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Anlise do Modelo de Uppsala com Foco nas Competncias Requeridas para sua Operacionalizao.

Regina Lcia de Carvalho Drummond Salvador Faculdade Novos Horizontes Lana Porto Faculdades Novos Horizontes :Fabiana Lana Pessoa Universidade Presidente Antnio Carlos

Resumo O modelo de Uppsala, teoria que explica os mecanismos bsicos sobre as etapas de um processo de internacionalizao, possui grande relevncia para o entendimento da realizao de negcios internacionais. Vrios autores e acadmicos o consagram como uma das principais teorias mais amplas e completas. O objetivo deste artigo realizar uma anlise deste modelo abordando seus principais conceitos e relacion-lo com o processo de aprendizagem organizacional por meio da busca de competncias necessrias para a internacionalizao segundo o mesmo. O mtodo utilizado foi o da reviso bibliogrfica dos principais conceitos do modelo de Uppsala e da teoria

2 das competncias. Em um segundo momento pretendeu-se por meio da compreenso deste modelo levantar e inferir as competncias requeridas aos tomadores de deciso para o sucesso e operacionalizao deste modelo. Analisando o modelo de Uppsala verificamos que suas motivaes esto relacionadas ao conhecimento e aprendizagem e, logo, requerem das organizaes competncias especficas para sua realizao que podem ser resumidas em competncias de negcio, competncias tcnico-profissionais, competncias sociais, competncias atitudinais e competncias relacionadas gesto do tempo.

Palavras-chave: Modelo Uppsala, competncias requeridas, internacionalizao.

Abstract

The Model of Uppsala, theory that explains the basic mechanisms about the stages of an internationalization process, has a great relevance to the understanding of the accomplishment of international business. Many authors and academics consecrate it as one of the main ampler and complete theories. The objective of this article is to carry through an analysis of this model, broaching its main concepts, and to relate it with the process of organizational learning by means of the search of necessary competencies for the internationalization according to it. The used method was of the bibliographical revision of the main concepts of the Model of Uppsala and of the theory of the competencies. It was intended, by means of the understanding of this model, to raise and to imply the competencies required to the decision makers for the success and operacionalization of this model. It was verified that its motivations of the model are related to the knowledge and learning and, consequently, require of the organizations specific competencies accomplishment. for its

Tags: Uppsala model, required competencies, internationalization

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1 Introduo O impacto das mudanas e conseqncias decorrentes do processo de globalizao exige das organizaes novos reposicionamentos em relao aos seus produtos e a forma de realizao de seus negcios. Segundo Svensson (2001), se este fenmeno proporciona novas oportunidades de negcio para as empresas em geral, o mundo conectado a partir do avano da tecnologia da informao, est exigindo uma maior agilidade, flexibilidade e sensibilidade por parte das empresas em sua atuao regional, pois os mercados em que estas esto envolvidas ficam disponveis para competidores internacionais. O processo de internacionalizao conceituado por vrias teorias que elucidam motivaes diferentes para a realizao dos negcios internacionais. A unidade de anlise deste artigo o modelo de Uppsala que, por ser uma teoria de base comportamental, enfatiza a complexidade deste fenmeno ressaltando a importncia do aprendizado, repleto de erros e acertos. Este artigo procurar responder quais so as competncias necessrias aos tomadores de deciso para a internacionalizao segundo o modelo de Uppsala. O tema bastante relevante e atual. Segundo Tanure e Gonzalez (2006), observa-se isto por intermdio de algumas das empresas brasileiras mais internacionalizadas que se uniram em um programa de formao e desenvolvimento de competncias necessrias para este propsito: o projeto Global Players, desenvolvido pela Fundao Dom Cabral com a colaborao de parceiros internacionais. Este artigo ser desenvolvido em cinco sees onde, respectivamente, sero abordados os seguintes aspectos: principais caractersticas do modelo de Uppsala, referencial terico sobre as competncias e a importncia do desenvolvimento das mesmas como estratgias competitivas, o levantamento das principais competncias requeridas e elucidadas pelo modelo de Uppsala e as consideraes finais.

