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! '-'.' ti.- -.;-- f V' 4f-jllta da 5torfc sszsv. REDlÇÇlO, IDMOriSTRlÇlO E OFFICIMS 16—Praça da Independência—17 LADO OA AVENIDA l6 DX N0VKMBR0, IM BHLK1Í TELEPH0P433 ESTADA BO PABÍ—ESTADOS UXIBOS 00 BRASIL 1SSI6NITUR1S PARA A AMAZÔNIA Semestre ió|ooo Anno, 30Í000 l,v .. Pagamento, assim de assignaturas como de quaesquer publicações, adiantado. Absolutamente imparcial, a FOLHA" DO I0BTE recebe o publica todos e quaesquer artigos, noticias e informações, comtanto qne lançados em termos convenientes. ISSIGlllTUHlS PÁRA FORA DA AMAZÔNIA Semestre 20I000 Anno ,,,....;...... 38I000 NUMERO AVULSO DO DIA I2CT RS;~ NUMERO ATRASADO . . . SOO » EDIÇÃO ROSA DOMINGO, 27 de Dezembro de 1896 Termina a batalha do Lonias Valentínas (1867) Anno ,Muna. 361 Recebem-se publicações até as 8 horas da noite. PARA SEMPRE Branca amava Raymundo. Orpha aos vinte annos, irmã mais velha de dois iriúãosinhos, Branca de Purlys dedica- ra-se aos pobres rebentões da sua raça e para . elles vivia enclausurada no velho solar de fa- milia, escura residência perdida em meio de terras qué constituíam a sua única herança, depois da nome. Ahi vivia, resignada a sempre viver, im- molada voluntariamente ás alegrias munda- nas; mas feliz ainda, pois que a sua renuncia assegurava o futuro d'aquelles de que se in- stituira mae. Branca dava conta da tarefa acceite. Aju- daVa-a n'esta santa obra o médico da povoa- çãó. Auxiliava com a sua prudência a juvenil senhora e dedicava os seus ocios á educação dos orphãos. A Na sua solidão, a menina de Purlys ape- nas visitava uma velha amiga de sua mãe, a Br.* de Armeilh, viuva de um fidalgo que ar- riscara todos os seus capitães na creação fabricas de vidros. O digno homem esperava que d'ahi lhe adviesse um grande futuro, quando súbita- mente o surprehendeu a morte. Deixava um filho único, Raymundo, moço official de engenharia. Este não hesitou em interromper uma carreira tomada por voca- ção, para acudir ao chamamento de sua mãe, e recolher a obra paterna. Não poz em ba- lanço os seuS novos deveres com as suas es- peranças perdidas. Raymundo obedeceu ao amor filial, ao culto devido ao homem que lhe legava a sua obra, a salvaguarda da sua honra. Almas de sacrifício é de vontade, Branca e Raymundo atttahiram-se invencivelmente. Uma sympathia espontânea Ps uniu, sem que tivessem a suspeita sequer de esperança mais terna. O seu dever na vida, a sua con- sagração aquelles por quem lueta vam, pare- ciam nègàr-lhe todo o direito,ao amor. Inconscientemente se amavam. Ignoraram-n'o por longo tempo. .Apezar dos esforços de Raymundo, osscui negócios periclitavam I Ceito é que o sr. d'Armeilh nao empre- nendera á sua industria sem elementos de bom êxito. Mas a.grande distancia-entre o logar de producção e á linha mais próxima do cami- nho de ferro exigia despezas de transporte, que não permittiam lucrar com a concorren- cia das fabricas mais bem situadas. As sombrias preoccupações, cavadas em rugas persistentes sobre a. fronte do mance-. bo, commoveram Branca e afHigiram-n'a por- qué se não atrevia a falar-lhe das suas penas, nem a adoçar-lhe os cuidados; surprehen- deu-se a pensar: —Porque.não sou eu irmã d'elle? Seria sua'confidente, sua consoíadora. A mãe não o conhece, attribue-lhe o mau êxito, com uma soberba em seu marido. Raymundo soffre duplamente, no seu orgulho e no. seu coração... Ohl sim, ser irmã d'ellel... Ter-me-hia para ó amar... Esta palavra fulminou-a. -—Mas eu ámó-o I...' Quiz défender-se, mas o seu amor impoz- se-lhe ainda mais evidente I então jurou ca-, lar- se, e a sua alma forte, tranquillisada com este juramento, conheceu a alegria' secreta de estremecer Raymundo,- de contentar a sua ternura simplesmente, falândo-lhe pe- rante Deus. Ah ! então, era seu, quando, no silencio, ella offerecia em holocausto toda a felicida- de para alcançar a do seu. bem amado!... È, comtudo, essa felicidade nao Seria obra sua.íé; ^>:"';II Só, uma noite, quando os irmãositos esta- vam deitados, Branc&=vjunto do f.igao so- nhava, e o seu sontioAscintülava entre as brasas; o seu coração, demasiado comprimi- dó, dilatava-se de ternura, elevava-se para a felicidade que um olhar de Raymundo lhe entreabrira, poique, Sem confissão das suas boceas, as almas haviam-se comprehendido e haviam-se dado. I De repente a criada abriu a porta e ap- pareceu Raymundo. Branca levantou-se angustiada, anhelante: —O senhor I... O mancebo mantinha-sé rigido, muito pallidó; por fim falou, cora a gaiganta con- trahida: —Venho dizer-lhe adeus. —Parte?... —Parto. —Para longe ?.. .por muito tempo ? —Para sempre I O desespero de Branca soltou um appello de angustia: —Raymundo!.'.;. —Expatrio-me. Estou arruinado. Minha mae conheceria a miséria,.se eu recusasse o logàr lucrativo que me é offorecido... nas índias. —Oh! gemeu a pobre creança. E os olhos inundaram-se-lhe de lagrimas; —Branca! Branca 1 expandiu Raymundo, ajoelhando-se deante d'ella, bem sabe que se o bom êxito tivesse correspondido á mi- nha vontade, nada nos teria separado,. por- que sabe que a amo:... Ah I Deve-se a mi- nha mãe!... Não amorteça a minha cora- gem; a senhora, que se sacrificou a seus ir- mãos, é digna de me comprehender.".. —Sim, renunciara á alegria de ser amada, ser feliz pelo senhor, mas nao a deixar de o ver! —Oh! minha amada!... exclamou o man- cebo, com ós braços abertos, esquecendo tudo no extasi d'uma tal confissão. Um impulso ergueu Branca e a lançou no abraço offerecido, mas antes do beijo de Raymundo a ter alcançado, arrancou-se-Ihe dos braços, louca de. dôr, de felicidade per- dida, do perigo ao mesmo tempo infernal e divino. —Não, não, parta! murmurou._ ella. Par- ta I... Tenho medo I... —Branca! Mas a gentil menina estava de e sub- jugava o seu coração. —Fiquemos dignos de nós. Filho, o sr. pertence a sua mãe; irmã, eu adoptei os meus. irmãos orphãos; são elles que nos se- param. Adeus, diga-me adeus !... Raymundo insurgiu-se; . -—Basta de sacrifícios! Amamo-nos!... Que importam os outros ? . Branca afastou-o com um gesto. ..—Egoísta, não o tornaria a amar. —Perdoe-meI.., Soffro tàntol... Será possivel que eu a perca para sempre ?... Será possivel que seja eu que o queira ?... ;—Assim é preciso: parta) —Se parto, é para sempre! Ella hesitou, mas repetiu com a voz subi- tamente dura: —Parta! .; Sacudiu a fronte, quiz tomar-lhe as mãos. . Mas Branca recuou; o rosto severo trahiu- lhe o orgulho ferido. Raymundo curvou-se, recuou; no limiar da porta, hesitou ainda; mas o gcito de Branca repellia-o sempre. ..Bruscamente fugiu n'uraa carreira deses- perada. III A que ficava ouviu os passos afastarem-se, com o ouvido á escuta para lhe reter os ulti- mos echos. Depois todo o ruido calou. Então Branca, de joelhos, estendeu os bra- ços implorativos: —Desapparecido para sempre!... amado para sempre!... pára sempre!... para sempre!... JORGE DE LYS. Fim de século O mundo hoje ri porque a tyranna Moda assentou que o pranto é burguezia: Foi por essa razão, gentil sultana, Que, quando tu partiste, eu ria... ria... Ria chorando, sim; e se, em meus olhos; Não divisaste a pérola da dor, Chorava o coração, que nos abrolhos, Perdia-se da magoa, oh! meu amor... Mas desdenhoso olhar tu me lançaste E, no desprezo atroz, flor, procuraste Vingança que me mata pouco a pouco I... Perdão, oh! meu thesouro, oh! meu sentir! Eu não chorava, então, em vez de rir. Porque temia me chamassem louco. .A. fada azul Recife—96. FANÉCA. DESEJO CRUEL. Antigamente—ó pérfida vizinha, O' coração de pedra, ó minha amante!— Eu desejava ser uma andorinha Pará poder voar ao teu mirante! Mas, hoje, que não tenho onde me açoite, —O' venenoso coração disforme! Eu quizera Ser um corvo enorme, Com pennas tenebrosas, côr da noite! - Um corvo, sim! Um corvo, cujas ganas fizessem soltar gritos de dôr, Como essas doces, languidas guitarras, - Que á noite gemem nos balcões em flor... A' noite, quando dormes no teu leito, Se eu fosse o corvo que desejo ser, Eu quizera traspassar-te o peito, O' mentirosa e lubrica mulher 1 E depois, quando eu visse amortalhada Essa fronte gentil em teus cabellos, Eu quizera roer teus olhos bellos, O' minha loura vibora damnada! . EUGÊNIO DE CASTRO. EDIÇÃO ROSA A sympathica Folha do Notte, o melhor jornal do norte do Brasil, teve um suecesso igual ao das pílulas de pião. Que procurai Vende-se na Diogaiia Nazareth Um dia a fada azul desceu á terra na in- tenç3o_ de distribuir a todas as suas filhas, as habitantes dos diversos paizes, os thesou- ros.de graças que trazia comsigo. O anão Araarhante tocou a busina e im- mediatamente uma joven de cada naciona- lidade se apresentou aos pês do throno fada azul. Num momento, todas reunidas, formaram uma multidão enorme. A boa da fada disse a cada uma das suas amigas: —Quero que nem uma se lastime do dom que lhe vou fazer. Nao posso dar a to-, das a mesma coisa; uma uniformidade se- melhante tirar-lhes-ia todo o valor. Como o tempo é precioso para" as fadas, falam pouco. Esta limitou-se ao que vae dito no seu discurso, e começou a distribuição dos brin- des. ...... Ninguém teve razão de queixa. Deu á joven que representava todas as Castellas, cabellos tão negros e tao compri- dos, que podia fazer delles uma mantilha. A' italiana, deu uns olhos tão vivos, como uma erupção, do Vesuvio durante a noite. A' turca, uma nediez roliça como a lua e suave como a pénnugem do cysne. A' ingleza uma aurora boreal para tingir as faces e os hombros. | A uma allemã, dentes como ella - própria tinha e—o que não vale mais do que uns bonitos dentes, mas que também tem o seu valor—um coração sensivel e inclinado a amar. A uma russa, a graça de uma soberana. Depois, passando ás particularidades, poz a alegria nos lábios da napolitana, o bom senso no espirito da hollandeza, e quando não tinha mais que dar, levantou-se para proseguir o seu vôo. —E eu?! disse-lhe a parisiense,;retendo-a pela orla fluetuante da túnica azul. —Estavas tao perto de mim, que te não vi! Que poderei fazer agora ? O sacco das prendas, esvasiei-o I. A fada reflectiu üm instante; depois, com um aceno, chamoua si todas as encantado- ras agraciadas e disse-lhes: —Sois boas, porque sois bellas. Compete-vos dar satisfação de uma injus- tiça que fiz : esqueci me de contemplar a vossa irmã de Paris. Peço a cada uma que se desaposse de uma parte do presente que lhe fiz e a á nossa parisiense. Perdereis pouco e indem- nisarei muito. Quem se recusará a uma lada, sobretudo a uma fada azul? Com a graça que sempre distingue as pessoas felizes, as damas acercaram-se da parisiense e deitaram ao passar junto delia, uma, madeixas do seu cabello preto; outra, parte do rosado da fronte; esta,, um resplen- dor da sua vivezá; aquella, o qüe poude da sua sensibilidade, e suecedeu que a parisien- se, a principio muito pobre, muito obscura e insignificante, achou-se num ápice, muito mais rica e melhor dotada do que qualquer das suas companheiras. E a fada azul subiu ao céo, sorrindo! L. GOZLAN. A Rew*Home é a machina para costura mais perfeita, mais segura e mai» eeonomioa. A musa alegre e faceta das minhas can- ções amorosas, que canta nos meus versos e é o supremo ideal do meu desventurado co- ração;—aquella que é a minha única alegria e o meu constante pezar; que tinge os meus sonhos rpseos de felicidade com o suave perfume dos seus - cabellos e cujos lábios purpurinos de flor è em v3o que eu tento beijar apaixonadamente: é a minha fiel inimiga 1... Não me revolto, porem, contra o desamor com que Ella repelle o carinho da minha affeição: Amo-a!... amo-a! E nao ha pen- samento meu que não lhe seja dirigido; nunca um sorriso prazenteiro assomou-me aos lábios sem que Ella fosse a causa invo- Iuntaria do meü extranho contentamento; se vivo, é porque Ella vive radiante de áSor e de galas na minha lembrança, no men co- ração e na poesia jucunda das minhas can- ções: pura e formosa, na magnífica e attra- nente florescência e frescura dos seus des- cuidosos quinze annos. .Não ambiciono recompensas para mim nem lauréis para engrinaldar a minha pobre lyra. Se Apollo um dia,—por um divino ca- pricho,—se lembrasse de ennastrar-rae a fronte com as rosas e os louros da Gloria,- eu recusaria desdenhoso tão suprema honra, porque, prêmio não ha maior para galardoar o meu trabalho do que saber que Ella pen- sou em mim—alma a reçumarodlo!—lendo os versos que rimei á sua belleza sem par é ao seu constante desamor. A musa alegre e faceta das minhas can- ções "amorosas, que canta nos meus versos e e o risonho ideal do meu joven coração; —aquella que é a minha única alegria e o meu constante pezar, és tu, doce creança, morena e bella, de lábios, vermelhos e per- fumados de flor que eu tento em vão beijar apaixonadamente, cabellos da côr da noite e olhos incendiados de salamandra a revol- verse deliciosamente nas chammas do De* sejo!... AGOSTINHO VIANNA. Canto contra a esperança (Do poema inédito *A mulher de luto*) Houve, outr'ora, um palácio, hoje em ruinas, fundado n'uma rocha, á beira mar... d'onde se avistam lividas colunas, e se ouve o vento nos pinhaes pregar. Houve outr'ora um palácio, hoje em ruinas... Nesse triste palácio inhabitavel, as janellas sem vidros, contra os ventos, batem de noite, em coro miserável, lembrando gritos, uivos e lamentos. Nesse triste palácio inhabitavel... resta uma varanda solitária, onde medra uma flor que bate o norte, sacudida da chuva funerária, lavada d'um luar branco de morte. resta uma varanda solitária... Como n'essa varanda apodrecida, em minha alma uma flor também vegete, toda a noite dos ventos sacudida, ' inteira, humilde, lyrica, secreta. Como n'essa varanda apodrecida... Vae tu, ó minha dôr, a esse palácio, e arranca-lhe essa flor... Vae sem tardança! como um guerreiro audaz do velho Lacio arranca-a e calei-» aos péa—porque 6 a Esperança Vae tu, ó minha dor, a esse palácio 1 GOMES LEAL. Dr. Enéas Martins Ao desembarque do illustre repre- sentante do Estado do Pará na Ca- mara Federal, concorreram ante-hou- tem muitos amigos, que, em lancha especial, foram conduzidos para bor- dp S. Salvador. O redactor chefe da Folha~io\ acom- panhado até a casa de sua residência ainda por grande numero de pessoas de sua amizade particular e politica èm carros de praça. Ahi foi o nosso distineto e prezado amigo muito comprimentado durante ò dia. Hontem, ao entrar no escriptorio da Folha, foi solemnemente recebido por todo o pessoal das officinas de ty- pographia e impressão, que offertou- lhe, para ser collocado na sala verde da redacçao, um magnífico retrato, a , erayon, encaixilhado em riquíssima moldura. Ao nosso escriptorio vieram hontem numerosos amigos comprimentar o dr. Enéas Martins, que tem sido muito felicitado também por telegrammas expedidos de vários pontos do inte- rior do Estado, por cartas e cartões de boas vindas de numerosos cavalhei- ros da alta sociedade paraense. Que bello espetac'lo a terra offerecej o mundo parece trajando ourópeis; as florej desbrocham ao sopro da brisa, que beija, amenisa os vastos vergeis.' Que doces aromas, suaves perfumes, que vividos lumes na extensa planura, os bosques sorriem, de folhas se vestem, se os campos revestem de meiga verdura I Os brandos regatos na selva murmuram, de leve sussurram, na prestes carreira, das aves o canto a aurora annuncia, arauto do dia gentil mensageira. A esphera celeste, em doces harpejos, mais doces que beijos de lábio materno, um hymno desfere no espaço siderio, ameno e ethereo saudando o Eterno. Um astro çaudato, de luzes.brilhando, a treva espancando da noite sombria, a nova nos.trouxe que na Galiléa da triste Judèá o Christo nascia.... Menino e gigante, pois, era e Messias de quem profecias dos santos falavam, nos livros sagrados que o orbe venera . e que novos tempos pr'os homens marcavam. D'ahi tanto júbilo, tamanha alegria a; grande harmonia, no monte, no vai. Em todo o universo não ha quem não veja, que tudo festeja do Christo o natal! G. R. . , Folhetim da Folhado Morta 27-12-96 ^lO lixar I Miss Hartson veio para o terraço, onde Luiz Manse estava sentado, com as mãos cruzadas sobre os joelhos, n'umá incom- Í)Ieta immobilidade, e encostou- se á ba- austrada."., —Está* a contemplar a lua? disse elle com um sorrisihho. —Não alinha visto ainda, respondeu Luiz. —-E, comtudo, está ésplendidissima! ex- clamou a americana. E desviou o olhar d'áquelle homem, triste, para contemplar a melancolia da paisagem. —Ha um pedaço que nao observo as coisas.' —-Então, para si, sou uma coisa ... por- que ném a'minha pessoa observou ainda. Sim,'elle via-a, mas via-a mal; aquella figurasinha subtil, contornada de urna li- nha indecisa e tremula, apparecia-lhe como . um phantasma, porque ella tinha sobre os olhos um véo de lagrimas. —O senhor me nao ama, meu poeta! disse; á juvenil senhora, com voz que que- ria ser triste e que soou como se fosse áspera. ,, —E que . lhe importa? respondeu elle, em que lhe pôde interessar o amor, se ã senhora nada entende d'ellel. Ella teve uma exclamação de despieso. Nao comprehender o amoil - ;Ella que fizera do amor o escopo da .vida, ella qué, se tratava da sua belleza com uma paixão que. confinava com a lou- cura,.era" com-o^ intuito único de crear o amor, fazer enlouquecer os homens qüe d'ella se approximavam, arrancar-lhes, dás almas gritos de dor .. .ella não compre- hender o amor! ¦—Creio comprehendel-o bem mais do que o senhor! disse com voz melodiosa. —Não se pôde comprehender aquillo que se não sente, replicou elle com amargura, e a senhora nào pôde amar! Tem o co- ração duro, está immersa na contempla- ção de si mesma, todas as emoções pas- sam X cima da sua alma sem deixa- rem vestígio algum; como os raios da lua que. n'este momento lhe batem no rosto desapparecerão logo que a senhora entre para o salão, onde a esperam os, seus ado- radores. Que pode a senhora saber de um amor como o "meu? —Sei que é egual ao de todos os ou- tros! respondeu ella, e d-esta vez a voz ti- nha o quer que fosse de velada, como o echo um soffrimento. - II —Nao! não é egual ao dos outros, ex- clamou elle com violência. E' a força e a dor intensa que mudam toda a orientação de uma vida. Bastantes vezes amei como os outros a sabem amar, mas nunca a aniei, como a amol... Olhe: tenho os cabellos brancos,, ejá não estou na' edade em que se tomam as expansões dos ner- vos por impulsos do coração ... «Quando a encontrei, estava confiado era que havia acabado com aa pawOes. e . sentia-me prompto a acceitar o socego definitivo, em que se descança, reflectindo sobre o que se experimentou. Mas ap-, Sareceu a senhora e, para logo, compre- éndi que era jo meu destino. Usou com- migo, de irresistíveis encantos para juntar um homem conhecido numero dós inu- tels, que a seguem por toda-a parte. «Nao teve que cançar-se muito para me conquistai. - «Tel-a-hia amado do mesmo modo, se tivesse dignado apenas lançar me um olhar.; «Porque? pela sua belleza, qué a il- iusáô de ser a màtí.-ialisaçao de uma alma excepcional? Pela aguada do seu espirito?1 PelóS lampejos de; bondade que riscaram os trevas mysteriosas do seu caracter? Nãp, sei. À senhora ' é o único ente que para mim existe, o ser dominador de que me não posso defender ... «AhJ o principio d'este amor! que ne-: cessidade febril de estar sempre próximo': de si I que tjêiKão constante da minha al-| para à 'suai as horas passadas na so- lidão á pensai seu mais pequeno gesto,; aquella espécie de soffrimento infantil que! experimentava todas as vezes que a se-, nhora mudava de trajo e modificava ai- guina coisa da imagem-que estava impressa no meu coração! Como a estudei! nem' uma das suas expressões me escapou.... «Quando a deixava, recordava todas as suas palavras e procurava penetrar no mys* terio do seu pensamento.» «Ai de mim! Não o consegui nuncal «Toda a minha existência mudou A se- nhora fez-me tanto mal que. comecei a comprehender os soffrimentos dos outros. Eu era forte 9 a senhora tornow-me ver* gohhosamente fraco. nao vejo as bel- lezas do universo, porque vejo as dores qúe sangram e que gemem! «£ que tem a senhora para consolar-me e ajudar-me! Nada. Torturou-me com ciu- mes, causou-me tantas amarguras, que de- via odial-a!... Pois bem! Não! Amo-a! Amo-a cada vez mais, tanto que esqueci tudo quanto me dizia respeito, para-não pensar senão em sil «Para proporcionar-lhe uma alegria, que- reria soffrer dores mais graves ainda do que as que me infllingiu e que me mar- tyrisamt «Tirou-me todas as forças de resisten- cia!... Bem o vê, não tento fugir-lhe! Nada espero de si, sei que não me amará nunca, mas estou subjugado, vencido, doente. «E' a primeira vez que lhe falo assim, e de certo lhe aborreço. Mas será também a ultima. Não tornará a ouvir da minha bocca nem uma exprobração, nem uma re- plica... Estou vencido, lh'o disse... E quando, pouco antes do fim do jantar, julguei ouvir uma phrase que se referia a não tornar mais a vel-a.... senti que não podia viver, mas nenhum pensamento de cólera me atravessou o cérebro. «Pertenço-lhe; mate-me se quizer.... mas. não torne a repetir que a amo como to- dos os outros! III Elle calou se. Pelas janellas abertas do salão dlffun* diám se os accordes do plano no silencio noite. Miss Hartson approximou-se e pousou docemente a mao nos hombros do poeta. —Não, murmurou com voz grave, não tornarei a dizer que é «como os outros». Comprehendi agora, e não a si, mas também a mim mesma. «Ouça-me. «Enganei-o, assim como a todas as pes- soas d'esta sociedade em que se encontrou. Eu não sou uma menina vinda da Ame- rica para contrahir um casamento elegan- te, como faço acreditar. Eu casei.. «Não, n3o diga nada, ouça-me ati ao fim. «Casei aos dezesete annos com um ex- cellente rapaz, honestíssimo, pouco senti- mental, enamorado do trabalho como é vulgar. Mas eu queria conhecer as suas commoçQes, queria ser amada, nao sim- plesraente, tranquillamente como Jack me ama, mas com um grande e louco amor, cuja recordação podesse perfumar toda a minha existência. «Meu marido tinha que passar dois an- nos fora por causa dos seus negócios, e eu disse-lhe que contava viver estes dois annos em França; elle achou o caso muito simples, eu vim, não encontrei senão ai-' mas mesquinhas, egoismos hypocritas, e es- tive prestes a desprezar os homens, a odial-os quasi. «O senhor appareceu-me a principio se- melhante a todos os outros. Teve o mes- mo modo insultante de amar-me, o mes- mo estúpido ciúme, até o mesmo egoísmo. Depois pareceu me que se tornava outro. Quando me pareceu. que se afastava de mim, o que eu soffri!... Julguei ter sido ferida na minha vaidade, mas engana- va-me, enganava-me a seu e a meu res* peito. «Nãp diga nada! Não niga nada ! Este minuto é divino! Não o perturbe! suppli- co-Ih'o! « Quando me contou ha pouco como o amor se apoderou de si, pare :eu-me que um nio de sol irradiava da minha alma... Amava-me pois! Era eu amada ' como. de- sejava sel-o! Existia, pois, ó que eu tanto' desejava.- « Que alegria me dá. Ouça-me ainda... Estou a acabar... Eu também o amo. Dê- me as suas mãos, olhe-me de frente. Nao nos meus olhos uma alma que não co* nhecia? E' a sua; amo-o. Não fale ainíla. Estamos para. dizermo-nos adeus. O senhor hávia-o comprehendido muito bem. Parto amanhã. Decorreram os dois anno* e vol- to para a America... E abençôo-o, porque levo commigo um doce soffriraento que ha de perfumar os meus dias até á morte. « Veja... Choro, pela primeira vez na mi- nha vida. O senhor ensinou-me a alegria das lagrimas. » IV Elle ergueu-se, pondo as suas mãos nas d'élla. Olharam-se por um momento como. escutando as pulsações violentas dos seus corações, e apertaram-se mais as mãos. Em seguida ella afastou se, depois de ter dito ainda: —Adeus I Quando voltou para a sala, sentou-se no parapeito do terraço, inclinou1 a fronte sobre as mãos; e, olhando para a sua vida, na qual não podia encontrar nenhuma esperança de felicidade, soluçou... \ Q. RICHAR& '¦'y-y ¦A ¦-•'---. .„. 1 I ;--." ;•, \ -iVtirV " \y'T':-P , ' ^rf

