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8/14/2019 Textos Didticos em Indologia - A Histria Material
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Introduo
O objetivo deste texto , antes de tudo, fornecer uma
base didtica para o estudo da ndia Antiga. Longe de serum texto completo, trato aqui dos dados mais superficiaise abrangentes que possam conduzir o interessado numestudo srio e esclarecido sobre o tema, de modo arealizar uma exposi!o que n!o seja nem cansativa, nemmuito complexa. "nevitavelmente, somos obrigados a nosdeparar com algumas relativiza#es te$ricas necessriasao aprofundamento do estudo desta civiliza!o, cujas
especificidades invocam um ol%ar bastante cuidadoso. &oentanto, deter'me'ei, aqui, num conjunto de explana#esbsicas que sirvam de referencial a todas estas quest#es.
"gualmente, a determina!o dos elementos bibliogrficosserve a proposta inicial de tornar um pouco mais acess(veleste nosso estudo. )usquei, pois, indicar textos que sejamfacilmente encontrados, que estejam em nosso idioma e
que sejam de academicamente vlidos, afastando'mepropositalmente de toda e qualquer publica!o de carterexotrico ou de fonte duvidosa. &o caso espec(fico da"ndologia, sabemos que tais textos abundam em profus!o,dificultando o estudo srio da ndia e comprometendo umtrabal%o esclarecido.
&*"+
http://india-antiga-didatica.blogspot.com/2007/07/introduo.htmlhttp://india-antiga-didatica.blogspot.com/2007/07/introduo.html8/14/2019 Textos Didticos em Indologia - A Histria Material
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-a Aula ' ist$ria /aterial0exto de Apoio ' 1uarenta 2culos de "ndianidade, por3u4 Anequin0exto de Apoio ' 5ig 6eda0exto de Apoio ' 2ama 6eda0exto de Apoio ' At%arva 6eda0exto de Apoio ' 7ajur 6eda0exto de Apoio ' Aran4a8as e )ra%amanas0exto de Apoio ' Os 9panis%ads0exto de Apoio ' O /a%ab%arata0exto de Apoio ' O 5ama4ana
0exto de Apoio ' 3ri%i4a sutra0exto de Apoio ' *%arma 2utra0exto de Apoio ' As Leis de /anu0exto de Anlise ' A Literatura indu(sta, por Louis 5enou
)ibiografia
1a Aula: A Histria Material
Singularidades da Histria Indiana
:ara estudar a ist$ria da ndia necessrio ter em mente que as
concep#es que regem a constru!o do passado, para os indianos,
n!o s!o as mesmas que as nossas. &em ao menos esses par;metros
s!o semel%antes ao de outros %istoriadores antigos, tais como o
grego 0uc(dides e do +%in
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ser dominada como forma de integra!o com a natureza do
9niverso. :or conseguinte, a organiza!o social e cultural da ndia
antiga deve ser entendida por uma pl
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lingE(sticos com os vest(gios materiais trazidos pela arqueologia. Os
estudos da literatura indiana d!o indicativos da evolu!o dos
processos culturais e mentais que permearam a organiza!o da
civiliza!o indiana, mas elas sofrem de um grande problema de
data!o. sta mesma quest!o aparece em rela!o a arqueologia,
que no entanto nos d no#es mais precisas sobre a organiza!o
material e sobre o cotidiano desta sociedade. Logo, os modelos
constru(dos para explicar a ist$ria "ndiana ainda s!o frgeis em
alguns pontos, tais como contexto, tempo, etc, mas s!o
extremamente frteis no campo cultural e s!o relativamente bem
providos de elementos materiais >Leite, -CCC?.
Concepes sobre a forao da ci!ili"ao indiana: Harappa#
Mo$en%o &aro# &asas e 'rias
Apesar de con%ecermos mais profusamente o per(odo vdico da
cultura indiana >a partir do sculo '-F?, o territ$rio indiano antigo
>que %oje abrange n!o s$ a ndia mas tambm :aquist!o e
Afeganist!o? nos deixou referH%eeler, -CIC e Alc%in, -CCJ?. las eram,
no entanto, bastante avanadas tecnicamente.
A cultura dasa >con%ecida tambm como drav(dica? parecia agrupar
um vasto grupo de popula#es aut$ctones, estruturadas em tribos e
cidades'estado com crenas religiosas semel%antes, e uma
sociedade bem menos %ierarquizada do que seria a Kria.
:raticariam a agricultura e teriam tido poucos contatos com outros
povos da poca.
2!o os arianos >ou rias? porm, que iriam realmente construir a
sociedade vdica. les compun%am parte dos povos que em levas
sucessivas vieram a colonizar a uropa e parte da Ksia, sendo
con%ecidos como "ndo'europeusM >liade, -CDJ?. Ao contrrio doque se pensa, os arianos n!o impuseram um sistema de domina!o
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avassaladora, mas gradual, baseado num sistema de alianas com
tribos dasas onde os momentos de conflito se alternaram com fases
de conviv+ourtilier, -CDCN H%eeler, -CIC e
raPle4, -CCJ?. xistem %ip$teses variadas para explicar esta
rela!o.
Os arianos trouxeram uma cultura pastoril, bem representada nos
6edas >como veremos adiante?, guerreira, polite(sta e estratificada,
que foi responsvel pela cria!o das varnas >castas? na sociedade
indiana. &o entanto, veremos que a constru!o da sociedade vdica
resultante da fus!o dessas duas civiliza#es, que conjugou os
elementos necessrios para a estrutura!o de uma cultura repletade concep#es espirituais e filos$ficas, mas inserida numa realidade
material bastante complexa.
