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Julho 2013 | Ano XIX | Nº120 Um jornal para novos tempos
Eletrosul participa de projetos entre Brasil e Uruguai Págs. 6 e 7
Telecentro Binacional
Pág. 3
Preparo para combater violência
esPecialização
Pág. 9
empresa pesquisará potencial
termossolar
Pág. 10
investimentos
começam obras de ses no Paraná
Pág. 8
Primeira unidade entra operação
Usina são Domingos
Brasil e Uruguai ligados à webA Eletrosul tem contribuído com a concretização de projetos resultantes de acordos entre os governos brasilei-ro e uruguaio. O primeiro Telecentro Binacional da América Latina, inau-gurado em junho, é um exemplo dis-so. O sistema de comunicação óptica da empresa dará suporte a essa uni-dade e poderá viabilizar a implanta-
ção de um anel de integração lati-noamericano, projeto que está nos planos da Telebras. A Eletrosul tem forte atuação na região de fronteira com o Uruguai, onde possui empreen-dimentos de geração e transmissão, o que justifica sua participação em pro-jetos envolvendo os dois países, tema principal desta edição. Boa leitura.
EXPEDIENTE
Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente
Eurides Luiz Mescolotto
Diretor de Engenharia e Operação
Ronaldo dos Santos Custódio
Diretor Financeiro
Antonio Waldir Vituri
Diretor Administrativo
Paulo Afonso Evangelista Vieira
Conselho Editorial
Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho
Gerente ACS
Sadi Rogério [email protected]
Coordenação
Jonatas [email protected]
Edição
Andréa [email protected]
Jonatas [email protected]
Textos
Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del PozzoTatiana LimaUmberto CalettiVivianne Nunes
Edição de Fotografia
Hermínio Nunes
Fotos
Agostinho CoanAlexandre LichtAntônio ArgemiArquivo DDOM/DGIArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo Companhia Hidrelétrica Teles PiresAugusto Ribeiro IsaraBárbara RuizCleusa FreseHermínio NunesJosé FaccioNélio PintoRodrigo Nunes BandarraSilvania GuindaniUmberto CalettiVivianne Nunes
Projeto Gráfico
Agenciamob
Conteúdo e Projeto Editorial
Giusti Comunicação Integrada
Tiragem 4.500 mil exemplares
Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing
Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075
www.eletrosul.gov.br
2 EDITORIAL
Julho 2013 | Ano XIX | Nº120 Um jornal para novos tempos
Eletrosul participa de projetos entre Brasil e Uruguai Págs. 6 e 7
Telecentro Binacional
Pág. 3
Preparo para combater violência
ESPECIALIZAÇÃO
Pág. 9
Empresa pesquisará potencial
TERMOSSOLAR
Pág. 10
INVESTIMENTOS
Começam obras de SEs no Paraná
Pág. 8
Primeira unidade entra operação
USINA SÃO DOMINGOS
Obras na Estação Conversora de Frequência de Uruguaiana – 230 kV 60/50 Hz, em 1989. Inaugurada em 1994, ela permitiu o intercâmbio de energia com a Argentina através da linha Conversora Uruguaiana - Paso de Los Libres.
Montagem do banco de capacitores.
Montagem da base do compensador síncrono.
Reforço nas políticas sociaisesPecialização inéDita
RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Julho de 2013
Pós-graduação oferecida pela Companhia Hidrelétrica Teles Pires qualificará ações de combate à violência e exploração sexual infanto-juvenil
Sessenta profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social e se-gurança pública de Alta Floresta e Para-naíta (MT) começaram a frequentar, em junho, as aulas do curso de Pós-graduação em Políticas Sociais de Enfrentamen-to da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes ofertado pela Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) – empresa na qual a Eletrosul tem participação. Com essa iniciativa, as redes de proteção social desses mu-nicípios terão agentes mais preparados para atuar na construção de políticas públicas e contribuir com a redução dos indicadores desfavoráveis. Alta Flores-ta, que está entre as dez maiores cida-des mato-grossenses em população, é a quarta no ranking de violência contra crianças e adolescentes.
