26
UNIVERSIDADE GUARULHOS TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO ANILSON, ÂNGELA, AMANDA, LAÍSA E LIDIANE

Teoria comportamental da administração

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

UNIVERSIDADE GUARULHOS

TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO

ANILSON, ÂNGELA, AMANDA, LAÍSA E LIDIANE

ITAQUAQUECETUBA

09/2012

ANILSON, ÂNGELA, AMANDA, LAÍSA E LIDIANE

TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO

Trabalho apresentado à Professora Lidiane Barbosa

da disciplina Teoria Geral da Administração

da turma HAD2011021NA520, turno noturno

do curso de Administração.

UNIVERSIDADE GUARULHOS

Itaquaquecetuba - 10/2012

INTRODUÇÃO

Teoria comportamental da administração é a importância do comportamento organizacional, o

estudo do comportamento humano. No conceito de administração, as funções básicas de uma

empresa, de acordo com a teoria clássica são prever, organizar, comandar, coordenar e

controlar e são aplicados a qualquer tipo de organização. A teoria comportamental (ou

teoria behaviorista) da administração trouxe uma nova concepção e um novo enfoque dentro

da teoria administrativa: a abordagem das ciências do comportamento, o abandono das

posições normativas e prescritivas das teorias anteriores (teoria clássica, das relações humanas

e da burocracia).  A abordagem comportamental, segundo Chiavenato (2003), é caracterizada

por ser decorrência da Teoria das Relações Humanas. Assim, sua ênfase ainda se encontra no

comportamento humano, porém, leva em consideração o contexto organizacional, de forma

mais ampla, abrangendo a influência desse comportamento na organização como um todo e as

perspectivas das pessoas diante das organizações. As características da teoria comportamental

da administração são a ênfase nas pessoas, preocupação com o comportamento organizacional

e estudo do comportamento humano.

Acredita-se que a teoria comportamental da administração inicia-se com Hebert Alexander

Simon, em 1947 com o livro O Comportamento Administrativo, no qual foram apresentadas

novas colocações, o que trouxe novos conceitos ao tratamento do processo de tomada de

decisões e aos limites da racionalidade. De acordo com Chiavenato (2003), as experiências

que deram base a Teoria Comportamental surgiram ainda na Teoria das Relações Humanas e

ainda considera alguns conceitos dessa teoria, porém a Teoria Comportamental critica tanto a

Teoria Clássica, que dá muita ênfase nas tarefas, como as Teorias das Relações Humanas, que

dão muita ênfase nas pessoas. A Teoria Comportamental mostra-se completamente oposta aos

conceitos formais e à posição rígida e mecânica da Teoria Clássica.

NOVAS PROPOSIÇÕES SOBRE A MOTIVAÇÃO HUMANA

Os behavioristas acreditavam que a partir do momento que se toma conhecimento das

necessidades humanas, pode-se melhorar a qualidade do trabalho utilizando a motivação nas

organizações. Teoria da motivação humana está organizada e disposta em níveis e é

apresentada em uma hierarquia, como segue abaixo em ordem crescente:

Necessidades fisiológicas: estas estão relacionadas à sobrevivência do indivíduo. Constituem

a alimentação, o sono e o repouso, o desejo sexual etc., que são as prioridades do homem.

Necessidade de segurança: é uma grande importância no comportamento humano e está

relacionada à remuneração e benefícios, condições de segurança de trabalho e estabilidade no

emprego.

Necessidades sociais: são as necessidades de associação, participação, aceitação dos

companheiros, troca de amizades, afeto e amor.

Necessidades de estima: envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, necessidade de

aprovação social, respeito, prestígio e consideração.

Necessidade de auto-realização: são as necessidades humanas mais elevadas e estão no topo

da hierarquia. Estão relacionadas à realização do próprio potencial e do auto-desenvolvimento

contínuo.

TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG

Para Frederick Herzberg (apud. Chiavenato, 2003), o comportamento humano poderia ser

explicado por dois fatores independentes descritos a seguir:

Fatores higiênicos ou extrínsecos: são os que se localizam no ambiente em torno das pessoas e

abrangem as condições nas quais desempenham seu trabalho. Como essas condições são

decididas pela empresa, os fatores higiênicos estão fora do controle dos trabalhadores. Esses

fatores podem ser: o salário, benefícios sociais, tipos de chefia, supervisão, condições físicas

de trabalho, as políticas e diretrizes da empresa. Quando esses fatores são péssimos ou

precários, eles provocam a insatisfação dos empregados.

Fatores motivacionais ou intrínsecos: são os fatores relacionados com o conteúdo do cargo e

com a natureza das tarefas que o trabalhador executa no seu típico dia de trabalho. Esses

fatores dependem das tarefas que os trabalhadores realizam no seu trabalho. O impacto dos

fatores motivacionais sobre o comportamento das pessoas é muito profundo e estável, pois

quando são ótimos provocam a satisfação, mas quando são precários não a alcançam.

ESTILOS DE ADMINISTRAÇÃO

Segundo Chiavenato (2003), a teoria comportamental oferece muitos estilos de administração.

Os estilos de administração dependem da idéia de natureza humana que os administradores

utilizam dentro das empresas. McGregor distinguiu duas concepções antagônicas de

administrar que em sua opinião são típicas da visão gerencial dos funcionários: a teoria X

(tradicional) e a Teoria Y (moderna).

A teoria X, segundo Motta (1991), corresponde à teoria tradicional e mecanicista da

Administração Científica. Essa teoria parte do pressuposto errôneo da natureza humana, de

que o homem é um indolente e preguiçoso por natureza, que não gosta de trabalhar e só

trabalha pelo fator econômico. Ele não tem a ambição de crescer na empresa, nem de assumir

responsabilidades, porque isso lhe traria riscos, preferindo, portanto, ser dirigido, já que isso

lhe traria segurança.

McGregor também formulou a Teoria Y, que pode ser sintetizada da seguinte forma: o

homem não tem desprazer em trabalhar. As pessoas não são, de forma inerente, resistentes às

necessidades das organizações e elas se tornam assim por sua experiência negativa em outras

organizações. O homem tem a capacidade de aprender e de imaginar, e ainda sob certas

condições, de procurar responsabilidades.

SISTEMAS DA ADMINISTRAÇÃO

A administração nunca é igual em todas as empresas, pois depende de inúmeras variáveis.

Abaixo é apresentado um esquema considerando quatro variáveis: processo decisório, sistema

de comunicação, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas.

Sistema 1: Autoritário-Coercitivo: Este sistema retrata o controle de forma muito rígida todos

os acontecimentos da empresa. Caracteriza-se por um processo decisório centrado apenas no

topo da organização. O sistema de comunicação é precário, ocorre sempre de forma vertical,

no sentido descendente. Não há comunicações laterais, e estas são vistas como prejudiciais

aos objetivos da empresa, sendo vetadas as organizações informais. O sistema de

recompensas e punições frisa as punições como o melhor meio de as pessoas obedecerem a

risca as regras e as tarefas. Tornando, assim, um ambiente pesado. As recompensas são

materiais e salariais, porém, raramente acontecem. São exemplos desse sistema as empresas

de construção industrial, na qual usam mão-de-obra intensa e de nível baixo.

Sistema 2: Autoritário-benevolente: É um sistema semelhante ao sistema 1, porém, é menos

rígido. O processo decisório ainda se encontra na cúpula administrativa, mas pequenas

decisões de natureza rotineira e simples são permitidas. O mesmo ocorre com o sistema de

comunicação, este continua precário, porém, a cúpula facilita um pouco comunicações

ascendentes e laterais. Há um acréscimo pequeno de confiança nas pessoas promovendo o

relacionamento interpessoal. Ainda há ênfase nas punições, porém oferece recompensas

salariais e raramente simbólicas. Encontramos este sistema em escritórios de indústrias, na

produção das empresas, onde existe uma mão-de-obra mais especializada.

