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TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO

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TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO. Prof.ª Vanessa C. Calixto Aula 18 Filosofia Geral e Jurídica. JUSTIÇA E DIREITO – HANS KELSEN. Discutir justiça significa discutir sobre as normas morais. O direito pode ser moral = Direito Justo Não ser moral = direito injusto - PowerPoint PPT Presentation

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FILOSOFIA MEDIEVAL

Prof. Vanessa C. CalixtoAula 18Filosofia Geral e JurdicaTEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITOJUSTIA E DIREITO HANS KELSENDiscutir justia significa discutir sobre as normas morais.O direito pode ser moral = Direito Justo No ser moral = direito injustoUm direito positivo pode ser justo ou injusto, ou seja, um Direito positivo sempre pode contrariar algum mandamento da justia, e nem por isso deixa de ser vlido.

O Direito no precisa respeitar um mnimo moral para ser definido e aceito como tal, pois a natureza do Direito, para ser garantida em sua construo, no requer nada alm do valor jurdico.

tica = discusso opinativa sobre valores

A justia deve ser um valor inconstante, relativo, dissolvel e mutvel. H um justo e este justo um justo relativo.Intuio do Direito: O QUE DIREITO? As respostas se resumiam, grosso modo, a normas visando organizao da sociedade.

O princpio de tudo a justia. Ns a entendemos como algo importante que sentido no caso da ocorrncia da injustia.

Estrutura do Direito: grande aspecto do Direito: a norma, meio usado para garantir a convivncia social e a justia. Com o conjunto de normas, compe-se o ordenamento da sociedade, o ordenamento jurdico.O Direito foi complicado pela presena de fatos e valores, motivo que inspirou Kelsen a compor sua Teoria Pura do Direito. Afastou, ento, os fatos e valores de seu pensamento.

Os fatos corriqueiros, como fatos naturais, desastres, fatos econmicos, de ordem tcnica; nascimento, morte, amadurecimento e envelhecimento... todos eles geram consequncias jurdicas.

Desastres geram a destruio de propriedades e mortes, que por sua vez geram questes de sucesso; o nascimento gera a obrigatoriedade jurdica de se fazer um registro do recm-nascido, enquanto o amadurecimento, por exemplo na data em que o indivduo completa 18 anos, h a consequncia jurdica de tornar-se penalmente imputvel.

Teoria Tridimensional do Direito: Miguel Reale, grande jurisconsulto e filsofo do Direito brasileiro, conseguiu sintetizar a Teoria Tridimensional do Direito, o que lhe conferiu notoriedade internacional. Ele integra valor, fato e norma, no que chamou de tridimensionalidade dinmica integrativa.

Elemento constitutivoNota dominanteConcepo unilateralTridimensionalidadeValorFundamentoMoralismo jurdico (Filosofia do Direito)EspecficaFatoEficciaSociologismo Jurdico (Sociologia jurdica)EspecficaNormaVignciaNormativismo abstrato (Dogmtica jurdica)EstticaQuadro da Teoria TridimensionalMoralismo jurdico: entendimento do que certo e errado, que leva ao comportamento tico, ou seja, bem-agir.

Valor: algo que queremos, que achamos necessrio.

Fato: pode ser dos mais variados tipos. Seja ele social, econmico, de ordem tcnica, natural, etc. Se o fato est produzindo efeitos, ento ele considerado eficaz.

Normativismo abstrato: abstraram-se os fatos e valores, deixando apenas a norma.

Dogmtica jurdica: utilizao dos dogmas do cdigo. Ao estudar a lei, no entramos no mrito das circunstncias de sua criao, por quem foi redigida e em que contexto histrico. Ela foi feita por quem tinha poder estatudo para isso e no se discute, discutimos apenas a lei em si. Restringimo-nos ao estudo dogmtico do Direito, atividade em que nos privamos de levantar questionamentos sobre o porqu de ser das coisas. Isso deixado, por exemplo, para os filsofos.

Esttica: uma vez dentro da pirmide normativista de Kelsen, no interessa o que e por que est l.

Indagao: por que h normas? Por causa da simples NECESSIDADE geral de se regular os novos fatos.

