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JR faith 47 os gêmeos Fefe Talavera m i n h a u b a n k s y m e n t a c m e t o z miss van Lady Pink rock do zé lady aiko Anarkia Boladona

teste na rua leticia xerez

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revista sobrsrteet art

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Page 1: teste na rua leticia xerez

JRf a i t h 4 7

o s g ê m e o s

F e f e T a l a v e r a

m i n h a u

b a n k s y

m e n t

a c m e

t o z

m i s s v a n

L a d y P i n k

r o c k d o z é

l a d y a i k o

Anarkia Boladona

Page 2: teste na rua leticia xerez

1 anuncio

Page 3: teste na rua leticia xerez

I N T E R V E N Ç Ã O

U R B A N A É O

T E R M O U T I L I Z A D O

P A R A D E S I G N A R

O S M O V I M E N T O S

A R T Í S T I C O S

R E L A C I O N A D O S

À S

I N T E R V E N Ç Õ E S

V I S U A I S

R E A L I Z A D A S

E M E S P A Ç O S

P Ú B L I C O S .

N O I N Í C I O , U M

M O V I M E N T O

U N D E R G R O U N D ,

Q U E F O I

G A N H A N D O

F O R M A C O M O

D E C O R R E R D O S

T E M P O S E S E

E S T R U T U R A N D O .

M A I S D O Q U E

M A R C O S

E S P A C I A I S , A

I N T E R V E N Ç Ã O

U R B A N A

E S T A B E L E C E

M A R C A S D E

C O R T E .

P A R T I C U L A R I Z A

L U G A R E S

E R E C R I A

P A I S A G E N S .

E X I S T E M

I N T E R V E N Ç Õ E S

U R B A N A S D E

V Á R I O S P O R T E S ,

I N D O

D E S D E P E Q U E N A S

I N S E R Ç Õ E S

A T R A V É S D E

A D E S I V O S

( S T I C K E R S )

A T É G R A N D E S

I N S T A L A Ç Õ E S

A R T Í S T I C A S .

ED

IT

OR

IA

L

Page 4: teste na rua leticia xerez

. . .FAZENDO ARTE. APESAR DE NÃO SER MACHISTA, A ARTE URBANA É AINDA DOMINADA PELO SEXO MASCULINO. NÃO É UMA GRANDE SURPRESA SE PENSARMOS QUE O TRABALHO PODE ENVOLVER ESCALADAS, EVENTUAIS CORRIDAS DA POLÍCIA E UM EXPEDIENTE NOTURNO, POR VEZES SOLITÁRIO. MAS NÃO É ISTO QUE PODE PARAR A CRIATIVIDADE DE UMA MULHER. NÃO É MILITÂNCIA FEMINISTA, É UM AVISO: ELAS ESTÃO INVADINDO A SUA RUA.

A grafiteira carioca Anarkia

Boladona é formada em Belas Artes

pela Universidade Federal do

Rio de Janeiro, mas sua arte tem

influência da pichação, nicho

habitualmente dominado por

homens. Seus trabalhos tratam

principalmente da luta feminina em

relação ao corpo, à sexualidade e à

subjetividade e relações de poder.

Em 2008, ela criou o “Grafiteiras

Pela Lei Maria da Penha” , projeto

que usa o graffiti e cultura

urbana para combater a violência

contra as mulheres, dentro do qual

surgiu a Rede Nami, que realiza

projetos sociais, cursos e eventos.

Anarkia foi premiada em Nova York

com o DVF Awards, prêmio anual dado

a mulheres que lutam para diminuir

a violência e a injustiça de

gênero, pela Diller-von Fustenberg

Family Foundation. Mas, além de

seu engajamento, ela é reconhecida

pelo talento e a qualidade de seu

trabalho.

A N A R K I A B O L A D O N A

lady pink

anarkia boladona

anarkia boladona

Page 5: teste na rua leticia xerez

Aiko nasceu em

Tóquio, mas vive

em Nova Iorque

desde a década

de 90. Sua arte

mistura motivos

florais, cartoons

femininos e a

visualidade da

cultura pop em

um trabalho em

mídias variadas.