A especialização, com carga horária de 410 horas, tem caráter inédito no Brasil por tratar exclusivamente da temática de violência e abuso sexual infanto-juvenil, e é também uma ação pioneira entre empreendedores do setor elétrico. Ou-tro diferencial desse projeto, segundo o gerente de Socioeconomia da CHTP, Alysson Miranda, é que 50 dos pós-gra-duandos, que são servidores públicos, após concluírem o curso terão que atuar
como multiplicadores do conhecimento e “devolver” aos municípios 200 horas em cursos de capacitação, palestras e outras atividades junto a profissionais que atuam na área.
O trabalho de conclusão do curso, que vai até agosto de 2014, será um estudo de caso. Os melhores trabalhos farão parte de uma publicação. Os alunos que concluírem a pós-graduação lato sensu receberão certificado reconhecido pelo Ministério da Educação.
CaPaCITação
O monitoramento socioeconômico da área de abrangência da Usina Hidrelé-trica Teles Pires é uma das ações pre-vistas no Projeto Básico Ambiental do
empreendimento. Com base nesses indi-cadores, que apontaram a fragilidade dos municípios de Alta Floresta e Paranaíta, não só financeira, mas de preparo para atuar no enfrentamento da violência e exploração sexual de crianças e adoles-centes, a CHTP promoveu em julho do ano passado um curso de capacitação de 80 horas, envolvendo 267 profissionais.
“Após o curso, houve um aumento das denúncias de abuso e violência contra crianças e adolescentes nos municípios. Não porque o número de casos cresceu, mas porque os profissionais se sentiram mais preparados para identificar es-sas situações, que na maioria das vezes ocorrem dentro do ambiente familiar, e conduzir a formalização das denúncias”, lembrou Miranda.
A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) – empreendedora da Hidrelétrica Jirau, na qual a Eletrosul tem participação – e a Em-presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Rondônia estão testando variedades frutíferas, que se adaptem ao solo e clima da região do entorno da usina, para avaliar a possibilidade de estímulo ao cultivo de pomares entre as famílias reas-sentadas. Essa é uma das vertentes do pro-jeto Feijão com Arroz, que tem o propósito de identificar e oferecer novas alternativas
de trabalho e renda, com investimento de R$ 4,5 milhões.
Há previsão de experimentos com outras culturas como pupunha, açaí e mandioca. Em uma próxima fase, será testado, ainda, o cultivo de arroz, feijão e milho nas faixas de terra que ficam expostas no período de estiagem, quando baixa o nível de água do reservatório. Segundo informações da Embrapa, será a primeira vez que ensaios agronômicos acontecerão dentro da área de uma usina hidrelétrica.
h
CANTEIRO DE OBRAS Eletrosul agora - Julho 2013
JUlHo De 2013
4
UHe JiraU
UHe teles Pires lt sUl litorÂnea
Iniciada a retirada da ensecadeira, que isolava o reservatório de montante da casa de força da margem esquerda. Esse é um passo impor-tante para a realização dos testes com água na primeira turbina a entrar em operação.
Terraplanagem na SE Povo Novo 525/230 kV avançaram 30%. A SE de 525 kV interliga Santa Vitória do Palmar a SE Nova Santa Rita e ao Sistema Interligado Na-cional (SIN) e a SE de 230kV vai seccionar linha Camaquã - Quinta, da TSBE.
Emboque dos túneis – vista geral após a re-moção da ensecadeira auxiliar de jusante e montante.
RS
N
3.750MW
Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO
N
1.820MW
Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes
N
MT
PA
525 kV
Extensão: 487 km
h
CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Julho 2013
canteiro De obras5
lt sUl brasileira
linHão Do maDeira - circUito 2
amPliação Do comPleXo eÓlico cerro cHato
comPleXo eÓlico geribatU
megawatt solar
Concretagem das bases dos rea-tores do bay de entrada da LT de 500 kV na SE Nova Santa Rita.
Começou, no final de junho, a montagem dos aeroge-radores do Parque Eólico Cerro dos Trindade (8 MW). As torres são compostas por quatro segmentos, que totalizam 82 metros de altura e pesam 172 toneladas.