4 2 O Modelo de Uppsala

Vrias teorias enfocam o fenmeno da internacionalizao apresentando motivos e abordagens diferentes que impulsionam a empresa para o mercado externo para a sua realizao. Revises mais recentes da literatura (ANDERSEN E BUVIK, 2002; RAISANEN, 2003) classificam essas abordagens em duas linhas de pesquisa: Abordagens da internacionalizao com base em critrios econmicos que seria orientada para a otimizao dos lucros e dos retornos financeiros; Abordagens da internacionalizao com base na evoluo comportamental onde o processo de internacionalizao estaria mais relacionado com as atitudes, percepes e comportamentos dos tomadores de deciso, que seriam orientados pela busca da reduo de risco. O escopo deste trabalho baseado no Modelo de Uppsala, pois o mesmo privilegia a importncia da aprendizagem e, conseqentemente, o desenvolvimento de competncias como diferencial competitivo. Para Weisfelder (2001), a preocupao maior dos tericos de Uppsala era explicar o processo de internacionalizao e as foras que atuam no decorrer deste processo, e no os motivos que levam as empresas a investir no exterior. O modelo de Uppsala, criado por pesquisadores suecos em meados da dcada de 70 (JOHANSON E WIEDERSHEIM-PAUL, 1975; JOHANSON E VAHLNE, 1977), v a internacionalizao da empresa como um processo de aprendizagem em que a empresa investe recursos gradualmente e adquire conhecimentos sobre determinado mercado internacional de maneira incremental. Isto nos remete ao conceito de cadeia de estabelecimento, onde a empresa se desenvolve em determinado mercado gradativamente, dependendo do conhecimento existente sobre o negcio e o mercado. A adoo desta abordagem diminuiria os riscos e as incertezas. Os autores ilustram o conceito de cadeia de estabelecimento propondo quatro estgios de desenvolvimento gradual: atividades de exportao irregulares, atividades de exportao por meio

5 de representantes, escritrios de vendas e produo local. Johanson e Wiedersheim-Paul (1975), reconhecem que nem todas as empresas seguem os quatro estgios da cadeia de estabelecimento. A segunda caracterstica observada por Johanson e Wiedersheim-Paul (1975), a distncia psquica, definida como as diferenas percebidas entre valores, prticas gerenciais e educao de dois pases. Logo, as empresas realizam negcios com pases culturalmente mais prximos. Uma distncia cultural muito grande inviabilizaria a realizao de negcios internacionais. Nesse sentido, a empresa tende a diminuir o grau de incerteza inerente a processos de internacionalizao, solucionando problemas em ambientes vizinhos (CYERT E MARCH, 1963). Aqui abriremos um espao para elaborarmos melhor o conceito de distncia psquica e alguns cuidados que as empresas devem tomar para no se tornarem vtimas da escolha de um mercado para internacionalizao incompatvel com suas capacidades e conhecimentos. Para Cyrino (2003), a empresa procura uma lgica na escolha dos mercados para onde ir direcionar seus negcios. Seria bvio pensar que ao se deparar com a necessidade de internacionalizao (presso do mercado interno saturado) essa empresa procurasse um mercado promissor. E qual seria esse mercado? Um mercado com maior potencial, ou seja, o mercado dos pases desenvolvidos. Mas isso no o que se observa na prtica. Pases desenvolvidos saem da agenda dos dirigentes dessas empresas, porque possuem um mercado sofisticado, com clientes que possuem nveis mais elevados de exigncia que os necessrios para que uma empresa se mantenha competitiva em seu prprio pas, alm de possuir competidores j estabelecidos bem maiores e agressivos. Esse mercado sofisticado uma barreira entrada. Outra dificuldade vem expressa pela escassez de recursos e conhecimentos mnimos para operar nesses mercados. No conhecem o idioma, a estrutura do mercado, as preferncias dos clientes, a legislao, normas tcnicas ou prticas locais de negcio. Todos esses fatores impulsionam a empresa para uma prtica muito comum de escolha de mercado. Ela se volta para um local que tenha instituies e cultura mais parecidas com as suas, ou seja, em que haja menor distncia

6 psquica. Segundo Nordstrom e Vahlne: fatores que impedem ou dificultam a aprendizagem de empresas sobre um ambiente internacional, ou ainda, O`Grady e Lane: ... O grau de incerteza de uma empresa sobre um mercado internacional, resultante dediferenas e outras dificuldades de negcios que representam barreiras para o aprendizado sobre o mercado e para o estabelecimento de operaes internacionais...