A IKO utiliza

stencil, tinta

spray e técnicas

de impressão

em silkscreen

para criar

um trabalho

vibrante e de

larga escala.

L A D Y A I K O

Page 6: teste na rua leticia xerez

T A T I S U A R E Z

Tati Suarez é uma artista americana

de 28 anos, especialista em pintura

a óleo em tela ou madeira. O seu

estilo é charmoso e distintivo,

sendo que a característica mais

marcante de seus trabalhos estão

nos olhos, sempre grandes e que

atraem quem está olhando para um

mundo belo e surreal.

F A I T H 4 7

Artista de rua autodidata, Faith47,

nascida na África do Sul, teve

seus primeiros contatos com o

graffiti em 1997, por influência

de um membro da YMB Crew, Wealz130

- com quem ela foi casada e tem

um filho, que também é artista de

rua. Seus trabalhos são bastante

instrospectivos e reflexivos e suas

inspirações partem principalmente

de questões existenciais.

M I S S V A NVanessa Alice Bensimon, Miss

Van, nascida em 1973 em Toulouse,

França, é reconhecidamente uma

das mais influentes grafiteiras.

Seus desenhos de mulheres sexies e

provocantes já provocou uma reação

negativa de algumas feministas.

F A F I

Fafi, nasceu em 1979. A grafiteira

francesa ficou famosa com suas

bonequinhas delicadas que

começaram a ser vistas nas ruas

de Paris, as Fafinettes. Sexies

e basicamente uma releitura de

uma Pin Up moderna, as Fafinettes

inspiraram garotas de carne e osso

a se vestirem como elas.

M I S O

Misturando pintura, ilustração

e colagem pelas paredes e muros

da cidade, a artista urbana Miso,

ou Stanislava, como é conhecida

na Austrália, tem apenas 21 anos e

rabisca as ruas de Melbourne desde

os 14 . Sua inspiração vai desde o

estilo estético Art Nouveau até o

grafite contemporâneo,

Camila Pavanelli, mais conhecida

como “Minhau” , destaca-se em seu

trabalho pela utilização de traços

fortes e cores contrastantes. Marca

registrada de seu trabalho, os

gatinhos ganham espaço nos muros e

outros locais da cidade de São Paulo

rompendo com o cinza predominante

do concreto e das construções.

M I N H A U

minhau

tati suarez

miss van

fafi

faith 47

Page 7: teste na rua leticia xerez

REDE NAMI

A Rede Feminista de Arte Urbana (Nami) é formada por

mulheres artistas que possuem como ponto de partida a

cena Urbana e trabalham com artes plásticas, graffiti,

fotografia, design, áudio visual, teatro, e outros; criando

um intercâmbio de ideias, experiências e conhecimento,

promovendo os direitos das mulheres e fortalecendo

seu trabalho artístico, intelectual e profissional. A

grafiteira Anarkia (Panmela Castro) é a presidente da

Rede, que promove eventos artísticos , cursos e oficinas.

F E F E T A L A V E R AFilha de mexicanos, a artista

plástica paulistana Fefe Talavera

vem ganhando espaço na cena de arte

de rua internacional por sua paixão.

Os bichos e monstros que grafita são

inspirados em “alebrijes” , bonecos

do artesanato mexicano feitos de

papel. “O artista que os criava dizia

que isso ajudava a diminuir seus

pesadelos” , conta. Para Fefe, suas

criaturas têm efeito semelhante. “Sou

uma pessoa violenta e a pintura me

faz relaxar” . Fefe cria metáforas para

fortes emoções humanas, como raiva,

medo, sonhos e desejos. As técnicas são

variadas: colagens, graffiti, adesivos,

ilustras com nanquim, ranhuras em

vidro e publicidade.

M A D CClaudia Walde, a madC, já era bastante

reconhecida e apreciada quando

impressionou o mundo, após grafitar

um muro de 106m de comprimento por 6m

de altura A visualidade da artista

alemã mistura o real a personagens

surreais, com cores vivas e detalhes

minuciosos.

S W O O Numa artista urbana norte americana

nascida em New London, Conecticut

e criada em Daytona Beach, Florida.

