25
08/10/2014 1 TEORIA E HISTORIA DA ARQUITETURA II O SECULO XIX – DEJA VU MAIS UMA VEZ O NEOCLASSICO, NO INÍCIO DO SÉCULO XIX, ERA A ESCOLHA PARA AS CONSTRUÇÕES SURBANAS, ENQUANTO O GÓTICO REGIA A ARQUITETURA DE UNIVERSIDADES E IGREJAS AINDA SE VIA O ESTILO BIZANTINO, MOURO, CHINÊS, EGÍPCIO (ECLETISMO) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL AS CIDADES CRESCIAM COM GRANDE RAPIDEZ NOVAS FUNÇÕES EXIGIAM NOVAS FORMAS DE CONSTRUÇÃO -FABRICAS, -ESTAÇÕES DE TREM, -LOJAS DE DEPARTAMENTO, -EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS

THAII AULA1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula Teoria e Historia da Arquitetura

Citation preview

Page 1: THAII AULA1

08/10/2014

1

TEORIA E HISTORIA DA ARQUITETURA II

O SECULO XIX – DEJA VU MAIS UMA VEZ

O NEOCLASSICO, NO INÍCIO DO SÉCULO XIX, ERA A ESCOLHA PARA AS CONSTRUÇÕES SURBANAS, ENQUANTO O GÓTICO REGIA A ARQUITETURA DE UNIVERSIDADES E IGREJAS

AINDA SE VIA O ESTILO BIZANTINO, MOURO, CHINÊS, EGÍPCIO (ECLETISMO)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

AS CIDADES CRESCIAM COM GRANDE RAPIDEZ

NOVAS FUNÇÕES EXIGIAM NOVAS FORMAS DE CONSTRUÇÃO-FABRICAS,-ESTAÇÕES DE TREM,-LOJAS DE DEPARTAMENTO,-EDIFÍCIOS DE ESCRITÓRIOS

Page 2: THAII AULA1

08/10/2014

2

MATERIAIS DISPONÍVEIS:

FERRO VIDROAÇOCONCRETO ARMADO(construções progressistas destinadas ao transporte e indústria)

“SENDO UMA ÉPOCA TÃO FÉRTIL EM DESCOBERTAS, TÃO ABUNDANTE EM FORÇA VITAL, NÃO HÁ NADA MELHOR EM ARTE PARA TRANSMITIR À POSTERIDADE ALÉM DE IMITAÇÕES?” Viollet Le Duc

Palácio de Cristal LondresJoseph Paxton (1803-65)Exposição internacional para apoiar a força industrial da Inglaterra

NÃO FOI CONSIDERADA ARQUITETURA POR MUITOS NA ÉPOCA, SEU ASPECTO REVOLUCIONÁRIO NÃO INFLUENCIOU AS CONSTRUÇÕES DA ÉPOCA

Page 3: THAII AULA1

08/10/2014

3

TORRE EIFFEL (1887-89)

CONSTRUÍDA PARA SER A PORTA DE ENTRADA DA EXPOSIÇÃO DE PARIS, 1889

GUSTAVE EIFFEL –também faz armação no interior da estátua da liberdade.

INGLATERRA- RETORNO DO NEOCLÁSSICO

Com exceções de alguns precursores de mudança, a maior parte das estruturas do século XIX ainda imitava o passado.

APESAR DE SER DIFÍCIL PARA O HOMEM APRENDER, É MUITO MAIS DIFÍCIL PARA ELE ESQUECER”Violet -Le- Duc

-Inglaterra – retorno clássico – uma moda de simplicidade grega substituiu a grandeza imperial associada ao detestado Napoleão

Page 4: THAII AULA1

08/10/2014

4

British Museum – LondresSmirke – 1824-47

Final de 1830 ATÉ 1850 – BOM GOSTO INGLES MUDOU PARA O GÓTICO

FORMAS ESCURAS, ESCARPADAS, IRREGULARES, PITORESCAS

ALTO GÓTICO VITORIANO: EXAGERADO E ARROJADO

APÓS 1850 A ARQUITETURA GÓTICA TORNA-SE BIZARRA

-ALVENARIA-PEDRAS MULTICOLORIDAS-TIJOLOS VERMELHOS E PRETOS-TORRES, DETALHES ESCULTURAIS

-ARQUITETURA ECLÉTICA, DINÂMICA, FLAMEJANTE, MATIZES INTENSAS

Page 5: THAII AULA1

08/10/2014

5

Palácio de Westminster – Londres

O movimento para a reforma das artes aplicadas

-a distância entre a teoria e a prática ainda são grandes demais para que se pense numa reforma imediata do ambiente urbano (experiências de Owen e Fourier)