Cyrino e Barcellos (2003) observam que a estratgia de entrada em pases com estruturas de mercado, de regulao e de competio semelhantes pressupem um esforo moderado de adaptao s caractersticas do pas, o que permite s empresas experimentarem novas formas de atuao, de maneira gradual, gerando um aprendizado ampliado do repertrio de respostas a situaes internacionais que, uma vez internalizadas, podem auxiliar a entrada em novos mercados. Ainda, sobre distncia psquica, Cyrino e Barcellos (2003) alertam que a proximidade estrutural dos mercados (...) muitas vezes esconde a complexidade das adaptaes necessrias e as dificuldades de coloc-las em prtica. Esse mesmo autor justifica que algumas empresas frustraram-se em suas expectativas de desempenho internacional, porque partiram do pressuposto reducionista de que o mercado escolhido era uma simples extenso de seu mercado. Esses resultados deram origem ao modelo de Uppsala (JOHANSON E VAHLNE, 1977) baseado em trs pressupostos: A falta de conhecimento o maior obstculo em processos de internacionalizao; O conhecimento necessrio internacionalizao principalmente adquirido atravs das operaes atuais da empresa em determinado mercado-alvo; A empresa internacionaliza suas operaes investindo recursos de maneira gradual. Com base nestes pressupostos, Johanson e Vahlne (1977) introduzem dois conceitos para explicar o modelo: conhecimento e comprometimento. Conhecimento refere-se ao mercado alvo e comprometimento refere-se ao montante de recursos investidos em determinado mercado internacional e ao grau de especificidade desses recursos.Falta de Conhecimento o maior obstculo.

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Figura 1 - Os Trs Pressupostos do Modelo de Uppsala.

Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de Johanson e Vahlne (1977).

Dib e Carneiro (2006) fazem uma comparao entres os diversos modelos e teorias de internacionalizao existentes com o propsito de compreender este complexo fenmeno, buscando responder as seguintes perguntas: porque realizar negcios internacionais? Como? Com qu? Quando? Onde? A abordagem adotada por esses autores muito relevante e nos aponta os principais aspectos de cada modelo. No quadro 1 seguem algumas de suas concluses no que se refere ao modelo de Uppsala. Quadro 1 Internacionalizao de Empresas Modelo de UppsalaPor qu? Motivos Justificativa Condies O qu? Produtos Servios Tecnologias Outras atividades Quando? Momento inicial posterior Progresso Onde? Pas Regio Como? Modo de entrada Grau de controle . Modo de operao

8Busca mercados. de Sem restries em termos de produtos, Momento saturao do mercado domstico; inicial: Para pases com distncia psquica, em relao ao Em estgios de comprometimento gradual de recursos (primeiro

mercado domstico, menor no primeiro momento e

servios, tecnologias ou atividades (implcito). Expanso: conforme o conhecimento for gradualmente obtido pela experincia

exportao; depois, escritrio de

depois, crescente.

gradualmente

vendas at ter produo no novo mercado).

internacional

FONTE: Adaptado do modelo de Dib e Carneiro (2006) De acordo com a analogia e o modelo utilizado acima podemos inferir que o Modelo de Uppsala estabelece, de maneira implcita, que a internacionalizao se iniciaria como resposta a uma presso por procura de mercados. Esse movimento para um mercado estrangeiro ocorreria quando a empresa percebesse que suas possibilidades de expanso no mercado domstico estariam limitadas. Entretanto, o comprometimento adicional de recursos pela empresa em qualquer pas somente ocorreria conforme essa demonstrasse a aquisio de um nvel adequado de conhecimento advindo de sua experincia naquele pas. De acordo com o conceito de distncia psquica, mencionado anteriormente, as empresas iriam para mercados prximos do seu mercado domstico, desde que economicamente atrativos. As empresas primeiramente iriam explorar seus mercados domsticos, depois lentamente comeariam a exportar. A atividade inicial de exportao poderia ser indireta, atravs de agentes. Com o passar do tempo, seriam estabelecidas subsidirias de vendas. O aumento do comprometimento com o mercado internacional teria seu pice com o estabelecimento de unidades de produo no estrangeiro. Segundo Von Krogh, Ichijo e Nonaka (2001), a relevncia que o conhecimento e sua gesto adquiriram na atualidade justificada pela complexidade e pelas incertezas que caracterizam o ambiente competitivo global. O rpido desenvolvimento das tecnologias de informao ampliou o contedo informativo de produtos e servios, transformando processos e mudando a natureza da competio, auxiliando a codificao do conhecimento. Desta forma o conhecimento um

9 diferencial competitivo e estratgico, segundo o modelo de Uppsala. Alm da busca do conhecimento, apontamos a seguir outras competncias fundamentais para a internacionalizao.

