadores e produtos de minha autoria, era somente uma: o desconhecimento da ciência chamada marketing.

Eu era uma destas pessoas que confundia tudo: marketing, publicidade, propaganda, mercado, venda e compra. Nós podemos ter o melhor produto até hoje já criado no mundo, mas se desconhecermos as bases mercadológicas do marketing, o produto ficará onde está: na gaveta, na prateleira ou no porão.

O termo marketing poderia ser traduzido para “mercado em ação”. Pois o mercado muda agilmente dia a dia,

principalmente o de Informática e Internet. A missão do homem de marketing é interrogar constantemente o usuário, o comprador, o cliente, o membro da igreja, o aluno, sobre o que deseja de certo produto ou serviço. Devemos ter a sensibilidade de aprender e descobrir o que ele(s) quer(em).

Não sabemos colocar a mão no ombro do usuário e cliente para conversar com ele com amor e sabedoria, com simplicidade, educação e respeito. Quem aprende isto, tem sucesso.

Propaganda Mas e propaganda: o que é? Propaganda é a técnica de criar opinião pública favorável a um determinado

produto, serviço, instituição ou idéia, visando orientar o comportamento humano num determinado sentido. Os objetivos da propaganda são:

1. Aumentar a participação no mercado; 2. Estimular as vendas.

Se em vez de um produto fosse uma escola, os objetivos da propaganda seriam:

1. Aumentar a freqüência; 2. Manter os matriculados.

Se fosse uma igreja:

1. Aumentar a freqüência dos membros, mostrando-lhes o caminho da salvação; 2. Mantê-los na igreja, dando-lhes alimentação espiritual, para que possam multiplicar.

Só que temos feito propaganda para milhares, para milhões. Milhares e milhões não são seres, não existem.

Existem indivíduos. Todas as mensagens precisam ser percebidas, entendidas e aceitas por cada uma das pessoas, individualmente.

Precisamos redirecionar para as pessoas toda a propaganda que fazemos para que seja eficiente. Acrescento abaixo uma dica com 4 questões para ajudar você leitor na sua vida de homem ou mulher de

marketing. O anuncio publicitário para um livro, texto, produto, empresa, ensino, igreja, serviço tem que ser:

1- Interessante

Claro, transparente, objetivo, agradável, surpreendente. O consumidor não tem tempo e nem boa vontade para ficar tentando descobrir o que o anúncio ou a embalagem está tentando dizer.

2- Informativo

Se o anúncio não for informativo, será apenas uma montagem de palavras. Não dirá nada.

3 - Humano

Tem que ser humano, senão não passará de um comunicado.

4 - Honesto

Se não for honesto, tem vida curta. A boa propaganda apressa a falência do mau produto e das mentiras.

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É o conjunto de maneiras pelasquais os profissionais demarketing se comunicam com osclientes atuais e potenciais.

A fonte transmite a mensagem via meio de comunicação

O receptor fornece feedback para a fonte

O receptor decodifica a mensagem

A fonte codifica a mensagem

Ruído

1) Identificar público-alvo (audiência-alvo);

2) Determinar os objetivos da comunicação;

3) Desenvolver a mensagem;

4) Selecionar os canais de comunicação;

5) Definir o orçamento total de promoção;

6) Decidir sobre o composto promocional;

7) Mensurar os resultados da promoção;

8) Administrar e coordenar o processo de IMC(Integrated Marketing Communications).

1) Identificar o público-alvo: são os compradorespotenciais (prospects), usuários atuais e influenciadoresque possuem um determinado nível de relacionamento(resposta) em relação ao produto analisado.2) Determinar os objetivos de comunicação: qual aresposta que o público-alvo deve dar?Respostas cognitivas: a empresa quer colocar algo na mentedo consumidor (conhecimento, consciência);Respostas afetivas: o consumidor deve ter simpatia,preferência ou convicção pelo produto (mudança de atitude);Respostas comportamentais: o consumidor deve agir dedeterminada forma (experimentar, comprar, recomprar);

Determinar os objetivos de comunicação

Objetivo = Compra

Compra é resultado de um processo de tomada de decisão.

2) Determinar os objetivos de comunicação : estadosde disposição de compra do consumidor.

A) Consciência: é o nível de interação que o público-alvo tem em relação ao produto ou empresa analisada.

Exemplo: “Você conhece a empresa X ?”

B) Conhecimento: é o grau de informação que opúblico-alvo tem sobre o produto analisado(funcionalidade, garantia, assistência técnica).

Exemplo: “Você conhece os produtos da empresa X ?”

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2) Determinar os objetivos de comunicação:C) Simpatia: é o sentimento que o público-alvo tem emrelação ao produto analisado.Exemplo: Qual é o seu conceito em relação aosprodutos? Ótimo/Bom/Regular/Fraco/Péssimo

D) Convicção: é(são) o(s) fator(es) que impulsiona(m) opúblico-alvo a comprar o produto analisado.Exemplo: “Qual é o fator determinante na compra doproduto?”

E) Compra: é a tomada de decisão do público-alvo emadquirir o produto analisado (incentivos; descontos,prêmios, promoções).Exemplo: Aquisição do produto da empresa X?

Hierarquia dos efeitosEstágios de disposição do consumidor

Compra

Convicção

Simpatia

Conhecimento

Consciência

Estágio de disposição do consumidor

CompraConvicçãoSimpatia

ConhecimentoConsciência

PromoçãoVendas

.Propaganda

RelaçõesPúblicas

VendaPessoal

O COMPOSTO PROMOCIONAL• Atrair a ATENÇÃO.

