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Entrevista com Daniel Nunes, um dos responsáveis pela Teledermatologia Casas de Parto Normal: Por que são importantes e qual a situação de SC? Estudos mostram que boas amizades estão associadas à boa saúde e longevidade página 4 página 6 página 3 Telessaúde Informa Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC telessaude.sc.gov.br [email protected] Junho de 2012

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Edição de Junho de 2012

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Entrevista com Daniel Nunes, um dos responsáveis

pela Teledermatologia

Casas de Parto Normal: Por que são importantes e qual a situação de SC?

Estudos mostram que boas amizades estão associadas à boa saúde e longevidade

página 4página 6página 3

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Exemplo de atenção à saúde do trabalhador

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No dia 29 de maio, uma sex-ta feira, 56 trabalhadores da saúde pública da cidade

de Irani, SC, se reuniram no Centro de Convivências para tomar uma decisão importante: como dariam maior atenção ao bem estar de quem trabalha jus-tamente cuidadando da saúde de outras pessoas?

Um projeto de gi-nástica laboral foi apresentado às equi-pes em uma das reuniões que re-alizam mensalmente. Engana-se quem pensa que, porque a cidade é pequena, este projeto também seria: são cerca de sessenta tra-balhadores que terão sua rotina modificada. Felizmente, é para melhor.

Para que os atendimentos ao público não parem, as equipes das Unidades Básicas de Saúde serão divididas em dois grupos que terão

a atividade, sempre pela manhã. “Assim, quem não consegue parti-cipar em um horário, participa em outro. E a demanda não fica pa-rada enquanto isso”, explica Ana Cláudia Franceschina, educadora física que, com a fisioterapeuta

Cinthia de Cam-pos, forma a du-pla responsável pela ideia.Por que prestar atençãoProjetos como o

de Irani contribuem não apenas para a qualidade de vida e satisfa-ção dos funcionários no trabalho, mas também ajuda a criar uma imagem positiva das UBS - afinal de contas, não é sempre melhor ser atendido por alguém motivado e de melhor humor?

“Quando trabalhamos com saúde, esquecemos que somos pessoas que passam a maior par-

te dos seus dias em um ritmo de correria muito intenso. A gente também precisa relaxar, até para conseguir manter a qualidade dos nossos atendimentos”, explica Dil-ce Zenaro, coordenadora do PMAQ do município.

Em Santa Catarina, a ideia é inovadora, mas no estado de São Paulo, na cidade de Amparo, está mais avançada: o que começou com apenas a saúde de quem tra-balhava na rede de saúde foi, aos poucos, sendo incorporado pelo restante da população.

Com cerca de 67 mil habitan-tes, o programa cobre pouco mais de 90% da necessidade da cidade. A implantação ocorreu de forma gradativa, englobando conjuntos de ações voltadas para quatro as-pectos: a assistência ao trabalha-dor, a vigilância e a educação em saúde. A quarta etapa é a única permanente: capacitação dos pro-fissionais da rede municipal de saúde.

“A partir da experiência de Am-paro, vemos que é viável a execu-ção das ações de saúde do traba-lhador em municípios de pequeno e médio porte. A nossa experiência pode, sim, ser par-tilhada e a d a p t a d a a diferen-tes realida-des”, diz a conclusão da apresen-tação do programa.

* A Política Nacional de Saúde do

Trabalhador está disponível através do link:http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/proposta_pnst_st_2009.pdf

Primeira sessão de ginástica laboral das equipes, após a apresentação do projeto

Cinthia: “A ideia é criar um momento de descontração e relaxamento mesmo. Assim,

as pessoas ficam mais dispostas e felizes”

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Telessaúde Informa: A Rede de Teledermatologia é um projeto re-lativamente novo e foi instalado em Santa Catarina devido à alta incidência de câncer de pele, cer-to? Há quanto tempo ele existe e como foi o seu início? Dr. Daniel Nunes: Certo. A Teledermatologia está funcionando desde agosto de 2011. Começou de um projeto de teledermatoscopia, justamente para tentar fazer o diagnóstico precoce de melanomas e, mais tarde, dos demais cânceres da pele, porque SC é o Estado brasileiro de maior incidência deste tipo de neoplasia. Como muitos pacientes não tinham acesso ao diagnóstico e ao trata-mento dos cânceres da pele, surgiu a necessidade de facilitar o fluxo. Logo, como existe uma demanda reprimida enorme e muitos pacien-tes ficam em acompanhamento nos serviços terciários, não permitindo que novos pacientes cheguem à consulta e à cirurgia, optamos por iniciar o projeto nesta área. Assim

os pacientes podem voltar as suas unidades de origem e, se surgirem novas lesões, a Teledermatologia ajuda a definir se o paciente preci-sa ou não ser reencaminhado.