Esta civili(ao nova, dita do 7ndo ou de 8o)en.o*9aro e -arappa,
se0undo o nome dos dois lu0ares e/plorados, parece ter
representado um papel capital na formao da indianidade! Ela '
portadora, com efeito, de 0ermes dessa personalidade que eclodir
perto de dois milnios mais tarde e isso apesar de um lon0oeclipse, de um sono prolon0ado e perturbador, depois que essa
civili(ao bril)ante, essencialmente urbana na sua manifestao,
mas de essncia a0rria, se apa0ou eni0maticamente por volta de
:;
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provocaram o espanto nos especialistas% at' ento nem se
suspeitava da e/istncia dessa civili(ao> Estas cidades*estado
cercavam*se de espessas mural)as, que nos alam de ameaas e de
inse0urana, tanto quanto as imponentes cidadelas, que
freq?entemente as coroam e (elam pela sua se0urana e seus
bairros dispostos como um tabuleiro de damas, cortados por lar0as
art'rias orientadas na direo do vento! @ormalmente utili(ava*se
o ti.olo co(ido para as infra*estruturas e o ti.olo seco ao sol para
os alicerces! 6anali(a+es muito aperfeioadas levavam a 0ua do
rio mais pr/imo at' mais )umilde )abitao% outras,
constitu&das por re0os, situados no meio das art'rias, cobertos por
pedras ac)atadas, drenavam as 0uas su.as e pluviais% esteses0otos coletores desembocavam em poos de decantao! Esta
preocupao pela )i0iene e bem*estar 0eral apresenta um carter
e/cepcional para a 'poca, que se preocupava pouco com a sorte
dos )umildes! !!!B @os bairros p1blicos encontraram*se instala+es
imponentes de celeiros, que possu&am um en0en)oso sistema de
isolamento e ventilao% sua importncia su0ere uma or0ani(ao
social avanada e estruturada! Al0uns comparam estes celeiros
p1blicos a verdadeiros bancos nacionais, servindo o cereal demoeda de troca, de unidade de referncia! Codas as mercadorias
eram avaliadas por medidas de cereais! Alis, a mais importante
ocupao e a prosperidade os 7ndianos repousava na intensa
atividade a0r&cola, que proporcionou a atividade citadina
complementar! Dicamos verdadeiramente admirados de, nesses
tempos profundamente reli0iosos, no encontrarmos templos ou
vest&0ios da estaturia que os povoaria, como foi re0ra noutros
lu0ares durante toda a anti0uidade, nem sequer estatuetas de
adoradores em atitude de orao diante de sua divindade!
4odemos concluir que a reli0io ficava num plano secundrio @um
plano inferior, talve(, ao da reli0io no E0ito e 8esopotmia,
ainda que parea incr&vel, que a reli0io fosse ne0li0enciada nesta
'poca e nesta ndia donde partir o budismo! 3em d1vida revestir*
se*ia de formas que descon)ecemos ainda! As fi0urin)as de pedra
ou bron(e encontradas Fsomente on(e peas fra0mentadas depequeno formato para todo o 8o)en.o*9aroG e 0rande quantidade
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de fi0urin)as em ar0ila, contribuem para uma certa documentao
sobre esta sociedade e seus meios de e/presso!
Anequin, 3. 1uarenta sculos de indianidade. >-CDC?
(s te)tos $istricos e suas funes
:ara concluir esta primeira parte, devemos con%ecer a
documenta!o com a qual trabal%amos. A literatura indiana antiga
rica em quantidade de textos, mas restrita em alguns aspectosQ
n!o encontraremos, por exemplo, praticamente nen%um texto
sobre ist$ria propriamente ditaQ na verdade, o primeiro texto do
gA ist$ria "ndi8a, de /egastenes,sobre o imprio /aur4a, %oje perdida e cujos fragmentos se
encontram na obra de Arriano?. :odemos, no entanto, estabelecer
uma srie de clivagens sobre sua organiza!o social, sobre sua
cultura e sobre o pensamento, tendo em vista a profus!o de textos
religiosos e jur(dicos existentes, alm de uma srie de %ist$rias e
textos mitol$gicos. m lin%as gerais, temos a possibilidade de
organizar estes documentos da seguinte formaQ
6edasQ s!o os primeiros textos da literatura vdica, sendo o
principal o 5ig 6eda, tido como revela!o divina. +omplementam'
no o 2ama e o 7ajur, conquanto o At%arva ten%a sido absorvido
apenas tardiamente por seu conteGdo mgico'popular. +omp#e'se
de textos de carter religioso e explicativo, abordando inGmeros
aspectos rituais da cultura ria.
Aran4a8as e )ramanasQ representam uma espcie de transi!o
entre os 6edas e os 9panis%ads, sendo que estes Gltimos s!o os
textos mais importantes.
9panis%adsQ representam a conclus!oM da literatura vdica. 2ua
constru!o bastante diferente dos 6edas, que guardavam o que
%avia de mais importante na cultura ariana, em contraposi!o aos
textos upanis%adicos que tratam do que % de mais espiritualizadona cultura vdica. 2!o estes textos que apresentam de forma clara
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as quest#es do 8arma, da vida, do cosmos, das tcnicas de dom(nio
do corpo de da mente, etc. manifestando a fus!o dos elementos
dasas com os rias. xistem mais de duzentos 9panis%ads, versando
sobre os mais diversos assuntos, mas alguns s!o considerados como
fundamentais at os dias de %oje >tal como Rena, Rat%a, /unda8a,
"s%a, etc.?.
:uranasQ s!o as %ist$riasM indianas, mais pr$ximas de fbulas e
lendas do que propriamente de uma %ist$ria cient(fica. /as como
algumas guardam elementos religiosos importantes, tal diferena
n!o era considerada pelos indianos. +omo exemplos desses textos
temos os famosos /a%ab%arata e 5ama4ana , alm de textos como2rimad )%agavatam e o 6etalapancavimsati8a, con%ecido como
+ontos do 6ampiroM.
Alm desses textos, podemos citar igualmente os textos jur(dicos
dos quais destacamos As leis de /anu >/anavad%armas%astra? e o
Artas%astra, alm dos textos pr$prios de conduta. Ainda existem os
textos mundanosM, tais como de medicina, matemtica ou de
rela#es sociais, do qual destacamos o Rama sutra >feito numper(odo posterior ao tratado, porm?. +ada um deles representa
para a cultura indiana um papel espec(fico, que devemos buscar
compreender de forma bem clara >5enou, -CIJ?.
As literaturas indianas so reli0iosas em sua ori0em! H 0raas aos
poetas reli0iosos pante&stas, adoradores das divindades da aurora,
das montan)as e dos rios, que temos os primeiros te/tos literrios
* os Iedas! 3eus autores viveram ) J!;
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)umana, mas nascidas da prpria boca do demiur0o Mra)ma!
Ce/tos revelados que no poderiam se anunciar a no ser em
snscrito, a l&n0ua dos deuses! 9urante o per&odo v'dico, que dura
quase mil anos, o snscrito torna*se a l&n0ua franca, codificada
desde o s'culo N a!6! pelo 0ramtico 4anini! @o entanto, mesmo
nessa 'poca, a ndia . era multil&n0ue e a escol)a desta ou
daquela l&n0ua pelos poetas e bardos tin)a implica+es sociais e
reli0iosas importantes! Muda, por e/emplo, aparece no s'culo N
a!6! 3eu ensinamento era dissonante com o elitismo brmane!
Da(ia suas pre0a+es em dialetos populares como o pali ou o
praOrit! Cesouro da literatura narrativa mundial, os PataOa, ou as
narrativas das vidas anteriores de Muda, Fsendo que al0umas foramcontadas pelo 8estre em pessoaG, esto em pali, l&n0ua de
contestao da ri0ide( do )indu&smo e do sistema de castas!
+%anda, 0. *os 6edas ao Rama 2utra, STTD.
