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TERMO DE APROVAÇÃO
EVELYN ARENDT
RAFAEL PASSOS
TIAGO MACHADO
Meu Ambiente News: uma multiplataforma de notícias sobre problemas ambientais
e ações sustentáveis em Curitiba e Região Metropolitana
Trabalho de conclusão de curso aprovado com nota 10,0 como requisito parcial
para a obtenção do grau de bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pelas
Faculdades Integradas do Brasil – Unibrasil, mediante banca examinadora composta por:
Prof.(a) Rodolfo Stancki e Presidente
Prof.(a) Felipe Harmata
Prof.(a) Taiana Bubniak
Curitiba, 11 de junho de 2014.
Faculdades Integradas do Brasil
Evelyn Arendt
Rafael Passos
Tiago Machado
Meu Ambiente News: uma multiplataforma de notícias sobre problemas
ambientais e ações sustentáveis em Curitiba e Região Metropolitana
Curitiba
2014
Evelyn Arendt
Rafael Passos
Tiago Machado
Meu Ambiente News: uma multiplataforma de notícias sobre problemas
ambientais e ações sustentáveis em Curitiba e Região Metropolitana
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de
Comunicação Social – Jornalismo das Faculdades Integradas do
Brasil – UniBrasil como requisito para obtenção da graduação
em Jornalismo.
Orientador: Prof. Msc. Rodolfo Stancki
Curitiba
2014
DEDICATÓRIA
À Deus, por ter nos dado capacidade intelectual.
Aos nossos pais por terem torcido e nos apoiado
incondicionalmente, aos nossos amigos e companheiros de
turma que ao longo desses quatro anos se tornaram
imprescindíveis nessa jornada.
Amamos vocês.
AGRADECIMENTOS
São muitas pessoas que merecem nosso “muito obrigado”.
Mas nosso agradecimento vai a cada integrante desta equipe,
que, se não fosse pela paciência e pela união, este trabalho
não teria sido concluído.
Aos professores, em especial ao nosso orientador Rodolfo
Stancki, que nos conduziu de maneira brilhante durante esse
projeto e nos fez acreditar na concretização de nossos planos e
sonhos. À nossa turma que torceu pelo nosso sucesso nos
momentos mais difíceis e nos mais felizes.
Aos nossos amigos, namorados, familiares que entenderam
nossa ausência e nos apoiaram nas dificuldades encontradas
durante a jornada destes quatro anos de faculdade, nos
apoiaram em todas as decisões e que fizeram destes quatro
anos muito felizes.
Nosso muito obrigado!
RESUMO
Este projeto busca viabilizar um produto jornalístico que abordará os problemas
ambientais em Curitiba com a finalidade de noticiar, orientar e formar opinião a
respeito do assunto e suas consequências na sociedade. Trata-se de uma
multiplataforma digital, que inclui um site, aplicativo móvel e redes sociais
(Facebook, Twitter, Instagram e Youtube), em que serão noticiados problemas
ambientais como poluição atmosférica, sonora, do solo, de rios e lagos, saneamento
básico, queimadas em matas e desmatamento ilegal de árvores, assim como dicas
sustentáveis e soluções em prol da preservação do meio ambiente. Este projeto
também servirá como um canal de integração entre ativistas, jornalistas e a
população em geral.
PALAVRAS-CHAVE: Jornalismo; Meio ambiente; Novas Mídias; Sustentabilidade;
Jornalismo ambiental.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 9
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO..................................... 12
2.1 Jornalismo Ambiental ..................................................................................... 12
2.2 Jornalismo Ambiental no Brasil ...................................................................... 13
3. OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 18
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................... 18
5. JUSTIFICATIVA ............................................................................................. 19
5.1 Pesquisa 1 ..................................................................................................... 21
5.2 Pesquisa 2 ..................................................................................................... 25
6. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 28
6.1 Convergência Midiática .................................................................................. 28
6.2 Cauda Longa ................................................................................................. 31
6.3 Jornalismo 2.0 ................................................................................................ 34
6.4 Jornalismo Mobile .......................................................................................... 36
6.5 O Jornalismo nas Redes Sociais .................................................................. 38
6.6 Meio Ambiente ............................................................................................... 39
6.7 Sustentabilidade ............................................................................................ 40
6.8 Agenda 21 ...................................................................................................... 41
7. METODOLOGIA ............................................................................................ 43
8. DELINEAMENTO DO PRODUTO .................................................................. 46
8.1 Nome ............................................................................................................. 46
8.2 Logo e Identidade Visual ................................................................................ 46
8.3 Planejamento ................................................................................................. 46
8.4 Plataforma ...................................................................................................... 47
8.5 Produção de Conteúdo .................................................................................. 49
8.6 Periodicidade da Disseminação de Conteúdo ............................................... 49
8.7 Público-Alvo ................................................................................................... 49
8.8 Custos ............................................................................................................ 50
8.9 Missão e Valor ............................................................................................... 50
8.9.1 Missão ......................................................................................................... 50
8.9.2 Valores ........................................................................................................ 50
8.10 Cronograma ................................................................................................. 51
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 52
10. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 54
11. APÊNDICES ................................................................................................... 60
11.1 Aplicativo ...................................................................................................... 60
11.2 Website ........................................................................................................ 61
11.3 Facebook ..................................................................................................... 62
11.4 Youtube ........................................................................................................ 63
11.5 Twitter .......................................................................................................... 64
11.6 Instagram ..................................................................................................... 65
11.7 Logo ............................................................................................................. 66
11.8 Imagens para Reportagens de Texto ........................................................... 67
11.9 Entrevistas com Especialistas ...................................................................... 68
12. ANEXOS ........................................................................................................ 77
SUMÁRIO ILUSTRATIVO
Gráfico 1 .......................................................................................................................19
Gráfico 2 .......................................................................................................................19
Gráfico 3 .......................................................................................................................21
Gráfico 4 .......................................................................................................................22
Gráfico 5 .......................................................................................................................22
Gráfico 6 .......................................................................................................................22
Gráfico 7 .......................................................................................................................23
Gráfico 8 .......................................................................................................................24
Gráfico 9 .......................................................................................................................24
9
1. INTRODUÇÃO
Em 13 de setembro de 1987, a cidade de Goiânia protagonizou um dos maiores
acidentes radiológicos do mundo, conhecido como “Césio-137”. A tragédia teve
início quando dois catadores de papel encontraram um aparelho radioativo utilizado
no tratamento de pessoas com câncer em um prédio onde funcionava uma clínica
abandonada. O material foi encontrado por dois catadores de lixo reciclável, que
abriram à marretadas para retirar o chumbo. Depois disso, a peça foi vendida para
um ferro velho de Goiana1. Os donos do estabelecimento tiveram contato direto com
a cápsula do elemento químico Césio-137. A substância química apresentava uma
coloração azul, que despertou a curiosidade e atenção das pessoas, que
posteriormente foram contaminadas. O nível de contaminação deste acidente
chegou a cinco, em uma escala que vai de zero a sete na Escala Internacional de
Acidentes Nucleares. Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), o
Césio-137 só não foi mais grave que o incidente de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia.
A tragédia deixou centenas de mortos e vítimas com sequelas até hoje. Na época, a
falta de informação e a pouca divulgação do tema na mídia podem ter sido fatores
que contribuíram para a dimensão da tragédia.
Este trabalho viabilizará uma multiplataforma digital integrando um site, com
aplicativo móvel, mídias sociais como Facebook, Twitter, Youtube e Instagram. Em
conjunto ao suporte das redes sociais e do aplicativo, a multiplataforma também
busca parcerias com ONGs, ativistas ambientais e membros da população em geral.
Esses indivíduos podem participar da produção de conteúdo com comentários,
textos de opinião, imagens e vídeos para que as notícias ambientais e sustentáveis
sejam mais abordadas e buscadas na sociedade.
Em pesquisas feitas por meio de questionário online2, que será debatido mais
adiante, o resultado apontou que a preocupação com o meio ambiente existe, mas
que a mídia não oferece espaço suficiente para discussão do assunto e, quando o
faz, é muito superficial.
O Césio-137 ocasionou muitas vítimas e consequências sofridas até hoje,
grande parte motivada, também, pela cobertura jornalística superficial e pela falta de
1 Informações retiradas de G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/goias/noticia/2013/09/maior-
acidente-radiologico-do-mundo-cesio-137-completa-26-anos.html>. Acesso em: 05/04/2014.
2 73 pessoas, sendo 44 mulheres e 29 homens, 53% entre 16 e 25 anos moradores de Curitiba e
região metropolitana.
10
preocupação por parte dos governantes. Para Bueno (2007), o perfil da cobertura
jornalística insiste, equivocadamente, em ignorar as mídias ambientais.
O jornalismo ambiental deve construir o seu próprio "ethos", ainda que compartilhe parcela significativa de seu DNA com todos os jornalismos (especializados ou não) que se praticam por aí. Simplesmente porque comprometido com a qualidade de vida e com o efetivo exercício da cidadania, ele não pode reduzir-se à sedução do progresso tecnológico, do esforço quase sempre socialmente injusto pelo aumento do PIB e da produção de grãos, ou espelhar-se no egoísmo desmobilizado da intelectualidade brasileira. (BUENO, 2007)
Pensando na carência de informações ligadas ao tema, este trabalho tem o
objetivo de informar, orientar e formar opinião a respeito do assunto e suas
consequências na sociedade.
Este trabalho começa com a delimitação do tema, onde é abordado o conceito e
as funções do jornalismo ambiental. Neste tópico, buscamos entender como o tema
é tratado pela mídia no Brasil, Paraná e em Curitiba, tendo como referências
principais os estudos de Teresa Urban e Wilson da Costa Bueno. Com o objetivo de
informar, educar e conscientizar sobre meio ambiente e sustentabilidade em Curitiba
e região metropolitana, foi criada uma multiplataforma digital para retratar os
problemas ambientais e dicas sustentáveis sobre o meio ambiente em Curitiba e
região.
Foram elaboradas pesquisas com a população em geral e também com pessoas
ligadas à causa ambiental para justificar e entender como a população busca e
consome notícia sobre o meio ambiente. A pesquisa serviu também para entender
como os especialistas veem o tema sendo abordado pela mídia na capital
paranaense. De acordo com os resultados obtidos, tomou-se a decisão de criar uma
ferramenta para dar mais visibilidade ao assunto.
Para criar este produto, as teorias da convergência midiática, de Henry
Jenkins, cauda longa, de Cris Anderson, jornalismo 2.0, jornalismo mobile,
jornalismo nas redes sociais, serviram de base teórica para a construção deste
produto. Buscamos entender como cada uma delas influenciou na construção e
surgimento das novas plataformas digitais de comunicação e, consequentemente,
na nova maneira de produzir e consumir jornalismo. Já as teorias estudadas sobre
meio ambiente, sustentabilidade e agenda 21 reforçam a relevância que do tema
para o desenvolvimento deste trabalho.
11
Na metodologia da pesquisa, explicamos de maneira mais aprofundada como
a pesquisa foi feita e aos resultados que chegamos. O questionário quanti-qualitativo
foi feitos com 74 pessoas por meio de formulário no Google Docs divulgado pelas
redes sociais. Buscou-se entender quais as editorias as pessoas mais tinham
interesse em se informar, por quais meios elas buscavam informações sobre o meio
ambiente e o nível de interesse sobre o tema. Já com os especialistas, 6 pessoas
ligadas à causa, dentre eles, professores, jornalistas, agrônomos, biólogos,
veterinários e gestores, foram feitas 10 perguntas abertas, dentre uma delas, para
entender como eles veem o meio ambiente sendo abordado pelos veículos de
comunicação.
12
2. DELIMITAÇÃO DO TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO
O jornalismo ambiental, como área de produção noticiosa, iniciou formalmente
após uma conferência sobre a biosfera realizada pela UNESCO, na cidade de Paris,
em 1968. O encontro tinha como objetivo reconciliar a conservação e o uso dos
recursos naturais, hoje chamados de sustentabilidade. Assim começou a primeira
entidade de jornalismo ambiental. Nessa mesma época, surgiu no Brasil o primeiro
jornalista especializado em meio ambiente, Randau Marques.