Já estão na sede da Eletrosul, em Flo-rianópolis, os 4.214 painéis fotovol-taicos do Projeto Megawatt Solar. As placas serão instaladas na cobertura do prédio e dos estacionamentos da empresa tão logo as estruturas me-tálicas, que servirão de suporte aos módulos, estejam montadas. O ma-terial, que chegou no final de junho, está armazenado em 142 pallets e protegido sob cinco tendas montadas no canteiro de obras da usina solar.
Chegada dos primeiros segmentos de aço das torres, no final de junho.
Mais de 2,1 mil fundações de tor-res da LT 600 kV CC Porto Velho- Araraquara 2 estão prontas, de um total de 4.336 estruturas. No trecho de obras entre Fernandópolis e Araraquara ( foto), que terá 550 torres, até o início de junho haviam sido concluídas 253 fundações, 186 torres haviam sido pré-montadas e 110 içadas.
78MW
Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes
RS
N
258MW
Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes
RS
N
1MW
Capacidade de atendimento: 570 residências
SC
N
525 kV
230 kV
781 km de extensão:
494 km em 525kV
287 km em 230 kVN
RS
600kV
Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN
Tecnologia unindo fronteiras
inclUsão Digital
6 ESPECIAL
Braille e recurso de áudio – para portadores de deficiência visual. Já na Praça Internacio-nal, marco da fronteira entre os dois países, foi disponibilizado sinal de internet livre (wi-reless), cujo acesso pode ser feito a partir de pré-cadastro em um quiosque instalado no local pela Eletrosul.
“Ao oferecer internet livre e, mais adiante, cursos de in-formática, o Telecentro será uma importante ferramenta de informação, comunicação e desenvolvimento regional”, acrescentou o ministro das Co-municações, Paulo Bernardo.
O Telecentro Binacional é fruto de um acordo de coope-ração técnica que foi firmado,
em 2012, com o objetivo de estender o acesso à internet, por banda larga, até a zona frontei-riça. Envolve os governos Federal (Eletrosul e Telebras), Estadual (Companhia de Processa-mento de Dados do Rio Grande do Sul - Procer-gs) e Uruguaio (Administración Nacional de Telecomunicaciones - Antel).
Primeiro telecentro binacional da américa latina oferece acesso gratuito à internet a brasileiros e uruguaios
A robusta e moderna malha de telecomu-nicações por fibra óptica utilizada pela Ele-trosul é a responsável pelo atendimento ao primeiro Telecentro Binacional da América Latina, inaugurado no mês de junho, na ci-dade gaúcha de Sant’Ana do Livramento, di-visa com Rivera, no Uruguai. O espaço conta com terminais conectados à internet de alta velocidade e deverá atender por mês, gra-tuitamente, cerca de 20 mil brasileiros e uruguaios.
“A qualidade, segurança e confiabilidade da estrutura de fibras ópticas da Eletro-sul está contribuindo para a consolidação de mais um importante projeto de inclu-são digital”, ressaltou o presidente da Eletro-sul, Eurides Mescolotto.
O Telecentro tem 20 microcomputadores com configuração especial, em português e espanhol, que permite seu uso pelos cida-dãos das duas nacionalidades, e apresen-ta padrões de acessibilidade – teclado em
O Telecentro será uma importante ferramenta de
informação, comunicação e desenvolvimento regional
Paulo Bernardo
Integração óptica e elétrica
A integração das redes de telecomunica-ções do Brasil e Uruguai, segundo informa-ções do Ministério das Comunicações, é o primeiro passo para a implantação efetiva do anel óptico entre os países da Améri-ca do Sul. A estrutura de fibras ópticas da Eletrosul também seria importante para viabilizar o “Backbone Latino-americano”, como afirmou o presidente da Telebras, Caio Bonilha, na ocasião da assinatura do acordo de cooperação técnica entre as em-presas para o uso recíproco de serviços e a correspondente integração de infraestru-turas de telecomunicações. Esse acordo foi firmado especialmente para dar suporte à implantação do Programa Nacional de Ban-da Larga (PNBL) no Sul do País.
