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Teoria Contingencial Paulo Márcio Corrêa dos Santos

Teoria Contingencial

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Abordagem contingencial

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Page 1: Teoria Contingencial

Teoria Contingencial

Paulo Márcio Corrêa dos Santos

Page 2: Teoria Contingencial

Contingência

• Não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa;

• Tudo é relativo;

• Tudo depende!

Page 3: Teoria Contingencial

Abordagem Contingencial

Ações Ações AdministratiAdministrati

vasvas

CaracterísticCaracterísticas as

SituacionaisSituacionais

Resultados Resultados OrganizacioOrganizacio

naisnaisSESE houverhouver mudançasmudanças

ENTÃOENTÃO será será preciso preciso adequaradequar

Relação “SESE – ENTÃOENTÃO”

Dependem das

Para Obter

Page 4: Teoria Contingencial

Premissas da Teoria da Contingência

• Não há um único e melhor jeito de organizar

Page 5: Teoria Contingencial

• O jeito de organizar depende de condições ditadas “de fora” da empresa, isto é, do seu ambiente

Premissas da Teoria da Contingência

Page 6: Teoria Contingencial

Premissas da Teoria da Contingência

• As contingências externas podem ser consideradas oportunidades ou ameaças que influenciam a estrutura e os processos internos da organização

Page 7: Teoria Contingencial

Pesquisa de Chandler sobreEstratégia e Estrutura

• A estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradativamente determinada pela sua estratégia mercadológica.

Alfred Chandler

Page 8: Teoria Contingencial

1ª Fase, Segundo Chandler

• ACUMULAÇÃO DE RECURSOS– Crescimento urbano facilitado

pela estrada de ferro;– As empresas preferiram ampliar

suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição;

– Controle por integração vertical integração vertical que permitiu a economia em escala.

Page 9: Teoria Contingencial

2ª Fase, Segundo Chandler

• RACIONALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS– As novas empresas

verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisaram ser organizadas pois acumularam mais recursos do que era necessário;

– Para reduzir riscos de flutuação do mercado, as empresas se voltaram para o planejamentoplanejamento, organizaçãoorganização e coordenaçãocoordenação.

Page 10: Teoria Contingencial

3ª Fase, Segundo Chandler

• CONTINUAÇÃO DO CRESCIMENTO– A reorganização da 2ª fase

permitiu o aumento de eficiência nas vendas, compras, produção e distribuição em todas as empresas do setor;

– Isso fez com que os lucros baixassem, o mercado ficasse saturado e as oportunidades diminuíssem;

– As empresas optam então pela diversificaçãodiversificação e a busca de novos produtos e novos mercados.

Page 11: Teoria Contingencial

4ª Fase, Segundo Chandler

• RACIONALIZAÇÃO DO USO DE RECURSOS EM EXPANSÃO– A ênfase se concentra na

estratégia mercadológica para abranger novas linhas de produtos e novos mercados;

– Necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação com o planejamento de longo prazo, a administração voltada a objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão;

– De um lado, a descentralização descentralização das operações das operações e, de outro, a centralização de controles centralização de controles administrativosadministrativos.

Page 12: Teoria Contingencial

Conclusão de Chandler

Page 13: Teoria Contingencial

Pesquisa de Burns e Stalker

• Pesquisaram 20 indústrias inglesas para verificar a relação entre práticas administrativas e o ambiente externo dessas indústrias;

• Impressionados com os diferentes procedimentos administrativos encontrados nessas indústria, classificaram-nas em dois tipos:

OrganizaçõOrganizações es

MecanicistaMecanicistass

OrganizaçõOrganizações es

OrgânicasOrgânicas

Page 14: Teoria Contingencial

Organizações Mecanicistas (ambiente estável)

Estrutura burocrática baseada em minuciosa divisão do trabalho

Cargos ocupados por especialistas com atribuições claramente definidas

Centralização das decisões que são concentradas na cúpula da empresa

Hierarquia rígida de autoridade baseada no comando único

Sistemas rígidos de controle Predomínio da interação vertical entre

superior e subordinado Amplitude de controle administrativo

mais estreita Ênfase nas regras e procedimentos

formais Ênfase nos princípios universais da

Teoria Clássica

Page 15: Teoria Contingencial

Organizações Orgânicas

(ambiente em mudança) Estruturas organizacionais flexíveis com

pouca divisão de trabalho Cargos continuamente modificados e

redefinidos através da interação com outras pessoas que participam da tarefa

Descentralização das decisões que são delegadas aos níveis inferiores

Tarefas executadas através do conhecimento que as pessoas têm da empresa como um todo

