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CURSO: TEORIA ESTRUTURALISTA Carga Horária no certificado: 40 horas Curso promovido por: ADMINISTRA BRASIL CURSOS Após a leitura da apostila, solicite seu certificado de conclusão no site: www.administrabrasil.com.br TEORIA ESTRUTURALISTA Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações. A Teoria estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do conceito de que a organização é um sistema aberto e em constante interação com o seu meio ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado aos estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema fechado. Já quando se inclui o ambiente na estrutura sistêmica, deve-se observar o papel na sobrevivência do sistema, ou seja, do principal agente: o gestor.

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TEORIA ESTRUTURALISTA

Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu

ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações,

caracterizada pela interdependência entre as organizações.

A Teoria estruturalista inaugura os estudos acerca dos ambientes dentro do

conceito de que a organização é um sistema aberto e em constante interação com o

seu meio ambiente. Até agora, a teoria administrativa havia se confinado aos

estudos dos aspectos internos da organização dentro de uma concepção de sistema

fechado. Já quando se inclui o ambiente na estrutura sistêmica, deve-se observar o

papel na sobrevivência do sistema, ou seja, do principal agente: o gestor.

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BREVE RESUMO DAS TEORIAS ANTERIORES

A abordagem clássica (Escola da Administração Científica e Teoria Clássica)

deu ênfase às tarefas e estrutura organizacional, proporcionando uma

abordagem rígida e mecanicista, que considerava o homem como um

apêndice da máquina ou como mero ocupante de um cargo em uma

hierarquia centralizada. A eficiência foi seu objetivo principal, porém tal

abordagem mostrou-se incompleta e parcialista.

A Teoria das Relações Humanas foi uma reação de oposição ao

tradicionalismo da abordagem clássica, dando ênfase ao homem e ao

clima psicológico de trabalho (Organização Informal). Ao superestimar os

aspectos informais e emocionais da organização, numa visão romântica do

trabalho, esta teoria também se mostrou incompleta e parcialista.

A Teoria da Burocracia pretendeu dar as bases de um modelo ideal que

pudesse ser aplicado às empresas. Apesar de apresentar um passo à frente

da organização formal proposta pela Abordagem Clássica, a organização

burocrática mostrou-se carente da flexibilidade e inovação imprescindíveis

a uma sociedade moderna.

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ORIGEM DA TEORIA ESTRUTURALISTA

A origem da Teoria Estruturalista se dá aos seguintes aspectos:

Oposição Entre A Teoria Tradicional E Das Relações Humanas

Tornou-se necessária uma posição mais ampla e compreensiva que abrangesse os

aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.

A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da

Teoria das Relações Humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max

Weber, e até certo ponto nos trabalhos de Karl Marx;

Necessidade De Visualizar A Organização Como Uma Unidade Social

Uma unidade grande e complexa, onde interagem grupos sociais que compartilham

alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da

organização), mas que pode incompatibilizar com outros (como a maneira de

distribuir lucros da organização). Nesse sentido, o diálogo maior da Teoria

Estruturalista foi com a Teoria das Relações Humanas;

A Influência Do Estruturalismo Nas Ciências Sociais

Sua influência e repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo teve

forte influência na Filosofia, na Psicologia, na Antropologia, na Matemática, na

Linguística, chegando até na Teoria das Organizações.

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Novo Conceito De Estrutura

O conceito de estrutura é bastante antigo. Estrutura é o conjunto formal de dois ou

mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade

de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um de seus

elementos ou relações.

A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das

estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o

reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. O estruturalismo está

voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo.

A Teoria Estruturalista é administrativa baseada no movimento estruturalista,

fortemente influenciado pela sociologia organizacional. Estrutura é o conjunto de

elementos relativamente estáveis que se relacionam no tempo e no espaço para

formar uma totalidade. Em administração, a estrutura corresponde a maneira

como as organizações estão organizadas e estruturadas.

Como sabemos, a Teoria das Relações Humanas foi uma tentativa de introdução

das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia

humanística a respeito da participação do homem na organização. Contudo a partir

da década de 1950 a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, pois se de

um lado combateu a Teoria Clássica, por outro não proporcionou as bases

adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir.

A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um

impasse dentro da administração que mesmo a Teoria da Burocracia não teve

condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista representa um desdobramento

da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação a Teoria das Relações Humanas e

representa também uma visão bastante crítica da organização formal.