A Eletrosul tem participação em outro pro-jeto resultante de acordo entre os governos do Brasil e do Uruguai: a interligação elétrica a partir das subestações Presidente Médici
(já existente) e Candiota (em construção), no lado brasileiro, com a Conversora Melo, no lado uruguaio. As obras foram iniciadas em junho pela implantação da Subestação Can-diota (500/230 kV), no município gaúcho de mesmo nome, e do trecho de três quilôme-tros de linha em 230 kV, interligando essa unidade à Subestação Presidente Médici. O projeto prevê ainda a construção de outros 60 quilômetros de linha de extra-alta-ten-são (525 kV) da SE Candiota até o município de Aceguá (RS), na divisa com o Uruguai.
As obras da Interligação Brasil-Uruguai estão sob responsabilidade da Eletrosul, que tem 39,6% de participação no empre-endimento, e da Eletrobras (60,4%). O inves-timento total no lado brasileiro é de R$ 128 milhões com estimativa de conclusão para 2014. No país vizinho, a implantação está a cargo da Administración Nacional de Usi-nas y Transmisiones Eléctricas (UTE).
ESPECIAL 7Eletrosul agora - Julho de 2013
A primeira unidade geradora da Hidrelé-trica São Domingos entrou em operação co-mercial no dia 14 de junho, marcando o iní-cio das atividades de geração pela Eletrosul em solo sul-mato-grossense. Localizada na divisa dos municípios Ribas do Rio Pardo e Água Clara, ao Leste do Estado, a usina apro-veita o potencial hidrelétrico do rio Verde. O empreendimento conta com duas unidades geradoras e capacidade instalada total de 48 me-gawatts, suficiente para abastecer cerca de 550 mil habitantes.
Os investimentos fo-ram da ordem de R$ 485 milhões, o maior empre-endimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Estado. Somente em projetos socioambientais, a Eletrosul inves-tiu cerca de R$ 14 milhões.
“A Usina São Domingos foi um projeto di-fícil. Tivemos muitos desafios técnicos, que conseguimos superar. O início da operação da primeira unidade geradora é muito gra-tificante. Estamos bastante otimistas com o
desempenho operacional da primeira má-quina e trabalhando no comissionamento do segundo conjunto gerador para colocá-lo em operação comercial ainda em 2013. Este é o ano da consolidação da Eletrosul como geradora de energia”, avaliou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronal-do dos Santos Custódio.
Nos próximos 30 anos, os municípios da área de abrangência da usina receberão uma compensação financeira, no valor de R$ 21,5 mi-lhões, pela utilização dos recursos hídricos para fins de geração de ener-gia elétrica. O Estado
recebe a mesma quantia e a União, R$ 4,7 milhões, totalizando R$ 47,7 milhões. Com o início da operação da usina, a expectati-va é de que novos investidores se instalem na região, favorecendo o desenvolvimento socioeconômico das cidades do entorno do empreendimento. Durante as obras, foram gerados aproximadamente 2 mil empregos diretos e indiretos.
Empresa inicia geração em MS
PCH João Borges na reta final
a operação plena do empreendimento, que tem capacidade de atender 550 mil habitantes, está prevista para o segundo semestre
8 GERAL
UHe são Domingos
Este é o ano da consolidação
da Eletrosul como geradora de energia
Ronaldo Custódio
As equipes de construção, manuten-ção e apoio à operação da PCH João Borges, no interior de Santa Catarina, trabalham na preparação mecânica e elétrica da terceira e última unidade geradora para que o empreendimento entre em operação comercial plena no segundo semestre. Duas das unidades já estão operando em testes – uma ini-ciou a geração em 26 de maio e a outra em 18 de junho. A capacidade instala-da da usina é de 19 megawatts (MW).
A energia que será gerada pela PCH João Borges, de setembro (quando os três conjuntos geradores deverão estar em operação comercial) até dezembro de 2013, foi comercializada no leilão promovido pela Eletrosul, em junho. Segundo informações da Assessoria de Comercialização de Energia da estatal, foram fechados dois contratos, no va-lor total de R$ 8,31 milhões.