Randau foi preso por escrever em um jornal do interior de São Paulo -
Franca, reportagens sobre os agrotóxicos que vinham dos produtos
químicos das empresas de sapatos, responsáveis pela mortandade de
peixes e pela intoxicação de agricultores. (COLOMBO, 2010, p.5)
A partir de 1980, o jornalismo ambiental teve sua ascensão após a descoberta
do buraco da camada de ozônio na atmosfera e as consequências trazidas com o
aquecimento global. (COLOMBO, 2010)
A associação brasileira de rádio e televisão e jornais promoveu, em agosto de
1989, o seminário “A imprensa e o planeta”. Em setembro do mesmo ano, Brasília
sediou o Seminário para Jornalismo sobre População e Meio Ambiente organizado
pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) (VILLAR, 1997 apud COLOMBO,
2010, p. 06). Segundo o autor, dados do núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do
Sul mostraram relatos que a partir do seminário citado, em 1989, foram formados
núcleos regionais de jornalismo ambiental em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e
Rio Grande do Sul. Mas a criação desses núcleos foi para a formação de uma
entidade nacional sobre o jornalismo ambiental. Hoje, apenas o núcleo no Rio
Grande do Sul se manteve. (Colombo, 2010, p. 06)
2.1. Jornalismo Ambiental
O jornalismo ambiental é complexo e singularizado, Wilson da Costa Bueno
(2007, p. 35) confirma isso e explica que o jornalismo ambiental é visto “como
processo de captação, produção, edição e circulação de informações
(conhecimentos, saberes e resultados de pesquisas, entre outros) comprometidas à
temática ambiental que se destinam a um público leigo e não especializado”.
13
O autor ressalta que o jornalismo ambiental desempenha três funções básicas:
“função informativa; função pedagógica e política.” A função informativa consiste no
desempenho do cidadão em sua consciência ambiental, como, por exemplo, a
modificação de hábitos de consumo (contaminação por agrotóxicos, destruição da
biodiversidade, poluição do ar e água). Já na função pedagógica, Bueno (2007, p.
35) destaca a demonstração das soluções para os problemas ambientais. Para o
autor, a participação da população é fundamental para a solução do tema. Quando
se trata da função política, Bueno (2007, p. 36) entende que o jogo político favorece
as empresas que, de alguma forma, danificam o meio ambiente em prol dos seus
interesses econômicos.
Incluem-se entre esses interesses a ação de determinadas empresas e
setores que, recorrentemente, têm penalizado o meio ambiente para
favorecer seus negócios (indústria agroquímica, de biotecnologia, de
mineração de papel e celulose agropecuária etc.). Incorpora também uma
vigilância permanente com respeito a ação dos governantes que, por
omissão ou comprometimento com os interesses empresariais ou de grupo
privilegiados da sociedade, não elaboram e põem em prática políticas
públicas que contribuem efetivamente para reduzir a degradação
ambiental. (BUENO, 2007, p.36)
Para BUENO (2007), assim como Teresa Urban (2006), a imprensa brasileira
utiliza as notícias ambientais “como forma de aumentar a audiência” e apenas se
limitam a acidentes e tragédias “que integram o circuito viciado da chamada notícia-
espetáculo”. De acordo com os autores, os temas na mídia não são vistos como
problema social, mas como atração para melhorar seus índices de audiência.
2.2. Jornalismo Ambiental no Brasil
Teresa Urban (2006, p. 01) salienta que no Brasil o tema não é prioridade para o
governo, e não há, portanto, incentivo para inserir maiores responsabilidades dentro
da cobertura jornalística sobre o meio ambiente. Essa preocupação é deixada de
lado tanto pelas mídias tradicionais como também por parte do governo. “Não chega
a ser surpreendente que a cobertura seja pontual e praticamente limitada aos
grandes desastres ecológicos”. (URBAN, 2006, p. 01)
No Brasil, o meio ambiente é retratado em alguns programas televisivos como
“Globo Mar”, “Globo Ecologia”, “Globo Ciência”, “Globo Rural”, “Cidades e Soluções”,
14
exibidos na Globo News. No Canal Futura, os programas que discutem o tema são
“Florestabilidade”, “Caminhos da Energia”, “Um Pé de Quê?”. Record News, por sua
vez, são exibidos “Rural”, “Cartão de Visita“ e “Eco Record News”. Na TV Cultura, o
meio ambiente é visto em “Planeta Terra“ e “Repórter Eco“.
Também existem sites especializados no assunto como o EcoAgência,
Agência Envolverde e Jornal Meio Ambiente, entre outros. Há também a Revista
Ecológico, Ambiente Já, O Eco, Ambiente Brasil e Revista Eco 21, entre outros.
Nosso objetivo não é levantar todos os meios jornalísticos que cobrem o meio
ambiente, apenas mostrar que existem plataformas preocupadas com o tema no
país, mas que falta um produto especializado no tema no Paraná, que não só
informe, mas eduque e denuncie os problemas ambientais.
Afinal, no Brasil, o incentivo para jornalistas se especializarem na área
ambiental é deixado de lado e apenas a área da Biologia se atenta a estudar o tema.
Urban (2006, p. 01) explica ainda que “num país desinformado sobre a questão
ambiental, os jornalistas não são exceção. Como em qualquer área fora das
Ciências Biológicas, os estudantes de Comunicação não recebem sequer noções
básicas de Ecologia”3. Para ela, a falta de incentivos e de informações a respeito do
meio ambiente nos meios de comunicação de massa dificultam qualquer
implementação política na educação ambiental. Esta ideia vai de encontro às
“diretrizes estabelecidas pela resolução nº 02/85 do Conselho Nacional de Meio
Ambiente”. (2006, p. 01). Ela critica a falta de informação da sociedade que trata o
assunto como sendo tão distante. A preocupação de problemas ambientais se limita
apenas a casos isolados de desmatamento e poluição de rio, entre outros.
Desprezando, assim, o problema com o lixo gerado pela população nas residências.
O conhecimento e o interesse pelo tema ambiental são culturais e de hábitos.
(Urban, 2006, p. 02)
Essa desinformação contribui para formar, no cidadão comum, a ideia de
que ecologia é assunto distante, coisa do mato, da Amazônia, do alto mar,
em nada semelhante ao esgoto a céu aberto diante de sua casa, ao lixo
jogado no terreno baldio ou na praia, às emanações imperceptíveis da
fabriqueta do bairro, à erosão da lavoura, ao agrotóxico mal aplicado etc.
Por isto, embora exista um sentimento coletivo favorável à proteção do meio
ambiente, ainda está bem pouco associado à mudança de hábitos e
atitudes de cada um ou à luta organizada de todos. (URBAN, 2006, p. 02)
3 Teresa Urban esclarece o trecho em seu artigo “Um novo olhar da mídia sobre o meio ambiente”
(2006).
15
A imprensa brasileira é pobre em questões de preocupação com a informação
ambiental e trata o assunto não com interesse nacional, mas com informações que
vêm de agências de notícias internacionais. Urban (2006, p. 02) reforça essa ideia e
diz que a imprensa no Brasil não trata com atenção e profundidade os problemas
ambientais, e tão pouco, abre para discussões públicas. O assunto apenas ganha
destaque quando acontecem desastres ambientais. A pauta ambiental só é vista
com o lado da tragédia.
As exceções são fruto de um esforço pessoal e isolado. O meio ambiente é
manchete e ganha espaço e tempo na cobertura diária quando acontecem
desastres, ou quando os assuntos repercutem no exterior, como a morte de
um ecologista famoso, as queimadas e os desmatamentos na Amazônia e
na Mata Atlântica. (VILLAR, 1997, apud URBAN, 2006, p. 04)
Na maioria das vezes as pautas sobre o tema também vêm de agências de
notícias. Para Urban (2006, p. 03), os jornais apenas noticiam as tragédias
ambientais que darão audiência. Além disso, para ela, o jornalismo brasileiro não
desvenda as fraudes e os interesses que existem por trás dos órgãos ambientais e
das indústrias, nem se preocupa em debater assuntos como, por exemplo, a falta de
saneamento básico.
No Paraná, o jornalismo ambiental se limita ao debate entre profissionais para
conferências4. Para Roberto Villar (1997, p. 06), a mídia tem grande poder para
abordar assuntos que serão debatidos pela sociedade. O importante é estabelecer
contatos com ONGs e saber o que elas têm a dizer, sem se tornarem assessores de
imprensa deles e entender que esses espaços não governamentais não aprenderam
a debater com os grandes empresários que buscam ocupar grande espaço da mídia.
Os empresários visam conquistar na mídia um lugar para disputar mais
espaço e tempo. Entidades ambientais, como ONGs, por exemplo, são fracas por
não terem conhecimento de como funciona a publicidade em veículos de
comunicação, assim como o processo de produção das notícias. “Por isso, melhorar
a qualidade do jornalismo ambiental não passa apenas pela educação ambiental dos
jornalistas, mas também pela educação jornalística dos ecologistas”. (VILLAR, 1997)
O jornalismo paranaense, assim como o brasileiro, não está preparado para
tratar do meio ambiente na mídia. Falta uma educação ambiental que comece desde
cedo, como hábito e cultura (Urban 2006, p. 04). Além disso, o tema deve ter a
4 Disponível em: <www.conferenciameioambiente.gov.br>. Acesso em: 07/07/2013.
16
mesma relevância que outras editorias dos jornais como política, economia, cultura
etc. O interesse precisa ser adquirido desde o início da vida acadêmica.
O envolvimento pessoal do jornalista também fragiliza a cobertura, uma vez que o assunto passa a ser do "verdinho da redação" liberando os demais profissionais de qualquer compromisso de inserir o viés ambiental em reportagens de economia, finanças, saúde, administração pública etc. Pior ainda, quando não existe um "verdinho de plantão", os temas ambientais somente entram em pauta quando 'ocorre um desastre de grandes proporções. (URBAN, 2006, p. 04)
Este tipo de cobertura não é uma exceção do jornalismo, apenas reflete a
discrepância do conhecimento que começa na universidade e caminha até a
administração pública (Urban 2006, p. 04). O jornalismo ambiental é desprezado
pelos grandes veículos. O tema, pouco debatido e comentado, parte apenas do
interesse individual dos profissionais dentro das redações jornalísticas. Segundo a
autora, existe mais interesse político – e financeiro – em cima do tema, do que
realmente importa para a população.
No site Gazeta do Povo, o maior jornal do estado, somente os blogs “Giro
Sustentável” e “Ir e vir de bike” abordam o tema da sustentabilidade, mostrando
soluções dos problemas ambientais. No site, também há uma página exclusiva com
o nome “Meio Ambiente” dentro do caderno “Agronegócios”.
No jornal impresso, o meio ambiente tem uma página temática que faz parte do
caderno “Vida e Cidadania”, publicada todas as quartas com notícias exclusivas ao
tema. O suplemento semanal “Agronegócios” é publicado todas as terças com temas
voltados ao campo e meio ambiente em geral.
Considerada a capital ecológica do Brasil5, o tema “Meio ambiente” ainda é
pouco divulgado na mídia local. Levando em conta os portais pesquisados e já
citados neste trabalho, a quantidade foi limitada no assunto especializado.
O jornal Gazeta do Povo possui aplicativo do jornal apenas para Tablets, com
versões para sistemas iOS e Android. Porém este aplicativo não está disponível pra
smartphone. O veículo possui ainda os aplicativos “Guia Delivery”, “Restaurante
Week”, “Guia Festival de Curitiba”, “Geocook”, “Prêmio Bom Gourmet”, “Álcool ou
Gasolina”, ambos disponíveis para smartphone e tablets. O jornal Bem Parará online
tem uma página chamada “ciência e meio ambiente”. Outros sites do Paraná
5 Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u4186.shtml> Acesso em:
04/03/2014.
17
também apresentam o meio ambiente como tema recorrente, mas não possuem
páginas.
Este projeto busca resolver o problema da falta de visibilidade das notícias
ambientais unindo a tecnologia mobile, jornalismo, problemas ambientais. Dessa
forma, como é possível informar, formar, educar o leitor curitibano sobre o tema meio
ambiente?
18
3. OBJETIVO GERAL
Criar um site, um aplicativo mobile e integrar às redes sociais Facebook,
Twitter, Youtube e Instagram para informar, educar e formar politicamente
sobre o tema do meio ambiente e da sustentabilidade em Curitiba e região
metropolitana.
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Criar um sistema multiplataforma para o aplicativo, apoiado em redes sociais
(Facebook, Twitter, Instagram e Youtube) e sites como o Google.
Criar um canal de informação para os problemas ambientais de Curitiba.
Orientar os leitores para práticas sustentáveis por meio de notícias e tutoriais
informativos.
Estimular discussões sobre os problemas ambientais.
Servir de meio para que a população possa retratar os problemas ambientais
da região em que vivem.
19
5. JUSTIFICATIVA
Gráfico 1 – Facebook como principal plataforma
Fonte: Scup Ideias/2013
Gráfico 2 – Os benefícios do Facebook
Fonte: Scup Ideias/2013
.
Além disso, em 2013, a rede social chegou a 29,7 milhões de contas brasileiras,
segundo o Socialbakers6, perdendo apenas para os Estados Unidos e superando a
6 Dados de 2012 disponíveis em: <http://www.socialbakers.com/blog/1290-10-fastest-growing-
countries-on-facebook-in-2012>. Acesso em: 05/04/2014.