• Manter o INTERESSE.

• Despertar o DESEJO.

• Induzir a AÇÃO.

AçãoDesejoInteresseAtenção

Comunicação de marketing

É o apelo usado para que produza a resposta desejada no consumidor, ou seja, é "o que dizer".

Apelo emocional: é o estimulo aos aspectos relativosa emoção humana. Emoções positivas (amor, carinho). Emoções negativas (medo, vergonha).

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É o apelo usado para que produza a resposta desejada no consumidor, ou seja, é "o que dizer".

Apelo racional: é a influencia os interessesparticulares através dos benefícios promovidos peloproduto.Exemplo: economia, valor agregado;

É o apelo usado para que produza a resposta desejada no consumidor, ou seja, é "o que dizer".

Apelos moral: é a influencia através do senso decerto/errado do público-alvo.

Exemplo: ajuda aos paralíticos, questões sociais,produtos fabricados por empresas amigas das crianças;

É o apelo usado para que produza a resposta desejada no consumidor, ou seja, é "o que dizer".

Apelo sexual: é a influência através doestímulo a sexualidade humana.

Exemplo: desodorante Axe, sabonetes, perfumes,etc.

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É a construção lógica da mensagem a ser divulgada. Exemplo: “I love NY.”

É o meio utilizado para divulgar a mensagem. Impresso: cores, título, ilustração; Rádio: palavras, sons, vozes, música; Televisão: gestos, expressões, roupa; Embalagem: cores, informações, desenhos.

A) Comunicação Pessoal: é quando duas ou maispessoas se comunicam entre si.Exemplo: Venda Pessoal, Propaganda “boca-a-boca” eLíderes de opinião.

B) Comunicação Impessoal: é a transmissão damensagem sem contato pessoal. Imprensa (jornal, revista, ...). Mídia eletrônica (rádio, televisão, ...). Mídia visual (out-doors, cartazes, posters).

C) Outros Fatores:Atmosfera: é a influência do ambiente queinterfere nas decisões.Exemplo: leiaute da loja, iluminação, limpeza.Evento: é a promoção projetada para atingir opúblico.Exemplo: feiras, entrevista coletiva, inauguração,turnê.

É a quantia que a empresa se predispõe a gastarcom a propaganda na mídia. Alguns fatores queexigem maior orçamento: Introdução de novo produto ou marca no mercado; Marcas com maior participação no mercado; Mercados altamente concorrenciais; Necessidade de maior freqüência (televisão); Diferenciação do produto em relação àconcorrência.

A) Disponibilidade de recursos da empresa;B) Porcentagem sobre o faturamento (real ou previsto);C) Paridade competitiva com os concorrentes;D) Método do objetivo e tarefa (Kotler, p. 541):i. Estabelecer meta de participação de mercado;ii. Determinar a porcentagem do mercado que deve ser atingida

pela propaganda;iii. Determinar a porcentagem de usuários que devem ser

persuadidos a experimentar a marca;iv. Determinar o número de exposições de propaganda para a taxa

de 1% de experimentação;v. Determinar o número de pontos de avaliação bruta (GRP) que

deveriam ser comprados;vi. Determinar o orçamento de propaganda necessário baseado no

custo médio da compra de um GRP;

É o conjunto de ferramentas utilizadas pelaempresa para promover seus produtos ou serviçosvisando influenciar o cliente no seu processo decompra.

PROPAGANDA - Advertising;

PUBLICIDADE - Publicity;

PROMOÇÃO DE VENDAS;

RELAÇÕES PÚBLICAS;

VENDA PESSOAL;

MARKETING DIRETO.

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Objetivo da propaganda:comunicar o produto ao seu público-alvo durante determinado tempo, procurando informar, persuadir ou lembrar.

Qualquer forma paga de apresentação impessoalpara promoção de idéias, bens ou serviços por umpatrocinador identificado.

“Sei que metade da minha propagandanão funciona. O único problema é quenão sei qual a metade.”

John Wanamaker, pioneiro do varejo americano

Site E-mail Telefone; Busdoor; Fôlder; Flyer; Cartaz.

Televisão; Jornal; Rádio; Outdoor; Revistas; Workshops, palestras; Feiras e eventos;

A) Propaganda Informativa:É utilizada maciçamente no lançamento de um novoproduto (CVP = Introdução), criando demandaprimária.Exemplo: lançamento do Blu-ray (qualidade e uso).

B) Propaganda Comparativa:É utilizada para estabelecer a superioridade deuma marca através da comparação (CVP =Crescimento).Exemplo: "OMO lava mais branco."

C) Propaganda de Lembrança:É utilizada para manter oproduto na mente do consumidor(CVP = Maturidade).Exemplo: “Sempre Coca-Cola”.

É o meio utilizado para despertar no consumidorsentimentos de desejo (estimular a compra), deexclusividade (diferenciar da concorrência) e decredibilidade (transmitir veracidade) em relação aoproduto.

Alguns estilos de mensagem:• Cotidiano: situações da vida diária.Exemplo: café-da-manhã.B) Estilo de vida: produto induz a um determinadoestilo de vida.Exemplo: cigarros associados a riqueza.

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Alguns estilos de mensagem:

C) Fantasia: cria uma áurea de magia em torno doproduto. Exemplo: formiguinhas da PHILCO.

D) Atmosfera: simula um ambiente tomado pelascaracterísticas do produto. Exemplo: aroma docafé ou sabor da pizza.