Hierarquia flexível, com predomínio da interação lateral sobre a vertical

Amplitude de controle administrativo mais ampla

Maior confiabilidade nas comunicações informais

Ênfase nos princípios de relacionamento humano da Teoria das Relações Humanas

Page 16: Teoria Contingencial

• Coordenação centralizada

• Padrões rígidos de interação em cargos bem definidos

• Limitada capacidade de processamento da informação

• Adequada para tarefas simples e repetitivas

• Adequação para eficiência da produção

• Elevada interdependência

• Intensa interação em cargos autodefinidos e mutáveis

• Capacidade expandida de processamento da informação

• Adequado para tarefas únicas e complexas

• Adequada para criatividade e inovação

Há um imperativo ambiental: é o ambiente que é o ambiente que determina a estrutura e o funcionamento das determina a estrutura e o funcionamento das

organizações!organizações!

Page 17: Teoria Contingencial

Pesquisa de Lawrence e Lorschsobre o Ambiente

Paul R. Lawrence

Jay W. Lorsch

“À medida que os sistemas crescem de tamanho, diferenciam-sediferenciam-se em partes e o funcionamento dessas partes separadas tem de ser integradointegrado para que o sistema inteiro seja viável.”

Page 18: Teoria Contingencial

Pesquisa de Lawrence e Lorsch

sobre o Ambiente• Preocupados com as

características que as empresas devem ter para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas, tecnológicas e de mercado, fizeram uma pesquisa sobre dez empresas

• Os autores concluíram que os problemas organizacionais básicos são a diferenciaçãodiferenciação e a integraçãointegração.

Page 19: Teoria Contingencial

Conceito de Diferenciação

• É a divisão da organização em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado.

• Se houver diferenciação nos ambientes específicos aparecerão diferenciações na estrutura e abordagem dos departamentos.

Page 20: Teoria Contingencial

Conceito de Integração

• Refere-se ao processo oposto, gerado por pressões vindas do ambiente da organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre vários departamentos (ou subsistemas).

Page 21: Teoria Contingencial

Subsistemas e seus Ambientes Específicos

Subsistemas(Departamentos)

Vendas

Produção

Pesquisa

Ambientes Específicos

Mercadológico

Técnico – Científico

Científico

Page 22: Teoria Contingencial

Teoria da Contingência, segundo Lawrence e Lorsch

A organização é de natureza sistêmica, isto é, ela é um sistema aberto;

As características organizacionais apresentam uma interação entre si e o ambiente;

As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as características organizacionais são variáveis dependentes daquelas.

Page 23: Teoria Contingencial

Teoria da Contingência, segundo Lawrence e Lorsch

Em suma:

Não há nada de absoluto nos princípios gerais da administração;

Os aspectos universais e normativos devem ser substituídos pelo critério de ajuste constante entre cada organização e o seu ambienteambiente e tecnologiatecnologia.

Page 24: Teoria Contingencial

Pesquisa de Joan Woodward

sobre a Tecnologia

Joan Woodward

Page 25: Teoria Contingencial

Pesquisa de Joan Woodward

sobre a Tecnologia

• Pesquisa para verificar se os princípios da administração propostos pelas teorias administrativas se relacionavam com o êxito do negócio quando colocada em prática

• Pesquisa com 100 empresas do sul da Inglaterra variando de 100 a 8.000 empregados

Page 26: Teoria Contingencial

Pesquisa de Joan Pesquisa de Joan WoodwardWoodward

sobre a Tecnologiasobre a Tecnologia

Produção Unitária ou OficinaProdução Unitária ou OficinaA produção é feita por unidades ou A produção é feita por unidades ou

pequenas quantidades, cada pequenas quantidades, cada produto a seu tempo sendo produto a seu tempo sendo modificado à medida que é feitomodificado à medida que é feito

Page 27: Teoria Contingencial

Pesquisa de Joan Pesquisa de Joan WoodwardWoodward

sobre a Tecnologiasobre a TecnologiaProdução em Massa ou MecanizadaProdução em Massa ou Mecanizada

A produção é feita em grande A produção é feita em grande quantidade. Os operários trabalham em quantidade. Os operários trabalham em linha de montagem ou operando linha de montagem ou operando máquinas que podem desempenhar máquinas que podem desempenhar uma ou mais operações sobre o produtouma ou mais operações sobre o produto