O Facebook é a principal plataforma:
Para quase 90% dos profissionais
10% não sabem a importância e o futuro da mídia social
Os maiores benefícios do Facebook
Visibilidade da marca
Tráfego para sites
Ideias de melhora em produtos e serviços
Não traz benefícios
Outros
20
Índia. Só por aplicativo, o Facebook chegou a 1 bilhão de usuários apenas no
mobile, segundo matéria divulgada, em março de 2014, na revista eletrônica
especializada em mídia Brainstorm97.
No Brasil, 241 milhões estão no Twitter. Em entrevista à IDGNow8, Guilherme
Ribenboim, diretor-geral do Twitter Brasil, afirma que quase 65% dos acessos vêm
de plataformas móveis e 60% costumam utilizar a rede social enquanto assistem TV
e são os que mais interagem com a rede com tuítes e retuítes.
O Instagram hoje tem 200 milhões de usuários cadastrados, as informações
também são da Brainstorm9. Em 2012, a rede social tinha 80 milhões de usuários, o
crescimento foi de 150% em apenas 24 meses. A rede social das fotos e,
recentemente dos vídeos curtos não para de crescer segundo a Brainstorm9.
Segundo estatísticas do Youtube9, mais de um bilhão de usuários únicos visitam
a página todos os meses. “Mais de seis bilhões de horas de vídeo são assistidas por
mês no YouTube, ou seja, quase uma hora para cada pessoa do planeta. Cem
horas de vídeo são enviadas ao YouTube a cada minuto”, segundo Youtube.
O smartphone já se tornou a primeira tela. É o que mostra o estudo
AdReaction10, da Millward Brown, nos EUA feito com brasileiros, conforme imagem
abaixo.
Gráfico 3 – Smartphone é a primeira tela
7 Disponível em: <http://www.brainstorm9.com.br/46902/social-media/facebook-chega-1-bilhao-de-
usuarios-ativos-via-mobile/>. Acesso em: 05/04/2014. 8 Dados de 2014 disponíveis em: <http://idgnow.com.br/internet/2014/03/19/mais-de-60-dos-usuarios-
do-twitter-no-brasil-sao-moveis/>. Acesso em: 05/04/2014. 9 Informações do Youtube. Disponível em: <http://www.youtube.com/yt/press/pt-BR/statistics.html>.
Acesso em: 05/04/2014. 10
Disponível em: <http://www.millwardbrown.com/adreaction/2014/#/main-content>. Acesso em: 05/04/2014.
21
Fonte: AdReaction/2014
Ou seja, os brasileiros estão gastando mais tempo nos smartphone do que na
TV. As pesquisas acima apresentadas reforçam que há grande impacto das redes
sociais e da ferramenta móvel na sociedade e, por isso, se justifica a escolha de um
aplicativo como produto principal para este trabalho.
5.1. Pesquisa 1
De acordo com a pesquisa, nota-se o interesse das pessoas com o meio
ambiente, mas que sua participação em causas ambientais anda na contramão de
suas preocupações. Segundo o questionário, as pessoas não encontram uma
plataforma que trate apenas de problemas ambientais. Sendo assim, a pesquisa
permite responder ao problema levantado pelo artigo.
Com o resultado dos dados levantados, conclui-se que o Facebook é a rede
social mais acessada pelas pessoas, com 40% do total de respostas. Devido a esse
alto número, essa plataforma terá mais destaque neste projeto.
As pesquisas feitas por meio de questionário quanti-qualitativo com perguntas
abertas e fechadas entre os dias 06/09/2013 e 18/09/2013 foram respondidas por 74
pessoas, sendo 45 mulheres e 29 homens. Dos entrevistados, 54% têm entre 16 e
25 anos, 29% têm entre 26 e 35 anos, 12% têm entre 36 e 50 anos e apenas 5%
dos que responderam têm acima de 50 anos. 57% dos entrevistados possuem
ensino superior incompleto ou estão cursando.
0 20 40 60 80 100 120 140 160
TV
Laptop
Smartphone
Tablet
Minutos
22
Gráfico 4 – Ilustração do nível de escolaridade
FONTE: Formulário Google Docs (2013)
O resultado obtido que mais chamou a atenção foi de que as pessoas se
preocupam com o meio ambiente, mas não leem notícias a respeito do tema por não
existir uma grande visibilidade dos veículos citados na pesquisa a respeito do tema.
Gráfico 5 – Interesse das pessoas pelo meio ambiente.
FONTE: Formulário do Google Docs (2013)
Gráfico 6 – Número de pessoas que se consideram preocupadas com o meio ambiente
FONTE: Formulário do Google Docs (2013)
23
Foi constatado que 72% das pessoas que responderam ao questionário
residem em Curitiba, 9% na região metropolitana da capital paranaense e 19% são
de outras cidades. 85% dos entrevistados disseram se manter informados usando a
internet e plataformas móveis, 8% se informam pela TV, rádio e jornal/revista com 4
e 3%, respectivamente. O portal de notícias mais acessado pelos entrevistados é o
site do jornal Gazeta do Povo, seguido pelo G1 Paraná. Como mostra o gráfico a
seguir:
Gráfico 7 - O maior veículo de comunicação no Paraná para manterem-se informado foi o site do
jornal Gazeta do Povo, seguido do G1 Paraná.
FONTE: Formulário do Google Docs (2013)
O questionário também serviu para descobrir a intensidade de leitura dos
entrevistados. Ao total, 46 pessoas responderam que leem diariamente e 16
pessoas disseram que só leem quando surge algum assunto do seu interesse. Os
assuntos ou editorias mais lidas, segundo a pesquisa são cultura, política e esporte,
respectivamente.
Gráfico 8 – Editorias mais interessantes, segundo pesquisa
24
FONTE: Formulário do Google DOCS (2013)
As redes sociais mais usadas pelos entrevistados são Facebook, com 40%,
seguido do Youtube (26%), Instagram (17%) e Twitter (16%). Portanto, para o “Meu
Ambiente News”, essas redes serão ferramentas fundamentais para a veiculação de
notícias sobre o tema, em conjunto ao site e o aplicativo móvel.
Gráfico 9 – Redes Sociais mais usadas pelos entrevistados
FONTE: Formulário do Google Docs (2013)
Em pergunta aberta sobre os veículos que as pessoas mais se informam sobre o
meio ambiente, a maioria das respostas foi “nenhum” e “não há um veículo
específico”. Não foi citado veículo especializado que aborde exclusivamente
questões ambientais. De acordo com os dados, observa-se a importância e
necessidade de um site e um aplicativo destinado ao tema.
25
Os resultados acima reforçam a necessidade de uma ferramenta ou veículo
voltado exclusivamente a assuntos que abordem o meio ambiente como tema
principal. As redes sociais como, por exemplo, Facebook, Youtube, Instagram e
Twitter foram citadas pelos entrevistados como as mais utilizadas. Por esta razão,
este trabalho se justifica pela escolha do tema, do site, do aplicativo e das redes
sociais. Além disso, o tema “Meio Ambiente” foi considerado, segundo pesquisas,
como o assunto menos discutido pela imprensa, porém de grande interesse da
população. A partir dos resultados da pesquisa, surgiu a oportunidade de abordar o
tema como sendo de grande importância para manter a vida na Terra.
5.2. Pesquisa 2
Com o objetivo de entender como os especialistas veem o tema sendo noticiado
pelos veículos de comunicação, a pesquisa também foi aplicada a pessoas ligadas à
causa. Ao total, seis profissionais, dentre eles Biólogos, Engenheiros Agrônomos,
Professores, Gestores, Jornalistas e Médicos Veterinários.
Foram 10 perguntas abertas. Dentre elas, questionamentos se os entrevistados
possuíam smartphones ou tablets e se seus aparelhos tinham aplicativos. O objetivo
era descobrir como eles buscavam as informações a respeito do meio ambiente.
Apenas um dos entrevistados disse não possuir smartphone ou tablet. Perguntados
sobre as vantagens sociais de um site, um aplicativo e redes sociais voltadas
exclusivamente ao Meio ambiente e Sustentabilidade, os entrevistados apontaram
que as ferramentas poderão ajudar na visibilidade e divulgação das notícias; sendo
canais de fácil uso que gere resultados sociais; troca de informações; facilitação da
comunicação, além de informar, conscientizar e oferecer dicas sustentáveis à
sociedade.
Perguntados sobre como eles viam a cobertura na mídia sobre o meio ambiente,
eles responderam que falta cobertura aprofundada nas matérias e, segundo eles,
elas são fracas, superficiais e parciais. Um dos entrevistados destacou que o tema
“Meio Ambiente” possui pouco espaço na mídia, ou seja, que o interesse é pequeno,
assim como a divulgação. Na pesquisa, outra pergunta com o objetivo de saber se
eles conheciam algum aplicativo exclusivo sobre meio ambiente, a maioria das
respostas foi de FanPages, sites e portais de notícias, apenas um entrevistado citou
o Ecod, aplicativo voltado aos assuntos ambientais e soluções sustentáveis em
âmbito nacional.
26
Para saber como eles se mantinham informados a respeito do tema, foram
citados os jornais e portais: Ambiente Brasil, Eco Debate, Planeta Sustentável, Ciclo
Vivo, Green Nation, O Estado de S. Paulo, Globo News e Portal do Meio Ambiente.
Para eles, a criação de um aplicativo voltado ao tema é de grande importância
para alavancar assuntos que não são debatidos na grande mídia. Com as
ferramentas oferecidas pela multiplataforma, poderão ser aprofundados, e terão,
principalmente cunho educativo, de denúncia e formação de opinião.
Esta pesquisa mostra que não há sites especializados conhecidos, apenas um
aplicativo sobre meio ambiente foi citado por um entrevistado, o Ecod. A pesquisa
aponta também que a mídia não aborda as questões ambientais com atenção, ou
seja, ela é superficial, parcial e sem apuração. Segundo os entrevistados, há pouco
interesse econômico neste tema.
Na tabela a seguir, a entrevista com os especialistas.
27
28
6. REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta etapa do trabalho, discutiremos teorias que compreendem a parte prática
da produção da notícia e da nova maneira de se construí-la nas novas mídias -
sendo elas as redes sociais, sites e por aplicativos móveis. As ideias de Henry
Jenkins com a convergência midiática e as mudanças no que audiência tem
buscado, assim como a cauda longa criada por Chris Anderson e criticada
atualmente pelas lentas mudanças no mundo eletrônico para quem vende na
internet são alguns dos conceitos discutidos nas próximas páginas e que nos
ajudam a consolidar o aporte teórico do trabalho.
Neste tópico também estarão teorias como o Jornalismo Mobile e o Colaborativo,
que explicam como as notícias e os veículos de comunicação precisaram se
readaptar a um formato de consumo de notícia na palma das mãos e à participação
mais aguçada do leitor ou espectador. O Jornalismo 2.0 e suas nuances no novo
modelo de escrita para alcançar e acompanhar o público, assim como a presença do
Jornalismo nas redes sociais são outras discussões relevantes para a construção de
uma plataforma que eduque, forme e informe sobre o meio ambiente. Afinal, é
preciso compreender o crescimento da presença dos veículos nas redes e como
eles aproveitam este espaço para se aproximarem de um público genérico
aproveitando nova linguagem e formato.
Por fim, esta etapa do trabalho também discute Meio Ambiente, Sustentabilidade
e a Agenda 21, pois é preciso deles para entender a importância do tema e a
escolha feita para defender as teorias aplicadas. O Meio Ambiente destacará a
relevância que este tema tem para a sociedade, já a Sustentabilidade se diferenciará
pelos conceitos a serem definidos e as práticas que devem ser inseridas no
cotidiano da população juntamente à informação, formação de opinião e educação.
A Agenda 21 está diretamente ligada aos assuntos ambientais na mídia – e a falta
dela - e os encontros nacionais para discussão do tema e levantar ideias para que a
proposta ambiental não esteja em segundo plano.
6.1. Convergência Midiática
O jornalismo, segundo Henry Jenkins (JENKINS, 2009, p. 27), tem sofrido
mudanças, tanto no âmbito editorial, dentro das redações, quanto fora. O consumo e
o jeito de fazer jornalismo e construir as notícias têm mudado. Além disso, o autor
29
explica como o entretenimento tem dominado os programas televisivos em busca de
audiência, já que as pessoas têm preferido estar na frente de um computador. Cada
vez mais se vê a continuidade na mistura da informação com o entretenimento.
As informações disponíveis na web tornam os riscos de errar cada vez
maiores. Um exemplo dado por Henry Jenkins é o caso do boneco Ignacio,
personagem de Vila Sésamo. Foram feitas montagens ligando o boneco ao líder
terrorista Osama Bin Laden. Mal sabia o diretor do que estaria cometendo ao
imprimir a quantidade de rostos de Bin Laden.