ti.- -.;-- 4f-jllta da 5torfcmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00361.pdf · mais terna. O seu dever na vida, a sua con-sagração aquelles por quem lueta vam, pare-ciam nègàr-lhe

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Semestre ió|oooAnno, 30Í000

l,v A» ..

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Absolutamente imparcial, a FOLHA" DOI0BTE recebe o publica todos e quaesquerartigos, noticias e informações, comtantoqne lançados em termos convenientes.

ISSIGlllTUHlSPÁRA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 20I000Anno ,,,....;...... 38I000

NUMERO AVULSO DO DIA I2CT RS;~NUMERO ATRASADO . . . SOO »

EDIÇÃO ROSA

DOMINGO, 27 de Dezembro de 1896Termina a batalha do Lonias Valentínas (1867)

Anno Muna. 361Recebem-se publicações até as 8 horas da noite.

PARA SEMPRE

Branca amava Raymundo.Orpha aos vinte annos, irmã mais velha de

dois iriúãosinhos, Branca de Purlys dedica-ra-se aos pobres rebentões da sua raça e para

. elles vivia enclausurada no velho solar de fa-milia, escura residência perdida em meio deterras qué constituíam a sua única herança,depois da dó nome.

Ahi vivia, resignada a sempre viver, im-molada voluntariamente ás alegrias munda-nas; mas feliz ainda, pois que a sua renunciaassegurava o futuro d'aquelles de que se in-stituira mae.

Branca dava conta da tarefa acceite. Aju-daVa-a n'esta santa obra o médico da povoa-çãó. Auxiliava com a sua prudência a juvenilsenhora e dedicava os seus ocios á educaçãodos orphãos. A

Na sua solidão, a menina de Purlys ape-nas visitava uma velha amiga de sua mãe, aBr.* de Armeilh, viuva de um fidalgo que ar-riscara todos os seus capitães na creação défabricas de vidros.

O digno homem esperava que d'ahi lheadviesse um grande futuro, quando súbita-mente o surprehendeu a morte.

Deixava um filho único, Raymundo, moçoofficial de engenharia. Este não hesitou eminterromper uma carreira tomada por voca-ção, para acudir ao chamamento de sua mãe,e recolher a obra paterna. Não poz em ba-lanço os seuS novos deveres com as suas es-peranças perdidas. Raymundo obedeceu aoamor filial, ao culto devido ao homem quelhe legava a sua obra, a salvaguarda da suahonra.

Almas de sacrifício é de vontade, Brancae Raymundo atttahiram-se invencivelmente.

Uma sympathia espontânea Ps uniu, semque tivessem a suspeita sequer de esperançamais terna. O seu dever na vida, a sua con-sagração aquelles por quem lueta vam, pare-ciam nègàr-lhe todo o direito,ao amor.

Inconscientemente já se amavam.Ignoraram-n'o por longo tempo.

.Apezar dos esforços de Raymundo, osscuinegócios periclitavam I

Ceito é que o sr. d'Armeilh nao empre-nendera á sua industria sem elementos debom êxito.

Mas a.grande distancia-entre o logar deproducção e á linha mais próxima do cami-nho de ferro exigia despezas de transporte,que não permittiam lucrar com a concorren-cia das fabricas mais bem situadas.

As sombrias preoccupações, cavadas emrugas persistentes sobre a. fronte do mance-.bo, commoveram Branca e afHigiram-n'a por-qué se não atrevia a falar-lhe das suas penas,nem a adoçar-lhe os cuidados; surprehen-deu-se a pensar:—Porque.não sou eu irmã d'elle? Seriasua'confidente, sua consoíadora. A mãe nãoo conhece, attribue-lhe o mau êxito, comuma fé soberba em seu marido. Raymundosoffre duplamente, no seu orgulho e no. seucoração... Ohl sim, ser irmã d'ellel...Ter-me-hia para ó amar...

Esta palavra fulminou-a.-—Mas eu ámó-o I...'Quiz défender-se, mas o seu amor impoz-

se-lhe ainda mais evidente I então jurou ca-,lar- se, e a sua alma forte, tranquillisada comeste juramento, conheceu a alegria' secretade estremecer Raymundo,- de contentar asua ternura simplesmente, falândo-lhe pe-rante Deus.

Ah ! então, era seu, quando, no silencio,ella offerecia em holocausto toda a felicida-de para alcançar a do seu. bem amado!...

È, comtudo, essa felicidade nao Seria obrasua. íé;

^>:"';IISó, uma noite, quando os irmãositos esta-

vam deitados, Branc&=vjunto do f.igao so-nhava, e o seu sontioAscintülava entre asbrasas; o seu coração, demasiado comprimi-dó, dilatava-se de ternura, elevava-se para afelicidade que um olhar de Raymundo lheentreabrira, poique, Sem confissão das suasboceas, as almas haviam-se comprehendidoe haviam-se dado.

I De repente a criada abriu a porta e ap-pareceu Raymundo.

Branca levantou-se angustiada, anhelante:—O senhor I...O mancebo mantinha-sé rigido, muito

pallidó; por fim falou, cora a gaiganta con-trahida:

—Venho dizer-lhe adeus.—Parte?...—Parto.—Para longe ?.. .por muito tempo ?—Para sempre IO desespero de Branca soltou um appello

de angustia:—Raymundo!.'.;.—Expatrio-me. Estou arruinado. Minha

mae conheceria a miséria,.se eu recusasse ologàr lucrativo que me é offorecido... nasíndias.

—Oh! gemeu a pobre creança.E os olhos inundaram-se-lhe de lagrimas;—Branca! Branca 1 expandiu Raymundo,

ajoelhando-se deante d'ella, bem sabe quese o bom êxito tivesse correspondido á mi-nha vontade, nada nos teria separado,. por-que sabe que a amo:... Ah I Deve-se a mi-nha mãe!... Não amorteça a minha cora-gem; a senhora, que se sacrificou a seus ir-mãos, é digna de me comprehender."..

—Sim, renunciara á alegria de ser amada,dé ser feliz pelo senhor, mas nao a deixarde o ver!

—Oh! minha amada!... exclamou o man-cebo, com ós braços abertos, esquecendotudo no extasi d'uma tal confissão.

Um impulso ergueu Branca e a lançou noabraço offerecido, mas antes do beijo deRaymundo a ter alcançado, arrancou-se-Ihedos braços, louca de. dôr, de felicidade per-dida, do perigo ao mesmo tempo infernal edivino.

—Não, não, parta! murmurou._ ella. Par-ta I... Tenho medo I...

—Branca!Mas a gentil menina estava de pé e sub-

jugava o seu coração.—Fiquemos dignos de nós. Filho, o sr.

pertence a sua mãe; irmã, eu adoptei osmeus. irmãos orphãos; são elles que nos se-param. Adeus, diga-me adeus !...

Raymundo insurgiu-se;. -—Basta de sacrifícios! Amamo-nos!...Que importam os outros ? .

