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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MICHELY BRANCO ECONOMIA CRIATIVA Balneário Camboriú 2015

Tese MBA Economia Criativa -

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MICHELY BRANCO

ECONOMIA CRIATIVA

Balneário Camboriú 2015

MICHELY BRANCO

ECONOMIA CRIATIVA Trabalho de Conclusão de curso apresentado como requisito para aprovação no curso de MBA em Marketing, Comunicação e Eventos, da Estácio de Sá sob orientação da Profa. Ms. Leliane Aparecida Castro Rocha

Balneário Camboriú 2015

MBA EM MARKETING, COMUNICAÇÃO E EVENTOS

Michely Branco

Economia Criativa

Trabalho de Conclusão de curso apresentado à Universidade Estácio de Sá, como requisito para a obtenção do grau em MBA em Marketing, Comunicação e Eventos.

Aprovado em, 4 de outubro de 2015.

Examinadores

_____________________________________________________ Profa. Ms. Leliane Aparecida Castro Rocha

_____________________________________________________ Prof. Ms. Raul Fonseca Silva

NOTA FINAL ____________

Agradeço a Deus por todas as inspirações e bênçãos. Agradeço também a todos aqueles que contribuíram para que o trabalho se efetivasse, agradeço os ensinamentos da minha professora orientadora, que não só me ajudou como foi de profunda relevância para o resultado. Aos meus familiares que tiveram compreensão em minhas ausências para que eu me dedicasse à pesquisa, e principalmente a minha grande amiga e inspiradora Georgia Cagneti por todo o tempo e paciência durante a execução deste.

RESUMO

Esta pesquisa ilustra o crescimento da economia criativa como gerador do crescimento econômico e requer um novo entendimento de inovação, risco, trabalho criativo e empreendimentos culturais para ajudar e melhorar a expectativa de um publico especifico. A globalização e as tendências mundiais têm transformado pequenos negócios locais e trazendo inovação à um nível diferente usando a criatividade como primeiro passo da matéria-prima. Pesquisas recentes sobre a evolução social e econômica do problema/solução encontraram uma abordagem moderna de mostrar ao mundo uma vantagem competitiva através de novos conceitos aprimorando a visão de mercado e transformando o meio em atividades multidisciplinares. Essa pesquisa enfatiza o caso do Cucina D’Império e como a mudança de paradigmas ajudou não apenas na crise financeira, mas também criando novas parcerias no mercado industrial.

Palavras-chave: Economia Criativa. Vantagem Competitiva. Multidisciplinaridade.

ABSTRACT

This paper illustrates the increase of creative economy as generator of economic growth and it requires a new understanding of innovation, risk, creative work and cultural entrepreneurship to assist and improve the expectation of a specific public or audience. Globalization and world trends have been changing small local business and bringing to it the innovation of a different style using creativity as basic step to feedstock. Recent researches about social and economic evolution of problem/solution found a modern approach of showing the world a competitive advantage through new concepts increasing the market view and changing the environment into multidisciplinary activities. This paper highlights the case of Cucina D’Imperio and how a change of paradigm helped them not only to go through financial crises but also creating new partnership in the industries market. Keywords: Competitive Advantage. Creative Economy. Multidisciplinary Approach.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 8

1 AS INOVAÇÕES DO SETOR TERCIÁRIO ......................................................... 9

2 EVENTOS CULTURAIS .................................................................................... 13

3 CASE CUCINA D’IMPÉRIO ............................................................................... 16

3.1 Definições de metas .......................................................................................................................... 17

3.2 Cuidado com os detalhes ................................................................................................................ 17

3.3 Equipe capacitada .............................................................................................................................. 18

3.4 Organização e planejamento ........................................................................................................... 19

3.5 Divulgação apropriada e comunicação eficiente ....................................................................... 19

3.6 Patrocínio ............................................................................................................................................. 20

3.7 Viabilidade financeira ........................................................................................................................ 20

3.8 Contratação de profissionais terceirizados ................................................................................ 20

3.9 Pesquisa ampla a respeito do tema do evento cultural ........................................................... 21

3.10 Supervisão em todas as fases da produção ............................................................................... 21

METODOLOGIA ....................................................................................................... 23

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 25

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“Pessoas prejudicadas são perigosas. Eles sabem que podem sobreviver”

(Josephine Hart)

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Introdução

A idéia para o presente trabalho é falar sobre a capacidade que a temática da

economia criativa tem de transformar o meio, pela forma em que ocupa o espaço

junto à economia tradicional.

O estudo inicia com uma contextualização histórica e as explicações das

razões do surgimento de interesse apontando a importância de novas estratégias

num mundo que começa a se preocupar com a questão da sustentabilidade, da

globalização e das transformações radicais pelas quais vem passando a economia

mundial desde o inicio dos anos 80.