E) Evidência científica: apresenta pesquisas quecomprovam o melhor desempenho do produto emrelação a concorrência. Exemplo: avaliações doINMETRO.

É a escolha do meio que transmitirá a mensagem.A) Cobertura: é o percentual de pessoas a seremalcançadas no mercado-alvo.B) Freqüência: é número de inserções damensagem na mídia.C) Impacto: é o valor qualitativo da mensagem.(ex.: imagem tem maior impacto que áudio).D) Tipos de mídia: jornal, televisão, mala-direta,rádio, revistas, outdoor;

E) Veículos de mídia: é o segmento de mídiaespecífico para o público-alvo.Exemplo: popular - Faustão, página policial erevista Caras - segmentado - Jô Onze e Meia,página de economia e revista Exame.F) Tempo de mídia: é a distribuição da freqüênciadurante o período de 1 ano.Exemplo: contínua - leite Parmalat - ou sazonal -Sorvetes Kibon.

É o controle sobre o desempenho da propaganda.A) Efeito sobre a comunicação: avaliação diretacom o consumidor, testes de memória (recall), ...B) Efeito sobre as vendas: verificação do impactoda propaganda sobre as vendas.

Em grupos de 04 alunos:

a) Identificar o tipo de apelo utilizado na mensagem;

b) Identificar os canais de comunicação que poderiam ser usados para veicular a mensagem;

c) Identificar o tipo de propaganda;

d) Identificar o estilo da mensagem.

Estímulos não-pessoais para promover a empresa ouseus produtos através dos meios de comunicação.Tentativa de atrair a atenção de um determinadopúblico para produtos ou serviços pela inserção denotícias na mídia.

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Até o final da década, não haverá mais carecas. Um laboratório descobriu um fórmula que faz nascer cabelo.

“Careca é quem não usa Radomé”

Exemplo

AltaBaixaCredibilidade

NeutraSempre positivaÊnfase

Não repetitivaRepetitivaVeiculação

Não (deveria) é pagoÉ pagoPagamento

Não identificadoIdentificadoPatrocinador

É notíciaÉ anúncioCaracterística

PublicidadePropagandaItem analisado

Campomar e Ikeda, 2006

Objetivos: Atrair novos clientes. Recompensar clientes leais. Alcançar clientes ocasionais.

É o conjunto de incentivos de curto prazo com o fimde encorajar a compra ou venda de um produto ouserviço. Exemplo: descontos, cupons, concursos,prêmios;

Principais “ferramentas”: Amostra-grátis; Cupons de desconto; Desconto na compra; Pacotes promocionais. Exemplo: 2 pelo preço de 1; Prêmios. Exemplo: ursinhos Parmalat; Brindes de propaganda. Exemplo: camisetas,

guarda-sol, canetas com a marca Hollywood; Recompensas pela preferência. Exemplo: programas

Smiles (empresas aéreas, hotéis); Promoções no ponto de venda; Concursos, sorteios e jogos.

Objetivos: Melhorar o relacionamento com o mercado; Construir a “boa” imagem corporativa; Reverter eventos desfavoráveis.

É o processo de informação que visa odesenvolvimento de boas relações com os váriospúblicos da empresa, através da(o): obtenção depublicidade favorável, construção de uma "imagemcorporativa" e o manuseio ou afastamento derumores, histórias ou eventos desfavoráveis.

Principais “ferramentas”: Relações com a imprensa (repasse de notícias); Divulgação e promoção de marcas e produtos (“I

love NY”); Comunicações corporativas (porta-voz); Lobbying: “pressão” p/ a aprovação de

legislações e regulamentações de interesse; Aconselhamento: assessoria às organizações em

questões públicas, posição e imagem daempresa;

Publicações; Palestras.

É a apresentação pessoal, do tipo conversação,com um ou mais compradores em potencial, com opropósito de fazer vendas. É a interação face a face com um ou maiscompradores potenciais com o propósito de fazerapresentações de venda, responder a dúvidas evender.Exemplo: venda porta-a-porta, promotores devendas (AVON).

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Correio, fax, telefone, e-mail e outras formas decontato impessoal para comunicar ou solicitarresposta direta de consumidores ativos oupotenciais.

Características: Mensagem dirigida a uma pessoa ou organização

específica; Mensagem atualizada com rapidez; Interatividade: a mensagem pode ser alterada

dependendo da resposta obtida.

Atividade desenvolvida no ponto de venda.

Uso de um nome de marca de produto num programade televisão, filme ou evento.Ex.: Náufrago, Tom Hanks, Federal Express.

Vantagens da utilização do composto de promoção: Estimula tráfego de clientes; Incentiva consumidor a comprar; Estabiliza a demanda; Estimula a demonstração; Aumenta a estocagem do cliente; Leva as pessoas a citarem o produto; Estimula a força de vendas; Familiariza o público com o produto.

P  &D Introdução    Crescim.   Maturid.   Declíneo

Propaganda

Promoção Vendas

Venda Pessoal

Relações Públicas

CONSTRUIR E GERIR MARCAS

PropagandaEventosDesignMerchandising

CONSTRUIR E GERIR RELACIONAMENTOS

Marketing DiretoRelações Públicas

Atendimento ao consumidor

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IMPULSIONAR NEGÓCIOS

PromoçãoIncentivosMarketing diretoEmbalagemMerchandising

“Integrated Marketing Comunications é um conceitode planejamento das comunicações de marketingque reconhece o valor agregado de um planoabrangente que avalia os papéis estratégicos deuma variedade de disciplinas de comunicação (porexemplo, propaganda geral, resposta direta,promoção de vendas, e relações públicas)... ecombina essas disciplinas para fornecer clareza,consistência e impacto máximo das comunicações”(Schultz, 1994, p.17).

