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1 DOENÇAS OSTEOMUSCULARES PROFESSOR VICTOR ROBERTO Revisão e Exercícios TIPOS DE TRAUMA

TIPOS DE TRAUMA · 2018-01-25 · A coluna da esquerda apresenta termos referentes a lesões osteomusculares e a da direita , a ... Lesão em que a extremidade de um dos ossos que

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DOENÇAS OSTEOMUSCULARES

PROFESSOR

VICTOR ROBERTO

Revisão e Exercícios

TIPOS DE TRAUMA

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CONTUSÃO

É uma lesão de tecidos moles produzida por golpe não penetrante, como uma pancada, um pontapé ou uma queda, causando ruptura de pequenos vasos sanguíneos e sangramento em tecidos moles (equimose ou hematoma).

O hematoma se desenvolve pelo sangramento no local de impacto, deixando um aspecto “pretoazulado” característico. Cerca de 48 h depois, a fragmentação dos pigmentos do sangue faz com que a lesão se torne amarelada.

Os sinais/sintomas locais (dor, edema, tumefação e alteração da coloração) são controlados com o uso intermitente de compressas frias aplicadas ao local e a elevação do membro

A maior parte das contusões se resolve em 1 a 2 semanas.

DISTENSÃO

• Lesão de um músculo ou tendão por uso, alongamento ou estresse excessivo

• Os sintomas pós lesão e perda de função, dependerá do grau de lesão que podem ser classificadosem três tipos:

1º Grau: envolve estiramento leve do músculo ou do tendão. Os sinais e sintomas podem incluiredema leve, sensação dolorosa e espasmo muscular leve, sem perda funcional perceptível

2º Grau: envolve ruptura parcial do músculo ou do tendão. Os sinais e sintomas incluem a perda dacapacidade de sustentar peso, com associação de edema, dor à palpação, espasmo muscular eequimose

3º Grau: consiste em alongamento significativo do músculo ou do tendão, com ruptura e laceraçãodo tecido envolvido. Os sinais e sintomas incluem dor significativa, espasmo muscular, equimoses,edema e perda funcional.

• A ressonância magnética (RM) revelará uma distensão de terceiro grau, mas as radiografias nãorevelam lesões de tecidos moles ou músculos, tendões ou ligamentos.

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ENTORSE• É uma lesão nos ligamentos e tendões que circundam a articulação. É causada por um movimento de torção

ou hiperextensão (forçada) de uma articulação .

• A função de um ligamento é estabilizar uma articulação, possibilitando simultaneamente a mobilidade. Umligamento rompido faz com que a articulação se torne instável.

• Os vasos sanguíneos se rompem e ocorre edema; a articulação fica sensível à palpação, e o movimento daarticulação se torna doloroso. O grau de incapacidade e de dor aumenta durante as primeiras 2 a 3 h após alesão, por causa do edema e sangramento associado, especialmente se o tratamento for tardio. As entorsessão classificadas de modo semelhante ao sistema de classificação utilizado para as distensões:

1º Grau é causada pelo estiramento das fibras ligamentares, resultando em lesões mínimas. Manifesta‐sepor edema leve, dor à palpação local, e dor provocada pelo movimento da articulação

2º Grau envolve ruptura parcial do ligamento. Resulta em edema aumentado, dor à palpação, dor aosmovimentos, instabilidade articular e perda parcial da função normal da articulação

3º Grau ocorre quando um ligamento é completamente lacerado ou rompido. A entorse de terceiro grautambém pode causar uma avulsão óssea. Os sintomas incluem dor intensa, dor à palpação, edemaaumentado e movimento articular anormal.

LUXAÇÕES• A luxação de uma articulação é uma condição na qual as superfícies articulares dos ossos

distais e proximais que formam a articulação já não estão em alinhamento anatômico.

• Existe a subluxação que consiste em uma luxação parcial e não causa tanta deformidade quanto uma luxação completa.

• Na luxação completa, os ossos estão literalmente “fora do lugar”. As luxações traumáticas são emergências ortopédicas, porque as estruturas articulares associadas, a irrigação sanguínea e os nervos estão deslocados de sua posição habitual e podem ser “aprisionados” com grande pressão sendo exercida sobre eles.

• Se uma luxação ou subluxação não for reduzida imediatamente, pode ocorrer necrose avascular (NAV). A NAV do osso é causada por isquemia, que leva à necrose ou morte das células ósseas.

• Os sinais e sintomas de uma luxação traumática incluem dor aguda, alteração no posicionamento da articulação, encurtamento do membro, deformidade e diminuição da mobilidade.

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FRATURAS

• A fratura é uma ruptura completa ou incompleta na continuidade da estrutura óssea e édefinida de acordo com seu tipo e extensão.

• As fraturas ocorrem quando o osso é submetido a um estresse maior que ele e é capaz deabsorver.

• Podem ser causadas por golpes diretos, forças de esmagamento, movimentos de torçãorepentinos e contrações musculares extremas.

• Quando o osso é fraturado, as estruturas adjacentes também são afetadas, o que poderesultar em edema de partes moles, hemorragia nos músculos e articulações, luxaçõesarticulares, tendões rompidos, nervos seccionados e vasos sanguíneos danificados.