A aceleração do tempo e a integração do espaço revolucionam as atividades

produtivas passando a depender cada vez mais não apenas da capacidade de

produzir bens e serviços, mas em condições de competir na criatividade e na

inovação como ferramentas de obtenção de vantagem competitiva.

Agregação de valores passou a ser caracterizada pela capacidade que o ser

humano tem de olhar a mesma coisa que todos, mas ver algo diferente, que é de

valor fundamental não apenas da maneira de enxergar o mundo, mas principalmente

da autotransformação, fator sine qua non do processo.

Quando trabalhamos com criatividade e cultura, atuamos simultaneamente

em quatro dimensões: econômica, social, simbólica e ambiental promovendo

desenvolvimento sustentável e humano dentro de seu caráter multidisciplinar

considerada como a galinha dos ovos de ouro com o poder de mudar, dividir, repartir

e incluir, trazendo benefícios para todos e de uma forma igualitária. Sendo assim, o

desafio não é somente encorajar as indústrias criativas, mas encorajá-las a se

tornarem criativas.

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1 AS INOVAÇÕES do setor terciário

A economia de um país pode ser dividida em setores: primário, secundário e

terciário, sendo, segundo Neumann (2013):

Primário: relacionado à produção através da exploração de recursos da

natureza fornecendo a matéria-prima para a indústria de transformação e como

exemplos de atividades temos: agricultura, mineração, pesca pecuária, extrativismo

vegetal e caça.

Secundário: É o setor da economia que transforma as matérias-primas

(produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas,

automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc.) e com os

conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos gera lucro na comercialização.

Terciário: está relacionado aos serviços em que pessoas ou empresas

prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades

econômicas deste setor, podemos citar: comércio, saúde, telecomunicações,

serviços de, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação,

turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc. NEUMANN, 2013,

Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o setor

da economia que mais se desenvolveu no mundo mostrando o grau de

desenvolvimento econômico de um país ou região, voltado para a criatividade,

inovação, levando em conta sua contribuição como ferramenta e possibilidades para

o desenvolvimento de várias áreas da dinâmica cultural, social, econômica. A cultura

é dinâmica e se recicla constantemente adaptando-se a novos elementos sendo

assim, reconhecer as potencialidades culturais do local favorece o processo de

mudança, reforça a identidade local e consequentemente reflete na vida das

pessoas, pois cultura é sinônimo de significado, onde um grupo social vivencia

experiências, tornando-a mais possível e contribuindo com a existência e

desenvolvimento da humanidade.

Segundo Darcy Ribeiro (2009), cultura não pode ser entendido apenas pela

produção de bens de consumo, mas também pela produção própria do homem,

como necessidade existencial.

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A economia criativa, baseada no conhecimento com vínculos a nível micro e

macro de uma realidade, permite a identificação de problemas e necessidades do

qual se deseja atuar, cabe então o planejamento das etapas que permitirão que a

intervenção seja eficaz, no sentido de modificar o quadro atual com atualizações

permanentes e não de pressão incorporando conteúdo criativo, valor econômico,

cultura, fatos ou ações isoladas.

Em 1964 ocorre um momento de agitação cultural: cinema, teatro, literatura,

música popular brasileira, período marcado pela repressão, e pela criatividade

manifestada pela classe artística. Em 1966 e 1967 é criado o Instituto Nacional do

Cinema e surge a Escola Superior de Guerra, daí a Doutrina de Segurança Nacional,

servindo-se da cultura para difundir suas ideias entre os setores da elite e da classe

média urbana.

Em 1970 o Brasil ganha impulso e é influenciado pela industria cultural e

ocorre uma intervenção e um planejamento do estado referindo-se como uma

"segunda revolução industrial", com novas práticas de consumo, novos

equipamentos, revolução tecnológica e cultural no setor de entretenimento.

A década de 80 foi um marco para a política cultual do país. Foi criada em

1986 a Lei Sarney (Lei nº 7.505, de 2 de julho de 1986), a primeira Lei brasileira de

incentivos fiscais para financiar a cultura. Também a inauguração do Ministério e

órgãos de apoio à Produção Cultural. Fundação Nacional de Artes e Ciências; a

Fundação do Cinema Brasileiro; Fundação Nacional Pró-Leitura juntando a

Biblioteca Nacional e o Instituto Nacional do Livro.

Em 1991, a criação da Lei Rouanet (Lei no 7.505, de 2 de julho de 1986 e

ratificado pela Lei no 8.313, de 23 de dezembro de 1991), recriada depois de duas

reformas e apresentada pelo Ministério da Cultura em material informativo sobre o

Projeto Lei que cria o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura com

fundo de recursos próprios com critérios e objetivos legais e novos mecanismos de

apoio a projetos culturais e desde então não tem parado de crescer.

