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SEPARAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DA ESCOLA: uma
reflexão sobre o desperdício
Isabel Flores Ferreira1
Orientadora: Drª Marcia Regina Royer2
Resumo: A presente pesquisa descreve os passos da iniciativa de uma escola ao adotar um plano estratégico de combate ao desperdício de insumos naturais, especificamente de sobras de alimentos e papel. Um dos objetivos é possibilitar aos alunos subsídios teórico-práticos embasados em atividades como a quantificação e caracterização dos resíduos sólidos gerados na escola, com o intuito de combater o desperdício e incentivar a reutilização e a reciclagem. A metodologia utilizada compõe uma unidade didática dividida em nove momentos trabalhados com uma turma de 9º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública, os quais abordam os temas-aulas: Pegada Ecológica; Consumo-Consumismo; Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva; Papel; Plástico; Reciclagem; Desperdício de Alimentos e Compostagem. A implementação das ações descritas, favoreceu visivelmente a higienização do ambiente escolar. Observou-se também o crescimento intelectual e participativo dos alunos e o senso de responsabilidade e dinamismo que agora demonstram ao cuidar do ambiente escolar e propagar seu conhecimento em conferências municipais e regionais. Atualmente os papéis e plásticos descartados no Colégio são doados a catadores e os resíduos orgânicos gerados na cozinha são depositados na composteira. Concluímos que é possível motivar os alunos a mudar suas atitudes no que se refere à preservação do meio ambiente sensibilizando-os através da adoção de uma postura mais responsável frente ao descarte dos resíduos sólidos, a fim de que sejam multiplicadores de uma prática de comportamento ambiental responsável.
Palavras-chave: Desperdício. 3Rs. Coleta seletiva escolar.
1- INTRODUÇÃO
No atual contexto social, político e econômico de nossa sociedade, é
premente a necessidade de mudanças e inovações das instituições no que se refere
à preservação do meio ambiente.
A questão ambiental é de tamanha relevância que necessita ser discutida por
toda a sociedade civil, assim como se faz necessário o empreendimento de ações
que abranjam todos os níveis sociais e espaços geográficos. Neste processo estão
as escolas que, através do seu colegiado, buscam novas formas de gestão. A
escola, além de difundir conhecimentos, forma opiniões, tendo, portanto,
fundamental importância, para que se encontrem maneiras simples e práticas para
enfocar o problema dos resíduos sólidos, através de dinâmicas propícias à “reflexão,
participação, compromisso e mudança de atitudes para com a proteção da natureza”
(ALENCAR, 2005, p. 99).
1 Professora da Rede Pública Estadual do Paraná – Participante do PDE – 2012.
2 Professora do Colegiado de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Paraná – UNESPAR –
Campus de Paranavaí.
Segundo Felix (2007, p. 58), “a proposta da coleta seletiva do lixo escolar é
uma ação educativa que visa investir numa mudança de mentalidade como um elo
para trabalhar a transformação da consciência ambiental”.
Portanto, a ação de separar os resíduos sólidos produzidos na escola
propiciará à comunidade escolar a oportunidade de se obter uma visão crítica sobre
a problemática do descarte.
Estando em vias de ser implantado o serviço de coletiva seletiva do lixo no
município de Maria Helena - PR, a escola torna-se uma parceira fundamental na
dinâmica de informação e disseminação do conhecimento sobre esta prática.
As instituições educacionais, no desenvolvimento de suas atividades
pedagógico-administrativas, costumam gerar uma grande quantidade de resíduos,
são restos de alimentos deixados nos pratos; papéis utilizados nas atividades
pedagógicas e administrativas; resíduos provenientes de embalagens de alimentos
consumidos pelos alunos e descartados no pátio da escola, provocando degradação
da paisagem e se constituindo em foco de contaminação e causa de vários tipos de
problemas ambientais e de saúde para a comunidade escolar. Qual o destino de
todo esse resíduo gerado? Quanto de resíduo é gerado? Como poderia se
reaproveitado todo esse resíduo? São questões que precisam e devem ser
discutidas pela comunidade escolar.
Com práticas educativas, muitas ações podem ser desenvolvidas para que os
resíduos gerados pela comunidade escolar sejam reaproveitados.
1.1. A exploração dos recursos naturais e o consumismo
Desde o nascimento até o último dia de vida, os seres humanos necessitam
dos recursos naturais para sua alimentação, vestuário, abrigo e higiene. Para
satisfazer essas necessidades os seres humanos exploram e poluem os recursos
naturais destruindo os ecossistemas, sem nunca se preocupar com o saldo que
possuem dessa herança recebida, e com o fato de que esse patrimônio não
consegue recuperar-se com a mesma rapidez com que é dilapidado.