Branca afastou-o com um gesto...—Egoísta, não o tornaria a amar.—Perdoe-meI.., Soffro tàntol... Será

possivel que eu a perca para sempre ?...Será possivel que seja eu que o queira ?...

;—Assim é preciso: parta)—Se parto, é para sempre!Ella hesitou, mas repetiu com a voz subi-

tamente dura:—Parta! .;Sacudiu a fronte, quiz tomar-lhe as mãos.

. Mas Branca recuou; o rosto severo trahiu-lhe o orgulho ferido.

Raymundo curvou-se, recuou; no limiar da

porta, hesitou ainda; mas o gcito de Brancarepellia-o sempre.

..Bruscamente fugiu n'uraa carreira deses-perada.

III

A que ficava ouviu os passos afastarem-se,com o ouvido á escuta para lhe reter os ulti-mos echos.

Depois todo o ruido calou.Então Branca, de joelhos, estendeu os bra-

ços implorativos:—Desapparecido para sempre!... amado

para sempre!... pára sempre!... para sempre!...

JORGE DE LYS.

Fim de séculoO mundo hoje só ri porque a tyrannaModa assentou que o pranto é burguezia:Foi por essa razão, gentil sultana,Que, quando tu partiste, eu ria... ria...Ria chorando, sim; e se, em meus olhos;Não divisaste a pérola da dor,Chorava o coração, que nos abrolhos,Perdia-se da magoa, oh! meu amor...Mas desdenhoso olhar tu me lançasteE, no desprezo atroz, flor, procurasteVingança que me mata pouco a pouco I...Perdão, oh! meu thesouro, oh! meu sentir!Eu não chorava, então, em vez de rir.Porque temia me chamassem louco.

.A. fada azul

Recife—96.FANÉCA.

DESEJO CRUEL.

Antigamente—ó pérfida vizinha,O' coração de pedra, ó minha amante!—Eu desejava ser uma andorinhaPará poder voar ao teu mirante!Mas, hoje, que não tenho onde me açoite,—O' venenoso coração disforme!Eu só quizera Ser um corvo enorme,Com pennas tenebrosas, côr da noite! -

Um corvo, sim! Um corvo, cujas ganasTé fizessem soltar gritos de dôr,Como essas doces, languidas guitarras, -Que á noite gemem nos balcões em flor...A' noite, quando dormes no teu leito,Se eu fosse o corvo que desejo ser,Eu só quizera traspassar-te o peito,O' mentirosa e lubrica mulher 1E depois, quando eu visse amortalhadaEssa fronte gentil em teus cabellos,Eu quizera roer teus olhos bellos,O' minha loura vibora damnada!

. EUGÊNIO DE CASTRO.

EDIÇÃO ROSA

A sympathica Folha do Notte, o melhorjornal do norte do Brasil, teve um suecessoigual ao das pílulas de pião.

Que procuraiVende-se na Diogaiia Nazareth

Um dia a fada azul desceu á terra na in-tenç3o_ de distribuir a todas as suas filhas,as habitantes dos diversos paizes, os thesou-ros.de graças que trazia comsigo.

O anão Araarhante tocou a busina e im-mediatamente uma joven de cada naciona-lidade se apresentou aos pês do throno dáfada azul.

Num momento, todas reunidas, formaramuma multidão enorme.

A boa da fada disse a cada uma das suasamigas:

—Quero que nem uma só se lastime dodom que lhe vou fazer. Nao posso dar a to-,das a mesma coisa; uma uniformidade se-melhante tirar-lhes-ia todo o valor.

Como o tempo é precioso para" as fadas,falam pouco.

Esta limitou-se ao que vae dito no seudiscurso, e começou a distribuição dos brin-des. ......

Ninguém teve razão de queixa.Deu á joven que representava todas asCastellas, cabellos tão negros e tao compri-dos, que podia fazer delles uma mantilha.

A' italiana, deu uns olhos tão vivos, comouma erupção, do Vesuvio durante a noite.

A' turca, uma nediez roliça como a lua esuave como a pénnugem do cysne.

A' ingleza uma aurora boreal para tingiras faces e os hombros.

| A uma allemã, dentes como ella - própriatinha e—o que não vale mais do que unsbonitos dentes, mas que também tem o seuvalor—um coração sensivel e inclinado aamar.

A uma russa, a graça de uma soberana.Depois, passando ás particularidades, poz

a alegria nos lábios da napolitana, o bomsenso no espirito da hollandeza, e quandojá não tinha mais que dar, levantou-se paraproseguir o seu vôo.

—E eu?! disse-lhe a parisiense,;retendo-apela orla fluetuante da túnica azul.

—Estavas tao perto de mim, que te nãovi!

Que poderei fazer agora ? O sacco dasprendas, esvasiei-o I.

A fada reflectiu üm instante; depois, comum aceno, chamoua si todas as encantado-ras agraciadas e disse-lhes:

—Sois boas, porque sois bellas.• Compete-vos dar satisfação de uma injus-tiça que fiz : esqueci me de contemplar avossa irmã de Paris.

Peço a cada uma que se desaposse deuma parte do presente que lhe fiz e a dê ánossa parisiense. Perdereis pouco e indem-nisarei muito.

Quem se recusará a uma lada, sobretudoa uma fada azul?

Com a graça que sempre distingue aspessoas felizes, as damas acercaram-se daparisiense e deitaram ao passar junto delia,uma, madeixas do seu cabello preto; outra,parte do rosado da fronte; esta,, um resplen-dor da sua vivezá; aquella, o qüe poude dasua sensibilidade, e suecedeu que a parisien-se, a principio muito pobre, muito obscurae insignificante, achou-se num ápice, muitomais rica e melhor dotada do que qualquerdas suas companheiras.

E a fada azul subiu ao céo, sorrindo!L. GOZLAN.

A Rew*Home é a machina paracostura mais perfeita, mais segura e mai»eeonomioa.

A musa alegre e faceta das minhas can-ções amorosas, que canta nos meus versos eé o supremo ideal do meu desventurado co-ração;—aquella que é a minha única alegriae o meu constante pezar; que tinge os meussonhos rpseos de felicidade com o suaveperfume dos seus - cabellos e cujos lábiospurpurinos de flor è em v3o que eu tentobeijar apaixonadamente: — é a minha fielinimiga 1...

Não me revolto, porem, contra o desamorcom que Ella repelle o carinho da minhaaffeição: Amo-a!... amo-a! E nao ha pen-samento meu que não lhe seja dirigido;nunca um sorriso prazenteiro assomou-meaos lábios sem que Ella fosse a causa invo-Iuntaria do meü extranho contentamento;se vivo, é porque Ella vive radiante de áSore de galas na minha lembrança, no men co-ração e na poesia jucunda das minhas can-ções: pura e formosa, na magnífica e attra-nente florescência e frescura dos seus des-cuidosos quinze annos.

.Não ambiciono recompensas para mimnem lauréis para engrinaldar a minha pobrelyra. Se Apollo um dia,—por um divino ca-pricho,—se lembrasse de ennastrar-rae afronte com as rosas e os louros da Gloria,-eu recusaria desdenhoso tão suprema honra,porque, prêmio não ha maior para galardoaro meu trabalho do que saber que Ella pen-sou em mim—alma a reçumarodlo!—lendoos versos que rimei á sua belleza sem par éao seu constante desamor.

A musa alegre e faceta das minhas can-ções

"amorosas, que canta nos meus versos e

e o risonho ideal do meu joven coração;—aquella que é a minha única alegria e omeu constante pezar, és tu, doce creança,morena e bella, de lábios, vermelhos e per-fumados de flor que eu tento em vão beijarapaixonadamente, cabellos da côr da noitee olhos incendiados de salamandra a revol-verse deliciosamente nas chammas do De*sejo!...

AGOSTINHO VIANNA.

Canto contra a esperança(Do poema inédito *A mulher de luto*)

Houve, outr'ora, um palácio, hoje em ruinas,fundado n'uma rocha, á beira mar...d'onde se avistam lividas colunas,e se ouve o vento nos pinhaes pregar.Houve outr'ora um palácio, hoje em ruinas...Nesse triste palácio inhabitavel,as janellas sem vidros, contra os ventos,batem de noite, em coro miserável,lembrando gritos, uivos e lamentos.Nesse triste palácio inhabitavel...Só resta uma varanda solitária,onde medra uma flor que bate o norte,sacudida da chuva funerária,lavada d'um luar branco de morte.Só resta uma varanda solitária...Como n'essa varanda apodrecida,em minha alma uma flor também vegete,toda a noite dos ventos sacudida, 'inteira, humilde, lyrica, secreta.Como n'essa varanda apodrecida...Vae tu, ó minha dôr, a esse palácio,e arranca-lhe essa flor... Vae sem tardança!como um guerreiro audaz do velho Lacioarranca-a e calei-» aos péa—porque 6 a EsperançaVae tu, ó minha dor, a esse palácio 1

GOMES LEAL.

Dr. Enéas Martins

Ao desembarque do illustre repre-sentante do Estado do Pará na Ca-mara Federal, concorreram ante-hou-tem muitos amigos, que, em lanchaespecial, foram conduzidos para bor-dp dò S. Salvador.

O redactor chefe da Folha~io\ acom-panhado até a casa de sua residênciaainda por grande numero de pessoasde sua amizade particular e politicaèm carros de praça.

Ahi foi o nosso distineto e prezadoamigo muito comprimentado duranteò dia.

Hontem, ao entrar no escriptorioda Folha, foi solemnemente recebidopor todo o pessoal das officinas de ty-pographia e impressão, que offertou-lhe, para ser collocado na sala verdeda redacçao, um magnífico retrato, a ,erayon, encaixilhado em riquíssimamoldura.

Ao nosso escriptorio vieram hontemnumerosos amigos comprimentar odr. Enéas Martins, que tem sido muitofelicitado também por telegrammasexpedidos de vários pontos do inte-rior do Estado, por cartas e cartõesde boas vindas de numerosos cavalhei-ros da alta sociedade paraense.

Que bello espetac'lo a terra offerecejo mundo parece trajando ourópeis;as florej desbrocham ao sopro da brisa,que beija, amenisa os vastos vergeis.'Que doces aromas, suaves perfumes,que vividos lumes na extensa planura,os bosques sorriem, de folhas se vestem,se os campos revestem de meiga verdura IOs brandos regatos na selva murmuram,de leve sussurram, na prestes carreira, •das aves o canto a aurora annuncia,arauto do dia gentil mensageira.A esphera celeste, em doces harpejos,mais doces que beijos de lábio materno,um hymno desfere no espaço siderio,ameno e ethereo saudando o Eterno.Um astro çaudato, de luzes.brilhando,a treva espancando da noite sombria,a nova nos.trouxe que na Galiléada triste Judèá o Christo nascia....Menino e gigante, pois, era e Messiasde quem profecias dos santos falavam,nos livros sagrados que o orbe venera .e que novos tempos pr'os homens marcavam.D'ahi tanto júbilo, tamanha alegriaa; grande harmonia, no monte, no vai.Em todo o universo não ha quem não veja,que tudo festeja do Christo o natal!

G. R. . ,

Folhetim da Folhado Morta 27-12-96^lO lixar

I

Miss Hartson veio para o terraço, ondeLuiz Manse estava sentado, com as mãoscruzadas sobre os joelhos, n'umá incom-

Í)Ieta immobilidade, e encostou- se á ba-

austrada.".,—Está* a contemplar a lua? disse elle

com um sorrisihho.—Não alinha visto ainda, respondeu Luiz.—-E, comtudo, está ésplendidissima! ex-

clamou a americana.E desviou o olhar d'áquelle homem,

triste, para contemplar a melancolia dapaisagem.—Ha já um pedaço que nao observo ascoisas.'

—-Então, para si, sou uma coisa ... por-que ném a'minha pessoa observou ainda.

Sim,'elle via-a, mas via-a mal; aquellafigurasinha subtil, contornada de urna li-nha indecisa e tremula, apparecia-lhe como

. um phantasma, porque ella tinha sobre osolhos um véo de lagrimas.

—O senhor já me nao ama, meu poeta!disse; á juvenil senhora, com voz que que-ria ser triste e que soou como se fosseáspera.,, —E que . lhe importa? respondeu elle,em que lhe pôde interessar o amor, se ãsenhora nada entende d'ellel.

Ella teve uma exclamação de despieso.Nao comprehender o amoil

- ;Ella que fizera do amor o escopo da.vida, ella qué, se tratava da sua bellezacom uma paixão que. confinava com a lou-cura,.era" com-o^ intuito único de crear oamor, fazer enlouquecer os homens qüed'ella se approximavam, arrancar-lhes, dásalmas gritos de dor .. .ella não compre-hender o amor!

¦—Creio comprehendel-o bem mais doque o senhor! disse com voz melodiosa.

—Não se pôde comprehender aquillo quese não sente, replicou elle com amargura,e a senhora nào pôde amar! Tem o co-ração duro, está immersa na contempla-ção de si mesma, todas as emoções pas-sam X cima da sua alma sem lá deixa-rem vestígio algum; como os raios da luaque. n'este momento lhe batem no rostodesapparecerão logo que a senhora entrepara o salão, onde a esperam os, seus ado-radores. Que pode a senhora saber de umamor como o "meu?

—Sei que é egual ao de todos os ou-tros! respondeu ella, e d-esta vez a voz ti-nha o quer que fosse de velada, como oecho dé um soffrimento. -

II

—Nao! não é egual ao dos outros, ex-clamou elle com violência. E' a força e ador intensa que mudam toda a orientaçãode uma vida. Bastantes vezes amei comoos outros a sabem amar, mas nunca aaniei, como a amol... Olhe: já tenho oscabellos brancos,, ejá não estou na' edadeem que se tomam as expansões dos ner-vos por impulsos do coração ...

«Quando a encontrei, estava confiadoera que já havia acabado com aa pawOes.

e . sentia-me prompto a acceitar o socegodefinitivo, em que se descança, reflectindosobre o que já se experimentou. Mas ap-,

Sareceu a senhora e, para logo, compre-

éndi que era jo meu destino. Usou com-migo, de irresistíveis encantos para juntarum homem conhecido aó numero dós inu-tels, que a seguem por toda-a parte.«Nao teve que cançar-se muito para meconquistai. -

«Tel-a-hia amado do mesmo modo, sesé tivesse dignado apenas lançar me umolhar.;

«Porque? pela sua belleza, qué dá a il-iusáô de ser a màtí.-ialisaçao de uma almaexcepcional? Pela aguada do seu espirito?1PelóS lampejos de; bondade que riscaramos trevas mysteriosas do seu caracter? Nãp,sei. À senhora ' é o único ente que paramim existe, o ser dominador de que menão posso defender ...

«AhJ o principio d'este amor! que ne-:cessidade febril de estar sempre próximo':de si I que tjêiKão constante da minha al-|má para à 'suai as horas passadas na so-lidão á pensai nó seu mais pequeno gesto,;aquella espécie de soffrimento infantil que!experimentava todas as vezes que a se-,nhora mudava de trajo e modificava ai-guina coisa da imagem-que estava impressano meu coração! Como a estudei! nem'uma só das suas expressões me escapou....

«Quando a deixava, recordava todas assuas palavras e procurava penetrar no mys*terio do seu pensamento.»

«Ai de mim! Não o consegui nuncal«Toda a minha existência mudou A se-

nhora fez-me tanto mal que. comecei acomprehender os soffrimentos dos outros.Eu era forte 9 a senhora tornow-me ver*

gohhosamente fraco. Já nao vejo as bel-lezas do universo, porque só vejo as doresqúe sangram e que gemem!«£ que tem a senhora para consolar-mee ajudar-me! Nada. Torturou-me com ciu-mes, causou-me tantas amarguras, que de-via odial-a!... Pois bem! Não! Amo-a!Amo-a cada vez mais, tanto que esquecitudo quanto me dizia respeito, para-nãopensar senão em sil

«Para proporcionar-lhe uma alegria, que-reria soffrer dores mais graves ainda doque as que me infllingiu e que me mar-tyrisamt

«Tirou-me todas as forças de resisten-cia!... Bem o vê, já não tento fugir-lhe!Nada espero de si, sei que não me amaránunca, mas estou subjugado, vencido, doente.

«E' a primeira vez que lhe falo assim,e de certo lhe aborreço. Mas será tambéma ultima. Não tornará a ouvir da minhabocca nem uma exprobração, nem uma re-plica... Estou vencido, já lh'o disse... Equando, pouco antes do fim do jantar,julguei ouvir uma phrase que se referia anão tornar mais a vel-a.... senti que nãopodia viver, mas nenhum pensamento decólera me atravessou o cérebro.

«Pertenço-lhe; mate-me se quizer.... mas.não torne a repetir que a amo como to-dos os outros!