O diretor de Bangladesh procurou na Internet imagens de Bin Laden para
imprimir cartazes, camisetas e pôsteres antiamericanos (...). A imagem
acabou em uma colagem de fotografias similares que foi impressa em
milhares de pôsteres e distribuída em todo o Oriente Médio. (JENKINS,
2009, p. 28)
O que sai da internet e vai para as ruas ou para o contato direto das pessoas,
torna essa realidade ainda mais válida. Jenkins destaca a importância de três fatores
para a sobrevivência de vários meios de comunicação: “convergência dos meios de
comunicação, cultura participativa e inteligência coletiva”. (JENKINS, 2009, p. 29)
Jenkins explica que o termo convergência para ele, é o mix dos conteúdos em
vários tipos de meios, ou seja, nas mais diversas formas de plataformas.
Fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia, à
cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento
migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase
qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam.
Convergência é uma palavra que consegue definir transformações
tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais, dependendo de quem
está falando e do que imaginam estar falando. (JENKINS, 2009, p. 29)
Jenkins (2009, p. 29) defende a ideia de que o telespectador ou o receptor de
modo geral não é apenas mero ouvinte, ele também participa na formação de
determinado produto. Para o autor, esse público é, também um produtor de
conteúdo que ele classifica como uma cultura participativa, em que o receptor expõe
seus comentários e releva a imagem do veículo para si e vice-versa. Ele também se
refere aos possíveis formadores de opinião, que destacam sua vontade acima de
qualquer bem ou mal.
30
Em vez de falar sobre produtores e consumidores de mídia como ocupantes
de papéis separados, podemos agora considerá-los como participantes
interagindo de acordo com um novo conjunto de regras, que nenhum de nós
entende por completo. Nem todos os participantes são criados iguais.
Corporações – e mesmo indivíduos dentro das corporações da mídia –
ainda exercem maior poder do que qualquer consumidor individual, ou
mesmo um conjunto de consumidores. E alguns consumidores têm mais
habilidades para participar dessa cultura emergente do que outros
(JENKINS, 2009, p. 30)
Além disso, os smartphone ajudaram a alavancar a convergência das mídias.
Jenkins (2009, p. 30) narra uma ida à loja para comprar um celular que apenas
servisse para telefonar: ideia primordial dos aparelhos quando surgiram. Os
vendedores riram por seu pedido inusitado. Ele apenas não queria sofrer para saber
em qual botão apertar quando o celular tocasse. Chegou à conclusão que ninguém
mais quer nem comprar, nem vender essa categoria de aparelhos, primeiro por
questões multifuncionais - um celular moderno e que venda, precisa pelo menos ter
acesso a internet -, segundo, não há compra, portanto não há lucro. “Foi uma
poderosa demonstração de como os celulares se tornaram fundamentais no
processo de convergência das mídias”. (JENKINS, 2009, p. 31)
Segundo o autor, os próprios espectadores buscam uma nova maneira de
interagir com várias mídias para que eles possam vir a serem conhecidos ou atingir
a quem desejam com brincadeiras e tentam fazer conexões com vários meios.
Podem servir de exemplo, comentários no Twitter ou Facebook sobre variados
programas televisivos que estão sendo transmitidos naquele momento. As pessoas
querem participar daquele fato e daquele caso momentâneo dando sua opinião,
sendo ela boa ou não. A convergência dos meios está mudando a vida de muitas
pessoas e até transformando os relacionamentos entre pessoas.
A convergência dos meios de comunicação impacta o modo como
consumimos esses meios. Um adolescente fazendo a lição de casa pode
trabalhar ao mesmo tempo em quatro ou cinco janelas no computador;
navegar na Internet, ouvir e baixar arquivos MP3, bater papo com os
amigos, digitar um trabalho e responder e-mails, alternando rapidamente as
tarefas (...). A convergência está ocorrendo dentro dos mesmos aparelhos,
dentro das mesmas franquias, dentro das mesmas empresas, dentro do
cérebro do consumidor e dentro dos mesmos grupos de fãs. A convergência
envolve uma transformação tanto na forma de produzir quanto na forma de
consumir os meios de comunicação. (JENKINS, 2009, p. 44)
31
Jenkins (2009, p. 59) defende a ideia de inteligência coletiva, que é uma
comunidade do conhecimento que existem nas redes online. O autor exemplifica o
comportamento dos fãs de Survivor, que criaram uma comunidade para discutir o
que aconteceria no programa. Essas comunidades, teoricamente, serviriam para
debates políticos, econômicos que abordam questões futuras. O autor lamenta que
as pessoas prefiram articular e saber o que se passa nos bastidores dos programas
de entretenimento e chegam a abandonar questões de interesse público de cunho
social. “Não quero parecer endossar a velha ideia de que as atividades dos fãs é
uma perda de tempo, pois redireciona energias que poderiam ser empregadas em
coisas sérias, como política, para ocupações mais triviais”. (JENKINS, 2009, p. 59)
Segundo o autor, um reality show se aplica exatamente à cultura da
convergência: um programa televisivo, que refletia em debates online, na união e na
formação de comunidade do conhecimento ou inteligência coletiva, formada por fãs
alucinados por Survivor. Um exemplo é a descoberta de um esboço pelos fãs,
quando o produtor do reality show dá entrevista a um programa de televisão.
Portanto, a teoria da convergência explica a nova realidade no modo de
produzir e consumir conteúdo. De acordo com pesquisas já mostradas neste
trabalho11, o smartphone se tornou a primeira tela. Isso mostra que a participação
dos telespectadores está além da TV. Essa teoria é fundamental para este projeto,
que busca viabilizar uma ferramenta multiplaforma em que serão utilizados suportes
para serem visualizados em diferentes meios como, o site, redes sociais, tais como
Facebook, Twitter, Instagram e Youtube e pelo aplicativo disponível para
smartphone e tablets.
6.2. Cauda Longa
Nos Estados Unidos, a mídia de massa e a indústria do entretenimento foram
responsáveis pelo sucesso da música, cinema e televisão. A cultura de massa
elevou o número de vendas, audiência e bilheteria de artistas. Estes últimos eram
produtos criados para obterem sucesso e, acima de tudo, lucro, ou seja, os artistas
eram produtos vendidos para que os produtores culturais lucrassem com eles. Essa
prática surgiu com as estrelas de Hollywood, há oito décadas, e imergiu por todos os
cantos do comércio, atravessando a fronteira do mundo da cultura (ANDERSON,
11
Ver página 21.
32
2006, p. 5). No entanto, essa “tática” não demorou em apresentar as primeiras
consequências advindas com as novas tecnologias. Para alcançar os números e
vendas, como nas décadas passadas, os produtores precisaram reinventar seus
produtos e criar novas formas de venda e divulgação.
Após esse período, as redes de televisão viram sua audiência cair de maneira
drástica e passaram a sofrer com a forte concorrência dos canais a cabo e da
internet. Segundo Anderson (2006, p. 10), a partir de então, o mercado seguiu os
passos a caminho de uma segmentação cada vez maior, o que dividiu a audiência e
o consumo em parcelas sedimentadas, ou como o autor define como “produtos de
nicho”. Dessa forma, uma nova maneira de pensar começou a ser estudada para
atrair a atenção do público para as novas mídias. A ideia de cauda longa tem a ver
com a economia da abundância, o que acontece quando a oferta e demanda em
nossa cultura começam a diminuir e todos têm fácil acesso a qualquer tipo de
produto. (ANDERSON, 2006, p 11)
As pessoas se tornaram mais exigentes com os padrões de consumo. O
mercado aos poucos teve que se adequar a esses novos perfis de consumidores.
Pode-se usar como exemplo os chamados filtros da internet (ANDERSON, 2006, p
12). Esta ferramenta dá ao consumidor uma resposta contendo todos os sites que
apresentam conteúdos iguais ou semelhantes com a palavra buscada, como é o
caso do Google. O autor faz um alerta a essa grande demanda de buscas, segundo
ele, a cauda longa pode ficar comprometida por conta dos ruídos, denominados
conteúdos de má qualidade. Nesse contexto os filtros têm um papel primordial para
que o internauta, ao acessar a web, não encontre esses tipos de conteúdos e
desista de efetuar uma compra, por exemplo. Os consumidores almejam dois tipos
de foco na procura por serviços prestados na internet: a necessidade e o desejo. O
primeiro consiste no objetivo de procurar algo específico que só irá encontrar nas
páginas da web. Já o desejo é tratado como um incentivo na busca por coisas
novas: a música, por exemplo. Ela é, segundo o autor, constantemente buscada na
internet e está disponível em excesso na rede. Há conteúdos de graça, pagos e para
todos os tipos de públicos. Estamos exatamente na curva da Cauda.
Em entrevista à Época, Chris Anderson12 (2006) se apropria da ideia de que a
"cultura e economia atuais estão transformando o mundo e o foco dos hits - produtos
12
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR75221-5856,00.html>. Acesso em: 25/02/2014.
33
que vendem muito no grande mercado - para um grande número de produtos de
nicho" (ANDERSON, 2013). Nessa nova era da internet, lugar em que é possível
fazer download de tudo - ou quase tudo, instantaneamente e de graça, para
Anderson, o que dá certo são os produtos que estavam escondidos nas prateleiras.
O editor-chefe do Wired, explica que "a importância de oferecer itens tanto da
Cabeça quanto da Cauda é a possibilidade de começar no mundo já conhecido
pelos clientes: produtos familiares que exploram um espaço definido", ou seja,
informações e conteúdos disponíveis e ilimitados na curva da Cauda. Porém,
Anderson cita um pequeno contratempo entre o fornecedor e o consumidor,
consequência da quantidade de informações disponíveis.
Os comerciantes que têm apenas os produtos que se concentram na
Cabeça da curva logo descobrem que os clientes querem mais do que lhes
está sendo oferecido. Já os comerciantes que dispõem os produtos que se
espalham pela Cauda da curva também constatam que os clientes não têm
ideia de onde começar suas escolhas. (ANDERSON, C. p. 102, 2006)
A coletividade é um fator fundamental para a boa convivência no mundo da
Cauda, segundo ele, "somos uma espécie gregária e, às vezes, gostamos de fazer
certas coisas com outras pessoas. Sentimos conforto nos grupos e as experiências
compartilhadas nos tornam mais próximos". (ANDERSON, 2006, p. 102)
Perguntado pela revista Época13 como ele vê a tecnologia daqui para frente,
Anderson acredita que "a internet das coisas finalmente sairá do papel. A tecnologia
dos smartphone, com chips baratos e poderosos, pode ser aplicada a qualquer
objeto". Ele acredita na realidade de estarmos cercados por "dezenas de mini
telefones ao nosso redor”. (ANDERSON, 2013)
Tudo pode ser inteligente e conectado. O excitante é que não sabemos o
que acontece a partir daí. Se você me perguntasse, em 1982, como seria o
futuro dos computadores, nunca conseguiria imaginar que inventaríamos a
internet e pessoas colaborando pela rede em comunidades on-line.
(ANDERSON, 2013)
Na prática, os mercados de nicho estão onde sempre estiveram e não saíram
do lugar. Foi o que Ana Luiza Leal escreveu para a revista eletrônica Exame14.
Segundo ela, Anderson prometeu um imenso mercado para pequenos
13
Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2013/01/chris-anderson-revolucao-da-internet-chegara-manufatura.html>. Acesso em: 25/02/2014. 14
Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1059/noticias/o-nicho-ainda-e-nicho>. Acesso em: 09/04/2014.
34
empreendedores, mas oito anos após essa novidade, pouca coisa mudou. No
mercado da música, os produtos estão, em sua grande parte, na App Store. O
contrário do que previa Anderson.
Apesar do aumento na oferta, as vendas de itens como música e aplicativos continuam concentradas nos campeões de venda. O nicho continua onde sempre esteve. Na Apple Store, loja de aplicativos da Apple, 25 itens respondem por 57% das buscas. (LEAL, 2014)
Para a professora e pesquisadora da Universidade de Harvard, Anita Elberse,
em entrevista ainda à reportagem da Exame, os casos de sucesso continuaram
sendo empresas que investem alto em poucos lançamentos por serem o mais
seguro. A Apple é o caso mais exemplificado. Para ela, filmes como Harry Potter e
Gravidade, por exemplo, foram sucesso de bilheteria por não estarem no mercado
tão segmentado como defende Anderson, o estúdio Warner Bros investiu nestes
filmes um terço do orçamento para cinco dos 25 filmes que lançava por ano. “Lançar
menos produtos garante escala na hora de desenvolver, divulgar e vender.
Customizar custa caro e dá trabalho, e nem sempre o retorno compensa. Isso em
qualquer setor”, escreve a jornalista.
A web mudou a maneira das pessoas consumirem conteúdo ou qualquer tipo
de informação. Temos produtos e serviços para todos os tipos de compradores com
estoque ilimitado, já na loja, o vendedor arrisca-se a colocar apenas o que ele
aposta que terá maior número de vendas, ou seja, na internet estamos vivendo na
curva da Cauda Longa, lugar onde há espaço para todos.