Sistema 3: Consultivo: Este sistema representa um grande avanço para o lado participativo,

que é um último sistema. O processo decisório, portanto, é do tipo participativo e consultivo,

ou seja, os demais níveis hierárquicos participam das decisões e dado importância as opiniões

deles, porém, ainda sob controle da cúpula. A confiança nos funcionários é mais elevada, o

que faz a empresa criar sistemas para facilitar, relativamente, a comunicação. Ocorrem

raramente punições e dada ênfase as recompensas materiais. Encontramos este sistema nas

empresas mais organizadas e avançadas, como bancos e financeiras.

Sistema 4: Participativo: Caracteriza-se por ser o mais democrático e aberto. Apesar de cúpula

administrativa ainda definir as diretrizes e controlar os resultados, o processo decisório é

totalmente descentralizado aos níveis inferiores. As comunicações já fluem facilmente e são

vistas como um meio positivo e eficiente. O ambiente é de completa confiança, com

participação e envolvimento grupal. As recompensas são simbólicas e matérias e raramente

ocorrem punições.

Quanto mais próximo do sistema quatro a empresa estiver, maior será a chance de alta

produtividade.

A ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA DE DECISÕES

 

O comportamento humano nas organizações é visualizado de maneira diferente pelas varias

teorias de administração.

           

a)    Teoria clássica da administração: considera os indivíduos participantes das organizações

instrumentos passivos cuja produtividade varia e pode ser elevada mediante incentivos

financeiros ( remuneração de acordo com a produção) e condições físicas ambientais de

trabalhos favoráveis. É uma posição simplista e mecanicista.

b)   Teoria das relações humanas: considera os indivíduos participantes da organização

possuidores de necessidades, atitudes, valores e objetivos pessoais que precisam ser

identificados, estimulados e compreendidos para obter sua participação na organização,

condição básica para sua eficiência. É uma posição limitada.

c)    Teoria comportamental: os indivíduos participantes da organização percebem,

raciocinam, agem racionalmente e decidem a sua participação ou a não- participação na

organização como tomadores de opinião e decisão e solucionadores de problemas.

 

A organização é um sistema de decisões que cada pessoa participa consciente e

racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que se lhes

apresentam de acordo com sua personalidade, motivação e atitudes. Os processos de

percepção das situações e o raciocínio são básicos para a explicação do comportamento

humano nas organizações: o que uma pessoa aprecia e deseja influencia o que ela aprecia e

deseja. Em outros termos, a pessoa decide em função de sua percepção das situações. Em

resumo, as pessoas são processadores de informação, criadores de opinião e tomadores de

decisão.

 

TEORIA DAS DECISÕES

 

Decisão é o processo de analise e escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação

que pessoa devera seguir. A decisão envolve seis elementos, a saber.

 

1. Tomador de decisões: é a pessoa que faz uma escolha ou opção entre varias alternativas

futuras de ação.

2. Objetivos: são os objetivos que o tomador de decisões pretende alcançar com suas ações.

3. Preferências: São os critérios que o tomados de decisões usa para fazer sua escolhas

4. Estratégia: é o custo de ação que o tomador de decisão escolhe para atingir seus objetivos.

O custo de ação é o caminho escolhido e depende dos recursos do que pode dispor.

5. Situação: são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles fora

do seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam suas escolhas.

6. Resultado: é a conseqüência ou resultante de uma dada estratégia.

 

O tomador de decisão esta inserido em uma situação, pretende alcançar objetivo, tem

preferências pessoais e segue estratégias (curso de ação) para alcançar resultados. A decisão

envolve uma opção. O processo de seleção pode ser uma ação reflexa condicionada (como

digitar as teclas do computador) ou produto de raciocínio, planejamento ou projeção para o

futuro. O tomador de decisão escolhe uma alternativa entre outras: se ele escolhe os meios

apropriados para alcançar um determinado objetivo, sua decisão é racional.