Na última década houve o reconhecimento do terceiro setor como

fundamental para o desenvolvimento. Visto desta forma surgem políticas públicas

com projetos e experiências que auxiliam na inclusão social e econômica. No Brasil,

é pouco praticado o debate e participação comunitária em âmbito de tomada de

decisões locais. Processo lento, pois o Estado ainda mantém ações paternalistas

muito claras, com objetivo de controle das organizações.

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Em agosto de 2000, o editor-chefe da conceituada revista Business Week,

Stephen B. Shepard, escreveu:

Assim como a moeda de troca das empresas do Século XX eram os seus produtos físicos, a moeda das corporações do Século XXI serão as ideias. A Economia Industrial está rapidamente dando lugar à Economia da Criatividade. Vantagens competitivas desfrutadas por grandes empresas no passado são agora totalmente Planejamento e Organização de Eventos Turísticos e Culturais disponíveis para novas empresas em formação, graças à enorme disponibilidade de capital e ao poder da Internet. Com a globalização ainda num estágio recente, a Internet promete afetar as corporações muito mais nos próximos 20 anos do que foi possível fazê-lo nos últimos 5 anos. Nós não esperamos nada menos do que uma transformação radical dessas organizações num cenário em que a economia global privilegiará a criatividade, a inovação e a velocidade. (SHEPARD, 2000, fonte http://www.economiacriativa.com/ec/pt/ec/index.asp)

Atualmente, passamos por mais uma crise financeira, reflexo da economia

global e, como qualquer crise, acaba por atingir aspectos políticos, social, cultural e

também outros setores com maior ou menor proporção, gerando expectativas e

insegurança. Procurando superar crises e avançar, desafios constantes requerem

cuidados, mas que também podem gerar oportunidades. Como diz a escritora

irlandesa, Josephine Hart (1 Março de 1942 – 2 Junho de 2011): “Pessoas

prejudicadas são perigosas. Eles sabem que podem sobreviver”.

De acordo com José Matias Pereira,

As transformações em curso no mundo contemporâneo, que provocam incertezas no ambiente, também estão gerando novas oportunidades e impulsionando avanços tanto no setor privado como no público. Podemos argumentar, frente a essa tendência, que os esforços para viabilizar a inclusão, redução da desigualdade, manutenção do crescimento econômico sustentável e a melhoria das condições socioambientais são os principais desafios com que grande parte dos governantes, especialmente na América Latina, se defronta nesta segunda década do século XXI. (PEREIRA, 2010, p. 27).

O mundo, juntamente com setor cultural, vem passando por várias crises e

para vencê-las devemos ficar atentos transformando-as em oportunidades, criando

parceria, superando desafios, buscando alternativas e soluções inovadoras, mas

infelizmente ainda há resistência por parte de alguns profissionais a respeito da

economia criativa e alguns fatores que contribuem para que isso ocorra são novos

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conceitos, a falta de visão e de informação por parte dos profissionais de ambas as

áreas.

O mercado atual visa um marketing criativo, despojado e sedento por uma

inovação que requer novos pensamentos e ideias, novas ideologias e um mix de

serviços para a sobrevivência no mundo atual. A ideia de uma economia apoiando

as pequenas empresas, o incentivo de comprar em mercadinhos e produtores locais,

lojinhas de bairro evitando as grandes cadeias e marcas; as roupas e consertos em

costureiras e sapateiros, a reparação de móveis antigos, os produtos caseiros e

artesanais aos produtos industrializados, a cultura local e regional e principalmente o

“Fabricado no Brasil”.

Através da globalização e da internet a facilidade de integração com outras

culturas gera um incentivo criativo, porém é necessário que paradigmas sejam

quebrados para que essa “moda” seja desenvolvida. Digo “moda”, pois infelizmente

o povo brasileiro é muito mais preocupado em “estar na moda” do que qualquer

outra nacionalidade. Um país que preza mais pelo “ter” do que pelo “ser”, diferente

de outras culturas, principalmente europeia.

Diante desse estudo, a seguir apresenta-se uma novidade no Sul do Brasil,

recriado de ideias internacionais o conceito da economia criativa para uma classe de

alto poder aquisitivo que é interessado por arte, gastronomia, fotografia, moda e

novidades culturais.

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2 EVENTOS CULTURAIS

O avanço das informações facilitou a comunicação e o comércio por completo

no mundo todo, fazendo com que as sociedades participem de fenômenos globais e

com isso a unificação da globalização e suas novas formas de expansão dos meios

de comunicação diminuindo as distâncias entre as pessoas e assim aumentando

conhecimento e cultura.