• Os órgãos do corpo podem ser lesionados pela força que causou a fratura ou pelosfragmentos da fratura.

Ano: 2017 Ó UFMT / UFSBA / Enfermeiro)

1. A coluna da esquerda apresenta termos referentes a lesões osteomusculares e a da direita, a definição de cada um. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 ‐ Entorse

2 ‐ Fratura

3 ‐ Luxação

4 ‐ Distensão

( ) Lesão em que há uma distensão dos ligamentos, mas não há deslocamento completo dos ossos da articulação.

( ) Lesão nos músculos ou seus tendões geralmente causada por hiperextensão ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver ruptura do tendão.

( ) Lesão em que a extremidade de um dos ossos que compõem uma articulação é deslocada de seu lugar. O dano a tecidos moles pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e cápsula articular.

( ) Lesão em que há a não solução de continuidade de um osso. Apresenta aparência geralmente alterada devido ao grau de deformação que pode impor à região afetada.

Assinale a sequência correta.

a) 1, 4, 3, 2

b) 4, 3, 2, 1

c) 3, 2, 1, 4

d) 2, 1, 4, 3

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Ano: 2014 Banca: IADES Órgão: EBSERH

2. Acerca das lesões do sistema musculoesquelético, assinale a alternativa queapresenta a definição de entorse.

a) Tração ou laceração muscular.

b) Quebra na continuidade do osso.

c) Lesão dos ligamentos e de outros tecidos moles em uma articulação.

d) Separação das superfícies articulares.

e) Separação parcial das superfícies articulares.

Ano: 2015 Banca: BIO‐RIO Órgão: PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA – RJ)

3. Uma lesão de tecido mole produzida por uma pancada rompendo os vasosde pequeno calibre, ocasionando sangramento no tecido, é chamada de:

a) fratura fechada.

b) contusão.

c) luxação de pequeno porte.

d) estiramento.

e) entorse.

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Ano: 2015 Banca: AOCP Órgão: EBSERH

4. Lesão da articulação causada por um movimento violento sem fraturas,porém causa muita dor e edema, necessitando de imobilização. Pode causarrompimento de vasos sanguíneos, tendões e ligamentos. O enunciado refere‐se à

a) convulsão.

b) infecção.

c) luxação.

d) fratura.

e) entorse.

Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: TRASPETRO

5. O estiramento dos ligamentos adjacentes a uma articulação denomina‐se

a) fratura

b) contusão

c) luxação

d) distensão

e) entorse

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Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TRT – 3ª REGIAL (MG)

6. A luxação é uma lesão que acomete comumente atletas e que, além da dor, causa

a) interrupção do fragmento ósseo sem desvio, edema e hematoma local.

b) lesão muscular grave, presença de sangramento interno localizado e síndrome compartimental.

c) deslocamento na articulação, podendo ocasionar lesão de nervos e tendões e perda da capacidade funcional.

d) lesões tendinosas, com ruptura óssea, edema local e síndrome compartimental.

e) distensão muscular, seguida de lesões tendinosas com hematoma local.

Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: SESDS‐TO

7. Lesão de uma parte do sistema musculoesquelético resulta em um mau funcionamento dos músculos, articulações etendões adjacentes. Estabeleça a seguir a correspondência correta quanto aos diversos tipos de lesões.

1. Estiramento

2. Fratura

3. Luxação

4. Entorse

( ) Separação das superfícies articulares

( ) Solução de continuidade do osso

( ) Lesão musculotendínea por estresse

( ) Lesão de ligamentos e músculos e de outros tecidos moles em uma articulação

A sequência correta é:

a) 2, 1, 3 e 4.

b) 3, 2, 1 e 4.

c) 2, 3, 4 e 1.

d) 3, 2, 4 e 1.

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TIPOS DE FRATURA Fratura completa envolve uma ruptura em toda a seção transversa do osso e frequentemente é deslocada

(removida de sua posição normal).

Fratura incompleta (p. ex., fratura em galho verde) envolve ruptura ao longo de apenas parte da seção transversa do osso; ocorre mais comumente em crianças.

Fratura cominutiva é aquela que produz vários fragmentos ósseos.

Fratura fechada (fratura simples) é aquela que não compromete a integridade da pele.

Fratura exposta (fratura composta ou complexa) é aquela em que a pele ou membrana mucosa da ferida se estende ao osso fraturado.

As fraturas expostas são classificadas de acordo com os seguintes critérios:

Grau I é a ferida limpa de menos de 1 cm de comprimento

Grau II é a ferida maior, sem grandes lesões aos tecidos moles ou avulsões

Grau III é a ferida altamente contaminada e com grandes lesões aos tecidos moles. Pode ser acompanhadapor amputação traumática e é a mais grave.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA FRATURA

Os sinais e sintomas clínicos de uma fratura incluem:

DOR: a dor é contínua e sua intensidade aumenta até que os fragmentos ósseos sejam imobilizados. Os espasmos musculares que acompanham uma fratura começam dentro de 20 min após a lesão e resultam em dor mais intensa que a relatada pelo paciente no momento da lesão. Os espasmos musculares podem minimizar ainda mais o movimento dos fragmentos da fratura ou podem resultar em maior fragmentação óssea ou desalinhamento.