*e)to de Apoio + ,uarenta S-culos de Indianidade# por .u/Anequin
por 3u4 Anequin em A +iviliza!o "ndiana >-CDC?, ditora erni, 5io
de Baneiro.
A 0ndia roto+Histrica
A ndia era povoada desde a noite dos tempos, quando, % F.TTT
anos, alguns cl!s c%egaram a fixar'se = volta de seus campos, perto
de seus reban%os, em grandes aldeias com atividades cada vez mais
organizadas. +om a ajuda de argila, fazem recipientesN observam asqualidades de um minrio vermel%oQ o cobre, que, primeiro
martelado, depois fundido, oferecia um grande avano em rela!o
= pedra para o fabrico de ferramentas. ssas primeiras aldeias
primitivas, como as de Rulli e de /e%i, foram recon%ecidas
principalmente na prov(ncia do )aluquist!o, que se limita com o
"r!. &o entanto, cada uma destas comunidades mostra uma certa
originalidade e distingue'se da vizin%aQ uns enterravam seus
mortos, outros queimavam'nosN o tijolo prevalece neste lugarejo e
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no outro, a pedra. m suma, dispersos e selvagens, cada
agrupamento contribu(a na elabora!o de uma nova cultura em
gesta!o.
A regi!o de Amri, em 2ind, parece ter sido relativamente mais
favorecida, porque estava situada numa zona ent!o frtil e
irrigada, nitidamente, mais do que %oje, como o demonstra a fauna
da pocaQ elefantes, rinocerontes, crocodilos e tigres freqEentavam
seus p;ntanos. Atualmente esta regi!o, varrida pelo vento, nua e
rida. /as o lugar de Rot'diji, situado acima do n(vel do "ndo,
explorado em -CFF'-CFD, que anuncia por vrios ind(cios, essa
civiliza!o %omog
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at ent!o nem se suspeitava da existcozin%a, ban%eiro, piscina...? totalmente
descon%ecidas das bril%antes civiliza#es vizin%as contempor;neas.
/uitas tin%am um andar ou at dois que deveriam ter sido
constru(dos sobretudo com madeira. Agrupavam'se em verdadeirosblocos ou bairros mais ou menos reservados a corpora#es
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incrustado, braos sem m!os terminando em pontas, ol%os
igualmente incrustados at mesmo com gr!os de caf, remetem'nos
a uma concep!o de arte diametralmente oposta mas n!o menos
sedutora. 0alvez esta segunda concep!o, mais idealista, traga em
si mais mistrio e fervor. Alguns especialistas aventaram a %ip$tese
destes bustos mutilados de %omens nus representarem sacerdotes
oficiando em sua nudez ritual, praticada na mesma poca na
/esopot;miaN outros v
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*e tipo agrrio, esta civiliza!o con%eceu o uso do cobre e do
bronze, n!o o do ferro. :ara a olaria usava'se o forno. A maior
parte da popula!o pastoreava os reban%os e cultivava o trigo, a
cevada, o gergelim, pepinos e col%ia t;marasN esta relativa
prosperidade facilita o progresso de uma pequena constela!o de
cidades'estado, que salpicou a gigantesca extens!o do vale do "ndo
e afluentes e invadiu mesmo o vale do 3anges na dire!o leste. A
primeira a ser'nos revelada, pouco depois do conflito mundial de
-C-'-J, foi arappa, =s margens do 5avi, cujo imenso campo de
ru(nas abandonado servia % meses de dep$sito de tijolos para
constru!o do balastro dos camin%os de ferro do :endjab. Alertados
tarde demais, os arque$logos esforaram'se por tirar algumasinforma#es dos restos esparsos e revolvidos desta extensa cidade '
mais de cinco quilWmetros de circuito ' irremediavelmente pil%ada.
elizmente, quase ao mesmo tempo, um arque$logo %indu, /. 5. *.
)anerji, trabal%ando nas escava#es de um mosteiro budista que
coroava um gigantesco campo de ru(nas bem mais ao sul, em
/o%enjo'*aro, estabelecia uma rela!o entre os destroos
recol%idos naquelas ru(nas e os objetos encontrados em arappa.
Avisados, pesquisadores ingleses em breve acorreram ao local,menos extenso que o precedente, mas oferecendo em
contrapartida a vantagem de n!o ter sido t!o pil%ado e esvaziado.
sses pesquisadores trabal%aram alguns dos SIT %ectares que as
ru(nas ocupam, com mais de -.STT metros de comprimentoN no
setor mais elevado, separado do campo de ru(nas principal, a
poente do local, recon%eceram uma cidadela e o bairro pGblico e
administrativo da cidade, enquanto que a levante, na cidade baixa,
a mais vasta, descobriram bairros mais populares, reservados =s
%abita#es, =s pequenas oficinas e comrcio. &o passado, o "ndo '
que depois se deslocou tr
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preestabelecidoN aqui estamos a lguas das cidades orientais, que
se lanam, anarquicamente, em todas as dire#es, suas ruas
estreitas e sinuosas como Xtocas de coel%osX para traduzir a feliz
express!o de um explorador inglconstru!o de pir;mides, de zigurates, de templos famosos como
Rarna8?, a civiliza!o indiana merece a considera!o em que tida%ojeN ali, nada de templos gigantes, de pir;mides colossais, de
torres de )abelU @ certo, que as preocupa#es pareciam ser de
ordem mais utilitria do que religiosa ou pol(tica. Assim, o bem'
estar era mel%or repartido nesta popula!o urbana, que parece ter
amado a vida e uma certa ostenta!o, como o testemun%a a
abund;ncia de joal%eria.
ntre os edif(cios pGblicos do bairro alto da cidadela, o que c%ama
a aten!o um complexo de compartimentos articulados = volta deuma piscina, sem dGvida um tanque de purifica!o para os fiis, se
levarmos em conta o tradicional e atual costume dos crentes de
tomar ban%o regularmente na gua sagrada de um rio ou na de um
tanque de um templo. &o ritual indiano o ban%o individual
desempen%a um papel de grande import;ncia.
Assim, parece que a religi!o %indu desde esses enigmticos tempos,
apresentava j um carter mais ritual que cultural, mais
personalizado do que coletivo, em que se confiava numa clerezia.
ste aspecto da religi!o manteve'se na ndia, onde o rito mais
popular ainda esse ban%o solitrio do crente. /esmo lado a lado
de seus irm!os de religi!o, o que mais impressiona neste rito de
purifica!o pela gua, o ar ausente do oficiante, que se comporta
como se estivesse s$ com a sua divindade. Assim sendo,
absolutamente necessrio ver no X3rande )an%oX de /o%enjo'*aro,
o prot$tipo dos tanques rituais de purifica!o, que se encontramatravs de toda a %ist$ria indiana. A exist
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cuidadas = volta desta piscina, como pequenos compartimentos
com ban%eiras, uma galeria circundante com p$rtico e degrau,
parecem confirmar a finalidade religiosa do conjunto. /al se
concebe, que um complexo tal, pudesse ser um simples
reservat$rio e a concep!o profana de uma piscina de recreio,
tambm n!o teria cabimento nestes tempos recuados.
