Testes Borracha

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Cargas para Indstria de Borracha

Para se fazer um composto de borracha, devemos observar as seguintes propriedades:- Assegurar um produto que satisfaa as exigncias de uso Utilidade.

- Ser um produto eficiente em suas funes Qualidade.- Obter um produto com o custo mais baixo o possvel Relao custo/benefcio.

Os principais ingredientes de formulao so classificados como:

-Elastmeros

O elastmero a base da mistura. Ex: SBR

- Agentes de Vulcanizao

o responsvel pela grande transformao do elastmero, passando-o de plstico para elstico, de solvel para insolvel. Ex: Enxofre.

- Aceleradores

So substncias que reduzem o tempo de vulcanizao, melhorando as propriedades fsicas.

-Ativadores

So os responsveis diretos pela ativao da vulcanizao. Ex: xido de zinco e o cido esterico.

-Retardadores -Antioxidantes

So utilizados para reduzir o risco de pr-vulcanizao de um composto.

So usados para evitar o processo de envelhecimento do elastmero. So substncias adicionadas para facilitar -Auxiliares de processo operaes tais como: mistura, calandragem, extruso e moldagem, e com isso reduzir os custos. So ingredientes usados para reduzir custo. Podem reforar as -Cargas propriedades fsicas de um elastmero, alm de dar certas caractersticas de processamento. Ex: negro-de-fumo. -Plastificantes Tm a funo de reduzir a viscosidade, para facilitar a absoro dos demais ingredientes e o processamento do composto. So usados em casos especiais. So exemplos: -Outros -Agentes de expanso -Retardantes de chama - Pigmentos - Odorantes

Uma das leis que regem os conceitos de elasticidade a Lei de Hooke que traduz uma relao de proporcionalidade entre tenses e deformaes:

=Eo.

Onde: tenso aplicada, fora aplicada por unidade de rea; E0 coeficiente de proporcionalidade, chamado mdulo de elasticidade ou mdulo de Young; deformao relativa, isto , a deformao observada ao dividir pela dimenso inicial.

Figura 1 Curva Tenso-Deformao para um ao.

Figura 1 Curva Tenso-Deformao (ao)

Figura 2 Curva Tenso-Deformao (borracha)

Figura 1 Curva Tenso-Deformao para um ao.

Tenso limite elstica: Tenso qual o material comea a ceder plasticamente, i.e. ponto para o qual passa a haver deformao permanente e a curva tenso / deformao deixa de ser linearMaterial muito rgido (tpico de um cermico) plastica tenso elastica fractura (tpico de um metal) Tenso limite elstica (tpico de um polmero)

Muito dctil, Material pouco rgidodeformao

O corpo de prova estendido a uma velocidade padro constante at a sua ruptura. A resistncia trao, avaliada pela carga aplicada por unidade de rea no momento da ruptura. O alongamento representa aumento percentual do comprimento da pea sob trao, no momento da ruptura. O mdulo de elasticidade ou mdulo de Young medido pela razo entre a tenso e a deformao, dentro do limite elstico, em que a deformao totalmente reversvel e proporcional tenso.

A fora aplicada concentrada na posio do corte. O teste mede a energia necessria para rasgar o corpo de prova numa velocidade especfica de separao. A resistncia ao rasgo exprime-se em unidades de fora por milmetro de espessura de borracha (N/mm).

baseada na penetrao de uma esfera rgida num corpo de prova, em condies previamente fixadas. conhecida a relao entre a profundidade de penetrao de uma esfera rgida e o mdulo de Young, para um material perfeitamente elstico e isotrpico:

F a fora de penetrao, em Newton; E0 o mdlo de Young, em MPa; R o raio do penetrador esfrico, em mm; P a profundidade de penetrao, em mm.

Consiste em unir quimicamente as cadeias polimricas individuais Formao de ligaes cruzadas Visa obteno de uma rede tridimensional elstica Melhora as propriedades elastomricas desejadas no produto final. O desempenho do material nesta fase do processo avaliado pelos testes de vulcanizao

Tenso

Reao de Vulcanizao Efeitos nas propriedades mecnicas do processo de vulcanizao -Aumento a deformao elstica, - Diminuio da deformao plstica,

No processo de vulcanizao, trs fatores so importantes: 1 - Velocidade de formao de ligao cruzada, 2 - Extenso final da formao de ligaes cruzadas, 3 - Tempo para incio do processo de formao de ligao cruzada.

O desempenho da vulcanizao avaliado por testes baseados em mudanas fsicas que ocorrem na borracha. Estas mudanas geralmente ocorrem em trs estgios: Perodo de induo; O perodo de induo representa o tempo, na temperatura de vulcanizao, durante o qual no ocorre formao das ligaes cruzadas.

Estgio de cura ou vulcanizao: Aps o perodo de induo, ocorre a formao das ligaes cruzadas em uma velocidade dependente da temperatura, do tipo de borracha e do sistema de cura empregado. medida que os aditivos do sistema de cura so consumidos, as reaes de vulcanizao tornam-se lentas at que uma rigidez tima atingida. Este ponto representa a vulcanizao completa. Estgio de reverso ou sobrecura: Aquecimento adicional pode resultar em um aumento muito lento da rigidez ou em seu decrscimo, dependendo do tipo de borracha utilizado. Estas mudanas finais so conhecidas como sobrecura.