TI: Como o projeto funciona, exa-tamente? Dr. Daniel: O funcionamento é sim-ples - uma vez que o médico da Atenção Básica suspeita de alguma lesão em que haveria necessidade de encaminhamento, ele aplica o exame de Teledermatologia. Ba-sicamente, isso consiste em tirar fotos de acordo com um protocolo pré-estabelecido das lesões e en-caminhá-las via portal de Telemedi-cina para serem analisadas por um dermatologista. Para isso, foram elaborados manu-ais de utilização dos aparelhos (má-quina fotográfica digital e derma-toscópio) e realizados treinamentos de capacitação em cada uma das unidades que foram contempladas com os aparelhos. O laudo que define se a suspeita

inicial é ou não compatível com as imagens enviadas deve ser emitido em até 72h. Assim, conseguimos separar muitas lesões que não precisariam de encaminhamento a unidades terciárias de saúde, e o tempo de espera para aqueles que realmente necessitam acaba cain-do. TI: Por ainda estar no início, o projeto abrange apenas três do-enças. Câncer de pele, Psoríase e Hanseníase. Por que essas três?Dr. Daniel: O projeto iniciou com câncer da pele, mas na hora de co-locar o site no ar, desenvolvemos mais dois protocolos: a Psoríase por se tratar de doença inflamatória crônica, que influencia muito nas atividades diárias de quem convive com o problema; e a Hanseníase por ser de uma doença considera-da problema de saúde pública no Brasil, apesar dos baixos índices da doença em SC. A ideia é que após a validação destes protocolos, co-mecemos a expandir para novas doenças.

TI: Quais as perspectivas de cres-cimento do programa?Dr. Daniel: Estamos em fase final de validação dos protocolos e em expansão da Rede. No momento, temos 28 aparelhos em 26 muni-cípios, mas a perspectiva é de que no futuro todas as cidades tenham pelo menos um aparelho, facilitan-do o deslocamento dos pacientes. 3

Rede potencializa resolubilidade da APSPensada para otimizar a saúde pública, a Teledermatologia foi idealizada para ajudar a diagnosticar e rastrear doenças da pele

Dr. Daniel Nunes, dermatologista, fala sobre o processo de criação do projeto, seu funcionamento e objetivos

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V ivemos um tempo no qual tudo nos convida a estarmos sós. Os livros são de auto-ajuda, os restaurantes são do tipo self-service, o merca-

do imobiliário se especializa em imóveis para pesso-as que optaram por morar sozinhas, e até as embala-gens dos produtos têm sido idealizadas para aqueles que nunca estão acompanhados. Viver só não é um problema em nossa sociedade, mas sinal de que al-cançamos independência, auto-estima e suficiência.

O outro lado da questão faz pensar, contudo, na dificuldade de construir relações ricas e duradouras, não só do ponto de vista romântico, mas também social. Além disso, estudos indicam que permanecer isolado socialmente pode alterar nossa saúde signi-ficativamente, pois a solidão tem sido relacionada à depressão, diminuição do sono e da capacidade cog-nitiva, doença de Alzheimer e até mortalidade.

A solidão está também associada ao aumento da pressão sanguínea, das atividades do hipotálamo, da glândula pituitária e do córtex adrenal (vinculados ao hormônio do estresse, o cortisol), alterações no sis-tema imunológico, arteriosclerose, diabetes, inflama-ções e contrações nos vasos sanguíneos. Não bas-tasse esse extenso elenco, alcoolismo, sedentarismo e obesidade aparecem igualmente na lista dos males

de quem vive só.Uma pesquisa realizada por Louise Hawkley, dire-

tora e pesquisadora do Laboratório de Neurociência Social, do departamento de Psicologia da Universi-dade de Chicago, nos EUA, mostrou que um possível remédio para prevenir essas enfermidades é manter um círculo de amizades ou estar inserido em algum grupo social. Para ela, “ter muitas amizades não é ne-cessariamente mais benéfico do que possuir apenas um bom amigo. O que verificamos em nosso estudo sobre a solidão é que um bom casamento, ter um ou mais amigos ou pertencer a um grupo significativo contribuem para a sensação de estar socialmente conectado. Esses são os tipos de relações que estão associados à boa saúde”, esclarece aos leitores de VivaSaúde, em entrevista exclusiva.