-Artes aplicadas x Artes maiores

Objetos de uso produzidos em série pelas indústrias

Pequena minoria de artistas da moda determinam as formasExemplo: estilo império – primeiros anos do sec. XIX

Page 6: THAII AULA1

08/10/2014

6

Charles Percier (1764-1838)P.F.L. Fontaine (1762-1858)

Os dois deram origem ao primeiro dos estilos de decoração em que o ornamento interno é considerado como uma entidade separada da arquitetura

DECADÊNCIA DO GOSTO

MOVIMENTO DE REFORMA PARA AS ARTES APLICADAS OU ARTS AND CRAFTS (ARTES E OFÍCIOS)

Papel de parede de "Alcachofra", de John Henry Dearle para William Morris & Co., 1897

1º Tentativa de resposta à questão da tradição junto a industrialização

3 fases- Reorganização: Henry Cole- Ensinamentos de Ruskin e tentativas de Morris- Discípulos de Morris: Crane, Ashbee, Voysey, etc.

Page 7: THAII AULA1

08/10/2014

7

1) Henry Cole e seu grupo

Convicção de Cole: separação entre a arte e a indústria – pode ser melhorado agindo-se no plano de organização e canalizando a obra dos artistas para o industrial design

OWEN JONES

RICHARD REDGRAVE

2) RUSKIN E MORRIS

John Ruskin (1819-1900) - literato, mas não se dedica diretamente ao problema da arte aplicada – mas seus ensinamentos são determinantes.

Ruskin observa a desintegração da cultura artística e percebe que as causas devem ser procuradas não só no campo da arte mesma, mas nas condições econômicas e sociais em que a arte é exercida.Com isso ataca a indústria. Ele acredita na volta da Idade Média (sec. XIII).

Page 8: THAII AULA1

08/10/2014

8

Seven Lamps of Achitecture (1849) – Ruskin

Fala a respeito da falsidade contida na produção contemporânea:- Sugestão de estrutura ou sustentação diferente do realAtaca o uso do ferro como sustentação, que a estrutura deve vir dos primeiros materiais utilizados pelo homem – pela sua ligação intrínseca com o estado de arte e o ferro deverá ser utilizado somente como ligação- Imitação de materiais no revestimento de superfíciesAtaca o emprego de ornamentos de toda espécie feitos à máquinaO ornamento depende da beleza de sua forma e do senso de trabalho humano e atenção para a fabricação. A produção mecânica introduz a arte em um engano ou mentira.

Outra contribuição de Ruskin –Estudos científico- formais sobre determinados elementos da natureza – rochas, arvores, nuvens – prenunciam o repertório de Morris e algumas pesquisas sobre o art nouveau que partem da estilização dos elementos naturais

Page 9: THAII AULA1

08/10/2014

9

William Morris (1834-1896) –ele concorda com Ruskin em todos os aspectos, o que lhe difere é a natureza prática de sua atuação e não só teórica.Grupo: The Brotherhood

O galpão de tecelagem em fábrica Morris & Co em Merton, que abriu em 1880

Morris, Marshall, Faulkner & Co.A firma produz tapetes, tecidos, papel ornamentado, móveis e vidrosA intenção de Morris é fabricar uma arte do povo para o povo. Como Ruskin ele refuta a produção industrial. Produtos custosos e acessíveis somente aos ricos.A firma acaba se desfazendo

W. Morris, chintz, 1883. Victoria Albert Museum

Page 10: THAII AULA1

08/10/2014

10

Importância de Morris – experiência prática. Ele pretende superar a distinção entre arte e utilidade.

Acredita no fim das grandes cidades e volta de pequenas comunidades onde serão produzidos objetos artesanais.Sua produção artística: diferente do gosto atual. Tons escuros – inspiração medieval.

Os sucessores de Morris

- superação do preconceito contra a indústria e abandono da imitação estilística, sobretudo no desenho industrial

-Influência da arte japonesa e do extremo oriente, que mais tarde foram o exemplo dos movimentos de vanguarda na europa. Impressionistas, pós-impressionistas e a Art Nouveau.- decoração mais sóbria – cores claras e formas simples: arte pela arte

Page 11: THAII AULA1

08/10/2014

11

Walter Crane (1845-1915)Difunde idéias do movimento Arts and crafts. Aceita todas as idéias de Morris, inclusive a valorização do artesanato e a desconfiança pela indústria.Influencia pelas gravuras japonesas.