Contudo, aos 19 anos ela conquistou

Nova Iorque e se especializou em uma

arte que mistura a técnica do lambe

lambe a papéis finamente trabalhados

e recortados. Apesar do processo

delicado, os temas retratados têm

um tom crítico, por vezes bastante

pesado sobre a realidade social de

seu país.

L A D Y P I N KNascida no Equador, Lady Pink (Sandra

Fabara) ganhou Nova Iorque através

de seu graffiti. No colegial ela já

estava exibindo pinturas em galerias

de arte e em 1979, começou a competir

com os meninos por um espaço cor de

rosa, deixando as ruas e trens com um

toque feminino.

swoon

fefe talavera

fefe talavera

madc

Page 8: teste na rua leticia xerez
Page 9: teste na rua leticia xerez

“ Rock no Zé Toré ”

Evento de

música

promovido por

moradores

de diversas

comunidades

pertencentes

ao conjunto

de favelas

da Maré , que

reúne diversas

bandas locais

e , muitas vezes ,

convidados de

outros locais

de todo o Grande

Rio . O encontro

acontece

sempre no

Largo do Quarto

Centenário ,

localizado no

Morro do Timbau ,

única zona de

montanha de

todo o Complexo

da Maré , e ficou

conhecido como

“Rock do Zé

Toré ” , pois neste

largo funciona

um bar cujo

proprietário (o

tal do Zé Toré )

era quem vendia

as bebidas

e acabava

curtindo o show

com o público .

Sempre regado

a muita bebida ,

em geral da

pior qualidade

possível , o

público se

reúne em volta

dos músicos ,

que tocam no

mesmo nível dos

espectadores ,

o que sempre

ajuda na

interação com a

banda .

Antigamente , a

única intenção

era fomentar o

entretenimento

de seu público

cativo ,

apresentando

bandas de

rock . Porém

ultimamente

o evento tem

vindo com

pretensões

maiores , visando

abrir espaço

para bandas não

só do gênero

rock , mas também

de variantes

pertinentes

ao estilo e

ao contexto

relacionado ao

movimento .

Diversas bandas

oriundas do

Complexo

da Maré se

apresentam no

evento , dentre

elas Algoz , Café

Frio e D ’ Loks

destacam-se

pelo estilo

próprio e seus

trabalhos

autorais .

A banda

“Carburador ” , que

já foi composta

por inúmeros

integrantes ,

começou com uma

JAM improvisada

por alguns dos

convidados para

tocar em um

dos festivais .

Contudo ,

nas edições

seguintes , como

sempre faltava

um ou outro

integrante ,

novos músicos

eram convidados

para substituir

os ausentes . I sso

se tornou tão

frequente que

passou a ser

uma espécie de

atração a mais

no encontro ,

onde por vezes ,

até quem está na

plateia acaba

participando .

Não se tem um

controle exato

de quantas

edições

aconteceram ,

nem da

regularidade de

sua frequência ,

porém é certo

o sucesso do

evento , uma

vez que já é um

tradicional

encontro de

rockeiros (ou

não ) .

Por acontecer

ao ar livre ,

acaba por

atrair a

atenção dos

transeuntes e

moradores dos

arredores .

Por mais que

seja um evento

sem fins

lucrativos ,

subsidiado

pelos próprios

participantes e

realizado pela

simples vontade

de partilhar

música e

entretenimento ,

o “ Rock no Zé ” ,

que também já

foi chamado de

vários outros

nomes , persiste

e move dezenas

de pessoas a

contemplar

amigos ,

conhecidos e

desconhecidos

também .

fo

to

s: p

au

lo

b

ar

ro

s

Page 10: teste na rua leticia xerez

De grafiteiro

para tatuador,

Markone começou na

arte do graffiti

em 1995 com um

traço próprio em

suas pinturas,

adaptando sempre

a imagem criada ao

espaço disponível

no momento.

Recentemente

participou do

maior projeto de

Graffiti nacional,

o primeiro Museu

Aberto de Arte

Urbana do mundo.

Com o apoio da

Secretaria de

Estado da Cultura,

o MAAU é um projeto

de humanização

artística que visa

trocar a cinza

característica das

grandes metrópoles

pelas cores e

a alegria do

Graffiti.