A racionalidade reside na escolha dos meios (estratégia) adequados para o alcance de

determinados fins (objetivos), a fim de obter os melhores resultados. Porém, as pessoas

comportam-se racionalmente apenas em função daqueles aspectos da situação que conseguem

perceber e tomar conhecimento (cognição). Os demais aspectos da situação que não são

percebidos ou não são conhecidos pelas pessoas – embora existam na realidade- não

interferem em suas decisões. A esse fenômeno dá-se o nome de racionalidade limitada:as

pessoas tomam decisões racionais (adequação de meios-fins) apenas em relação aos aspectos

da situação que conseguem perceber e interpretar.

 

ETAPAS DO PROCESSO DECISORIAL

 

O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do tomador de

decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como   percebe a situação. O

processo decisorial exige sete etapas, a saber:

 

1)Percepção da situação que envolve algum problema

2)Análise e definição do problema

3)Definição dos objetivos

4)Procura de alternativas de soluções ou de curso de ação

5)Escolha (seleção) da alternativa  mais adequada ao alcance dos objetivos

6)Avaliação e comparação das alternativas

7)Implementação das alternativas escolhidas

 

Cada etapa influencia as outras e todo o processo. Nem sempre as etapas são seguidas a risca.

Se a pressão for muito forte para uma solução imediata as etapas 3,5 e 7 podem ser abreviadas

ou suprimidas. Quando não há pressão, algumas etapas podem ser ampliadas ou estendidas no

tempo.

 

DECORRÊNCIA DA TEORIA DAS DECISÕES

 

O processo decisorial permite solucionar problemas ou defrontar-se com a situação. A

subjetividade nas decisões  individuais é enorme. Simon da alguns recados.

a) Racionalidade limitada: ao tomar decisões, a pessoa precisaria de um grande numero de

informações a respeito da situação, para que pudesse analisá-las e avaliá-las. Como isto esta

alem da capacidade individual de coleta e analise, a pessoa toma decisões através de

pressuposições, isto é, de premissa que ela assume subjetivamente e nas quais baseia na sua

escolha. As decisões relacionam-se como uma parte da situação ou com apenas alguns

aspectos dela.

 

b) Imperfeição das decisões: não existem decisões perfeitas: apenas umas são melhores do

que as outras quanto ao resultado reais que produzem. Para proceder de maneira racional nas

suas ações, a pessoa precisa escolher dentre as diferentes alternativas as que se diferenciam

pelos seus resultados; estes,  por sua vez, devem estar ligados aos objetivos que a organização

pretende atingir. O processo decisório racional implica a comparação de caminhos (curso de

ação) através da avaliação prévia dos resultados decorrentes de cada um e do confronto entre

tais resultados e os objetivos que se deseja atingir. O critério norteador na decisão é a

eficiência, isto é, a obtenção de resultados máximos em recursos mínimos.

 

c) Relatividade das decisões:   no processo decisorial, a escolha de uma alternativa implica na

renúncia das demais alternativas e a criação de uma seqüência de novas alternativas ao longo

do tempo. A esses leques de alternativas em cada decisão dá-se  o nome de arvore de decisão.

Toda decisão é, até certo ponto, uma acomodação, pois a alternativas disponíveis,

estabelecendo o nível que se pode atingir na consecução de um objetivo. Este nível nunca é

ótimo, mas apenas satisfatório.

 

d) Hierarquização das decisões:  o comportamento é planejado quando é guiado por objetivos.

Há uma hierarquia para distinguir o que é um meio e o que é um fim. Os objetivos visados

pelas pessoas obedecem a uma hierarquia, na qual um nível é considerado fim em relação ao

nível mais baixo e é considerado meio em relação ao de ordem maior.

 

 

e) Racionalidade administrativa: Há uma racionalidade no comportamento administrativo,

pois é planejado e orientado no sentido de alcançar objetivos da maneira mas adequada. Os

processos decisórios, pois consistem na definição de métodos rotineiros para selecionar e

determinar os cursos de ação adequados e na sua comunicação as pessoas por eles afetados.