/as a grande originalidade desta importante cultura reside
principalmente nos seus famosos e inumerveis selos ' mais de
-.STT foram recol%idos s$ em /o%enjo'*aroU ' cWncavos, na sua
maior parte, gravados na untuosa esteatite, instruem'nos sobre a
fauna da poca, talvez tambm sobre a teogonia dos %indus.
)Gfalos, touros, zebus, elefantes, tigres, rinocerontes, (bis,ant(lopes, esquilos, crocodilos, serpentes... todos estes animais
sugerem uma natureza mais verdejante e arborizada do que %oje.
+omo foi preciso abater muitas rvores durante uma dezena de
sculos, para construir, esculpir, alimentar as lareiras domsticas e
cozer tijolos aos mil%#es, n!o teriam os %indus perturbado o
equil(brio ecol$gico levando toda a zona do "ndo a um lento e
progressivo desaparecimentoV 0emos a certeza, que no in(cio da
nossa era a regi!o estava coberta por uma imensa floresta.:or outro lado, numerosos orientalistas interpretaram essas
representa#es animais, vistas de perfil, quase sempre em repouso,
como emblemas, s(mbolos divinos. &este pante!o voluntariamente
animalista, foi encontrada em /o%enjo'*aro, por tr
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montado sobre o touro &andin.
>...?Assim, numa poca imprecisa, que se situa por volta de -FTT
a.+., estas cidades foram todas abandonadas por raz#es
misteriosasQ c%eias catastr$ficas que provocaram deslocamento do
curso dos riosV 9ma grande perturba!o ecol$gica, por exemplo,
uma seca extremaV "nvers#es vindas pelo famoso desfiladeiro de
R%4ber, como a dos Krias, que se estende por tr-FTT
a.+. a -STT a.+.?V O perturbador ac%ado, nas ru(nas, de cinqEenta
cadveres confirmaria a tese de um fim brutal. ssas pessoas n!o
teriam tido tempo de fugir e foram massacradas nas ruasN
encontraram'se corpos decapitados, de cr;nio fraturadoN uma
mul%er perseguida que quebrou a cabea numa escada. 9macertezaQ depois deste massacre a cidade foi totalmente
abandonada. &!o se vive no meio de cadveres e estes estavam
insepultos. *e todo o modo, o decl(nio j estava l, pois constata'
se, que o Gltimo n(vel de ocupa!o da cidade traduz um n(tido
recuo no cuidado da constru!o, que era de m qualidade. As casas
parecem quase pardieiros implantados numa cidade moribunda.
+%egou'se mesmo a dar um nome a esta med(ocre culturaQ B%u8ar,
e situa'se entre -DTT a.+. e -FTT a.+.Onde estariam os geniais criadores da grande civiliza!o %induV
oram dizimados por terr(veis epidemiasV &eutralizados por flagelos
insuperveis >c%eias, secas, saliniza!o do solo...?V liminados por
invasoresV "gnor;mo'lo. 0alvez ten%amos de apelar para todos estes
fatores ao mesmo tempo. Assim, esta civiliza!o permanece
misteriosa do comeo ao fim, de suas origens = sua destrui!o. &!o
menos verdade que j se v
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na 3rcia, os ititas na Anat$lia e os Krias nos planaltos iranianos e
na ndia setentrional. stas tribos arrastaram outras na sua
passagem. 1uando os Krias ' da( em diante os "ndianos %ist$ricos '
aparentados com "ranianos, como o demonstra a l(ngua, se
espal%aram entre -FTT a.+. e -STT a.+. pela plan(cie indo'
gangtica, foi'l%es necessrio empurrar as popula#es ind(genas
recalcitrantes em dire!o ao *ec!o. Atualmente, etnias como os
0amuls, os 0gulus e os Ranara, de raa dravidiana, e os /unda,
repelidos igualmente para a ndia central, constituem nGcleos de
sobreviv
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*e)to de Apoio + 4ig 5eda
67# 78Coposto pelo ric$9 Mad$c$$andas e dirigido a Indra
- ' Apressai'vos, amigos, em vir aqui, oferecendo louvores. 2entai'
vos e repeti os louvores a "ndra.
S ' 1uando se derramar a liba!o louvai todos, "ndra, vencedor de
todos os inimigos, distribuidor de muitos benef(cios.
Y ' +onceda'nos ele o que desejamos, faa'nos adquirir riquezas,
ajude'nos a alcanar saber, e ven%a at n$s trazendo'nos
alimentos. ' +antai, "ndra. Os seus inimigos n!o esperam pelos corcis
atrelados ao seu carro.
2 ' stes puros sucos de soma derramam'se para a satisfa!o
daquela que bebe as liba#es.
I ' "ndra, autor de boas obras, sorvendo a liba!o, adquiriste de
repente maior vigor, permanecendo o maior entre os deuses.
D ' "ndra, que louvamos, sejam absorvidos por ti os sucos do soma,
que levam = posse de intelig
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Y ' m tua presena colocam'se as irm!s, devoradoras do sacrif(cio.
las concedem riqueza e andam por todos os lugares.
' /aduc%%anda ' Agni, que desfazes as trevas, n$s nos
aproximamos de ti, todos os dias, com nossa mente esclarecida,
prosternando'nos.
F ' 2unassepa ' Agni, con%eces a maneira de se louvarem os deuses,
sabes qual o g-Y? e %oje no firma' mento.
Z>-S? O soma, suco obtido pela macera!o das fibras da Xasclepias
acidaX, de cor alvacenta e sabor aucarado. iltrado em uma
peneira feita de tiras de couro de vaca, recol%ido pelo potri '
auxiliar do oficiante ' em um vaso, depois de fermentado o suco do
soma era derramado sobre a c%ama, inflamava'se e evaporava'se.
+onsiderava'se a XasclepiasX como sendo influenciada pela deusa
Lua[.
Z>-Y? A primeira fase da cria!o do universo foi a da matria
liquefeita, da qual emergiu o esp(rito criador que voltou ao cu.
uma analogia com o mito do 3
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Agni, Aditia, 6isnG, 2uria, )ra%ma e 6riaspati.
S ' Os conquistadores da terra elevam'se do mundo inferior =s altas
regi#es do cu, tal como subiram ao para(so os descendentes de
Angiras.