Como a população mundial só tende a crescer, é preocupante a escassez que
alguns países já vêm enfrentando, após esgotar seus recursos próprios.
Na educação ambiental é possível presenciar a busca de alternativas para
alguns problemas da atualidade, como por exemplo, o excesso de lixo em lixões
abertos, em ruas e terrenos baldios, alguns desses lixos poderiam por meio da
coleta seletiva tornarem-se recicláveis ou reutilizados.
O excessivo consumo de recursos naturais para prover o consumismo de
produtos naturais e industrializados, tem degradado os ambientes e gerado uma
grande quantidade de resíduos.
Segundo dados do MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E ABASTECIMENTO-
MAPA (2012), nos últimos anos o Brasil se tornou um dos maiores exportadores
mundiais de alimentos e fibras negociando com mais de 180 países.
Para Dias (2002, p.171) “a teia de interações e impactos negativos sobre o
ambiente, gerados pelas atividades para a produção de alimentos da espécie
humana, é extensa”. Nessa conta somam-se parcelas de água, energia, desgaste do
solo por monoculturas e poluição dos recursos naturais. Dentro deste contexto, para
consumir, gastar, fazer uso de mercadorias e/ou bens é necessário, antes de tudo,
produzi-los. Mas, para produzi-los, é necessário que haja insumos, ou seja, recursos
naturais. Assim, quanto maior o consumo, maior é a devastação que a espécie
humana executa sobre os recursos naturais do planeta, levando-o à exaustão.
Os padrões de consumo são ditados pelas nações ricas e influenciam os
sistemas político, educacional e a mídia em geral. Seu meio de produção é o
capitalismo que visa à acumulação de riquezas. Seu fundamento é o lucro a
qualquer preço, com bases vinculadas à venda e ao consumo. Para tanto, a
produção precisa aumentar e desta forma, o meio ambiente não tem tempo para
regenerar-se.
A produção para ser consumida ativa a mídia através de propagandas que
induzem o consumo sob a perspectiva de que o produto é indispensável à felicidade,
levando as pessoas a gastar cada vez mais em busca da ilusão de um estilo de vida
cheio de fantasias e promessas, para o qual nada é o suficiente e o tudo é pouco,
transformando o que o consumidor acha que precisa em uma necessidade. Os
meios de comunicação, financiados pela indústria são os agentes estimulantes do
consumo exacerbado, fazendo a ponte produtor-consumidor.
Esse sistema acima, apresenta variantes bem sutis, como por exemplo, a
obsolescência, que no entender de Brügger (2005, p. 145), “é uma das principais
facetas do consumismo desenfreado que caracteriza nossa sociedade e um dos
temas de discussão mais importantes subjacentes à problemática ambiental”.
Além de explorar as fontes de matéria prima, a obsolescência, tanto
programada como perceptiva, conduz ao desperdício, à geração de resíduos e à
exclusão social.
O acúmulo de resíduos, portanto, é apenas a ponta do iceberg de toda a
problemática que o envolve.
De acordo com Scarlato e Pontin (2001, p. 51-53) “os habitantes da moderna
sociedade, principalmente aqueles das grandes concentrações urbanas, dispõem de
uma gama muito variada de artigos de consumo”.
Se antes os resíduos só eram considerados produtos gerados nas grandes
cidades, atualmente já não o são, pois são produzidos por todo e qualquer habitante,
independente do endereço. Até as minúsculas cidades e distritos do nosso país,
possuem uma loja que comercializa um tipo de mercadoria normalmente produzido
em países asiáticos, e pirateado para ser vendidas a preços muito abaixo dos
produtos nacionais. Com isto, as pessoas de menor poder aquisitivo também se
tornam grandes consumidoras e geradoras de muitos resíduos. Além do aumento do
consumo o descarte é mais rápido.
1.2. Coleta Seletiva e a prática dos 3Rs
Reciclagem é o reaproveitamento de materiais que por algum motivo, foram
descartados e teriam como destino final: o lixão, o aterro sanitário ou a incineração,
os entulhos, as ruas, os bueiros, os rios, os oceanos.
Há uma urgência em sanear os ambientes, mas para tanto há que se ter
vontade política e a cooperação de toda a população. Atitudes ainda pouco usadas
pela população são a Coleta Seletiva e a prática dos 3Rs (Reduzir, Reutilizar e
Reciclar).
Na prática do conceito dos 3Rs, a reciclagem é a última das opções,
devendo-se, portanto, optar em colocar os primeiros conceitos em ação, evitando-se
chegar à 3ª e última alternativa a ser praticada.