III

Elle calou se.Pelas janellas abertas do salão dlffun*

diám se os accordes do plano no silenciodá noite.

Miss Hartson approximou-se e pousoudocemente a mao nos hombros do poeta.

—Não, murmurou com voz grave, nãotornarei a dizer que é «como os outros».Comprehendi agora, e não só a si, mastambém a mim mesma.

«Ouça-me.«Enganei-o, assim como a todas as pes-

soas d'esta sociedade em que se encontrou.Eu não sou uma menina vinda da Ame-rica para contrahir um casamento elegan-te, como faço acreditar. Eu casei..

«Não, n3o diga nada, ouça-me ati aofim.

«Casei aos dezesete annos com um ex-cellente rapaz, honestíssimo, pouco senti-mental, enamorado do trabalho como lá évulgar. Mas eu queria conhecer as suascommoçQes, queria ser amada, nao sim-plesraente, tranquillamente como Jack meama, mas com um grande e louco amor,cuja recordação podesse perfumar toda aminha existência.

«Meu marido tinha que passar dois an-nos lá fora por causa dos seus negócios,e eu disse-lhe que contava viver estes doisannos em França; elle achou o caso muitosimples, eu vim, não encontrei senão ai-'mas mesquinhas, egoismos hypocritas, e es-tive prestes a desprezar os homens, aodial-os quasi.

«O senhor appareceu-me a principio se-melhante a todos os outros. Teve o mes-mo modo insultante de amar-me, o mes-mo estúpido ciúme, até o mesmo egoísmo.Depois pareceu me que se tornava outro.Quando me pareceu. que se afastava demim, o que eu soffri!... Julguei ter sidoferida só na minha vaidade, mas engana-va-me, enganava-me a seu e a meu res*peito.

«Nãp diga nada! Não niga nada ! Esteminuto é divino! Não o perturbe! suppli-co-Ih'o!

« Quando me contou ha pouco como oamor se apoderou de si, pare :eu-me queum nio de sol irradiava da minha alma...Amava-me pois! Era eu amada ' como. de-sejava sel-o! Existia, pois, ó que eu tanto'desejava.-

« Que alegria me dá. Ouça-me ainda...Estou a acabar... Eu também o amo. Dê-me as suas mãos, olhe-me de frente. Naovê nos meus olhos uma alma que não co*nhecia? E' a sua; amo-o. Não fale ainíla.Estamos para. dizermo-nos adeus. O senhorhávia-o comprehendido muito bem. Partoamanhã. Decorreram os dois anno* e vol-to para a America... E abençôo-o, porquelevo commigo um doce soffriraento queha de perfumar os meus dias até á morte.

« Veja... Choro, pela primeira vez na mi-nha vida. O senhor ensinou-me a alegriadas lagrimas. »

IV

Elle ergueu-se, pondo as suas mãos nasd'élla. Olharam-se por um momento como.escutando as pulsações violentas dos seuscorações, e apertaram-se mais as mãos.

Em seguida ella afastou se, depois deter dito ainda:

—Adeus IQuando voltou para a sala, sentou-se no

parapeito do terraço, inclinou1 a frontesobre as mãos; e, olhando para a sua vida,na qual já não podia encontrar nenhumaesperança de felicidade, soluçou...

\ Q. RICHAR&

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Page 2: ti.- -.;-- 4f-jllta da 5torfcmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00361.pdf · mais terna. O seu dever na vida, a sua con-sagração aquelles por quem lueta vam, pare-ciam nègàr-lhe

2 Folha do Norte-27 de Dezembro de 1896

Com o ultimo dia d'oslo mo:., expira operíodo das nst-ignatiirns e contractos dopúbli_av-os tomados paru esto anno.

Aos nossos'assigiiantps o iVeguezos quoflosejaroui continuar no próximo annocom as assignaturas e as publicações doedição ató agora combinada, rogamos dunos avisar com a dovida antocodencia,para quo nao solTVam inlorrupção na íe-messa da FOLHA o na ostampa das mos-mas publicações.

Para evitar quostf.es ociosas e ocono-mizar tempo, do novo pròvdnimos quo,seguindo a praxo adoptada pelo jorna-lismo universal, o pagamento das assi-gnaturas, annuncios o preconicios 6 foi-to adiantadamonto. .-_¦¦-_•-

Vossos telegramiDas

gens á memória de Gustavo Antunes,gerente do Banco Popular.

Foi concorridissima a missa fune-bre hoje realizada.

Segue hoje para o Norte o Plane-ta, do Lloyd.

Noticias do extrangeiroRio, 24 de Dezembro.

•Segundo communicam de New-York correm alli boatos de que a Hes-panha acceita a mediação que lhe éofferecida para ter fim a guerra deCuba.

imprensa fluminenseA ENÉAS MARTINS

Noticias do paizKio, 34 «le Dezembro.

Na estrada de Ferro Leopoldinadeo-se hontem grande desastre de queainda faltam á imprensa pormenórescompletos.

E' muito provável que o dr. JoãoBíirbalho Uchôa Cavalcante, cujomandato como senador por Peruam-buco terminou este anuo, seja nomea-do director do Tribunal de Contas.

A questão do Recolhimento de San-ta Rita de Cássia oecupa com grandecalor o espirito publico.

A imprensa toma o patrocínio dahumanitária instituição fundada em1892 e de que muito se esperava, acu-dindo sempre o publico a auxilial-a.

cambio :O cambio fechou hoje a 8 Ij2.

Rio, 35.r

. Acaba de fullecer o dr. Antôniode Sousa Martins, illustre magistradoque exercia o cargo de Procurador Ge-r J'da Republica, junto ao SupremoTribunal Federal.

Foi preso o director do Recolhi-mento Santa Rita de Cássia contra oqual peza a aceusação de haver offen-dido o pudor de cinco menores dasmuitas alli asyladas e mantidas pelacaridade publica.

Rio, 36.

A questão cubana agita grande-mente o espirito publico-em J3uenos

A eleição para a renovação do Con-selho da Inteudencia Municipal doDistrictò Federal promette ser ani-rnada.

Ha mais de 300 candidatos ás 15cadeiras de intendentes, acreditando-se que nenhuma a«gremiação partida-ria conseguirá maioria no Conselho.

A temperatura mantem-se eleva-dissima.

Com o calor insupportavel que fazé incalculável o numero de pessoasque deixam a cidade em busca dePe-tropolis, Friburgo, Theresopolis e dasestações balnearias da costa.

O dr. Arthur Rios, chefe políticob ihiano, conferenciou longamente hojecom o vice-presidente da Republica.

Acredita-se que foi objecto de largoexame a eleição a realizar na Bahia a30 do corrente e na qual, contra os de-sejbs do partido republicano federal, ogovernador patrocina a eleição dos drs.Ruy Barbosa e Joaquim Seabra.

Continuam importantes revelaçSessobre o Recolhimento de Santa Ritade Cássia.

Estão já verificados d.z casos deattentados ao pudor constando queainda ê maior o numero delles.

De Campos annunciam que o dr.Nilo Peçanha, candidato á deputaçãofederal pelo terço, tem feito distribuirarmamento com o fim de perturbar aeleição do dia 30.

A'eleição ultimamente realizada naJunta Commercial tem levantado sé-rias reclamações.

A esse respeito o Ministro do Inte-rior providenciará tendo mandado ou-vir os interessados sobre o protestonesse sentido apresentado.

cambio :Continuou a 8 lp2 a taxa cambial

cojn que fecharam hoje os bancos.

Recife, 36.Com desusada animação correram

nesta capital e nos mais próximos ar-rabaldes os festejos do Natal.

D'alli annunciam que hontem tra-vou-se grande conflicto entre hespa-nhoes e argentinos por causa de Cubae Maceo.

A sorte grande da loteria do Natal,segundo um telegramma de Madridque acaba de ser recebido, coube a umgrupo de pessoas do povo, em Al-meria.

Rio, 35.Annunciam de Paris que acaba de

eulouquecer o celebre jejuador italianoSucci.

Rio, 36.Avolumam-se os boatos sobre a

prexima terminação da guerra deCuba em virtude de mediação.

A França, a Allemanha e a Ingla-terra aconselham a Hespanha a accei-tar os bons officios dos Estados-Uni-dos da America do Norte nesse sen-tido.

De accordo com o que se sabe, ditode New-York, os cubanos exigem apresença de Martinez Campos alem demuitas outras condições reputadas ac-ceitaveis.

Mr. Olney, secretario das relaçõesExteriores dos Estados-Unidos, recla-ma com energia a liberdade para umrepórter americano que foi preso, emHavana, no hospital a que se reco-Ibera para curar ferimentos que rece-bera.

Conforme noticias de Paris o ne-gus Menelik prepara 200.000 ho-mens para impedir que os inglezesavancem em suas pretenções coloniaese políticas no Sudão.

Ao retiiar-se cio Rio de Janeiro, e des-pedindo-se das redacções dos jornaes flu-minenses, assim noticiaram estes a viagemdo insigne redactor-chefe da Folti:

Escreveu o fornai do Brasil:«Veio trazer-nos suas despedidas o illus-

tre representante do Pará, sr. dr. EnéasMartins, cuja capacidade e hab.lituçOès aCâmara dos Deputados teve cccasla deapreciar todas as vezts que f. z t uvir a suaopinião nos assumptos mais graves que pre-oecuparam a attenção daquella casa doCongresso.

Jornalista de pulso, o sr. Enéas Maitinsé o ditei tor da Folha do Norte, o fulurosojornal do Pará, e quantos conhecem d-perto o j iven deputado sabem de que va-lenlia e coirecçao é a sua orientação jor-nalistica.

Boa viagem desejamos a s. exc* e prom-pto. regresso.

A i hora da tarde de hr je, no cáes Pha-roux, estará uma lancha á disposição dosamigos do sr. dr. Enéas Martins, para acom-panhal-o a bordo».

*

Disse a Gazeta de Noticias:«O sr. dr. Enéas Maitins antes de em-

barcar offereceu, no Hotel dos Extrangeiros,um almoço de despedida a amigos seus daimprensa e dedicado aos representantesaqui da Folha do Noite, o jotnal mais bemacabado de todo o Norte.

Findo o almoço, seguiram os amigos dodr. Enéas Martins até o cáes do Pharoux,onde já se achavam diversos amigos á suaespera e ahi, tomando uma lancha, leva-ram-n'o a bordo».

Assim se exprimiu A Noticia: •«A bordo do paquete S. Salaador parteamanhã para o Pará o sr. dr. Enéas Mar-

tins, deputado federal por áquelle Estadoe director da Folha do Norte, um dos maispopulares jornaes paraenses».

G-aleria lyx-ica

(SEM NUMERO)

TENOR CIOCI

Foi caipora : descantou a Norma comoquem acompanha nosso pae fora d'horas—emfraldas de camisa. Prometteu, porem, arran-jar urnas calças fardas, no que obraiá comjuis r.

Depois que contrariou-se para fazer derei cab-tlo nVo cordão de pastorinhas, res-cirwlio o cotitracto corn o Franco.

E' qne él!e queria ver a cutia as.oviar . . .de longe.

GIROFLÉ.

P. S. Tendo sido rápida como a luz denm mt leóro a temporada lyrica entre nós,nao me foi pi ssiyel dar os perfis de outrostarlistas doelerr<o» corno ns srs. Reytriili.dini,N. N. (i_.Jé Nanneiti,) Uecanatini, Fava etc.etc. fora os que morreram.

:' ¦ , . ,, . G.

ECHOS E NOTICIAS

A Republica inseriu a seguinte local:«Parte hoje para o Norte o illustre de-

putado Enéas Martins, que nos honrou comas suas despedidas.

Os amigos do illustre dr. Enéas Martinspõem hoje no cáes Pharoux, á I hora datarde, uma lancha á disposição dos que oquizerem acompanhar a bordo».

AS FOLHINHA»

Felicitação. ALBERTO PEREIRA?, pr.-ptie-tario da perfumaria universal,desijt a todos os seus freguezesbô:ts festas e desde já agradece acunlinuação de suas ordens no an-no que principia, para o que tem omaior sortimento possivel tm tudoo que ha de mais fino em perfu-marias e muitos outros artige s, quetêm caus-ido admiração pela novi-dade e lindo g< st'-.

Espei ialidade em perfumariaspara toilette de noivi s.

7—RUA DE SANTO ANTÔNIO—7junto d Pêndula Americana

SEGUROS DE VIDA

O Vasconcellòs do EstaminetBRINDE e3tá distribuindo ura bello brin-

de para o Natal. (5

O commercio e toda a populaçãocontinuam a prestar grandes homena-

Revista de jornaesDIÁRIO DE NOTICIAS. — Artigo e

chronica sobre politica, noticiário local e doexterior.

Secção de despachos telegraphicos tran-scriptos.

*i A REPUBLICA.—Ko seu editorial con-

tinúa a destruir aceu .ações feita, pelo Diario á administração do dr. Lauro Sodré, notocante á repartição de Obras Publicas.

Vem em seguida a gazetilha, que abrecom estas linhas a propósito da chegadado nosso amigo e chefe dr. Enéas Martins,em cujo nome agradecemos os lisongeirose honrosos conceitos que elles encerram:

dr. enéas martins. — É esperado hojedo Sul, no paquete nacional _? Salva-ior,este nosso pre.timoso correligionário e mui-to distincto confrade da Folha do No-te:

Não ha quem ignore a saliente figuraque no seio da Câmara Federal, onde ellecom patriotismo notável e privilegiado ta-lento, representa este Estado, assumiu emtodas as magnas questões que ali se agi-taram, especialmente na discussão do pro-tocollo italo-brasileiro.

Assim, desnecessário é enumerar aqui oslouros colhidos por e3se notabilissimo moço,que incontestavelmente está fadadi paraattingir, em dias que não vêem longe, á.mais bellas culminancias da vida publica.Todos leram 03 seus dicursos, verdadei-ros monumentos de raciocínio, lógica e in-fiammado amor civico; todos viram a aco-Ihida lisongeira que tiveram por parte detodos os membros daquelle ranio do po-der legislativo da União e apreciaram aslongas e honrosas referencias que lhe foramfeitas pela imprensa fluminense de todos osmatizes.

Regressando elle hoje a esta terra, quetanto honra e nobiiita, nós, os seus amigosde todos os tempos, os seus admiradoresincondicionaes, commungando com elle omesmo credo político, o saudámos na ef-fusão do melhor affecto e da mais entra-nhada sympathia.

Profusa copia de noticias locaes e doextrangeiro, insere ainda A Republica, quefecha com a publicação dos actos do go-verno e expedientes de varias repartiçõespublicas dados no dia 24.

Mais uma folhinha de desfolhar para 97,recebemos hontem, dádiva dos srs. Pereira& Silva, da Livraria Moderna, em elegantechromo, representando o commercio e a in-dústria.

Agradecidos pelo presente.

" H©___*"Hora.e ó a melhor ms-.bina conhecida para nostnra.

Jornalzinho da moda

Partilhamos das justíssimas alegrias quedesde 25 do corrente povoam o lar do nossoestimado confrade dr. Estephanio Barroso.

Que a vida do pequenito José Geraldocorra, para satisfação de seos distinetos pro-genitores, sob venturas perennes, são osvotosque teem nesta casa quantos labutam nella.

*O sr. major Joaquim Rocha dos Santos

distinguio-nos com a participação do matri-monio que no Recife acaba de contrahir coma ex.ma sr.a d. Maria José de Moraes.

Dia grande é o de hoje para o ArthurRedig, filho do dr. Joaquim Redig, illustremedico paraense, cuja morte hoje e sem-pre é sinceramente pranteada, p.is terá osseus bons amigos a festejar a li.» prima-vera, que hoje surge a enflorar-lhe a pro-missora adolescência.

Por um d crer

E' com grande prazer que faço a se-guinte declaração:

Padecendo ha dois mezes de uma tosseterrivel, que não me deixava dormir, con-sultei diversos clínicos, que me diagnosti-caram uma tuberculose incipiente.

Farto de tomar medicamentos sem pro-veito, recorri ao Peitoral de Cambará, deSouza Soares, e om o uso apenas de 6frascos fiquei radicalmente curado.—Fran-cisco José de Barcellòs, pharmaceutico. (Fir-ma reconhecida). (4

Contra faetos nilo lia argumentosA Caixa Geral das Familias é a compa-

nhia que 1 fferece mais sérias e mais sólidasgaantias a seus segurados.

Prcvem.l-o :

A Caixa G.ral das Familias é a compa-nhia mais antiga em funecionamento noBrasil.

S-.ndo tm Mutualidade, todoS os lucrospertencem aos segurados.

Suas deliberações são immediatas.

Immediata é a entrega da apólice que con-stitue e faz tfíectivo o seguro.

