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ALÉM DO COMUM BRASIL IBIZA Diversão, mulheres e muita festa! MAIO DE 2015 GUARDIOLA SABE TUDO PEP GUARDIOLA O técnico do Bayern está inovando o futebol HORA DE CORRER • Mais saúde • Alto desempenho • Novos gadgets CoNheçA os SEGREDOS DO téCNiCo CAtAlão

The Red Bulletin de Maio - BR

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além do comum

brasil

IBIZADiversão,

mulheres e muita festa!

maio de 2015

GUARDIOLASABE TUDO

P E P G U A R D I O L A O t é c n i c o d o B a y e r n e s t á

i n o v a n d o o f u t e b o l

HORA DE CORRER•  Mais saúde• A lto desempenho• Novos gadgets

CoNheçA os SEGREDOS DO téCNiCo CAtAlão

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MAKERS OF THE ORIGINAL SWISS ARMY KNIFE I WWW.VICTORINOX.COM

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BEM-VINDOEsta edição é sobre excelência: pessoas que dominam sua arte, seja num estádio lotado, estúdio de cinema ou em construções extre-mamente altas. Entramos na mente de Pep Guardiola, nosso personagem de capa, para descobrir como esse catalão se tornou um dos técnicos mais respeitados e bem-sucedidos da atualidade. O jovem diretor Pedro Morelli nos conta como foi criar seu primeiro longa-metragem, Zoom, que acaba de ser finalizado e deve passar pelos principais festivais de cinema do mundo. O escalador ucraniano Mustang Wanted mostra seu grande talento e loucura: subir em prédios com mais de 500 metros sem equipamento de segurança. E tem mais, com Daniil Kvyat experimentando um carro de turismo. Esperamos que você goste.

NO TOPO O ucraniano Mustang Wanted é especialista em subir em prédios sem equipamentos

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“Felicidade só acontece depois da conquista.”DANIIL KVYAT, PÁG. 54

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O MUNDO DE RED BULL

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NESTE MÊS

GALERIA

10 FOTOS Os registros mais alucinantes do momento

BULLEVARD

17 CORRA Curiosidades, técnicas e his-tória: tudo sobre o mundo da corrida

DESTAQUES

24 Mustang WantedConheça o ucraniano que escala prédios com mais de 500 metros

36 Pep GuardiolaOs segredos do técnico de futebol mais valioso do momento

42 No rastro dos incasAs fotos de uma aventura de bike que vai tirar o seu fôlego

48 Heróis do mêsPedro Morelli, Gregory Porter e Emilia Clarke, de Game of Thrones

54 Daniil KvyatLevamos o russo da Infiniti Red Bull Racing para dar um giro

60 IbizaVocê quer festa? Este é o destino certo

AÇÃO!

68 VIAGEM Rapel nos EUA 69 EQUIPO Drones e fotos 70 RELÓGIOS Clássico e moderno 71 MOTOR A Scout voltou 72 MÚSICA Giorgio Moroder 74 CULTURA Cinema e games 75 COMO... Dominar um crocodilo 76 AGENDA O melhor de maio 78 GUIA DE COMPRAS Pedal 84 EXPEDIENTE Nosso time 86 MOMENTO MÁGICO Wingsuit

60FESTA NA ILHARegistros das noites mais quentes do mundo nas baladas de Ibiza

68VIAGEMAs montanhas americanas de Utah são perfeitas para a prática do rapel. Prepare suas malas e caia nessa

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PEP GUARDIOLAEstilo, técnica, competência: mergulha-mos na vida do catalão Pep Guardiola, atual técnico do Bayern

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NO RASTRO DOS INCASOs ciclistas Darren Berrecloth e Chris Van Dine numa aventura de bike pelas mais lindas paisagens do Peru

DE CAIR DO TRONOConversamos com a bela Emilia Clarke, que interpreta a rainha Daenerys Targaryen em Game of Thrones

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MAIO DE 2015

6 THE RED BULLETIN

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THE RED BULLETINBASTIDORESMAIO DE 2015

NOSSO TIMENESTE MÊS

MAKING OFPOR TRÁS DAS CÂMERAS

RÜDIGER STURMEspecialista em filmes, ele conver-sou com Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen, de Game of Thrones. Ela falou sobre a paixão por Audrey Hepburn e sua barata chamada Bob. Leia a entrevista na pág. 48

O Red Bulletin é publicado em 12 países. Acima, a capa da edição dos EUA

THE RED BULLETINPELO MUNDO

Especialistas em futebol não têm dúvida: Pep Guardiola é um gênio. Mas o que as pessoas não interessadas em futebol podem aprender com o glorioso técnico que comandou o Barcelona e hoje treina o Bayern? O jornalista catalão Martí Perarnau conhece Pep melhor do que ninguém. Ele passou um ano ao lado do técnico catalão durante sua chegada ao Bayern e escreveu o livro Herr Pep. Para o Red Bulletin, Perar-nau fez uma análise exclusiva sobre o que po demos aprender com Guardiola. A partir da pág. 36

Guardiolafora de campo

Martí e Pep: amizade e exclusividade

Durante a sessão de fotos com o russo

Daniil Kvyat

DAUMANTAS LIEKISO jornalista lituano de 24 anos seguiu o controverso escalador Mustang Wanted em Kiev. Liekis conversou com Mustang no topo de um prédio. Falaram sobre medos e filosofias. Confira na pág. 24

Martí e Pep: amizade

Ele é fotógrafo regular das 24 Horas de Le Mans e de Nürburg-ring. Nesta edição, Spöttel testemunhou os primeiros passos do piloto russo Daniil Kvyat, da Infiniti Red Bull Racing, ao testar o Renault Sport R.S. 01 em Roma. Veja na pág. 54

“ Daniil só abriu o sorriso depois do teste.”BERNHARD SPÖTTEL

8 THE RED BULLETIN

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A energiA de red Bull em três

novos sABores.

www.redBull.com.Br

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O C E A N O PAC Í FI C O

PUXAAAA! A Volvo Ocean Race é a regata a vela mais difícil do planeta. Sete equipes (na foto: a Dongfeng Race Team, da China) pilotam os iates mais modernos por 71 mil quilômetros ao redor do mundo. A competição dura nove meses. A regu­lagem das velas é considerada uma das tarefas mais simples no barco. Mesmo que o trimmer Kevin Escoffier (à dir.) não pareça achar o mesmo. www.volvooceanrace.comFoto: Sam Greenfield

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LEO G A N G , ÁU S T R I A

OLHO NO TUBO Aqui o perfil das trilhas do UCI Mountain Bike World Cup vem com alguns extras especiais:

saltos de 20 metros de distância, descidas com tocos de raízes, velocidades de até 80 km/h.

O britânico Gee Atherton detona sobre cas- calho austríaco. O campeão mundial resume

sua profissão: “Competir é muito simples. O mais rápido sempre ganha”.

Veja todas as competições do UCI World Cupao vivo: www.redbull.com/bike

Foto: Sven Martin

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B J E L A Š N I C A , B Ó S N IA E H E R Z EG OV I N A

SURF DE OUTRO JEITO

O americano Brian Grubb cria uma nova modalidade esportiva: uma mistura de wakeskating (wakeboard

em que a prancha não está presa aos pés) e surf sobre rios gelados usando um guindaste elétrico.

“Você pode acelerar quanto quiser”, afirma Grubb. “A água e a neve amortecem as quedas.”

Veja o vídeo de snow wake em: www.redbull.comFoto: Predrag Vuckovic

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K I L I A N J O R N E T

GENIAL NA VERTICAL Este homem evita terrenos planos. Afinal, ele é mais rápido subindo do que muita gente descendo

Seu lema de vida: até o topo, o mais rápido possível. Foi assim que, com apenas cinco anos, Kilian Jornet já estava no topo do Aneto, a montanha mais alta dos Pireneus. Hoje, aos 27 anos, ele faz coisas como subir e descer o Matterhorn em pouco menos de três horas. Ou subir correndo o Monte McKinley para descer esquiando. O catalão é conside-rado o talento do século no seu esporte, quebrando os recordes de subida e descida dos Seven Summits um atrás do outro. Ele já embolsou cinco deles e quer acrescentar os 5 642 metros de altura do Elbrus à lista este ano. Só falta o Everest.

MUNDO INTEIRO

Wings for Life World Run: tudo sobre a corrida global

pág. 20

PINTA COMO EU...

Quando Claire Wyckoff corre, o resultado

é... pênispág. 19

HOMEM MÁQUINA

Por que você, Homo sapiens, é o rei dos

animais que correm? pág. 22

V E M C O R R E R

Aquecimento para a Wi n gs fo r L ife Wo r l d R u n

THE RED BULLETIN 17

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MEXA-SE Protozoários famintos descobriram que se mo-ver ajudaria a matar a fome.

HOMO ERECTUSNossos antepas-sados se levan-taram: melhor visão a distância e equilíbrio.

TAILTEANN GAMESOs antepassados dos irlandeses competiam em nome de seus mortos.

OLÍMPIA No começo, os gre-gos corriam para Zeus, o deus dos deuses, e por uma coroa de oliveira.

C O R R A

B U L L E V A R D

3,5 BI DE ANOS 4–6 MI DE ANOS 1829 A.C.* 776 A.C.

I Z A B E L G O U L A R T

SEMPRE NO SHAPEA m o d e l o d a V i cto r i a’s S e c ret é v i c i a d a e m f i tn ess. E p o r so r te n os m ostra n o I n sta g ra m c o m o faz p a ra m a nte r o c o rp o e m fo rm a

“Converso com qualquer um que chegue com boas intenções. Mas não saio com qualquer um.”

Agachamentos, abdominais, bananeiras, halteres, corrida, pilates. A vida de Izabel Gou-lart parece ser constituída em cima da malhação. Até durante os voos ela posta fotos de seu treinamento em cabine no Instagram. Só em uma área de sua vida a boa forma não é obrigatória: em homens ela até acha uma barriguinha atra-ente. O que tem feito a alegria de 1,7 milhão de seguidores!

Os ouvidos correm junto É fato: quem combina o treino com música corre

com até 10% mais de velocidade. Nós preparamos

uma playlist de acordo com seu pulso

Evolução da corrida C O M O A N AT U R E Z A I N V E N TO U A C O R R I DA E C O M O E L A E VO LU C I O N O U. U M S P R I N T H I STÓ R I C O :

Corpo perfeito por meio da corrida:

Izabel Goulart e sua perfeição

C A M I N H A D A

“SPEED OF SOUND” Coldplay

“ONE MORE TIME” Daft Punk

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C O R R I D A L E N T A

“BEAT IT” Michael Jackson

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“STAYIN’ ALIVE” Bee Gees

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* Os historiadores não chegaram a um consenso quanto ao ano exato18

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TREINO NOBRE Na Inglaterra shakespeariana, os nobres man-tinham a forma em duelos com corridas.

O MENSAGEIRO DE MARATONA Correu 40 km até Atenas e entre-gou o recado: “Vencemos” – e morreu.

MARATONA DE BOSTON A primeira larga-da da maratona anual mais antiga do mundo. Com 15 participantes.

JESSE OWENSGanhou quatro medalhas de ouro na Olimpíada de Berlim – e deixou os nazistas com a cara no chão.

490 A.C. 1897SÉCS. 16 E 17 1936TARAHUMARAOs homens da tribo indígena do México se denominam “os dos pés ligeiros”. Alguns chegam a fazer 150 km

em um dia.

HÁ 2000 ANOS

Esporte matinal: este é o resultado

quando Claire Wyckoff trans-

forma suas cor-ridas em arte

FO R R EST G U M P

A P R I M E I R A N O I T E D E

U M H O M E M

O R E I L E ÃO

O S E N H O R D O S A N É I S

Você corre para pintar ou pinta para correr? Eu gosto de fazer as pessoas rirem. E eu gosto de não ser gorda. Por isso eu corro. Ou seja, foi um impulso anti-gordura-a-favor-do-riso. Qual foi o primeiro desenho que você correu? O primeiro desenho foi um corgi, o melhor cachorro do mundo. Meu

marido e eu tínhamos saído para correr e eu percebi que o percurso, na visão de satélite, era um pouco parecido com um cachorro. Depois eu aperfeiçoei a técnica. E qual é a história dos pênis?

É só que eles são muito engraçados. E, certamente, o pessoal da Nike tinha outra coisa em mente quando desenvolveu o aplicativo. Isso torna a coisa ainda mais engraçada.

De quanto tempo você precisa para completar um desenho? As aparências enganam. Frequente-mente tenho que voltar um trecho já percorrido. Então, um traço que parece ter 5 quilômetros pode significar que eu corri 10. Como você se prepara para a corrida? Normalmente eu desenho primeiro as formas em um mapa para ver se elas realmente ficarão como eu tinha imaginado. Depois eu levo o desenho quando saio para correr e fico comparando o aplicativo e o meu modelo no mapa. Cada corrida se transforma em uma obra de arte? Não, de maneira alguma. Atrás destes desenhos tem muito mais trabalho do que parece. Alguma vez você teve que pegar um atalho estranho para conseguir a forma que queria? Uma vez tive que atravessar um cemitério. Foi uma sensação estranha estar desenhando um pênis entre os túmulos.

Os filmes que aprende-ram a correr D e Fo rrest G u m p a Se n h o r d os A n é i s : o q u e

p o d e m os a p re n d e r co m a s ce na s d e co rr i d a

ma i s fa m osa s d a h i stó r i a d o c i n e ma

Quando estiver cansado, durma. Quando sentir

fome, coma. Senão, corra.

Correr eternamente não faz sentido. Em algum mo-mento, você tem que

crescer.

Prepare-se: um tanque cheio pode te salvar de

muitas encrencas.

Tenha sempre um objetivo. Por exemplo, salvar

o mundo.

A R T E C O M O G P S

PINTAR COM ESFORÇO S e u p e rc u rso d e c o rr i d a p refe r i d o : u m p ê n i s. M a s C l a i re W yc koff ta m b é m te m o u tros d ese n h os b o n i tos n o se u a p l i c at i vo d e c o rr i d a

Continue correndo para

a próxima página

Claire também desenha outras coisas

runningdrawing.tumblr.com

THE RED BULLETIN 19

Page 20: The Red Bulletin de Maio - BR

W I N G S F O R L I F E W O R L D R U N 2 0 1 5

VÁ LONGE! N o d i a 3 d e m a i o d e 20 1 5, m i l h a res d e p essoa s a o re d o r d o m u n d o l a rg a rã o a o m es m o te m p o. Pa ra c o m p eti r, n ã o

e ntre s i , m a s p o r a q u e l es q u e n ã o p o d e m c o rre r. A W i n g s fo r L i fe Wo rl d R u n é u m d os m a i o res eve ntos d e c a r i d a d e d o m u n d o a se r v i ç o d a p es q u i sa so b re m e d u l a es p i n h a l . Ve j a o n d e vo c ê p o d e p a r t i c i p a r e c o n h e ç a o u tra s m a rato n a s

Lo c a i s d a W i n g s fo r L i fe Wo rl d R u n 20 1 5 M a i s c o rr i d a s – d a s i m p o n e ntes à s m a l u c a s

GRANDE MULHERKathrine Switzer é a primeira mulher a correr a Maratona de Boston. O médico disse que seu útero poderia cair.