3 Conhecimento, Aprendizagem e Competncia: a relao entre os conceitos e o Modelo de Uppsala

O cenrio emergente da internacionalizao o de um intenso processo de reestruturao, com a misso de dar um sentido ao trabalho, com a abertura e desregulamentao dos mercados, a globalizao da economia, mudanas scio-culturais, os processos de inovao tecnolgica, competio, necessidades de novas competncias. O conceito aqui utilizado o de competncia em sua forma dinmica, isto , competncia em forma de ao. Esse dinamismo, descrito por autores como Ruas (2001), se referem aplicao dos recursos, mas tambm pode ser entendido como algo em constante mudana, aprimoramento e aprendizagem. Nonaka e Takeuchi (1997) focam seu estudo na gerao de conhecimento atravs da aprendizagem contnua. O primeiro ponto caracterstico dessa obra a definio de conhecimento como crena, ou seja, inclui valores dos indivduos. A gerao de conhecimentos na organizao ocorreria atravs de uma espiral partindo dos indivduos e envolvendo grupos e organizaes em uma dinmica de transformao bidirecional entre conhecimento tcito e explcito. Na empresa criadora de conhecimento, inventar novos conhecimentos no seria uma atividade especializada um reduto do marketing ou do planejamento estratgico mas estaria presente em toda a empresa. Os autores defendem a existncia dos dois tipos de conhecimento, tcito e explcito. O conhecimento tcito seria algo altamente pessoal, difcil de formalizar e, portanto, difcil de comunicar. O conhecimento explcito seria formal e sistemtico e por isso, facilmente comunicado e compartilhado. Os autores defendem que a aprendizagem dependeria de um contexto propcio. Assim, haveria contextos que facilitariam e outros que dificultariam a aprendizagem. A redundncia seria um aspecto-chave, uma vez que estimularia o dilogo freqente e a comunicao. Isso ajuda a criar uma base cognitiva

10 comum entre os funcionrios, facilitando assim a transferncia de conhecimento tcito. Propiciar a aprendizagem seria uma competncia que permite organizao o desenvolvimento de novas competncias. No que se refere aos aspectos estratgicos da aprendizagem, Hemais e Hilal (2002) apud Urban e Fleury (2005), remetem a Penrose (1959), e apresentam como grande diferencial da sua teoria a noo de que o que limitaria o crescimento da firma seria o conhecimento e no a demanda, como defendiam os autores clssicos. A firma passa por um processo evolutivo na aquisio de conhecimento e na experincia coletiva. De acordo com a abordagem de Fleury (2002), a organizao situada em um ambiente institucional define sua estratgia e as competncias necessrias para implement-la num processo de aprendizagem permanente. No existe ordem de precedncia nesse processo e sim um crculo virtuoso, em que uma alimenta a outra atravs do processo de aprendizagem. Assim, Nonaka e Takeuchi (1997), demonstram que aprendizagem e competncia so dois elementos fortemente ligados, sendo a aprendizagem a forma para o desenvolvimento de competncias. importante fazer aqui uma distino. A discusso sobre competncias segue por diversos caminhos. Por um lado a discusso de pesquisadores sobre estratgia, na qual se destacam autores como Mills et al. (2002), Hamel e Prahalad (1990 e 1995) cujo foco est nas competncias organizacionais. Por outro lado, o foco se d na a rea de gesto de pessoas, que centraliza as competncias individuais. Apesar de reconhecer a importncia dos estudos sobre competncias individuais, este estudo ter foco nas competncias organizacionais. Dessa forma, o termo competncias tem sido comumente utilizado para fazer referncia, em nvel organizacional, ao conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias e comportamentos que uma organizao deve dispor, de forma integrada, com vistas a impactar positivamente seu desempenho e assegurar vantagem competitiva. Faremos a seguir uma reviso bibliogrfica sobre esse conceito. No final dos anos 80, Prahalad e Hamel (1990) deram uma contribuio significativa para a conceituao e definio de competncias ao propor o conceito de competncias essenciais, core