O srgnrado nunca perde o seu seguro umavez p?gas as 3 primeiras annuidades.

E' administrada pelo próprio segurado,s< gundo o vt to da maioria.

A^ suas pte»t:_çõ s na i soffrem alteraçõesçambiaes, sã > fixas, e o segurado sabe aocerto quanto tem de pagar, pelo que previ-ne-r-e com tempo para não prejudicar o seuseguro que, uma vez feito, não deve mais serabandonado.

A Caix Girai das Familias possúe todasas suas reservas empr» garias :

Em prédios na capital federal.

Em Apòli es do governo da União.

Em Apólices do Estado do Rio de Janeiro.Em moeda.

Depositada nos B .ncos da Republica, Ru-ral e Hypothecario, do Rio de Janeiro.

A« tabeliã* d* C.ixa Girai das Familiassão muito mais baratas que as de suas con-generes de 10 a 15 °/0.

As suas operações muito mais variadas.

E' à única companhia brasileira que atéh< je concorreu ao Congresso Scientifico Uni-versai das In-tituiçõe. de Previdência, emParis, obtendo o mais franco e lisongeirotestemunho, no momento, em que eram jul-gadas todas as sociedades de seguros exis-tentes no mundo, o que cabalmente prova assólidas bases e ns sãos principios da CaixaGeral das Familias.

A Caixa Geral das Familias só promette oque pode dar, só garante o que pode cum-prir, nâo faz reclames pomposas de variega-das rôres, ao toque de trombetas.

Não vem aqui fazer exhibiçâo de pheno-menos em aldeias, ao rufar de tambores.A Caixa Geral das Familias conta um ti-

rocinio da 16 annos de existência que a re-commenda e é uma garantia.E quando isto não bastasse, tem 4 suafrente nomes como o do illustre paraense dr.Serzedello Corrêa que é seu presidente.

Prospectos, tabellas ecom .0

As febres palustres são, ás vezes, reblede3e difficeis de curar. Apezar dos medicamen-tos empregados, falham e reapparecem compequenos intervallos e os doentes enfraque-cem e desanimam cada vez mais. A curacompleta, que nem sempre é fácil, só é pos-sivel com Pilulas de São Raymundo, que sãoo único especifico para estas doenças. Apósseu uso regular, as febres desapparecem deuma vez e o doente recupera, rapidamente,a saude e a alegria.

Os srs. B. A, Antunes & C," são os depo-sitatios no Fará e em Manáos.

Win. JBtieger, Frankfurts/ _Httin

ê a fabrica maia importante da Allemanha et».abOks e prrfumarias finas

tanto come em.sabonetes medicinais

LIBRETO DO GUARANY

Dolicada brochura "mignonne", exo-cutada a capricho, n'um requinte dearte o apurado gosto nas officinas deAlfredo Silva & 0.", as mais aperfeiçoa-das do Brasil, â vonda na FOLHA DONORTE, na PAPELARIA SILVA, aolargo das M.rcGs o ua LIVRARIA 0OM-MERCIAL, ll rua Conselhoiro Mo Al-fredo.

0 produeto d'osta venda é appliradoao fundo destinado á. oreccílo do mo-numenlo a Carlos Gomos om Bolem,por iuiciutiva d'o_ta folha,

mais informações

Inspector geral—J. HEPOMÜCEKO. p»PROVÍNCIA DO PARÁ:

BEIRÃO«EO CAFÉ

•ttncontestavclmento, i este um dos preparados me-dicinaes quo tem firmado o sou credito pelos resulta-dos satisfatórios quo obtém todos quantos delle fazemuio. ,-.r

«Chamamos a attenção J& leitores para o que aseu respeito começamos N?°jo a publicar na preci-aaecçSo.A Província do Pard, do I," do Junho de 1890.

4—N

Jockey - Club Paraense. Grandes corridas

no prado paraenseHOJE

?*»

I

Estaminet. uiÉ que<ei freqüentado pela» Exma. familia.-

1

O único dia do anno em que a Folha dei-xòu de ser publicada determinou geral mo-notonia no meio. do publico Iedor paraense,como ouvimos confirmar hontem por todos,

Já é sentida no Pará a f_.lta de ura jornal.E' este o resultado da publicação quoli-

diana da Folha, a gazeta á'qí'i:.l a imp eusado Norte deve este melhoramento, o maisnotável dos seus progressos entre nó. naactualidade.

O dr. ch.fe de segurança, em teli granimahontem expedi Io de Garupa; c.mmürucpuao governador do Estado a.har-se já resta-belecida a ordem publica em S.uz' 1, per-turbada em constquencia de faetos que jásao o nhecidos ptlus leitores da Folliã.

Aquella autoridade que, com o :-eu stere-tarirf, paia ali :Cg'.;i •, deve estar rte regressoa esta capital heje ou amanha no vapor«Trombetas».

Ha muita gente que ind;'g» para q'ie ser-ve o telegrapho entre Belcm e Manáos.

O louvável empenh t com que se tratoude contractar-lhe a construcçao, a subven-çao com que auxiliam os o fres federaesainda estão a compensar.

Ainda hontem soubemos de pessoa quetinha urgente necessidade de comnaunicar-se com a capital do visinho Estado e teve odesprazer de saber que ainda tó se falia pelotelegrapho até Óbidos.

Nao haveria um meio de fazer deste urnacousa útil ?

De fonte segura sabemos qúe o illustresr. dr. José Paes de Carvalho será passageirodo «Obidense» a entrar no porto de Belématé o dia 15 de Janeiro.

Por carta hontem vinda de Manáos, sou-bemos que o partido nacional do Amazonas,chefiado pelo dr. Jonathas Pedrosa, resolveuante o novo regulamento eleitoral, pleitearas próximas eleiço .s federaes, para o queorganisou já a seguinte chapa :

Senador—Bai ao de Ladario.Deputados—Luiz Rodolpho Cavalcante

de Albuquerque, capitão Gabriel Salgadodos Santos, e os drs. Gregorio Thaumaturgode Azevedo e José Rodrigues Vieira.

Ouvimos de passageiros do «S. Salvador-em sua ultima viagem do sul as mais hon-rosas referencias ao tratamento a todos dis-pen.ado pelo distincto sr. commandanteJoSo Maiia Pessoa e sua digna officialidaHe.

Grandemente feliz seria o Lloyd se todosos seus commandantes gozassem da estimade que se tem sabido fazer credor áquelleillustre marinheiro.

Termina em 31 d'este mez o praso facul-tado aos accionistas do Banco do P.irà paraintegralisarem suas acções da 4.* emissão.Como do annuncio qne estam is publicando,as entradas das ac<,0 os qu- deixarem deser integralisad; s | ómenle ser a. chamadasquando a dir.ctoiia o julga conveniente.

Visitou-nos hontem o sr. M J. Killelea,representante da casa Edison, dos Estados-Unidos, que pretende expor ao publico pa-raense o vitascopio, com os últimos aperfei-çoamentos do grande electricista americano.

Disse-ncs o sr. Killelea que pode, em me-lhores condições, apresentar photographiasanimadas, mais importantes que a que exhi-bio ante-hontem ho Theatro da Paz.

Brevemente será annunciado o dia dasexhibições.

A' Companhia Lloyd Brasileiro vai o The-souro pagar 80.750 réis de passagens queella deu por conta do E.lado.

O gaverno marcou os dias 3 e 18 de cadamez, para as sahidas do vapor da linha dePiriá, Canaticú e Mutuacá de janeiro vin-douro em diante.

O thesouro foi autorisado a pagar a J. B.dos Santos & C." a importância que lhes édevida por mobilias escolares fornecidas áInstrucçao'Publica.

Requereram terrenos r.a villa do Pinheiroos cidadãos Lourençò Ferreira CantSo eLuiz Gonzaga de Castro, sendo assim des-pachadasasjsuas petições:—Aguardem a des-criminaçao dos lotes.

O menino Abelardo Bezerra, filho do sr.Victor Bezerra, intelligente e esperançosoviolinista, real.za hoje em Soure um concertoem seu beneficio, para o qual nos convidou.

Tomam par te neste o seu professor, sr. Joa-quim Costa e sua irmã,' a menina Esther Be-zsrra.

Desejamos ao benefir iado o melhor êxito.

Antônio da Silva Pingarilho pedio admis-s3o do menor Leobino Cardozo de Françano Instituto Paraense.

O sr:u requeiimento foi ao director respe-ctivo para informar.

H' je estaiá franco á visitação publica oMuseu Paraense, das 8 ás lá hortis do dia.

No Mosqu- iro cel. bram-se fe.tashoje emhonra de N. S. do O'.

O vapor partirá d'esta capital ás 6.horasdá manhã e á" 1 hora da tarde, e da aprazi-vel localidade para cá á. 10 da manha e ás4 da tarde.

Na ultima semana deram se n'esta capi-tal dois casos f _taes de ftbre amarella.

O «Jockey Club» realiza h je a ultimacorrida d'este anno, tendo organisado umexcellente pr gramma e tudo dispondo pre-viamente para que essa funeçao sportivaobtenha o mais brilhante êxito.

Ante-h.ntem ás 5 horas da tarde graveconflicto promoveram na tua da Alfama osbombeiros ns. 3, 19. 23 e 30, sahindo.o pe-nultimo com diversos ferimentos.

Poz termo ao conflicto a intervenção deoutros b. .mbeiros, que, comparecendo ao lo-cal, conduziram presos os desordeiros.

Na semana finda foram proclamados osseguintes casamentos: de Francisco Pereirado Nascimento e d. Maria Petronilla; deRaymundo Tlicrnaz de Oliveira e d. MariaDorotliéa de Sousa; de Custodi > Antônioda Silva e d Guilhermina Maria da Conceição e Sousa.

Ante-hontem á noite, quando todos en-tregavam-se á tradicional ceia do Natal, oPedro Antônio Ferreira, fiel também ássuas tradições de rapinocrata emérito, apro-veitando-se da distracçao de um tavernei-ro lá pVas bandas da cidade, furtou-lheuma lata de kerozene.

Mettendo-a dentro de um sacco com quesempre anda para depositar o produeto dassuas ligeirezas, poz-se em caminho, asso-biando um trecho do Gato Preto, conscien-cia tranquilla, ar feliz e radioso.

Ao passar, porém, pela estação policial,onde é largamente conhecido, os soldad> s,que lá se achavam, mandaram o Pedro fa-zer alto, facto esse que nao o deixou deimpressionar desagradavelmente. Pudera I..

Revistado o sacco, foi encontrada a lata,cuja procedência o rapinante começou aquerer explicar, porém com taes gaguejose tremuras de pernas, que logo ás primei-ras palavras ficou a descoberto.

O subprefeito Rocha implantou ante-hontem a paz, a Jranquillidade e a tempe-rança no seu districtò," remettendo de~lí. -para o camarim dá rua Nova 03 chuvas exinfrineiios Manoel José da Silva, ThiagoJosé Rodrigues e Felippe Amado Ribeiro.

E' que s. s. pensa que se uma ovelhamá deita um rebanho inteiro a perder, oque nao faraó tres?

O sr. 1.0 prefeito fez deter ante-hontemGregorio Antônio de Castro e AntônioBraga que n'uma disputa que tiveram, en-tenderam que isso de moral é um relesconvencionalismo, que nao merece a con-sideração de homens da sua estatura.

Mettendo-os no xilindió e lendo-lhes ocódigo de posturas, s. s. teve á gentileza dedemostrar o doce engano d'alma ledo ecego em que laboravam os dois discutido-res.

*Por igual motivo fez aquella autoridade

conduzir para o mesmo local o José Ber-nardo Primo, Martiniano Vicente Ferreira,Cândido L-.urenço Garriel e Joaquim Joséde Sousa.

Deferido, ?gnarde o convite pelo DiárioOfficial, foi o despacho proferido pelo ins-pectos de hygiene no requerimento de Agos-tinho de Almeida Lopes Godinho pedindopara ser submettido a exame, conforme rezao art. 86 do regulamento sani-tario.

No «Olinda» seguio hontem para o Rio omenino Octavio de Castro Mendonça, filhodo nosso amigo, sr. tenente-coronel JoaquimMendonça e que vae iniciar seus estudos noCollegio Santa Rosa, de Nictheroy.

Inaugura se ofücialmente h.je o núcleocolonial Jambuassú, na estrada de Bragança,para cinde foram h ntem remettidas da hos-pedàtia do Outeiro 8 familias immigrante.,compostas de 70 pessoas.

Na enfermaria da cadeia de S. José exis-tem em tratamento 6 pres.s.

Durante as ultimas 48 horas policiaram acidade 226 praças dos corpos de infanteiiae 76 do de cavallaria.

Foram muito concorridas, tendo impo-nente solemnidade, as festas do Natal, ceie-bradas em vários templos d'esta cidade, ho-tadamente na egrej i de Sant'Anna.

O lado profano das festas foi constituidopor muitas diversões' realisadas em casasparticulares, com especialidade nas dos su-burbios de Belém, prolongando-se algumasaté o amanhecer de hontem.

Foi hontem recolhido á cadeia deS.J.sé,remettido pelo juiz substituto de Itaituba,para onde fora responder a jury, o preso dejustiça Napoleao Manoel de S.usa.

Eis: novamente em scena o famigeradoFabridano Fernandes da Cunha, distinctii-simo rapaz que em menos de trinta dias {ra- •licouas seguintes heroicidades:

ferio no rosto, contundindo-a em diversaspartes do corpo, a Apolónia Maria da Con-ceição, pobre e inoffensiya sürurina, aninha-da na rua do Rosário, e pelo qüe foi preso eabsolvido depois pelo tribunal correccional,n'um dos seus habituaes rasgos deindu'g.n-cia;

desancou a tres pobres music-.s, que, mui-to contentes da vida, tocavam em uma festaque se celebrava no templo do Rosário daCampina;

poz a pannos de vinagre as inoffensivascostellas d'uma infeliz traviata, residente áCruz das Almas, e

ante-hontem á noite, mais theio do queum odre, entrou a espancar todos os que ti-nham a infelicidade de o encontrar.

_E' este o_único jurisdiecionado do sr. ca-pitao Cândido, o inexorável, que naò lha*teme o sinistro aspecto e nem estremece ásua trovejante voz.

E quanto a inscripçao no tal celebre Li-vro Negro de s. 8. e á n3o menos celebre ga-leria da Photographia Oliveira, Fabriciano 'diz abertamente que nao liga a mínima im-portancia.

E um homem superior a essas babuseirase que entende que a cadeia nao se fez paracachorro.

Que beneficio prestaria a esse gajo umacasa de correcção I

podf

No vapor «Fluminense» embarcaram emVigi no dia 22, 150 immigrantes do contra-ctó Emilio Martins, que dev<m chfgaraoPa.-á no dia 8 de Janeiro pr! ximo.

Esteve hontem de permanência na e_ta-çao Ue policia o sr. sub^i cf<.it j Nunes.

Antônio Augusto de Aíevedo, encontran-dose ante-hontem na rua Nova de SantaAnna com o seu velho amigo José Soei 10,convidou-o para, juntos, irem.passar o restoda noite a festijtr o nascimento do Christo,libando alguns cangirões do verde de Braga.

Que nao ia, disse-lhe o Soeiro; estava comum somno de rachar-e precisava dormircedo, porque tinha muito o que fazer n>diaseguinte, já vinha de uma ceia, onde bebe-ra. como um nababo.

. Qoe se deixasse de luxos, retrucou lhe oAzevedo, que já se achava meio troviscado;que cs amigos conheciam-se nessas oc«-a-siões e que se o Soeiro repudiava a suacompanhia que lhe disse.se I go com a ma-xima franqueza.

Nova negativa do Soeiro, que escamou oAzevedo, o qual a tomou como um solemnedesaforo.

Por seu turno o Soeiro arrelia-se tambémcom a insistência do amigo, a quem diz meiaduzia de palavras ásperas.

Em menos de dois segundos fechou otempo entre ambos, principiando a cousa amurro e acabando a tiros de revólver.Azevedo ficou levemente feiido.Aos estampidos dos tiros, açode a patru-lha,4 que prende os dt is, conduzindo-os á

presença do subprefeito capitão Cândido, oinexorável, o inexorável, debaixo de cujaprotecção ainda se acham, embrulhados ján ura auto de corpo de delicto e n'u__a meiaduzia de inquéritos.