“TRIMM DICH!” O programa de esporte e saúde construiu mais de 1 500 trilhas na Alemanha. A maio-ria já não existe.

ROBERT GARSIDEfoi a primeira pes-soa a dar a volta ao mundo a pé. Balanço final: quase 60 mil km em seis anos.

ANOS 1970 1972 2003ABEBE BIKILAcorreu descal-ço nos Jogos Olímpicos. Subestimado e ridicularizado, levou o ouro.

BILL BOWERMANCom seu livro Jogging, o co-fundador da Nike marca o início de uma moda massiva.

1960 1962

A M A I S L O N G A

A M A I S C A R A

A C L Á S S I C A

A M A I S D I F Í C I L

P A R A P R E G U I Ç O S O S

P A R A T O D O S

SELF-TRANSCENDENCE RACE, Cidade de Nova York. 5 mil km em menos de 51 dias. O percurso: em volta do mesmo quarteirão.

ANTARCTIC ICE MARATHON. Você tem que levar: loucura suficiente, resistência ao frio, preparo físico extremo e € 10 mil.

Maratona-Atenas, Grécia. No rastro de 2 500 anos do criador da maratona. Mas tomara que com um desfecho menos trágico.

BARKLEY MARATHON, Tennessee, EUA. 16 500 m de variação de alti-tude. Até hoje, só 14 corredores atravessaram a linha de chegada.

Vantaa, Finlândia. Deixar-se levar em vez de correr? Claro! – com uma boia e muita cerveja na BEER FLOATING anual.

GREAT ETHIOPIAN RUN, Adis Abeba, Etiópia. Com milhares de pessoas, a maior corrida de rua da África – a 2 400 metros de altitude.

B U L L E V A R D

C O R R A A Q U I

Rouen

Olten

St. Poelten

Verona

Silverstone

Kalmar

Dublin

Stavanger

Ypres

Aarhus

Porto

Darmstadt

Aranjuez

Breda

Munique

Santa Clarita

Sunrise

Cataratas do Niágara

Santiago

Brasília

Lima

Cidade do Cabo

Bratislava

Liubliana

Zadar

Poznan�

Alanya

Kolomna

Kakheti

Bucareste

Dubai

Gurgaon

20 THE RED BULLETIN

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35 km/h é a velocidade

máxima do catcher car ,

que persegue

os corredores.

78,58 km foi a distância per-

corrida por Lemawork Ketema , o campeão.

142 países estavam repre-

sentados na última edi-

ção da WFL World Run.

92 anos era a idade

do corredor mais

velho em 2014.

35 397corredores participaram

da WFL World Run, dividi-

dos em 13 fusos horários

e em seis continentes.

DIÁLOGO DAS LATAS

CHEG A DA

L A RG A DA

PULE ALGUNS BLOQUEIOS Jason Scotland-Williams pegou um atalho pulando uma cerca na Maratona de Londres em 2014

LEVE O SEU IRMÃO GÊMEO Ninguém tentou ainda – ou simples-mente não foi desco-berto. Melhor ainda

VÁ DE METRÔ Em 1980, Rosie Ruiz ganhou a Maratona de Boston. O problema: fez uma parte do trajeto no metrô

Quanto menos penso, mais rápido sou.

O MUNDO TODO CORRENDO Em 4 de maio, a largada da Wings for Life World Run foi dada em 34 países.

9,58 SEGUNDOSAté hoje ninguém foi tão rápido quanto o jamai-cano Usain Bolt nos 100 metros rasos em Berlim.

20142009

A M A I O R

A M A I S B O N I T A

P A R A O B E D I E N T E S

PASIG RIVER RUN, Manila, Filipi-nas. Desde 2010, mantém o recorde mundial com mais de 100 mil par-ticipantes. Pelo menos na largada.

GREAT WALL MARATHON, China. Há uma desvantagem na maratona da Muralha da China: pouco espaço para ultrapassar.

PYONGYANG MARATHON, Coreia do Norte. Esteja preparado para seguir mudanças no roteiro: pode ser que Kim Jong-un queira ganhar.

Você também pode tentar

Não tem nada de fair play, claro. Mas com estes truques

ousados outros já conseguiram a vitória

W O R L D R U N 2 0 1 4

RECORDESO s re c o rd es m u n d i a i s

d o a n o p a ssa d o

Takashima

Yilan

Melbourne

FUNCIONA ASSIM: todos os participan-tes largam às 11 horas (UTC). Depois de 30 minutos, o catcher car larga e vai alcançando os corredores. Quem for alcançado por último é o vencedor. www.wingsforlifeworldrun.com

THE RED BULLETIN 21

Page 22: The Red Bulletin de Maio - BR

S U P E R - H U M A N O

NASCIDO PARA CORREREstes c i n c o a p l i c at i vos tra n sfo rm a ra m os se res h u m a n os e m m á q u i n a s d e c o rr i d a

ú n i c a s. N e m m es m o u m t i ra n ossa u ro rex p o d e ri a te r c o m p eti d o c o n osc o

EMBAIXO

B i p e d a l i s m oOs cangurus saltam, os símios se apoiam nas mãos, os outros mamíferos usam as

quatro patas. O Homo sapiens é o único

mamífero que anda constante e elegante-

mente sobre duas patas. O que favoreceu o desenvolvimento de

um grande cérebro. Inteligente.

ATRÁS

G l u te u sma x i m u s

Devemos tudo ao traseiro. Nosso

maior músculo foi um golpe de mestre da

evolução. Ele estabiliza o meio do corpo e

nos faz permanecer na  posição vertical.

E correr muito.

DENTRO

1 kg d e T N T Durante uma maratona,

um corredor produz e consome 75 quilos de trifosfato de adenosina,

uma espécie de com-bustível das células que contrai os

músculos. Esta quantidade cor-

responde ao poder explosivo

de 1 quilo de TNT.

EM CIMA

V i a g e mUma corrida longa tem o mesmo efeito de um trago em um baseado. Para render além dos limites da dor, nosso

corpo produz e conso-me suas próprias

drogas. É assim que a corrida se torna um vício.

FORA

S u o rMuitos animais ganham no sprint. Mas na resis-

tência somos imbatí-veis. Sem pelagem e com 3 milhões de

glândulas sudoríparas, mantemos a tempera-tura corporal estável

mesmo em longas dis-tâncias. A maior con-

centração de glândulas sudoríparas se encon-

tra na sola dos pés.

*Ágil aqui quer dizer: tão rápido quanto Usain Bolt. Ou, ao menos, mais rápido que os que o perseguem.

V E M C O R R E R

B U L L E V A R D

T-RexPara o rei dos dinossauros

(velocidade: 40 km/h), o ser humano com suas pernas ágeis* não teria

sido presa fácil.

DueloNo País de Gales, corredo-

res competem com cavalos. Em 2004 uma pessoa ven-

ceu pela primeira vez a competição de 34 km.

SER HUMANO

Dean Karnazes mostrou do que somos capazes: uma

maratona por dia. Por 50 dias.

AVE- MARIA!

O maior pássaro do mundo também é nosso maior concorrente: mantém

50 km/h durante meia hora.

22 THE RED BULLETIN

FOTO

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Page 23: The Red Bulletin de Maio - BR

Para ajudar Estes aplicativos darão

asas a seus pés

O segredo para vencer a Wings for Life World Run

O 1 X 1 DO KAINRATH

B O N S D I S P O S I T I V O S

CORRA COMIGO Do relógio de pulso ao tênis de ficção

científica: estes companheiros transformarão a sua corrida num passeio

Correntes para neve

A segunda sola da Yaktrax faz seus tênis

normais correrem na neve.

Timecheck!

Para correr atrás do recorde na maratona:

a Pace Band mostra os tempos que você

deve atingir.

Ativado por suor

Estímulo suado: uma men sagem aparece

nas camisetas da ViewSPORT quando

molhadas.

Sensor de pulso

Os fones de ouvido da Jabra tocam bem e medem seu pulso

através dos ouvidos.

À flor da pele

A camiseta Hexoskin se ajusta ao corpo e monitora todas as

atividades corporais. Todas?

MultiúsoO Runtastic Orbit registra

sua corrida, calorias queimadas e monitra

seu sono.

Modelo 2050Sempre macio: tênis com células que se reconsti-tuem. Shamees Aden, a

inventora, diz que estará disponível no mercado

em 35 anos.

ROCK MY RUNPlaylists elaboradas

sob medida para o seu treinamento.

WALKJOGRUNQuer um percurso

para correr durante a viagem?

Use o meu.

FAKE MY RUNSeria ótimo: um apli-cativo que coloque a corrida de 10 km online. Sem correr.

?

ZOMBIES, RUN!Os mortos vão te

pegar! Não há esca-patória. A não ser:

correr! De verdade!

STORY RUNNINGO aplicativo

Runtastic deixa você ser

protagonista.

THE RED BULLETIN 23

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E D I F Í C I O E U R A S I A 2 4 0 M E T R O SN E V E , F R I O E V E N T O C O N G E L A N T E

ALTURA

SEM

DEMEDO

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M u s t a n g W a n t e d e s c a l a a r r a n h a - c é u s , p o n t e s e i g r e j a s s e m e q u i p a m e n t o d e s e g u r a n ç a . I s s o f e z c o m q u e s e t o r n a s s e u m a c e l e b r i d a d e p r o c u r a d a p e l a p o l í c i aP o r : D a u m a n t a s L i e k i s F o t o s : m u s t a n g - w a n t e d . c o m

25THE RED BULLETIN 25

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L U G A R A L T U R A O Q U E T E M D E E S P E C I A L

U N I V E R S I D A D E L O M O N O S O V 2 4 0 M E T R O S

A A C R O B A C I A R E N D E U U M M A N D A D O D E P R I S Ã O C O N T R A E L E N A R Ú S S I A

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E D I F Í C I O P R A Ç A K U D R I N S K A Y A 1 5 6 M E T R O S

M U S T A N G E S T Á S E E Q U I -L I B R A N D O N A E S T R E L A N O T O P O D O E D I F Í C I O

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P A S S A R E L A A T É A I L H AD E T R U K H A N I V 5 0 M E T R O S

A Q U I M U S T A N G J Á E S C A L A V A Q U A N D O C R I A N Ç A – S E M B I C I C L E T A

L U G A R A L T U R A O Q U E T E M D E E S P E C I A L

A L G U M E D I F Í C I O N O C E N T R O 1 1 0 M E T R O SA T Á B U A E M Q U E M U S T A N G S E E Q U I L I B R O U E S T A V A P O D R E

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Nossa conversa aconteceu em Kiev, à noite. O homem que se apelidou de Mustang Wanted na verdade chama-se Grigor, tem 28 anos e é ucraniano de Kiev. Com as mãos enfiadas nos bolsos da calça de moletom e o capuz cobrindo parcialmente o rosto, Mustang Wanted não aparenta em nada ser uma estrela. Mas tem cente-nas de milhares de seguidores no Face-book, no Twitter e no Instagram, e seus vídeos contam milhões de visualizações no YouTube. Não há muitas cidades no mundo onde ele possa passear sem preo-cupação: Mustang foi pego pela polícia em todos os países onde esteve até agora. Porque ele sobe em arranha-céus, pontes, torres e igrejas. Sem nenhum equipamento de segurança. O que acaba tirando as autoridades do sério. Se ele entrar em território russo, corre o risco de ficar preso por até sete anos.

The Red BulleTin: Mustang, nos conte a verdade: você não tem medo da polícia? musTang WanTed: Quanto maior a chance de ser pego, melhor. O desafio fica ainda mais interessante. Eu prefiro escalar os andaimes nas fachadas que podem ser vistos por todos. E, anote aí: eu nunca arrombo uma fechadura. Eu sempre tenho o cuidado de não causar prejuízo a ninguém. Os esportistas que se aventuram a escalar telhados de casas são chama­dos de roofers. Você provavelmente é o roofer mais conhecido do mundo... Espera aí! Não! Eu não sou roofer. O que eu faço lá em cima é muito mais que roofing. Lembre-se do que fiz em São Petersburgo há alguns anos, naquela construção com um guindaste enorme. Eu subi com meus amigos BASE-jumpers, caminhei sobre as estruturas de metal, fiz minhas acrobacias. Você conhece um

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roofer que faça isso? Nenhum deles cami-nharia sobre uma barra de metal que tem uns poucos centímetros de largura. É como slackline, só que mais difícil, porque na slackline você pode acertar os movimen-tos e ter controle. Nas escoras de metal de um guindaste, a 200 metros de altura, isso é impossível. O vento sacode a barra sobre a qual você está. É praticamente impossível controlar a situação. Parece óbvio que você também já teve essa experiência. Quando nos entediávamos, ligávamos o guindaste e o fazíamos girar em círculos... Qual foi o edifício mais alto que você escalou até agora? Foi em Dubai, a Princess Tower. Eu fiquei pendurado lá, em uma borda, a 414 metros de altura. Mas não fiz isso por causa do recorde em altura. Eu queria experimen-tar aquilo. As experiências são mais valiosas que os recordes. É uma das melhores fotos da internet para tirar o fôlego: você está lá pen­durado pela ponta dos dedos em uma altura vertiginosa. Um escalador pro­fissional estaria usando equipamento de segurança, uma corda, no mínimo, um capacete. Eu tenho mais confiança em minhas mãos que em qualquer equipamento de escalada. E já que você falou da internet: não me importo nem um pouco com a quantidade de atenção que me dão. As pessoas podem fazer o que quiserem. Se querem se inscrever no meu canal ou curtir minhas coisas nas redes sociais, elas são bem-vindas. Mas para mim não tem importância. A opinião pública não me fortalece nem me enfraquece. Eu faço simplesmente aquilo que curto – escalar edifícios e fazer vídeos legais. Só a escalada já não é suficiente. Você faz flexões a temperaturas abaixo de zero em barras de metal enferrujadas e a centenas de metros de altura numa ponte. Você anda de skate sobre pre­cipícios. Você entende que isso é uma provocação para a polícia? Tanto em Kiev como em Moscou, Bratisla-va, Budapeste, Berlim ou Dubai, sempre tive problemas com a polícia. Mas não entendo. Sinceramente. O que eu faço prejudica alguém? Não. Então, por que eu deveria ser preso?