PERDA DA FUNÇÃO: Após uma fratura, o membro não é capaz de funcionar corretamente, porque a função normal dos músculos depende da integridade dos ossos ao qual eles estão inseridos. A dor contribui para a perda funcional. Além disso, pode haver presença de movimento anormal (movimento falso).

CREPITAÇÃO: Quando o membro é palpado delicadamente, pode‐se sentir ou ouvir uma sensação de desintegração, chamada de crepitação. É causada pelo atrito entre os fragmentos ósseos.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA FRATURA

Os sinais e sintomas clínicos de uma fratura incluem:

DEFORMIDADE: O deslocamento, angulação ou rotação dos fragmentos em uma fratura de braço ou perna provoca uma deformação que é detectável quando o membro é comparado com o membro não lesionado.

ENCURTAMENTO: Nas fraturas de ossos longos, ocorre encurtamento efetivo do membro em decorrência da compressão do osso fraturado. Às vezes, os espasmos musculares podem causar a superposição das partes distal e proximal da fratura, resultando em encurtamento do membro

EDEMA LOCALIZADO E EQUIMOSE: O edema localizado e a equimose ocorrem após fratura decorrente de traumatismo e sangramento aos tecidos. Esses sinais podem não se desenvolver durante várias horas após a lesão ou podem se desenvolver dentro de 1 h, dependendo da gravidade da fratura.

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Ano: 2015 Banca: IF‐TO Órgão: IF‐TO

8. Uma fratura é uma fenda ou ruptura na continuidade do osso, classificando‐se em:fraturas expostas, fechadas, deformação plástica, fraturas em saliência, em galho verde ecompletas. Selecione a alternativa correta com relação às fraturas expostas.

a) Podem ser: espiralada, oblíqua, transversa e epifisária.

b) A fratura subjacente sem ferida aberta.

c) É quando o osso é encurvado e a fratura começa, porém não cruza inteiramente o osso.

d) A tíbia é o local mais comum de fraturas expostas em crianças.

e) Geralmente resultante de traumatismo de baixa energia ou feridas não penetrantes.

Ano: 2016 Banca: AMEOSC Órgão: PREFEITURA DE PALMA SOLA – SC

9. Quando existe a fratura de um osso é necessário que esse osso seja imobilizado para que ocorra a sua recuperação. As fraturas de ossos podem ser:

a) Fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) que ocorre somente com os membros inferiores.

b) Fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) quando o osso quebrado romper os músculos e a pele.

c) Fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) que ocorre somente com os membros superiores.

d) Fechada quando o osso não quebrar apenas trincar, ou aberta (fratura exposta) quando o osso quebrado romper os músculos e a pele.

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Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: BANCO DO BRASIL10. Na avaliação do estado geral de um paciente, a perda da força motora dosmúsculos é denominada:

a) astenia

b) apatia

c) atonia

d) miastenia

e) atrofia

Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: PREFEITURA DE CASCAVEL – PR

11. “Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro, sendo este um método de tratamento para diversas doenças.”

No que concerne aos níveis de amputação do membro inferior, analise a figura a seguir.

A figura corresponde a qual nível de amputação em membro inferior?

a) Transtibial.

b) Transfemural.

c) Hemipelvectomia.

d) Desarticulação do joelho.

e) Desarticulação do quadril.

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Amputação de péConhecem‐se mais de doze níveis diferentes de amputação na área do pé. Eles variam de uma amputação de dedo, uma amputação de meio‐pé, até uma amputação na área do tarso.Para uma protetização, podem ser usadas próteses de silicone.

Amputação transtibial (amputação da panturrilha)Na amputação transtibial, que é uma amputação na área da panturrilha, a tíbia e a fíbula são cortadas.Para a protetização, são necessários um pé protético, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.

Desarticulação do joelhoA desarticulação do joelho ocorre quando a articulação do joelho é cortada, retirando‐se a panturrilha. A coxa permanece intacta.Para a protetização, são necessários um pé protético, uma articulação do joelho, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.

Amputação transfemoral (amputação da coxa)Em uma amputação transfemoral, que é uma amputação na área da coxa, o osso da coxa (fêmur) é cortado.Para a protetização, são necessários um pé protético, uma articulação do joelho, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.

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Desarticulação do quadrilNa desarticulação do quadril, a amputação é realizada na área da articulação do quadril. Como consequência desse tipo de amputação, a bacia terá que controlar a prótese.Para a protetização, são necessários um pé protético, uma articulação do joelho, uma articulação de quadril, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.

HemipelvectomiaNo caso de hemipelvectomia, são amputadas a perna inteira e partes da bacia até o sacro. Como consequência desse tipo de amputação, a bacia terá que controlar a prótese.Para a protetização, são necessários um pé protético, uma articulação do joelho, uma articulação de quadril, adaptadores e elementos de conexão para o encaixe protético. O encaixe é o componente que conecta a prótese ao membro residual.