N .U .C . a abreviação

do Primeiro

Coletivo de

Graffiti/Tattoo do

Brasil, uma junção

de idéias mais

conhecida como

Neurose Urbana

Crew. Formada por

Markone, Chivitz

e Marone em 1999

com a intenção

de criar arte a

todo o momento,

incentivando

e interagindo

com o público

do graffiti,

fidelizando assim

ainda mais a arte

em suas peles. A

tatuagem surgiu

na vida de Markone

em 2001 , em meio

a um turbilhão

de trabalhos

artísticos, e

veio para ficar.

Com seu estilo

característico,

e sua inspiração

vinda das ruas,

já participou de

várias convenções

e tatuou em

diversos lugares

do mundo. Passou

uma temporada

na Europa, onde

aperfeiçoou sua

arte com Alfredo

Genovese. O estilo

livre adquirido

em sua formação

do Grafitti foi

fundamental no

desenvolvimento do

processo de tatuar,

adaptando o traço

dos muros para as

peles. De acordo com

o tatuador Chivitz

que já esta nesse

caminho desde 1996,

o grafitti, assim

como a tatuagem

mostra-se como

intervenções na

sociedade por

chocar a o meio em

que são inseridos.

A tatuagem levou

Chivitz ao grafitti

pela vontade de

aumentar sua

visibilidade no

meio das artes

urbanas, sempre se

interessou por arte

e enquanto só era

tatuador ficava

restrito ao que

as pessoas pediam

a ele, a partir do

momento que conheço

Markone conseguiu

a ampliar seus

horizontes e firmar

suas artes em

escalas maiores.

assim que começou

com o grafite

descobriu o quão

difícil seria esse

caminho, por ser

considerada uma

arte marginalizada

e esta no mesmo

código penal da

pixação.

Depois de tudo que

passei, notei que

não importa se é um

tatuador que faz

grafite ou grafiteiro

que faz tatuagem. O que

move ambos é a vontade

de imortalizar e firmar

sua opinião seja ela

na pele de alguém ou em

uma construção.

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Page 12: teste na rua leticia xerez

impossível passar despercebido pelas obras

do fotógrafo JR. Gigantes e monocromáticas

suas imagens já estamparam várias cidades

do mundo, sempre escolhidas a dedo. As imagens

podem chocar ou fazer rir mas sempre causam

impacto. JR não revela sua identidade e diz

que o que faz é ilegal e não comissionado,

não está submetido a editores ou galerias

e sua arte é acessível para qualquer um.

N o i n í c i o d e

2 0 1 1 , o a r t i s t a

d e r u a J R

r e c e b e u o

P r ê m i o T E D

c o n c e b i d o

p a r a a g l u t i n a r

o t a l e n t o e

o s r e c u r s o s

e x c e p c i o n a i s

d a c o m u n i d a d e

T E D . É c o n c e d i d o

a n u a l m e n t e p a r a

u m i n d i v í d u o

e x c e p c i o n a l ,

q u e r e c e b e a

q u a n t i a d e U S $

1 0 0 m i l e , o q u e

é m u i t o m a i s

i m p o r t a n t e , f a z

“ u m d e s e j o p a r a

m u d a r o m u n d o ” .

A p ó s m e s e s d e

p r e p a r a ç ã o , o

g a n h a d o r r e v e l a

s e u d e s e j o

n a c e r i m ô n i a

d e p r e m i a ç ã o ,

q u e o c o r r e n a

C o n f e r ê n c i a

T E D . E s s e s

d e s e j o s d e r a m

o r i g e m a

i n i c i a t i v a s

c o l a b o r a t i v a s

d e g r a n d e

i m p a c t o .

O d e s e j o d o

a r t i s t a J R p a r a

m u d a r o m u n d o

f o i : “ D e s e j o

q u e v o c ê s s e

m o b i l i z e m p o r

a q u i l o q u e é

i m p o r t a n t e

p a r a v o c ê s ,

p a r t i c i p a n d o

d e u m p r o j e t o

a r t í s t i c o

g l o b a l , e q u e

j u n t o s p o s s a m o s

v i r a r o m u n d o …

D O A V E S S O . ”

O p l a n o é

C r i a r u m

p r o j e t o d e a r t e

p a r t i c i p a t i v o

e m l a r g a e s c a l a

q u e t r a n s f o r m e

m e n s a g e n s

p e s s o a i s e m

p e ç a s d e a r t e .