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L U G A R A L T U R A O Q U E T E M D E E S P E C I A L

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F A Z I A T A N T O F R I O Q U E A S M Ã O S D E L E C O N G E ­L A R A M S O B R E O M E T A L

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Na verdade, é surpreendente que você raramente acabou sendo preso. Como é que você consegue fugir da polícia? Eu corro. Por mais óbvio que pareça, é muito eficiente. Os policiais são mais lentos que eu. A pior situação é quando estou escalando uma ponte, e os policiais já estão lá esperando por mim nos seus carros. Nesse caso, não há rota de fuga. Então, eu os driblo. Eu tenho que correr contra o sentido do tráfego, porque assim são eles que ficam presos na ponte. Eles têm que chegar ao fim da ponte para dar a volta. Com isso, ganho tempo suficiente. A polícia sempre reage da mesma forma às suas traquinagens? Os europeus são educados. Muito. Eles têm funcionários muito gentis na polícia. Eu me lembro do que aconteceu naquela ponte superalta em Budapeste. Era um dia ensolarado e fazia muito calor. A esca-lada foi difícil e extenuante. De repente, uma vespa picou meu braço. Cheguei ao topo da ponte, mas meu braço estava me matando por causa da maldita picada. Para variar, alguém me viu lá do chão e chamou a polícia. Eles me prenderam, mas, antes, me deram tratamento médico. Achei isso muito simpático. Você quase ficou preso na Rússia, né? Como foi isso? Sim. Por sete anos. Os policiais russos tam-bém são os mais brutos. No ano passado, eu escalei aquele edifício em Moscou e, a 176 metros de altura, pintei a estrela soviética com as cores da Ucrânia. Eles não me pegaram. Mas quatro BASE-jumpers amigos meus que por acaso estavam por ali foram presos e continuam até hoje. O que faço ridiculariza a lógica das leis existentes. Se eu atirasse sem motivos nos pedestres, seria condenado a três anos. Agora, por ter escalado um edifício de 176 metros de altura e ter pintado uma estrela eu devo ir para a prisão por sete anos? É uma prova de que vivemos em um mundo extremamente doente. Como as autoridades ucranianas reagem ao que você faz? Adoram tirar fotos minhas. Hahaha.

Lembra-se de algum encontro interes-sante com a polícia? Quando desci da Princess Tower, em Dubai, aquela de que falei antes. Desci direto nos braços de dois seguranças, uns caras incrivelmente altos, incrivelmente feios. Eles pareciam uns gorilas. Disseram alguma coisa em árabe. Não entendi abso-lutamente nada. Um deles me pegou, e eu, claro, me defendi, e quase que a coisa se transformou em pancadaria. Mas então mostrei a eles alguns vídeos e fotos minhas em que fazia acrobacias sobre edifícios. Eles gostaram. Quando a polícia chegou, o clima tenso já havia se desfeito. Eles me perguntaram como foi que eu cheguei ao telhado. Eles achavam que eu tinha arrombado alguma fechadura. Mas alguém simplesmente tinha esquecido uma janela aberta no último andar. Eu consegui escla-recer tudo. E eles me deixaram ir embora sem grandes problemas. Há algum tipo de filosofia por trás do seu desafio? Filosofia não me interessa. Cheguei a estudar isso por alguns anos. Mas acabei saindo da faculdade porque esse papo de títulos e diplomas não me interessa. Não precisamos disso para ser felizes. Tenho minha própria filosofia. Nem adianta tentar compreendê-la. Estou convencido de que, se você ama fazer uma coisa e isso não prejudica ninguém, então é legal. Ninguém pode me convencer de que é um crime. E que fique bem claro: eu não estou fazendo isso para ficar rico, nem famoso e muito menos para quebrar re-cordes como atleta. Faço simplesmente porque gosto. O que você faz contra o medo quando está lá, balançando na ponta dos dedos, a centenas de metros de altura? Nada. Não preciso fazer nada contra o medo. Porque não tenho medo. Estou sempre relaxado e concentrado. E isso é só o que importa. Relaxamento e con-centração são os pré-requisitos para estar no controle da situação. Como é a sua vida quando está em casa, numa noite tranquila, descansando e longe da adrenalina? Tomo chá. Só chá. Nunca álcool ou outras drogas. E assisto a vídeos de James Kelly arrasando no skate. Ele parece ser um cara extremamente relaxado em cima do skate. mustang-wanted.com

“ N a d a . N ã o p r e c i s o f a z e r n a d a c o n t r a o m e d o . P o r q u e n ã o t e n h o m e d o . E s t o u s e m p r e r e l a x a d o e c o n c e n t r a d o . ”

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PORQUE ELE É MAIS DO QUE UM TÉCNICO DE FUTEBOL. PORQUE ELE OUVE MAIS DO QUE FALA. PORQUE ELE APRENDE MAIS DO QUE ENSINA. UMA CRIANÇA, UM FILÓSOFO, UM LADR ÃO, UM PERFECCIONISTA, UM APAIXONADO E SOFREDOR

DO MUNDO

É O MELHOR PEP GUARDIOLA

TÉCNICO

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PEP GUARDIOLA

SEU AMIGO MARTÍ PER ARNAU O ACOMPANHOU POR UM ANO E O CONHECE MELHOR QUE QUALQUER OUTRO JORNALISTA. PER ARNAU FEZ UMA ANÁLISE PAR A O RED BULLETIN SOBRE O QUE CADA UM DE NÓS PODE APRENDER COM PEP GUARDIOLA

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RECONHEÇA AS BOAS IDEIAS.

E ROUBE-AS

“PEP NÃO É CRIATIVO, ELE É INOVADOR.“

Para começar, vamos desmistificar o Pep. Todos dizem que ele reinventou o futebol. Não. Ele não o reinventou. Seu maior talento é provavelmente outro: observar com atenção e ouvir melhor ainda. Ele sabe sugar os métodos de trabalho de seus colegas como uma esponja. Ele sabe reconhecer boas ideias. Depois, rouba elas. E, em seguida, ele as combina formando um todo inédito.

Falei muito a respeito disso com o pró-prio Pep e com seu amigo, Ferran Adrià, que é considerado o melhor cozinheiro do mundo – o que ele, sem dúvida, conti-nua sendo, mesmo depois de ter fechado o seu restaurante, o El Bulli. O Adrià faz a distinção precisa: “O Pep não é criativo, ele é inovador”.

No começo de sua carreira como técni-co, Pep se dedicou principalmente a duas coisas: viajar e ler. Ele fez o que chamou de “viagem de iniciação”. Durante essa viagem, ele se aprofundou na observação

“PEP NÃO É CRIATIVO, ELE É INOVADOR.“

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ESTEJA CONVENCIDO DA

SUA MISSÃO

SEJA CURIOSO COMOUMA CRIANÇA

PEP LÊ TUDO QUE, EM SUA OPINIÃO, POSSA SER INTERESSANTE DE ALGUMA MANEIRA PARA ELE

do trabalho de outros técnicos de futebol, cada um com métodos muito diferentes. Ele ouvia atentamente por intermináveis horas e depois destilava o mais importante da sabedoria de cada um. Mesmo muitos anos depois ele ainda se lembra daquelas lições. Seus comentários incluem frequen-temente alusões ao que ele aprendeu com homens como Cruyff, Menotti, Lillo, Bielsa ou Sacchi.

E, além disso, ele lia muito. (O que ainda faz.) Tornou-se um especialista em história e desenvolvimento do futebol. Esse conhecimento é a base a partir da qual ele adota ideias de outros treinado-res e aplica na hora certa. Veja um exem-plo: o “falso 9” já existia no futebol da Argentina e da Hungria nos anos 1950. No dia do duelo entre o Barcelona e o Real Madrid pelo campeonato espanhol em 2009, Guardiola sacou esse truque da manga, colocou Lionel Messi na posi-ção – e seu time venceu o arquir rival, na casa do adversário, por 6 a 2, num jogo histórico.

Guardiola lê tudo aquilo que, em sua opinião, possa de alguma maneira ser interessante. Independentemente de se tratar de futebol ou de outros esportes ou mesmo da forma como uma música foi composta. Quando morava na Itália, viajou centenas de quilômetros para co-nhecer pessoalmente o técnico de vôlei Julio Velasco depois de ver uma entrevista com ele na televisão e decidir que queria aprender com ele.

Durante uma refeição com pessoas importantes, Guardiola pergunta muito mais do que responde. E o encontro pode ser tanto com um grande mestre do xadrez quanto com um ganhador do Nobel de Ciências Econômicas ou com a técnica de uma equipe de futebol femi-nino. Independentemente da posição que seu interlocutor ocupe, Guardiola pergunta com a curiosidade de uma criança. Ele pergunta não por educação, mas por interesse próprio. Ele funciona como um filtro para pensamentos e ideias alheias – e é um gênio em traduzi-las depois para o seu esporte.

Um exemplo: nós constatamos que o método que Guardiola usa para analisar o adversário é muito parecido ao do cam-peão mundial de xadrez Magnus Carlsen. Pep ficou fascinado por suas ideias. Desde então, ele lê tudo que lhe cai às mãos so-bre xadrez para fazer paralelos e aplicar as técnicas do xadrez no futebol.

O Pep não só escuta, mas também fala. Nas esferas mais íntimas, ele fala sem parar. O que mais faz é colocar novas ideias na roda para serem discutidas. Sua frase preferida nessas horas é: “E o que faríamos se...?”

“PARA MELHORAR, É PRECISO PIORAR PRIMEIRO.”

Eu confesso que tinha minhas dúvidas quando Guardiola foi para o Bayern . Observei os treinos intensivamente, bem de perto, por meses. Dava para perceber o quanto é difícil, mesmo para ele, ajustar um time ao seu modelo de jogo. E também o quanto é difícil para os jogadores, que estavam acostumados com uma forma de jogar completamente diferente, adaptarem-se à “nova lingua-gem” do Pep.

Diferentemente de mim, Pep nunca teve dúvidas. “Vamos conseguir”, era o que ele dizia cada vez que eu lhe falava sobre minhas dúvidas. “Para melhorar, é preciso piorar primeiro.” Porque cada intervenção na forma de jogar de uma equipe bem-sucedida – e o Bayern era o melhor time do mundo quando Guar-diola assumiu a sua liderança – significa a princípio um passo atrás. É muito lógico. Perde-se a confiança, perde-se a segurança, perde-se a dinâmica. É necessário tempo e perseverança para construir tudo outra vez, renovado e melhor. Derrotas são o preço do progresso!

Mas, cuidado! Confiança não pode ser confundida com vaidade. É preciso ter autocrítica. Uma vez, quando falávamos sobre um jogo ruim de seu time, Pep me disse: “Você pode me criticar o quanto quiser. Você nunca será mais crítico comigo do que eu mesmo. A minha forma de jogo é a minha forma de jogo. Mas também existem outras, completamente diferen-tes, que podem ser bem-sucedidas. Não interessa se a minha é a melhor. Mas ela é a minha”. É assim que ele pensa.

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QUESTIONE

TUDO

ESTEJA PREPARADO

PARA AMAR

SEJA APAIXONADO

EM SUA COMUNICAÇÃO

PEP NÃO É UM CARA CRIATIVO, ELE É UM CARA INOVADOR

O elemento central de ser um time é trans-formar o individual em coletivo. A ferra-menta mais importante para alcançar esse objetivo é a comunicação. E essa é uma ferramenta difícil de ser manejada, porque, se não for aplicada corretamente, ela pode transformar a melhor das ideias no pior resultado.

A coisa fica ainda mais complicada se você tem que comunicar suas ideias e convicções em uma língua que não é a sua. Seis línguas são faladas nos treinos do Bayern: a base da comunicação é em alemão, que Guardiola aprendeu, seguida de inglês e, com alguns jogadores, ele ainda fala catalão, espanhol, francês ou italiano. É fácil ver como as conversas são conduzidas com paixão: quando as palavras não são suficientes, Pep usa todo o corpo para dizer o que quer. Ele abraça os jogadores, dá tapinhas nas costas, beija, joga pra frente. E eles respondem da mesma forma. É só ver como Ribéry ou Boateng comemoram seus gols com Pep para entender que a boa comunica-ção precisa de uma boa dose de paixão.

Guardiola é uma pessoa de sangue quente. Durante os jogos, você o vê sofrendo, miserável, fervendo, envelhe-cendo a olhos vistos, xingando o árbitro. Toda essa energia contagia os jogadores do seu time. Eles sentem o quanto Pep está disposto a lutar com eles e por eles, a dar-lhes apoio, a ajudar-lhes a elevar seu rendimento além daquilo que eles mesmos teriam imaginado.

Pep Guardiola é como a gasolina que se joga no fogo: o resultado é cada vez mais fogo.

Quando, em março de 2014, o Bayern já estava garantido como campeão ale-mão, Franck Ribéry foi até Guardiola na comemoração do campeonato e disse: “Eu te amo! Você está no meu coração”.

No primeiro jogo da temporada 2014/2015, o Bayern estava cheio de problemas. Jogadores importantes esta-vam machucados, os que participaram da seleção alemã tinham acabado de voltar da Copa para Munique e pratica-mente não tinham treinado. Era um jogo difícil, mas Pep Guardiola exigiu empe-nho total de seus jogadores. O Bayern ganhou, e depois da partida Pep e Philipp Lahm se abraçaram numa alegria incon-trolável. “Philipp, eu te amo! Obrigado pelo empenho fantástico”, disse Pep ao capitão de seu time.

Para Pep Guardiola, essas demonstra-ções de afeto não são parte de um estilo de gestão ou parte de suas habilidades de liderança. Para ele, trata-se realmente do amor que tem pelos seus jogadores, os seus companheiros de equipe, chova ou faça sol.

Quando o jogador Pierre-Emile Højbjerg lhe contou em particular que seu pai tinha câncer, os dois choraram juntos. O treinador fez tudo o que pôde para apoiar o jovem jogador e seu pai, que morreu alguns meses depois. Højbjerg me disse uma vez: “O Pep é como um segundo pai para mim”.