Reunir-se em grupo, de no máximo 4 (quatro)componentes, para desenvolver uma propaganda apartir de um determinado produto. Siga o roteiroabaixo: Defina um produto de consumo encontrado nomercado. Utilize o Modelo AIDA para construir a mensagem.A forma da mensagem deve ser o impresso(cartolina). Identificar o tipo de propaganda (fase do CVP). Definir o Estilo da mensagem da propaganda.

Qual a diferença entre marketing propaganda

Uma das maiores confusões que ocorre com

empreendedores iniciantes é achar que marketing é a mesma coisa que

propaganda. Na verdade, apesar de estarem relacionadas, são áreas de

conhecimento separadas.

Como definido no post “O que é marketing?“, o marketing é a arte de planejar o antes, o durante e o depois do processo de vendas. A propaganda é uma forma de estimular o cliente a fazer a compra.

Muita gente tem essa dúvida

O marketing é uma parte da estratégia A análise de marketing começa muito antes de pensarmos em como fazer uma propaganda persuasiva. O marketing define quem é a empresa, quem é seu cliente, quais os diferenciais dos produtos/serviços, etc.

Como parte de qualquer boa estratégia, o marketing exige a definição de objetivos, priorização de ações e definição de indicadores de sucesso.

Para se aprofundar no tema, recomendo: As características de um bom plano de marketing.

A propaganda é uma parte do marketing Depois que você entendeu profundamente quais são as demandas do seu cliente

e como você irá satisfazê-las, existe uma questão um pouco complicada: seu cliente ainda não sabe que você existe.

Para fazer boas vendas, a percepção da sua empresa na cabeça do cliente precisa passar de “Quem é você?” pra “Gostei muito da compra que fiz e estou te recomendando para meus amigos!”. É aí que entra a propaganda.

Experimente até achar os melhores canais de divulgação Existem 2 coisas sensacionais sobre a propaganda:

1. Você nunca terá certeza absoluta se ela irá alcançar os objetivos do plano de marketing

2. O que funciona para uma empresa não necessariamente funcionará para outras

Com essas 2 premissas em mente, você precisa ter consciência de que para ser líder do seu mercado é preciso interagir o máximo possível com as pessoas (clientes, fornecedores, parceiros, formadores de opinião do setor, etc.) e testar diferentes formas de propaganda.

Conforme você ganha experiência sobre o que funciona e o que não funciona, a probabilidade de acertos aumenta muito. Seja um verdadeiro cientista: elabore hipóteses (plano de marketing), faça testes dos diferentes meios de se comunicar com o cliente (propaganda) e revise sua estratégia a partir dos resultados obtidos.

E a publicidade? Algumas pessoas defendem que a propaganda se refere a propagação de ideias, enquanto a publicidade tem um cunho estritamente comercial.

No Brasil, o CENP (Conselho Executivo de Normas Padrão) considera publicidade e propaganda como sinônimos. Eu também.

Conclusão Na prática, não importa muito o nome que você usa e sim se você tem uma boa estratégia e sabem quais os melhores meios para chegar até o seu cliente.

 

1. DEFINIÇÃO DE SINDICATO.

A definição de sindicato varia, de acordo com o tempo e as condições políticas,

razão pela qual, para alguns estudiosos, o sindicato é a coalizão permanente

para a luta de classe e, para outros, é o órgão destinado a solucionar o problema

social[1].

Octávio Bueno Magano[2] define sindicato como "a associação de pessoas

físicas ou jurídicas, que exerce atividade profissional ou econômica, para a

defesa dos respectivos interesses".

Por sua vez, José Augusto Rodrigues Pinto[3], após constatar que as definições,

raramente, fazem alusão ao ponto que distingue as entidades sindicais das

coalizões[4], isto é, o caráter permanente, define sindicato como:

"Uma associação constituída, em caráter permanente, por pessoas físicas ou

jurídicas para estudo e defesa de seus interesses afins e prestação assistencial

a todo o grupo, além de outras atividades complementares que o favoreçam".

Assim, pode ser o sindicato definido como "entidade formada, em caráter

permanente, por trabalhadores, que exerçam suas atividades os empregadores

do mesmo ramo de negócio, ou empresas, que explorem o mesmo ramo

econômico, cujos objetos são o estudo e a defesa dos interesses daqueles que a

compõem".

2. REFERÊNCIAS HISTÓRICAS.

A origem dos sindicatos é incerta. Existem, entretanto, indícios históricos de

que, no antigo Egito, na Índia e China, há milhares de anos, surgiram

instituições que poderiam ser confundidas com grupos sindicais, diante de seus

interesses. Há, também, indícios de que a sua origem seriam os colégios

romanos, que foram mantidos até o ano 56 d.C.

Não se pretende afirmar que tais movimentos possam ser considerados como

sindicais, mas tão somente, organizações precedentes, o que demonstra que a

necessidade de união dos trabalhadores, sempre existiu, mesmo na época em

que estes não havia trabalho livre.

Verdadeira colaboração para o surgimento dos sindicatos deu o empresário

britânico Robert Owen, na segunda década do século XIX, incentivando "a

agremiação dos operários em sindicatos (trade unions)", o que transformou o

movimento sindical no mais poderoso instrumento de conquista dos direitos

sociais-trabalhistas[5].