Inicialmente, surge um fato novo. Em seguida, surge a necessidade de ter uma norma para lidar com ele. Ento atribuem-se um ou mais valores a ele, que podem ser pessoais ou culturais. A partir disso, vrias normas so pensadas a respeito de tal fato, baseando-se nos valores atribudos a ele.Com o passar do tempo, novos fatos e valores so formados. Ser, ento, que a norma que fora feita anteriormente responder da melhor maneira? No. O ideal, portanto, que se criem novas normas, a partir dos novos fatos que surgem na sociedade, com base nos valores que ela atribui a tais fatos. No cabe usar a exegese, pois ela tem um alcance limitado. Ela no pode ser usada indefinidamente, pois isso seria como colocar centenas de emendas numa mesma lei. necessrio, dessa forma, que se criem novas normas periodicamente.

Processo do normativismo concreto: ...e assim caminha a sociedade e a evoluo do Direito. Acabamos de descrever o PROCESSO DO NORMATIVISMO CONCRETO. Chama-se concreto porque agregou todos os elementos constitutivos do quadro acima. Este normativismo concreto se diferencia do normativismo abstrato de Kelsen.

A tridimensionalidade dinmica integrativa chamada de dinmica porque vai sempre acompanhando a evoluo da sociedade.

Miguel Reale morreu em 14 de abril de 2006, e at hoje no foram feitas crticas fortes teoria dele. Os elementos constitutivos fato-valor-norma no existem isoladamente. Estando integrados, eles compem uma unidade concreta. Tais elementos exigem-se reciprocamente e so elos do processo do normativismo concreto. So essas, portanto, as caractersticas dos elementos:

No existem isoladamente; Constituem uma unidade concreta; Se exigem reciprocamente; So elos do processo do normativismo concreto.

Hermenutica jurdica: hoje a exegese chamada de hermenutica jurdica. De acordo com esta fonte,

a hermenutica jurdica relaciona-se com a interpretao do ordenamento jurdico. So os conjuntos de princpios e normas gerais que devem ser interpretados e relacionados ao caso concreto. A interpretao da lei no se restringe somente a uma lei especfica, devendo que todo ordenamento jurdico (o qual se relacione com o caso concreto) seja conjuntamente interpretado e utilizado.

Definies:Dialtica de implicao-polaridade:Dialtica: dilogo. A conversa flui medida que os participantes apresentam seus argumentos. De implicao: os trs elementos se implicam mutuamente. Polaridade: cada um est no seu plo: atraem um ao outro pela implicao, mas no abandonam seus lugares.

Vigncia e eficciaEficcia: a norma deve produzir efeitos, ou seja, ser seguida. Uma lei sem eficcia aquela que no pegou. Vigncia: a norma deve estar prevista. Norma em desuso: perdeu a eficcia mas ainda tem vigncia. Fato novo: pode ter eficcia mas no ter vigncia.

ENTO o DIREITO no apenas um SISTEMA GERAL DE NORMAS. uma realidade cultural CONSTITUDA HISTRICAMENTE EM VIRTUDE DA PRPRIA NATUREZA SOCIAL DO HOMEM, que encontra sua integrao no ordenamento jurdico.

NA CONCEPO TRIDIMENSIONAL - o Estado no somente: organizao ftica do poder pblicorealizao do fim da convivncia socialfuno de produtor e mantenedor do ordenamento jurdico

A REALIZAO HARMNICA DESSES TRS MOMENTOS OU FATORES, que se conjugam e se completam na integrao da realidade estatal.

A REALIDADE ESTATAL FATO e NORMA, pois FATO integrado na NORMA exigida pelo VALOR a realizar.

FATO, VALOR e NORMA so trs ELEMENTOS INTEGRANTES DO ESTADO.

Em toda regra h um JUZO DE VALOR.JUZO: ato mental pelo qual atribumos, com carter de necessidade, certa qualidade a um ser, a um ente.JUZO DE VALOR: apreciao valorativa ou axiolgica sobre os FATOS SOCIAIS OBSERVADOS.

Legislador no vai apenas descrever um fato, mas DETERMINA ALGO QUE DEVE SER.