Algum tempo depois, Højbjerg queria subir. Queria ser colocado em campo com mais frequência, exigiu um lugar fixo no time, mas Pep não lhe deu esse lugar. Højbjerg se comportou como um filho rebelde de 19 anos: ele pediu para ser emprestado ao FC Augsburg. Pep se com-portou como um pai que deseja o melhor para seu filho: deixou que ele se fosse, mas o fez prometer que voltaria.

Pep pergunta sem parar. Ele questiona a si mesmo e faz perguntas a todos. Ele sabe irritar qualquer um com suas perguntas intermináveis. Às vezes, muda de ideia da noite para o dia. Não porque antes não soubesse o que queria fazer, mas porque quer sempre levar em consideração todas as possibilidades e imprevistos de um jogo.

Com Guardiola aprendemos: o sucesso é mais a consequência de dúvidas do que de certezas.

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Para ir ao treino, Pep veste a sua roupa de treino que seus assistentes deixam pre-parada para ele e, quando faz frio, ele co-loca um gorro qualquer na cabeça. No dia a dia, ele não se importa com o que veste. Mas tudo muda quando chega o momento que para ele é a grande cerimônia: o jogo, o dia mágico. Aí sim ele se preocupa com a aparência e se veste de forma alinhada. Não por vaidade, mas por respeito.

O jogo é o ponto mais alto de seu tra-balho e, por isso, ele tem que se vestir como se estivesse indo para um banquete. A roupa é um símbolo para demonstrar aos jogadores o valor que Pep dá a cada partida: hoje é o dia de cerimônia, o dia do jogo. Hoje temos que mostrar a todos tudo o que estivemos preparando.

VISTA-SE PARAA SITUAÇÃO

SEJA

VULNERÁVEL

NUNCA SE DÊ POR SATISFEITO

ELE ABRAÇA OS JOGADORES, DÁ TAPINHAS NAS COSTAS, BEIJA, JOGA PRA FRENTE

ELE NÃO É UM CARA DURÃO. E ELE NÃO SE IMPORTA EM ADMITIR E DEMONSTRAR QUE NÃO

São 3 horas da madrugada, Pep está sentado num canto, com a filha pequena nos braços, já meio adormecida. O Bayern acabou de vencer a Copa da Alemanha numa partida incrível contra o Borussia Dortmund. Mas Guardiola não está satis-feito. “Nós não jogamos tão bem quanto poderíamos”, é o que ele responde à minha pergunta.

Normalmente ele se permite cinco mi-nutos para comemorar uma vitória. Cinco minutos, não mais. Então, ele já começa a análise fria e racional do jogo com seus colaboradores mais próximos e também a preparação para o próximo jogo.

Ele está constantemente insatisfeito. Ele não gosta de vencer? Sim! Claro que ele gosta! Ele ama vencer. Mas ele exige de si mesmo a busca contínua do jogo perfeito. Ele sabe que o jogo perfeito não existe, mas ele não deixa de tentar. O resultado é importante para ele, mas ele se interessa ainda mais por como o resultado foi alcançado. Porque a vitória pode ser enganosa. Para Pep é mais impor-tante analisar a dinâmica do jogo, já que é ela que vai possibilitar vitórias futuras.

Pep odeia perder, apesar de saber que ele tem que viver também com a derrota.

Ele não é um cara durão. Quando está preocupado, ele coça a cabeça. Quando está satisfeito com um treino, distribui gritos, aplausos e beijos. Quando não está satisfeito, se retira para um canto. Ele deixa suas emoções correrem livres. Pep acha que se deve reagir com calma à derrota e manter-se sóbrio depois da vitória. Mas isso não faz dele nenhum super-herói. Pep Guardiola é um cara bem resolvido que não se importa de chorar na frente dos jogadores quando os sentimentos tomam conta dele ou de rir como criança quando Thomas Müller conta uma de suas piadas.

Não, ele não é um cara durão. E ele não se importa em admitir e demonstrar que não.

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O PLANOOs dois ciclistas freeriders de nível internacional Darren Berrecloth e Chris Van Dine tinham um sonho: queriam percorrer de bike aquela trilha que Atahualpa, o último imperador inca, percorreu quando fugia dos conquista­dores espanhóis. Uma estrada secreta nas montanhas que levava até Choque­quirao, importante cidade inca situada a 3 085 metros de altitude. O caminho está rodeado de sítios históricos como este: Vitcos, que tem um palácio princi­pal com diâmetro de mais de 60 metros.

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2CALOR“Neste dia, tivemos que ir empurrando as bikes infini tamente em busca da trilha”, conta Darren Berrecloth. “Não dava para pedalar no terreno. O calor úmido e abafado durante todo o dia era insuportável. As curtas descidas que encontramos pelo caminho, como esta, foram um refresco mais que bem-vindo. O Peru está cheio de antigos caminhos incas. É o paraíso dos mountain bikers. O que ninguém tinha pensado naquela época foi em colocar uns guardrails.”

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FRIO“Tivemos que desistir da rota planejada inicialmente: o tempo estava tão ruim que as mulas não conseguiam passar pelo desfiladeiro. Fomos buscando rotas alternativas para chegar a Choquequirao. Claro que a belíssima rota histórica inca até Machu Picchu, que normalmente precisa de reservas com mais de um ano de antecedência, não pode ser comparada. Mas rotas espetacu-lares são o que não falta no Peru: Chris Van Dine ficou pequeno na paisagem majestosa.”

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RIO“A última barreira natural entre nós e nosso objetivo,

a cidade inca de Choquequirao, redescoberta somente no século 19 e até agora só parcialmente desenterrada

pelos pesquisadores. A população local não se impressiona: qualquer um que chegue aqui é transportado neste caixote sobre o rio de águas selvagens, com ou sem mountain bike. Uma experiência única: ficar balançando sobre o precipício

com a bike, preso somente a uma corda.”

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TERR A“A recompensa depois de nove dias e

12 200 metros de variação de alti­tude: trilhas sem fim como esta e

a mesma paisagem que os Filhos do Sol apreciaram centenas de anos atrás. Descobrimos trechos into­

cados de natureza e até uma ruína inca que acreditamos nunca ter sido vista por outro gringo antes de nós.

Apesar de não termos podido manter a rota original planejada, a viagem

no rastro dos incas ficará em nossas memórias para sempre.”

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Já que não foram dragões, você chegou a adestrar algum outro animal? Ah, sim! Baratas. Muitas luas atrás, eu ainda morava em uma casa onde havia baratas. Acabei fazendo amizade com uma delas. Era um baratão enorme. Batizei de Bob. O que aconteceu com Bob? Temo que ele já não esteja entre nós. Mas tenho que con-fessar que já tínhamos perdido contato há algum tempo. Daenerys Targaryen se transformou de garota ino-cente em uma soberana esperta. Você de domadora

de baratas em estrela da telinha... Boa comparação. Antes de fazer Game of Thrones, eu trabalhava com catering – na época em que dividia o apartamento com o Bob. Você ainda saberia fazer seu antigo trabalho? O que acontece se eu quiser um almoço agora? Eu posso servir um champa-nhe com canapés incríveis. Outros ficariam fazendo isso por toda a vida, mas

Ela começou como objeto sexual e che-gou a comandante de um exército e aspirante a impera-triz – até mesmo no universo turbu-lento da série mais

bem-sucedida em todo o mundo (inclusive nos conti-nentes Westeros e Essos), a trajetória de Daenerys Targaryen é extraordinária. O que se deve em grande par-te ao talento da atriz inglesa Emilia Clarke.

: A série está na quinta temporada. Você acha que vai ser a ven-cedora no final de Game of Thrones? : Claro (rindo). Eu sempre aviso aos outros atores da série: “Relaxem. O trono vai ser meu no final”.Você seria durona o sufi-ciente para dar conta de um reino inteiro? Não sou nem de longe aquilo que minhas personagens são. Eu nem tenho dragões. E, para dizer a verdade, o melhor e mais difícil que uma mulher tem que alcançar na vida é algo bem diferente: aceitar quem você é e saber ser feliz com isso.

você se tornou uma estrela. O que a diferencia? Estou convencida de que, se você quer muito alguma coisa por muito tempo, está focado naquilo e não desiste, vai alcançar o que quer. E ser atriz foi o que eu sempre quis, desde que era muito, muito pequena. O que significa “muito, muito pequena”? Três anos de idade. Eu vi o musical Show Boat e fiquei hipnotizada. Algum tempo depois, vi Audrey Hepburn em Minha Bela Dama. Eu desen-volvi uma forma de obsessão por ela. Assisti ao filme todos os dias por dois anos seguidos. Antes de Game of Thrones, você era praticamente

desconhecida. Como con-seguiu o papel? Um ano antes, eu tinha termi-nado a faculdade de teatro. Fiz um teste – com pouca experiência, mas com muito entusiasmo –, e eles me deram o papel. Naquele momento, eu me senti como uma garotinha dentro de um furacão num conto de fadas cheio de misté-rio e aventura. Foi incrível.Provavelmente tremendo de medo de que você não estivesse à altura da tarefa?

Antes que as gravações come-çassem, o medo era incontro-lável. Mas, quando estava no set, só sentia aquele frio zinho na barriga, como no teatro. Isso é o melhor de atuar: quando você está no palco, existe apenas o personagem. Eu só tinha medo real de uma coisa: amo cavalos e cavalgar, mas não em frente às câmaras. Há tanto equipa-mento para todo lado, que um desajeitado sobre um cavalo pode arruinar tudo. E qual foi a minha primeira cena na série? Me puseram para cavalgar. Felizmente tudo acabou bem.Esse papel lhe ensinou o que é necessário para ser uma heroína?

Eu acho que sim. Você tem que buscar suas metas com determinação, mas sem ego-ísmo. O truque para manter a cabeça no lugar é escapar da própria vaidade. Se você fosse uma impera-triz no mundo real: qual seria sua primeira medida a favor do bem comum? Hmmm... eu diminuiria o preço da cerveja pela metade (rindo alto).

EMILIA CLARKE é a mulher mais bonita na série Game of Thrones. Além disso, ela sabe como se tornar uma heroínaPor: Rüdiger Sturm

“AS BARATAS TAMBÉM PODEM SER SUAS AMIGAS”

“VOCÊ TEM QUE BUSCAR SUAS METAS COM DETERMINAÇÃO, MAS SEM EGOÍSMO. O TRUQUE É ESCAPAR DA PRÓPRIA VAIDADE.”

HERÓIS

www.hbo.com/game-of-thrones

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Emilia Clarke, 28 anos. Quando a série da HBO Game of Thrones estreou em abril de 2011, a desconhecida se tornou uma estrela

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Pedro Morelli é uma das promessas do cinema nacional

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Who Smells Like Fish, que é de um mexicano. Zoom é o quarto. Ele falou “invente aí, quero fazer um filme com você”. Isso faz cinco anos. Caiu um gringo do céu e fa-lou: “Faça o que você quiser, invente um filme”. Ele queria energia jovem. Foi engraçado até que, quando estávamos conversando, a gente estava num prédio com vista para os lados da Av. Paulista. Ele fa-lando “você tem que fazer esse filme assim, com energia, tem que ter essa pegada... essa...”. Aí começou a estourar uns fogos. E ele apontou e disse:

“Tem que ter isso! É isso que eu estou falando!”. Como é, aos 28 anos, chegar no set e comandar vários atores já consagrados?É sempre um desafio. Tipo o Gael é um dos atores que mais admiro, sempre achei o máximo os filmes do cara e de repente você está dirigindo ele. Realmente tem essa preo-cupação. Mas fluiu natural-mente. Tenho um jeito calmo, e os atores logo sacaram isso. Foi bem legal também porque

Aos 28 anos, Pedro Morelli está dian-te de seu primeiro grande desafio como diretor de cinema. Ele acaba de finalizar seu primeiro longa,

Zoom, uma coprodução Brasil e Canadá, que deve passar nos principais festivais do mundo e conta com Gael García Bernal e Mariana Ximenes no elenco. O filme é uma comédia que narra a vida de um autor de histórias em quadrinhos, um novelista e um diretor de cinema. Cada uma contada com estéticas e técnicas distin-tas. Achou muita loucura? Pois é exatamente aí que Pedro quer chegar.

: Como surgiu a ideia do filme? : Conheci o produtor Niv Fichman no set de Ensaio Sobre a Cegueira, onde fui estagiário, aos 21 anos. Dois anos depois, ele me chamou para conversar. Veio para São Paulo e disse que estava fazendo uma série de projetos com diretores estreantes. Fez o primeiro, Hobo with a Shotgun, depois Antiviral, do filho do David Cronenberg, e fez The Boy

foi muito aberto para a impro-visação. É uma comédia e os atores eram participativos e inventivos. E o filme dá mar-gem ao improviso, então foi um processo gostoso e tran-quilo de deixar os caras cria-rem também. Imagino que, para outras situações, se eu quisesse uma coisa muito fechada e tivesse que ficar convencendo o ator a fazer exa-tamente como deve ser feito, seria bem mais complicado.O que foi o mais desafiador na realização do Zoom?Cara, foi provavelmente o lance da animação. Toda a história do Gael é animação. Estamos fazendo uma técnica semelhante ao que o Richard Linklater fez no filme Waking

Life. A técnica chama rotos-copia, de fazer animação em cima da atuação. Sempre que via Waking Life, ficava querendo entender melhor e quando surgiu essa oportu-nidade de fazer o Zoom com essa estrutura de três estéticas diferentes, vi que era hora de usar essa técnica. É como se fossem três filmes paralelos entrecortados e interligados. Cada um cria o outro. Enfim, essa estrutura com estéticas diferentes está ajudando a

contar a história, esse que é o legal do filme, e foi muito desafiador.Seu pai é um diretor conheci-do, o Paulo Morelli [diretor de Viva Voz e Cidade dos Homens, entre outros]. Que tipo de aprendizado você teve com ele?Cresci vendo meu pai traba-lhar. Sem dúvida, ele é um dos meus ídolos e modelos que sempre segui de carreira e de vida. Cresci com essa vontade de trabalhar com ele, e, quando cheguei na hora do vestibular, pensei: “Será que eu tô indo no embalo dele ou realmente quero isso?”. Pensei muito bem e fui fazer cinema. Hoje tenho certeza que faço cinema porque é o meu tesão.

Você codirigiu o último filme dele, o Entre Nós. Como foi a relação no set?Eu ficava dando pitaco (risos), mas sei que, uma hora, para o set funcionar, alguém tem que fazer acontecer, aí eu deixava nas mãos dele. Foi um sonho fazer um filme com meu pai. Experiência única e dificilmente replicável por aí. A gente pensa muito parecido, ele que formou meu gosto cinematográfico, então fluiu muito bem.