Y ' &$s te acendemos, Agni, a fim de nos concederes grandes
riquezas. 0u que fazes c%over as b
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magia, nem o sofrimento, nem a doena.
/au consel%o, mau son%o, a!o m, mau cora!o, mau ol%ado,
protege'nos de tudo isso, ungEento.
2abedor disso, direi a verdade, n!o a mentira, ungEentoU 1uero
gan%ar um cavalo, uma vaca, e a tua pr$pria vida, %omemU
O ungEento possui tr
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A Morte e os &euses
O ano, sem qualquer dGvida, o mesmo que a morte, pois o :ai
0empo aqu
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A morte disse aos deusesQ X+ertamente com isso todos os %omens se
tomar!o imortais, e que parte ent!o ser a min%aVX les
responderamQ X*oravante ningum ser imortal com o corpoN
somente quando tiveres tomado Y?
>-T.,Y?
a? &ome da Obla!o diria ao deus Agni.
b? Literalmente, Xacompan%ado por uma f$rmula sacrificaUM.
c? Literalmente, Xenc%endo o mundoX.
Cosogonia
&a verdade, de inicio este universo era gua, nada mais que um
mar de agua. As guas desejaramQ X+omo podemos reproduzirVM las
se esforaram e praticaram devo#es fervorosas, e quando se
estavam aquecendo foi produzido um Wvo dourado. O ano, na
verdade, n!o estava ent!o em exist
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tomou o cu alm. :or isso uma criana tenta falar ao fim de um
ano, pois ao fim de um ano :rajapati tentou falar.
1uando falava ela primeira vez, :rajapati dizia palavras de uma
s(laba e de duas s(labasN por isso uma criana, quando fala pela
primeira vez, diz palavras de uma e duas s(labas.
ssas tr --. -, I, -'-- ?
a? X2en%or das criaturasX, o deus supremo a vir.
b? 9ma classe de demWnios, oponentes dos deuses.
*e)to de Apoio + (s 2panis$ads
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ISHA
:reenc%idas totalmente com )ra%man est!o as coisas que vemos.
:reenc%idas totalmente com )ra%man est!o as coisas
que n!o vemos. *e )ra%man flui tudo o que existeQ
*e )ra%man, tudo ' todavia, ele ainda o mesmo. O/...:az'paz'
paz.
&O +O5A]^O de todas as coisas, de tudo o que existe no 9niverso,
%abita *eus. 2omente ele realidade. :ortanto, renunciando =s v!s
apar
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1ue a quietude desa sobre os meus membros,
/in%a fala, meu fWlego, meus ol%os, meus ouvidosN
1ue todos os meus sentidos se tornem claros e fortes.
1ue )ra%man se mostre a mim.
1ue eu jamais negue )ra%man, e nem )ra%man a mim.
u com ele e ele comigo ' possamos morar sempre juntos.
1ue seja revelada a mim,
1ue sou dedicado a )ra%man,
A sagrada verdade dos 9panis%ads.
O/... :az ' paz ' paz.
19/ +O/A&*A a mente para que ela penseV 1uem ordena que o
corpo vivaV 1uem faz a l(ngua falarV 1uem o 2er radiante que
conduz o ol%o = forma e = cor, e o ouvido ao somV
O u o ouvido do ouvido, a mente da mente, a fala da fala. le
tambm o alento do alento, o ol%o do ol%o. Ao abandonarem a
falsa identifica!o do u com os sentidos e com a mente, e ao
saberem que o u )ra%man, os sbios, ao deixarem este mundo,
tornam'se imortais.O ol%o n!o o v
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vital trazido, sabei que )ra%man. )ra%man n!o o ser que
adorado pelos %omens.
2e pensais que con%eceis bem a verdade de )ra%man, sabei que
con%eceis pouco. O que pensais ser )ra%man no vosso u, ou o que
pensais ser )ra%man nos deuses ' n!o )ra%man. *eveis, portanto,
aprender o que realmente a verdade de )ra%man.
&!o posso dizer que con%eo )ra%man totalmente. &em posso dizer
que n!o o con%eo. Aquele dentre n$s que mel%or o con%ece
quem entende o esp(rito das palavrasQ Xu nem sei que n!o o
con%eoX.
Aquele que verdadeiramente con%ece )ra%man quem sabe que
ele est alm do con%ecimentoN aquele que pensa que sabe, n!osabe. O ignorante pensa que )ra%man con%ecido, porm os sbios
sabem que ele est alm do con%ecimento.
M2&A@A
O/.. .
+om nossos ouvidos, ouamos o que bom.+om nossos ol%os, contemplemos vossa integridade.
0ranqEilos no corpo, possamos n$s, que vos veneramos,
encontrar descanso. O/. . . :az ' paz ' paz.
*O "&"&"0O O+A&O da exist
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existem dois tipos de on%ecimento, o superior e o inferior.
O inferior o con%ecimento dos 6edas >O 5ig, O 2ama, O 7ajur e o
At%arva?, e tambm o con%ecimento da fontica, dos cerimoniais,
da gramtica, da etimologia, da mtrica e da astronomiaM.
O mais elevado o con%ecimento daquilo atravs do qual se
con%ece a realidade imutvel. Atravs disso, totalmente revelado
aos sbios aquilo que transcende os sentidos, que n!o tem causa,
que indefin(vel, que n!o tem ol%os nem ouvidos, nem m!os nem
ps, que tudo penneia, que mais sutil do que o mais sutil ' o que
dura eternamente, a origem de tudoM.
+omo a teia vem da aran%a, como as plantas crescem do solo e o
cabelo do corpo do %omem, assim jorra o 9niverso do eterno)ra%manM.
X)ra%man quis que fosse assim, e extraiu de si mesmo a causa
material do 9niversoN disso veio a energia primordialN e da energia
primordial a menteN da mente os elementos sutisN dos elementos
sutis os diversos mundosN e de a#es realizadas por seres nos
diversos mundos a cadeia de causa e efeito ' a recompensa e
puni!o das a#esM.
X)ra%man tudo v
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su'
dras, bem como todas as outras classes de seres. A cor dos
br;manes
era branca, a dos xtrias vermel%a, a dos vaixs amarela e a dos su'
dras negra.
2e a casta das quatro classes for distinguida por sua cor, ent!o se
mostra observvel uma confus!o de todas as castas. O desejo, a
raiva,
o medo, a cupidez, a afli!o, a apreens!o, a fome, a fadiga,
atingem'
Xnos todosN pelo que se discrimina a casta, ent!oV O suor, urina, ex'
cremento, fleuma, b(lis e sangue s!o comuns a todosN todos t
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obras,
os br;manes se dividiram em castas diferentes. O dever e os ritos
de
sacrif(cio nem sempre foram proibidos a qualquer um deles. 2!o
estas
as quatro classes para quem o 2arasvati >b? bram;nico foi destinado
de
in(cio por )rama, mas que, pela sua cupidez, ca(ram na ignor;ncia.