11 compentences. Esses autores distinguem competncias organizacionais de competncias essenciais. As essenciais seriam aquelas que obedecem simultaneamente a trs critrios: Oferecem reais benefcios aos consumidores; So difceis de imitar; Do acesso a diferentes mercados. Segundo Prahalad e Hamel (1990), competncia seria a capacidade de combinar, misturar e integrar produtos e servios. Logo, a competitividade de uma organizao seria determinada pela interrelao dinmica entre suas competncias e sua estratgia competitiva. Estratgia competitiva, no dizer de Michael Porter (1999), se refere a como uma empresa decide competir em um mercado em resposta s estratgias e posies de seus competidores de modo a ganhar uma vantagem competitiva sustentvel. Ao definir a estratgia competitiva, a empresa identifica as competncias essenciais do negcio e as que so necessrias para cada funo; o conjunto forma as competncias organizacionais. Pode-se dizer que as empresas possuem diversas competncias organizacionais, localizadas em diversas reas, e que destas competncias apenas algumas so essenciais: aquelas que as diferenciam e lhes garantem uma vantagem competitiva sustentvel perante as demais organizaes. Essa competitividade vai depender, em longo prazo, da administrao do processo de aprendizagem organizacional que reforar e promover as competncias organizacionais, bem como, dar foco e reposicionar as vantagens competitivas. Mills et al. (2002), ampliando os trabalhos de Hamel e Prahalad, no esto preocupados apenas com as competncias essenciais. Os autores definem competncia como a forma de descrever o quo bem (ou no) sua firma desempenha suas atividades necessrias. Os autores afirmam que a empresa possui foras ou alta atividade de competncia se ela puder superar a maioria dos competidores em um fator competitivo que os consumidores valorizam. Assim, pensa-se

competncia como uma varivel e no um atributo, pois no s refere-se a ter ou no, mas em que grau esta competncia existe.

12 A noo fundamental que est por trs da definio de Mills et al. (2002) a de que competncia seria formada por uma srie de blocos chamados recursos. A maneira pela qual os recursos so combinados define a construo de uma competncia de alto desempenho. Os recursos em cada competncia seriam combinados formando competncias que se apiam umas s outras dando suporte quelas percebidas pelos clientes e s que garantem o sucesso do negcio. Tanure e Gonzalez (2006) enfatizam o conceito de competncia organizacional de Mills et al. (2002) ao descrever um captulo sobre gesto de competncias em empresas multinacionais. A autora refora que esse conceito tem suas razes na viso baseada nos recursos da firma, sendo essa uma abordagem que considera que toda empresa tem um portiflio formado pelos seguintes recursos: fsicos (infra-estrutura), financeiros, intangveis (marca, imagem, etc.), organizacionais (sistemas administrativos, cultura organizacional) e humanos. So vrias as facetas que uma organizao possui, cada qual com sua especificidade. Para os defensores desta teoria, este portiflio que cria vantagens competitivas (KROGH, 1995), por isso, a definio de estratgias competitivas deve comear com um entendimento das possibilidades estratgicas desses recursos. Em vista disso, classificada como incrementalista, uma vez que incorpora e valoriza as noes de aprendizagem organizacional e de experincia para lidar coma a complexidade e a mudana de fatores relevantes no processo estratgico e de obteno de vantagem competitiva. Segundo essa viso baseada em recursos, importante centrar a formulao das estratgias em um grupo especfico desses recursos, ou seja, naquele que garante competitividade em longo prazo. Essa abordagem distingue recurso de competncia: Um recurso algo que a organizao possui ou a que tem acesso, mesmo que temporrio (...); uma competncia uma habilidade para fazer alguma coisa (...); construda a partir de um conjunto de blocos, denominados recursos. (MILLS et al., 2002). Autores como Ruas (2001), estabelecem a ligao entre o conceito de competncias e aprendizagem: (...) no estamos tratando da noo de competncia como estoque de recursos, nem

13 tampouco como uma dimenso quantitativa, mas repensando o conceito de competncia em sua forma dinmica, isto , na competncia em forma de ao.O dinamismo descrito pelo autor referese aplicao dos recursos, mas tambm pode ser entendido como algo em constante mudana, aprimoramento e aprendizagem. Fleury e Fleury (2000) investigaram as relaes entre estratgia e competncia e salientam que, passando do nvel mais estratgico de formao de competncias organizacionais para o nvel da formao das competncias do indivduo, identificam-se trs blocos de competncias: 1) Competncias de negcio: competncias relacionadas compreenso do negcio, seus objetivos na relao com o mercado, clientes e competidores, assim como com o ambiente poltico e social (conhecimento do negcio, orientao para o cliente); 2) Competncias tcnico-profissionais: competncias especficas para certa operao, ocupao ou atividade. (conhecimento do produto, finanas); 3) Competncias sociais: competncias necessris para interagir com as pessoas (comunicao, negociao, mobilizao para mudana, sensibilidade cultural, trabalhos em times). Ainda segundo Fleury & Fleury (2004), as competncias implicariam num processo de coordenao de recursos; a implantao de estratgias geraria novas configuraes de recursos e novas competncias; estas por sua vez iro influenciar novamente a formulao da estratgia.