Ao todo, 21 empresas se inscreveram no certame, que foi o segundo de ven-da de energia própria realizado pela Eletrosul. Em abril, a empresa havia estreado no mercado livre com o lei-lão de venda de energia incentivada da PCH Barra do Rio Chapéu, quando foram fechados quatro contratos, no valor de R$ 27,4 milhões para forneci-mento entre maio de 2013 e dezembro de 2014.
Estudos vão indicar potencialeletrosul instalará
estações solarimétricas
para avaliar viabilidade da
tecnologia no rs e ms
Atenta às perspectivas de expansão da energia solar no Brasil, a Eletrosul deve iniciar, ainda este ano, os estudos do po-tencial de geração termossolar e viabili-dade técnica e financeira de implantação de plantas comerciais de grande escala, no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Com essa iniciativa, a Eletrosul se torna uma das primeiras empresas do setor elétrico brasileiro a prospectar in-vestimentos em usinas solares de con-centração – tecnologia difundida espe-cialmente nos Estados Unidos e Espanha.
“A Eletrosul vem pesquisando e incen-tivando o desenvolvimento tecnológico da geração de energia a partir do sol há quase 10 anos. Começamos com a foto-voltaica e agora queremos analisar a via-bilidade de alternativas tecnológicas de geração como a termossolar”, adiantou o diretor de Engenharia e Operação, Ronal-do dos Santos Custódio, lembrando que os investimentos da empresa no segmento solar, em projetos já realizados e em an-damento, somam mais de R$ 30 milhões.
Está em andamento o processo para aquisição de estações solarimétricas, que serão instaladas junto de empreen-dimentos da Eletrosul. As unidades, do-tadas de um conjunto de equipamentos de medição, coletarão dados da radia-ção, direção e intensidade dos ventos, temperatura e o índice de chuvas, entre outras variáveis. Uma delas ficará na
GERAL 9Eletrosul agora - Julho de 2013
geração termossolar
área da Hidrelétrica Passo São João, em Roque Gonzales, outra junto da Conversora Uruguaiana, no municí-pio de mesmo nome, ambas no Rio Grande do Sul, e outra na área da Usi-na São Domingos, em Água Clara, no Mato Grosso do Sul. O quarto local de instalação ainda será definido.
Diferentemente da fotovoltaica, que faz a conversão direta da radiação em energia, a tecnologia termossolar ou CSP (sigla em inglês para energia solar concentrada) funciona nos mol-des de uma usina térmica, usando o sol como combustível.
Em geração fotovoltaica, as pesquisas já completam quase 10 anos
O interesse da Eletrosul em novas tecnologias foi tema de entrevistas com o
diretor Ronaldo Custódio, publicadas em matérias no Valor Econômico e Bloomberg
Exército treina em subestação
A subestação da Eletrosul em Ivaiporã (PR) foi palco para um treinamento de cer-ca de 100 militares do Exército Brasileiro. A atividade, que também envolveu a Su-bestação de Furnas, faz parte do Sistema Proteger – um dos sete projetos desenvol-vidos pelo Exército e que tem o objetivo de garantir a proteção das estruturas consi-deradas estratégicas para o país como é o caso das instalações do setor elétrico.
“As subestações são essenciais para se-gurança energética do Brasil. Com essa atividade, o Exército reconhece a área e as particularidades das estruturas. Caso precise fazer alguma intervenção, o país estará adequadamente preparado. Isso é
A Eletrosul, em parceria com a Co-pel, iniciou em junho as obras de duas subestações no Paraná, que irão aumentar a confiabilidade e a segu-rança energética na região Noroeste, capital e no litoral do Estado. Uma unidade (230/138 kV) fica no municí-pio de Umuarama e a outra, chamada Subestação Curitiba Leste 525/230 kV, está sendo construída no muni-cípio de São José dos Pinhais, região
metropolitana de Curitiba.A Costa Oeste Transmissora de Ener-
gia, empresa constituída pela Copel (51%) e Eletrosul (49%), responsá-vel pela Subestação Umuarama Sul, também está construindo a Linha de Transmissão 230 kV Cascavel Oeste- Umuarama Sul, com 145 quilômetros de extensão e que passará por dez mu-nicípios paranaenses. O investimento é de R$ 72 milhões e os empreendi-
mentos devem entrar em operação no início de 2014.