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na França

A relação entre lei e convenção coletiva de trabalho no Direito do

Trabalho português

Aos poucos, a luta de classes foi sendo substituída pelo entendimento entre

trabalhadores e empresários, tendo o êxito de tais negociações fortalecido as

entidades sindicais.

3. NATUREZA JURÍDICA.

Ponto de discussão, neste momento, é situar o sindicatocomo pessoa de direito

público ou privado, sendo certo que existem correntes doutrinárias sustentando

tanto uma como outra posição.

a) de direito privado:

Para esta corrente, o sindicato é ente de direito privado, pois é criado em razão

do interesse de um grupo de pessoas (trabalhadores ou empresários) com o

objetivo de defender seus interesses.

"O sindicato é pessoa de direito privado, que exerce atribuições de interesse

público, em maior ou menor amplitude, consoante a estrutura política do país e

segundo o papel, mais ou menos saliente, que lhe seja atribuído".[6]

b) de direito público:

Em geral, o sindicato tem natureza de pessoa jurídica de direito público nos

regimes totalitários, em que há controle do Estado sobre as associações

sindicais, pois são criadas pelo Estado e defendem os interesses deste:

"Pela teoria do fim, osindicato será de interesse público se destinado a cumprir

interesses peculiares do Estado. Pela teoria da funcionalidade, leva-se em conta

a atividade da pessoa: se toda ela estiver controlada pelo Estado, inafastável a

natureza pública da instituição. A teoria eclética combina caracteres das duas

anteriores (vigilância e controle do Estado; atingimento de fins políticos etc.)"[7].

O sindicato como pessoa jurídica de direito público "coincide, historicamente,

com a implantação do Estado totalitário"[8].

c) doutrina nacional.

Na doutrina nacional, prevalece a opinião de considerar de direito privado a

natureza do sindicato.

Amauri Mascaro Nascimento[9], cita como adeptos desta corrente: Russomano,

Catharino, Waldemar Ferreira, Segadas Vianna, Délio Maranhão, Orlando Gomes

e Elson Gottschalk. Defendendo posição oposta, cita Cotrim Neto.

Existe, ainda, uma terceira posição, defendida por Cesarino Júnior, que entende

o sindicato como ente de direito social, classificando-o como uma autarquia,

que não poderia ser classificada exatamente como de direito privado ou público.

4. ORGANIZAÇÃO SINDICAL QUANTO ÀS PESSOAS.

O estudo da organização sindical envolve as relações entre os sindicatos e o

Estado, os tipos de órgãos sindicais e seus níveis de representação, a base

territorial de atuação do sindicato, a liberdade sindical, a autonomia sindical, as

fontes de receita dos sindicatos.

Quanto às pessoas, entendo que a organização sindical trata das eleições

sindicais, da administração das entidades sindicais, das prerrogativas dos

dirigentes sindicais e do limite de dirigentes das entidades sindicais.

a) eleições sindicais.

O art. 529 da CLT dispõe sobre as condições para o trabalhador votar e ser

votado:

a) estar associado por mais de seis meses na entidade sindical e ter mais de

dois anos de exercício da atividade ou da profissão;

b) ser maior de 18 anos;

c) estar no gozo dos diretos sindicais.

b) Administração dos sindicatos.

O sindicato é administrado segundo a lei e os seus estatutos.

A CLT prevê a existência de três órgãos internos nossindicatos: a Assembléia

Geral, o Conselho Fiscal e a Diretoria.

O Conselho Fiscal é composto por três membros (art. 522) e é o responsável

pela gestão financeira do sindicato.

A Diretoria, composta por no mínimo três e no máximo sete membros, nos

termos do art. 522 da CLT, é o órgão executivo do sindicato e seu efetivo

administrador e representante dos trabalhadores da categoria perante os

sindicatos patronais e empregadores isoladamente.

A partir da Constituição Federal de 1988, passou a vigorar o princípio da

liberdade da administração do sindicato, sendo vedado ao Poder Público a

interferência e intervenção na organização sindical.

A partir de então, os sindicatos passaram a ter liberdade para redigir os seus

próprios estatutos, razão pela qual entendo que é possível a criação de outros

órgãos dentro da administração do sindicato, além dos tradicionais previstos em

lei.

c) Base territorial.

Prevalece no Brasil o princípio legal do sindicato único por base territorial e

categoria, em que pesem as críticas que os estudiosos fazem a este sistema.

Mas o que é categoria? Ensina Amauri Mascaro Nascimento:

"A categoria é o conjunto de pessoas que exercem a sua atividade ou o seu

trabalho num desses setores e é nesse sentido que se fala em categoria

profissional, para designar os trabalhadores, e em categoria econômica, para se

referir aos empregadores de cada um deles.

(...)

Profissão e categoria são conceitos diferentes. Profissão é o meio lícito que uma

pessoa escolheu e através do qual provém a sua subsistência. Categoria é o

setor no qual essa pessoa exerce a sua profissão".

Neste sentido a base sindical mínima deve corresponder a um município,

podendo englobar outros municípios, ao que se chama de sindicatos de base

territorial múltipla. Todavia, um sindicato não pode estender sua base para um

município que possua entidade sindical representativa da mesma categoria já

instalada.

Em virtude do acima mencionado, os trabalhadores de uma categoria que

trabalhem em certo município serão representados, obrigatoriamente, por um

único sindicato, ainda que este não faça por valer a sua representação.

5. Estrutura sindical. Sistema Legal Brasileiro.

A estrutura sindical brasileira é feita em um sistema confederativo, ou seja, em

três níveis, com o sindicato na sua base, a federação em grau intermediário e a

confederação em grau superior aos demais.