Page 28: Teoria Contingencial

Pesquisa de Joan Woodward

sobre a Tecnologia

Produção em Processo ou Produção em Processo ou AutomatizadaAutomatizadaProdução em processo contínuo em Produção em processo contínuo em

que poucos operários monitorizam que poucos operários monitorizam um processo total ou parcialmente um processo total ou parcialmente automático de produçãoautomático de produção

Page 29: Teoria Contingencial

ConclusõesTecnologia e suas

ConsequênciasTecnologTecnolog

ia de ia de ProduçãProduçã

oo

PrevisibilPrevisibilidadeidade

Níveis Níveis HierárquiHierárqui

coscos

PadronizPadronização e ação e

AutomaçAutomaçãoão

Áreas Áreas PredomiPredominantesnantes

ProduçãProdução o

Unitária Unitária ou ou

OficinaOficina

BaixaBaixa previsibilidade dos resultado

s

PoucosPoucos níveis

hierárquicos

Pouca Pouca padroniz

ação e automaç

ão

EngenharEngenhariaia

(P & D)

ProduçãProdução em o em

MassaMassa

MédiaMédia previsibilidade dos resultado

s

MédiosMédios níveis

hierárquicos

MédiaMédia padroniz

ação e automaç

ão

ProduçãProdução o

(Operações)

ProduçãProdução o

ContínuaContínua

Elevada Elevada previsibilidade dos resultado

s

MuitosMuitos níveis

hierárquicos

MuitaMuita padroniz

ação e automaç

ão

MarketinMarketing g

(Vendas)

Há um imperativo tecnológico: a tecnologia a tecnologia adotada pela empresa determina a sua estrutura adotada pela empresa determina a sua estrutura

e comportamento organizacional!e comportamento organizacional!

Page 30: Teoria Contingencial

Resultado das Pesquisas

Essas pesquisas revelam a dependência da organização em relação ao seu ambienteambiente e a tecnologiatecnologia adotada

ChandlerChandler

Burns e Burns e StalkerStalker

Lawrence Lawrence e Lorsche Lorsch

Joan Joan WoodwarWoodwar

ddTeoria da Teoria da

ContingênciaContingência

Page 31: Teoria Contingencial

AmbienteAmbiente

• Ambiente é o Ambiente é o contexto que contexto que envolve a envolve a organização.organização.

• Tudo o que ocorre Tudo o que ocorre externamente no externamente no ambiente passa a ambiente passa a influenciar influenciar internamente o que internamente o que ocorre na ocorre na organização.organização.

Page 32: Teoria Contingencial

Ambiente GeralAmbiente Geral

• É o macroambiente, ou seja, o É o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a ambiente genérico e comum a todas as organizações.todas as organizações.

• O ambiente geral é constituído de O ambiente geral é constituído de um conjunto de condições um conjunto de condições comuns para todas as comuns para todas as organizações.organizações.

Page 33: Teoria Contingencial

Ambiente Geral

Condições TecnológicasCondições LegaisCondições PolíticasCondições EconômicasCondições DemográficasCondições EcológicasCondições Culturais

Page 34: Teoria Contingencial

Ambiente da Tarefa

• É o ambiente mais próximo e É o ambiente mais próximo e imediato de cada imediato de cada organização.organização.

• É o segmento do ambiente É o segmento do ambiente geral do qual uma geral do qual uma determinada organização determinada organização extrai as suas extrai as suas entradasentradas e e deposita as suas deposita as suas saídassaídas..

Page 35: Teoria Contingencial

Ambiente da Tarefa

Fornecedores ou Entradas

Clientes ou Usuários

ConcorrentesEntidades

Reguladoras

Page 36: Teoria Contingencial

Ambiente Geral e Ambiente da Tarefa

Page 37: Teoria Contingencial

IncertezaAmbiental

• O simples fato de reconhecer os elementos ambientais relevantes já diminui a incerteza da organização.

• A incerteza que se produz na organização acerca do ambiente é a incerteza de saber quais são as oportunidades e ameaças existentes no ambiente e como utiliza-las ou evita-las respectivamente.