Portando, neste trabalho, a teoria foi essencial para a escolha deste produto.
Afinal, precisamos estar na internet porque a audiência está lá, conectada por fluxos
de interesses e diferentes filtros. Entender o funcionamento desses fluxos pode ser a
maneira mais fácil de atingir esse consumidor de informação.
6.3. Jornalismo 2.0
O termo web 2.0 define a participação dos internautas na rede mundial de
computadores. Esse conceito surgiu após a expressão web 1.0, que descreve as
limitações e aspectos da criação da internet. (BRIGGS, 2007, p. 27)
Com o desenvolvimento e os avanços das novas tecnologias surgiram outras
ferramentas virtuais para disseminação da informação, sobretudo no jornalismo.
Essas inovações transformaram a web numa comunidade aberta, em que a partir de
então, se possibilitou a colaboração do internauta. Dessa forma o usuário passou a
35
ter mais liberdade diante da participação na web. Briggs (2007) afirma que nessa
fase os editores da web estão criando plataformas ao invés de conteúdo. Segundo o
autor, são os usuários que estão criando conteúdo. Briggs considera ser comum
para os jornalistas dessa época fazerem uso de sites como “Wikipédia”, “MySpace” e
até atual rede social “Youtube”. Estas ilustram o poder da web 2.0, principalmente
para usuários comuns da web que estão sendo impulsionados por ambos os
princípios desta nova era da internet. (BRIGGS, 2007, p. 28)
A web passa então a deixar de ser apenas um acúmulo de conteúdo de
informações sem interação e inicia-se na web 2.0 a rede nos moldes de plataformas
de conteúdo.
Web sites que não são mais depósitos isolados de informação com canais
de comunicação de uma só via (um entre muitos), mas que, ao invés disso,
são fontes de conteúdo e funcionalidade, tornando-se assim plataformas de
computação para oferecer aplicativos da web aos usuários finais. (BRIGGS,
2007, p. 28)
Pode se considerar o modelo de web 1.0 com uma configuração passiva de
propagação de conteúdo, em que as notícias eram postadas para serem lidas, sem
qualquer tipo de interação virtual com o leitor. Diferente da web 2.0 que permite aos
internautas que produzam, compartilhem, colaborem e até criem seu próprio
conteúdo. Criam-se então sites e comunidades voltados especialmente para reunir o
conteúdo produzido pelos participantes da rede. Entre as principais, podemos
destacar o “Wikipédia”, “MySpace”, “YouTube” e “Flickr”. Nessas redes sociais, se
aplica um modelo de comunidade em que todos têm acesso ao conteúdo produzido
por um participante. “(...) Sites e redes de compartilhamento de vídeos, como o
YouTube, criaram sofisticados armazéns de estocagem de conteúdos, sem nunca
terem desenvolvido conteúdos próprios (…)”. (BRIGGS, 2007, p. 28)
O Google é uma das principais ferramentas que colaborou para a expansão
da web e com o surgimento do 2.0. O buscador de conteúdo surgiu com a intenção
de ser um mecanismo de busca por palavras-chave. Mais tarde, no ano de 2003, o
site lançou o “AdSense”, ferramenta utilizada para arrecadar dinheiro através de
anúncios publicitários nos sites.
Um anunciante escolhe uma palavra-chave ou termos de busca e passa
para o sistema quando ele vai pagar se um usuário do Google clicar em
seus anúncios. Quando um usuário realiza uma busca com aquele termo de
36
busca, a publicidade dos anunciantes aparece. Se o usuário clicar nela, aí o
Google cobra do anunciante. (BRIGGS, 2007, p. 29)
Outra ferramenta bastante utilizada na web 2.0 é o Google Maps, serviço
muito usado pelos jornalistas na produção de notícia. O Jornalismo 2.0 se aplica ao
trabalho porque explica a mudança contínua do novo formato de trabalho dos
jornalistas, que hoje está presente até nas redes sociais.
6.4. Jornalismo Mobile
Passados os primeiros anos do surgimento da internet, como discutimos
anteriormente, a internet passou a estar presente em novos suportes eletrônicos.
Dessa forma, sua utilização não mais se restringiu apenas ao computador. Esses
novos suportes, como smartphone e tablets, foram responsáveis pelo surgimento de
novas plataformas de comunicação, como os aplicativos, popularmente chamados
de apps. A partir da criação desses aparatos tecnológicos novas formas de produzir
e consumir jornalismo foram desenvolvidos. Hoje, é comum indivíduos consumirem
notícias por meio de uma pequena tela móvel.
“Os estudos da comunicação móvel tem se expandido por várias áreas
(exemplo da sociologia, comunicação, cibercultura, estudos culturais e
outras), fomentados por práticas oriundas da emergência das novas
tecnologias móveis digitais76 e das conexões sem fio77, originando novos
fenômenos comunicacionais”. (LEMOS, JOSGRILBERG, 2009)
Apesar das inúmeras inovações tecnológicas, o conteúdo em formato audiovisual
ainda é pouco explorado nesses novos suportes. A falta de planejamento jornalístico
na organização do conteúdo é um problema enfrentado pelo “boom” tecnológico no
jornalismo multiplataforma. (BARBOSA, 2013, p. 257)
A convergência digital, sobretudo o novo estilo de se fazer jornalismo,
transformou a maneira de pensar e produzir conteúdo para os dispositivos móveis.
O texto jornalístico sofreu mudanças durante o processo de produção de notícias
devido ao aumento no número de consumo de informações em smartphones e
tablets. Entre essas mudanças podemos destacar o tamanho do texto jornalístico,
que passou a ser mais objetivo e curto. A linguagem passou a ser mais simples e
informal, utiliza-se mais de recursos visuais: gráficos, imagens e arte, do que
propriamente textos. “O acesso à informação a partir dos dispositivos móveis tem
todas as vantagens oferecidas pelos webs jornais que permite ainda efetuar um
37
consumo mais personalizado” (Canavilha, 2013, p. 01). As mudanças fizeram os
profissionais produzirem um conteúdo adaptado para esses meios.
No entanto, esses novos “meios” criaram um mercado lucrativo e veloz. A
cada nova atualização surgem novas maneiras e métodos para a utilização desses
recursos tecnológicos. (BARSOTTI, AGUIAR 2013. p. 297)
(...) A interação do leitor com tais máquinas com telas sensíveis ao toque
exige que os jornalistas reorientem o processo de produção da informação
jornalística na direção a uma pedagogia de movimentos para se comunicar
com seu público, numa atmosfera que conduz à exacerbação das sensações
e do infoentretenimento. (BARSOTTI, AGUIAR, 2013, p. 297)
Os dispositivos móveis mudaram não só a configuração da maneira de
produzirx como também de consumir. O simples fato de ter a informação na palma
da mão gera mudanças, uma vez que a informação é adquirida de modo
instantâneo. Essa rede mundial de computadores cria, assim, um grande banco de
informações. O autor descreve que “não há dúvida de que as telas sensíveis ao
toque rompem com padrões tanto na emissão quanto na recepção do conteúdo (...)”.
(BARSOTTI, AGUIAR, 2013, p. 299)
Desde a invenção do jornalismo digital configuram inúmeras maneiras no
modo de produzir e consumir notícia. A recepção do leitor nesses meios
tecnológicos desenhou um novo jeito de visualizar a informação. Os dispositivos
móveis moldaram a relação “público e leitor”, fazendo com que ambos fiquem mais
próximos.
Para se comunicar com seu público, os jornalistas precisam lançar mão de
uma pedagogia de movimentos, guiando os gestos do leitor em sua
interação homem-máquina. A postura de leitura que emerge com os tablets
exige que o leitor abandone a navegação até então apoiada pelo mouse em
computadores. Em vez do acessório, é agora o movimento com o dedo
sobre a tela que indica o caminho de navegação desejado, tornando mais
íntima a relação do homem com a máquina e trazendo novos desafios para
os produtores de conteúdo para tais dispositivos. (BARSOTTI, AGUIAR,
2013, p. 305)
Para os autores, acrescenta-se a memória e a instantaneidade como uma das
características exclusivas do jornalismo online. Segundo Barsotti e Aguiar (2013, p.
300), a internet é um campo ilimitado para postagens, publicações de conteúdo e
armazenagem com espaço inacabável de informações que podem ser recuperadas
38
a qualquer momento pelo produtor e pelo usuário, “além de multimidialidade,
hipertextualidade, interatividade e customização de conteúdo (...)”. (2013, p. 300)
Para abordar o jornalismo mobile é necessário entender o conceito de
mobilidade. O termo empregado aqui pode ser compreendido como uma conexão
entre seu aspecto físico informacional. (JOSGRILBERG, 2009, apud, LEMOS, 2008,
p.70)
Dessa forma, podemos considerar a mobilidade como uma nova concepção
da produção jornalística. Essas mudanças acompanham o processo de digitalização
oriundos da proliferação da informática (LEMOS, JOSGRILBERG, 2009, p.71). No
entanto, essas mudanças não interferiram apenas nos moldes da produção da
notícia, mas também na maneira de transmissão. A informação passa a ser
processada e distribuída de maneira instantânea através da rápida capacidade de
digitalização, compartilhamento, armazenamento e distribuição. (LEMOS,
JOSGRILBERG, 2009, p. 73)
6.5. O Jornalismo nas Redes Sociais
A presença de jornais noticiosos em redes sociais tem crescido constantemente
a cada ano, segundo o Webinsider15, porém ainda precisam desenvolver uma
linguagem mais informal para a interação com os leitores e com o novo público a ser
alcançando. “Pesquisa revela que os principais portais de notícias do país usam as
redes sociais (...), interagem pouco com os seus leitores e não desenvolveram uma
linguagem própria para este espaço”.
O número de utilizadores de redes como o Twitter e o Facebook permitem equacionar questões fundamentais no jornalismo como o relacionamento com as fontes, a ampliação, valorização e distribuição de conteúdos, a fidelização dos leitores e a velocidade informativa. No caso particular do Facebook, a utilização do Facebook pelos media é um dado adquirido, nomeadamente como agregador de notícias, como plataforma de difusão de informação e até como uma forma de captar leitores. (Rodrigues apud Aroso, p. 06, 2011)
A participação ativa dos leitores na internet facilita colocar em prática o novo
modelo de fazer jornalismo nas redes sociais. Nesse momento, pode-se incluir o
“mass self comunication”, um conceito criado por Manuel Castells (Castells, 2009
15Texto disponível em <http://webinsider.com.br/2011/01/18/jornais-brasileiros-engatinham-nas-redes-
sociais/> Acesso em 18/09/2013.
39
apud Aroso, p. 06, 2011) que define a intercomunicação individual como produção
de comunicação de massa recebida individualmente, ou seja, segmentada. Para
Canavilha este é um novo ecossistema midiático na internet, em que é necessária a
adaptação dos jornalistas por uma rápida evolução no modelo de noticiar.
Com o crescimento acelerado dos Social Media, os meios de comunicação tradicionais estão tratando de adaptar-se a este ecossistema midiático em rápida evolução, otimizando seus lugares na web para potencializar a divulgação das notícias e oferecendo espaço para comentários”. (Canavilha apud Aroso, p. 06, 2011).
A presença e interação jornalística com as redes sociais ainda não permite uma
resposta concreta. Neste trabalho, a presença das redes sociais exercerá um dos
papéis fundamentais para divulgar o tema “Meio Ambiente”. Como Aroso defende,
as redes são, hoje, ferramenta essencial para se chegar ao maior número possível
de pessoas, seja ela ligada à causa ambiental ou apenas curiosa.
6.6. Meio Ambiente
O meio ambiente, segundo o Ministério da Educação, é considerado um dos
principais temas estudados para o desenvolvimento da formação da população em
todo o planeta. Dentro desse contexto, a educação ambiental tem como base
mostrar à sociedade que dependemos diretamente do meio ambiente para
sobrevivermos, ou seja, dificilmente conseguiríamos ter uma vida saudável sem
poder respirar ar puro, ou até mesmo usar água não potável. Mas para evitar que
esse tipo de problema aconteça, nós, seres humanos, precisamos modificar o nosso
modo de pensar no Meio Ambiente. Isso pode ser mudado em pequenos gestos
como jogar um papel no lixo ou até mesmo na gestão de programas ambientais em
grandes empresas.
Segundo Suzana Padua (PADUA, p. 51) O Brasil é considerado um dos países
em que há mais riqueza de natureza concentrada. Entretanto, o tamanho da perda
ambiental vem aumentando gradativamente. A autora Suzana Machado de Padua
destaca, em seu livro “A importância da educação ambiental na proteção da
biodiversidade no Brasil”, o valor da educação ambiental na sociedade.