4 Competncias Identificadas como Essenciais Segundo o Modelo de Uppsala

As transformaes que vm ocorrendo no mundo contemporneo, em conseqncia de fatores como: o aprimoramento da tecnologia, a derrubada de fronteiras e o entrelaamento de mercados, decorrentes, notadamente, dos processos de globalizao, tm resultado na demanda de novas competncias mais abrangentes e responsivas que as requeridas nas etapas anteriores do desenvolvimento do capitalismo.

14 Com uma economia cada vez mais globalizada, a habilidade de desenvolver e transferir conhecimento entre fronteiras se tornou a preocupao central para inmeras organizaes globais (Subramaniam e Venkatraman, 1999 apud Mazzola e Oliveira Jr., 2006). As empresas so repositrias naturais de conhecimento estruturadas pela interao com o ambiente, absorvendo informaes, transformando-as em conhecimento, para em seguida combin-los com suas experincias anteriores, em um contexto delineado por sua cultura organizacional, gerando as estratgias que necessita para obter sucesso. Para isso necessrio que o conhecimento seja codificado e compartilhado para que no exista somente na mente das pessoas, cabendo s organizaes administr-lo de forma inteligente, transferindo-o atravs de processos de socializao. A organizao global, para enfrentar a complexidade e incertezas do atual cenrio competitivo, necessita mais do que o simples fluxo do conhecimento da matriz para as subsidirias. Necessita maximizar a atividade inovadora baseada em conhecimentos e habilidades, utilizando recursos locais de cada uma de suas unidades, que possam ser usados no s localmente, mas em todos os mercados onde ela opera. A competitividade internacional deve basear-se cada vez mais na inovao, na criatividade e na imaginao humana, que constituem a matria-prima da nova economia, uma vez que as fontes tradicionais de competitividade, tais como o capital, a tecnologia e o acesso a recursos naturais, j no servem atualmente para distinguir as empresas vencedoras das perdedoras, pois so acessveis maioria dos competidores (Cardoza e Pollero, 2004 apud Mazzola e Oliveira Jr., 2006). O incentivo ao empreendedorismo interno, ou intra-empreendedorismo, a antecipao s demandas do ambiente competitivo, as aes e comportamento empreendedor de colaboradores, vistos como verdadeiros scios na estrutura hierrquica, so fundamentais e se evidenciam na organizao, colaborando intensamente para consubstanciar essa crena. No contexto organizacional o conhecimento visto como o know-how coletivo da organizao, uma competncia que se expressa no conhecimento que foi coletivamente acumulado ao longo de sua

15 existncia e tambm como potencial que ela apresenta na resoluo dos problemas que enfrenta e dos que vir a enfrentar. Flexibilidade e adaptabilidade a distintos cenrios de negcios e o fluxo contnuo do conhecimento bem como seus compartilhamentos so competncias requeridas a uma corporao multinacional. O quadro abaixo demonstra aspectos e conceitos-chave do modelo de Uppsala correlacionando-os s competncias requeridas. O quadro 2 demonstra como determinadas competncias so necessrias na realizao de negcios internacionais vistos sob o olhar do modelo de Uppsala. Todas essas competncias chamadas de essenciais se integram, dando ao modelo de Uppsala uma percepo maior de todo o ambiente aonde a empresa se insere e comea a aprender, acumula conhecimento e passa a uma fase posterior, logo aps o estabelecimento do conhecimento de tcito para explcito. Tais competncias chamadas de essenciais se dividem em seis tpicos que se inter-relacionam ao modelo de Uppsala de forma a explic-lo melhor. A competncia de negcios se traduz pelo conhecimento e habilidades que o negcio capaz de proporcionar para dar empresa uma fora maior sua internacionalizao, e tem como objetivo maximizar a atividade inovadora. Aliada a essa competncia est a valorizao da aprendizagem que faz a interface com o conhecimento adquirido e a disponibilidade de aprender, permitindo um fluxo intenso de informaes e a administrao eficiente desse conhecimento pela organizao. O gradualismo e incrementalismo esto no cerne da conceitualizao e entendimento da forma como se processa o conhecimento. O modelo de Uppsala refora todos os estudos anteriores sobre conhecimento que mostraram como ele acontece, ou seja, de forma processual e no esttica. Esse processo se d de forma interna organizao, em sua experincia de contato com o ambiente externo, tornando necessria uma pr-disposio da empresa para que esse processo acontea, traduzida por sua cultura e transformada em competncia estando intimamente relacionada ao grau de investimento em internacionalizao, que no modelo de Uppsala denominado empreendedorismo.