 

f) Influência organizacional: A organização retira de seus participantes a faculdades de decidir

sobre certos assuntos e a substituir por um processo decisório próprio, previamente

estabelecido e rotinizado. As decisões que a organização toma pelo individuo consistem em:

 

a) Divisão de tarefas: a organização limita o trabalho de cada pessoa para certas atividades e

função especifica, que são seus cargos.

 

b) Padrões de desempenho: A organização define padrões que servem de guia e orientação

para o comportamento racional das pessoas  e para a atividade de controle pela organização.

 

c) Sistema de autoridade: A organização influencia e condicionar o comportamento das

pessoas através da hierarquia formal e do sistema informal de influenciação das pessoas.

 

d) Canais de comunicação: A organização proporciona todas as informações vitais no

processo decisório das pessoas.

 

e) Treinamento e doutrinação: A organização treina e condiciona nas pessoas os critérios de

decisões que ela pretende manter.

HOMEM ADMINISTRATIVO

Para que seja tomadas decisões a organização procura por variedades de informações

permitindo assim uma melhor escolha em alternativas que nem sempre são reveladas em um

todo. A capacidade de coletar estas informações por base da organização é bastante limitada.

Por isso o tomador de decisão nem sempre tem condições de analisar e procurar todas essas

informações. Nesta maneira o comportamento administrativo não é otimizante ele não procura

a melhor maneira e sim a maneira satisfatória entre todas que conseguiu comparar. O

comportamento de buscar as melhores opções de uma organização acaba quando ela encontra

um padrão considerado aceitável ou razoavelmente bom.

Cada pessoa é um individuo que se contenta, para satisfação não é necessário o Maximo

absoluto, mas sim o contentamento obtido em suas limitações. Com isso temos o conceito do

homem econômico, ou seja: suas aspirações são objetivas procurando a melhor maneira de

fazer.

O processo decisorial típico do homem administrativo é explicado da seguinte forma.

- O tomador e decisões evita a incerteza e segue as regras conforme a padronização da

organização para tomar decisões.

-Ele as mantém inalteradas as regras e as define somente quando sobre pressão ou crise

-Quando o ambiente muda e ocorre o processo decisório ela tenta utilizar o seu modelo atual

para lidar com as condições modificadas.

Algumas organizações possuem departamento especializado em inovação e desenvolvimento

mesmo quando tudo está funcionando bem. Esses departamentos não levam a organização a

um ótimo desenvolvimento, mas procuram sempre atingir a satisfação da organização para

que haja uma melhoria continua.

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

È o estudo da dinâmica das organizações e como os indivíduos se comportam dentro delas,

para alcançar seus objetivos todos devem trabalhar com um mesmo pensamento, com

cooperação e esforços a fim de um bem comum, por essa razão a organização caracteriza-se

por divisão de trabalho e hierarquia. Do mesmo modo que as pessoas dentro de uma

organização têm expectativas, as organizações também esperam das pessoas seus maiores

resultados quanto suas atividades, desenvolvimento e comprometimento. As pessoas

ingressam em uma organização para satisfazer suas necessidades por outro lado a organização

espera o retorno dessas pessoas desenvolvendo suas atividades adequadamente. Assim ocorre

a união entre pessoas e organizações o que se dá o nome de processo de reciprocidade. As

pessoas estão dispostas a cooperar desde que as suas atividades contribuam diretamente para o

alcance de seus objetivos pessoais.

CONFLITO ENTRE OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS E INDIVIDUAIS

  

Os behavioristas indicam que o conflito entre os objetivos que as organizações buscam atingir

e os que individualmente cada participante pretende alcançar nem sempre se deu muito bem.