T o d o s s e r ã o

d e s a f i a d o s a

u s a r r e t r a t o s

e m p r e t o e

b r a n c o p a r a

d e s c o b r i r ,

r e v e l a r e

c o m p a r t i l h a r

a s h i s t ó r i a s

n ã o c o n t a d a s

d a s p e s s o a s a o

r e d o r d o m u n d o .

A s i m a g e n s

s e r ã o

t r a n s f o r m a d a s

e m p ô s t e r e s

e e n v i a d a s

d e v o l t a a o s

c o o p e r a d o r e s

p a r a s e r e m

e x i b i d a s e m

q u a l q u e r l u g a r

e d e q u a l q u e r

f o r m a .

Page 13: teste na rua leticia xerez
Page 14: teste na rua leticia xerez

“o que é tã

o especia

l em

m

im

? é lisonjeiro o

fa

to de que ele a

chou m

inha

ca

ra

interessa

nte o

suficiente pa

ra

usa

r com

o um

projeto de a

rte”

Bob Evans, um dos retratados

Page 15: teste na rua leticia xerez

Em seu projeto

Women JR

percorreu

cidades

do mundo

fotografando

mulheres e

utilizando

a técnica do

lambe-lambe

para colar os

retratos nas

casas e muros

da comunidade.

Na África

ao invéts de

papel também

foi utilizado

lona, que se

transformou

em telhado

nas casas

que antes não

tinham.

Em 2009, depois

de ler na

imprensa sobre

a morte de

quatro jovens

no morro da

Providencia,

o fotógrafo

decidiu que

o Rio seria

seu próximo

destino. Lá ele

fotografou

mulheres

de todas as

idades e bateu

de porta em

porta para

colar as fotos

gigantes.

já No projeto

WRINKLES OF THE

C ITY - rugas

da cidade, JR

faz retratos

de idosos que

representam

a memória da

cidade. Depois

imprime as

fotos em

tamanhos

monumentais

e as cola na

mesma cidade

em lugares que

inspiram a

história

Page 16: teste na rua leticia xerez

H A L L -O F - F A M EGraffiti, na maior

parte dos casos

em paredes legais

ou paredes pouco

expostas, sem

grandes riscos

de problemas com

as autoridades.

Hall-of-fame é

um graffiti mais

pensado e mais

trabalhado, dando

importância não

só a escrita , mas

também aos fundos

e eventuais

personagens.

Quando o hall-

of-fame atinge

uma proporção

considerável,

é muitas vezes

também chamado de

produção.

O G R A F F I T I É

C O M P O S T O P O R V Á R I O S

E S T I L O S E F O R M A S .

L I S T A M O S A Q U I O S

M A I S C O N H E C I D O S

A T U A L M E N T E E ,

C O N S E Q U E N T E M E N T E ,

M A I S U T I L I Z A D O S

C R E WUm grupo de

grafiteiros,

que se une por

um objectivo

e forma o seu

‘ ’colectivo’ ’ . As

crews costumam

ter nomes

extensos, que

são abreviados

através

de siglas,

normalmente

entre 2 a 4

letras. Através

dessas siglas,

algumas

vezes são

criadas novas

definições para

o nome de crew.

Um grafiteiro

pode pertencer

a várias crews.

Muitas vezes os

próprios optam

por pintar o nome

das suas crews,

seja abreviado

ou por extenso,

em detrimento do

seu próprio tag

(assinatura) . Se

os grafiteiros

dão reputação

às suas crews, o

contrário também

acontece. Ou seja,

assim como um

grafiteiro pode

deixar sua crew

mais famosa a

própria crew

pode fazer o

mesmo com outros

grafiteiros da

mesma família.

Page 17: teste na rua leticia xerez

T R A S H -T R A I NNormalmente

quando os

grafiteiros

se referem

a comboios,

utilizam a

palavra inglesa

train, existe

então o conceito

de trash-

train , que se

utiliza para

comboios fora de

circulação, que se

destinam a abate

ou requalificação.