16 s competncias sociais relaciona-se, no modelo de Uppsala, a distancia psquica, que opera diminuindo as diferenas entre os mercados, proporcionando a interao de uma empresa estrangeira a um mercado internacional, em um conluio de semelhanas oriundas dos interesses da organizao. A abordagem comportamental deste modelo tem como representante das

competncias essenciais as competncias atitudinais, representadas pelas atitudes, percepes e comportamento dos tomadores de deciso. Quadro 2 Competncias Requeridas para a Operacionalizao do Modelo de Uppsala Modelo de UppsalaConhecimento: importante

Competncias EssenciaisCompetncias de negcio: compreender o negcio, seus objetivos na relao com o mercado, clientes e competidores, assim como com o ambiente poltico e social (conhecimento do negcio, orientao para o cliente), maximizar a atividade inovadora baseada em conhecimentos e habilidades, utilizando recursos locais de cada uma de suas unidades, que possam ser usados no s localmente, mas em todos os mercados onde ela opera, antecipao s demandas do ambiente competitivo. Competncias tcnico-profissionais: competncias especficas para certa operao, ocupao ou atividade. (conhecimento do produto, finanas).

para realizao dos negcios internacionais.

Valorizao aprendizagem.

da

A aprendizagem vista como um grande diferencial e estratgia competitiva. A disponibilidade para aprender e ensinar so essenciais ,assim como a cooperao. Fluxo contnuo do conhecimento bem como seu compartilhamento, necessrio que o conhecimento seja codificado e compartilhado para que no exista somente na mente das pessoas, cabendo s organizaes administr-lo de forma inteligente, transferindoo atravs de processos de socializao, know-how coletivo.

Gradualismo incrementalismo.

e

Referem-se s competncias relacionadas gesto do tempo e conhecimento do processo como um todo. Para a realizao da internacionalizao necessrio seguir determinadas etapas e procedimentos.

Comprometimento.

Relacionado ao grau de investimento na internacionalizao. Est relacionado um feeling de negcios e ao incentivo ao empreendedorismo interno, ou intraempreendedorismo, absorvendo informaes, transformando-as em conhecimento,

17para em seguida combin-los com suas experincias anteriores, em um contexto delineado por sua cultura organizacional, gerando as estratgias que necessita para obter sucesso. Distncia psquica. Competncias sociais: competncias necessrias para interagir com as pessoas, conhecer realidades culturais e sociais diferentes e de adaptao. Esto em destaque competncias de comunicao, negociao, mobilizao para mudana, sensibilidade cultural, trabalhos em equipe, flexibilidade e adaptabilidade, habilidade de desenvolver e transferir conhecimento entre fronteiras. Abordagem comportamental. Relacionado s competncias atitudinais onde as atitudes, percepes e comportamento dos tomadores de deciso so extremamente relevantes. Destaca-se a inovao, criatividade e a imaginao humana, interao com o ambiente.

Fonte: Elaborado pelas autoras a partir dos modelos de Upssala e de competncia. A partir da interao dos dois modelos, podemos inferir que a interface se faz por complementaridade e no por excluso. O modelo de competncias essenciais, mais que apenas trazer novas informaes e possibilidades de anlise, se alia ao modelo de Uppsala de forma complementar e enriquecedora. Diramos que a integrao dos dois modelos possibilita uma viso mais holstica, contextualizada e atual da organizao, permitindo uma anlise mais profunda do processo de aprendizagem pelo qual as organizaes modernas no cessam de experimentar. 5 Consideraes Finais O objetivo deste estudo foi relacionar as competncias requeridas para a internacionalizao segundo o modelo de Uppsala. Para isso, foi feito um paralelo entre o modelo de Uppsala e a teoria das competncias, buscando enfatizar aquelas competncias identificadas como necessrias ao processo de internacionalizao conforme o modelo citado. Percebe-se que os modelos comportamentais exigem ainda mais competncia, pois esto buscando uma diminuio das incertezas resultantes de longo processo de aprendizagem. Analisando o modelo de Uppsala verificamos que suas motivaes esto relacionadas ao conhecimento e aprendizagem e, logo, requerem das organizaes competncias especficas para