É fácil não ser sóOs estudos mostram que viver só é condição de ris-

co que leva à resistência da circulação sanguínea do sistema cardiovascular, causada por inflamações de-correntes do excesso de cortisol no organismo. Para evitar isso, Louise dá algumas dicas, uma fórmula con-cebida por um de seus colaboradores, John Cacioppo, autor do livro Loneliness – human nature and the need

Boas amizades fazem bem à saúdeCOMPARTILHANDO: Revista Viva Saúde - disponível no site http://migre.me/9876M

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for social connection [“Solidão, a natureza humana e a necessidade de conexão social”, ed. Norton, sem tradução para o português]:1. Exponha-se, aumentando a par-

ticipação em eventos sociais; 2. Desenvolva um plano de ação:

saiba que tipo de amizades você deseja e, só então, projete como fará para chegar até elas.

3. Selecione os amigos cuidado-samente. “A melhor forma de aliviar a solidão é com o apoio de amizades de qualidade, não com um vasto número de ami-gos superficiais”, pondera a psi-cóloga.

Colocadas em prática, quanto tempo essas estratégias tomam para obter resultados benéficos? A psicóloga responde: “depende de como anda a saúde de cada pes-soa”. Seus estudos indicaram que os genes não são estáticos. Aque-les que não mantêm uma vida so-cial saudável despertam dentro de si genes que provocam inflamações na mesma proporção que reduzem os que deveriam combatê-las. Indi-víduos integrados socialmente têm maior chance de evitar o desenca-deamento desse processo.

E exemplifica: “Pessoas solitárias estão no grupo de risco da depres-são. Reduzir os sentimentos de so-lidão pode ajudar rapidamente a diminuir os sintomas correlatos. Po-rém, no caso de pessoas solitárias e com pressão alta, por terem vivi-do nessa situação por muito tempo, às vezes é muito tarde para voltar aos níveis originais”. Segundo Lou-ise, essa é uma das razões pelas quais as mudanças psicológicas podem levar algum tempo para ter

o efeito desejado.

Amigos e longevidadeOutro estudo realizado na Aus-

trália confirma as conclusões da pesquisadora americana. O levan-tamento foi realizado pelo Centro do Envelhecimento da Universida-de de Flinders (Adelaide), onde se concluiu que ter amigos está ligado à longevidade: pessoas com uma boa rede de amigos e confidentes vivem 22% mais tempo do que aqueles que se isolam.

Ainda segundo o estudo, pouco importa se é uma amizade de longa data ou não. A mensagem central é que manter um senso de sociabi-lidade entre amigos aparece como fator relevante à sobrevivência. Para além dos efeitos na saúde, ou-tro aspecto a ser considerado são os sintomas psicossociais decor-rentes da solidão. Alguém que viva só pode sentir-se excluído, e essa sensação se exterioriza em forma de tristeza, estresse, ansiedade, raiva, medo, negativismo, baixa auto-estima e percepção de pouco apoio social.

Frio da solidãoUma recente pesquisa realizada

na Universidade de Toronto e pu-blicada na revista Psychological Science concluiu que as metá-foras relativas à soli-dão, ligadas ao frio, correspondem à realidade dos fatos. Pesso-as que se sen-tem excluídas sentem mais

frio porque sentir-se só altera a ca-pacidade de percepção de calor.

Na opinião do médico, sociólogo e psicoterapeuta italiano Francesco Alberoni, autor do livro A amizade (Ed. Rocco), esse fenômeno aconte-ce porque ter amigos é uma neces-sidade humana que nos acompa-nha por toda a vida e se manifesta nos primeiros anos na infância.

Para o escritor, quando nos apai-xonamos por alguém, sabemos que estamos correndo um risco. No caso das amizades, iniciamos o percurso atentos aos princípios da realidade e da reciprocidade: “Nós nos torna-mos amigos de quem se demons-tra amigo. A amizade não se baseia somente na simpatia, mas também na confiança. O amigo é aquele em quem você pode confiar. Porém, é preciso fazer uma distinção: amiza-de entre companheiros e colegas e amizade verdadeira. Podemos ter muitas amizades, mas somente poucos amigos verda-deiros”.