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A SOCIEDADE DAS ORGANIZAÇÕES

Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de

organizações, das quais as pessoas passam a depender para nascer, viver e morrer.

Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem dos seus participantes

determinadas características de personalidade. Essas características permitem a

participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis

desempenhados variam.

O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais iniciado

pela Teoria das Relações Humanas, para os das interações entre as organizações

sociais. Da mesma forma como interagem entre si os grupos sociais, também

interagem entre si as organizações.

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AS ORGANIZAÇÕES

Constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade: são a

manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente, que se

caracteriza por um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os

aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas.

Cada organização é limitada por recursos escassos, e por isso, não pode tirar

vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a

melhor alocação de recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica

seus recursos naquela alternativa que produz melhor resultado.

A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura

interna e na interação com outras organizações. As organizações são concebidas

como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas

e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos.

Exemplo de organizações e suas finalidades:

Escolas – proporcionar educação;

Hospitais – cuidar da saúde;

Prisões – manter a segurança civil.

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O HOMEM ORGANIZACIONAL

Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus (homem econômico) e a

Teoria das Relações Humanas, o homem social, a Teoria Estruturalista focaliza o

"homem organizacional", ou seja, o homem que desempenha papéis em diferentes

organizações.

Ao final da década de 50, o ambiente organizacional estava em plena mutação e a

visão do homem passou a ser organizacional. Eram os estruturalistas defendendo a

ideia de um homem dinâmico, cooperativo e coletivista, capaz de desempenhar

vários papeis em organizações diferentes.

O homem organizacional era o indivíduo idealizado para compor o cenário

industrializado e com alta rotatividade que se formava naquela época, era preciso

que os funcionários entendessem que em nome da empresa ele precisaria ser

capaz de adiar ou abdicar de seus interesses, ser flexível diante dos diversos papeis

que ele poderia exercer dentro das organizações. Logo, na sociedade das

organizações, moderna e industrializada, aparece a figura do "homem

organizacional" que participa simultaneamente de várias organizações.

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O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem sucedido em

todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:

A. FLEXIBILIDADE

Em face das constantes mudanças que ocorrem da vida moderna, bem como

da diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações, que

podem chegar à inversão, aos bruscos desligamentos das organizações e aos

novos relacionamentos.

B. TOLERÂNCIA AS FRUSTRAÇÕES

Para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito necessário entre

necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é

feita através de normas racionais, escritas e exaustivas, que procuram

envolver toda a organização.

C. CAPACIDADE DE ADIAR AS RECOMPENSAS

E poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em

detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de

atividade profissional.

D. PERMANENTE DESEJO DE REALIZAÇÃO

Garantido a conformidade e cooperação com as normas que controlam e

asseguram o acesso a posições de carreira dentro da organização,

proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.

A Teoria Estruturalista fez o mundo empresarial e, quando falamos deste universo,

falamos de todos os tipos de empresas. A teoria estruturalista mudou a visão do

homem simplório, com visão fechada e ampliou-a para um homem articulado e

capaz de se adaptar em qualquer ambiente empresarial, seja na indústria ou no

comércio.

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ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES

Os estruturalistas utilizam uma análise organizacional mais ampla do que a de

qualquer teoria anterior, pois pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das

Relações Humanas, baseando-se também na Teoria da Burocracia. Assim, a análise

das organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma

abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da

Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia.

Trata-se de uma abordagem múltipla utilizada por essa teoria que envolve:

1. TANTO A ORGANIZAÇÃO FORMAL COMO A ORGANIZAÇÃO INFORMAL;

2. TANTO AS RECOMPENSAS SALARIAIS E MATERIAIS COMO AS

RECOMPENSAS SOCIAIS E SIMBÓLICAS;

3. TODOS OS DIFERENTES NÍVEIS HIERÁRQUICOS DE UMA ORGANIZAÇÃO;

4. TODOS OS DIFERENTES TIPOS DE ORGANIZAÇÕES;

5. A ANÁLISE INTRA-ORGANIZACIONAL E ANÁLISE INTERORGANIZACIONAL.

Veremos a seguir cada uma delas

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ABORDAGEM MÚLTIPLA: ORGANIZAÇÃO FORMAL E INFORMAL

Enquanto a Teoria Clássica se concentrava na organização formal e a Teoria das

Relações Humanas somente na organização informal, os estruturalistas tentam

estudar o relacionamento entre ambas as organizações: a formal e a informal, em

uma abordagem múltipla.