Os autores behavioristas têm feito distinções entre problema, dilema, e conflito. Um problema

envolve uma dificuldade que pode ser solucionada dentro de um quadro de referência

formulado pela organização, pelos precedentes utilizados, pela solução ou pela aplicação de

diretrizes existentes; um dilema não é susceptível de solução dentro das suposições contidas

explicita ou implicitamente em sua apresentação, ele requer reformulação e inovação na sua

abordagem; um conflito significa um colapso nos mecanismos decisórios normais, em virtude

do qual um indivíduo ou grupo experimenta dificuldades na escolha de uma alternativa de

ação. Existe o conflito quando um indivíduo o grupo se defronta com um problema de decisão

entre duas alternativas incompatíveis entre si ou adota uma e se contrapõe outra ou vice-versa.

Segundo Cris Argyris, a estrutura, a liderança diretiva e os regulamentos e controles

administrativos existentes nas organizações são inadequadas para os indivíduos maduros, pelo

qual, pode existir um conflito entre indivíduo e organização. Os princípios de organização

formal fazem exigências aos indivíduos quais as compõem.

Algumas dessas exigências são incongruentes com as necessidades dos indivíduos, daí

surgindo à frustração, o conflito, o malogro e a curta perspectiva temporal como resultantes

previstos dessas incongruências. Embora; é perfeitamente possível a integração das

necessidades individuais de auto-expressão com os requisitos de produção de uma

organização; as organizações que apresentam um alto grau de integração entre objetivos

individuais e organizacionais são mais produtivos do que as outras e; ao invés de reprimir o

desenvolvimento e o potencial do indivíduo, as organizações podem contribuir para sua

melhoria.

A responsabilidade pela integração de objetivos organizacionais e pessoais recai sobre a alta

administração. A interdependência entre as necessidades do indivíduo e da organização é

imensa, seus objetivos estão unidos, em ambas as partes devem contribuir mutuamente para o

alcance de seus respectivos objetivos.

APRECIAÇÃO CRITICA A TEORIA COMPORTAMENTAL

A contribuição da Teoria Comportamental é incalculável, embora apresente, segundo os

críticos, algumas fragilidades na sua aplicação. Veja algumas críticas (tanto positivas quanto

negativas) da Teoria Comportamental:

Entre elas podemos citar:

ÊNFASE NAS PESSOAS

a) A Teoria Comportamental realinhou e redefiniu a postura das pessoas no âmbito

organizacional, sob uma roupagem mais democrática e humana. 

b) Abordagem mais descritiva e menos prescritiva.

A Teoria Comportamental é a mais descritiva das Teorias até então estudadas, uma vez que

ela se preocupou em explicar, sem ditar normas ou princípios. Vale salientar que a análise

descritiva mostra o que é a análise prescritiva mostra o que deve ser.

Enquanto a abordagem da Teoria Clássica e Neoclássica e da Teoria das relações Humanas

era prescritiva e normativa (preocupação em prescrever como lidar com os problemas

administrativos, ditando princípios ou normas de alteração, o que deve e o que não deve ser

feito).

A abordagem da Teoria comportamental é predominantemente descritiva e explica

(preocupação em explicar, sem ditar princípios ou normas de atuação).

Porém, muito embora a análise descritiva seja predominante no estudo comportamental

organizacional, nota- se certa tendência para uma posição prescritiva, enfatizando o que é

“melhor para as organizações e para as pessoas que nelas trabalham como é o caso da Teoria

Y.

c) Relatividade das Teorias de Motivação

Segundo a crítica há um vácuo sobre a existência das necessidades humanas. Questões críticas

sobre as teorias da motivação permanecem ainda sem respostas convincentes: 

- Como validar a existência das necessidades humanas? Elas são reais?

- Em que extensão é legitimo usar as necessidades como variáveis independentes? Elas

realmente explicam o comportamento?

- Se as necessidades existem, por que elas devem ser satisfeitas dentro das organizações

industriais? Por que não podem ser satisfeitas fora do trabalho?

- Elas realmente explicam o comportamento humano?

 d) A Organização como um Sistema de Decisões

A visão da organização como um sistema permeado de decisões constitui um passo

importante para a compreensão da dinâmica do comportamento humano nas organizações.