A federação é formada pela união voluntária de, no mínimo, cinco sindicatos

representativos de uma determinada categoria (CLT, art. 534, CLT). A

confederação é formada pela união de, no mínimo, três federações (art. 535,

CLT).

Em termos políticos, a federação se forma para concretizar a força

representativa de uma determinada corrente sindical presente em uma

determinada categoria. O mesmo se diga em relação à confederação, que tem

representação nacional.

Há de se observar que o princípio da unicidade sindical também é aplicável às

entidades sindicais de grau superior, conforme prevê o inciso II do art. 8º, da

Constituição Federal.

O sistema da unicidade sindical, prevista no inc. II, do art. 8º, da Constituição

Federal, se configura da seguinte forma:

a) As categorias profissional e econômica são representadas, em uma

determinada base territorial, por seus respectivossindicatos. Estes, em

condições excepcionais, podem aglutinar atividades similares ou conexas,

tornando-os sindicatos multirepresentativos;

b) cada ramo de atividade pode formar a federação sindical, em regra estadual;

c) cada ramo de atividade nacional pode formar a correspondente confederação

sindical.

a) as centrais sindicais.

Em um nível externo ao do sistema sindical surgiram as centrais sindicais,

projetando a idéia da união geradora das associações de grau superior[10].

As centrais sindicais não integram o sistema sindicial, não possuindo, assim,

natureza sindical. Elas são associações civis, previstas nos incisos XVII e XXI,

do art. 5º, da Constituição Federal, podendo, inclusive, impetrar mandado de

segurança coletivo, nos termos do inciso LXX, alínea b, do mesmo dispositivo

constitucional. No entanto, "porque não são destinatárias da investidura

sindical, não têm legitimidade jurídica para decretar greves, celebrar

convenções ou acordos coletivos de trabalho, instituir juízo arbitral ou

representar categoria de trabalhadores em dissídio coletivo da competência da

Justiça do Trabalho"[11].

Parece-me que o fortalecimento natural das centrais sindicais, como verdadeiras

formadoras da opinião, na concretização de correntes de luta ou de negociação,

levarão ao fim da unicidade sindical e ao surgimento da pluralidade sindical no

âmbito das entidades de grau inferior[12], vez que, em que pese o princípio do

sindicato único vigorar, no que tange a uma representação nacional, já existe a

pluralidade, com a existência de várias centrais sindicais, dentre elas a CUT,

CGT e Força Sindical, que "exercem marcante influência nos processos de

decisão relativos à discussão de condições de trabalho e de flexibilização de

normas trabalhistas"[13].

Interessante a afirmação de Arnaldo Süssekind[14]:

"É certo que se configura, nesta conjuntura, o conflito entre a legalidade e a

realidade, porque as centrais sindicais comandam, em grande parte, o

movimento sindical brasileiro".

b)Representação dos trabalhadores nas empresas.

A representação dos trabalhadores no local do serviço é antiga instituição,

prevista em várias legislações estrangeiras.[15]

Modernamente, cita Amauri Mascaro Nascimento[16], a Diretiva 94/95 da União

Européia, que dita regras sobre a representação dos trabalhadores nas

empresas.

O mesmo autor fundamenta a representação dos trabalhadores na empresa:

"Na empresa os trabalhadores podem melhorar a qualidade das relações com a

direção, caso exista um fluxo das múltiplas questões que a rotina diária suscita.

Como nas médias e grandes empresas seria difícil uma comunicação diária com

cada empregado, pelo número deles, o meio pelo qual torna-se possível esse

diálogo é a representação dos trabalhadores".

Em meu entendimento, a representação dos trabalhadores na empresa, da forma

prevista na Constituição Federal é desvinculada dossindicatos, de forma que

aquele representante interno trabalha em uma negociação direta. Não obtendo

resultado, pode se socorrer da organização sindical, órgão totalmente

independente e com ideal de proteção dos trabalhadores.

Observe-se que o objeto das ações do representante interno não é a negociação

de direitos, como nas convenções e acordos coletivos, mas de mero

entendimento, coisas menores que não interessam à categoria, mas aos

trabalhadores, quase que individualmente.

José Carlos Arouca[17] pensa de forma diversa:

"A organização dos trabalhadores não pode ficar limitada aos compartimentos

da sede de umsindicato; deve ser ampla, nos locais de trabalho,

horizontalmente, intersindical, nos bairros, nos municípios, em cada região, nos

Estados e verticalmente, com federações e confederações, culminando com as

centrais. Mas os trabalhadores não se organizam tendo em vista fins recreativos,

culturais ou assistenciais; organizam-se a partir da profissão para somarem

forças e defenderem suficientemente suas reivindicações. Logo, a organização

dos trabalhadores, qualquer que seja a forma e nível, não pode desvincular-se

do sindicato (...)".

No Brasil, a Constituição Federal, em seu artigo 11 prevê:

"Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados é assegurada a eleição

de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o

entendimento direto com os empregadores".

Pela análise do dispositivo constitucional, constata-se sua necessária

regulamentação, pois não se verifica se o representante deve ser vinculado ao

sindicato ou não, se o mesmo terá algum tipo de proteção para o desempenho

dos interesses dos representados etc.

Enquanto não houver regulamentação, principalmente no que diz respeito à

concessão de garantias ao representante para o exercício de suas atribuições, a

legislação nacional estará em desacordo com o disposto na Convenção nº 135 e

na Recomendação nº 143, ambas da Organização Internacional do Trabalho, que

defendem garantias que podem chegar até à estabilidade no emprego.