Com o desenvolvimento das estruturas de comunicação, juntamente a

evolução da sociedade global contemporânea, foram atribuídas ao sistema,

características comerciais que transformaram os fins informativos em fins lucrativos,

fruto de uma ideologia capitalista.

Os eventos são tão variados tanto quanto à criatividade de quem os provoca

quanto à dinâmica da própria sociedade e surgem através da proposta de realizar

investimentos ajustados às suas finalidades, refletindo valores e necessidades de

uma determinada época ou situação.

De fato, o evento é uma reunião de pessoas que apresentam algum ideal

relacionado à temática que ele cogita. Classificando os eventos, temos as reuniões

dialogais, que consistem em busca de informação e aplicação do conhecimento

(palestras, seminários, congressos...) e as reuniões coloquiais, que buscam a

dimensão do entretenimento e do lazer (MEIRELLES, 1999).

Segundo Ansarah (2004), todo evento é o resultado de um ato criativo. Essa

criatividade, esse ato, deve espelhar a vontade de fazer, como fazer e por que fazer,

isto é, criar. Por isso, estão na criatividade e na ação criadora das pessoas o início e

o fim dos eventos. Essa criatividade não pode ser um limitador da ação, mas sim um

facilitador da geração e concretização do evento.

Sendo o evento a soma de ações previamente planejadas com objetivos de

alcançar resultados definidos junto ao público-alvo, sua realização proporcionará

resultantes de ordens social e cultural difundindo manifestações, estimulando a

criatividade e expressões populares artísticas e culturais às quais se dimensionarão

de acordo com a própria dinâmica do evento.

Para podermos fazer tal definição antes é necessário definir o que é evento e

o que é cultura. Os eventos podem ser classificados como naturais, ou seja, aqueles

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provenientes da natureza (maremoto, enxurrada, terremoto etc.) ou culturais, ou

seja, produzidos pelo homem.

Uma das definições de eventos é: Acontecimentos programados visando a

divulgação, a comercialização e o desenvolvimento de atividades científicas,

culturais, desportivas, assistências, etc. Servem como instrumento de incentivo ao

turismo (BENI, 1998).

Para que os eventos ocorram da maneira programada, os organizadores

devem ter em mente um determinado objetivo para que ocorra o planejamento, a

organização e a reunião do maior grupo de pessoas para que o acontecimento

(dentro de um espaço físico e temporal) seja um sucesso.

Já a definição de cultura é relacionada a um conhecimento intelectual, a uma

informação dentro de um espaço cultural com atividades de práticas sociais

hedônicas onde a arte é posta como cultura erudita (elite escolarizada) e cultura

tradicional (costumes do povo). O prazer e o conhecimento é o fim último da

existência humana e os serem humanos têm por natureza a sua obtenção, pois é um

elemento natural a todo individuo e obtido através de diversas práticas sociais seja

eventos culturais ou mercadológicos; sendo assim, a produção cultural existe para

reparar o abismo criado na sociedade pela indústria cultural.

Assim, temos que toda atividade cultural produz discursos que o homem cria

para satisfazer as suas necessidades naturais (alimentar-se, dormir, cuidar da

higiene, obter lazer e conhecimento etc.), ou seja, os meios do qual o homem se

utilizará para atingir tais necessidades e o seu papel é se destinar ao coletivo.

As famílias contemporâneas, que são caracterizadas pela inversão dos

papéis do homem e da mulher na estrutura familiar passando a ser a mulher a chefe

de família ou ate mesmo a família monoparental, constituída por mãe solteira ou

divorciada são parte desde publico, onde são pessoas que gostam de viajar, vestir-

se bem, ter uma alimentação mais saudável e participar de eventos, porém, eventos

tais que não exija esperar em fila ou com muita disparidade de valores e economia,

sem contar com o conforto da “não espera”.

Segundo o relatório da UNCTAD1:

1 UNCTAD = sigla em inglês para Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento. A UNCTAD é o órgão do sistema das Nações Unidas que busca discutir e promover o desenvolvimento econômico por meio do incremento ao comércio mundial. Trata-se de um foro intergovernamental estabelecido em 1964 com o objetivo de dar auxílio técnico aos países em desenvolvimento para integrarem-se ao sistema de comércio internacional.

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Para Howkins, existem dois tipos de criatividade: aquela que se relaciona a pessoas como indivíduos e a que gera um produto. O primeiro tipo é uma característica universal da humanidade e é encontrado em todas as sociedades e culturas. O segundo é mais forte nas sociedades industriais, o que colocou um valor mais alto na inovação, na ciência, na tecnologia, e sobre os direitos de propriedade intelectual. (UNCTAD, 2010, p. 9)

Ao contrário dessa versão onde o tal dito popular diz, nada se cria, tudo se

copia, serve como exemplo, os Food Trucks, através de uma repaginada em cima

dos carrinhos de lanche já existentes há muito tempo, são, porém, um outro nicho de

mercado com grandes espera nas filas do pedido, pagando entrada, sem conforto,

banheiro químico e com crianças sem entenderem que existem certas coisas que

não se pode fazer ou então têm que esperar.