Há muito tempo o Brasil vem percebendo a importância da educação
ambiental. Durante o fórum paralelo da Rio-92, foi elaborado o documento
que trata da educação ambiental na sociedade. Um dos princípios é de que
essa educação deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em
40
qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal ou informal, promovendo a
transformação e a construção da sociedade. (WWF/ECOPRESS, apud
PADUA, 2000, p.51)
Segundo a autora, para que a população possa ter uma participação ativa
nesse processo de transformação, é necessário obter trabalho coletivo, sempre
respeitando a opinião de todos. “Em todo o processo é de fundamental importância o
respeito ao outro, a atenção à opiniões diversas e a valorização de culturas”.
(PADUA, 2000, p. 53)
Já o escritor José Paulo Silveira, destaca que o processo em prol do
desenvolvimento sustentável brasileiro, realizado nos dias de hoje pode ser
considerado um exemplo de diversificação e riqueza ambiental para o restante do
mundo. “Dificilmente países em desenvolvimento poderão encontrar experiências
tão ricas e diversificadas, em torno da busca do desenvolvimento sustentável, nos
tornamos um laboratório na construção desse sistema”. (SILVEIRA, p.15)
Portanto, nota-se a importância em abordar o meio ambiente no cotidiano da
sociedade, visando a qualidade de vida da população, por meio de projetos
sustentáveis, para que possam servir como um alicerce para gerações futuras.
6.7. Sustentabilidade
Uma definição para o termo sustentabilidade, segundo o relatório de
Brundtland, é "o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias
necessidades." (BRUNDTLAND, 1988).
A sustentabilidade está inserida no meio ambiente, com a preocupação de
atender as necessidades humanas e animais sem prejudicar o ambiente em que se
vive, guardando-o para o uso das próximas gerações. São métodos e técnicas que
devem ser usadas sem agredir o meio ambiente.
O termo tem sido usado também como estratégias mercadológicas e
financeiras, visto que grande parte de empresas como “Natura” e “O Boticário”, por
exemplo, deixam explícito o respeito pela natureza. Criou-se a política de
sustentabilidade em várias organizações: sustentabilidade social, consciência
sustentável e estilo de vida sustentável.
41
6.8. Agenda 21
Segundo informações disponibilizadas no portal do Ministério do Meio
Ambiente16, a Agenda 21 teve seu firmamento no ano de 1992, na cidade do Rio de
Janeiro, no evento chamado RIO-92. O projeto nasceu por meio da união de 179
países, que engajados, tinham o objetivo de constituir um novo modelo de
desenvolvimento socioeconômico e ambiental com a proposta de não afetar o meio
ambiente, visando uma melhor qualidade de vida à sociedade.
Considerada como um dos maiores acordos de sustentabilidade firmados até
hoje, a Agenda 21 se destaca também como uma aliada governamental na
elaboração de incentivos de políticas públicas, proporcionando um processo
colaborativo entre sociedade e governo, para a resolução de problemas encarados
no dia a dia da população como saneamento básico, lixo e moradia, entre outros.
Em julho de 2002, o Brasil apresentou sua versão nacional da Agenda 21,
que tinha como um dos principais temas a Sustentabilidade nas Cidades. O foco
estava centrado em reorganizar todo o sistema de gestão fazendo com que as
cidades de pequeno porte fiquem ligadas diretamente por meio de um sistema de
informação com as cidades maiores a fim de realizarem grandes projetos ambientais
com subsídio menor. Diante disso, a Agenda 21 brasileira sugere, por meio de uma
construção coletiva, a retomada de um plano de estudos estratégicos e
multisetoriais.
De acordo com o ex-Ministro Everton Vieira Vargas, em seu livro “A década
da Agenda 21”, o Brasil foi o país que se destacou na transparência e execução dos
projetos.
A comissão da Agenda 21 instalada no âmbito do Ministério do Meio Ambiente realizou consultas nos 27 Estados brasileiros e promoveu cinco reuniões regionais com o objetivo de alavancar e consolidar propostas de um documento final que irá servir de base para a sustentabilidade no país. (VARGAS, 2013, p. 01)
Ao todo, 34 capítulos fazem parte da Agenda 21, todos com características
diferentes, mas com o mesmo objetivo em melhorar o desenvolvimento sustentável.
Para Machado (2012), a educação ambiental é a maneira mais correta para
preservar os valores e respeito ao meio ambiente. Isso inclui o “respeito pela
diversidade cultural e biológica”, tornando assim, harmoniosas a convivência com
diversos costumes.
16Disponível em: <www.mma.gov.br>. Acesso em: 23/10/2013.
42
Uma crítica de Veiga (2010) diz respeito ao uso e ao aproveito financeiro de
acordo com o crescimento econômico usando as artimanhas da sustentabilidade,
que acontecem. Segundo ele, o crescimento econômico e o desenvolvimento social
estão diretamente ligados à sustentabilidade.
O autor defende a ideia de que deixar o carro na garagem de casa e sair de
transporte público ou de bicicleta, aproveitar a água da máquina para lavar a
calçada, economizar água no banho etc, são atitudes extremamente importantes,
mas muito restritas a pouca parte da população, principalmente por questões
culturais.
43
7. METODOLOGIA
Para justificar e embasar o presente trabalho foram desenvolvidas três formas de
pesquisa: quanti-qualitativa, qualitativa e bibliográfica. As pesquisas quanti-
qualitativas foram realizadas por meio de um estudo exploratório.
a) Pesquisa quanti-qualitativa17
Um questionário online do formulário do Google Docs com 19 perguntas abertas
e fechadas foi aplicado de 6 a 17 de setembro de 2013. O objetivo foi levantar
informações sobre consumo de notícias relacionadas ao meio ambiente em Curitiba
e o interesse da população a respeito do tema, assim como os jornais mais lidos
pelos entrevistados.
A pesquisa teve como objetivo saber quais redes sociais e meios de
comunicação são mais utilizados, além da periodicidade em que essa demanda
acontece. A pesquisa foi divulgada pelo Facebook e foram coletadas, no total, 74
respostas.
De acordo com as editorias dos jornais, buscou-se saber quais os temas de
maior interesse pelos entrevistados, como, por exemplo, cadernos de política,
esporte, cultura, economia e meio ambiente, entre outros.
b) Pesquisa qualitativa
Um questionário aberto enviado por e-mail a várias instituições públicas e
privadas, ONGs, jornalistas e defensores ambientais, foi respondido por 6 deles. As
perguntas tiveram como objetivo saber como eles veem o tema meio ambiente
sendo noticiado pelos meios de comunicação, por quais jornais ou portais se informa
sobre o tema e se conheciam algum aplicativo ou outra ferramenta específica.
c) Pesquisa bibliográfica
O meio ambiente é o tema principal deste trabalho. Nesse contexto foram
pesquisadas assuntos como educação ambiental, sustentabilidade e Agenda 21.
Para a definição do conceito de sustentabilidade, foi estudado o relatório da ex-
ministra norueguesa, Brundtland (1988) que teve como objetivo desenvolver práticas
17
Conforme visto da Justificativa, entre as páginas 21 e 25.
44
de como usufruir dos recursos naturais sem prejudicar o meio ambiente para as
gerações futuras.
Para delimitar e fundamentar teoricamente o trabalho foram pesquisados
estudiosos do jornalismo ambiental para buscar a definição como Urban (2006),
Bueno (2007), que foram fundamentais para a definição do conceito de jornalismo
ambiental.
A respeito do tema no Paraná, assim como Urban (2007), Villar foi um importante
teórico para a problematização do assunto. Outro ponto fundamentado no trabalho
foi o jornalismo colaborativo que já era praticado, segundo Zanotti (2010), antes
mesmo da chegada da internet, mas que cresceu após as inovações tecnológicas e
a ascensão da internet nos últimos anos.
A teoria da cauda longa é defendida por Zanotti (2010) e por Anderson (2006),
quando se pensa no jornalismo feito por um modelo de construção praticado por
amadores, como, por exemplo, no surgimento de blogs, redes sociais e demais
espaços online com o objetivo de contribui com algum tipo de informação. Segundo,
eles o surgimento da internet e o excesso de informações disponíveis mudou a
maneira das pessoas consumirem conteúdo ou qualquer tipo de informação. Temos
vários produtos e serviços para todos os tipos de compradores, há um mercado de
nicho, ou seja, produtos personalizados para públicos variados.
Para analisar essas novas configurações do jornalismo, este trabalho se
apropriou dos estudos de Belochio (2008) para abordar as consequências do novo
modo de fazer jornalismo na era digital.
O uso da tecnologia é uma ferramenta que proporciona maior interação entre
colaborador e o mediador. A utilização de ferramentas mobile é fundamental para o
desenvolvimento da convergência da mídia. Para entender a ligação entre ambos os
lados, Canavilha (2013) serviu de referência para discussão do tema no presente
trabalho. Consequência dessas novas ferramentas surgiu o que classificamos nesse
trabalho como jornalismo colaborativo, utilizado pelas ideias de Barbosa (2013) que
crítica à falta de organização e planejamento do conteúdo jornalístico dentro das
redações.
As novas tecnologias acarretaram no que podemos nomear de convergência
digital. Essa convergência modificou a maneira de pensar e produzir jornalismo.
Para entender essas mudanças, as teorias de Barsotti e Aguiar (2013) foram
estudadas. O uso dos dispositivos móveis implicou na mudança do modelo de fazer
45
jornalismo, como links em textos, multimidialidade e uma nova relação “público-
leitor”, como eles defendem.
Sobre as mudanças internas e externas nas editorias provocados pela
convergência midiática, as pesquisas de Jenkins (2009) foram estudadas para
definir e explicar como essas alterações influenciaram no novo modo de fazer
jornalismo. O autor norte-americano defende a ideia de que o telespectador não é
mais apenas um receptor de conteúdo, mas também participa da produção, interage
e reage diretamente com o conteúdo que consome. Exemplos dados por ele são as
influências dos novos aparatos tecnológicos. Ele defende que os assuntos
polemizados nas redes sociais vão para as ruas em caráter construtivo. Um exemplo
próximo e vivido nos últimos meses de 2013 foram as manifestações contra o
aumento da passagem. Tendo em vista as teorias levantadas por Jenkins, as
influências da convergência midiática influenciam dentro das redações.
46
8. DELINEAMENTO DO PRODUTO
8.1 Nome
A escolha do nome foi a partir do foco principal deste trabalho que é meio
ambiente. Escolhemos a palavra “meu” para dar a impressão de proximidade e de
coletividade, juntando o “Meu” com o “Nosso”, usado em algumas postagens e
matérias do site e nas redes sociais. A adesão ao termo “News” foi escolhida pela
quantidade de programas, jornais sobre notícias que têm em suas marcas o nome
“News”. Além disso, o “news”, em inglês, significa notícias. O objetivo era deixar a
marca autoexplicativa de que o “Meu Ambiente News” se refere à notícias
ambientais.
Pesquisamos a existência do nome no www.registros.br e não foi encontrado
nenhum site ou outro produto com a marca “meuambientenews.com.br”.
8.2. Logo e Identidade Visual
A criação da logo foi desenvolvida pela própria equipe, especificamente, por
Evelyn Arendt, que já tem conhecimento razoável em Photoshop. A escolha da fonte
foi resultado de pesquisas e referências de posts no Facebook, principalmente em
datas sazonais sobre o meio ambiente, sem ter alguma referência específica. Foram
várias tentativas até chegar ao modelo atual com fontes curvadas - que dão a
impressão de manuscrito. A escolha das cores foram referências de diversas
pesquisas sobre meio ambiente, que eram verdes e cores claras. A escolha do
amarelo, que está no avatar do Facebook, se deu pela escala de combinações. A
árvore que substitui a letra “t” do “Ambiente” é apenas uma marca, para designar
ambiente ao termo. A escolha por uma arte mais clean ou flat também presente
neste trabalho, foi em referências de templates disponíveis no App Previewer e no
Wix, lugar onde hospedamos nosso aplicativo e site, respectivamente.
8.3 Planejamento
O projeto pretende servir de multiplataforma digital para divulgar os problemas
ambientais de Curitiba às ONGs, ativistas e população curitibana em geral. As
47
ferramentas utilizadas serão um site, aplicativo para iPhone, iPad e sistemas
Android e redes sociais como Facebook, Youtube, Instagram e Twitter.
Nesse contexto colaborativo, entendemos que o nosso leitor terá uma
participação ativa na exploração de dados para a criação das matérias, utilizando
produtos como fotos e vídeos, por meio das redes sociais. Acreditamos que dessa
parceria entre o profissional e o público colaborador, possamos abranger o maior
número possível de denúncias envolvendo problemas ambientais.
Além da colaboração com a população, nossa equipe realizará um trabalho
campal em boa parte das situações abordadas, com o objetivo de levar ao o nosso
público um material de credibilidade com qualidade na informação transmitida.