PEDRO MORELLI estreia como diretor de longa- metragem com o fi lme Zoom, que conta três histórias interligadas e criadas entre siPor: Fernando Gueiros

“FAÇA O QUE QUISER, INVENTE UM FILME”

“É COMO SE FOSSEM TRÊS FILMES PARALELOS ENTRECORTADOS E INTERLIGADOS. CADA UM CRIA O OUTRO.”

HERÓIS

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Para informações sobre a turnê: www.gregoryporter.com

Com música. Cresci com a música gospel da minha mãe, que é pastora. Depois da lesão no ombro, cantar foi a minha terapia. Eu pensei: “Então tá. A sua carreira de atleta já era. Você vai entrar no campo antes da partida e cantar o hino nacional”. A hora do hino é o momento mais emocionante de qual-quer partida – mas ninguém espera que o cantor seja um ex-jogador. Como as pessoas reagiram? Depois do jogo, vinham dizer que tinham se arrepiado. Algu-mas pessoas confessaram que

tinham chorado porque fica-ram tocadas com a minha voz. Você tinha 22 anos, um om-bro arregaçado, o seu públi-co chorando de emoção: um belo começo de carreira! Por que seu primeiro álbum (Water, indicado ao Grammy) só veio 17 anos depois? Não pensei mais no assunto. Eu me apresentava em clubes pequenos, fiz parte de um grupo que tocava na Broad-way por dois anos... E assim eu ia levando.

T : Gregory, onde você colocou o Grammy que ganhou no ano passado com o ál-bum Liquid Spirit? :

Numa estante no meu aparta-mento no Brooklyn. Ele ficou na caixa por meses. A embala-gem era muito imponente. A sua voz de barítono está encantando a crítica que o considera o salvador do jazz. Mas, na juventude, você queria ser jogador de futebol americano... Eu era do time universitário San Diego State Aztecs....e você era muito temido. Por que decidiu parar de jogar quando estava para entrar na NFL? Porque meu ombro direito es-tava destruído. Tackle homem a homem, sempre o mesmo movimento de arranque, anos seguidos, muitas vezes com do-res. Quando eu tinha 22 anos, o médico disse: “Gregory, você nunca mais jogará futebol”. O diagnóstico me derrubou. Eu me programei para ser atleta. E, em poucos segun-dos, todos os planos que tinha para a vida se desfizeram. Como você superou esse choque?

E agora sua voz continua causando arrepios até em Montreux, o festival de jazz mais conhecido do mundo. Por que o jazz? Porque ele faz as perguntas que são as grandes questões da vida: de onde viemos? Por que estamos aqui? Por que há injustiça no mundo? Músicas como “Mississippi Goddam”, de Nina Simone, fizeram tanto para a igualdade de direitos dos negros como o próprio Movimento dos Direitos Civis. O jazz é protesto vivo. Agora entendo por que você não faz música para as paradas de sucesso. (Refletindo...) Acho que todos os tipos de música têm uma

função. Mesmo o pop das paradas. Veja por exemplo essa garota que está sempre mostrando o traseiro... Miley Cyrus? Exatamente. Isso é entrete-nimento. É o que preciso quando estou dançando numa pista. O problema começa quando isso é tudo o que temos para ouvir.As músicas do seu álbum falam de curar pássaros feridos ou de amores frustrados...

Eu até posso aparentar, mas não sou o tipo durão. Também canto sobre homens vulneráveis. Músicas têm que ser verdadeiras. Isso é o que conta. Qual música conta a verdade sobre você? “Real Good Hands”, do álbum Be Good. Ela conta a história do garoto que vai pedir a mão da filha ao futuro sogro. Foi o que aconteceu comigo. Eu estava muito nervoso. Precisei de três dias para criar uma estratégia. E, na hora, disse o que depois se tornou um verso da música: “Pai, você esque-ceu? Quando era jovem, você teve que passar pela mesma situação que eu”.

E deu certo? Estou casado e feliz. E a sua carreira no futebol? Você sente saudade da adrenalina e da dor? Não. Meu ombro direito ainda dói. E, quanto à adrenalina, bem, tenho um filho. Ele tem 2 anos agora e já quer ser jogador de futebol. Vou ter que aprender a jogar a bola com a mão esquerda.

GREGORY PORTER A voz mais bonita do jazz já foi jogador de futebol americano. O cantor de 1,90 m de altura conta como foi dos campos ao GrammyEntrevista: Andreas Rottenschlager

“O JAZZ É PROTESTO VIVO”

“O PROBLEMA COMEÇA QUANDO TUDO O QUE TEMOS NA MÚSICA SÃO TRASEIROS BALANÇANDO.”

HERÓIS

VIN

CEN

T SO

YEZ

52 THE RED BULLETIN

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Gregory Porter jogava futebol

americano. Agora tornou-se uma estrela do jazz

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DAN I I L KVYAT C H EG O U AO C O C KPIT DA FÓ R M U LA 1 DA I N FI N ITI R ED B U LL RAC I N G C O M APENAS 20 AN O S . D U RANTE AS FÉR IAS , ELE EXPER I M ENTO U PELA PR I M EI RA VEZ EM S UA VI DA U M CAR R O D E C O R R I DA FEC HAD O E N Ó S FO M O S TESTEM U N HAS D E S EU TALENTO ASSO M B R O SOPOR: WERNER JESSNER FOTOS: BERNHARD SPÖTTEL

TESTE DE FOGUETE54

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TESTE DE FOGUETE

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m dia ensolarado entre a última corrida de Fórmula 1 do ano passado e a primeira desta temporada, no autódromo de Valle-lunga, Itália. O ritmo doido das corridas nos fins de semana é interrompido por algumas semanas. Enquanto nas fábricas nem mesmo os faxineiros vão para casa mais cedo por causa dos trabalhos inten-sivos no novo carro, os pilotos têm a rara e preciosa oportunidade de recarregar suas baterias, resolver os assuntos impor-tantes que ficaram pendentes durante a temporada e, claro, divertir-se.

Sobre a escrivaninha de Daniil Kvyat em Roma está uma oferta da Renault Sport, ainda dos tempos da Toro Rosso: “Apareça por aqui quando estivermos fazendo os últimos ajustes no nosso carro esportivo e divirta-se um pouco”. Vai parecer inacreditável, mas é a mais pura verdade: para quem teve um início de carreira meteórico como Kvyat, carros de corrida fechados são terreno novo. Ele passou diretamente do Kart para várias categorias de monopostos. Estreou com 19 anos na Fórmula 1 e marcou pontos na sua primeira corrida – como o mais jovem piloto da história.

A máquina espetacular, ainda em fase de testes, com 550 cv de potência que ele encara aqui nos boxes se chama Renault Sport R.S. 01 e foi construída exclusiva-mente para as pistas. Foi apresentada, muito apropriadamente, no Autoshow de Moscou, mas Kvyat afirma, com um sorriso, que não teve nada a ver com isso.

No final de maio, na World Series da Renault, o grid de largada terá presença de honra. O custo de produção do começo ao fim ficou em R$ 950 mil. Uma pechin-cha na relação com os tempos por volta. Cada quilômetro rodado no R.S. 01 custa R$ 52, enquanto os carros da categoria GT3 da FIA saem por no mínimo R$ 98 por quilômetro – e ficam vários segundos atrás do R.S. 01. (Caso você já estivesse querendo perguntar quanto custa o carro habitual de Kvyat por quilômetro: esqueça! Ali, abaixo de quatro algarismos, não existe nada, nem em teoria.)

Entrar no cockpit é uma tarefa dura, principalmente para quem foi abençoado fisicamente, como Kvyat. “E isso porque

Dá para imaginar o quanto é apertado. Mas não dá para imaginar o calor que faz

dentro de um esportivo como este

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num drift. Os parâmetros mais importan-tes podem ser regulados diretamente no volante, como a sensibilidade do ABS ou do controle de tração. O Renault Sport R.S. 01 foi projetado para que tanto gentlemen drivers quanto os profissionais mais safos estejam à vontade nele.

Difícil é saber em que categoria colocar o piloto profissional cujos carros “normais” até hoje se limitaram a um pequeno Volkswagen e um Renault Clio.

Os técnicos esperam da visita de Kvyat mais do que algumas palavras de incentivo amigáveis e menos que um carro detonado: o carro está equipado com sensores por todos os lados que registram cada movi-mento, e o russo ganhou, além da máquina para acelerar e se divertir, uma tarefa já para o primeiro stint. Nos testes realizados

“Aqui posso deixar a viseira do capacete aberta, não é?”

Cabeças acenando que sim. Ar fresco dentro do cockpit é raro. Nas corridas em altas temperaturas, os pilotos preci-sam usar vestimentas especiais para não ter um colapso.

Hora de se acostumar: “A visibilidade é melhor do que eu imaginava”.

Treino rápido: há somente dois pedais, ou seja, pode-se frear com o pé direito ou com o esquerdo. Para um piloto da Fórmula 1, frear com o pé esquerdo é uma questão de honra. A borboleta da direita, atrás do volante, serve para enga-tar uma marcha mais alta, a da esquerda é para reduzir a marcha. A embreagem é automática e também tem a função de impedir que o motor afogue, por exemplo,

R $ 95 0 M I L : U M A P EC H I N C H A N A R E L AÇ ÃO P R EÇ O E T E M P O P O R VO LTA

eu fui uma criança muito baixinha”, conta o magrelo de 1,80 m. “No Kart, sempre fui um dos menores. Cresci mais tarde.” E então parece que tirou o atraso.

Começando pela entrada em um carro fechado, curvar-se, encolher o pescoço, tudo é novidade para o jovem piloto da Infiniti Red Bull Racing.

Os engenheiros estão ajoelhados ao lado da porta, talvez contentes pela opor-tunidade do contato com um piloto de Fórmula 1 em carne e osso. O que ele pode fazer? Do que ele precisa? Daniil se ajeita, encontra a posição adequada.

Baixo, barulhento e, mais que tudo, incrivelmente largo: o Renault Sport

R.S. 01 tem todos os ingredientes para seduzir os amantes da velocidade

THE RED BULLETIN 57

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até agora, os freios de carbono dianteiros se aqueceram um pouco além do desejado: a temperatura ideal seria de 900 graus, e os sensores registraram picos de mil nas voltas de teste. A diferença é insignificante para a performance, mas diminui a vida útil do material. E um dos objetivos do projeto é exatamente um desgaste reduzido para diminuição dos custos.

A equipe faz experiências com diferen-tes dutos de ar na frente para levar mais ar frio aos freios e eliminar o ar quente mais rápido. Pode funcionar, mas pode ser que não. Kvyat, cinco voltas, e, por favor, não muito lentas. Queremos com-provar se os novos dutos de ar funcionam como desejado. Ele acena, concordando, aciona o botão de partida, e o ronco do motor no escapamento constituído por dois tubos com o mesmo diâmetro da sua canela é puro como era de se esperar.

Lá se vai o russo. Ele conhece bem o percurso.

Kvyat já vem com as bandeiras balan-çando da volta de desaceleração, depois ele marca três tempos seguidos no nível dos pilotos de teste costumeiros e dá uma folga para o carro na última volta. De estre-ante a piloto acostumado em cinco voltas. Aqui é onde se veem o talento e a flexibi-lidade de um profissional da Fórmula 1.

F I C H A T ÉC N I CA POTÊNCIA:

acima de 550 cv PESO:

menos de 1 100 kg

CÂMBIO: 7 marchas

FREIOS: carbono

SUSPENSÃO: Öhlins,

regulável

“C I N C O VO LTA S, DA N I I L , E , P O R FAVO R , N ÃO M U I T O L E N T O! “

As partes da frente não definitivas, fixadas temporariamente, denun-ciam que Kvyat tem nas mãos um protótipo

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tração ao mínimo depois da volta de desa­celeração. Na quarta volta, tive que tomar cuidado com o sobresterço. Provavelmente, as rodas traseiras tinham sobreaquecido um pouco. Não me incomodei com o teto. O que mostram os dados?”

Este foi o feedback do garoto que há pouco rodou a sua primeira volta em um carro esportivo. A adrenalina visivelmente alta não o limitou ao “uau”, “louco” ou “que rápido” de outros. Kvyat fez um relató­rio minucioso dos acontecimentos e do de­sempenho do carro que foi ao mesmo tempo análise e confirmação dos dados obtidos.

Sem fase de aproximação e de expe­rimentação. Profissionalidade extrema desde o primeiro segundo. Este deve ser o caráter de um piloto de Fórmula 1.

A primeira frase que Kvyat proferiu quando as portas se abriram e um par de olhos radiantes surgiu de dentro do capacete não pode ser impressa aqui. Continha duas vezes um palavrão come­çado com “f” e uma vez “fenomenal”.

“Isso é que é potência! O assoalho aero­dinâmico e o aerofólio traseiro garantem ótima pressão aerodinâmica. Nas curvas lentas notei um pouco de subesterço e nas médias uma leve tendência a sair de traseira. A ondulação no solo na curva rápida à direita não existia antes e eu tive que modificar um pouco o traçado. Os freios são muito bons, você pode pisar com tudo. Eu reduzi o ABS na segunda volta do nível 4 para o 3 para ter mais retorno. Também reduzi o controle de

D E TA L H ES O motor do Renault R.S. 01 é da aliada Nissan, o incrível tur-bo duplo de 3,8 litros do Skyline GT-R, onde o agregado mantém o desempenho por várias centenas de milhares de quilô-metros. A estrutura básica robusta ajuda nos custos de manu-tenção do esporte automobilístico. O câmbio sequencial de sete marchas é eficiente, e o revesti-mento externo parece ser de carbono, mas

é de fibra de vidro. Diminui os custos, já que para-choque e capô são considera-dos peças de desgaste devido à técnica de direção nos campeo-natos monomarca. Na segurança não se economizou. O piloto fica dentro de uma célula de sobrevivên-cia de carbono, envol-vida por uma gaiola de aço que atende às especificações dos protótipos da LMP1, a categoria superior da Le Mans, onde os carros atingem mais de 350 km/h.

Motivados, os técnicos vão confiando mais tarefas ao piloto que as realiza com maestria nas próximas voltas.

“Basicamente o carro não é difícil de dirigir”, resume Kvyat no fim de um dia longo e gratificante. “Para tirar dele os últimos décimos de segundo, eu precisaria de mais meio dia de testes. Mas mesmo pilotos menos treinados vão se divertir muito com ele.”