O consumo é uma tentativa de aliviar a tensão causada pelo reconhecimento

de que algo indispensável está em falta. Essa teoria parece definir o consumidor

como um ser racional, consciente da utilidade de produtos e serviços, que avalia e

reúne informações durante os momentos de compra e deixa uma lacuna na

capacidade explicatória dos modelos de comportamento do consumidor

(VENKATRAMAN, MACINNIS, 1985).

A satisfação obtida pelo preenchimento das necessidades não parece ser o

objetivo único do consumo, devendo-se adicionar a tais objetivos a procura pelo

prazer, o consumo hedônico (CAMPBELL, 2005).

E assim, todo indivíduo obtém o prazer e o conhecimento através de

atividades e diversas práticas sociais, pragmáticas ou hedônicas, que são atividades

culturais em busca de um fim natural no ser humano,

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3 CASE CUCINA D’IMPÉRIO

O Cucina d’Império, restaurante italiano, na região de Balneário Camboriú e

Itajaí localizado na charmosa e badalada Praia Brava inaugurou no final de 2012, e

vem fazendo um trabalho muito criativo e especial. Num espaço privilegiado, com

ambientes externos, cobertos e um grande lounge ao ar livre em um ambiente único

de frente para o mar.

Esse espaço de cultura da gastronomia acomoda cerca de 90 pessoas em

dias de atividade normal, porém o local em si comporta até 350 pessoas sentadas.

Ocupando uma área de mais de 300 metros quadrados de jardim não cobertos, a

casa possui espaço para ser explorado por outras atividades culturais. Eventos que

com a criatividade dão liberdade para que o alto valor do aluguel seja compensado

por essas.

Comandado pelo Chef italiano Domenico d'Império, o cardápio da Casa é

inspirado no que a terra tem de melhor, usando alimentos frescos, sempre

respeitando o seu preparo, aromas, cores e sabores. O menu de sucesso têm como

ponto forte a culinária mediterrânea, com carnes e frutos do mar.

A administradora do Cucina D’Império, Georgia Cagneti, esposa do Chef

Patron Domenico D’Império, após a vivência de 12 anos fora do Brasil e viagens por

17 países, teve a inspiração de agregar a “sobrevivência” do inverno, com a

gastronomia do seu empreendimento e a revolução da economia criativa junto aos

princípios das feiras de rua na Europa.

Passada a primeira temporada de verão e comentários desanimadores dos

empresários locais, Georgia resolveu que não poderia passar o inverno assistindo à

crise e resolveu dar pernas à suas ideias, e assim, o restaurante Cucina d'Império

instalou ainda no verão, tendas e sofás no gramado e programou momentos de

contação de história entre outras atrações para as crianças. Na Páscoa, recebeu os

clientes com pinturas, "caça aos ovos", e outras atividades lúdicas com brincadeiras

infantis no tema do feriado.

Em agosto, também deu inicio ao chamado Agosto Cultural na Brava,

evento produzido e realizado para tirar as pessoas de casa num mês frio e chuvoso,

quando acontece uma drástica queda no faturamento nas atividades comerciais da

região litorânea.

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O evento consiste em 10 dias de festival, onde o restaurante se torna uma

galeria de arte e atrações culturais que têm o intuito de promover artistas locais

através de exposições e apresentações de livre acesso como fotografia, escultura,

pinturas e outras formas de expressão artística envolvendo teatro, dança, música

cinema, literatura, cultura do vinho e gastronomia.

Como já dito, todas as atrações são gratuitas, porém é possível reservar

mesa e participar de degustações guiadas e jantares harmonizados durante os

espetáculos; outra opção oferecida também são as oficinas para adultos e crianças.

Contudo, ainda não satisfeita com essas realizações de 2 anos de casa

inaugurada, a idealizadora, no sábado dia 28 de março de 2015, trouxe a

globalizada ideia intercultural à tona e realizou no próprio local o primeiro encontro

Mercato Mix.

Georgia foi a responsável pelo gerenciamento dos serviços necessários para

que o evento acontecesse, desde a fase de pré-produção até a finalização de cada

evento, e até hoje já foram quatro edições que vêm crescendo cada vez mais, a

cada mês e meio, com o público e os expositores agora mais confiantes e animados

esperando para desfrutar de boa gastronomia, moda, arte e música da região.