Já a Marumbi Transmissora de Ener-gia S.A – Copel (80%) e Eletrosul (20%), responsável pela Subestação Curitiba Leste, também construirá a Linha de Transmissão 525 kV Curitiba-Curitiba Leste, com quase 30 quilômetros de ex-tensão. No total, serão investidos R$ 106 milhões no empreendimento, com ope-ração prevista para maio de 2014.
importante para a segurança nacional”, destacou o gerente da Eletrosul na Divi-são Regional do Paraná, Hélio Donine.
Na Subestação Ivaiporã, que se trans-formou em um “Posto de Segurança Estático”, nos dias 11 e 12 de junho, os
Quando realizamos treinamentos no terreno, estamos capacitando
o nosso soldado para desempenhar suas funções com melhor qualidade
Tenente-coronel Márcio Tibério
Novas subestações no Paraná
Estruturas consideradas estratégicas, como instalações do setor elétrico, são periodicamente usadas para treinamentos
10 GERAL
segUrança nacional
militares fizeram uma simulação de proteção das instalações, vigilância e patrulhamento motorizado. “Quando realizamos treinamentos no terreno, es-tamos capacitando o nosso soldado para desempenhar suas funções com melhor qualidade, a fim de estarmos em condi-ções de atuar nas nossas missões cons-titucionais”, destacou o comandante do 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado, de Apucarana (PR), tenente-coronel Már-cio Luiz Passos Tibério.
O treinamento do Exército nas insta-lações da Eletrosul e de Furnas aconte-ceu na semana que antecedeu o início da Copa das Confederações. “A ativida-de não foi realizada com esse objetivo, mas contribui para que o batalhão es-teja preparado, caso necessário, para atuar em ocasiões como essa, ou mes-mo na Copa do Mundo”, ressaltou o tenente-coronel.
Empregados da Eletrosul, em Roque Gonzales (RS), resolveram transformar uma parte do terreno da Usina Hidrelétrica Pas-so São João em uma grande horta para o cultivo orgânico de hortifrutigranjeiros. O trabalho de preparação do solo teve início ainda em 2012 e, ao longo deste ano, os can-teiros foram ganhando forma e receberam as mudas de verduras, legumes e temperos.
A produção vai diretamente para a mesa das famílias dos empregados. “Além de es-timular a adoção de práticas sustentáveis, essa é uma maneira simples de contribuir com a qualidade da alimentação, pois são produtos que não contêm agrotóxicos”, afir-mou o gerente do Centro de Manutenção e Apoio a Operação da Usina, Alexandre Li-cht, um dos idealizadores da horta.
O terreno disponível para a construção dos canteiros tem aproximadamente 13 mil metros quadrados. Até agora, 4,8 mil m2 es-tão plantados. “O restante da área está em preparação para o plantio de outras varie-dades de hortaliças e árvores frutíferas”,
Estímulo ao plantio orgânicoHorta implantada na área da Usina Passo são João (rs) incentiva a adoção de práticas sustentáveis
MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Julho de 2013
cUltivanDo o verDe
explicou Licht. Para diversificar as culturas, foram plantadas, recentemente, 400 mudas de morango importadas da Patagônia, com-pradas com o dinheiro da “caixinha” que os empregados organizaram para manuten-ção da horta.
A ideia da horta foi tão bem aceita que alguns empregados fazem questão de aju-dar a cuidar dos canteiros fora do horário de expediente ou mesmo nos fins de semana. A construção dos canteiros teve o apoio de uma empresa especializada, que orientou os empregados sobre como utilizar os re-cursos existentes na área da usina.
esPaço Dagestão ambiental
Metas de redução de GEE
Como parte de suas diretrizes de sustentabilidade empresarial, a Eletrosul estabeleceu metas para reduzir as emissões indiretas de gases de efeito estufa (GEE), a par-tir da redução da energia adquiri-da de fontes não renováveis para suprimento de seu edifício sede, em Florianópolis (SC). De todas as instalações da empresa, essa é a unidade que mais consome energia por concentrar o maior contingente de empregados. Em 2012, o consumo total da sede foi de 4.306.713,00 quilowatts-hora (kWh) - o equivalente a 295,37 to-neladas de gás carbônico (CO2) - provenientes do Sistema Interliga-do nacional (SIN).