Um carro fechado com “somente” 550 cv não é a coisa mais maçante para alguém que vem da Fórmula 1? Kvyat nega categoricamente: “É claro que na Fórmula 1 tudo é mais afiado e preciso, temos mais potência, nossa troca de mar­chas é mais rápida e também a força cen­trífuga é maior. Mas, veja, os dados de hoje dizem que atingimos um máximo de 2,3 g. Este é um número decente”.

Que ele estava sendo sincero, ficou confirmado alguns dias depois, quando voltou ao autódromo anonimamente com alguns amigos para se divertir com o Renault Sport R.S. 01, deixando de lado os equipamentos de teste. “É que preciso praticar um pouco também durante o inverno”, sorri.

“ B O N S F R E I O S, VO C Ê P O D E P I S A R C O M T U D O! ”

Primeira corrida do R.S. 01: 30 e 31 de maio emSpa-Francorchamps, na Bélgica; worldseriesbyrenault.com; infiniti-redbullracing.com

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Page 60: The Red Bulletin de Maio - BR

O poder da

Êxtase ao ar livre “O Destino Resort é conhecido pelos shows exuberantes ao ar livre. Aqui, 500 pessoas se divertem em frente ao palco externo.”

Na cabine “Como o DJ vê seu público. A festa de David Guetta, ‘F*** Me I’m Famous’, na pista principal da Pacha.”

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ilhaExplosão paz e amor“Às 3 da madrugada na festa ‘Flower Power’, na Pacha. Celebração das raízes hippies de Ibiza toda terça-feira.”

Poesia, êxtase, beleza e sensualidade: Faris Villena transforma a vida noturna de Ibiza em arte fotográfica. Ele nos mostra as 15 melhores fotos de sua carreiraP O R : A N D R E A S R O T T E N S C H L A G E R F O T O S : F A R I S V I L L E N A

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Presença local “Ivan Rodriguez (à esq.) e Graham Thunder são DJs residentes do Ibiza Rocks House, o antigo Pikes Hotel. A balada localizada no nor-deste da ilha foi construída em uma finca do século 15. Os Rolling Stones já badalaram por aqui.”

Lenda do bass “Paul ‘El Hornet’ Harding, ex-DJ da Pendulum, a lenda do drum’n’bass no Reino Unido, na festa ‘Dirty Dutch’, na Pacha. Como a maioria dos melhores DJs do mundo, Paul é um dos regulares da ilha.”

Tudo brilha“Na festa ‘Wisdom of the Glove’, de Guy Gerber, o famoso DJ israelita, na Pacha.” (fotos dir. e dir. abaixo)

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Filhos das flores “Além dos DJs, os animadores (à dir.), dançarinos e artistas moldam a vida noturna na ilha. A dançarina da foto se chama Laetitia Laeet. Eu fotografo ela há um ano. Aqui, ela está na festa ‘Flower Power’, na Pacha.”

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Design na balada “Uma dançarina apresenta o novo vestido da marca italiana Nu’Art em um evento ao ar livre do Des-tino Resort. A moda tem um papel mais importante na vida noturna de Ibiza que na do resto da Europa. O Destino funciona como plata-forma para jovens designers.”

Noites de rock’n’roll “Três garotas fazem pose na cabi-ne fotográfica da ‘Rock Nights at Ibiza Rocks House’ – uma das fes-tas pós-show mais lendárias da ilha. Para garantir um lugar na lista de convidados é melhor fazer contato por e-mail ou Facebook.”

Musas da disco “De moto para a bala-da? Rotina na Pacha! A dançarina Kotrina (à esq.) sendo trazida numa Harley.”

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: Faris Villena, você tem fotografado nas maiores casas noturnas e também nas festas mais exclusivas de Ibiza nos últimos quatro anos. O que a vida noturna da ilha tem de tão especial? : O alto nível dos DJs. Depois de Berlim, Ibiza é o principal lugar do mundo onde surgem as novas tendências da música eletrônica. Mas, ao contrário de Berlim, aqui, depois de uma noitada longa, você pode ir para a praia (rindo). Quanto tempo duram as baladas em Ibiza? Normalmente vão até a manhã do dia seguinte. As melhores festas começam depois das 7 da manhã. Sério? Sim. É quando a coisa pega. A maioria dos turistas já está dormindo de novo nos hotéis. E quem fica é quem real-mente gosta de música. Qual é sua dica para conhecedores de música? Ir na Underground, em San Rafael. Entrada grátis, bebida barata e nomes como os Martinez Brothers e DJ Sneak dando canja. Como você consegue fotos de pessoas tão à vontade? Busco a energia da noite. Para isso, você tem que se tornar parte da festa. Danço junto até que esqueçam da câmera.

O fotógrafo Faris Villena, 33, mora em Madri e em Ibiza. Veja suas fotos: www.farisvillena.com

3-2-1-Go! “Durante o set do DJ Steve Aoki na Pacha. O homem é um show- man completo. Ele veio até mim e disse: ‘Agora vou fazer a pista enlou-quecer, e você tira uma foto’. Ficou fantástica.”

“Depois das 7 da manhã, o bicho pega”

Deusas “Balada no clube Underground, que é a Meca da música ele-trônica. E vive cheio de mulheres bonitas.”

No bunker “No inverno, os mora-dores de Ibiza fazem suas festas no Veto Social Club. Na foto: os DJs Erre de Ruido (à esq.) e Joshel.”

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POR UM FIOEm busca de

adrenalina no deserto

Viu um deserto, viu todos? Nem perto disso. Em Utah, nos EUA, os apaixonados por aventura podem explorar oportunidades cheias de adrenalina em paisagens fora de série por meses sem que sintam

tédio nem por um minuto. Mas, se seu coração for capaz disso,

a melhor forma de sentir o barato do esporte no deserto é descer com equipamento de alpinismo alguns

dos vertiginosos penhascos.

Explore. Descubra. Mergulhe.

A Ç Ã O !

V I AG E M

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EQ U I P O

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C U LT U R A

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M OTO R

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C O M O. . .

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AG E N DA

V I AG E M

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UTAH É só

aventura

“Faça um curso antes de ficar pendurado em qualquer estrutura alta no planeta”, diz

Todd Goss, a mente por trás da Paragon Adventures, empresa que organiza atividades ao ar livre guiadas em Utah, EUA. Rapel – modalidade de alpinismo em que se usa uma corda para descer paredões – poderia ter sido inventado para as colossais paredes de arenito de Utah, seus pedregulhos equilibrados precariamente e suas sofridas escala-das. Os 73 mil hectares do Parque Nacional dos Arcos têm desafios inter-mináveis e quedas vertiginosas, além de milhares de arcos de pedra – como o nome do parque sugere. Quem tiver a intenção de explorar essa área equi-pado apenas com uma corda precisa ter mente tranquila e nervos de aço. “Andar de costas por um penhasco vai contra o conceito de autopreservação da maioria das pessoas. Sendo assim, não é surpresa que faça circular um jato de adrenalina no sangue. A maior difi-culdade para quem está começando é ser capaz de controlar isso.” Os instru-tores podem ajudar a preparar os nova-tos para essa sensação de estar com a vida por um fio. “Meu coração disparou quando fui até a beira do precipício”, diz Katie Sanders, 24 anos, secretária de advocacia em Santa Mônica, Califór-nia. “Você não consegue tirar da cabeça que a única coisa impedindo seu corpo de cair de mais de 100 metros direto no chão do cânion é uma cordinha. Mas depois a adrenalina no sangue é superada por uma incrível sensação de liberdade e controle sobre as ações.” Quem consegue reunir a força de von-tade para conquistar estruturas naturais

SalteDepois de um curso de cinco dias, você

pode fazer BASE-jump saltando da Perrine

Bridge, sobre o Snake River, em Twin Falls,

Idaho. O salto tem 150 metros de altura.

utahextremesports.com

FlutueDepois de um dia duro

de rapel em Utah, nada melhor do que

flutuar sobre o céu do Arizona em um balão.

Aproveite os monólitos mágicos da região,

as mesas e os inspira-dores cumes de uma

altura de 1 500 metros. monumentvalley

ballooncompany.com

DirijaExplore os cânions isolados, os arcos

escondidos, as trilhas pré-históricas usadas por dinossauros e as vistas lindas de mor-rer do Rio Colorado

dirigindo um Hummer. As terras acidentadas do Arizona testam os limites deste off-road. highpointhummer.com

68 THE RED BULLETIN

que geralmente estão a centenas de metros de altura tem como recompensa visuais in-comparáveis. Escalar uma parede rochosa sem nada entre seus pés e o solo é uma for-ma nova de apreciar belas paisagens. Goss garante: “Ao ver como é incrível a beleza do deserto vermelho, todos os cânions, os hori-zontes e os penhascos gigantescos, você percebe que a técnica da descida em rapel te coloca em uma perspectiva inteiramente nova. É muito emocionante”.

Dica de quem sabe

“Antes de descer de rapel,

certifique-se de ter o domínio

do sistema e de como se

manter vivo se algo der errado”,

diz Todd Goss.

Salt Lake CityVocê tem coragem de descer? Visite: paragonadventure.com

Utah,EUA

V I AG E MAÇ ÃO

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N/R

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NTE

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POO

L, C

OR

BIS,

KEI

TH J

EFFE

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Page 69: The Red Bulletin de Maio - BR

Hasselblad Stellar IIA mais linda câmera possível com a melhor

tecnologia está neste modelo da Hasselblad, que remodela a Sony RX100. hasselblad-stellar.com

Phantom 2 Vision+ Esta câmera em drone grava vídeos em HD e tira

fotos de 14 MP. Pode ser programada manualmente e controlada de um celular ou tablet. dji.com

GoPro HERO4 SilverNova edição da câmera de vídeo revolucionária.

Agora com mais funcionalidade touchscreen e maior domínio dos ajustes. gopro.com

VSCO FilmSe você usa uma câmera digital mas quer a aparência de filme, este software é cheio de efeitos que poupam

horas de função mexendo com filtros. vsco.co

Polaroid SocialmaticMídias sociais combinam com as boas e velhas fotos

instantâneas. Compartilhe via wi-fi, ou imprima uma foto de 2 x 3 polegadas. polaroid.com

Drones podem ser difí-ceis de controlar, mas, com GPS, o Phantom tem boa estabilidade.

O mecanismo de articulação embutido

na câmera mantém os elementos

em foco.

CLIQUES DA ALEGRIA

Hasselblad Stellar IIA mais linda câmera possível com a melhor

tecnologia está neste modelo da Hasselblad, que remodela a Sony RX100. hasselblad-stellar.com

Phantom 2 Vision+ Esta câmera em drone grava vídeos em HD e tira

fotos de 14 MP. Pode ser programada manualmente

GoPro HERO4 Silver

Nikon Coolpix AW120À prova d’água e de choque, tira fotos em 16 MP e

funciona em temperaturas de até -10º C. Além disso, ela é equipada com GPS e uma bússola. nikon.com.br

Tire fotos e compartilhe com a mais avançada tecnologia em câmeras nos mais

despojados designs

EQ U I P OAÇ ÃO

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Page 70: The Red Bulletin de Maio - BR

Cronógrafos atuais que combinam tecnologia de ponta com estiloSINAL DOS TEMPOS

Panerai Luminor Submersible 1950 CarbotechTiras de fibras de carbono com liga de polí mero PEEK avançado compõem a caixa, acessórios e lune-ta integram este relógio forte e ultraleve. Ele tam-bém se recarrega com o movimento e é à prova d’água até 30 bar. panerai.com

Alpina Alpiner 4 Flyback ChronographEste relógio novinho é o mais inovador

70 THE RED BULLETIN

cro nógrafo de ponta que se pode usar como um relógio de pulso espor tivo. Sua função flyback funciona com um toque e é particular-mente inteligente. alpina-watches.com

Hublot Big Bang Jeans VintageSeu exterior de jeans po-de parecer casual, mas, dentro, este cronógrafo é 100% funcional. A caixa abriga um movimento Swiss ETA 7753 durável, acurado desde um oitavo de segundo a 12 horas. hublot.com

NOVO CLÁSSICO Quando o mecâ-nico combina com o moderno

Montblanc TimeWalker Urban Speed e-Strap A nova tecnologia não significa mais abrir mão do tradicional, graças a esta fusão do mecânico com o mo-derno. A Montblanc se tornou uma das primeiras fabricantes de relógios de luxo a adotar as tecnologias que se pode usar no corpo, sem sacrificar a aparência clássica dos relógios. A e-Strap pode ser afixada em qual-quer relógio de pulso com largura suficiente, comunicando-se via Bluetooth Low Energy com a maioria dos smartphones Android e iOS. A tela touchscreen permite monitorar e-mails, SMS, ligações e atualizações de mídias sociais, ajudando a locali-zar seu smartphone em um raio de 30 metros. Os entusiastas por espor-tes podem medir passos dados e as calorias consumidas, recebendo alertas por vibração. A e-Strap tam-bém funciona como um controle re-moto para ajudar você a tirar a selfie perfeita ou acessar e tocar os arquivos de música salvos no celular. Os dispo-sitivos eletrônicos e o display estão armazenados em uma caixa metálica de alta qualidade e forrada com couro, sendo a própria alça da pulseira feita com um inovador “couro extremo”. Fabricada em Florença pela Montblanc Pelletteria, ela tem um revestimento de carbono para ficar mais resistente, imune à água e ao desgaste, repelindo o suor, o calor e o fogo. A bateria dura cerca de cinco dias após uma única carga. Estará disponível nas lojas a partir de junho. montblanc.com

A exclusiva caixa metálica com um módulo eletrônico inteligente fica discretamente afastada. A tela touchscreen é ligeiramente rebaixada para evitar os danos. Vire-a suave-mente para ler as informações e usar o controle remoto

AÇ ÃOEQ U I P O

Page 71: The Red Bulletin de Maio - BR

Você poderia dizer que a Indian Scout é bonita sem nenhum esforço, mas isso não seria justo com a equipe que a projetou: um veículo bonito assim não sai sem um bocado de trabalho. A marca Indian tem passado por maus momentos desde que a original Indian Motor-cycle Company faliu em 1953. Diversas falsas tentativas de resgatar a marca mantiveram o nome vivo, mas não foi antes de recentemente, com uma vultosa soma de dinheiro por trás, ela ter sido realmente revivida. Nos últimos dois anos, vimos a volta da Chief, o modelo turismo Chieftain e agora a Indian Scout tiveram a sua ressurreição. Essa cruiser leve fica bem na base da média em termos de preço e de peso. Chegando aos 253 kg com tanque cheio, tem algumas dificuldades, mas ainda é 130 kg mais leve que a irmã mais velha. Apesar de ter sido construída para rodar na estrada, a Scout anda muito bem na cidade. Nesse ambiente, é claro, ela chama mais atenção. A propaganda mostra essa beleza em estradas no meio do deserto, mas uma coisa tão bonita precisa ser vista. indianmotorcycle.com