Ano: 2016 Banca: CONSULPLAN Órgão: PREFEITURA DE CASCAVEL – PR

11. “Amputação é o termo utilizado para definir a retirada total ou parcial de um membro, sendo este um método de tratamento para diversas doenças.”

No que concerne aos níveis de amputação do membro inferior, analise a figura a seguir.

A figura corresponde a qual nível de amputação em membro inferior?

a) Transtibial.

b) Transfemural.

c) Hemipelvectomia.

d) Desarticulação do joelho.

e) Desarticulação do quadril.

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Ano: 2010 Banca: MS CONCURSOS Órgão: DOCAS‐RJ

12. A coluna é composta por “ 33 vértebras” : cervicais, torácicas, lombares, sacrais e coccígeas. Nos intervalos entre uma e outra saem os nervos que, de cima para baixo, vão enervar os vários segmentos do corpo. Um acidente ou um trauma continuado podem romper uma vértebra e pressionar, seccionar ou destruir a circulação interna da medula espinhal em alguma altura da coluna vertebral . Como consequência, a parte do corpo que fica abaixo da lesão irá sofrer comprometimento da motricidade e a pessoa perderá muito dos movimentos e sensações.

Esse é um problema gravíssimo de saúde e, o que é lastimável , bastante comum em nosso meio.

Assinale a alternativa que corretamente define as 33 vértebras da coluna.

a) Sete cervicais, dez torácicas, sete lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas.

b) Sete cervicais, doze torácicas, cinco lombares, cinco sacrais e quatro coccígeas.

c) Sete cervicais, doze torácicas, cinco lombares, seis sacrais e três coccígeas.

d) Sete cervicais, dez torácicas, cinco lombares, sete sacrais e quatro coccígeas.

Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: UNIO

13. Um trabalhador sofreu traumatismo raquimedular que provocou, além de paralisia dos músculos intercostais e abdominais, dificuldade respiratória importante e tetraplegia. Qual é a área da coluna vertebral de ocorrência de tal trauma ou lesão?

a) Cervical

b) Torácica

c) Lombar

d) Sacral

e) Coccígea

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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS –SP

14. Ao iniciar o plantão no setor de Pronto Socorro, o técnico de enfermagem recebeu um paciente vítima de acidente de moto, com suspeita de fratura do úmero (U) e do rádio (R). Esses ossos se localizam, respectivamente, em

a) U = braço; R = perna.

b) U = antebraço; R = braço.

c) U = perna; R = pé.

d) U = braço; R = antebraço.

e) U = coxa; R = perna.

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CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA

A maior parte das fraturas se consolida por meio de uma combinação de processos de ossificação intramembranosos e endocondrais. Quando um osso é fraturado, esse osso começa um processo de consolidação para restabelecer a continuidade e a força. Os fragmentos ósseos não são unidos com o tecido cicatricial; em vez disso, o osso se regenera.

Após uma fratura, todo o complexo sistema ósseo sofre um desarranjo. O processo de recuperação é bem‐orquestrado, resultando em um reparo e restauração da função do osso. A resolução de fraturas pode ser dividida em seis fases:

1. formação de hematoma e inflamação ‐ quando um osso é fraturado, o sangue vaza pelos vasos rotos e forma um hematoma entre as áreas da superfície saturada e ao seu redor. Também desencadeia a fase inflamatória da cicatrização.

2. angiogênese ‐ por meio de cascatas de citocinas ocorre a estimulação à angiogênese e o recrutamento de células para iniciar o reparo ao tecido ósseo.

3. formação de cartilagem ‐ com subsequente calcificação

4. remoção da cartilagem e então formação de osso

5. remodelação óssea ‐ substituição da cartilagem por tecido ósseo

6. remodelagem‐ o osso fibroso recém formado é gradualmente convertido a osso lamelar.

Bibliografia Dandy DJ; Edwards DJ. Fundamentos em Ortopedia e Traumatologia ‐ Uma Abordagem Prática. Elsevier, 2011.

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Fase I: fase reativa. Quando ocorre uma fratura, a resposta do organismo é semelhante à de qualquer parte do corpo após uma lesão. Ocorrem sangramento para o tecido ferido e vasoconstrição local, e um hematoma se forma no local da fratura. São liberadas citocinas, iniciando o processo de consolidação da fratura ao fazer com que células conhecidas como fibroblastos se proliferem, o que, por sua vez, faz com que ocorra angiogênese. O tecido de granulação começa a formar‐se dentro do coágulo e torna‐se denso. Essa fase do processo de consolidação normalmente é a mais dolorosa para o paciente.

Fase II: fase reparadora. Durante essa fase, o tecido de granulação é inicialmente substituído por um precursor do calo, chamado prócalo. Os fibroblastos invadem o prócalo e produzem um tipo mais denso de calo, que é composto principalmente por fibrocartilagem. Este calo fibrocartilaginoso é substituído por um calo ósseo mais denso entre aproximadamente 3 e 4 semanas póslesão. O osso lamelar então se forma, enquanto o calo ósseo se calcifica meses após a lesão.