O que quer dizer norma? Traduz aquilo que normal, UM COMPORTAMENTO QUE, LUZ DA ESCALA DE VALORES DOMINANTES NUMA SOCIEDADE, DEVE SER NORMALMENTE ESPERADO OU QUERIDO COMO COMPORTAMENTO NORMAL DE SEUS MEMBROS.Norma configurada ou estruturada num comportamento normalmente previsvel do homem COMUM.

NORMA: complexo de disposies que expressam a MEDIAO DO PODER NA ATUALIZAO DOS VALORES DA CONVIVNCIA SOCIAL.EX. Beijo na cidade pequena. Consumo de entorpecentes em certos pases. Pena de Morte nos diferentes estados americanos.

Se olharmos o Estado apenas como criador e ordenador da ordem jurdica, estaremos DESPREZANDO REALIDADE FTICO-AXIOLGICA.

E se olharmos apenas o aspecto AXIOLGICO, iremos para um idealismo platnico.

Ento por estes trs elementos, a Teoria Tridimensional do Estado e do Direito VISA CONTORNAR AS PROPRIEDADES DESTAS SOLUES PARCIAIS.

Correlacionando FATO, VALOR e NORMA, REALE procura demonstrar o Estado sob os seus trs diferentes prismas:SOCIOLGICO: quando estuda a organizao estatal como fato social.FILOSFICO OU AXIOLOGICO: quando estuda o Estado como fenmeno poltico-cultural.Aspecto JURDICO: quando estuda o Estado como rgo central de positivao do Direito.

EXEMPLO: LEI N 8.629, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1993

Art. 2 A propriedade rural que no cumprir a funo social prevista no art. 9 passvel de desapropriao, nos termos desta lei, respeitados os dispositivos constitucionais. (Regulamento) 1 Compete Unio desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrria, o imvel rural que no esteja cumprindo sua funo social. 7o Ser excludo do Programa de Reforma Agrria do Governo Federal quem, j estando beneficiado com lote em Projeto de Assentamento, ou sendo pretendente desse benefcio na condio de inscrito em processo de cadastramento e seleo de candidatos ao acesso terra, for efetivamente identificado como participante direto ou indireto em conflito fundirio que se caracterize por invaso ou esbulho de imvel rural de domnio pblico ou privado em fase de processo administrativo de vistoria ou avaliao para fins de reforma agrria, ou que esteja sendo objeto de processo judicial de desapropriao em vias de imisso de posse ao ente expropriante; e bem assim quem for efetivamente identificado como participante de invaso de prdio pblico, de atos de ameaa, seqestro ou manuteno de servidores pblicos e outros cidados em crcere privado, ou de quaisquer outros atos de violncia real ou pessoal praticados em tais situaes.EXEMPLO: Fazenda em Chorozinho (CE) desapropriada para reforma agrria aps deciso do STF Publicado em Quinta, 29 Agosto 2013 13:03 | |

Quando duas oficiais de justia chegaram, na manh desta quarta-feira (28), fazenda Dulcinia, em Chorozinho, a 64 km de Fortaleza, as famlias acampadas tiveram o sinal de que podiam entrar no imvel rural. Ento seguiram em procisso at a casa sede onde, enfim, participaram do ato de transmisso de posse da fazenda ao Incra/CE. Era o fim de uma espera que durou trs anos. A desapropriao da fazenda pde ser concluda depois que uma deciso favorvel do mesmo STF, tomada no ltimo dia 1o, permitiu autarquia realizar a posse legal da rea e encerrar o conflito agrrio na regio.

Na solenidade as famlias comemoraram o acesso terra com msica e discursos emocionados. Representantes dos acampados foram convidados a assinar o termo de posse como testemunhas e entregaram medalhas de Colaboradores da Reforma Agrria a pessoas que contriburam para a desapropriao da rea.Dulcinia agora ser um assentamento de reforma agrria para 20 famlias, nomeado de Agroverde pela comunidade, que deseja produzir alimentos atravs de um cultivo sustentvel e sem uso de agrotxicos. A rea tem potencial para produo de mandioca e prtica da cajucultura, bastante forte nesta regio do Cear. A criao de cabras, gado e abelhas tambm esto entre outras opes de gerao de renda para as famlias, segundo laudo de vistoria produzido pelo Incra.