A Teoria Estruturalista vai tentar relacionar as relações formais e informais dentro

e fora da organização. Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização

formal e informal. (formal tudo o que estiver expresso no organograma como

hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade e informal as relações

sociais).

A Teoria Estruturalista tenta encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e

não racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida,

da sociedade e do pensamento moderno. Constitui o problema da Teoria das

Organizações

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ABORDAGEM MÚLTIPLA: RECOMPENSAS MATERIAIS E SOCIAIS

Os estruturalistas combinam os estudos da Teoria Clássica e da Teoria das

Relações Humanas.

O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos

de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc.) é

importante na vida de qualquer organização.

Para as recompensas sociais e simbólicas sejam eficientes, quem as recebe deve

estar identificado com a organização que as concede.

Os símbolos e significados devem ser prezados e compartilhados pelos outros,

como a esposa, colegas, amigos, vizinhos, etc. Por essas razões, as recompensas

sociais são menos eficientes com os funcionários de posições mais baixas do que

com os de posições mais altas.

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ABORDAGEM MÚLTIPLA: OS DIFERENTES ENFOQUES DA ORGANIZAÇÃO

As organizações para os estruturalistas podem ser concebidas segundo duas

diferentes concepções:

MODELO RACIONAL DA ORGANIZAÇÃO

Concebe a organização com um meio deliberado e racional de alcançar metas

conhecidas. Os objetivos organizacionais são explicitados (como, por exemplo, a

maximização dos lucros), todos os aspectos e componentes da organização são

escolhidos em função de sua contribuição ao objetivo e as estruturas

organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência, os recursos são

adequados e alocados de acordo com um plano diretor, todas ações são

apropriadas e iniciadas por planos e seus resultados devem coincidir com os

planos. É um sistema fechado, tendo como característica a visão focalizada apenas

nas partes internas do sistema, com ênfase no planejamento e controle.

Expectativa de certeza e de viabilidade. Neste modelo inclui a abordagem clássica

da administração e a teoria da burocracia.

MODELO NATURAL DE ORGANIZAÇÃO

Concebe a organização com um conjunto de partes independentes que, juntas,

constituem um todo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema. O modelo

natural procura tornar tudo funcional e equilibrado, podendo ocorrer disfunções.

Este modelo traz com inevitável aparecimento a organização informal nas

organizações. É um sistema aberto tendo como característica a visão focalizada

sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente. Expectativa de incerteza e

de imprevisibilidade.

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ABORDAGEM MÚLTIPLA: OS NÍVEIS DA ORGANIZAÇÃO

Assim com o modelo burocrático de Weber, as organizações sofrem uma

multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a

responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos:

NÍVEL INSTITUCIONAL: É o nível mais alto, composto dos

dirigentes ou altos funcionários. É também denominado nível

estratégico, pois é responsável pela definição dos principais

objetivos e das estratégias organizacionais relacionadas em

longo prazo.

NÍVEL GERENCIAL: É o nível intermediário, situado entre o

institucional e o técnico, cuidando do relacionamento e da

integração desses dois níveis. Uma vez tomadas as decisões

no nível institucional, o nível gerencial é o responsável pela

sua transformação em planos e em programas para que o

nível técnico os execute.

NÍVEL TÉCNICO: É o nível mais baixo da organização.

Também denominado nível operacional, é o nível em que as

tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as

técnicas são aplicadas. É o nível que cuida da execução das

tarefas em curto prazo e segue os programas e rotinas

desenvolvidas pelo nível gerencial.

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ABORDAGEM MÚLTIPLA: A DIVERSIDADE DE ORGANIZAÇÕES

Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram

as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização,

a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas:

organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais

diversos tipos (indústrias ou produtoras de bens, prestadoras de serviços,

comerciais, agrícolas, etc.), organizações militares (exército, marinha, aeronáutica),

organizações religiosas (igreja), organizações filantrópicas, partidos políticos,

prisões, sindicatos, etc.

A partir do estruturalismo, a administração não ficou mais restrita as fábricas, mas

passou a ser entendida a todos os tipos possíveis de organizações. Além disso, toda

a organização, a medida que cresce torna-se complexa e passa a exigir um

adequada administração.