Fase III: fase de remodelação. A fase final da consolidação da fratura resulta em remodelação do osso novo em seu arranjo estrutural antigo. O osso necrótico é removido pelos osteoclastos. Embora a estrutura final do osso remodelado se assemelhe à do osso intacto original, uma área mais espessa pode permanecer na superfície do osso após a consolidação. A remodelação pode levar meses a anos, dependendo da extensão da modificação óssea necessária, da função do osso e dos estresses funcionais sobre o osso.

3 Fases de Consolidação Óssea

FATORES QUE INFLUENCIAM NA CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA

tipo de osso fraturado

adequada irrigação sanguínea

o estado dos fragmentos da fratura

a imobilidade do local da fratura

Idade

saúde geral do paciente

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Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: HCFMUSP

15. O processo de consolidação óssea se dá em seis estágios, que são, respectivamente:

a) Atrofia, remodelagem, formação do osso, angiogênese, calcificação e remoção da cartilagem.

b) Fasciculação, angiogênese, calcificação da cartilagem, remoção da cartilagem, formação do osso e remodelagem.

c) Hipertrofia, hematoma e inflamação, angiogênese, calcificação da cartilagem, remoção da cartilagem e remodelagem.

d) Hematoma e inflamação, angiogênese, calcificação da cartilagem, remoção da cartilagem, formação do osso e remodelagem.

e) Contração isométrica do osso, formação do osso, angiogênese, calcificação da cartilagem, remodelagem e remoção da cartilagem.

Ano: 2014 Banca: IADES Órgão: SES‐DF

16. A consolidação óssea, em relação às suas fases, encerra‐se com ofenômeno da

a) remodelação.

b) proliferação celular.

c) mineralização.

d) ossificação.

e) condrogênese.

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OSTEOMIELITE

É uma condição caracterizada por um processo inflamatório acompanhado de destruição progressiva do tecido ósseo, tendo como causa a infecção por um microrganismo.

Sob o ponto de vista da anatomia, as estruturas que podem ser acometidas são: medula, cortical, periósteo e os tecidos vizinhos.

Levando‐se em consideração o tempo de evolução clínica, a doença é considerada aguda até aproximadamente 10 dias, após os quais ocorre a formação de osso necrótico, o que caracteriza a osteomielite crônica.

De acordo com o mecanismo fisiopatológico pelo qual a infecção se instala no osso, as osteomielites podem ser incluídas em um dos seguintes tipos: secundárias a um foco contíguo de infecção, secundárias à insuficiência vascular, e hematogênicas.

OSTEOMIELITEETIOLOGIA

O Staphylococcus aureus é o microrganismo mais frequentemente identificado na grande maioria dos casos de osteomielite. Osteomielite hematogênica: a bactéria mais frequente em todas as idades é o Staphylococcus aureus, porém

em recém nascidos, o Streptococcus também pode ser encontrado; infecções fúngicas podem ocorrer secundariamente ao uso de cateteres intravenosos, viciados em drogas injetáveis e pacientes com neutropenia de longa data; o uso prolongado de sondas vesicais pode estar associado à osteomielite por Pseudomonas aeruginosa, principalmente de vértebras lombares, assim como pode ocorrer com viciados em drogas injetáveis, sendo nesse caso o local mais acometido a coluna cervical

Osteomielite secundária a um foco infeccioso contíguo: em casos de osteomielite póstraumática, os germes mais comuns são, em ordem decrescente de frequência, S. aureus, cocos Gramnegativos, bacilos aeróbios e anaeróbios; em próteses articulares infectadas, também em ordem decrescente de frequência, os mais encontrados são: Staphylococcus coagulase negativo, S. aureus, Streptococcus, bacilos aeróbios Gram negativos

Osteomielite secundária à insuficiência vascular, que tipicamente acomete o pé diabético: o agente mais comum é o S. aureus, seguido de Streptococcus sp., Enterococcus sp., Staphylococcus coagulase negativo, bacilos e anaeróbios.

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OSTEOMIELITE

FIOSOPATOLOGIAFOCO INFECCIOSO

(Staphylococcus aureus )

RESPOSTA INFLAMATÓRIA Fluxo Sanguíneo

Permeabilidade capilar

SE NÃO COMBATIDO A INFECCÇÃO BACTERIANA

INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO

ABSCESSO Pressão Intramedular

INTERRUPÇÃO DO SURPIMENTOSANGUINEO

NECROSE DO OSSO

OSTEOMIELITE

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Osteomielite hematogênica

O quadro clínico em crianças geralmente tem início abrupto, com dor, calor, rubor e aumento devolume no local afetado, podendo ou não haver febre alta e prostração. Nessa faixa etária, alocalização mais frequente é a região metafisária de ossos longos, particularmente do fêmur e datíbia, e habitualmente como um foco único.

No adulto, a localização mais comum da osteomielite hematogênica é a coluna vertebral, em seuseguimento torácico distal e lombar, sendo raro nas vértebras cervicais. Geralmente tem inícioinsidioso, com dor na região da coluna que piora após movimentação, tosse, espirro. Pode haverfebre concomitante e o quadro clínico piora progressivamente sem tratamento.Caracteristicamente, há o envolvimento de duas vértebras adjacentes e subsequentemente o discointervertebral entre elas. Quando a coluna lombar está comprometida, o paciente pode referir dorabdominal, o que pode dificultar o diagnóstico correto da doença.