Entendo que representante seria apenas um por empresa e não por

estabelecimento, de forma a canalizar as necessidades dos trabalhadores de

todas as unidades em uma só pessoa.

Caso contrário, para os trabalhadores de grandes empresas da área de

comércio, por exemplo, que tem, normalmente, vários estabelecimentos, com

reduzido número de obreiros em cada um, mas que no total podem ter milhares,

não teriam direito à representação prevista no dispositivo constitucional, pois as

filiais, em geral, não possuem duzentos empregados.

Como não existe proteção ao eleito para representação dos empregados junto à

empresa, o instituto da representação dos trabalhadores na empresa permanece

em desuso na grande maioria das empresas.

6. SINDICALISMO NO SERVIÇO PÚBLICO.

A Constituição Federal afastou a restrição prevista na CLT, garantindo ao

servidor público civil o direito à associação sindical (art. 37, VI).

A regra constitucional veio a legitimar um movimento já existente, vez que os

servidores públicos se aglutinavam em associações não reconhecidas como

entidades sindicais, embora agissem, muitas vezes como tais.

A proibição se mantém apenas em relação aos servidores militares.

Em termos de direito internacional do trabalho, a Convenção 87 da OIT, não

ratificada pelo Brasil, não prevê qualquer exceção ao direito de associação

sindical.

Amauri Mascaro Nascimento[18] cita a França e a Itália como exemplos de países

que permitem a sindicalização dos funcionários públicos, excluindo os militares,

na primeira, e o pessoal da polícia, na segunda.

7. LIBERDADE SINDICAL

a) Conceito.

Questão importante a ser analisada no estudo do sindicato é a liberdade

sindical.

Tomamos o conceito de Liberdade Sindical criado por Magano:

"Liberdade sindical é o direito dos trabalhadores e empregadores de não

sofrerem interferência nem dos poderes públicos nem uns em relação aos

outros, no processo de se organizarem, bem como o de promoverem interesses

próprios ou dos grupos a que pertençam"[19].

Antônio Lamarca[20] informa que a liberdade sindical deve ser estudada em

relação ao indivíduo, em relação ao grupo e em relação ao Estado.

Em relação ao indivíduo, a liberdade sindical resume-se na liberdade para o

trabalhador filiar-se e/ou desfiliar-se de um sindicato[21].

Quanto ao grupo, resume-se na possibilidade de um grupo de trabalhadores ou

empregadores de criarem sindicatos, de estabelecer seus estatutos e auto

organizarem-se, bem como dos sindicatos, após criados, associarem-se a

entidades de âmbito territorial maior, tais como federações, confederações ou

entidades internacionais buscando unidade entre os grupos[22].

Em relação ao Estado, a liberdade sindical caracteriza-se pela impossibilidade

de intervenção estatal na organização, criação e dissolução do sindicato.

b)Reconhecimento da Liberdade Sindical como Princípio Universal.

A liberdade sindical foi consagrada universalmente como direito fundamental da

pessoa humana, por sua inclusão em várias constituições nacionais e,

principalmente, em normas internacionais, tais como: a Declaração Universal

dos Direitos do Homem (ONU, 1948); o pacto Internacional dos Direitos

Econômicos, Sociais e Culturais (ONU, 1966); o Preâmbulo da Constituição da

OIT e a Declaração de Filadelfia (OIT, 1944), entre outras.

Nos termos utilizados pelo professor uruguaio Oscar Ermida de Uriarte[23]:

"Atualmente, já está fora de discussão a afirmação de que a liberdade sindical é

um dos direitos humanos fundamentais e, além disso, integrante dos direitos

sociais, componente essencial de uma sociedade pluralista e justa".

Foram as convenções da OIT, principalmente as de números 87 e 98, que

delinearam o princípio da liberdade sindical e os seus reflexos como se conhece

até hoje, falando sobre:

- Liberdade sindical diante do Estado;

- Direito de sindicalização e negociação coletiva;

- Proteção e prerrogativas dos representantes dos trabalhadores;

- Fomento da negociação coletiva;

- Direitos sindicais dos trabalhadores rurais;

- Relações de trabalho e sindicalização de trabalhadores da administração

pública.

c)Liberdade Sindical e Legislação Sindical Brasileira

A legislação brasileira, em nível constitucional, embora reconheça a liberdade

sindical como princípio e direito, impõe-lhe limitações.

De fato, como dito anteriormente, no Brasil prevalece o princípio do sindicato

único, por categoria e base territorial, herança do sistema corporativo, que a

doutrina denomina de sistema de unicidade sindical, em contraposição ao

sistema de pluralidade sindical, no qual é permitida a existência de tantos

sindicatos quantos forem os criados pelos autores sociais.

Parece-nos que a maior dificuldade no sistema do sindicatoúnico é a conciliação

entre a ideologia dos representantes com a dos representados.

De fato, a realidade entre os trabalhadores de uma mesma categoria é muito

diferente. Duas empresas de um mesmo ramo econômico podem estar passando

por situações econômicas e financeiras diferentes, o que torna diferentes os

desejos e as necessidades dos trabalhadores de cada empregadora.

Por exemplo, dentro de uma determinada região podem existir duas indústrias

metalúrgicas, uma passando por um grande crescimento e outra passando por

uma grande crise. Para os trabalhadores da primeira empresa, importante é a

negociação salarial, para a outra, importante é a manutenção dos postos de

trabalho. E para o sindicato, que é único, importante é qual ponto de vista?