Chapa 9099: foi hontem preso por ém-btiagu. z e desordens o famigerado João Md-noel Zacharias, conhecido por fírafyba,i

Page 3: ti.- -.;-- 4f-jllta da 5torfcmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00361.pdf · mais terna. O seu dever na vida, a sua con-sagração aquelles por quem lueta vam, pare-ciam nègàr-lhe

Folha do Horte — 27 de Dezembro de 1896

IPplP»" Grandes armazéns do LEÃO da AMERO MAIOR ESTABELECIMENTO DO RRASTT,?!

onde o publico encontra de tudo quanto precisa e mais barato!!fl Proprietários—M0UR1SCA, BARROS & DELFIM—Rua (Ig Santo Antonio, n, 39—PARÁ

Marca registrada

Calculem o lugar escolhido ante-hontem./i noite por Barbara Antonia,—pobre palati-va já meio depennada!—para dar expansãoaos quartilhos da branca que lhe andavam áscabrólas pela cabeça ?

O passeio da casa em que á rua do dr.Malcher reside o capitão Mattos, o terrivel,o qual, bom christão como de facti o é, en-toava também aquella hora os seus cânticosfestivos á natalicia noite.

- Interrompido bruscamente nas suas prati-cas religiosas, s. s. veio até á porta, mais ter-rivél do que nos outros dias, «magnífico dehorror», e chamando uma patrulha, castigouimmediatamente a ousadia da desbotada hou-ti, remettendo-a para a estação.

Fiquem, pois, os chuvas sabendo que emnoite de natal pode-se fazer tudo, menosdiscursar á porta de um subprefeito, catholi-co, apostólico, romano, em plena pratica desua fe.

Do S Salvador foi passageiro o illustre sr.dr. Manoel Francisco Machado, illustradorepresentante do Amazonas no Senado Fe-d jral, de que é conspicuo membro.

Para a Alfândega do Pará acaba de serremettida pela Casa da Moeda grande quan-ti lade de moeda de nickel.

De passagem para o Amazonas, deo-no3hontem o prazer de sua visita o sr. senadorSilva Sarmento, operoso representante da-quelle Estado no Congresso Federal.

O dr. Enéas Martins reassumio hontem oexercicio de sua cadeira de Historia do Ly-ceo Paraense.

¦ D j Rio de Janeiro regressaram ante-hon-tem os srs, drs. Justo Leite Chermont eCarlos Novaes, representantes do Pará noCongresso Fedeial.

No dia I de Janeiro deve ter inicio aprimeiia reunião ordinária do Conselho Mu-nicipal em 1897.

Francisco Henrique Lebre e Fuão Lemosceiaram á barba longa ahi n'um frege aolargo da Pólvora, muitos camarada, muitoamiguinhos, trocando amabilidades de se-gundo em segundo.

Depois de ingerirem o vigésimo cangirãode vinho e terem acamado alguns kilos decastanhas cosidas nos seus fortes estômagosrefractarios a mais leve dispepsia, sahiramum pouco azues, a palestrar amistosamente.

Ao chegar á rua Nova de Sant'Anna, co-meçaram a discutir.

Henrique Lebre dizia que os Reis Magis,para terem força e coragem para emprehen-der a longa jornada de que falia a Biblia,tiveram de beber grande quantidade de vi-nho, originando-se d'ahi o facto de na noitede Natal beber-se a farta.

O Lemos protestou, dizendo que o amigoestava enganado. N'aquelle tempo não ha-via vinho e nem cousa semelhante; só muitodepois - fói que Nòé o descobriu, tomando* então a primitiva mond.

Bocca, pr'a que tal disseste! O Lebre,falo de raiva, berrou que sustentava a suaopinião. Que n'hto de biblia elle era maisversado do que qualquer padre e que ne-nhuma competência reconhecia no amigoem tal assumpto, por isso que este não pas-sava d'uma descompassada b:sta.

c . O Lemos subio a serra e atirou-se ao ca-marada, vibrando-lhe teirivel tocco sobre opeito.

Este, em represália, dá-lhe outro, e muitolonge iria o pugilato com que elles preten-diam esclarecer a questão, se não intetviessea patrulha, que levou os d ds para o salão dehonra da rua Nova, afim de fazerem as pa-zes.

Corria animada a ceia. Umas duas du-.iasde Collares barato estavam jâ bebidas. Tresgallinhas, 2 perus e alguns patos já tinhamsido habilmente autopsiados pelos convivasque riam e cantavam num tal desbragamen-to, que punha na pacifica rua do Rosário, arua predilecta, a rua da menina dos olhosdo sr. subprefeito capitão Cândido, umaruidosa nota d'eacandalo.

Os convivas chamavam-se José GuedesJúnior, Gabriel Alyes Deveza, Euzcbio An-tonio da Silva, Raymundj Cm ado da Silva,Manoel Ferreira de Sousa, Veridiano Josédo Nascimento e Cosme Vinagre.

Chegou o momento da sobremeza, quandoentão a algazarra foi ao mais alto apogeu.

Conrado, erguendo um cálice de vinhibranco, pediu venia para um brinde. Disseque ia saudar o subprefeito do districto, o

, sr. capitão Cândido, que uão era tão máocomo pensavam e como a muitos parecia.Debaixo d'aquelle thorax, meus senhores—disse o orador—bate um grande, um gene-roso, um magnânimo coração.

Protestos vibrantes de todos os pontos,exclamações inconvenientes, berros, assobios,um charivati medonho, capaz de despeitarum defunto ou de fazer perder a paciênciaa um santo.

A visinhança desperta sobresaltada, nãosabendo do que se tratava, julgando queaquillo era o fim do mundo, e pede soccorro;os convivas estramalham-se e vão a sahir.

Na oceasião, porém, em que transpõem aporta da rua, voz cavernosa, como que sa-hida das profundezas da terra, mixto detrovão e zunido, fel-os estarrecer:

—Estão todos presos, por embriaguez edesordens.

E cada soldado toma conta de um con-viva.

Todos entregam-se sem resistência; equando procuravam saber quem era o pos-suiflor de tão tremendo órgão vocal, nasombra, srecto como uma estatua, destaca-be então o vulto do capitão.

Ainda o Conrado quiz allegar o brindeem seu favor, mas, qual! s. s. a nada atten-d-.u, declarando-lh. logo que o tal brindenão passava de... uma conversa fiada.

Chegou ante-hontem do Rio de Janeiroo sr. senador Antonio Baena, vice-governa-dor eleito para o próximo periodo gover-namental no Pará.

Foi recebido por muitos amigos políticose particulares.

Muitíssimo animadas têm corrido as festasde Nossa Senhora do O', na pittoresca villado Mosqueiro, para o que não tem poupadoesforços a digna directoria da mesma festi-vidade.

H je haverá transporte especial extraordi-nario para aquella villa, onde é grande a ani-mação. . íC^i.

Em goso de ferias chegaram ante-hon-tem da Bahia os estimaveis acadêmicos Joa-quim Paulo de Sousa Júnior e Toso Mace-do. — í

Veio da Bahia no 5. Salvador o sr. Ray-mundo Pereira Seixas, que ali acaba deconcluir o curso de odontologia.

Entraram hontem:«Prudente de Moraes», de Itaituba; «Ma-

nauense», da Europa.Sahio:«Olinda», para o Sul.São esperados hoje:«Lanfranc», da Europa; «Madeirense», de

Manáos; «Cyril», de Liverpool.Sae hoje: 3. .«S. Salvador», para Manáos.Sahe amanha:«Cearense», para Ntw-Yoik.

O Correio d'oste Estado expedirá as snguintes na-las:

HOJK:Pela lancha «Aurora», para o Acará ás io horas

do dia.AMANHÃ:Pelo vapor cPmdente de Mor.i*a», para Breves,

Gurupf, Prainha, Muntti-Alegro, S.ntuein, Alemquer,Boitn, Aveiros, Brasília I/gal e It ituba ás 8 horasda manha*

Polo vapor «Cear- nso», para Barbados o Now-York,ás 5 horas da tatde.

Rendas publicasALFÂNDEGA

Até o dia 34 do co:rente .... 1.298:349. 701Hojo 43:6361830

Total I.33a:986| 531Em igual periodo de 1895. ... $

Difiorença para mais neste exercício f

OBSERVATÓRIO DO ESTIDO DO P1RÍ(A CARGO DA REPARTIÇÃO DS OBRAS PUBLICAS)

Resumo das observações meteorológicas dodia 26 de Dezembro de 1896:

HROHETÍO TENFEMTUM DIRECÇÃO ,HORAS ESTADO 00 CIO

REDUZIDO A 0- CEKTIÍMDA 00 VENTO

9 m. 759 19,2 E Pouco encobertoia t. 758,5 32,5 NE »

a t. 757,5 3a »Temperatura máxima 31,5Temperatura mínima 20Evaporação em 24 horas 3,9Chuva em 24 horas 30,5

A legitima Hew-Home só se vendeno OENTRO 00MMER0IAL PARAENSE,de Moreira dos Santos 4 Comp., UNIOOS¦gentes, ma 15 de Novembro, n. 8.

NOTAS ARTÍSTICAS

Em reprise foi muito mais satisfatória a re-presentaçSo da Força do Destino.

Todos os artistas que nella tomam parte,mais seguros de seus papeis, e mais desem-baraçados, mereceram o applauso do publi-co, que, aliás, não faltou.

Notadamente distinguiram-se a sr." Cec-chini, o tenor Maina e a sr.a Feri.

A intelligente meio-soprano da companhiaFranco exhibio-se bastante graciosa no pa-pel de Preziosilla, satisfazendo muito o pu-blico o rataplan.

A essa estimavel artista pedimos desculpapor não haver tomado em consideração, de-vido a ignorarmol-o, o seu incommodo desaude na primeira representação da opera.

Maina, correcto e apaixonado, sempre me-recedor de applausos; esse distineto artista,assim como a soprano Maria Feri, teve mo-mentos extremamente felizes.

O baixo Serbolini foi substituido pelo sr.Conti, que andou bem, faltando-lhe entre-tanto um pouco da magestade do seu distin-cto collrga.

Sentimos que a maioria do publico fosseingrata paia com os srs. Maina e Bacchetta,especialmente na scena do desafio, applau-dindo-os fracamente, quando fez. estrugiremvigorosas palmas a uma exhibição do vitas-copio...

£' preciso que a poliria faça comprehen-der também a alguns freqüentadores do thea-tro que têm obrigação de respeitar o publicoe o logar. • ¦ -.* '. ti ¦

Na nossa ultima chronica sobre a mesmaopera, deixaram de serjeompostas duas pa-lavras, no trecho referente ao. í.° clarinetta,falta que altera o sentido. Assim deve lâr-ses...cujo solo no instrumento, em si bemol...

Isto por- causa dos críticos...Outros erros passaram, de fácil correcção.

. .. Y SI»iíí.S'9.1'-Ao nosso escriptorio veio trazer-nos suas.despedidas o di.itiucto e estimavel maestroEnrico Bsrnardi, a quem comprimentamos,agradecendo-lhe a gentileza.

NECROLOGIA aO

Em Portugal, onde achavà-se em trata-mento, falleceu no dia ai o estimavel moçoIrineu Pereira, prezado irmão do sr. Fran-cisco Antônio Pereira Júnior, chefe da acre-ditada firma commercial d'esta praça Fe-reira, Irmãos & C.*, e da qual fazia parte oinditoso extineto.

Registrando tão dolorosa noticia, sincerascondolências enviamos á exm.a.fámilia dojoven fina lo. kl>fíaf. ^6

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

José Gomes XotoNo estabelecimento de Francisco José de

Araújo Júnior, á rua Dr. Malcher n. 93, pre-cisa-se falar aquelle sr., da freguesia de Pe-reira, concelho de Barcellos, Portugal, paranegocio de seu interesse. (1

——¦¦»¦»-•«* »»¦«*•—Grêmio Literário Portuguez

ASSEMBLÉA GERAL

De ordem do sr. Presidente, convido osillustres sócios desta Associação para umareunião de assembléa geral, no edifício damesma, afim de proceder-se ás eleições, co-mo determina o art. 33 da lei vigente, do-mingo, 27 do corrente, ás 9 horas da ma-nhã.

Belém, 22 de Dezembro de 1896.A. Sampaio, i° secretario. (1

Sociedade Beneficente Typographica

SESSÃO DE POSSE

De ordem do sr. presidente e de accordocom o art. 13 dos estatutos, convido os srs.sócios d'esta associação para a reunião deassembléa geral, que terá logar no dia i.° dejaneiro próximo, ás 8 horas da noite, na casan. 26, á rua Paes de Carvalho, onde funecio-na actualmente a sociedade, a qual terá porfim empossar os novos funecionarios eleitospara o anno social de 1897.

Pará, 22 de dezembro de 1896.Landulpho A. de Mattos,

servindo de secretario.

ATTENÇÃOSoffrendo do estômago a ponto de vomitar tudo

quanto comia, e faltando-me a força digestiva, usei as«Pilulas Anti-dyspepticas» do dr. Heinzelmann, e comtanta felicidade, que me acho completara tnto restabe-lecida*

Não tendo outros meios para agradecer a minha fe-licidade, venho por meio da imprensa chamar a atten-çao de todo» os doentes para as «Pilulas Anü-dyspe-pticas» do dr. Heinzelmann.

Clara Anna de Murilho, esptsa do sr. Alfredo S.de Murilho.

Preço do vidro 3(000.Deposite: Navegantes, Fontes St C.\ Rua 15 de

Novembro, 56. (31— ¦—-»-^«-—»¦Papeis de casamento

Pessoa habilitada se encarrega de tratard'estes papeis e pode ser procurada no es-criptorio do tabellião Arthur Costa, á Tra-vessa de S. Matheus, 39.

MissaTerça-feira 29, ás 7 horas da manhã,

será celebrada na igreja de Nazareth, nmamissa por alma do finado Joaquim Lúciod'Albuquerque Mello. (2

EXGAVAÇÕÍêS forensesou

BELLEZAS DO BACHAREL GjSPARPOR

<ft. GasparoniBREVEMENTE!

Águas mineraesAlcalinas, ferruginosas, arsenicaes, sulphu-

reas e gazozas.| Chegaram novas remessas das de pedrasSALGADAS, VIDAGO, ENTRE-OS-RIOS e daafamada selters monopol.

Estas águas têm valor inapreciavel no tra-tamento da anemia, chloro-anemia, es-CROPHULOSE, DIABETES, ALBUMINURIA, EN-GORGITAMENTO do FÍGADO e BAÇO, AREIASuricas e em todas as moléstias de pelle eapparelho degestivo

VENDEMAlfredo Barros & O."

Rua íj de Novembro n.° 98 (32

Peitoral de CambaráBRILHANTES CURAS DE BRONCHITE; Victima durante 30 annos de uma aca-

brunhadora bronchite, para a qual foramimproficuos todos os recursos empregados, oSr. João Coelho de Queiroz curou-se radi-calmente com o uso do Peitoral de Camba-rá, àfi Souza Soares.

. —A Exm." esposa do Sr. Joaquim SoaresGomes, vice-consül de Portugal e França emParanaguá, padecendo durante muitos me-zes de uma bronchite do peor caracter, res-tabeleceü-se completamente com o uso ape-nas de quatro frascos, tendo antes tomadoinutilmente cerca de cincoenta outros reme-dios I

—Dous frascos apenas restabeleceram oSr. commendador Antonio Mendes Ferreirade uma grave bronchite.

—Em casa do commerciante Sr. ManoelVirissimo da Costa, Uma criança, atacada degravíssima bronchite capillar, salvou-se como Uso de ires frascos,

—O Sr. tenente-coronel Silvino Ribeiro,atormentado durante 4 annos por uma ter-rivel bronchite, apenas com 6 frascos resta-beleceu-se completamente.

—Em menos de tres dias de uso, o Sr.major honorário Francisto Gonçalves Pires¦ curou-se de uma forte bronchite.

—Dous filhos do commerciante Sr. JoséDomingues de Jesus Braz, que padeciam hamuitos mezes de uma desesperadora bron-chite, rebelde a todos os remédios empre-gados, curaram-se radicalmente em menosde um mez.

Os agentes,Rodrigues, Vidigal &• C. (3

mimam fil —%' esta a vigessíma segunda cura quo comsfgo rea-

línar de doenças de estômago e intestinos em minhaclinica» o todas com muitíssima felicidade, empregandoas «Pilulas Antidyspopticas» do dr. Heinzelmann e es-tou convencidíssimo que qualquer pessoa poderá con-Sadamente fazer uso destas Pílulas, por não cen teremsubstancias nocivas, e pela segurança >a sua efficaciaem todas as doenças dos intestinos. Dr. João LauroMartinez*

Preço do vidro 3.000.Deposito: Navegantes, Pontes te C.\ Rua 15 de

Novembro, 361 (31

E' o melhor remédio até hoje conhecidopara a enra rápida das febres e sezõesSrs. Rodrigues Vidigal & C.â, Pará . . .