Page 38: Teoria Contingencial

Tipologia dos Ambientes

Quanto a sua estrutura:

– Ambiente Homogêneo• Quando há pouca

segmentação ou diferenciação dos mercados

– Ambiente Heterogêneo• Quando há muita

diferenciação dos mercados

Page 39: Teoria Contingencial

Tipologia dos Ambientes

Quanto a sua dinâmica:

– Ambiente Estável• É um ambiente tranquilo e previsível

– Ambiente Instável• A instabilidade provocada pelas

mudanças gera a incerteza para a organização

Page 40: Teoria Contingencial

Tecnologia

• Algo que se desenvolve nas organizações através de conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e execução de tarefas (know how) e pelas suas manifestações físicas (máquinas, equipamentos e instalações) constituindo um complexo de técnicas usadas na transformação de insumos recebidos pela empresa em resultados, isto é, em produtos e serviços.

Page 41: Teoria Contingencial

Tecnologia

++Tecnologia Não

IncorporadaTecnologia Incorporada

Software Hardware

Page 42: Teoria Contingencial

Tecnologia

• Como variável ambiental (externa)– É um

componente do meio ambiente, à medida que as empresas adquirem, incorporam e absorvem as tecnologias criadas e desenvolvidas pelas outras empresas do seu ambiente de tarefa em seus sistemas.

Page 43: Teoria Contingencial

Tecnologia

• Como variável organizacional (interna)– É um componente

organizacional, à medida que faz parte do sistema interno da organização, já incorporada a ele, passando assim a influencia-lo poderosamente e, com isto, influenciando também o seu ambiente de tarefa.

Page 44: Teoria Contingencial

Tecnologia – Tipologia de Thompson

• Tecnologia de Elos em Sequência– É o caso da linha de montagem da

produção em massa.

AA BB CC DD Produto

Tarefas Relacionadas Serialmente

Page 45: Teoria Contingencial

Tecnologia – Tipologia de Thompson

• Tecnologia Mediadora– É o caso de um banco comercial que

liga os depositantes com aqueles que desejam tomar emprestado

ClienteCliente ClienteCliente

OrganizOrganização ação

MediadMediadoraora

Page 46: Teoria Contingencial

Tecnologia – Tipologia de Thompson

• Tecnologia Intensiva– É o caso do hospital geral, que pode

exigir uma combinação de serviços dietéticos, radiológicos, de laboratório, etc.

Serviços e Serviços e Técnicas Técnicas

EspecializadasEspecializadas: : AABBCCDDEE

ClienteCliente

Retroação

Page 47: Teoria Contingencial

Tecnologia – Tipologia de Thompson

Tecnologia

Características Ênfase Process

oAborda

gem

Elos em

Sequência

Interdependência

serial entre as

diferentes tarefas

Produto

Repetitividade do

processo produtivo,

que é cíclico

Administração

Científica

Mediadora

Diferentes tarefas

padronizadas são

distribuídas

extensivamente em

diferentes locais

Clientes separados,

mas interdepen

dentes

Repetitividade do

processo produtivo, padronizado e sujeito a normas e procedime

ntos

Teoria da Burocracia

Intensiva

Diferentes tarefas são convergida

s e focalizadas

sobre o cliente

Cliente

Processo produtivo envolve

variedade e

heterogeneidade de técnicas

determinadas pela

retroação fornecida

pelo próprio objeto

Teoria da Contingênc

ia

Page 48: Teoria Contingencial

Impacto da Tecnologia

• A tecnologia, isto é, a racionalidade técnica, tornou-se um sinônimo de eficiência

• A tecnologia leva os administradores a melhorar cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro dos limites da eficiência

• A tecnologia determina a natureza da estrutura organizacional e do comportamento organizacional das empresas

Page 49: Teoria Contingencial

Homem Complexo

Teoria dos Sistemas

Homem Funcional

Teoria Comportame

ntal

Homem Administr

ativo

Teoria Estruturalista

Homem Organizaci

onal

Teoria das Relações Humanas

Homem Social

Administração Científica

Homem Econômic

o

HomeHomem m

ComplComplexoexo

Page 50: Teoria Contingencial

Homem Complexo• O homem é

um ser transacional, que não só recebe insumos do ambiente, como reage aos mesmos e adota uma posição proativa, antecipando-se e provocando mudanças no seu ambiente.

Page 51: Teoria Contingencial

HomemHomemComplexoComplexo

• O homem tem um O homem tem um comportamento dirigido comportamento dirigido para objetivos. Cada para objetivos. Cada sistema individual sistema individual desenvolve seus próprios desenvolve seus próprios padrões de percepções, padrões de percepções, valores e motivos.valores e motivos.

Page 52: Teoria Contingencial

Homem Complexo

• Os sistemas individuais não são estáticos, mas em contínuo desenvolvimento, embora mantendo sua identidade e individualidade ao longo do tempo.