Componente Copolmero de Butadieno-Estireno (SBR)xido de Zinco cido Esterico N-ciclohexil-2-benzoatil sulfenamida (CBS) Dissulfeto de Tetrametil Tiuram (TMTD) Aminox Negro de Fumo leo Aromtico Enxofre

Massa (g) 30012 6 3 1,5 3 60 15 6

FunoAtivador Ativador Acelerador de vulcanizao Acelerador de vulcanizao Anti-Oxidante Carga de Enchimento Plastificante Agente Vulcanizante

Moinho de mistura

Remetro de cavidade oscilante Norma ASTM D-2084 Durao: 1 hora

Equipamento contm um cavidade mantida sob alta temperatura Uma quantidade do composto reticulada enquanto so medidos valores de torque em relao ao tempo, impostos pela oscilao em um determinado ngulo de um eixo rotor. Plotados em um grfico Definindo a curva reomtrica do composto

Durmetro do tipo Shore A;Introduo de um penetrador mediante um peso; Tempo de medida: 20 segundos; Determinao de dureza segundo a norma ASTM 2240.

Durmetro tipo Shore A

Equipamento - Norma ASTM D 412

Corpos de prova - Norma ASTM D 412

Vulcanizao: Unir quimicamente cadeias polimricas, por meio de ligaes cruzadas Rede tridimensional elstica Desempenho do material: Teste de vulcanizao Mudanas fsicas ocorrem em 3 estgios: Perodo de Induo Estgio de vulcanizao Estgio de reverso

Torque mnimo (ML): medida da rigidez da amostra no vulcanizada em dada T Torque mximo (MH): medida da rigidez ou mdulo de cisalhamento da amostra completamente vulcanizada em dada T de vulcanizao. Tempo de pr-vulcanizao: Tempo no qual comea a vulcanizao Tempo timo de vulcanizao: Tempo necessrio para atingir 90% do torque mximo na curva

t90 = (MH ML) x 0,9 + ML

Tempo de pr-vulcanizao: 1 min e 51 segundos Torque mnimo com negro de fumo: 0,91 x Torque mnimo sem negro de fumo: 14,06 Menor dificuldade de processamento Torque mximo com negro de fumo: 15,90 x Torque mximo sem negro de fumo: 14,86 Maior rigidez da composio Tempo timo de vulcanizao: 4 min e 31 segundos x t90 sem negro de fumo: 7 min e 12 segundos Favoreceu reao de vulcanizao

CORPO DE PROVA CP1 CP2 CP3

DUREZA (Fora/rea) 51 50 53

CP4 CP5

52 50

Resultados do teste de Dureza

Mdia = 51,2 Shore A; Desvio Padro = 1,16; Classificao: macia (entre 40 e 60);Dureza (sensitiva) Muito Macia Macia Mdia Dura Muito Dura Dureza Shore A Inferior a 40 40-60 60-75 75-90 90-100

Dados obtidos atravs do ensaioResultados obtidos no ensaio de trao

Corpo deprova CP1 CP2 CP3 CP4 CP5 Nm de CPs Mdia Mediana Des. Pad. Coef. Var (%) Mnimo Mximo

Comp. Base (mm) 25,10 25,10 25,10 25,10 25,10 5 25,10 25,10 0,0000 0,0000 25,10 25,10

rea(mm2) 11,46 11,16 12,26 12,26 11,83 5 11,79 11,83 0,4882 4,139 11,16 12,26

Tenso

Def.

Mod.

Tenso

Energia

Tenso

Ruptura Especifica Elastici. Ponto PT1 Ruptura Ponto PT2 (MPa) 4,60 3,59 6,24 4,54 4,88 5 4,772 4,601 0,9532 19,97 3,594 6,239 Ruptura(%) 275,35 226,94 342,51 285,95 297,53 5 285,7 285,9 41,62 14,57 226,9 342,5 (MPa) 2,78 3,32 2,72 2,13 2,84 5 2,755 2,775 0,4252 15,43 2,125 3,318 (MPa) 1,59 1,61 1,56 1,43 1,57 5 1,551 1,571 0,07322 4,719 1,425 1,611 (N.mm) 1718,46 1167,29 2861,32 1820,41 2021,19 5 1918 1820 615,1 32,07 1167 2861 (MPa) 5,05 2,22 2 3,635 3,635 2,000 55,04 2,220 5,049

Dados obtidos atravs do ensaio

Comparao com dados encontrados na literatura

Fonte: Artigo Tcnico Cientfico sobre Propriedades Mecnicas e Resistncia Chama de Composies SBR/Negro de Fumo/Hidrxido de Alumnio

Os dados experimentais obtidos neste estudo no so aplicveis para qualquer tipo de composto e processo de vulcanizao, pois mudanas na formulao do composto elastomrico e da temperatura da vulcanizao certamente geraro dados diferentes. A metodologia adotada poder ser aplicada em vrios processos de vulcanizao, permitindo controlar com maior preciso a qualidade do artefato e o tempo de vulcanizao.

No teste de dureza concluiu-se que a formulao pruduzida de classificao macia. De acordo com o ensaio de trao concluiu-se que a formulao produzida no de bom desempenho Para ter conhecimento da influncia do negro de fumo no mateiral produzido seria necessrio a realizao de testes variando o quantidade de negro de fumo.