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Partos normais reduzem riscos e podem ajudar na hora da recuperaraçãoAumento da procura por cesarianas no Brasil vai de encontro às vantagens apontadas por estudos da área e à política do governo de tentar diminuir a morbilidade materna e infantil. Casas especializadas no assunto ajudam na hora de escolher um procedimento mais normal

Q uando Maíra Da Ros, 29, engravidou, co-meçou a frequentar o curso para gestan-tes oferecido pelo Hospital Universitário da UFSC. Lá, aprendeu técnicas de res-piração e foi preparada por uma equipe

multidisciplinar para dar a luz à Francisco, hoje com quatro anos, com um parto normal. “Foi uma escolha natural. Quando minha mãe me teve, deu à luz de cócoras e, talvez por isso, minha vontade sempre foi a de um parto humanizado. O curso me ajudou muito, me deixou mais confiante e deu apoio”, conta.

Ao final de 12 ho-ras de trabalho

de parto, entre-tanto, foi uma cesariana que trouxe Francis-co à vida. “Eu

tinha a dilatação necessária e estava

decidida a ter um parto normal, na água. Mas senti

uma dor diferente, estranha, que indicava que ele não

estava na posição certa. A cesária foi a alterna-

tiva que deu certo, mas não era a que eu queria”. Em seu relato, Maíra diz que o processo cirúrgi-co, além de muito mais

dolorido, a fez se sentir agonia-

da, vomitar e quase

d e s -maiar.

Mesmo com desvantagens claras como essas, da-dos do Ministério da Saúde indicam que, em 2010, 52% dos cerca de três milhões de partos realizados no país foram feitos com procedimentos cirúrgicos. Só na rede pública, eles representam 37% dos par-tos, enquanto na rede privada, o índice chegou a 82%. A procura é tanta que a Fundação Oswalo Cruz decidiu entrevistar 24 mil mulheres que tiveram bebê recentemente para descobrir as razões para essa preferência.

A realidade materna é preocupação internacional: a Organização Mundial de Saúde (OMS) es-tabeleceu uma meta de apenas 35 mortes a cada 100 mil nasci-mentos para países de todo o mundo. Desde que esta meta foi estabelecida, de 2010 para cá, o Brasil registrou uma queda de 21% nas mortes: de um total de 1.317 mortes, passamos para 1.038.

Resultado da recém lançada Rede Cegonha? Tal-vez. Lançada em março do ano passado, a Rede já investiu R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê. Com isso, melhorou o acesso às consultas de pré-natal – mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram no mínimo sete consultas – e hou-ve também uma redução nos três principais índices de mortalidade materna: hipertensão arterial; hemor-ragia e infecções pós-parto. Além disso, o programa traz outros benefícios a quem etá cadastrada: só em 2010, por exemplo, 1.291 gestantes foram cadastra-das em 59 municípios de 11 estados para receberam o auxílio-transporte de até R$ 50,00 que, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deve permitir à gestante o seu deslocamento para a realização do pré-natal completo e o mais cedo possível.

Dr. Halana: “Parece óbvio que o melhor lugar para o bebê estar depois que

nasce é no calor e afeto do colo da mãe”

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Casas de Parto Normal e a realidade catarinense

Por causa de sua adesão tardia à Rede Cegonha, Santa Catarina ainda dá os primeiros passos em direção a uma Casa de Parto Nor-mal (CPN). Entretanto, o governo já aprovou indicações para que pelo menos três CPNs sejam instaladas na região de Florianópolis, Bigua-çu e Santo Amaro. O que nos im-pede de começá-las, no momento, é que precisamos ainda de um estudo mais aprofundado sobre a situação da assistência obstétrica, que indique a disponibilidade de leitos e profissionais, por exemplo.

Fora de SC, contudo, há exem-plos de outros estados que podem ser tomados como modelo. É o que acontece com a Casa David Capis-trano Filho, inaugurada em março de 2004. Uma iniciativa da Secre-taria Municipal de Saúde do Rio

de Janeiro que, com pouco mais de sete anos, a casa já ultrapas-sou os dois mil partos realiza-dos. É importan-te destacar que são admitidas apenas pacien-tes que obede-çam a certos cri-térios, como ser saudável e estar até a 34ª sema-na de gestação; não ter nenhum filho que tenha nascido por ce-sárea, nem ter sido submetidas a cirurgias uterinas. A equipe é for-mada por enfermeiras obstétricas, técnicos e auxiliares de enferma-

gem, nutricionis-tas, assistentes sociais e profissio-nais que orientam sobre saúde bucal. Não existem mé-dicos na Casa de Parto, mas para ca-sos emergência, no pátio da Casa, há uma ambulância à disposição.