Charles Voysey (1857-1941)

Menos teórico, desenvolve arquitetura e desenhos para móveis, tapeçarias, trabalhos em metais e etc.

Desenhos precisos, sintéticos voltado para o meio mecânico de produção

Page 12: THAII AULA1

08/10/2014

12

Art Nouveau

2ª revolução industrial: Maior rapidez nas condições técnicas, econômicas e sociais

- Aço- Dínamo (eletricidade como força motriz)- Motor à explosão- Petróleo para propulsão de navios- Concreto armado- Diminuição do custo dos transportes

PROSPERIDADE ECONÔMICA ATÉ 1914(1ª GUERRA MUNDIAL)

Art Nouveau- 2ª revolução industrial

Também chamada de-FLOWER ART-MODERN STYLE-FLOREALE-JUGENDSTIL

“O Art Nouveau foi um movimento ornamental e decorativo utilizado nas artes plásticas, em arquitetura, vitrais, mosaicos,

luminárias, jóias, móveis, escultura, pintura e literatura. Sua intenção, devido à época, era

tornar agradáveis os objetos industrializados. Para tal, os artistas se inspiravam em gravuras japonesas e em

elementos da natureza, em mulheres, animais e plantas, especialmente em flores,

estilizando-os.

Page 13: THAII AULA1

08/10/2014

13

CARACTERÍSTICAS

FORMAS ORGÂNICAS (folhagens, flores, cisnes labaredas)

FUGA PARA NATUREZA

VALORIZAÇÃO DO TRABALHO ARTESANAL

ESTAMPAS JAPONESAS (valorização do espaço branco do papel com composição precisa dos elementos)

EDIFÍCIO COM LINHAS CURVAS, DELICADAS, IRREGULARES, ASSIMÉTRICAS

MOSAICOS E MISTURA DE MATERIAIS

Gustav Klimt, The Kiss 1907-1908

Page 14: THAII AULA1

08/10/2014

14

Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)

Edvard Munch (1863-1944)

Page 15: THAII AULA1

08/10/2014

15

Alfons Mucha

Victor Horta, Belgian, 1861 – 1947Tassel House, 1893

Duas principais tendências:- Ruskin e Morris- Experiências francesas de Perret e Garnier

VICTOR HORTA

- Um dos pioneiros do Art Nouveau

- Ferro, vidro, madeira- Mosaico, vitral, carpintaria- Importância à

luminosidade- Coerência e rigor

excepcionais

Page 16: THAII AULA1

08/10/2014

16

http://hanser.ceat.okstate.edu/6083/victor_horta_tassel.htm

Page 17: THAII AULA1

08/10/2014

17

Victor Horta, Belgian, 1861 – 1947Maison Du People, 1897

HENRY VAN DE VELDE

- Decoração, teórico, propagandista

- Formas simples, mas rigorosas- 1907: werkbund

Page 18: THAII AULA1

08/10/2014

18

Riga - Jugenstidl, 'young style'

Gaudí – casa Batló 1904-1906

Page 19: THAII AULA1

08/10/2014

19

Gaudí – casa batló

Hector Guimard – Entrada do metrô em Paris

Page 20: THAII AULA1

08/10/2014

20

Jules Lavirotte - Paris

Café Majestic – Portugal, João Queirós

Page 21: THAII AULA1

08/10/2014

21

Café Majestic – Portugal, João Queirós

Michael Thonet– cadeira de balanço

Page 22: THAII AULA1

08/10/2014

22

Orchid Desk by Louis Majorelle

Eugène Gaillard (1862-1933)

Page 23: THAII AULA1

08/10/2014

23

Eugène Gaillard – dormitório, 1900

Luminária Tiffany - Louis Comfort Tiffany

Page 24: THAII AULA1

08/10/2014

24

NO BRASIL ELISEU VISCONTI

NO BRASIL ELISEU VISCONTI

Pano de boca datado de 1908 - óleo sobre tela, 12m x 16mTheatro Municipal do Rio de Janeiro

Page 25: THAII AULA1

08/10/2014

25

NO BRASIL ELISEU VISCONTI

Cartaz criado por Eliseu Visconti para a Companhia Antarctica na década de 1910