Os
br;manes vivem de acordo com as prescri#es dos 6edas, e
enquanto
se at
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#es, prende'se a seu mestre religioso, constante nas
observ;ncias re'
ligiosas e devotado = verdade, c%ama'se um br;mane. Aquele em
quem
se v
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armadi'
l%as e abraado por uma mul%er de aspecto terr(vel. *rag#es
enormes
e %orrorosos, de cinco cabeas e altura descomunal, cercam essa
grande
floresta e em meio = mesma, coberta por vegeta!o rasteira e
trepadei'
ras, % um poo. O br;mane cai nele e apan%ado pelos ramos
entre'
laados de uma trepadeira. +omo a grande fruta'p!o, presa por seu
pedGnculo fica dependurada, tambm estava ele, de ps para cima
ecabea para baixo. no entanto um perigo ainda maior o ameaa
ali,
pois em meio ao fosso percebe um grande drag!o e na beira da
tampa
do poo v< um elefante de seis bocas e doze ps aproximando'se
lenta'
mente. &os ramos da rvore que cobria o poo, esvoaavam todos
os tipos de abel%as de aspecto tem(vel, preparando mel. O melgoteja
e bebido avidamente pelo %omem pendurado no poo. "sso porque
n!o estava cansado da exist
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*e)to de Apoio + ( 4aa/ana
2 Ato de Sangue Coetido elo 4ei &as$arat$aAcidentalente e Sua Bu!entude
>Assim aconteceu?Q
+erto dia, quando as c%uvas tin%am refrescado a terra e fizeram
meu
cora!o crescer de alegria,
1uando, depois de estorricar com seus raios a terra s
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9m grito de agonia veio de l, ' uma voz %umana
2e ouviu, e o fil%o de um pobre eremita caiu sangrando na
corrente.
XA%U :or que raz!o ent!o ' gritou ele ' sou eu, o fil%o de um
eremita inofensivo, abatidoV
Aqui a este riac%o vim de tarde enc%er a vasil%a com gua.
:or quem fui atingidoV A quem ofendiV \ eu deploro
&!o a mim mesmo ou meu destino, mas por meus pais, vel%os e
cegoC,
1ue perecem em min%a morte. A%U 1ual ser o fim daquele casal
amado,
1ue % muito guio e amparo por min%a m!oV ssa flec%a farpadaatravessou
0anto a mim quanto a elesX. ouvindo aquela voz lastimosa, eu,
*as%arat%a,
1ue n!o queria fazer mal algum a qualquer criatura %umana, jovem
ou vel%a, fiquei
:aralisado de medoN meu arco e flec%as ca(ram de min%as m!os in'
sensibilizadas,
me aproximei do lugar com %orrorN e l consternado eu vi,+a(do = margem, um inocente menino'eremita, torcendo'se em dor
e coberto
*e poeira e sangue, seu cabelo atado desfeito, e uma jarra partida
A seu lado. iquei petrificado e sem voz. m mim ele
ixou seus ol%os e ent!o, como para queimar min%a alma, ele disseQ
X+omo te ofendi, monarcaV :ara que tua m!o cruel me derrube '
A mim, um fil%o de pobre eremita, nascido na florestaN pai, m!e e
fil%o
0u transfixaste com esta flec%aN eles, meus pais, sentados em casa
sperando min%a volta, e por muito ter!o esperana ' presas da
sede
medos agoniantes. 6ai a meu pai ' dize'l%e de meu destino,
A menos que sua maldi!o terr(vel te consuma, como as c%amas =
madeira seca.
/as antes, por piedade, tira esta flec%a que atravessa meu cora!o segura o sangue em golfadas, como a margem segura a correnteX.
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le parou e enquanto seus ol%os giravam em agonia e estremecendo
torcia'se
&o c%!o, lentamente retirei a flec%a do flanco do pobre menino.
+om um ol%ar lastimoso ent!o, seus traos em express!o de terror,
ele expirou.
:erturbado pelo crime pesaroso, cometido sem querer por min%as
m!os,
0ristemente pensei comigo mesmo como poderia reparar o mal
feito.
*epois, tomei o camin%o que me indicara para o eremitrio.
Ali contemplei seus pais, vel%os e cegosN como dois pssaros de asas
cortadas,2entados no abandono, sem seu guia, esperando ansiosos seu
regresso
, para disfarar seu cansao, conversando ternamente sobre ele.
Logo ouviram o ru(do de passos e ouvi o vel%o dizer,
m tom de reprimendaQ X:or que demoraste, fil%oV *'nos logo de
beber
Alguma gua. squeceste'nos por muito tempo na corrente fresca
onde brincasteN entra ' pois tua m!e anseia por seu fil%o.2e ela ou eu te causamos dor, ou te dissemos palavras apressadas,
:ensa em teu dever de perd!o como eremita e n!o as tomes a
srio.
0u s o refGgio de n$s, desabrigados ' os ol%os de teu pai cego.
:or que ests silenteV alaU :resas a ti est!o as vidas de teus paisM.
le cessou e fiquei paralisado ' at que por esforo resoluto,
5eunindo todas as foras de meu ser, voz tr
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lentamenteQ
X&!o tivesses vindo tu mesmo, contar a %ist$ria %orr(vel, sua carga
de culpa
0eria esmagado tua cabea em mil fragmentos. sse feito
lamentvel
oi executado por ti sem querer, \ 5ei, ou n!o terias sido poupado
toda a raa de 5ag%avas teria perecido. Leva'nos ao lugar '
nsangEentado como esteja ele, e sem vida, devemos cuidar de
nosso
fil%o
:ela Gltima vez, e abraa'loX. *epois, c%orando amargamente
o casal, conduzido por min%a m!o, c%egou ao lugar e caiu sobre ofil%o.
A seu contato, o pai gritouQ X/eu fil%o, n!o nos saGdasV
&!o nos recon%ecesV :or que estais aqui tombado ao c%!oV
stais ofendidoV Ou n!o sou mais amado por ti, meu fil%oV
6< aqui tua m!e. 0u sempre foste cuidadoso conosco.
:or que n!o me abraasV ala uma palavra tema. A quem vou ouvir
Lendo novamente o 2%astra sagrado bem cedo pela man%!V
1uem ir trazer'me ra(zes e frutos para me alimentar como a um%$spede queridoV
+omo, fraco e vel%o, poderei sustentar tua m!e idosa defin%ando
por
seu fil%oV
icaU &!o vs ainda para a morada da /orte ' fica com teus pais
um dia mais.
Aman%! iremos ambos contigo pela estrada temida. *esamparados
tristes, abandonados por nosso fil%o, sem protetor na floresta,
Logo partiremos ambos para as mans#es do 5ei da /orteX.