A importância de um lugar com essa especialidade é, na opinião de mui-tos especialistas, incostetável. “É necessário um am-biente favorável, uma equipe dispo-

nível para atender às necessida-des da mulher e evitar tudo que seja danoso e que não tenha se mostrado benéfico”, explica Dra. Halana Andrezzo, médica gineco-logista do NASF Biguaçu. E com-pleta: “a humanização diminuiria as intervenções desnecessárias com suas decorrentes complica-ções, reduzindo os custos em saú-de e também a morbimortalidade materno e infantil.

Sobre a importância de um par-to humanizado, Dra. Halana resu-me: “parece óbvio que o melhor lugar para o bebê estar depois que nasce é no calor e afeto do colo da mãe mas o excesso de rotinas como exames e aspirações nasais fizeram com que muitos bebes fos-sem levados para um berço depois de nascerem”.

Oficina sobre parto na Casa de Parto David Capistrano Filho

Parto natural X Mulheres modernas

Pesquisadores da Universidade Federal do Estado de Rio de Janeiro (UERJ), interessados no considerável aumento de cesarianas no Brasil, elaboraram um estudo em que entrevistaram 23 mulheres com o objetivo de entender as razões para sua preferência. Embora de pequena abrangência, o estudo e seus resultados trouxeram à tona temas que causariam debates interessantes.

Segundo os próprios estudiosos, o principal fator levantado foi o medo das dores do parto e o desconhecimento das vantagens do parto normal. Algumas mulheres chegaram a mencionar, inclusive, as vantagens de poder programar o parto de acordo com a “vida agitada da mulher contemporânea” e a falta de paciência para aguardar a progressão de um parto normal.

Ilustração: Cícero Lopeshttp://ciceroart.blogspot.com.br/

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Film

es

Livr

o

Pina (2012) Dirigido pelo bem aclamado Win Wenders, o documentário vai além da história de vida da dançarina e coreógrafa alemã Pina Bausch, buscando nas ruas da cidade de Wuppertal e em elementos como a terra, a água e até mesmo rochas as mesmas inspirações de Pina. Imagens, movimentos e até mesmo novas tecnologias, como a do cinema 3D, são usados brilhantemente para entreter e ilustrar um novo modo de fazer arte no cinema.

O Palhaço (2011) Benjamim trabalha no Circo Esperança junto com seu pai Valdemar (Paulo José). Juntos, eles formam a dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue e fazem a alegria da plateia. Mas a vida anda sem graça para Benjamin, que passa por uma crise existencial e assim, volta e meia, pensa em abandonar tudo. Seu pai e amigos lamentam o que está acontecendo, mas entendem que ele precisa encontrar seu caminho por conta própria.

Caderno de Atenção Básica: Práticas Integrativas e Complementares As plantas medicinais e seus derivados estão entre os principais recursos terapêuticos da MT/MCA e vêm, há muito, sendo utilizados pela população brasileira nos seus cuidados com a saúde. Entre as Práticas Integrativas E Complementares no SUS, as plantas medicinais e fitoterapia são as mais presentes no Sistema, segundo diagnóstico do Ministério da Saúde, e a maioria das experiências ocorrem na APS.

Disponível no site: http://189.28.128.100/dab/

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EventoIº Simpósio Catarinense de Promoção da Saúde

Evento multiprofissional, or-ganizado com a proposta de elaborar um diálogo com as

estratégias da Carta de Otawa; discutir temas como Políticas Públicas Saudáveis e o reforço de ações co-munitárias e também expor experiências de Promoção de Saúde. Poderão participar do evento pesquisado-res, profissionais e estudantes de Enfermagem, inte-grantes de grupos de pesquisa de todo o país, e outros profissionais da área da saúde.Data: 2 e 3 de julho de 2012Local: Auditório da Reitoria da UFSCPara mais informações, acesse: http://www.aben-sc.org.br/simposio_sc/inscrico-es.php

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Expediente: Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, edição e diagramação: Camila Garcia Ilustração: Felipe de Almeida Orientação: Izauria Zardo e Igor Tavares da Silva Chaves Revisão: Marina Veshagem