A Indian Motorcycle foi fundada em Springfield, Massachusetts, em 1901, pelos antigos motoqueiros George M. Hendee e Carl Oscar Hedstrom

O RETORNO DO ROVER

Se você gosta do vento batendo no cabelo e as emoções ao volan-te, o recém-lançado Porsche 911 Targa 4 GTS pode ser o seu carro. Ele cumpre com todas as bases do 911, com 21 variedades disponí-veis no mercado. No entanto, esta foi a primeira vez que a fabricante combinou o Targa conversível com teto de vidro em um modelo GTS. O Targa 4 GTS tem a peculiar carro-ceria GTS alargada, com um pouco mais de potência que o Targa 4S (430 cv contra 400 cv), e, em comum com outros modelos GTS, preenche a disparidade entre conforto e performance da família 911, melhorando o bem-estar sem sacrificar a funcionalidade. porsche.com

PRIME MOVERNovo 911, novas emoções

Jaqueta IndianEsta linha de jaquetas para motoqueiros da Indian disfarça bem

sua modernidade, com protetores CE e reves-

timentos com zíper escondidos embaixo

das etiquetas de bronze e logos bordados.

indianmotorcycle.com

BMW i RemoteEste aplicativo premiado para o Samsung Gear S

e outros dispositivos móveis manda atualiza-

ções sobre portas ou janelas abertas e até quando preaquecer o

carro nos dias mais frios. bmw.com

Linha Jaguar Heritage ‘57

Esta linha, em comemora-ção ao glorioso D-Type, inclui uma bolsa produ-zida pelos renomados

coureiros da Pittards e tem ainda um losango em

alto-relevo da Heritage e o premiado tema Nº 3.

jaguarheritage.com

A Scout voltou com tudo

PARA ESTRADA

O que importa não é só o

caminho, mas a experiência

M OTO RAÇ ÃO

Jaqueta Indian

THE RED BULLETIN 71

BAR

RY H

ATH

AWAY

, GR

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Page 72: The Red Bulletin de Maio - BR

“Este disco foi o motivo pelo qual comecei a usar sintetizador no começo dos anos 1970. Foi o conceito e os sons que tiveram apelo para mim. Carlos tocou as sonatas barrocas de Johann Sebastian Bach apenas usando um sintetizador Moog. Apesar da sua abordagem experimental,

se tornou o primeiro álbum clássico na história a vender meio milhão de cópias. É um grande álbum, até hoje.”

“Acho a atual electro dance music muito interessante. As músicas que esses jovens produtores criam são incríveis e maravilhosas, mas às vezes eu sinto falta das melodias e das estruturas. É por isso que eu adoro Calvin Harris. Ele consegue fazer ambas as coisas de maneira perfeita, o que

é provado por esta faixa. Infelizmente ainda não o conheci pessoalmente, mas adoraria trabalhar com ele no futuro.”

Wendy CarlosSwitched-On Bach

Rihanna feat. Calvin Harris“We Found Love”

“Ouvi esta música no rádio quan-do tinha 15 anos e não consegui mais tirá-la da cabeça. O proble-ma é que eu não tinha conseguido ouvir o nome do artista, então demorei muito para encontrar o disco na loja. Sem internet, es-sas coisas eram um pouco mais difíceis. Foi ‘Diana’ que me fez

começar a produzir música profissionalmente. Eu fiz uma cover da música e se tornou o meu primeiro hit.”

“Não gosto tanto assim de hip hop. Gosto das produções de caras como Kanye West, mas, no caso do gangsta rap, simples-mente não consigo entender as letras. Dito isso, a abordagem de Iggy Azalea para o gênero é algo de que eu realmente gosto: é uma grande música com excelente

letra. Mesma coisa com Charli XCX, que canta no refrão. Gostei tanto da voz dela que a chamei para meu novo disco.”

“Esta é uma grande música que venceu o Grammy no ano passado de Melhor Música de Dance. A noção de arranjo e melodias de Zedd é magnífica, e Foxes também tem uma grande carreira pela frente. Ela é uma das mais talentosas e carismáticas jovens cantoras

que existem no momento, uma verdadeira rainha do futuro da disco. Ela talvez seja uma nova Donna Summer.”

Paul Anka“Diana”

Iggy Azalea feat. Charli XCX“Fancy”

Zedd feat. Foxes“Clarity”

UMA PLAYLIST GIORGIO MORODEREm 1977, Giorgio Moroder revolucionou a música eletrônica com o hit “I Feel Love”. Ele trabalhou com estrelas como David Bowie e Blondie e ganhou Oscar pelas trilhas sonoras de Flashdance – em Ritmo de Embalo e O Expresso da Meia-Noite antes de se aposentar, em 1990. O Daft Punk o colocou de volta em cena com uma colaboração em 2013 no álbum Random Access Memories. Agora, Moroder acaba de lançar 74 Is The New 24, com participações de Kylie Minogue e Charli XCX. A seguir, ele reúne cinco de suas músicas preferidas que o inspiram até hoje. giorgiomoroder.com

BATIDAS DA BARBIE

A PC music é o novo gênero nas paradas

hipster. A seguir, tudo o que você

precisa saber

Por que é bom Depois de anos de tendências under-

ground na club music como o deep house, os produto-

res tiveram vontade de fazer algo mais colorido. O main-stream está indo na onda: SOPHIE

trabalhou no novo álbum de Madonna.

Que som é este?

É tipo o hit de euro-dance da banda

Aqua, “Barbie Girl”, mas mais rápido. É esquisito? Sim.

Mas não desista: de-mora um pouco para encontrar a sofistica-ção por trás dessas batidas plásticas.

Quem faz?Um pequeno grupo

de jovens produ-tores ingleses que prefere se manter

anônimo, revelando-se apenas com foto-

grafias e nomes falsos, como Hannah

Diamond, SOPHIE e QT (acima).

SOM DE BOLSO iRig 2Com esta caixinha, os músicos podem tocar e gravar riffs de guitarra no smartphone sem amplificador. Com ela, o usuário tem dezenas de pedais de efeitos para gravar como quiser.ikmultimedia.com

AÇ ÃOC U LT U R A

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NOVO GAME Mortal Kombat está de volta É claro que ganhou novos personagens e uma nova história (apesar de que a história nunca deixa de trilhar um rumo em que haja muitas, muitas oportuni-dades para lutar das mais variadas maneiras). Também é claro que está melhor que a última. Mas o principal argumento de Mortal Kombat X – lê-se “xis”, não “10” – não é inovar no mundo do game, mas provocar, refrescando as memórias daqueles que jogaram aquela divertida série que começou em 1992. Uma ideia legal: persona-gens tão queridos como Raiden, Kano e Sub-Zero envelheceram e são agora grandes mestres. Lançamento para Windows, PS4 e Xbox One previsto para 14 de abril. mortalkombat.com

Star Wars Legends Epic Collection: The Empire Vol. 1 (440 págs.) é uma seleção esplêndida de aventuras que acontecem entre os episódios III e IV. O ponto alto é o surgimento de um Sith que faz barulho quando respira, veste preto e tem uns problemas de pai para filho. marvel.com

QUADRINHOS O ano de Star Wars começa agora

NOVOS FILMES Por que Liam Neeson está arrebentando nas bilheteriasPara ter sucesso como um ator de filmes de ação aos 68 anos, Sylvester Stallone precisou suar a camisa em Os Mercená-rios. Arnold Schwarzenegger também. Mas o problema não é a idade. O melhor ator de ação da atualidade tem 62 anos e não dá nenhum sinal de cansaço. Desde que Busca Implacável foi lançado nos EUA em 2009, Liam Neeson estrelou Desconhecido, A Perseguição, Busca Implacável 2, Sem Escalas, Caçada Mor-tal e Busca Implacável 3 – todos suces-sos de público e crítica em que o irlandês flexiona tanto os seus músculos quanto seus talentos como ator. (Ele também é muito bom em dar uma liga em filmes de ação, como Esquadrão Classe A e Fúria de Titãs.) Talvez porque ele não

pareça tão velho assim ou venha com uma bagagem tão rica quanto a de Stallone ou Schwarzenegger. Seu su-cesso pode vir de ter se jogado no tra-balho depois que sua mulher morreu em 2009. Ou ainda ter sido uma obra do acaso: Neeson disse que pensou que Busca Implacável iria direto para DVD. Mas foi bem diferente. Seu salário pelo filme teria girado na casa do US$ 1 mi-lhão, e ele teria recebido 20 vezes esse valor pelo terceiro filme da série, que sairá neste mês. Seu último filme de aventuras é Noite Sem Fim, que estará nos cinemas brasileiros a partir de 16 de abril. Ele diz que não fará mais nenhum Busca Implacável e ficará só mais uns dois anos fazendo filmes de ação.

C U LT U R AAÇ ÃO

74 THE RED BULLETIN

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IMAG

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5

1Respeito e temor

“Eu luto com crocodilos excedentes que precisam ser retirados da natureza

e colocados em um ambiente controlado”, diz Batista. “Eles foram

submetidos ao sacrifício do cativeiro, eu nunca

me esqueço disso.”

2Esvazie a cabeça

“É necessário desanuviar a mente. Algumas pes-soas usam técnicas de respiração. Eu apenas

sento e observo os animais, como os peixes, no tanque

deles. Isso me deixa mais  relaxado.”

3Pense um

passo adiante “É preciso adivinhar

o próximo movimento do animal e saber qual é a resposta antes que

ele reaja. Ele é muito mais ágil do que a gente. Se você não tiver intuição,

acaba sendo apanhado.”

4Sem mordidas

“Não dá para evitar a mordida, mas dá para ser mordido

menos. Fui mordido 12 vezes. Tenho só a metade do meu

polegar direito. Se acontecer, fique junto do animal. Se ele se sacudir, mantenha-se em contato com ele. Assim, ele

não vai intensificar a mordida.”

Mãos firmes “Se o crocodilo for dos peque-nos, uso a minha mão direita, mas com os grandes, quando não consigo fechar a mão in-

teira no focinho e não consigo firmar a mão, tenho que usar também o braço esquerdo. Quando consigo firmar bem

a mão, prossigo com a direita.”

Gus Batista, 44 anos, luta com crocodilos há mais de 17 anos.

“Foram milhares de encontros”, diz, também conhecido pelo

apelido de “Onebear” (algo como “Um urso”), dado a ele depois que foi atacado e quase morto

por um dos animais peludos. Ele trabalha para a tribo Semi-

nole, da Flórida, como fiscal em terras da reserva indígena,

manejando crocodilos, jaca-rés e serpentes – e também

lutando com os crocodilos em shows. “O crocodilo é a estrela.

Nós, lutadores, estamos lá apenas para fazer as pessoas entenderem os animais, para

dar uma voz a eles.”

DOMINAR UM

CROCODILO

C O M O. . .AÇ ÃO

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3 de maio Wings for Life World RunBrasília, DF

No Brasil, a corrida mundial que tem seu lucro revertido para as pesquisas em busca da cura de lesões na medula espinhal acontecerá em Brasília. A capital federal foi escolhi-da para sediar a 2ª edição da Wings for Life World Run, oferecendo um circuito plano e um clima agradável aos corredores. A largada será às 8h, no Estádio Mané Garrincha.wingsforlifeworldrun.com

15 e 16 de maio Criolo Rio de Janeiro, RJ

A turnê do disco Convoque Seu Buda passa pelo Rio de Janeiro em grande estilo no palco do Circo Voador. O mais recente trabalho do rapper paulistano traz diver-sas influências de música tradi-cional brasileira em faixas como “Esquiva da Esgrima”, repleta de batuques e berimbau de capoeira, e muitas mensagens a favor da justiça social e contra a repres-são dos mais pobres. Criolo é um dos grandes expoentes da música brasileira atual.criolo.net

Carissa Moore disputará o campeonato

feminino no Rio

11-22 de maio Mundial de surf Rio de Janeiro, RJ

AG E N DA

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OLA World Surf League (antiga ASP) traz os melhores

surfistas (homens e mulheres) do mundo para a quarta parada do campeonato mundial, na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O evento será histórico, pois é a primeira vez que o circo do surf passa pelo Brasil tendo um campeão mundial bra-sileiro nas águas. É claro que estamos falando de

Gabriel Medina, a estrela brasileira do esporte que conquistou o inédito título no final de 2014, no Havaí. Agora a missão do garoto de Maresias é manter a coroa diante de seu povo, em plena farofa carioca. Mas a concorrência é pesada.www.worldsurfleague.com

No Brasil, a corrida mundial que tem seu lucro revertido para as pesquisas em busca da cura de lesões na medula espinhal acontecerá em Brasília. A capital federal foi escolhi-da para sediar a 2ª edição da Wings for Life World Run, oferecendo um circuito plano e um clima agradável aos corredores. A largada será às 8h, no Estádio Mané Garrincha.wingsforlifeworldrun.com

farofa carioca. Mas a concorrência é pesada.www.worldsurfleague.com

Cesar Miguel venceu a etapa em 2014

AÇ ÃO

76 THE RED BULLETIN

Page 77: The Red Bulletin de Maio - BR

Até 31 de maio Playoffs NBB

Em todo o Brasil

Os playoffs do NBB, o Novo Basquete Brasil,

acontecem em maio. Os 16 melhores times do

país irão se enfrentar até o dia 31 de maio, quando

descobriremos qual equipe será a vencedora

do título nacional de basquete. Junto com as

finais, também iremos descobrir quem são

os melhores jogadores em suas posições e

também o MVP (Most Valuable Player, o melhor

jogador no geral) da temporada – nos mes-

mos moldes da NBA. lnb.com.br

2 de maioLuta...Las Vegas, EUA

O mundo do boxe vive um mo-mento histórico: Manny Pacquiao e Floyd Mayweather Jr. entraram num acordo e subirão ao ringue em Las Vegas, no início de maio, para um duelo que, especula-se, renderá cerca de US$ 200 milhões para os lutadores.wbanews.com

23 de maio ...e mais lutaLas Vegas, EUA

Depois de diversos cancelamen-tos devido a lesões de ambos os lutadores, Vitor Belfort e Chris Weidman finalmente devem subir no octógono para a disputa do cinturão dos meio- pesados do UFC no final de maio. Será que agora vai?ufc.com

A partir de 10 de maio BrasileirãoEm todo o BrasilO principal torneio de futebol do país vai colocar a bola em campo. No dia 10 de maio, o Campeonato Brasileiro começa para pôr o título do atual campeão, Cruzeiro, em jogo. Quem será que leva o caneco em 2015? Os grandes times do país vão concentrar suas forças no segundo semestre para garantir o título.cbf.com.br

Quem levará o título nacional neste ano?

