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11 de abril de 2014 - Nova York SAÍDAS PARA A CORRUPÇÃO NEW YORK, THURSDAY, SEPTEMBER 04, 2014 VOL. CLXIII No 56,265 $ 2.50 “All the News at’s Fit to Print” ©2014 e New York Times Late Edition Céu com poucas nuvens, temperatura máxima de 29°C, umidade do ar em 58%. Boa visibilidade. PAÍSES MEMBROS DA ECOSOC SE REÚNEM EM NOVA YORK BUSCANDO ENCONTRAR NOVAS SOLUÇÕES DOWN A AUSÊNCIA DE 17 DELE- GAÇÕES PREJUDICOU A QUALIDADE DO DEBATE UP O DECORO DAS DELEGAÇÕES, MESMO DURANTE O DEBATE NÃO-MODERADO

The New York Times - SONU Escolas - c7s centro

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11 de abril de 2014 - Nova York

SAÍDAS PARA A CORRUPÇÃONEW YORK, THURSDAY, SEPTEMBER 04, 2014VOL. CLXIII No 56,265 $ 2.50

“All the News That’s Fit to Print”

©2014 The New York Times

Late EditionCéu com poucas nuvens, temperatura máxima de 29°C, umidade do ar em 58%. Boa visibilidade.

PAÍSES MEMBROS DA ECOSOC SE REÚNEM EM NOVA YORK BUSCANDO ENCONTRAR NOVAS

SOLUÇÕES

DOWN

A AUSÊNCIA DE 17 DELE-GAÇÕES PREJUDICOU A QUALIDADE DO DEBATE

UP

O DECORO DAS DELEGAÇÕES, MESMO DURANTE O DEBATE NÃO-MODERADO

Educação é destaque em encontro da ECOSOC

Aconteceu na última quinta-feira (3) o primei-ro encontro da ECOSOC, Conselho Econômico e So-cial das Nações Unidas. O órgão, criado em 1945 pela pela Declaração das Nações Unidas, teve como tema cen-tral do encontro foi o impac-to da corrupção pública na sociedade, visando métodos inovadores para combatê-la. A saída apontada mais vezes pelas delegações presentes contra a corrupção foi o in-vestimento na educação. “A educação é a base de tudo” disse o ministro da Suécia, país cujos índices de corrup-ção são ínfimos se compara-do a outros países europeus.

Na reunião, estiveram presentes as delegações do Brasil, República Popular

da China, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Federação Russa, Índia, Japão, Kuwait, Paquistão e Suécia, grupo que possui alta discrepância nos índices de corrupção se-gundo os últimos dados da ONG Transparência Inter-nacional, que avalia a per-cepção de corrupção de 0 a 100. Os Estados Unidos rep-resenta

A delegada dos Estados Unidos questionou como a educação, por si só, pode-

EXPEDIENTESEPTEMBER 04 2014

Editora: Ana Lídia Coutinho

Repórter: Cibelly Holanda

By CIBELLY HOLANDANova York

DELEGAÇÕES SE REÚNEM EM TENTATIVA DE

COMBATE A CORRUPÇÃO

“Temos que trabalhar na realidade de cada país” - Delegada da Federação da Rússia

O cenário político do mundo contemporâneo se encontra em meio a incon-táveis escândalos públicos. Apadrinhamentos, propinas, sonegação fiscal. Todo esse dinheiro, que sai do nosso próprio bolso, nunca chega a hospitais, escolas, sanea-mento, e nos encontramos cada vez mais cansados e apáticos à sitação. E cada vez mais, pessoas são priva-das de seus direitos básicos.

Os interesses da socie-dade ficam largados como

segunda opção em detrimen-to de interesses particulares. Entretanto, este não é um problema necessariamente atual, e a questão é bem mais profunda do que aparenta ser. Infelizmente, é apenas parte dos casos que vem à tona, e a máquina pública está comprometida.

Cidadãos, ser pacífico não significa ser omisso. Cabe a nós, não compactuar - e cabe aos nossos repre-sentantes definir e combater a verdadeira corrupção. E no final, de quem é, realmente, a culpa?

ANA LÍDIA COUTINHOEditora The NY Times

SUÉCIAEUACUBAKUWAITBRASILCHINAÍNDIARÚSSIA

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ÍNDICE DE PERCEPÇÃO DA CORRUPÇÃO DOS PAÍSES PRESENTES NA REUNIÃO DA ECOSOC

ria acabar com a corrupção: “A América possui umas das melhores educações do mundo e ainda assim é cor-rupto”, disse. O país, que adota punições severas para casos de corrupção, demonstrou interesse na implantação da Lei da Ficha Limpa, método adotado pelo governo bra-sileiro. Entretanto, o diplo-mata deixou a desejar no quesito de sugestões inova-doras para o combate à cor-rupção.

O Brasil, que também teve participação notória no debate, mudou ofoco da discussão: “Não estamos aqui para propor soluções genéricas, estamos aqui para propor soluções reais” dis-cursou a delegada brasileira, que propôs a reforma em di-

versas instituições, como a polícia, o judiciário, a famíl-ia e a escola, além de uma maior participação da popu-lação no cenário político.

A República popular da China, por sua vez, defend-eu que uma maior igualdade entre o povo acarretaria uma diminuição nos índices de corrupção, e admitiu que a censura de seu governo di-ficultasse o seu combate, embora esperasse mudan-

ças graduais nesse aspecto. A Federação Russa, embora possua um governo com fortíssima censura, defendeu a educação política da popu-lação.

A Índia, país emergente que vem se destacando no cenário mundial, propôs um plano gradual de mudança englobando não somente a educação escolar como tam-bém a educação cultural de seu povo. “A iniciativa de acabar com a corrupção deve partir da própria população” afirmou a ministra indiana.

A segunda sessão da ECOSOC acontece hoje, na cidade de Nova York, e é esperado, além de um quórum mais significativo de delegações no comitê, que as nações cheguem a uma

resolução coerente que vá de encontro ao bom funciona-mento político das nações.