ABORDAGEM MÚLTIPLA: ANÁLISE INTERORGANIZACIONAL

Os estruturalistas, além de se preocupar com os fenômenos internos, também se

preocupam com os fenômenos que ocorrem externamente nas organizações, mas

que afetam os que ocorrem dentro delas, ou seja, os fenômenos internos. Assim,

os estruturalistas se baseiam em uma abordagem de sistema aberto e utilizam o

modelo natural de organização como base de seus estudos. A análise

organizacional passa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja,

através das análises intra-organizacional (fenômenos internos) e

interorganizacional (fenômenos externos).

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A TIPOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES

Não existem duas organizações iguais. Contudo, embora elas sejam diferentes

entre si, apresentam características que permitem classificá-las em certos grupos.

São as classificações ou tipologias das organizações, que permitem uma análise

comparativa das mesmas do ponto de vista de uma característica comum.

As classificações tradicionais enfatizam seu tamanho (empresas pequenas, médias

e grandes), ou sua natureza (empresas primárias, secundárias e terciárias), ou seu

mercado (indústrias de bens de capital ou indústrias de bens de consumo), ou

ainda sua dependência (empresas públicas ou privadas).

TIPOLOGIA DE ETZIONI

Amitai Etzioni é um sociólogo germano-

estadunidense-israelense. É um dos autores

mais importantes da Abordagem Estruturalista

mais precisamente da Teoria Estruturalista da

Administração. Etzioni elabora sua tipologia de

organizações classificando as organizações com

base no uso e significado da obediência. Para ele,

a estrutura de obediência em uma organização é

determinada pelos tipos de controles aplicados

aos participantes.

Amitai Etzioni

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Assim, a tipologia das organizações, segundo Etzioni, é:

ORGANIZAÇÕES COERCITIVAS: o poder é imposto pela força física ou por

controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou

manifesta - como o significado principal de controle sobre os participantes de

nível inferior. O envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em

relação aos objetivos da organização. As organizações coercitivas incluem

exemplos como os campos de concentração, prisões, instituições penais etc.

ORGANIZAÇÕES UTILITÁRIAS: poder baseia-se no controle dos incentivos

econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os

participantes de nível inferior contribuem para a organização com um

envolvimento tipicamente "calculativo", baseado quase exclusivamente nos

benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão

incluídos nesta classificação.

ORGANIZAÇÕES NORMATIVAS: o poder baseia-se em um consenso sobre

objetivos e métodos de organização. Utilizam o controle moral como a força

principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto

envolvimento "moral" e motivacional. As organizações normativas são

também chamadas "voluntárias" e incluem a Igreja, universidades, hospitais

e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros tendem a buscar

seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais.

A tipologia de Etzioni é muito utilizada em face da consideração que faz sobre

os sistemas psicossociais das organizações. Contudo, sua desvantagem é dar

pouca consideração à estrutura, à tecnologia utilizada e ao ambiente externo.

Trata-se de uma tipologia simples e unidimensional, baseada exclusivamente

nos tipos de controle.

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TIPOLOGIA DE BLAU E SCOTT

Peter Blau foi um sociólogo norte-americano e como sociólogo dedicou-se

prioritariamente ao estudo das organizações. Junto com Richard Scott,

apresentaram uma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de

quem se beneficia com a organização. Para Blau e Scott, há quatro categorias de

participantes que podem se beneficiar com uma organização formal:

A. OS PRÓPRIOS MEMBROS DA ORGANIZAÇÃO;

B. OS PROPRIETÁRIOS OU DIRIGENTES DA ORGANIZAÇÃO;

C. OS CLIENTES DA ORGANIZAÇÃO:

D. O PÚBLICO EM GERAL.

Richard Scott Peter Blau

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Em função dessas quatro categorias de beneficiários principais que a organização

visa atender, existem quatro tipos básicos de organizações:

1. ASSOCIAÇÃO DE BENEFÍCIOS MÚTUOS: em que o beneficiário principal é os

próprios membros da organização como as cooperativas, os sindicatos, etc.

2. ORGANIZAÇÕES DE INTERESSES COMERCIAIS: em que os proprietários ou

acionistas são os principais beneficiários da organização como a maior parte

das empresas privadas, sejam sociedades anônimas ou sociedades de

responsabilidade limitada;

3. ORGANIZAÇÕES DE SERVIÇOS: em que um grupo de clientes é o beneficiário

principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas.

4. ORGANIZAÇÕES DE ESTADO: em que o beneficiário é o público em geral.

Exemplos: a organização militar, correios instituições jurídicas e penais, etc.