Dessa maneira, iremos aos locais indicados pela população para divulgar as
denúncias.
8.4 Plataforma
O aplicativo centraliza as informações como conteúdos de texto, audiovisual
mapas e redireciona com links para a página das redes sociais e do site. No
aplicativo, o conteúdo pode ser compartilhado nas redes. O foco no aplicativo está
na geolocalização, conteúdos de texto e audiovisuais. Nele, registraremos no mapa
qual o local de alguma denúncia e de outra informação como locais para coleta de
lixo eletrônico, locais que servem alimentos orgânicos em Curitiba, entre outros. O
aplicativo é grátis e, para ser baixado, o usuário precisa instalar o “App Previewer”,
disponível gratuitamente na loja online da Apple e do Google. Essas informações
estão melhores explicadas na aba “Aplicativo”18 e há um tutorial para facilitar o
acesso a ele. Assim que baixado o aplicativo, será preciso fazer login com uma
conta específica no Gmail com o usuário: [email protected] e a
senha: jornalismoambiental e entrar. Para o aplicativo estar disponível na App Store
e no Google Play é preciso pagar mensalmente R$169,00. A equipe, futuramente,
pensa em dar continuidade a este projeto, pagando e praticando melhorias nos
produtos desenvolvidos, aumentando a equipe e contando com a ajuda de pessoas
que entendem do assunto. (Ver anexo 10.1)
18
Link para o Aplicativo: <http://tccjornalismoambie.wix.com/meu-ambiente-news#!get_involved/c1yzj>
48
Já o site (http://tccjornalismoambie.wix.com/meu-ambiente-news) tem apoio
institucional. Nele, são alimentados conteúdos, como no aplicativo e nas redes
sociais. Com reforçado no tópico anterior, o aplicativo não está disponível na App
Store ou no Google Play. No site há link para que seja possível baixar o aplicativo
“App Previewer”. Na página tem a missão e o valor do Meu Ambiente News. Além de
ícones que levam às redes sociais. (Ver anexo 10.2)
No Facebook, a FanPage (http://goo.gl/OqKa44) foi criada para estar próxima
da população, ativistas e demais envolvidos em causas ambientais. Na página
contamos com o engajamento dos fãs a partir dos conteúdos postados que levam ao
site e ao Youtube. A escolha dessa rede é a possibilidade de comentários e
compartilhamento do assunto que for publicado e por maior número de abrangência.
(Ver anexo 10.3)
A criação de um canal no Youtube (http://goo.gl/E7YCM3) é para visualização
de vídeos em que conterá a parte visual do projeto. A equipe grava discriminando
onde estão e quais são os problemas ambientais, dicas sustentáveis com
reportagens e entrevistas. (Ver anexo 10.4)
O Twitter (https://twitter.com/Ambiente_News) é outra uma ferramenta de
colaboração entre os envolvidos com o meio ambiente, como ativistas e ONGs. O
Twitter, como explicado durante este trabalho, tem o objetivo de noticiar assuntos
breves e rápidos. Os tweets têm links para o site e Youtube. (Ver anexo 10.5)
O Instagram (http://instagram.com/meuambiente) também faz parte do projeto
para divulgar os problemas ambientais, dicas sustentáveis e denúncias em Curitiba
e região. Nele, há vídeos rápidos e imagens que também estarão disponíveis nas
outras redes. Será utilizado hashtags por trazerem bom engajamento, tanto no
Instagram, Twitter e Facebook, esta será uma das estratégias para atrair mais
pessoas envolvidas na causa e a participação social, como, por exemplo, o
jornalismo colaborativo. (Ver anexo 10.6)
Nossa plataforma funciona de maneira “multimídia”, ou seja, por meio dos
canais de comunicação temos contato com o leitor-colaborador em diferentes
suportes, entre eles: PCs, notebooks, tablets e smartphone. As informações seguem
uma periodicidade diária e de acordo com a demanda das denúncias. Todas as
redes sociais citadas são usadas simultaneamente.
49
8.5 Produção de Conteúdo
As notícias são em textos, fotos, vídeos e outras ferramentas disponíveis na
web. A criação das matérias em texto seguem as técnicas do jornalismo online, com
textos objetivos, uso de palavras-chave que estão disponíveis numa ferramenta do
Google, o Google Trends.
Apuramos as notícias indo até as fontes e pesquisando a relevância do
assunto na internet e com especialistas. Geralmente entrevistando mais de uma
pessoa.
Para definir a fonte a ser entrevistada, antes de tudo, a pauta é preparada e
estudada. Fazemos pesquisas, definindo lugares e entrando em contato com
pessoas que encontramos por indicação via Facebook ou outras redes sociais e
contatos pessoais. As pautas surgem das conversas em roda de amigos, assistindo
TV, lendo notícias, em posts nas redes sociais, com sugestões e denúncias em
redes sociais e no site. Os temas definidos dizem respeito ao ser humano e, neste
caso, não inclui, problemas relacionados a animais, a não ser que tenha riscos à
vida humana, como contaminação, por exemplo.
8.6 Periodicidade de Disseminação de Conteúdo
As publicações nas redes sociais e no site são postadas de duas a cinco
vezes por semana revezadas entre a equipe. Rafael Passos é responsável pela
fotografia, filmagem e edição de fotos e imagens. Tiago Machado tem a função de
escrever e editar textos. Evelyn Arendt faz o monitoramento das redes sociais,
publicações de conteúdo e contato com os órgãos oficiais. Toda a equipe checa a
veracidade das informações e denúncias que são recebidas e fazem o contato com
a população, ativistas e pessoas ligadas à causa. O projeto teve início dia 20 de
fevereiro de 2014, sem prazo final.
8.7 Público-alvo
Jornalistas, ativistas ambientais ou pessoas ligadas à causa e população em
geral. Os assuntos têm direcionamento para pessoas que moram em Curitiba e
região metropolitana.
50
8.8 Custos
O preço estimado, caso tivéssemos que comprar câmeras, tablets e
smartphones para fazer vídeos e fotos, seguiriam o preço da tabela abaixo. Além
disso, teríamos o custo para disponibilizar o aplicativo na App Store e no Google
Play. Por enquanto o aplicativo está hospedado em outro aplicativo, gratuitamente.
No total, contabilizando as hipotéticas situações com compras de aparelhos,
gastaríamos isso:
Descrição Quantidade Valor Valor total
Câmera de filmagem 1 R$2.000,00 R$2.000,00
Câmera fotográfica 1 R$1.500,00 R$1.500,00
Smartphone 3 R$1.000,00 R$3.000,00
Tablet 2 R$1.200,00 R$1.400,00
Notebook 3 R$1.000,00 R$3.000,00
Internet 1 R$100,00 R$100,00
Luz 1 R$50,00 R$50,00
Serviços terceirizados (Designer)
1 R$500,00 R$500,00
Transporte/Combustível 3 R$250,00 R$750,00
App Store e Google Play
- R$169,90 R$169,90
Valor Total Estimado R$18.969,90
Os gastos reais estão abaixo. Vale lembrar que os custos foram divididos entre a
equipe.
Descrição Quantidade Valor Valor total
Internet 1 R$100,00 R$100,00
Luz 1 R$50,00 R$50,00
Transporte/Combustível 3 R$250,00 R$750,00
Alimentação 3 R$200 R$600
Valor Total Real R$1200,00
8.9 Missão e Valor
8.9.1 Missão
O Meu Ambiente News tem como objetivo ser uma plataforma digital para
informar sobre questões ambientais, denunciando e propondo soluções para os
problemas dessa área em Curitiba e Região Metropolitana por meio das redes
sociais e de um aplicativo mobile.
8.9.2. Valores
51
Defender a preservação do meio ambiente. Ajudar na propagação de práticas
sustentáveis em prol do meio ambiente.
8.10 Cronograma
52
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema meio ambiente não é uma especialidade inédita dentro do Jornalismo. Há
muitos estudiosos e defensores desta causa na Comunicação Social, dentre eles
está a jornalista e ambientalista Teresa Urban e o jornalista e professor Wilson da
Costa Bueno que foram fundamentais para o desenvolvimento do assunto. Para
Urban (2006), a pauta ambiental nos jornais só merece destaque quando se trata de
desastres naturais e ambientais. Bueno (2007) defende a educação ambiental como
essencial para qualquer cidadão.
Com este trabalho, descobrimos, segundo pesquisas bibliográficas - isso inclui a
Teoria da Convergência e da Cauda Longa, que a convergência de mídias é uma
realidade no novo jornalismo. A partir disso, o jornalismo começou a operar sempre
em conjunto com as novas ferramentas tecnológicas. Neste produto foi possível
desempenhar essas técnicas aprendidas ao longo do curso e aplicadas no “Meu
Ambiente News” (site, aplicativo e nas redes sociais).
A partir de Anderson (2006) e Jenkins (2009), estudamos como as relações
virtuais estão interferindo nas relações “reais”, ou seja, como as redes sociais online
ajudam a construir uma sociedade mais participativa e com maior consciência
ambiental. Resultado da convergência midiática e da prática do jornalismo
colaborativo, pois a partir deles, a proximidade do jornalismo com a população se
tornou possível.
Este trabalho permite concluir que não há grandes jornais especializados no
assunto e os veículos não dão tanta importância ao tema. Urban (2006) e Zanotti
(2010) afirmam isso e dizem que o meio ambiente não é divulgado porque não há
retorno financeiro às editorias, sendo assim, só há repercussão quando a pauta diz
respeito aos desastres ambientais. Segundo a pesquisa de campo elaborada para
esse trabalho, a cobertura jornalística é muito superficial e que não há espaço e
relevância para o assunto, tal qual é dado para outros temas como saúde e cultura.
Isso pode ser consequência da questão econômica. Como não há retorno financeiro,
logo não haverá investimento na área, isso explica a falta de jornalistas
especializados nas redações de jornais.
O problema acaba sendo um círculo vicioso, no qual as pessoas não se
informam porque a mídia não divulga o tema meio ambiente com a mesma força
com que noticia outros temas. Com os resultados em mãos, a equipe desenvolveu
53
uma ferramenta de trabalho que sistematizou e se apropriou dessas lacunas da
cobertura midiática do meio ambiente. Abordamos temas como redução do IPI para
bicicletas, denúncias sobre lixos nos rios, projetos de lei que envolve o descarte de
embalagens de óleo vegetal e animal em lugares específicos. Outro projeto político
abordado propõe a reutilização da água da chuva nas lavagens de carros em
Curitiba. Além de dicas sobre alimentos orgânicos e roupas sustentáveis, falamos
sobre o hibribus, entre outros assuntos que contamos com o apoio de ONGs,
especialistas e outros cidadãos. O número de visualizações na página em algumas
postagens foi significativo, chegando ao dobro de fãs da FanPage.
A equipe do Meu Ambiente News tem a intenção de dar continuidade ao trabalho
de conclusão de curso. O objetivo do Meu Ambiente News é contribuir para o debate
e informar sobre as causas ambientais na mídia curitibana. Sendo assim, o MAN
pretende evitar para que casos como o acidente Césio-137, consequência da falta
de informação, citado no início deste trabalho, voltem a acontecer.
Tendo em vista que o trabalho do jornalista é servir a população, o MAN tem a
intenção de criar uma consciência ambiental por meio da informação. Assim como a
famosa frase, “a leitura enobrece a alma”, O MAN acredita que a informação pode
salvar uma sociedade.
54
10. REFERÊNCIAS
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http://www.socialbakers.com/blog/1290-10-fastest-growing-countries-on-facebook-in-
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http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-
brasileira. Acesso em: 23/10/2013.
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http://www2.uol.com.br/ecokids/agenda21/global.htm. Acesso em: 23/10/2013.
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mercado de nicho. Disponível em: http://www.desenvolveti.com.br/blog/wp-
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meios de comunicação regionais: um estudo de caso. Disponível em:
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BAFIROUSE, R. Chris Anderson: "A revolução da internet chegará à manufatura".
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BARBOSA, S. Jornalismo Digital de Terceira Geração, 2007. Disponível em:
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BARSOTTI, A. AGUIAR, L. Produção de notícias para dispositivos móveis: a lógica
das sensações e o infotenimento. Disponível em:
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55
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encadeamento midiático e a cauda longa invertida. Disponível em:
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BRIGGS, M. Jornalismo 2.0: como sobreviver e prosperar. Um guia de cultural digital
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60
11. APÊNDICES
11.1 Aplicativo
61
11.2 Website
62
11.3 Facebook
63
11.4. Youtube
64
11.5. Twitter
65
11.6. Instagram
66
11.7. Logo
67
11.8. Imagens para reportagens de texto
68
11.9. Entrevista com os especialistas
11.9.1. Entrevista A
Nome: Paulo Pizzi
Idade: 50
Profissão: Biólogo
Instituição: Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais.
1) Você tem smartphone, tablet que tenha acesso a aplicativos móveis?