Produzido por Ivan Cabral e publicado no blog Sorriso

Pensante - Humor gráfi-

co e ginástica cerebral, em novembro de

2008.Fonte:

http://migre.me/989K7

Teleconsultorias - Relato do mês de maio

“As reuniões de equipe acontecem nas três primeiras sextas-feiras do mês, das 15h às 17h, com a porta da Unidade fechada. A comunidade já sabe dessa rotina há anos e procura o serviço somente em casos de urgência. As reuniões eram sempre comandadas pela Enfermeira, mas depois de assistirmos à Webconferência sobre Reunião de Equipe do Igor, (sugestão da Inajara, nossa consultora do Telessaúde), decidimos dividir a equipe em três grupos de quatro membros. Cada grupo assume a responsabilidade de organizar uma reunião no mês e redigir a Ata. Foi também elaborado um roteiro a ser seguido em todas as reuniões, com estipulação de tempo para cada item. Com isso, toda a equipe sentiu-se valorizada, nossas reuniões ficaram mais práticas e, é claro, a Enfermeira deixou de ficar sobrecarregada.”

Além destas ações, a equipe enfatiza a organização das agentes comunitárias que atualizaram os mapas de suas microáreas e iniciaram atividades na sala de espera, trabalhando questões relacionadas aos atendimentos na Unidade como agendamento de consultas, campanha de vacinação da Influenza e cadastramento do Cartão Nacional do SUS. Por valorizarem detalhes, trabalharem de fato em equipe e se importarem com seus membros, também elaboraram uma escala para a rotina de limpeza da Unidade. Os próprios profissionais contam que, com esta iniciativa, sentem-se mais tranquilos para realizar suas tarefas, porque a limpeza de cada sala é garantida sem interferência ao atendimento.

Esta experiência deixa claro que é possível melhorar o processo de trabalho. As mudanças proporcionadas podem não ser consideradas grandes em contextos e realidades diferentes, mas possuem, de fato, interferência e impacto nas ações desenvolvidas no cotidiano das UBS.

Relato da equipe de Vista Alegre, de Rio Negrinho, e da teleconsultora Inajara Carla Oliveira

Porque organizar a demandaCidade destaque:

A estrela do mês de junho ficou com o município de Vargem Bonita, no meio-oes-te do Estado. As equi-pes enviaram 22 per-guntas à Segunda Opinião Formativa, assistiram a 100% das webconferências e também estão em Teleconsultoria.Parabéns, pessoal!

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14/06Funcionalidade e interação da Teledermatologia e Atenção Básica, 15h

Público alvo: Profissionais Médicos da APS de SCPalestrante: Dr. Daniel Holthausen Nunes, MScCâncer de pele: O que é, quais os tipos existentes e mais comuns? Quais lesões suspeitar? Diagnósticos diferenciais e como conduzir?

Ferramentas tecnológicas para o trabalho integrado entre NASF e ESF, 15h

Palestrante: Thaís Titon de SouzaResumo: Apresentação de ferramentas tecnológicas usadas para organizar e desenvolver ações integradas entre equipes de referência e de apoio, buscando a cogestão e a corresponsabilização pelo cuidado na Atenção Básica, tais como: Pactuação de Apoio, Clínica Ampliada, Projeto Terapêutico Singular dentre outras.

Experiência Exitosa do Município de Maravilha, 15h

Palestrantes: José Francisco Mora, Josaine Schneider e Gisele Damian AntonioResumo: Apresentação e compartilhamento dos desafios da humanização e ampliação do acesso aos usuários, experiências de planejamento, criação e avaliação do desempenho com a participação das Teleconsultorias do Telessaúde SC.

Protocolos em Saúde na APS, 15halestrante: Leonardo Augusto E.L.OliveiraResumo: Protocolos em saúde, de maneira geral, significam um conjunto de regras para executar alguma ação. São importantes meios que dão maior consistência científica e metodológica a essa ação com o objetivo de aumentar sua capacidade de enfrentar e resolver determinados problemas e situações.

Programação das webs de junho13/06

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Estratégia de Saúde da Família - Princípios e Organização, 15h

Palestrante: Igor TavaresResumo: A Estratégia de Saúde da Família tem demonstrado ser estruturante da atenção primária à saúde brasileira. Abordaremos nessa webconferência seu histórico e princípios organizacionais.

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21/06 Funcionalidade e interação da Teledermatologia e Atenção Básica, 15h

Público alvo: Profissionais Médicos da APS de SCPalestrante: Dr. Daniel Holthausen Nunes, MScPsoríase e Hanseníase: Quando suspeitar? O papel da atenção básica e quando encaminhar para referência. Utilização o fluxograma da Teledermato como ferramenta.

Workshops de junho!