Todo o planejamento e execução estão aqui descritos:

3.1 Definições de metas

O primeiro evento foi planejado com base no espaço físico disponível durante

o inverno com o objetivo de movimentar o restaurante no período de baixa

temporada. O público-alvo estabelecido são famílias contemporâneas com crianças

e clientela frequentadora do restaurante com alto poder aquisitivo. Com base nessas

características de público foram escolhidos os expositores.

A organização esperava uma fluência de 300 pessoas. Fato está que mesmo

com a interferência do mau tempo, esta expectativa não só foi alcançada, bem como

superada em mais de 100%.

3.2 Cuidado com os detalhes

Na primeira edição do evento, certos detalhes não foram muito bem

calculados, mas a disposição e vontade dos idealizadores era muito maior que os

obstáculos.

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Detalhe muito importante é a dificuldade de mão de obra especializada. Os

“peixeiros” como são chamados, não querem trabalhar e preferem levar a vida numa

boa fazendo bicos para sobreviverem.

No primeiro evento toda a divulgação foi feita através de mídias sociais,

nenhum material impresso foi produzido além de não ter conseguido espaço nos

jornais, TV e rádios locais. Todo o dinheiro arrecadado dos expositores foi para

pagamento das atrações e a participação de Chefs convidados.

3.3 Equipe capacitada

Com a intenção de levantar a economia do local, os idealizadores não

contaram com funcionários especializados terceirizados. Cada espaço locado foi

montado e desenvolvido por seu próprio expositor, obviamente supervisionados para

que tudo acontecesse dentro do mesmo padrão, motivo pelo qual esses expositores

foram escolhidos “à dedo” devido ao público alvo.

A primeira edição do evento foi simples e contou com a ajuda de uma amiga

que faz eventos com moda participando de feiras para dar ideias e dicas. A atração

do Mercato Mix foi o Mercadinho do Desapego como ponto chave. As peças de

marca foram selecionadas e o lucro foi em parte devolvido às donas das peças e em

parte o lucro foi doado a instituições de caridade.

A participação colaborativa financeira de cada expositor foi de cento e vinte

reais. Infelizmente houve uma mudança não prevista do tempo, porém graças à

comunicação com os bares vizinhos, tendas e lonas foram emprestadas para serem

criadas as estruturas e duas cervejarias forneceram as bebidas.

A partir do segundo evento, com mais experiência, o valor foi diferenciado, e

incluso era cedido o espaço, uma tenda pequena, fornecida, estruturada e montada

pela Secretaria de Turismo de Itajaí, pois era inviável ficar a dependendo da

previsão do tempo, afinal quando se trata de praia e vento, tudo pode mudar em

questão de minutos, também devido a este motivo, foi decidido que todo o local seria

coberto com tendas maiores, aumentou a participação financeira dos expositores

para R$ 200,00 e de R$400,00 para os expositores de comida por causa do espaço

e ligação da energia; e toda a parte publicitária, panfletos e divulgação, desenvolvido

todo um layout gráfico em forma de flyer.

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3.4 Organização e planejamento

A ideia inicial foi fazer uma feirinha gourmet, porém conversando com os

expositores notou-se a necessidade de ampliar a ideia para moda, barbearia,

tatuagem, fotografia, artistas plásticos e também empresas que não vão para

vender, mas sim para apresentar seu produto, como por exemplo, o Método Supera

de Educação e Ginástica para o cérebro, para mostrar ao mundo novas ideias e

interações aliando o aprendizado ao prazer, anteriormente citados no capítulo

Eventos Culturais.

Mesmo indo contra a visão e contrariando a ideia do marido em fazer esse

tipo de evento, pelo fato de ter muito dispêndio de energia e retorno, Georgia insistiu

no Agosto Cultural por duas edições e a partir da segunda edição veio a ideia do

Mercato Mix sendo aprovado pelo Chef Domenico e gerando assim a abertura de

ideias favoráveis através da mídia espontânea, novos clientes e propaganda em

blogs na internet.

3.5 Divulgação apropriada e comunicação eficiente

O fato de o restaurante ser um sucesso, e muito bem recomendado ajudou na

comunicação e comprometimento com os expositores convidados. A própria

idealizadora foi atrás de todos os detalhes, fez a arte gráfica, impressão e colocação

de flyers nos locais que sua clientela também participa, como academias,

confeitarias, restaurantes e bares, pois sua capacidade de comunicação e simpatia é

essencial para o desenvolvimento do evento. Além disso, ainda presta assessoria na

parte comercial da feirinha Multimarcas, pois almeja que a proposta do seu negócio

atinja sua clientela.

Com público fidelizado, os frequentadores chegam ao restaurante

perguntando o que o Chef preparou para o dia, além do seu cardápio especializado.