Sim.
2) Você conhece algum aplicativo de notícias voltado ao meio ambiente. Se sim,
qual (s)?
O Eco (https://twitter.com/o_eco); Exame Meio Ambiente
(https://twitter.com/EXAME_ambiente); Fundação SOS Mata Atlântica
(https://www.facebook.com/SOSMataAtlantica); Ministério do Meio Ambiente
(https://twitter.com/mmeioambiente)
3) De que maneira um aplicativo que aborde apenas assuntos voltados ao meio
ambiente pode ajudar a sociedade?
A divulgação de notícias sobre meio ambiente em aplicativos voltados ao Facebook
e Twitter é útil para atingir o público alvo dos adolescentes e ajudar em sua
conscientização e informação ambiental.
4) De que maneira um aplicativo sobre meio ambiente pode ajudar na sua atuação
no tema? (queremos saber como o aplicativo pode te ajudar no seu engajamento
com a causa).
Ajuda na visibilidade / divulgação das atividades e projetos promovidos por nossa
instituição.
5) Quais recursos você gostaria que uma ferramenta desse tipo oferecesse?
6) As redes sociais ajudam na articulação / divulgação das questões ambientais? De
que forma?
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São úteis para a mobilização de voluntariado com maior agilidade. É ferramenta
eficiente para a divulgação de notícias ambientais e descrição das atividades
institucionais.
7) Você utiliza as redes sociais para divulgar o seu trabalho? Se sim, quais mais
utiliza?
Principalmente o site e newsletter da instituição, mas também redes eletrônicas de
assuntos temáticos ambientais e de ONGs, bem como o Facebook.
8) A cobertura da mídia sobre o tema meio ambiente retrata a real dimensão do
assunto? Por quê?
Sem dúvida, hoje, a cobertura da mídia é muito maior que em décadas anteriores.
Mas em muitos casos ela é superficial ou tutelada para passar uma visão unilateral
dos proprietários dos meios de comunica.
9) O que falta na cobertura midiática sobre o meio ambiente?
10) Liste três meios (sites, jornais, redes sociais, aplicativos e programas de
televisão, entre outros) que o melhor informam sobre a questão do meio ambiente.
Ambiente Brasil (http://www.ambientebrasil.com.br/); EcoDebate
(http://www.ecodebate.com.br/); ((O)) ECO (http://www.oeco.org.br/noticias)
11.9.2. Entrevista B
Nome: Eliane Bee Boldrini
Idade: 53
Profissão: Gestora de Projetos
Instituição: Associação de Defesa do Meio Ambiente e do Desenvolvimento de
Antonina – ADEMADAN
1) Você tem smartphone, tablet que tenha acesso a aplicativos móveis?
Não.
2) Você conhece algum aplicativo de notícias voltado ao meio ambiente. Se sim,
qual (s)?
Não.
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3) De que maneira um aplicativo que aborde apenas assuntos voltados ao meio
ambiente pode ajudar a sociedade?
Não sei, não uso estes aplicativos por desconhecer, talvez.
4) De que maneira um aplicativo sobre meio ambiente pode ajudar na sua
atuação no tema? (queremos saber como o aplicativo pode te ajudar no seu
engajamento com a causa) O que é um aplicativo?
Não sei o que você está perguntando, mas sinto falta de uma ferramenta que integre
ferramentas do Facebook, do site, do blog e do SIG numa única ferramenta, não sei
se o NING podem me proporcionar isso, por exemplo.
5) Quais recursos você gostaria que uma ferramenta desse tipo oferecesse? Os
recursos que listei acima para poder criar redes na área ambiental.
6) As redes sociais ajudam na articulação / divulgação das questões ambientais? De
que forma?
Ajudam por meio da circulação de informações.
7) Você utiliza as redes sociais para divulgar o seu trabalho? Se sim, quais mais
utiliza?
Utilizo, mas o Facebook é muito descartável, não é tão eficiente, para convites utilizo
e-mail.
8) A cobertura da mídia sobre o tema meio ambiente retrata a real dimensão do
assunto? Por quê?
Não, é muito superficial.
9) O que falta na cobertura midiática sobre o meio ambiente?
Sair do jargão, aprofundar os temas.
10) Liste três meios (sites, jornais, redes sociais, aplicativos e programas de
televisão, entre outros) que o melhor informam sobre a questão do meio ambiente.
A internet em si com todas as ferramentas como artigos e vídeos.
71
11.9.3. Entrevista C
Nome: Klaus Dieter Sautter
Idade: 44 anos; Profissão: Eng. Agrônomo/Professor Universitário; Instituição:
Universidade Positivo.
1) Smartphone e tablet
2) Não, somente informativos em sites normais e notícias por e-mail tradicional.
3) Informando e educando a população sobre o tema, p.ex. notícias, jogos
educativos para crianças, etc. Informando.
4) Principalmente notícias que possa levar aos meus alunos.
5) Rapidez, facilidade, de tal modo que qualquer leigo possa acessar. Caminhos
curtos a percorrer para chegar à informação.
6) Redes sociais podem trazer com rapidez e facilidade de divulgação e
compartilhamento de informações, porém junto com isto, podem trazer informações
erradas, de fonte não fidedignas.
7) Somente Facebook.
8) Não, somente trás fatos superficiais, sem entrar em detalhes que poderiam
fornecer ao leitor informações o suficiente para julgar o fato como deve ser julgado.
9) Mesma resposta da questão 8.
10) Considero somente sites como informações fidedignas, mas somente aqueles
especializados no assunto.
11.9.4. Entrevista D
Nome: Ana Costa
Idade: 36
Profissão: jornalista
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Instituição: Green Nation.
1) Você tem smartphone, tablet que tenha acesso a aplicativos móveis?
Sim, os dois .
2) Você conhece algum aplicativo de notícias voltado ao meio ambiente. Se sim,
qual (s)?
Sim mas não uso .
3) De que maneira um aplicativo que aborde apenas assuntos voltados ao meio
ambiente pode ajudar a sociedade?
Denúncias, mobilização para resolver problemas.
4) De que maneira um aplicativo sobre meio ambiente pode ajudar na sua
atuação no tema? (queremos saber como o aplicativo pode te ajudar no seu
engajamento com a causa)
Sendo um canal de fácil uso que gere resultados.
5) Quais recursos você gostaria que uma ferramenta desse tipo oferecesse?
6) As redes sociais ajudam na articulação / divulgação das questões
ambientais? De que forma?
Sim, divulga e promove mobilização.
7) Você utiliza as redes sociais para divulgar o seu trabalho?
Se sim, quais mais utiliza? – sim.
8) A cobertura da mídia sobre o tema meio ambiente retrata a real dimensão do
assunto? Por quê?
Não, possui pouco espaço na mídia e as matérias são muito parciais.
9) O que falta na cobertura midiática sobre o meio ambiente?
Falta a cobertura midiática em sí.
73
10) Liste três meios (sites, jornais, redes sociais, aplicativos e programas de
televisão, entre outros) que o melhor informam sobre a questão do meio ambiente.
Planeta Sustentável, Ciclo Vivo e Green Nation.
11.9.5. Entrevista E
Nome: Ceres Battiistelli
Idade: 33 anos
Profissão: jornalista
Instituição: Secretaria do Meio Ambiente do Paraná e Jornal e Portal Bem Paraná.
1) Você tem smartphone, tablet que tenha acesso a aplicativos móveis?
Sim.
Utilizo dois smartphones e um tablet.
2) Você conhece algum aplicativo de notícias voltado ao meio ambiente. Se sim,
qual (s)?
Sim. Ecodesenvolvimento (ECOD)
3) De que maneira um aplicativo que aborde apenas assuntos voltados ao meio
ambiente pode ajudar a sociedade?
Com dicas e informações sobre reciclagem de lixo, espécies de animais e plantas
exóticas que podem trazer risco à saúde humana ou se proliferar de forma
incontrolável, espécies nativas que podem e devem ser plantadas, dicas de produtos
sustentáveis etc.
4) De que maneira um aplicativo sobre meio ambiente pode ajudar na sua atuação
no tema? (queremos saber como o aplicativo pode te ajudar no seu engajamento
com a causa)
Criando um grupo com pessoas que possam trocar informações a exemplo do
Waze.
5) Quais recursos você gostaria que uma ferramenta desse tipo oferecesse?
Resposta anterior.
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6) As redes sociais ajudam na articulação / divulgação das questões ambientais? De
que forma?
Sim. Conscientizando as pessoas sobre a importância de ações sustentáveis.
7) Você utiliza as redes sociais para divulgar o seu trabalho? Se sim, quais mais
utiliza?
Sim. Facebook, Twitter e Instagram.
8) A cobertura da mídia sobre o tema meio ambiente retrata a real dimensão do
assunto? Por quê?
Não. O espaço ainda é pequeno nos veículos impressos, TV e rádio, bem como a
importância sobre o tema.
9) O que falta na cobertura midiática sobre o meio ambiente?
Aprofundamento nos temas relacionados aos impactos causados pelo homem em
prol do desenvolvimento econômico a qualquer preço (exemplo: construção da
Usina de Belo Monte no Xingu).
10) Liste três meios (sites, jornais, redes sociais, aplicativos e programas de
televisão, entre outros) que o melhor informam sobre a questão do meio ambiente.
Jornal o Estado de São Paulo, Globo News (programa Cidades e Soluções) e Portal
do Meio Ambiente (www.portaldomeioambiente.org.br
11.9.6. Entrevista F
Nome: Rafael Haddad Manfio
Idade: 32 anos
Profissão: Médico Veterinário e Biólogo
Instituição: IPEVS - Instituto de Pesquisa em Vida Selvagem e Meio Ambiente e
Câmara Municipal de Cornélio Procópio
1) Você tem smartphone, tablet que tenha acesso a aplicativos móveis?
Sim.
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2) Você conhece algum aplicativo de notícias voltado ao meio ambiente. Se sim,
qual (s)?
Não.
3) De que maneira um aplicativo que aborde apenas assuntos voltados ao meio
ambiente pode ajudar a sociedade?
Trazendo informações em tempo real sobre mudanças climáticas, dicas de consumo
sustentável, campanhas de conscientização e calculando pegada de carbono por
atividade.
4) De que maneira um aplicativo sobre meio ambiente pode ajudar na sua
atuação no tema? (queremos saber como o aplicativo pode te ajudar no seu
engajamento com a causa)
Um aplicativo deste facilitaria a comunicação entre os atores envolvidos na causa
ambiental, fortaleceria os movimentos sociais e se tornaria uma ferramenta de
rápido acesso e gerenciamento das informações.
5) Quais recursos você gostaria que uma ferramenta desse tipo oferecesse?
Postagem por parte de entidades, apenas de suas ações (uso de mediador é
importante), 1 cadastro por instituição pra postagem. Campanhas massivas.
Recursos pra denúncias de crimes ambientais.
6) As redes sociais ajudam na articulação / divulgação das questões ambientais?
De que forma?
Sempre ajudam popularizando o acesso a informação, como meio rápido e efetivo
de atingir a mídia de massa.
7) Você utiliza as redes sociais para divulgar o seu trabalho? Se sim, quais mais
utiliza?
Utilizo apenas o Facebook e o Twitter.
8) A cobertura da mídia sobre o tema meio ambiente retrata a real dimensão do
assunto? Por quê?
Ainda não... Muitos dos assuntos ainda são silenciados pela grande mídia, muitas
das denúncias nunca são apuradas, mesmo porque há interesse econômico
76
envolvido na maioria dos casos são grandes e ricas empresas pagando pelo
silêncio.
9) O que falta na cobertura midiática sobre o meio ambiente?
Falta a apuração real das informações, falta fidelidade ao tema, falta coragem em
denunciar.
10) Liste três meios (sites, jornais, redes sociais, aplicativos e programas de
televisão, entre outros) que o melhor informam sobre a questão do meio ambiente.
Sites, redes sociais e jornais.
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12. ANEXOS
12.1. Cover Facebook, Youtube e Twitter
A fonte da imagem é do Pinterest. Uma rede social de compartilhamento de
imagens. Foi recortado um pedaço da imagem, com a intenção de focar um pequeno
pedaço da folha, que remete aos cuidados e à beleza que a natureza proporciona.
78
12.2. Post Dia do Cartógrafo
A imagem também é fonte do Pinterest, mas incluído um pequeno texto em
homenagem ao dia doo Cartógrafo.
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12.3. Post Sugestão de Pauta
Imagem: Café com Notícias
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12.4. Post de homenagem ao dia do Gari
O Meu Ambiente New também faz posts aproveitando as datas sazonais em
homenagens aos profissionais que tenham relação com o meio ambiente.
Imagem: Felipe Bastos
12.5. Abaixo, os relatórios do Facebook. curtidas da página, melhores horários para
publicar e quais posts tiveram mais curtidas e engajamento.
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