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OSTEOMIELITE

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Osteomielite secundária a um foco infeccioso

É o tipo mais frequente de osteomielite e pode ocorrer após as mais variadas situações, a saber:

• Fratura exposta

• Cirurgias ortopédicas, como fixações internas de fraturas e próteses totais ou parciais de articulações (quadril e

joelho, por exemplo)

• Infecção de partes moles, especialmente das mãos e dos pés

• A mandíbula ser invadida por abscessos dentários

• A infecção dos seios paranasais

Infecções que ocorrem após fraturas expostas ou cirurgias de osteossíntese geralmente provocam dor, febre e formação de pus, ao passo que aquelas que se instalam em próteses articulares evoluem de maneira insidiosa, sendo possível que se passem meses ou anos até a sua manifestação clínica.

OSTEOMIELITE

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Osteomielite secundária à insuficiência vascular

Pacientes portadores de doença vascular periférica grave, especialmente os diabéticos, podemapresentar osteomielite, principalmente no pé.

A doença se manifesta de maneira lenta e gradual, com dor e inchaço local, ou úlcera indolorcausada por neuropatia periférica. Geralmente não há febre associada.

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OSTEOMIELITEDIAGNÓSTICO

Exames laboratoriais

VHS e proteína C reativa podem estar aumentados em outras condições clínicas diferentes de osteomielite.

Hemocultura

Diagnóstico por imagem

Raio X, TC e RM

Cintilografia óssea

Punção e Biopsia

Cultura

Histopatológico

OSTEOMIELITE

TRATAMENTO

O uso profilático de antibióticos tem sido recomendado em pacientes submetidos aprocedimentos cirúrgicos ortopédicos, com o intuito de diminuir a incidência deinfecções após cirurgias em fraturas fechadas e próteses totais de quadril e joelho.

Uma vez definido o tipo de osteomielite e o microrganismo causador da infecção, otratamento deve ser iniciado imediatamente, com antibioticoterapia associada ounão à limpeza cirúrgica e estabilização do osso.

A limpeza cirúrgica, com drenagem de abscessos e remoção de implantes, ossonecrótico e tecidos desvitalizados, é necessária sempre que houver formação depus, detectada no momento da punção diagnóstica, ou quando a terapia comantibióticos não é capaz de deter a progressão do processo infeccioso.

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Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: EBSERH

17. Sobre a osteomielite, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

( ) A osteomielite é uma infecção do osso, que se torna infectado por uma extensão da infecção dos tecidos moles, como por exemplo úlcera vascular.

( ) Uma das causas da osteomielite é a contaminação óssea direta a partir da cirurgia óssea, fratura exposta ou lesão traumática.

( ) A osteomielite não ocorre por disseminação hematogênica.

( ) Os pacientes que se encontram em alto risco de osteomielite incluem apenas os mal nutridos ou obesos.

a) F,V,F,V

b) V,V,V,V

c) F,F,V,V

d) V,V,F,F

e) V,F,V,F

OSTEOPOROSE

A osteoporose é uma doença osteometabólica caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo com consequente aumento da fragilidade óssea e da susceptibilidade a fraturas

A resistência óssea é a resultante da integração entre a qualidade e a densidade mineral óssea (DMO). A qualidade óssea depende da arquitetura, do remodelamento ósseo, do acúmulo de lesão (microfraturas) e da mineralização. A DMO é determinada pelo pico de massa óssea adquirido e pela quantidade de perda de massa óssea.

As complicações clínicas da osteoporose incluem não só fraturas, mas também dor crônica, depressão, deformidade, perda da independência e aumento da mortalidade.

A osteoporose é uma doença metabólica do tecido ósseo caracterizada por perda gradual de massa óssea e que enfraquece os ossos por meio da deterioração da microarquitetura tecidual, tornando‐os mais frágeis e suscetíveis às fraturas.

Seja por definição densitométrica ou clínica (presença de fraturas por fragilidade), a osteoporose é indubitavelmente um grande problema de saúde pública.

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A definição clínica baseia‐se tanto na evidência de fratura como na medida da densidade mineral óssea(DMO), por meio de densitometria óssea, expressa em gramas por centímetro quadrado.

A National Osteoporosis Foundation – NOF, fundação norte‐americana de estudo sobre a osteoporose,caracteriza esta doença pelo aumento da fragilidade óssea e pelo risco de fratura, especialmente no que serefere a fraturas em coluna vertebral e quadril.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose destacam‐se: idade, sexo, índice de massacorporal, estilo de vida e história familiar.

O pico de massa óssea é atingido ao final da adolescência e mantido até a quinta década pela ingestãoalimentar adequada de cálcio e vitamina D e pela prática de exercício físico. A partir de então, ocorreprogressiva perda de massa óssea, acentuando‐se em mulheres na pós‐menopausa.