Sobre o fornecedor de bebidas, o consumo foi redobrado e o faturamento

aumentado. Interessantemente, devido ao bairrismo, os moradores de Itajaí são

consumidores em potencial da região de Balneário Camboriú, porém o contrário não

ocorre por acharem que os “peixeiros” não tem estrutura o suficiente. Assim, o

público de Balneário Camboriú é frequentador ativo da Praia Brava, por estar

crescendo como um ponto badalado da música eletrônica com visitantes de todo o

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país e achando que faz parte da exuberante Miami brasileira, e, por fim, os

moradores de Itajaí que sabem que a Brava pertence ao seu município.

Assim, tanto a divulgação como o público do local são atingidos pelos

frequentadores, principalmente, da região Norte e Vale do Itajaí.

3.6 Patrocínio

Segundo pesquisas do IBGE, os dados levantados em 2012, revelam que o

Produto Interno Bruto (PIB) fazem de Itajai a cidade econômica mais forte do estado

de Santa Catarina, e a 29º no país.

Uma cidade limpa e arrumada com revitalização e investimento no turismo

náutico e na construção da maior marina do Brasil com padrão internacional e por

isso a viabilidade e disponibilidade de apoio da secretaria do turismo, ajudando na

divulgação ou mesmo da Fundação Cultural na parte de shows.

O patrocinio é usado para o pagamento das contas do aluguel e

aprimoramento externo do local, pois com o valor pago dos expositores não é o

suficiente para o custo de toda a estrutura e investimento em toda produção e

divulgação do evento, pagamento dos músicos, limpeza e atração para as crianças.

O Cucina d’Império obtem seus lucros nas bebidas vendidas e ainda no carro-chefe

que é o restaurante e seu movimento interno.

3.7 Viabilidade financeira

Levantamento dos gastos e um cálculo aproximado do espaço (o qual fora

disponibilizado) dividido pelo número de expositores para que a própria inscrição

cobrisse os custos da estrutura e divulgação.

Além disso, também teve a ajuda de alguns patrocínios que cobriram o custo

de produção. Para o pagamento do aluguel foi utilizado o retorno financeiro das

bebidas vendidas durante o evento. A limpeza do local foi feita pelos próprios

funcionários do restaurante.

3.8 Contratação de profissionais terceirizados

Foi utilizada tanto a estrutura do local como os fornecedores habituais e

alvarás controlados bem como a falta de contratação extraordinária pela facilidade

de remanejamento de funcionários durante a baixa temporada. Na parte de aluguel

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das estruturas metálicas e tendas a própria empresa contratada fez a instalação de

montagem e desmontagem. O serviço de segurança do restaurante foi mantido

normalmente pelo sistema de câmeras, alarmes e vigia atuando principalmente na

parte do estacionamento, evitando qualquer tipo de dano material e eventualmente

fazendo uma ronda durante o evento.

3.9 Pesquisa ampla a respeito do tema do evento cultural

A idealizadora do evento, Georgia, concentrou varios papéis, desde a

realização, administração, busca dos expositores, produção, e assim conseguiu

desenvolver tudo à sua própria maneira. O Chef foi o grande sucesso e atração

juntamente com o espaço cedido. Mais uma vez, menciona-se que o público-alvo é a

familia contemporânea, com crianças e animais dentro do universo do “Aqui Pode”.

Um público que não se agrada apenas do “estar na moda” mas que, além

disso, dá privilégio ao conforto juntamente com a idéia do fomento do pequeno

negócio e da economia criativa, onde tanto o expositor quanto o público têm lucro,

independentemente de ser financeiro ou emocional (sensação do prazer)

relacionado à economia que, não apenas é financeira mas também como em

questão de tempo e comodidade movimentando a economia local e saindo da crise.

Muitos querem o exclusivo, o diferencial, porém não podem pagar pelas

marcas e por isso caem no consumo popular das grandes indústrias, contudo, com a

idéia do “compre do pequeno” essas novas marcas fabricadas pelo artesão atingem

o mercado desejado, enfim, o diferente. O que o patrocinador almeja é o público

selecionado num ambiente de imagem estabelecida e reconhecida no mercado

tendo assim a facilidade de aceitação de investimento desse grupo investidor.

3.10 Supervisão em todas as fases da produção

A utilização de ferramentas tecnológicas, como por exemplo as planilhas de

Excel, são essenciais na montagem da produção e organização. Cada aba de

planilha recebe uma classificação, desde expositores, custos, observações e

necessidades especiais além de emails contendo várias fases de realização como o

ideias do pré-evento, um email de instruções de funcionamento durante e um pós

email de feedback para saber do retorno esperado e do desenvolvimento de toda

obra, incluindo sugestões, pontos fortes e pontos fracos, pois mesmo sendo um

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evento pequeno os expositores agem como se o investimento fosse de milhões de

reais e esperam que a supervisão seja feita da melhor forma possível, até porque a

falta de iniciativa é uma grande debilidade em qualquer ramo de trabalho.