18 sua realizao que podem ser resumidas em competncias de negcio, competncias tcnicoprofissionais, competncias sociais, competncias atitudinais e competncias relacionadas gesto do tempo. Concluindo, o fenmeno da globalizao proporciona novas oportunidades de negcio para as empresas em geral. Em contra-partida o mundo conectado est exigindo uma maior agilidade, flexibilidade e sensibilidade por parte das empresas devido ao aumento da competitividade, exigindo a melhoria contnua das empresas atravs de um intenso processo de aprendizagem e gesto do conhecimento, que constituem um meio para que as organizaes possam desenvolver as competncias necessrias para a realizao de sua estratgia competitiva. O grande desafio das empresas nessa empreitada obter capacidade de transferir as vantagens competitivas adquiridas no pas de origem por meio do conhecimento e desenvolver, a partir de suas competncias distintivas, modelos de negcio adaptados a diferentes contextos culturais, institucionais e mercadolgicos. Referncias ANDERSEN, O. On the international process of firms: a critical analysis. Journal of International Business Studies, 24/2, 209-231. 1993. BARBOSA, A. C. Q.; RODRIGUES, M. A. Um olhar sobre os modelos de gesto de competncias adotados por grandes empresas brasileiras. Encontro Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Administrao, XXIX, Braslia, Distrito Federal. Anais...Braslia: EnANPAD, 2005, CD-ROM. BUVIK, A. Firms internationalization and alternative approaches to the international customer/market selection. International Business Review, 11, 347-363. 2002 CYERT, R.; MARCH, J.. A behavioral theory of the firm. Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1963. CYRINO, A. B.; BARCELLOS, E. In: TANURE, B.; GONZALES, R. D. (orgs.) Gesto Internacional-So Paulo: Saraiva. DIB, L.A ; CARNEIRO, J. Avaliao comparativa do escopo descritivo e explanatrio dos principais modelos de internacionalizao de empresas. Encontro Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Administrao, XXX, 2006, Salvador, Bahia. Anais... Salvador: EnANPAD, 2006, CD-ROM. FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratgias empresariais e formao de competncias: um quebra-cabea caleidoscpico da indstria brasileira. So Paulo: Atlas, 2000.

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1 AUTOR: Regina Lcia de Carvalho Drummond Salvador

Mestranda em Administrao pela Faculdade Novos Horizontes na linha de pesquisa Relaes de Poder e Dinmica das Organizaes. Possui graduao em Psicologia pela Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais (1983). Atualmente analista em hematologia e hemoterapia da Fundao Hemominas, onde j desempenhou a funo de psicloga clnica e foi ocupante de cargo de chefia. Tem experincia em pesquisa e tambm na rea de Psicologia Organizacional e em Administrao com nfase em Gesto de Pessoas. Endereo: Pa. Bernardo da Veiga, 50/ 901 B. Caiara. Belo Horizonte MG. CEP 31250-340. E-mail: [email protected] Fone: 0XX 31 3428.28.58

2 AUTOR: Fabiana Lana Pessoa Psicloga com experincia em consultoria educacional e organizacional.Ps -graduao em Educao Infantil e Psicomotricidade.Mestranda em Administrao e professora nos cursos de Administrao e Cincias Contbeis na UNIPAC. E-mail: [email protected]

21 Fone: 0XX 31 3347-9224 0XX 31 9184-3084

3 AUTOR: Lana Porto

Mestranda em Administrao pela Faculdade Novos Horizontes na rea de pesquisa de Tecnologias de Gesto e Competitividade. Possui graduao em Psicologia pela Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais (2002). Tem experincia como Professora Universitria no Curso de Administrao e na rea de Recursos Humanos e em Psicologia Clnica atendendo na linha Psicanaltica. Desenvolveu trabalho de pesquisa em escola da rede pblica com crianas e adolescentes com problemas de disciplina. Atuou como facilitador de aprendizagem de natao para crianas com necessidades especiais. E-mail: [email protected] Fone: 0XX 31 84845930