Em um sistema de pluralidade sindical poderiam existir doissindicatos

diferentes, para os trabalhadores da primeira indústria e para os da segunda,

com ideologias diferentes, lutando pelo bem estar daqueles que os elegeram

como seus representantes, mais trabalhadores se interessariam em se filiar para

eleger os seus representantes.

No sistema atual, isto não existe. A representatividade praticamente não

funciona, vez que o número de trabalhadores sindicalizados é pequeno e as

chapas são eleitas por um pequeno número de trabalhadores, não sendo

incomum eleições sindicais com chapa única.

O sistema brasileiro leva a pensar na necessidade de negociação direta entre

empregador e empregados, sem a participação dossindicatos, vez que a

representatividade deste é apenas relativa, posição defendida por muitos,

baseados nas experiências das negociações de Participação nos Lucros e

Resultados das empresa, nas quais a participação do sindicato é meramente

figurativa.

O estudo da evolução do direito do trabalho, no entanto, mostra que a criação

dos sindicatos de trabalhadores se deu diante da grande diferença de força na

negociação individual, o que torna necessária a participação sindical em uma

negociação justa e equilibrada, o que foi confirmado pelo constituinte, nos

termos do inciso VI, do artigo 8º,da Carta Magna[24].

Segadas Viana[25] mostra que as conquistas históricas de direitos dos

trabalhadores estão intimamente ligadas à existência dos sindicatos, que

conseguiram sobreviver, apesar da intensa perseguição durante o século XVIII e

XIX.

As próprias negociações por participação nos lucros e resultados sem a

participação de sindicatos podem ser colocadas em cheque, vez que os

empresários acabam por impor as metas e a forma de pagamento aos

empregados, muitas vezes incompatíveis com os lucros obtidos pela

empregadora.

Hoje, entretanto, o sindicalismo de luta está sendo substituído pelo sindicalismo

de negociação, que somente sobreviverá se atender aos desejos dos seus

representados, o que por sua vez, somente será possível com a pluralidade

sindical.

Enquanto perdurar o sistema da unicidade sindicato, entretanto, devem os

trabalhadores se fazer representar pelo seu sindicato, fazendo oposição aos

diretores, se necessário. Afinal, o sindicato deve representar os interesses dos

trabalhadores, não da sua diretoria, que são meros representantes de uma

maioria.

NOTAS

1.Segadas Viana, Instituições de Direito do Trabalho, pág. 1062.

2.Manual de Direito do Trabalho, volume III, Direito Coletivo do Trabalho, pág. 96.

3.Direito Sindical e Coletivo do Trabalho, p. 119.

4.Coalizão é uma união temporária, com um objetivo específico, que é desfeita

quando atingido o objetivo ou com a desistência de atingí-lo.

5.Arnaldo Süssekind, Direito Constitucional do Trabalho, pág. 7.

6.Mozart Victor Russomano, A Natureza Jurídica doSindicato, pág. 219. In:

Relações Coletivas de Trabalho, Estudos em homenagem ao Ministro Arnaldo

Süssekind.

7.Antônio Lamarca. Curso Expositivo de Direito do Trabalho, pág. 268.

8.Russomano, op. cit. p. 224.

9.Curso de Direito do Trabalho, pág. 603.

10.José Augusto Rodrigues Pinto, Direito Sindical e Coletivo do Trabalho, p. 107.

11.Arnaldo Süssekind e Luiz Inácio B. Carvalho. Pareceres de Direito do

Trabalho, Vol. III, pág. 227.

12.Eduardo Gabriel Saad, Federação, Confederação e Central Sindical (In:

Relações Coletivas de Trabalho, Estudos em homenagem ao Ministro Arnaldo

Süssekind), diz que "há, no Brasil, presentemente, todos os elementos

imprescindíveis ao pluralismo sindical, atuante e vigoroso" e que o legislador

constituinte "não se mostrou fiel à realidade".

13.Ibdem.

14.Pareceres, p. 227.

15.Amauri Mascaro Nascimento, Compêndio de Direito Sindical, pág. 242, traz

vários exemplos, como uma lei italiana de 1906.

16.Ibdem.

17.Repensando o Sindicato, pág. 392.

18.Op. cit., pág. 607/608.

19.Manual de Direito do Trabalho, Vol. III, Direito Coletivo do Trabalho, pág. 27.

20.Curso Expositivo de Direito do Trabalho, pág. 261/262.

21.Arnaldo Süssekind a denomina de "liberdade sindical autônoma", definindo-a

como "o direito de cada trabalhador ou empresário de filiar-se ao sindicato de

sua preferência, representativo do grupo a que pertence, e dele desligar-se".

22."Afastemos, logo, a tentação de confundir esta idéia com a da liberdade de

filiação (...). Aqui se cogita de assegurar ao grupo a conquista de sua unidade,

mediante a prática da associabilidade, que é a aptidão ou faculdade de associar,

ou seja, juntar,unir, agregar, conforme nos mostram os dicionários" (José

Augusto Rodrigues Pinto, Direito Sindical e Coletivo do Trabalho, pág. 82/83) -

grifos do autor.

23.Liberdade Sindical: Normas Internacionais, Regulação Estatal e Autonomia,

pág. 250. In: Relações Coletivas de Trabalho. Estudos em Homenagem ao

Ministro Arnaldo Süssekind.

24."Art. 8º (...) VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações

coletivas de trabalho".

25.Instituições de Direito do Trabalho, pág. 1042.

Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/2781/breve-estudo-sobre-o-sindicato#ixzz2AAToRS5R