Geralmente

estes vagões são

bastante fáceis

de pintar, ideal

para obter bons

resultados em

graffiti, uma vez

que o próprio

grafitéiro tem

mais tempo para

elaborar a sua

arte.

B O M B I N Gpoderá ser

considerado

qualquer tipo de

graffiti ilegal.

No entanto, quando

se fala de um

bombing ou bomb,

fala-se de um

graffiti proibido,

ou seja, graffiti

em qualquer

lugar na rua sem

a autorização

do proprietário

local.

Page 18: teste na rua leticia xerez

W I L D S T Y L EEstilo de graffiti

nascido em Nova

Iorque nos anos 70. É

um estilo bastante

complexo, que vive

muito da intersecção

de formas e que

normalmente

tem um elemento

característico

que são as setas.

O resultado

final torna-se

algo altamente

indecifrável para

quem esteja fora do

graffiti e , por vezes,

até para quem está

por dentro.

T H R O W - U PÉ provavelmente o

tipo de graffiti

mais dificil de

definir juntamente

com o wild stile,

como a própria

tradução diz,

throw-up significa

“vomitar” trata-

se de graffiti’s

que usa só os

contornos e de forma

arredondada (na

maioria das vezes) .

Mais concretamente

é a atividade do

grafiteiro quando

este se limita a

tagar (assinar) seu

nome ou o nome de

suas crews.

Page 19: teste na rua leticia xerez

S T Ê N C I LMolde recortado

em cartolina,

radiografias, ou

outros materiais

de maneira a

criar formas

pré-defenidas,

encostando esse

molde a uma

superfície, e

passando spray

por cima, ficando

com as formas

subtraidas

à cartolina,

pintadas na

parede. Ideal

para fazer em

superfícies

pequenas, é rápido

de executar, e

permite também

reproduzir o

mesmo desenho em

vários sítios.

A origem do stencil se encontra na China,

juntamente com a invenção do papel, no século

105 d.C. Antes disso a técnica utilizava-se de

elementos naturais, como folhas e rochas, para

fazer máscaras das partes que não se podia

colorir com os pigmentos. Com o uso do papel se

começou a entalhar a forma, o desenho, a escrita e

tudo o mais que se quizesse reproduzir fielmente.

Se pode dizer que o stencil foi a primeira forma

de gravura.

Nos anos 600, na China, começaram a fazer

desenhos mais complexos e aplicar a técnica

para a decoração de tecido, embora com o uso de

poucas cores. Foi porém no Japão que a técnica

do stencil sobre o tecido se aperfeiçoou com a

introdução de uma primeira máscara lavável e,

consequentemente, reutilizável. O papel recebia,

antes de ser entalhada com o motivo desejado,

um tratamento especial com suco de caqui. Isso o

deixava impermeável.

Page 20: teste na rua leticia xerez
Page 21: teste na rua leticia xerez

por Ana Carolina Ralston

DESTAS DUAS MENTES TRANSBORDAM TODAS AS CORES E SABORES DA IMAG INAÇÃO . LÁ TUDO É POSS ÍVEL E QUALQUER SONHO SE TORNA REAL IDADE . A I NSP IRAÇÃO PARA TANTOS DESENHOS E FÁBULAS MÁG ICAS VEM DA FORMA COM QUE A DUPLA GUSTAVO E OTÁV IO PANDOLFO , CONHEC IDOS COMO OSGEMEOS ,REFLETEM EM SEU INTER IOR A REAL IDADE E A FANTAS IA QUE LHES RODE IAM . CADA PEQUENO DETALHE , PORQUE SÃO ATRAVÉS DELES QUE SUAS OBRAS ASSUMEM ESTA FORMA JÁ TÃO RECONHEC ÍVEL , SÃO COMPONENTES IMPORTANTES NA CR IAÇÃO DO MUNDO FANTÁST ICO , CHE IO DE H ISTÓR IAS COT ID IANAS EM FORMA DE POES IA . O MUNDO ENCANTADO EM QUE V IVEM TODOS OS SEUS PERSONAGENS E QUE FUNC IONA COMO A JANELA DA ALMA ÚN ICA DOS IRMÃOS GÊMEOS É REPLETO DE UMA M ISTURA HARMON IOSA ENTRE REAL ISMO E F ICÇÃO . SUAS H ISTÓR IAS DANÇAM ENTRE DO IS IMPORTANTES P ILARES . O OLHAR SONHADOR QUE POSS IB IL ITA A MATER IAL IZAÇÃO DE UM MUNDO CHE IO DE FANTAS IAS E SUAS CR ÍT ICAS INC IS IVAS SOBRE AS D IF ICULDADES ENFRENTADAS POR TANTOS C IDADÃOS ESPALHADOS PELO MUNDO ,V IT IMAS DE UM MODELO SOC IOECONÔM ICO QUE SE ENCONTRA EM GRANDE TRANSFORMAÇÃO . DESSA UN IÃO NASCEM OBRAS QUE INVOCAM UM UN IVERSO L ÍR ICO E CR IAÇÕES QUE MESCLAM AMBAS PROJEÇÕES , COMO SE OS PRÓPR IOS PERSONAGENS MÁG ICOS CR IT ICASSEM COM OLHOS INOCENTES TODA A D ISCREPÂNC IA QUE EX ISTE NESTA SOC IEDADE .

