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Teoria da Anomia

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Teoria da Anomia. Crime não é uma anomalia. Postulados básicos: - PowerPoint PPT Presentation

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Crime não é uma anomalia.Postulados básicos:• Normalidade do crime – (não é uma patologia). Aparece inevitavelmente unido ao desenvolvimento do sistema social do crime. O que é anormal é o súbito incremento do crime ou o súbito decréscimo dele. Uma sociedade sem crimes é pouco desenvolvida, monolítica, primitiva.• Funcionalidade do crime – não é um fato necessariamente nocivo. É funcional para a estabilidade e a mudança social.

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OrigemPensamento de E. Durkheim: mais significativa réplica às teorias estruturais de obediência marxista.• Função – designa um sistema de movimentos vitais, abstração feita de suas consequências. Designa as relações de correspondência que existe entre estes movimentos e as necessidades do organismo (digestão, respiração, bombeamento do ar). O combate à disfunção não se faz pelo estudo de suas causas, mas pela análise da consequência exterior (exemplo méd. chinesa).

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• Consciência Coletiva – conjunto de crenças e sentimentos comuns à média dos membros de uma sociedade (“tipo psíquico da sociedade”). Nossos símbolos: carnaval, futebol, etc.• Sociedades Arcaicas (primitivas) – existe uma solidariedade mecânica que é por semelhança – intercambialidade das pessoas do clã. Punições coletivas. Indivíduo não existe.• Sociedades Contemporâneas (diferenciadas) – diferença das profissões e multiplicação das atividades industriais. – enseja a solidariedade orgânica. Associação dos diferentes – analogia com as diferentes funções do organismo. Nasce o indivíduo, que tem papel único (pena não passa da pessoa do condenado, como corolário do individualismo).

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Crime só é importante quando há anomia (desmoronamento das normas vigentes) e atinge a consciência coletiva da sociedade (exemplos. 1 do Iraque. 2. furacão Katrina 3. Função da pena - nada mais faz do que evitar que a consciência coletiva seja debilitada.)Discurso da impunidade: o pensamento de Bóris Casoy.Desilusão de todos e Vera Loyola. A festa da cachorrinha Pepé.

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Retomada do pensamento em Robert Merton :1.A anomia decorre do colapso da estrutura cultural e das contradições desta com a estrutura social (“teoria social e estrutura social”).2.Quatro categorias são incapazes de resistir às tensões entre cultura e estrutura:

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A. Ritualista: incapaz de realizar os objetivos valorados e renuncia a eles (Barnabé)

B. Retraimento: ao contrário do ritualista que renuncia aos objetivos sociais mas adere às normas, no retraimento o personagem renuncia a ambas (vagabundo, mendigo, drogadito).

C. Inovação: personagem passa a usar técnicas novas para atingir seus objetivos pessoais(delinquência )

D. Rebelião: recusa total dos valores dominantes (rebeldia sem causa).

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Funcionalismo se propaga na Europa, pois em função do vazio pós-guerra, inúmeros institutos e centros de investigação são criados para dar suporte à reconstrução, o que dá suporte às visões funcionalistas.Luhmann define o direito pela função que ele desempenha e diz que tem a função de generalização congruente das expectativas de conduta.É, pois, uma estrutura de expectativas que nos permite não somente esperar condutas alheias senão esperar expectativas alheias, e é isso que nos permite construir sistemas sociais.

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Ou, em palavras mais simples, o direito serve para saber quais condutas podemos esperar dos demais e também que esperam os demais do seu entorno. As pessoas podem agir de formas muito distintas e o Direito serviria de critério para saber que podemos esperar dos que nos rodeiam. A desviação passa a ser uma conduta ininteligível politicamente, isto é, a conduta contrária à norma não expressando uma crítica política à norma, não sendo portadora de propostas normativas alternativas. A sanção, por seu turno serve para proteger à norma vulnerada.

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Jacobs – é quem mais claramente defende Luhmann.Teoria da prevenção geral repousa nesta tradição sociológica.Durkheim afirmava que a função da pena consistia em reforçar a solidariedade social dos associados da ordem constituída.Jacobs sustenta que a infração da norma penal (cometimento do delito) não representa um problema por suas consequências externas (lesão do bem jurídico tutelado), mas sim porque constitui uma desautorização da norma. Dessa forma, Jacobs afirma que o bem jurídico não tem importância, porque reprovamos as condutas humanas apenas para reafirmar o direito.

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A pena, para Jacobs, tem três efeitos: exercer a confiança daqueles que acreditam na norma; exercer a fidelidade daqueles ao direito; exercer a aceitação das consequências (através do direito se aprende a conexão do comportamento e o dever de assumir seus custos).

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Tal teoria de justificativa da pena não pode ser sustentada em um Estado Democrático de Direito, já que supõe uma funcionalização dos indivíduos para o fim da auto-conservação do sistema absolutamente inadmissível em um Estado Democrático.

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Sérgio Salomão Shecaira