FATORES DE RISCO PARA

OSTEOPOROSE

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OSTEOPOROSE

DADOS EPIDEMIOLOGICOS

Estima‐se que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.

Estimativas revelam que a população brasileira propensa a desenvolver osteoporose aumentou de7,5 milhões, em 1980, para 15 milhões, em 2000

Aproximadamente 5% do indivíduos que apresentam fratura de quadril morrem durante ainternação hospitalar, 12% morrem nos 3 meses subsequentes e 20% morrem no ano seguinte aoda fratura, conforme dados norte‐americanos

A osteoporose é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em idosos.

Mais de 90% das fraturas de quadril são resultantes de quedas.

Cerca de 30% de todos os idosos caem, em média, pelo menos 1 vez ao ano, sendo que 5% dasquedas resultam em fratura.

Dados de instituições para idosos e de hospitais mostram que de 10% a 25% das quedas resultamem fratura, laceração ou outra causa de hospitalização

OSTEOPOROSE

CLASSIFICAÇÃO

A doença pode ser classificada, com base em sua etiologia, em primária e secundária.

A primária, que é a forma mais comum, é diagnosticada na ausência de doenças ou estárelacionada a outras condições que levem à diminuição da massa óssea.

A secundária é diagnosticada quando a diminuição de massa óssea é atribuída a outradoença ou está relacionada ao uso de medicamentos

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OSTEOPOROSE

FATORES DE RISCO PARA FRATURA

• idade;

• fratura osteoporótica prévia;

• baixo peso ou baixo índice de massa corporal ou perda de peso;

• uso de glicocorticoide (dose superior a 5 mg de prednisona/dia ou equivalente por período igualou superior a 3 meses);

• uso de alguns anticonvulsivantes (por interferência no metabolismo da vitamina D);

• sedentarismo;

• hiperparatireoidismo primário;

• anorexia nervosa;

• gastrectomia;

• anemia perniciosa;

• hipogonadismo masculino.

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OSTEOPOROSE

FATORES DE RISCO PARA SEGUNDA FRATURA DE QUADRIL

• quedas prévias

• déficit cognitivo

• longo período de internação em instituição

• doença de Parkinson

• perda ponderal

• idade avançada

• deficiência da mobilidade

• tontura

• conceito negativo da própria saúde

OSTEOPOROSE

SINAIS E SINTOMAS

É uma doença insidiosa que pode evoluir durante muitos anos sem qualquersintoma; sendo assim, a doença é assintomática a não ser que ocorra umafratura.

As fraturas mais comuns na osteoporose são: fratura por compressãovertebral, do punho e da região do quadril/fêmur proximal; podemos incluirtambém as fraturas dos arcos costais, da bacia ou do úmero.

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OSTEOPOROSE

DIAGNÓSTICO

DENSITOMETRIA ÓSSEA

A definição de osteoporose também está relacionada com a alteração dos valores dadensitometria óssea causada pela perda de massa óssea.

Calculada em desvios padrões (DP), tomando como referencia a DMO media do pico da massaóssea em adultos jovens. Os critérios diagnósticos propostos pela OMS baseados neste parâmetrosão:

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PROTOCOLO DE DMO (DENSITOMETRIA ÓSSEA)

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Serão incluídos neste Protocolo mulheres na pós‐menopausa e homens com idade igual ou

superior a 50 anos que apresentarem pelo menos uma das condições abaixo (11,13):

1‐ fratura de baixo impacto de fêmur, quadril ou vértebra (clínica ou morfométrica), comprovadaradiologicamente;

2‐ exame densitométrico com escore T igual ou inferior a ‐ 2,5 no fêmur proximal ou coluna;

3‐ baixa massa óssea (escore T entre ‐1,5 e ‐2,5 no fêmur proximal ou coluna) em paciente com idadeigual ou superior a 70 anos e “caidor” (2 ou mais quedas nos últimos 6 meses).

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Serão excluídos pacientes que apresentarem hipersensibilidade, contraindicação ou intolerância amedicamento preconizado neste Protocolo.

OSTEOPOROSETRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO

Exercício Físico

A atividade física contribui para a redução do risco de fratura de duas formas: Uma, porque a forçabiomecânica que os músculos exercem sobre os ossos é capaz de aumentar a densidade mineral óssea;assim, exercícios com ação da gravidade parecem desempenhar importante papel no aumento e napreservação da massa óssea. E outra, porque a atividade física regular pode ajudar a prevenir asquedas que ocorrem devido a alterações do equilíbrio e diminuição de força muscular e de resistência.

Prevenção de Quedas

Tendo em vista a forte relação causal entre queda e fratura osteoporótica, medidas de prevençãodevem ser universalmente adotadas, com ênfase na população idosa. Além dos exercícios físicos jácitados, a estratégia de prevenção deve incluir a revisão de medicamentos psicoativos e outrosassociados ao risco de quedas, avaliação de problemas neurológicos, correção de distúrbios visuais eauditivos e medidas de segurança ambiental conforme protocolos de prevenção de quedas.

Fumo e Álcool

O tabagismo deve ser rigorosamente desencorajado, bem como a ingestão excessiva de álcool.