O badalado festival europeu de música eletrônica chega ao Brasil pela primeira vez. Serão três dias intensos de muita festa e música eletrônica, de 1º a 3 de maio. Toda a ação acontece numa imensa fa-zenda de 1 200 000 m2 na cidade de Itu, no interior de São Paulo. O lugar é repleto de grandes árvo-res e muita natureza, o que ajuda a manter a aura mística e pacífica do festival. O Tomorrowland come-çou na Bélgica, onde palcos e shows deram vida a experiências e explo-rações musicais profundas. Os amantes da música eletrônica não têm desculpas: a infraestrutura é impecável e a festa está garantida.tomorrowlandbrasil.com

1º-3 de maio TomorrowlandItu, SP

SHOWS NA

AGENDAAlgumas pedidas

para agitaro mês

Bourbon Festival

Muito jazz, groove e música boa. É isso que o Bourbon Festival leva

à belíssima Paraty. O festival dura um final

de semana e espalha palcos pela cidade colonial brasileira.

facebook.com/bourbonfestivalparaty

Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon Bourbon

29maio

Alpha Blondy

Está em busca de um bom show de reggae?

A pedida é ir ver o Alpha Blondy, uma clássica

banda da Costa do Mar-fim com letras políticas.

A apresentação acon-tece no Circo Voador,

no Rio de Janeiro.circovoador.com.br

Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha Alpha

22maio

Bone ThugsO grupo americano

de hip hop dá as caras na Fundição Progresso para apresentação úni-ca. A banda é uma ve-

terana da música negra americana, em atuação desde 1991. Espere por hits antigos e novida-des do último álbum.fundicaoprogresso.

com.br

Bone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone ThugsBone Thugs

9maio

THE RED BULLETIN 77

Page 78: The Red Bulletin de Maio - BR

Independentemente de que tipo de ciclista você é, escolher os apetrechos certos é como pedalar morro acima. Com cada vez mais marcas lutando por um lugar ao sol, agora é a sua vez de, no que diz respeito ao estilo, deixar de usar rodinhas e fazer um upgrade com o nosso guia de estiloTEXTO E DESIGN: Olie Arnold FOTOS: David Abrahams PRODUÇÃO: Otter Jezamin Hatchett

BOLSA INCASE RANGE MESSENGER GRANDE

(goincase.co.uk); CAMISA X-BIONIC THE TRICK®

MASCULINA (x-bionic.com); CAPACETE KASK MOJITO

(velobrands.co.uk); RELÓGIO G-SHOCK GD-X6900HT-8ER

(g-shock.co.uk); ÓCULOS OAKLEY (oakley.com.br); TÊNIS SHIMANO

(cyclesurgery.com)

ˆE S T I L O D I N A M I C O

Page 79: The Red Bulletin de Maio - BR

C A M U F L A G E M

U R B A N A Você conta com sua

magrela para tudo e não a troca por nada. Agora

escolha os produtos que signifiquem uma vantagem extra e o ajudem a superar

distâncias no asfalto.

TÊNIS ASICS GEL LYTE V (kickz.com); BICICLETA SPECIALIZED TRICROSS (cyclesurgery.com); PEDAIS SHIMANO (cyclesurgery.com); MOCHILA THULE PACK ‘N PEDAL COMMUTER (thule.com); CAMISA RAPHA PRO TEAM DATA PRINT (rapha.cc); JEANS QUIK SILVER (quiksilver.com.br); TRAVA KRYPTONITE NY (cyclesurgery.com)

O ciclismo urbano requer uma bike que seja

rápida e resistente, e a Tricross Elite Disc da Specialized tem as duas qualidades em abundância.

Os pneus com proteção Armadillo permitem a transição direta do asfalto para a terra, e o câmbio

Shimano de categoria mundial vai deixar tudo

mais leve.

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Page 80: The Red Bulletin de Maio - BR

R E B E L D E D A M O N T A N H AQuando a noite cai e você já está há duas horas na trilha procurando a próxima ladeira, é preciso equipamentos de proteção e contra as reviravoltas do tempo, mas que também chamem atenção quando você chegar ao bar no pé da montanha.

BICICLETA ROCKY MOUNTAIN BLIZZARD (bikes.com); MOCHILA

SALEWA APEX 22 BP (salewa.com); JAQUETA JOTUN DA

HELLY HANSEN (hellyhansen.com); JAQUETA COM CAPUZ

THERMOBALL DA THE NORTH FACE (thenorthface.com.br);

PROTETOR DE PESCOÇO SOL DA BERGHAUS (berghaus.com);

TÊNIS SALEWA WILDFIRE PRO (salewa.com); CAMISETA POLO

NORTHLAND AIR FORCE (northland-pro.com); CÂMERA

CONTOUR ROAM3 (contourshop.com); CAPACETE SCOTT STEGO

(scott-sports.com); RELÓGIO POLAR V800 (polar.com);

COLETE DE PROTEÇÃO ALPINESTARS A-8 (alpinestars.com)

Os canadenses sabem tudo sobre montanhas

e como conquistá-las. Com suspensão top e pneus que pode-

riam ser de um monster truck, a Rocky Mountain da Blizzard

vai levá-lo a lugares aonde uma bicicleta não deveria chegar

– será a pedalada da sua vida.

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Page 81: The Red Bulletin de Maio - BR

BICICLETA DOBRÁVEL STRIDA (velorution.com); BOLSA DE QUADRO STRIDA (velorution.com); COLETE CORTA-VENTO FORRADO PAUL SMITH 531 (paulsmith.co.uk); TERNO INCOTEX PARA CICLISTA, MESCLA DE LÃ COM ACABAMENTO REFLETOR (mrporter.com); CAPACETE DE PAPELÃO KRANIUM DA ABUS (velorution.com); MEIAS VULPINE (velorution.com); MOCHILA DE COURO PICCADILLY DA BROOKS ENGLAND (mrporter.com); CAPA DOBRÁVEL JOHN BOULTBEE DA BROOKS ENGLAND (mrporter.com); SAPATO CICLISTA DE COURO VELO-RUTION VINTAGE (velorution.com)

E X E C U T I V O E L E G A N T EIr de A a B até o trabalho e não chegar todo suado para aquela reunião importante é o que interessa. Aposte na exclusividade de seu equipamento para deixar claro o profissionalismo. A Strida é a rainha

da inovação e prova que bicicletas dobráveis podem ser práticas e ter estilo ao mesmo

tempo. Esta bike pesa 13 kg e está pronta para pedalar em menos de

10 segundos. A corrente sem graxa garante que você

chegue ao escritório sem manchas.

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Page 82: The Red Bulletin de Maio - BR

BICICLETA SHINOLA RUNWELL (shinola.com); BOLSA MINI MESSENGER HARRIS TWEED BAIRN (trakke.co.uk); TÊNIS VANS SK8-HI REISSUE (vans.com); JAQUETA LARANJA NAPAPIJRI RAINFOREST (napapijri.com); CAMISA DE FLANELA DAKINE OAKRIDGE (dakine.com); CAMISETA ESTAMPADA S.OLIVER (soliver.eu); SUÉTER HYVOT 89 DA BOXFRESH (boxfresh.com); TÊNIS AMARELOS NEW BALANCE C-SERIES COLLECTION (tokyobike.co.uk); RELÓGIO FOSSIL (fossil.com); JEANS LEVI’S 511 COMMUTER INDIGO DENIM ECO (levi.com.br); JAQUETA BOMBER O’NEILL ADVENTURE (oneillshop.com.br)

Detroit é famosa pela indústria automobilística,

mas a marca local Shinola prova que o sucesso também é possível sem motor. O cubo interno de alta

tecnologia com 11 marchas per-mite subir ladeiras sem pensar

duas vezes e rodar muitos quilômetros com menos

manutenção.

U R B A N O I N A B A L ÁV E LPedalar tem que estar de acordo com seu estilo. A probabilidade de você suar é tão remota quanto a de sua bike feita por encomenda ser vista na rua num dia de chuva. Por isso, o fundamental é escolher as melhores marcas e com-biná-las bem. Vista-se para ser visto.

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Page 83: The Red Bulletin de Maio - BR

CORRIDA MUNDIAL PELA CURA DE LESÕES NA MEDULA

3 DE MAIO DE 2015BRASÍLIA, 08:00

A TAXA DE INSCRIÇÃO SERÁ 100% DESTINADA À PESQUISA DA MEDULA ESPINHAL

NO MESMO DIA EXATAMENTE NO MESMO HORÁRIO EM TODO O MUNDO

A ÚNICA CORRIDA EM QUE A LINHA DE CHEGADA ESTÁ ATRÁS DE VOCÊ

INCREVA-SE AGORA!

WINGSFORLIFEWORLDRUN.COM

Page 84: The Red Bulletin de Maio - BR

Diretor de Redação Robert Sperl

Redator-Chefe Alexander Macheck

Editor de Generalidades Boro Petric

Diretor de Criação Erik Turek

Diretor de Arte e de Criação Adjunto Kasimir Reimann

Diretor de Arte Miles English

Diretor de Fotografia Fritz Schuster

Editora Executiva Marion Wildmann

Editor Geral Daniel Kudernatsch

Editores Stefan Wagner (Editor-Chefe),

Ulrich Corazza, Arek Piatek, Andreas Rottenschlager

Editores Online Kurt Vierthaler (Editor-Chefe), Vanda Gyuris,

Judith Mutici, Inmaculada Sánchez Trejo, Andrew Swann, Christine Vitel

Colaboradores Muhamed Beganovic, Georg Eckelsberger,

Sophie Haslinger, Werner Jessner, Holger Potye, Clemens Stachel, Manon Steiner, Raffael Fritz,

Martina Powell, Mara Simperler, Lukas Wagner, Florian Wörgötter

Editores de Arte Marion Bernert-Thomann, Martina de Carvalho-Hutter,

Silvia Druml, Kevin Goll

Editores de Fotografia Susie Forman (Diretora de Fotografia),

Rudi Übelhör (Diretor de Fotografia Adjunto), Marion Batty, Eva Kerschbaum

Ilustrador Dietmar Kainrath

Diretor Editorial Franz Renkin

Gestão de Anúncios Sabrina Schneider

Marketing & Gerência de Países Stefan Ebner (Diretor), Manuel Otto, Elisabeth Salcher,

Lukas Scharmbacher, Sara Varming

Design de Marketing Peter Knehtl (Diretor), Simone Fischer, Julia Schweikhardt, Karoline Anna Eisl

Gerente de Produção Michael Bergmeister

Produção Wolfgang Stecher (Diretor), Walter O. Sádaba,

Matthias Zimmermann (App)

Impressão Clemens Ragotzky (Diretor),

Claudia Heis, Maximilian Kment, Karsten Lehmann

Assinaturas e Distribuição Klaus Pleninger (Vendas), Peter Schiffer (Assinaturas)

Gerente Geral e Publisher Wolfgang Winter

Produção de Mídia Red Bull Media House GmbH

Oberst-Lepperdinger-Straße 11–15, A-5071 Wals bei Salzburg (Áustria); Tribunal de registro de empresas: Tribunal de

justiça de Salzburgo; Número de registro: FN 297115i; UID: ATU63611700

Diretores Executivos Christopher Reindl, Andreas Gall

THE RED BULLETIN México, ISSN 2308-5924

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Editores José Armando Aguilar, Pablo Nicolás Caldarola

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Impressão R.R. Donnelley de México,

S. de R.L. de C.V. (R.R. DONNELLEY) Av. Central no. 235, Zona Industrial Valle de Oro

San Juan del Río, Querétaro, CP 76802

THE RED BULLETIN Alemanha, ISSN 2079-4258Editor Alemanha Arek Piatek

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Editor África do Sul Angus Powers

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Redação South Wing, Granger Bay Court, Beach Road, V&A Waterfront,

Cidade do Cabo 8001, +27 (0) 21 431 2100

THE RED BULLETIN Nova Zelândia, ISSN 2079-4274

Editor Nova Zelândia Robert Tighe

Editores Nancy James (Subeditora-Chefe),

Joe Curran (Subeditor-Chefe Adjunto)Gerente de Projeto e Vendas

Brad MorganVenda de Anúncios

Brad Morgan: [email protected] Conrad Traill, [email protected]

Impressão PMP Print, 30 Birmingham Drive, Riccarton, 8024 Christchurch

Assinaturas Preço da assinatura: NZD 45,00; 12 edições/ano

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27 Mackelvie Street, Grey Lynn, Auckland 1021 +64 (0) 9 551 6180

THE RED BULLETIN Suíça, ISSN 2308-5886Editor Suíça Arek Piatek

Gerente de Canal Antonio Gasser, Melissa Burkart

Revisão Hans Fleißner Venda de Anúncios Marcel Bannwart

[email protected]

Preço da assinatura: CHF 19,00; 12 edições/ano www.getredbulletin.com, [email protected]

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Page 85: The Red Bulletin de Maio - BR

GRAB YOURPIECE OF

THE ACTION

Page 86: The Red Bulletin de Maio - BR

A PRÓXIMA EDIÇÃO DO RED BULLETIN SERÁ LANÇADA EM 13 DE MAIO DE 2015

MOMENTO MÁGICO

GIZÉ, EGITO, 11 de janeiro de 2015A região é área restrita e sobrevoá-la está termi-nantemente proibido. Mas o saltador de wingsuit Cédric Dumont colocou na cabeça que seria a primeira pessoa a saltar sobre as pirâmides de Gizé. Convenceu o Ministro da Defesa do Egito e desafiou tempestades de areia. “Aquela foi a vista mais inacreditável que você possa imaginar.” www.cedricdumont.com

“Trabalhei trêsanos para viver este momento.”Nem os empecilhos burocráticos nem os meteorológicos puderam parar Cédric Dumont, 44 anos, o belga herói do wingsuit

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Page 88: The Red Bulletin de Maio - BR

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DEJA SIN ALIENTO

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CAMBIANDO EL MUNDO

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ROMPEN FRONTERAS

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INGENIOSO

EXTREMO

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