Quem paga age como se precisasse de uma babá, com uma mentalidade de

que se foi contratado para retirar o lixo esse não lembrará que deve recolher ou

varrer o local. Lembrar os expositores de preparar o troco, um caixa, a questão

higiênica, sobre a porcentagem descontada no cartão de crédito por uma questão

fiscal, organização de um espaço pequeno que seja bonito e chame a atenção

juntamente com o “bate-caixa” que é um chamariz de vendas (uma caixa com peças

de promoção com valores mais baixos, porém um atrativo para que os clientes se

interessem em buscar outras peças da loja).

Peças em ótimos estados, um espaço de cartonagem, venda de essências e

sabonetes perfumados, designer e costureiro, sushy, chopp, doces, uma

importadora de bicicletas elétricas (por ser ecologicamente correto), artesãos,

queijos coloniais, cosméticos, roupas de ioga são exemplos da diversidade do

Mercato Mix.

Uma grande dificuldade durante a realização é que cada expositor trabalha

com meios de comunicação diferentes (Facebook, Whatsapp, email, Instagram,

telefone, mensagens) e por esse motivo a organização é essencial.

O grande objetivo e a parte mais difícil de ser alcançada em todo novo

negócio é a possibilidade de criação e aumento do networking, uma ampliação da

rede social. Sendo assim, o Mercato Mix não é apenas a exposição no “grande dia”

mas sim a movimentação da economia e a divulgação dos produtores locais, afinal o

baixo valor investido é um atrativo para os expositores da região ao final fazendo

novos contatos e parcerias com terceiros, como por exemplo, uma fabricante de

acessórios masculinos que se uniu ao estúdio de tatuagem para exposição de seus

produtos;

Assim é feito um país de forte economia. A preservação do pequeno para que

haja giro financeiro dentro do próprio país, a geração de novos empregos,

criatividade, da indústria cultural e o objeto do prazer de unir a cultura, a arte, a

gastronomia, a moda, a música no mesmo dia e em um só lugar.

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METODOLOGIA

Este estudo descritivo com uma pesquisa aplicada explicativa foi dirigida à

solução de problemas e interesses locais de um caso de sucesso que buscou o

apoio básico em pesquisas na Internet e livros na área de Eventos, além de um

estágio de 20 horas, de observação, questionário e entrevista com a organizadora e

idealizadora dos eventos, Georgia Cagneti obtendo exemplos práticos quanto a

situações vivenciadas na empresa e novos pensamentos para o desenvolvimento na

condução do trabalho.

Através da ação, os participantes da situação ou do problema estão

envolvidos de modo cooperativo e participativo em função de um resultado

esperado, gerando a Pesquisa-Ação, e de certa forma a Pesquisa Exploratória com

as experiências práticas do problema em questão.

Fato relevante deste tema é entender e descobrir o que levou a indústria a

uma nova era de pensamentos e de onde surgiu o conceito para a

multidisciplinaridade.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como proposta fazer uma aproximação entre a

economia e a criatividade; entre a necessidade e a oportunidade em meio a uma

crise onde o desenvolvimento de novos negócios é essencial para a sobrevivência

do mercado.

A economia criativa trata de algo novo e em evolução onde cada região

adapta seu conceito fazendo escolhas e traçando estratégias de acordo com sua

realidade se beneficiando da criatividade que é sinônimo de dinheiro através da

fusão de informações, inovações e novas tecnologias capazes de transformar o meio

para atender suas necessidades.

Nos últimos anos, o tema economia criativa surge no campo cultura, porém

muitos se beneficiam deste setor que avança rapidamente, conquistando espaço e

instigando as pesquisas, a concepção de desenvolvimento, sustentabilidade e a

reflexão do seu papel na contemporaneidade.

Portanto, a conclusão deste trabalho é a de que a união de setores ajuda a

gerar trabalhos e desenvolvimento de pequenas e micro empresas e é através dessa

fusão que surge o giro de capital, de novas ideias que nascem dos problemas e de

pessoas prejudicadas, que nascem do instinto de sobrevivência e lutam com toda

sua força e suor para que a comercialização de seus produtos seja um sucesso,

vivenciando experiências, enfrentando desafios e buscando alternativas.

Como já descrito anteriormente, para ter bons resultados é preciso agregar

essa nova visão junto a outros setores, sem que a mesma não perca seu foco, sua

essência, tornando-a eficaz como agente de transformação para que essas ideias

possam desencadear ações futuras em busca de alternativas transformadoras de

problemas em oportunidades, e os desafios em soluções.

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ensinar. 3. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2004.

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