Page 22: teste na rua leticia xerez

O graffiti entrou na vida dos

irmãos em 1986, quando ainda viviam

na região central de São Paulo

onde passaram sua infância e

adolescência. A cultura hip hop

chegava ao Brasil e os jovens do

bairro começaram a colorir suas

idéias nos muros da cidade. Naquela

época, com apenas 12 anos, tudo

era novidade e sem ter de onde

tirar suas referencias, Gustavo e

Otavio improvisavam e inventavam

sua própria linguagem, pintando

com tintas de carro, látex, spray

e usando bicos de desodorante e

perfume para moldar seus traços; já

que ainda não existiam acessórios

e produtos próprios para a prática.

O que a cidade proporcionou a eles

foi essencial para o desenvol-

vimento de todas as habilidades

que se transformaram depois no

estilo próprio e imediatamente

reconhecível dos artistas.

O graffiti atuou sempre como uma

válvula de escape para a dupla. Uma

maneira que encontraram de criar

um mundo onde só se pode penetrar

através de suas mentes e onde tudo

funciona pela lógica própria de

Tritrez, o universo habitado pelos

personagens amarelos, onde brilha e

reina a sintonia entre todos os seus

elementos. Cada parte e cada detalhe

esta mergulhada na magia que envolve

a imaginação dos irmãos.

A pintura feita nas ruas e as criações

feitas para obras e instalações

em galerias partem do mesmo mundo

onírico que existe dentro da mente

da dupla, mas tomam rumos distintos.

A primeira é o próprio dialogo

dos artistas com as ruas, com cada

pessoa que passa e de forma direta

ou indireta interage com a pintura,

isso é o graffiti. A segunda é a

materialização de sonhos, ideais,

criticas sociais e políticas que

retratam o universo vivido dentro em

contraste com que se apresenta fora

no dia-a-dia dos próprios irmãos. No

momento em que todas estas idéias

entram dentro de uma galeria elas

deixam de pertencer ao graffiti e

passam a fazer parte do mundo que

envolve a arte contemporânea.

Page 23: teste na rua leticia xerez

A I M A G I N A Ç Ã O S Ã O A S A S A S Q U E

O S G E M E O S U T I L I Z A M P A R A I R

A O S M A I S D I V E R T I D O S E I L U S Ó R I O S

L U G A R E S Q U E H A B I T A M S U A S M E N T E S .

É A P O R T A A B E R T A E O C O N V I T E P A R A

M E R G U L H A R N O H U M O R E N A S D E L I C I A S

D E P O D E R C R I A R U M M U N D O D A N O S S A

P R Ó P R I A M A N E I R A E C O M T O D A S A S

C O R E S E F A N T A S I A S Q U E S E P O S S A

I M A G I N A R .