A tipologia de Blau e Scott apresenta a vantagem de enfatizar a força de poder e de

influencia do beneficiário sobre as organizações, a ponto de condicionar a sua

estrutura.

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OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS

As organizações são unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos: a

sua razão de ser é servir a esses objetivos, proporcionando benefícios. Um objetivo

organizacional é uma situação desejada que a organização tenta atingir. Porém, se

o objetivo é atingido, ele deixa de ser a imagem orientadora da organização e é

incorporado a ela como algo real e atual. Quando isso ocorre, deixa de ser o

objetivo desejado. Neste sentido, um objetivo nunca existe; é um estado que se

procura, e não um estado que se possui.

A eficiência geral de uma organização é determinada pela medida em que esta

atinge seus objetivos, enquanto a competência de uma organização é medida pela

quantidade de recursos utilizados para fazer uma unidade de produção.

Os objetivos organizacionais têm muitas funções, a saber:

A. Estabelecem linhas mestras para a atividade da organização;

B. Constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma

organização e, inclusive, sua existência;

C. Servem como padrões para a avaliação de seu êxito, isto é, de sua

eficiência e de seu rendimento;

D. Servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que

tenta comparar e verificar a produtividade da organização.

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Há cinco categorias de objetivos organizacionais:

OBJETIVOS DA SOCIEDADE: cujo ponto de referência é a sociedade em

geral. Exemplos: produzir bens e serviços, manter a ordem pública, etc.

OBJETIVOS DE PRODUÇÃO: cujo ponto de referência é o público que entra

em contato com a organização. Exemplos: bens de consumo, serviços a

empresas, educação.

OBJETIVOS DE SISTEMAS: cujo ponto de referência é o estado ou maneira

de funcionar da organização, independentemente dos bens e serviços que ela

produz ou dos objetivos daí resultantes. Exemplos: ênfase nos lucros, no

crescimento e na estabilidade da organização.

OBJETIVOS DE PRODUTOS: cujo ponto de referência são as características

dos bens e serviços produzidos. Exemplos: ênfase sobre qualidade ou

quantidade de produtos, originalidade ou inovação dos produtos, etc.

OBJETIVOS DERIVADOS: cujo ponto de referência são os usos que a

organização faz do poder originado na consecução de outros objetivos.

Exemplos: metas políticas, serviços comunitários, etc.

O estudo dos objetivos das organizações permite identificar as relações entre as

organizações e a sociedade em geral.

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CURSO: TEORIA ESTRUTURALISTA

Carga Horária no certificado: 40 horas

Curso promovido por: ADMINISTRA BRASIL CURSOS Após a leitura da apostila, solicite seu certificado de conclusão no site: www.administrabrasil.com.br

MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS

Um dos assuntos mais abordados pelos estruturalistas são as mudanças

organizacionais. As organizações apresentam maior inclinação para a mudança do

que qualquer outra unidade social, pelo fato de serem planificadas e orientadas por

objetivos específicos, sob liderança relativamente racional. Podem, ainda, alterar

de forma profunda seus objetivos, no processo de ajustamento a problemas e

situações emergentes e imprevistas.

Para os estruturalistas, há uma relação íntima entre os objetivos organizacionais e

o meio, de forma que a estrutura de objetivos é que estabelece a base para a

relação entre uma organização e seu meio ambiente. O processo de estabelecer

objetivos é complexo e dinâmico, porque toda organização não busca unicamente

um objetivo, mas um total de objetivos inter-relacionados e que formam toda uma

estrutura. Estes, não sendo estáticos, estão em contínua evolução, modificando as

relações da organização com seu meio.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de se apoiar nas teorias anteriores, os Estruturalistas apresentam uma

série de novos conceitos: como o de homem organizacional, a organização como

um sistema aberto, a abordagem múltipla, etc. Sendo estes de grande contribuição

para o campo da Administração.

A teoria estruturalista se apresenta consideravelmente mais completa que as

anteriores, pois abrange as organizações formais e informais, o fenômenos

internos (intra-organizacional) e externos (interorganizacional), procurando

conciliar aspectos estudados nas teorias anteriores e ainda acrescentar novos

aspectos à administração.

Notamos a importância da Teoria Estruturalista pela sua influência no estudo das

organizações, e também quando percebemos uma ampliação do campo de estudo

da Administração a partir desta.