ESTUDO DE CASO

IKESAKI COSMÉTICOS

Há 47 anos a Ikesaki Cosméticos assumiu o compromisso de ser um canal de credibilidade

entre a indústria de beleza e os clientes: profissionais e consumidores. E mesmo após mais de

um milhão de clientes, tem o comprometimento de continuar sendo a loja dos profissionais de

beleza. 

Para manter o ritmo de evolução e pioneirismo, a Ikesaki Cosméticos, está sempre em busca

de novas tecnologias, em sintonia com a indústria e com os profissionais de beleza do Brasil e

do mundo. Pois acredita que a conquista da liderança no mercado se dá com aprendizado

contínuo, trabalho árduo e respeito à comunidade. 

Tudo isso para compartilhar com os clientes de todo o país, por meio de suas lojas na capital

paulista, televendas e vendas externas, o que há de melhor em perfumaria, cosméticos,

produtos de:

Higiene pessoal, acessórios, e equipamentos profissionais. Pois juntos, conectados e

integrados, com visão em crescer ainda mais o mercado de beleza no Brasil transformando-o

em fonte de criação e negócios. 

REUNIÕES AO ABRIR A LOJA

Intuito de motivar os funcionários e criar um bom relacionamento entre os mesmos, com

ênfase em maior produção de vendas e qualidade no trabalho.

AGRADECIMENTO AOS SETORES PELAS METAS

Através de agradecimentos os colaboradores se - sentem mais motivados e trabalham com

mais eficaz e rapidez, valorizando o profissional, mostrando-se satisfeito, mesmo com baixa

remuneração.

MODO DE TRATAR COLABORADORES

Sempre chama os colaboradores de equipe deixando como um todo, ou seja, a empresa é uma

peça só para serem alcançadas as expectativas esperadas todos devem trabalhar juntos, e

nunca são chamados de grupo onde cada um faz sua parte.

ATENÇÃO PARA CLIENTES

Tem uma orientação e aconselhamento profissional de técnicos e cabeleireiros preparados

para tirar duvidas e aconselhar sobre como obter o melhor resultado ao utilizar os produtos

adquiridos deixando uma satisfação de auto-realização.

PLANO DE CARREIRA

Operador de caixa para fiscal de caixa, atendente para encarregada, encarregado para

supervisor, supervisor para gerente.

Treinamentos e incentivo ao uso do uniforme, maquiagem e cabelos bem arrumados.

IKESAKI X TEORIA COMPORTAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO

A maneira como a empresa Ikesaki Cosméticos administra seus funcionários está bem

próxima da teoria comportamental da administração, devido suas atitudes e decisões tomadas

ao longo do trajeto da empresa. Podemos identificar isto através da iniciativa de motivar seus

funcionários a um bom relacionamento entre si, a maior produção de vendas e qualidade no

trabalho, agradecendo e motivando ainda mais o cumprimento de metas e tratando seus

funcionários como parte de um todo dentro da empresa, não apenas como um método de

produção.

CONCLUSÃO

A teoria comportamental marca a mais profunda influência das ciências do comportamento na

administração e assenta-se em novas proposições para a motivação humana. O administrador

deve conhecer os mecanismos motivacionais para dirigir adequadamente as organizações. A

teoria comportamental enfatiza o Processo Decisorial, em que todo indivíduo é tomador de

decisões. As organizações caracterizam-se por um conflito de objetivos individuais e

organizacionais, e conforme as organizações pressionam para alcançar seus objetivos ela

privam os indivíduos da satisfação de seus objetivos pessoais e vice-versa. Para diminuir

esses conflitos são apresentados pela teoria comportamental alguns modelos e proposições, a

fim de garantir um melhor relacionamento entre empresa-funcionário e desta forma aumentar

cada vez mais a produtividade da empresa.

Para que uma organização consiga êxito em seus objetivos é necessário que esta esteja mais

próxima dos conceitos apresentados pela teoria comportamental, aplicando adequadamente as

proposições oferecidas por esta teoria.

REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6ª Ed. Rio de

janeiro: Elsevier, 2000.

ANEXOS