As metas aprovadas pela direto-ria da Eletrosul preveem a redução de 20% da energia proveniente do SIN, em 2014, e mais 20%, em 2015, considerando 2012 como ano-ba-se. Atingindo-se esses percentuais, a partir do próximo ano deixarão de ser emitidas 59 T de CO2 e, no ano seguinte, 118 T de CO2.
Para atingir essas metas, foi con-siderado que, a partir de janeiro de 2014, a sede da Eletrosul, na condi-ção de consumidor livre especial, passará a comprar no mercado li-vre, para seu suprimento, a energia gerada pela usina Megawatt Solar, em implantação em sua sede, e pe-las PCHs, localizadas no interior de Santa Catarina.
O estabelecimento de metas empresariais relacionadas a gases de efeito estufa é um passo im-portante para a consolidação da estratégia climática das empresas Eletrobras e para o cumprimento dos objetivos do Projeto DJSI (Dow Jones Sustainability Index) 2013.
Verduras e legumes livres de agrotóxicos: mais qualidade na alimentação
De olho no consumo consciente
O período é de férias escolares, mas alunos da Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro, de Florianópolis, têm uma importante lição de casa: transformarem-se em “Guardiões da Energia”, buscando alternativas para reduzir o consumo em suas residências. A expectativa para este ano é superar os números de 2012, quando mais de 270 adolescentes de 11 a 14 anos, ten-do seus familiares como aliados, conse-guiram economizar somente no mês de julho cerca de 8,5 mil quilowatts-hora (kWh), o que daria para abastecer pelo menos outras 40 residências durante um mês, considerando o consumo mé-dio de Santa Catarina.
A coordenadora do Projeto Guardiões da Energia, professora Elaine Seiffert, explica que no início do ano letivo os estudantes começam a fazer o monito-ramento da conta de luz de suas casas.
A média de consumo até junho serve de parâmetro para calcular a economia obtida em julho. A ação é dos alunos, mas os pais são convidados a partici-par, assinando um termo de compro-misso com o objetivo de seus filhos.
Muito além de baixar a conta de ener-gia, o projeto Guardiões da Energia procura cons-cientizar os adolescentes sobre o uso racional da energia e dos recursos naturais para que eles estimulem a mudan-ça de hábitos dentro de casa. “A palavra-chave dos Guardiões é respon-sabilidade. Responsabi-lidade com o planeta e com o meio ambiente”, afirmou Elaine. Por isso, o debate sobre a recicla-
gem do lixo e em relação ao não des-perdício de todo e qualquer recurso, segundo ela, também estão na pauta. Na escola, o lixo orgânico passou a ser usado como adubo para a horta feita pelos alunos. Com os materiais reci-cláveis, eles aprendem a confeccionar artesanato.
O Projeto Guardiões da Energia foi ide-alizado, em 2007, pela professora Elaine Seiffert que, depois de participar de um curso do Programa Nacional de Con-servação de Energia Elétrica (Procel), promovido pela Eletrosul, viu a possibi-lidade de trabalhar o tema de forma in-terdisciplinar em sala de aula. O traba-
lho começou com uma única turma de alunos. No ano passado, 12 turmas par-ticiparam diretamente e praticamente todos os mais de 700 alunos da escola tiveram algum envolvimento em ativi-dades complementares.
A Eletrosul foi uma das empresas que apostaram no projeto, dando apoio finan-
ceiro para a compra de equipamentos, como notebooks e data show, camisetas para os alunos e premiação para aque-les que mais economizaram. O trabalho é amplamente reconhecido e já recebeu a Bandeira Verde, certificação da Eco-Schools – programa internacional de educação am-biental e de desenvolvimento sustentável.
Projeto envolvendo escolares de Florianópolis
ajuda reduzir gastos na conta de luz e incentiva
hábitos de conservação ambiental
12 ESPECIAL
gUarDiões Da energia
Iniciativa é reconhecida