Accuso a remessa que me fizeram do seuafamado Licor Paraense e é com o maiorprazer que lhes agradeço tão benéfica lem-branca, pois que esse maravilhoso remédioé o mais radical e infallivel de todos os me-dicamentos até hoje conhecidos para curarrapidamente as sez5es e febres palustres.Aqui, em Ponta de Pedras, onde não hamédicos nem pharmacias e o doente é obri-gado a lançar mão de preparados annun-ciados eu tenho aconselhado aos que sof-frem de febres e sezões o Licor Paraense etodos íecuperam a saude rapidamente semque fiquem com inflammações e outros en-commodos, como suecede com os mais re-médios applicados para o mesmo fim. Es-pero que. me remettam nova remessa e au-ctoriso-os a fazerem o uso que lhes convierd'esta carta para tornar publico os maravi-lhosos effeitos do Licor Paraense e salvar as-sim a humanidade soffredora de terríveismoléstias ...

Ponta de Pedras, i de Janeiro de 1896.—AntonifoslLms da Silva, commerciante. (Fir-ma reconhecida).

PEPSENCIAOs dyspepticos devem sempre ter á mão a

Pepsencia. E' o auxilio mais seguro, infallivele racional para a digestão.

A Pepsencia não é um preparado de droga,porém, e simplesmente a pepsina fluida, mui-to exquisita e aromatica.

Preparada unicamente pelos afamados chi-micos FairchidBros : &• Foster Nova-York.

Vende-se em todas as Pharmacias e Dro-garias. tx

VIIMHOS>INOSMarcas de reputação incontestável e mui-

to recommendadospor todos os clinicos paraconvalescentes e tratamento da anemia:D. LUIZ, D. ESTEPHANIA, 1834, MARQUEZ

DE POMBAL, FALERNO, HERCULANO, RESER-VA, CHRISTIANO, MADEIRA e XEREZ.

Todos estes vinhos são recebidos directa-mente dos armazéns dos conhecidos vinicul-tores e exportadores, do Porto, João Eduardodos Santos & Filho, A. de Pinho & C* GH. Sellers & Ferro e da Madeira, A. IzidroGonçalves e outros

VENDEMAlfredo Barros & C\

RUA 15 DE NOVEMBRO N.° 89 (32

ARRANCAVAM GRITOS DE DOR \Attesto quo soííiia freqüentemente de eólicas com

caimbras horríveis que me arrancavam gritos de dôr.Usei quantas tinturas, pilulas e mais remédios queme recom mondaram e apezar de tudo scffria sempre.Lendo quo as «Pílulas Anti-dyspepticas» do dr.

Heinzelmann eram efflcazes para curar eólicas, delibe-rel-me usai-as e com tanta felicidade, quo me cureiradicalmente.

Assim, pois, não tenho o menor inconveniente pas-sar este attestado pata que seja lido por todos, poistenho certeza de prestar relevante serviço aos que sof-frem.—Guilherme Toledo^ funecionario publico.Cada frasco custa 3Ç000." Deposito : Navegantes, Pontes Se C.\ Rua 15 deNovembro, 56, /j0———-»»¦ ——

Surprehendente!Pinheiro, 20 do "Fevereiro

de 1896.—iLUt". CIDA-DÃO SR. ELPIDIO DA COSTA.—Cumprimento-vos res-peitosatnonte desejando-vos, e á exm.' família, os me*lhores bens da vida.

Fermitti-me a liberdade que tomo em dirigir-vos apresente, que tem por fim nio sò patentear-vos a gra-tidao de que me acho j.ossuido ptlos vossos serviçoscuidadosamente dispensados a nv-u innoconte filhinhoJosó, durante quatro dias que guardou o leito, acabrn-nhado pela forte febre e tympanite de que foi accom-mettido; como também para ^tteatar-vos que o vossoLicor d'Euclyptos Rpidio, èt incontestavelmente, umprompto debollador de tao fmivel mal.

Acceitae os meus cordiacs agradecimentos e díspon-de de quem com satisfação a; signa-so vosso amigo res-peitador agradocido.—José Agostinho Pereira Dallro.—(E.ti reconhecida a assignatura pelo tabellião Gama).

——¦¦ m ¦ — Dr. Rogério de Miranda

MEDICO E OPERADOR

TELEPHONE NUM. 1.515 •

Este facultativo communica ao respeitávelpublico que mudou-se para o largo da Trin-dade n. 14, antiga residência do sr. Barão deCametá, onde continua sempre ás ordens dosseus amigos e clientes, prestando-se a qual-quer hora aos serviços da sua profissão. (46

Boleta Jo wiiil26 âe Dezembro de 1896.

Mercado de cambio .O mercado no Rio abiio firme a 8 i\2

bancário, subiu para 8 17132 e fechou a 89116, sem tomadores.

Aqui vigoraram as taxas de 8 t\2 a 8 9116bancário, e 8 $\8 a 8 11116 particular.

BorrachaA das Ilhas sem novos supprimentos co-

tou se a 7^200138600.Não se faziam transacçBes com a do Ser-

tão em vista das noticias mais frouxas rece-bidas dos mercados consumidores; mesmopara Ilhas a procura foi um tanto limitada.

Movimento da BolsaDia 36, ati és 3 horas da tarde.

Corretor Furtado,VENDAS :

115 acçOes da Sociedade de Credito Po-pular de 100S000 a 103S000.

Corretor Gutdcs da Costa,VENDAS :

25 acções da Companhia de Seguros Com-mercial, a 1408000

Superintendência da Companhia Viação Férrea e Fluvial do Tocantins e Araguay;a

Balanço em 30 dc novembro de 1S9GDesignação das contas Debito Credito

Almoxarifado 28.I6785,oBanco Norte do Brasil fáfcoCaixa - o kSóoÍ)Companhia Viação Férrea e Fluvial do Tocantins e Áráguày ' áSf 7.nS*8*Contas a receber 6.070S086 * 3Contas a pagar A(A,9.At\Carlos Scherer C" administração. 0408008 21-°925'3'»0Estrada de Ferro de Alcobaça á Praia da Rainha .... 4^7 700800^Escriptorio em Alcobaça 2 .428480Navegação do Baixo Tocantins . . . . 8'^7§J36

507435S7I9 5°7-435?7i9Demonstração da conta Estrada do Perro de Alcobaça ii Praia da Rainha om construcçàoImportância despendida com contracto de trabalhadores e artistas e despezas

*relahvas 35.1008300Idem em salários pagos aos mesmos igX cy6AZ0

Idem em ordenados pagos ao pessoal technico e despezas com o mesmo 4S.77sSU4Idem em diversas despezas J si-«eXÍidem em índemmsação de 2 pequenas edificações, compra de 2 batelões euma junta de bois 2.4818000Idem despendida com a lancha «Alcobaça» ao serviço da construcção e fre-tamento da lancha «Sul-America» 16.682S010Idem de mercadorias fornecidas pelo armazém ás turmas de exploração,locação e outras * . 6.3618660Idem paga por fornecimento de madeiras e dormente? 7 02oS2';oIdem por medicamentos fornecidos si ' j;-^.™Idem despendida com a commissao do sr. Carlos Scherer em 1894-95, ser-viço de construcção e estabelecimento da serraria á vapor e accessorios 7S S7Q8oíOIdem paga a Companhia Edificadora para f rnecimento de material, hono-rarios e commissao ao representante da Companhia no serviço de em-prestimo do Estado 152.2608000Idem recolhida ao Thesouro do Estado, honorários do fiscal. ...!'. 3.6008000

Total: 4577998003Demonstração das despezas de construcçào de Junho do 189G & esta data

Saldo da conta «Estrada de Ferro de Alcobaça á Praia da Rainha» . . . 4^7 7008001Almoxarifado ° ' /JV^°Importância despendida em material para os respectivos trabalhos, inclusiveas facturas vindos do Rio, de machina para fabricar tijollos, por montai; .instrumentos de engenharia e barracas 28 1658S10Escriptorio em Alcobaça :Importância despendida por facturas vindas do Rio de Janeiro, de todos osaccessorios para desenho e escriptorio, e compras feitas n'esta praça 2.3428480.

A deduzir: Tütal : W»**mImportância despendida com a commissao do sr. Carlos Scherer em 1894 95 75.5798939

r, Saldo: 4I2.Q2q8oi;4Pará, 30 de novembro de 1896. H y v M

J. RODRIGUES VIEIRA, ALBERT PICHOIS,ii^etintendente. guarda-livios.

Mercado de fundosULTIMAS VENDAS DE TÍTULOS, EPFECTUADAS NEsTA

PRAÇA ATÉ 26 DE DEZEMBRO DE 1896Bancos e

Commercial do Pará, i.'e a." emissão inlcg. 135Í000« « « 3" emissão com 60 "1,, 86$..oo

do Pará, I,", i." o 3.* omúsão int»gralisada 146Í000« 4.* emissão com 50 %. . . 85?o. o

do Belém do Pará, i.» emissão integraisada loafooo« « « a.» emi a_o com 85 \. 80Í000Norte do Brasil, 1.» emissio. .... 102. 000« « a." omissão cm 60 •[„ 58Í000

Credito Popular, i.\ a» e 3.»emiisão. 103^000Companhias de Seguros .*

Paraense, integralisada ...,,,, 1598000Commercial, « ....... 140.000Segurança, < iiífoooLealdade, com 50 °|„ 65. 000Amazônia, com 40 °|0 100. 000Previdente, 40 "[„ 64JÍ000

Companhias:Protectora da Industria Pasto,il. . . 54JS000Urbana de Estrada do Ferro Paraense . Sem vendasJockey-Club Paraense sojooo

Fabricas ide Papel Paraense 50^000

Debentures:da moama Fabrica çgfooo

Letras hypothecarias 1de juros de 7 °[o 100.000de juros de 5 •(„ 86fooo

Afolices tDivida Publica Geral do 5 % . . , 975Í000« « Estado 6 \ ... i.oio$ooo'« « « 5 °| 985J000

O mercado fechou hontem com offertas de:Apólices.- Compradsi Vendtds'

Divida Publica G ral 5 970? 975$« « Estado 6 ° x 005$ I oiof« « « _ o[„ 980I 985Í

Bancos iCommercial do Pará, integr. 135$ 136$

« «60 °|„ 86$ 90?do Fará, integr. 144$ 14?$

« So 'I, 84Í 87?do Delom do Fará, Integr. 102$ 103$

« «85 "(o 8. 85$Norto d > Brasil, integr roo. io>$

« « 60 $H$ 60$Credito Popular, integr. . . loj. 105$

Companhias lProtectora da I. Pastoril. . 52$ 544Urbana doE de P. Paraene go.Jo.keytlub Paraense .... 45$ 50.

Companhias de Seguros.-Paraense. 145$ 147$Commercial, 135J 140$Segurança 118$ 110$Lealdade 60$ 70.Amazônia too$ I05JPrevidente li 60. 6J$

Debentures tFabiica de Papel . 90} 99$

fabricas IFabri» do Papel Paraense. sof

Letras hypothecarias:da juros ilc 7 ¦[, 98$ 100$do jwxe de 5 °I» 67t

70*

Cotações de titulosPBLO CORRETOR OLIVEIRA, NA SEMANA

DE ai A 26 DO CORRENTEBanco Commercial do Pará 135J000« « 3" emissio, c 60 \. 86$ooo

. io Porf 146S0C0« « « 4.' omissão, com 50 °[„ . . 8-jooo« i° B°'=m io3»ooo« Norte do Brasil xo*JoooComp.' Seg. Paraense. , 59*000« Commeici.nl, .... 130$ 00« Segurança ii2$oio '« Lealdade.com 50 °l„ 66J500« Amazonia; cora 40 c[0, 100Ç000« P/evidente, , c 40 '•.. 65.000« Pastoril 5ajo00

« Urbana,. Som vendasSociedade Ç- ,. o Popular 103Í000Fabrica de iel Paraense. , , . . , Sem voadasJockey C! Iraense Sem vendasApólices d, ido 6 •[„. ...... 1.005Í0ÒO

[,« •_;',« ¦£ 5 "lo. . . í . . . 98'fooo« Divila .Geral 5 •(„ 97?-oooLetras hypothecarias 7 °l0 . . . . , . roífooo5 °Io Sem venda

AVISOS ESPECIAES

BRINDE PARA 0 NATALDE

um predio nobre no bairroBAPTISTA CAMPOS

Restam poucas acçOes para serem distri-buidas pelo Vasconcellos do

Estaminet (5

Banco do ParáBOLETIM DE CAMBIO

Pará, 26 de Dezembro de 1896.90 dpr8l|21122

LondresParis

I Lisboa Porto e BragaProvíncias ....New-York ....Hamburgo .... 1390ItáliaHespanha ....

VAPORES A ENTRAR

Vista8318"33470474

590014001130IIOO

C0LYSEU PARAENSEEmpreza—DIAS

Grandiosa estreiaDe toda a quadrilha, sexta-feira

i.° de janeito, com touros portu-guezes, lidados a cavallo.

ESPLENDIDAS CORRIDASALTA NOVIDADE

A los toros!3

Companhia Viação Férrea e Fluvial doTocantins e Iraguaya

Esta companhia precisa de traba-lhadores para a Estrada de Ferro deAlcobaça á Praia da Rainha. Dá-sebom salário.

A tratar no escriptorio da superin-tendência, á travessa Marquez de Pom-bal. (4

PARA YIAGEIHCadeiras de lona o que há de maia com-

modo pela facii lade de transporte. _ -Despachou e vende a preços rat<.Jveis a

Cadeira/de Prata de

AIMO FRANOISCO PEREIRA & 0.»TRAVESSA FRUCTUOSO QUIMARXE ; N. 50

Entre os ruas Nova e 13 de Maio

(PwliwJr^FSlH m i'üll*? Sn^Ü1 %grliss WS waF wmrmm\wMtP%aw BUBRflWilllWwS pScffi t(#ÇMIw w?

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Page 4: ti.- -.;-- 4f-jllta da 5torfcmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00361.pdf · mais terna. O seu dever na vida, a sua con-sagração aquelles por quem lueta vam, pare-ciam nègàr-lhe

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Folha do Norte —27 de Dezembro de 1896

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~. -V'. ¦'*¦¦-..:'.¦•.•¦¦".. ¦¦¦¦¦'. .-¦:.-.¦¦ ¦¦¦,.¦:.¦¦•• ¦¦¦•-¦ ~ ¦ ¦..•¦'¦¦¦.'

V

Declarações é ^a^isos

Banco Commercial do Fará3.' EMISSÃO

6." CHAMADA DE 20 °[_

Convido os srs. accionistas á realisarem a 6.* ea-trada de ao **. sobre suas acçaos de hoje até 30 deDezembro próximo futuro.- Pará, sr d» Agosto de 1896.

O director secretario,Manoel Pereira Dias.

Banco do Pará

QUARTA EMISSÃO

Scientifica se aos srs. accionistas da 4* emissão d'es-Vto Danço, quo, conformo a resoluçio tomada em sea-

sao do assembléa geral de 16 de maio do anno cor-rentj, «lhes è facultada a integralisaçao de suas ac-çü _ até ao dia 31 do dezembro proiímo, cabendoaos quo o fizerem o direito aó dividendo de i* se-me. Iro de 1897. -

As entradas não roalisadas ató ao referido dia, só-, r.H-nto se chamarão quando a directoria • julgue con-

. Tí-iúente.Pará, 14 de Novembro do'1897.