Page 24: teste na rua leticia xerez

Lapa , imagine 12 metros de andaime e um muro de 300 metros no coração

do Rio de Janeiro , acrescente muitas latas de spray , muitas cores , e

o resultado é esse painel denominado “BAMBAS DA LAPA ” , pintado pelos

grafiteiros : Acme , Afa , Aira , Akuma , Br , Bragga , Ch2 , Chico , Eco , Godri , Jou ,

Ment , Pia , Swk , Tm1 e Toz . Este painel faz parte do Projeto R .U .A . O famoso

reduto da boemia , a Lapa agora virou uma galeria a céu aberto . Alguns

grafiteiros profissionais criaram um painel com o tema “Rio , samba ,

boemia carioca e Lapa ” na lateral de um sobrado — o espaço tem 300 metros

quadrados — , na Rua Cardeal Câmara , próximo à Fundição Progresso . A

iniciativa foi fruto de uma parceria público-privada , é uma nova ação de

um programa antipichação da prefeitura . A obra ficará pronta no próximo

sábado e deve ser a primeira de outras nos mesmos moldes .

— A ideia mostra que a Lapa não é só boemia , mas o berço do grafite também .

Queremos valorizar a arte de rua e com ela combater a pichação . O inicio

foi na Lapa , mas já existem planos de revitalizar muito outros lugares e

também de levar o projeto para Santa Teresa . Os Pichadores dão prejuízo de

R$2 milhões à prefeitura . Por isso programamos o grafite na revitalização

da lapa . e foi confeccionado através da união de esforços públicos e

privado , num movimento pra revitalização da Lapa .

Um dos produtores do painel , André Bretas , chamou a atenção para o fato

de a obra ser um trabalho coletivo . O grupo de grafiteiros é formado por

nomes conhecidos no meio . Para o trabalho , serão utilizadas 600 latas de

spray , 120 litros de tinta látex e três andares de andaimes . Os artistas

empregarão 35 cores diferentes .

— Acredito que a Lapa vá abraçar o projeto , sim . Com estrutura e incentivo ,

grafiteiros de todas as partes terão interesse de fazer painéis aqui no

bairro .

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TRANSFORMAR A LAPA

NUMA GRANDE GALER I A

— THOMAZ V I ANA , O TOZ .

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Banksy é o pseudônimo de um grafiteiro, pin-tor, ativista políti-co e diretor de cinema inglês. Sua arte de rua satírica e subversiva combina humor negro e graffiti feito com a técnica de estêncil. Seus trabalhos de co-mentários sociais e políticos podem ser encontrados em ruas, muros e pontes de ci-dades por todo o mundo. O trabalho de Banksy nasceu da cena alter-nativa de Bristol, e envolveu colaborações com outros artistas e músicos. De acordo com o designer gráfico e autor Tristan Manco, Banksy nasceu em 1974 em Bristol, onde tam-bém foi criado. Filho de um técnico de fo-tocopiadora, começou como açougueiro mas se envolveu com graffiti durante o grande boom de aerosol em Bristol no fim da década de 80. Observadores notaram que seu estilo é muito

Suas obras são carregadas de conteúdo social

expondo claramente uma total aversão aos

conceitos de autoridade e poder. Em telas e

murais faz suas críticas, normalmente sociais,

mas também comportamentais e políticas, de

forma agressiva e sarcástica, provocando em

seus observadores, quase sempre, uma sensação

de concordância e de identidade. Apesar de

não fazer caricaturas ou obras humorísticas,

não raro, a primeira reação de um observador

será o riso. Espontâneo, involuntário e

sincero, assim como suas obras.

similar à Bleck Le Rat, que começou a traba-lhar com estencils em 1981 em Paris, e à campa-nha de graffiti feita pela banda anarco-punk Crass no sistema de tu-bulação de Londres no fim da década de 70. Co-nhecido pelo seu des-prezo pelo governo que rotula graffiti como vandalismo, Banksy ex-põe sua arte em locais públicos como paredes e ruas, e chega a usar objetos para expô-las. Banksy não vende seus trabalhos diretamen-te, no entanto, sabe--se que leiloeiros de arte tentaram vender alguns de seus graffi-tis nos locais em que foram feitos e deixa-ram o problema de como remover o desenho nas mãos dos compradores. O primeiro filme de Banksy, ‘Exit through the Gift Shop’, teve sua estréia no Festival de Filmes de Sundance em 2010 e foi nomeado para o Oscar de Melhor Documentário.

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