Lamentando'se amargamente, ele executou os ritos funeraisN
depois,
voltando'se
:ara mim assim falou, de p e pr$ximo em rever
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tGmuloX.
>S.IY?
*e)to de Apoio + .ri$i/a sutra
Cerinias de Casaento
1ue ele examine primeiro a fam(lia da noiva ou do noivo em
vista.
1ue ele d< a moa a um jovem dotado de intelig
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murmuraQ X"sto sou eu, isso s tuN isso s tu, isto sou euN isso s
tuN isso s tu, isto sou euN eu o cu, tu a terra. 6emU +asemo'nos
aqui. 6amos procriar. Amando, alegres, combinando em esp(rito,
possamos viver cem outonosX.
+ada vez que ele a ten%a conduzido assim em volta, far que
ela pise na pedra, com as palavrasQ X:isa nesta pedraN s firme
como
uma pedra. 6ence os inimigos, esmaga'osX.
0endo primeiramente derramado manteiga derretida sobre as m!os
dela, o irm!o da moa ou uma pessoa funcionando em lugar do
mes'
mo derrama gr!o frito duas vezes sobre as m!os juntas da esposa.*errama novamente manteiga derretida sobre $ que ficou do
alimento sacrifical e sobre o que foi cortado fora.
la deve sacrificar o gr!o frito sem abrir suas m!os juntas. 2em
essas voltas em tomo ao fogo, ela sacrifica o gr!o, com a ponta de
uma cesta em sua dire!o.
le ent!o solta os dois cac%os de cabelo dela, se estiverem fei'
tos, isto , se dois tufos de l! estiverem enrolados em tomo ao seu
cabelo nos dois lados.le faz ent!o que ela ande a frente numa dire!o nordeste, dan'
do sete passos e dizendo as palavras seguintesQ X:ara a seiva com
um passo, para o suco com dois passos, para prosperar cinco pas'
sos, para as esta#es com seis passos. 2< amiga com sete passos. 2abstraindo os tratados canWnicos do
jainismo e do budismo, que se encontram fora do %indu(smo e, por
conseguinte, do nosso assunto?, s!o a 3rande popia e, depois, os
:ur;nas. 2!o textos s;nscritos, redigidos numa l(ngua muito mais
modernizante que mesmo a dos documentos menos antigos do
6eda. /as n!o se trata de textos religiosos, embora o elemento
religioso ocupe um lugar considervel. +om efeito, o 6eda que
continua, pelo menos nominalmente, a servir de base =s crenas%indu(stas. A especula!o concentrar'se'ia por muito tempo, de
forma privilegiada, nos 9panis%ads. 2omente os )r;%manas e 2tras
foram relegados para a categoria de tcnicos, confinados ao ensino
escolstico. :or outro lado, surgiram textos novos, ora prosseguindo
na estrutura dos textos vdicos, ora afastando'se mais ou menos
deles.Z...[
(s 5edas
Os Gnicos monumentos da religi!o vdica s!o textos, de data einspira!o variadas. sses textos formam um conjunto
excepcionalmente amplo e importante, embora o que se conservou
at n$s represente apenas, segundo a tradi!o, urna pequena parte
do que existia na origem. +om efeito, essa literatura foi'nos
transmitida repartida por escolas, a que a tradi!o c%ama `ramos,
as quais comearam por ser em nGmero de quatro, em virtude da
fun!o qudrupla dos celebrantes, e depois cindiram'se noutros
`ramos devido aos ensinamentos particulares a que deu origem o
desenvolvimento progressivo da pr=tica religiosa e sua extens!o
atravs de toda a ndia. Ora, nem todas as escolas primitivas, nem
todos os ramos secundrios >nem a totalidade ou a integridade dos
textos num mesmo ramo? c%egaram at n$s, muito longe disso.
Os textos mais importantes e, de resto, os mais antigos s!o as
quatro `compila#es >2am%ita? que formam aquilo a que se c%ama
os quatro 6edasM. O termo veda, que significa `saber, tambm seemprega, num sentido amplo, para designar toda ou uma parte da
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literatura ulterior, fundada numa ou noutra das quatro 2am%it;s.
2!oQ
-? O 5ig'6eda ou `6eda das strofes, o documento das literaturas
indianas mais antigoQ reuni!o de cerca de mil %inos =s divindades,
que prefigura uma espcie de antologia obtida compilando as peas
conservadas por vel%as fam(lias sacerdotaisN a maior parte desses
%inos refere'se mais ou menos diretamente ao sacrif(cio de somaN
no entanto, alguns t
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a? Os 9panis%ads p$s'vdicos fabricaram'se sem descontinuidade
at aos confins da era moderna. visnu(tas, ivaitas e t;ntricos e
alguns com afinidades particulares com um ou outro sistema
filos$fico. Alguns 9panis%ads do per(odo vdico permitiram o acesso
a valores novosQ crena num *eus pessoal, exalta!o da m(stica,
etc., e foi assim que se pWde classificar uma delas, a ]vet;vatara,
como `a porta de entrada do %induismo.
b? Os 2tras vdicos relativos ao `direito civil e religioso deram
impulso a uma vasta literatura que fazia a subst;ncia daquilo a que
se c%amava 2mriti ou `tradi!o memorizada. ssa literatura, que
abarcava a denomina!o geral de *%arma']=stra ou `nsino sobre a
Lei, conservou'se, pelo menos no in(cio, penetrada dereligiosidade, enc%endo'se a pouco e pouco de valores profanos,
elementos de um direito secular, problemas de governo e
administra!o, etc. Assim, o famoso texto con%ecido pelo nome de
Leis de /anu, cuja data exata indeterminvel >por volta d era
crist!, sem dGvida?, proporciona um quadro muito completo da
sociedade indiana, das classes e das castas, mas tambm engloba
regras religiosas aferentes ao vel%o ritual domstico. :rincipia por
um ex$rdio cosmogWnico, para terminar numa doutrina sobre osatos, o destino da alma e a liberta!o. Outros tratados anlogos
revelam'se mais continuamente profanos, mas a marca religiosa
ac%a'se gravada em muitos dos seus pormenores.