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OSTEOPOROSE

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Apesar de vários nutrientes estarem envolvidos na formação e manutenção da massa óssea, ocálcio e a vitamina D são os mais importantes.

Aconselha‐ se ingestão equivalente a 1.200‐1.500 mg de cálcio elementar por dia. Caso o consumoseja inferior a essa quantidade, o que é frequente, o cálcio deve ser suplementado.

A vitamina D influi não só na absorção do cálcio e na saúde óssea como também no desempenhomuscular, equilíbrio e risco de queda.

Recomenda‐se a ingestão diária de 800‐1.000 UI de vitamina D para adultos com 50 anos ou mais.

A vitamina D pode ser encontrada no leite fortificado e em cereais, ovos, peixe de água salgada efígado.

A exposição solar da face, tronco e braços antes das 10 horas ou após as 16 horas por no mínimo15 minutos, 2‐4 vezes por semana, também é recomendada, salvo por contraindicaçãodermatológica.

A reposição de vitamina D pode ser feita por meio da administração da vitamina (colecalciferol) oude seus análogos, como o calcitriol.

OSTEOPOROSE

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Bifosfonatos orais: Alendronato de sódio / Residronato de Sódio /

Pamidronato dissódico

Embora não haja evidência de superioridade de um bisfosfonado em relação aos outros naprevenção de fraturas ou em termos de perfil de efeitos adversos, a escolha de alendronatode sódio ou risedronato de sódio como representantes da classe baseia‐se na maiorexperiência de seu uso e no menor custo.

Obs.: A maioria dos estudos que embasam o uso de medicamentos na prevenção de fraturasosteoporóticas tem seguimento de 3‐5 anos.

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A densitometria óssea da coluna lombar e do fêmur proximal podem ser repetidas anualmente nos primeiros 2anos, de preferência, no mesmo aparelho do exame do início do tratamento e em serviço que mantenha umcontrole de qualidade técnica.

Nos indivíduos com fraturas ou alterações degenerativas lombares e nos idosos deve‐se valorizar as medidas docolo do fêmur e fêmur proximal total para estimar a eficiência do tratamento.

Após completar o tempo de tratamento proposto, os pacientes devem ter o acompanhamento mantido, comavaliações constando de anamnese e exame físico, a cada 6 a 12 meses.

Densitometria ao final do primeiro ano:

• Igual ou melhor que a basal: manter tratamento e repetir densitometria a cada 2 anos

• Pior que a basal (com redução significante do escore): manter tratamento e repetir densitometria em 1 ano

• Recomenda‐se a realização de raios‐X da coluna vertebral torácica, no mínimo em perfil, antes do início dotratamento e após o primeiro ano de tratamento nos pacientes com osteoporose estabelecida

• Monitoração da calciúria deve ser realizada a cada 6 meses e, caso alterada (menor que 50mg/24 horas)pode indicar falta da ingestão de cálcio, má absorção intestinal ou resistência à vitamina D; caso maior que4 mg/kg do peso/24 horas, indica hipercalciúria e as doses de cálcio e vitamina D devem ser reduzidas.Avaliação da calcemia e da função renal são recomendadas anualmente e/ou nas situações de alteração dacalciúria.

MONITORIZAÇÃO

OSTEOPOROSE

PREVENÇÃO DE FRATURA

Como principais metas dos programas de prevenção de fraturas por osteoporose destacam‐se:

Boa ingestão de cálcio e vitamina D, quer sob a forma de programas dietéticos quer comosuplementação

Exercícios físicos adequados ao biotipo individual de cada paciente

Trabalho orientador nos domicílios para eliminar as denominadas “armadilhas arquitetônicas”, ouseja, fatores que possam aumentar a exposição das pessoas idosas às quedas e aos acidentes.Tapetes soltos, móveis no trajeto principal da pessoa, iluminação adequada etc

Protocolos de tratamento medicamentoso da osteoporose, utilizando drogas antirreabsortivas ouindutoras da neoosteogênese.

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Ano: 2013 Banca: FCC Órgão: TRT – 5ª REGIÃO BA

18. Uma mulher com 50 anos de idade, magra e de baixa estatura é sedentária, tabagista,faz uso frequente de corticoides e, praticamente não se expõe ao sol. A dieta, que a mesmaconsome, é rica em carne, e diz não gostar de verduras, queijos ou iogurtes, pois prefereingerir pães. Gosta de alimentação com muito sal e bebe, aproximadamente, seis xícaras decafé ao dia. Há relato de que a menarca foi precoce, que a menopausa ocorreu aos 45 anos,e que não teve filhos. De acordo com o MS (2007), nesta situação, dentre os fatores de riscopara osteoporose e fraturas ósseas, estão:

a) menarca precoce, baixa ingestão de cálcio e alta ingestão de sódio.

b) idade avançada, uso de corticoides e menarca precoce.

c) sedentarismo, tabagismo e baixa ingestão de sódio.

d) baixa estatura, menopausa aos 45 anos e alto peso.

e) dieta rica em proteína animal, alto consumo de xantina e a nuliparidade.