Maneei Augusto Marques,Director-secrotaxlo. \

"APÓLICES DO ESTADO DO PARÁ

De 1 ° do janeiro de 1897 em diante, serão pagosno escriptorio de Francisco Gaudcncio da Costa Sc Fi-llus, A rua Quinzo do Novembro, n, 54, os couponsdo juros do 2° semestre d'esto anno das apólices deum conto de réis, d'este Estado, aqui localisadas, e,bata asím, aa .ortendas para rei-gate, conforme annun-cio de 16 de novembr* ultimo, publicado no Rio deJiinoiro, o qual abaixo vae transcripto :

HANCO I)A LAVOUlfi- E DO COMMERCIO DO BRASIL

Empréstimo ao Estado do Pará

Foram sorteadas as apólices -abaixo mencionadas dor:ooo$ooo cada ua, ns quaes seiSo resgatadas em x.°

"d-? janeiro de 1897, deixando de vencer juros d'essadata cm diante:

NÚMEROS

irg 854 «35 1582 2*03 3767 411a. iro .872 1251 1585 2327 3779 4725r:8 1024 1252 1597 2336 378t 4739131 1039 1284 1601 2365 38.6 4742138 1045 1293 1629 2372 3808 4747144 1049 -297 r650 2473 38rl 477°r (9 1062 r35o 1888 2489 3838 4774J53 1.70 1368 19 25'3 3841 48oi161 1073 1378 1927 2528 38S2 4827171 IC82 1382 1937 2564 3878 4838r72 1113 1384 "939 25°6 389** 4850302 1118 1416 \<su, 2568 39o6 49"3515 1140 1422 1945 363» 3930 4985¦.s'30 1142 1429 i_*'5 3666 3947 4994382 1144 1430 '967 3675 3959 Sooi3'7 1:47 1450 1974 3676 3987 5028416 1154 1455 1982 3682 4006 5062,|2r ir5_ 1459 1986 3(190 40(9 S06741. ir 59. 1484 1993 37°3 4o"o 5082.|6 1176' 1501 2138 3724 4025 5085,|(.| M95 1503 zr5Ó 3730 4026 51.08509 1198 1523 2r62 3733 4»3« 51 r25:7 1203 1525 _r_6 3735 4034 SH5533 1216 1547 2175 3741 405a 5149549 1232 1560 2194 3745 4"°3 5>56

..8n' 1233 I564 22UO 3750 4074 5173650 1234 1567 23:2 3752 4u82 5200•

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1896.O dirottor presidente,

João Valyerde de Miranda,

5»02621462186*346.5862636272628062856288629563036317632263266340634763606369637063816420643764546473647764916497

COMPANHIA DE SEGUROS PRE7IDENTE

3.a -CHAMADA

De confoimidade com o disposto no art* 3.0 doses-t-tiütos d'<wta companhia, convidamos os srs accionls-t-isa virem fazer a terceira entrada de 20 °i„ sobro o

«•pitai de suas acçOes, ató 31 de dezembro próximo,ru tscriptorio á rua Quinzo do Novembro, n. 61, i.°-.---.Ur, ficando assim r* alizr.dos os 40 °|0 exigidos pela\.-\ n. 434 de 4 do julho di 1891, para poderem sernrgòcládas as icferidas acções.

, Pará, 5 do outubro do 1896.Joaquim Theodoio Bentes, Francisco Antônio Pe-

teita Júnior, Joaquim da Si'va Vidinha, , (5

PRÉDIO A VENDAO Banco Còmm.rcial do Pará vende o prédio de

.11:1 propriedade a rua C* nselheiro Jiâo Alfredo, oc-rupado pelo estabelecimento «Torre do Milakoff».

Trata-so cora a directoria do Ban o, á rua Quinzedo Novembro.

Pará, 17 de dezembro de 1896.Mano l Pereira Dias, di.cctor-secrctario,

ATHENEU COMMERCIAL DO PARÁ

ASSEMBLÉA GERAL ,-nos so-

riscm-_rente,

De ordem do sr, presidente, convido osicios do Athoitu a comparecerem á sessão*blrSa g-ral, qup so redliz.ua domingo, 27 •/ rs 8 horas da noito, afim do tratar-se d(\ ..porta.-t siiioa 1 Riumptós so. iaei.

Bolem, 22 do dezembro de 1896.Solheiro Júnior i," secretario. (»

DeclaraçãoNós abaixo assignados declaramos ao commercio, e

a ({uem interessar, quo da d._ta do i,° de abril do cor-rrnto anno temos aidmittido como Intere*. ado do nossoestabelecimento denominado A Noiva, o nosso empre-g.10 o sr Josó Fortes de Carvalho.

Para, 22 de dezembro de 1896M, Braga *¦ Comp. (1

Companhia Viação Férrea e Fluvial doTocantins e Araguaya

O vapor General Jardim, partir., em viagem ordi-niúa ató ALCOBAÇA, na noilo de 31 do corrente. '

Recebe carga e passageires no trapicho Auxiliar.Expediente, ás 5 horas da tardo no dia de saida

J, A Corrêa, superintendente, {a

Pulseira perdidaNa terça-feira passada, quando representava-se no

Theatro da Paz o Baile de Mascaras, foi achada umapulseira de coral, que está em nosso escriptorio, á dís-p-_siçüo de quem fòr seu dono*

Boas festasRestam poucos exemplares do brinde que

o estaminet está distribuindo.O felizardo será contemplado até—dia deReis. (4

Para casalI -'«das cimas, do fabrico europeu, para casal, com

cplondidas telas de metal galvanisado: despacharam-se, o estão expostas nos saldes da CADEIRA DOU-I '.DA, travessa Campos Salles, as.

Sementes de hortaAipo—Bringella—Ropôlho—Couve—Saboya—Tron-

cliuda—Salsa—Coentro —Cebolínhas —Cenouras—Me-l.o—Pimentão—Pepinos—Nabos—Rabanetes e Feijãoao Vagem. Na Cadeira Dourada, á travessa Camposfi-lies (Passinho), n. 2a.

Vende-se as casas n." 6 e 8 e um terreno ao

lado, á rua dos Parlquis; trata-se com o<. .'..lor Antônio Sousa, em seu escriptorio,! travessa3. S. Matheus n. 8.d? S

.Oo-rra. avisoO. srs. proprietários de sítios e terreno* panta'*sos>

i*:'.fUiados do febres paladosas, podem ém ponco\*»__a,. \.*- \ tornal-os saudáveis a aprazíveis, mediante tíeò*r,--na quantia de 4Í0.0, preço de um pacata de se-monte» de EÜCALYPTÜS GLÓBULOS, que se ven*di na- Cadeira Dourada, a travessa Campos Salles

j __i_ho), n. aa,___[ reconhecido pela adenda que, -om uma plan-

reão de '100 pés de eucalvptus, so ' . e unifica

uma irea de mil metros auadradt», to. —udo a saiu-bró e habltavol- ,

Indo sto poi 4fooe I

- .a.*..'r

AVISOS MARÍTIMOS

**¦*__ yli^iiI_Ta.

Amazon Stcam Navigation Company, Limite.LINHAS DO FINHHIRO E.MOSQUEIRO

Avisa-se a q ora posa interessar quo, de u* de ja-neiro próximo.em.diante, as cargas e bagagens d**"'**nadas ao Pinheiro e Mosqueiro deverão cer entregues,com a precisa antecedência, no trapiche d'esta com-panbiã, onde os remdtentes receberão o competentetalão, depois de pago o respectivo frete; ficando, por*tanto, vedada a entrada de qualquer volume pela ul-tíma poita do lado occidental—reservada, exclusiva-me «ta para transito dos passageiros—salvo os peque*nos objectos conduzidos pelos' pr.prlos passageiros.

O que vier de torna-viagem, seri entr- gue aos d- s-tinatarlos, também no trapiche da companhia.

Pede-se aos cairegaduxes quo, para o.embarque desuas cargas, prefiram o vapor das to horas para oMosqueiro e o daa 10 1(1 para..o Pinheiro, por daremmais tempo para o embai que aqui e desembarque n'a-quellas localidades.

Pará, 15 de dezembro de 1896. (ia

LINHA DO JURUÁA gerencia d'csta companhia, tendo sciencia de pro-

palaicm não continuar mais esta companhia a fazer asviagens mensais -a a a linha - do Juiuá, declara naoser verda to tal asserção, tinto que no dia II de ja-neiro vindouro ha do sátr u-n vapor para fazer as via-gens do costume, cujo annuncio será publicado lngonos piimei.os dias do j meiro próximo.

Bclcra, 21 de dezembro de 1896.

1.1 nha de IquitosO vapor quo vae fazer a viagom do costum-y sa-

hirá na noite de 98 do corrente, recebendo as cargasd'Alfandrga e do terra, desde ji

O c-pediento terá daio no dia da sabfda, ás }horas da t*r.le rTe 28.

Belém, 21 de Dezembro de 1S96.

AlIíSO

LINHAS DO ARAGUARY, AMAP__ E CURUÇÁ

Do Dezembro até Fevereiro vindouro, as sahidas dosvapores para as Unhas do Araguary, Amapá e Curuçá,terão logar nos dias abaixo declarados :

Linhas SahidasCuruçá. . . • ¦ a de DezembroAmapá . * • • 7 < <Curuçá. ..... 19 « <Araguary. . . . »3 t <Curuçá. a de Janeiro de 1897Amapá. • • • ¦ 5 « «Curuçá. ¦ • • 1 16 € «Araguary 31c cCuruçá 31 « <Amapá. . . . . 4 de FevereiroCuruçá 17 « <Araguary • . . • 19 « *

Belém, 28 de Novembro de 1896.

RED CROSS LINE

VAPOR CEARENSESahir. para N. w-Vork via Barbados no dia a8 do

corrente. Recebe malas o passageiros até ás 5 horasda tarde

Pará, 26 de dezembro de 1896.Singlehurst, Brockkhurst ft« Comp,

Collegio ProgressoEste estabelecimento de ensino

abre as suas aulas no dia 8 de janeiro'Os prospectos encontram-se na lojafilial ao Centro Commercial, á ruaConselheiro João Alfredo. (1

Jcckey-Club Paraense19." corrida em 27 de Dezembro de 1896

Á I HORA DA TARDE

RESUMO DO PROGRAMMA

,1.° pareô — triumpho — 1070 metros —Prêmio 2008, 40$ e 208:Vivaz 50 kilosCordeiro 53 ">Faust . 52 »J***y • • 53 »Tenor 53 »

2." pareô—passo—1400 metros—Prêmio;p$ e 408:

Nab se diz 53 kilosDü Barry 53 »Feirabraz 57 »Rhadamés 52 »

3.0 pareô—alliança—i 100 metros—Pie-mio :25o?, 50? e'25?:Lucas 53 kilosD. Quixote 52 »Guapo 53 »Dollar 52 »Alagoas 53 »

4.0 paeo—maria drisard—1609 metros—Prêmio 800$, 160$ e 80?:

Saint Jacques. .... 52 kilosD'Art;igrran 52 »Fenabraz ...... 52 »

5.0 pareô—condoueira—1150 metros—Prêmio 250? 50? e 258 .*

Vivaz ........ 48 kilosLucas 52 »Guapo 52 *>Dollar 52 a

Senhoras e crianças teem entrada grátisPará, 15 de Dezembro de 1896— Th. H.

While, secretario.

DINHEIRO A PRÊMIO •O corretor Quedes da Costa infor-

ma quem empresta dinheiro a módicojuro, sob garantia de pre-diòs bem situados nestacidade, letras de firmasidôneas, acções de ban»cos.e companhias, jóias,apólices ao portador, etc.

Trata-se em seu escriptorio á tra-vessa Campos Salles n. 2.Telephone n. 405

ASSENTO FIXOCadeiras americanas com assento de pau

e palhinha, ditas austríacas com e sem ba-lanço, consolos, cabides, cadeiras para cri-ancas, camas, guarda-roupa, toilettes, retre-tes, lavatorios, camas de ferro e madeira, me-sa» para jantar, todo o tamanho commodascom escm pedra, guarda-louça com lindosllorões vendem a preços razoveis na Cadeirade xPtala de

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DR. SILVA ROSADO, medico e òporádoi. K"si-/.onda—tr. de São Matheus, n. 177. Tt-k-j.liuiie 15-. 2

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Chamados por escripto.Telephone 1582. Consultas das 3 is 5 horas da

tarde (altos da pharmácia Minerva),Residência—Estrada de Nazar«th n. 37

DR.JOSE RIBEIRO—Medico e Fhormaceutlco—Consultas todos os dias úteis das xo ás 12, na Phar-da Maravilha—-i travessa 7. de. intembro, canto' dalua 13 de maio—Riisider.cia: rua dos Martyres n.* 7

, DR. PEREIRA DE BARROS, medico e operadorKipedalidado : parto, e moléstia, dai vias genlto-url-narias. Dá consultas na Pharmacia SanfAnna, dás 7ás 8 horas do dia e em tua residência,, do meio diaá 1 hora da tarde, onde recebe chamados a qualquerhora. Telephone a, lis.

, DR. Lt-CIANO CASTRO, medico e operador.—Bspedalidade — Partos e moléstias de senhoras,— Con-nutorlo—Rua de Sante Antônio, n.* ji, .,*! andar,das 1 ás j horas.—Residência—Rua ij de Male n.*62.—Chamados por escripto.

I DR. CLEMENTE SOARES, iuodico e operador.—Consultas: pharmácia SanfAnna, das n ao meio diaResidência, travessada Kstrella, num. n,—Chamadospor escripto.

DR. BAPTISTA DUARTE—Medico e Operador—Especialista em moléstias de creanças, affecçòes cu-tineos e syphilis.—Consultas a pharmácia Serafim deAlmeida a Avenida 16 de Novembro.— Residência—Travessa de S. Matbeoa BB.

ADVOGADOSALFREBO SOUSA tem a sua banca de advoga-

dp no escriptorio da redacçSo d'esta folha, á praça daIndependência n*, 16, onde pode ser procurado das8 horas da manhã ás 5 da tarde.

: ELADIO UMA.—escriptorio i rua ij de Maionl* 76, nos altos do cartório do tr. tabellião Gama,das 9 horas da manha ás 4 da tarde.

I ESTEPHANIO BARROSO contínria a advogar—Escriptorio: rua da Cadeia, 84.—Telephone n. 44.

I O DR. TIMOTHEO TEIXEIRA—Mudou .eu es-criptorio de advogado para a rua 15 de Novembron.° 87, onde pôde ser procurado para os misteres desua profissão, bem como o seusolicttador, JoSo Evan-gulis a Ferreira da Motta.

; GAMA MALCHER Escriptorio i rua Joio Al;fredo, n. 78—(Entrada pela Alfaiataria), talephose n-61.

DR. GUILHERME MELLO, oncarrsga-¦•> de tod.iot assumptos relativos a sua profissão—Retidnnds éFriça da Republica n, 6.

PEDRO RAIOL.—Escriptorio rua Conselheiro JoãoAlfredo, n.' 78, 1. andai, entrada pela alfaiataria. B'encontrado das 9 horas da manhã ás 4 da tarde.

O TENENTE-CORONEL DINIZ BOTELHO, habilitadâ, pelo Supremo Tribunal de Justiça, para ad-vogar nas comarcas de Cintra, Curuçá e Vigia, encárrega-M de qualquer causa, tanto cível como eximi-ntã, e acceita convites para Isso na Cidade de Mmrapnn.m, onde ronde.

O DESEMBARGADOR ERNESTO CHAVES, co DR .AMÉRICO CHAVES têm inatallado seuescriptv.rio de advocacia A rua ij de Maio. n.* 35. u* andai

DR. ARTHUR PORTO,* escriptorio * ruajo*.Alfredo n. 78. (Entrada pela alfaiataria). Telephone sbs

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Beira Alta e Beira Baixa, (Portugal) já temi venda no seu armazém á rua 15 de No-vembio. n.0 81, onde foi M. M. Nogueira &C.*, vinhos das auas vastas propriedade» tmuito especialmente da sua Quinta of AveUleira, como sejam:

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tias marcas, que se tomam recommendavei.pela sua pureza, pelo que chama a attençâodos srs. consumidores.

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mercado vende-se em casa de thomé devilhena ft c,*, á rua 15 de Novembro n. 51,em barris, meios barris e em caixas, a preçoreduzido.

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guna, arrenda-se seringal sem condição, com2 a 4 annos de descanço e em lotes de10 estradas para cima.

Trata-se aqui com Thomé de Vilhena& C." e no Laguna do Nobre com o pro-prietário.

Pará, 30 de Novembro de 1896.

Vende-se uma, fazendo legular negocie.Está própria p ira principiante, por detnan-dar de pouco capital. Tem commodos patafamilia.

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A retrato —i§ioo. (9

JJ.R A.VO 1Bravo, seu Alvaio I Vote é um rapaz de

gost'; palavra du honra que ainda s&o vium sortimento mais chie que o seu, em—CALÇADO, CHAPÉOS, CAMISAS, CEROULAS,MEIAS, GRAVATAS, LENÇOS DE S_DA, SUS-PENSORios e f_ rftjmarias, ninguém oimita.

(Ora diga me cá uma cousa, seu Álvaro,vo< ê fia ?)

Tinha paciência, isso nüo, porque o Ra-môa n_o consente.

Bem, nao faz mil!A sua mtrr.adiiia tent u-me, e visto os

preços serem razoáveis, vou aqui fazer umascompras para mim e minha familia; e nuncadeixarei de rccommendar a tidos a

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A' cada remédio acompanha uma guia esclarecendo o modo de uzal-o e tudomus quanto possa convir ao doente.

Os jornaes de maior circulação da Republica indicam os lugares em quese os vende

_Lnboraíorlo da Flor BrasileiraRio de janeiro—12, rua Visconde do Rio Branco, 12

E. HOLLAISDA—única legitima suecessora do pharmaceuticoEUGÊNIO MARQUES DE HOLLANDA

Cuidado com as imitações e tálsificaçOea.A' venda em todas as drogarias e pharmacias e no único deposito geral

no Pará—Pharmacia-Cezar Santos & C. ¦-¦

81—Roa de Santo Antônio—Sir¦'»"

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