*e)tos -picos
A 3rande popia desenvolveu'se pouco a pouco, a partir do sculo
"" antes da nossa era >e ainda antes em alguns epis$dios?, nos meios
de bardos e genealogistas adstritos a diversos principados do &orte
da ndia. ssas longas descri#es, aumentadas e modificadas
gradualmente, conduziram = reda!o de duas vastas epopiasQ o
/a%;')%;rata ou `A 3rande 3uerra dos )%aratas e o 5;m;4ana ou
`A gesta de 5;ma. A sua conclus!o pode ter exigido quatro ou
cinco sculos. 0anto umas como outras, essas obras concentram'se
em personagens reais, privilegiadas no plano divino. A primeira
narra as aventuras da fam(lia dos :;ndavas, cinco irm!os, alvo do
$dio dos seus primos contra os quais reivindicam o reinoQ a lutasurda culmina com uma batal%a impressionante na qual perece a
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maior parte dos c%efesN os cinco irm!os e a sua esposa comum,
*raupad, sobrevivem, mas para desaparecerem pouco depois,
ceifados por uma morte sobrenatural. A segunda epopia, mais
curta, mais condensada, descreve a vida do %er$i 5;ma, que
desposou a princesa 2t; e, tendo'a perdido, raptada por um
demWnio, parte = sua procura e reconquista'a no final de uma longa
guerra. &o entanto, em conformidade com a tend
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forma prolixa ensinamentos sobre a prtica e o ritual, dados sobre
as festividades e peregrina#es e elementos de mitologiaQ assiste'se
=s lutas da grande *eusa contra os demWnios, =s aventuras
guerreiras, galantes ou ascticas de ]iva, = biografia de Rris%na.
/as o seu objetivo pr$prio muito diferente. 0rata'se de textos
com pretens#es %ist$ricas, que querem descrever a %ist$ria das
dinastias ou pelo menos das genealogias reais e apoiar as bases
dessa %ist$ria por uma cosmogonia e uma teogonia que mergul%am
no mais profundo das eras m(ticas. A pouco e pouco, esses textos,
carregados de interpola#es, enc%eram'se de materiais de todas as
proceddedicados a 6is%nu, ]iva e
)rama?. O mais clebre desses textos, mas n!o o mais antigo, o
)%;gavata':ur;na, que descreve a vida do %er$i'deus Rris%na >p.
D?, insistindo nos motivos que regem a devo!oQ seria o texto de
liga!o das seitas 8ris%na(tas.
A literatura dos :ur;nas pode estender'se, no seu conjunto, dos
primeiros sculos da nossa era at ao sculo "" e porventura maisalm. m torno dos :ur;nas secundrios ou menores gravitam
%inos, litanias, `glorifica#es de lugares santos, etc. :odem
anexar'se a este tipo literrio o 7oga'vsis%t%a, imponente poema
lendrio e filos$fico >sc. V?, e o +aturvargacint;mani de em;dri
>sc. """?, vasta colet;nea mista entre o g
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se neles descri#es rituais minuciosas >rituais de simbolismo e de
adora!o?, elementos de doutrina e de tica e, finalmente,
mtodos pr$prios para aperfeioar a individualidade ps(quica
>ioga?.
(utros te)tos sFnscritos
O resto do que temos para enumerar, ou deriva de um sector
particular e abord'la'emos no capitulo 6" ou pertence a g
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divertimentos er$ticos e como a express!o da devo!o mais
ardenteQ trata'se do resultado de algumas tendsc. ""?, uma espcie
de pastoral requintada que descreve os amores do deus Rris%na e
da iovem 5;d%= em termos de um realismo intenso, no estilo do
+;ntico dos +;nticos.
c? 2egue'se a literatura filos$fica. &!o existe, de modo algum,
entre filosofia e religi!o a demarca!o que estamos %abituados a
estabelecer. Aquilo a que se c%ama >impropriamente? sistemas
filos$ficos, e n!o passa de `concep#es >darana?, ou seja, de
pontos de vista diferentes de uma mesma realidade supra'sens(vel,tomaram todos em diferentes graus, por objetivo, o acesso =
Liberta!oN de especula#es livres, tomaram'se soteriologias e
enveredaram pela via do te(smo. O primeiro desses daranas, a
/m;ms;, que era uma `reflex!o sobre o ritual vdico,
preocupou'se tanto com problemas teol$gicos como o segundo
darana, o 6ed;nta ou `im do 6eda, que, desde a origem,
tentava elaborar, com base nos 9panis%ads, uma ontologia e uma
m(stica. *e resto, o 6ed;nta, a partir pelo menos do sculo "",agregou'se em grande parte a determinadas seitas e empen%ou'se
em demonstrar valores de amor'f, de graa, de abandono a *eus.
O sistema 2;n8%4a, p$lo oposto ao 6ed;nta, porque instaurava um
dualismo essencial da matria e do esp(rito, tomou'se igualmente
te(sta, como era o "oga desde a constitui!o em daranaQ o "oga
junta a uma especula!o inspirada no 2;n8%4a uma busca prtica
de uma natureza diferenteQ uma tcnica psicofisiol$gica para
acesso a estados e poderes supra'%umanos. O "oga , em certos
aspectos, mais uma magia que uma religi!o, mas n!o deixou de ser
arrastado pela corrente do tantrismo e do %induismo geral. 1uanto
ao &4;4a e ao 6aies%i8a, os dois Gltimos daranas, eram tentativas
de explica!o cient(fica, incidindo um na l$gica formal e na teoria
do con%ecimento e o outro nas `categorias e na teoria dos
tomos. 0anto um como o outro sofreram a atra!o das formas
religiosas e, por exemplo, a l$gica instaurada pelas escolas do&4;4a serviu para demonstrar a exist
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+onvm finalmente notar que disciplinas semicientificas >como a
alquimia? se deixaram penetrar por idias m(sticas, que a
astronomia andou muito tempo a par da astrologia, etc.
As fontes no sFnscritas
As l(nguas derivadas do s;nscrito >neo'indianas, indo'arianas
modernas, como por vezes se l%es c%ama? 'em especial o bengali, o
marata e o %indi e as l(nguas dravidianas por outro lado >as do 2ul
da ndia, que s!o pela origem estran%as ao s;nscrito, penetradas
em diferentes graus por influ
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vasta colet;nea de %inos, o `6eda t;mul, em que domina a figura
&amm;lv;r, no sculo ". 2ucedem'se numerosas obras at aos
nossos dias, entre as quais ocupam um lugar destacado as
adapta#es de obras s;nscritas, em particular da popia.
m 8annara >regi!o de /4sore e noroeste dai?, a literatura mais
recente. 0rata'se, em grande parte, dos textos da seita dos
Ling;4atsQ l(rica, lendria, obras de controvrsia, pelo menos a
partir do sculo "". 0ambm se encontram textos vis%nu(tas a
partir do sculo "6, com apogeu no 6"".
m telugu >&orte e &ordeste de /adrasta at Orissa?, as obras
religiosas abundam a partir do sculo ", mas tratam'se, sobretudo,
das adapta#es da popia e dos :ur;nas. 2eria necessrio esperarpor 6emana >sc. 6 V?, para ver surgir uma inspira!o autWnoma,
nitidamente popular, que deu impulso a uma religi!o sem prticas
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