Para Alencar (2005, p. 102),”quando não é mais possível reaproveitar um
produto, a alternativa é aproveitar a matéria-prima que o constitui, ou seja, fazer uma
reciclagem”. Desta forma, os resíduos que seriam descartados são aproveitados
para fabricar outros produtos, semelhante ou não ao original.
O problema dos resíduos nas grandes cidades tem suscitado a discussão e
gerado campanhas educativas com o intuito de chamar a atenção para a
necessidade de reciclar. Os centros urbanos com contínuo crescimento
populacional, tem tido dificuldades em conseguir locais para depositar seus
resíduos. Sendo assim, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável, apesar
de paliativa.
A reciclagem apresenta como vantagem o fato de que reduz o consumo de
recursos naturais e diminui o volume de resíduos e consequentemente, da poluição.
Podendo assim ser fonte de renda para os catadores.
Os materiais que podem ser reciclados são: vidro, plástico, papel, papelão,
Tetra Pak e alguns metais utilizados em latas de refrigerantes, alimentos, entulho de
construção, pneu, peças de computador e fios de cobre entre outros.
A Lei Nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, Artigo 33 (Brasil, 2010),
regulamentada pelo Decreto nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010 (Brasil, 2010),
estabelece a logística reversa: alguns produtos, no final da sua vida útil, deverão ser
recolhidos pelos seus respectivos fabricantes, como por exemplo: pilhas, baterias,
lâmpadas, pneus, produtos eletrônicos, entre outros. E em seu Artigo 54, define que
todos os municípios a partir de 2014, estarão proibidos de colocar em aterros
sanitários qualquer tipo de resíduo que seja passível de reciclagem ou reutilização.
É pertinente lembrar que, a reciclagem só tem êxito quando a população
participa ativamente da coleta seletiva, pois assim o material é encaminhado para os
centros de triagem para fazer a separação dos diversos tipos de materiais
recicláveis, enfardamento e encaminhamento para as empresas recicladoras.
O papel, por exemplo, é reciclável, isto é, quando descartado pode ser
reaproveitado após tratamento; é compostável (misturado a outros resíduos,
transforma-se em fonte de nitrogênio para os microrganismos); é incinerável
(altamente inflamável, e na queima gera energia); é biodegradável (se decompõe em
presença de oxigênio, luz, calor, umidade e manejo contínuo).
Segundo a BRACELPA (2010), no Brasil, as principais fontes de madeira
utilizadas na produção de celulose (fibra natural da qual se obtém o papel) são as
florestas plantadas de Pinus e de eucalipto, responsáveis por mais de 98% do
volume produzido. A celulose também pode ser obtida de outros tipos de plantas,
como bambu, babaçu, sisal e resíduos agrícolas (bagaço de cana de açúcar).
Apesar de todas as vantagens anteriormente expostas, Dias (2002, p. 165)
comenta que “para produzir uma tonelada de fibra virgem são necessários 44 mil a
83 mil litros de água. Sua conversão em papel requer também muita energia elétrica
e a utilização de produtos químicos que acabam gerando resíduos altamente
poluentes”. Portanto, é importante que o papel seja reciclado, pois isso traz
vantagens para a natureza, já que reduz a poluição do ar e dos rios, evita o
entupimento de bueiros nas cidades que possuem rede de esgoto, evitando o
alagamento. Porém, outros fatores, como a adoção de padrões de consumo
responsável, antecedem a aplicação dessa política.
Outro grande poluente do meio ambiente é o plástico, quimicamente
denominado polímero, que segundo Covre (2001, p. 585) são compostos formados
por macromoléculas, derivadas da combinação de pequenas moléculas
denominadas monômeros. Os polímeros naturais são comuns em plantas e animais,
formando algodão, madeira, cabelos, chifre de boi, látex, entre outros. (PARANÁ-
SEMA, 2005, p. 4-5).
Os polímeros sintéticos são derivados da nafta extraída do petróleo, num
processo utilizado pela indústria denominado craqueamento, que resulta no plástico.
Esse polímero sintético pode ser moldado e remoldado, é pouco denso, muito
resistente, não enferruja. Porém, com uma desvantagem, não é biodegradável.
Sendo assim, é um dos maiores poluidores do ambiente, pois atualmente é
amplamente utilizado pela indústria, estando presente em quase todas as
embalagens, calçados, vestuário, construções, computadores, utensílios domésticos,
veículos, entre outros.
O tempo de decomposição do plástico é de 100 anos. Além disso, nos lixões,
o plástico pode queimar indevidamente e sem controle. Em aterros sanitários, ele
dificulta a compactação e prejudica a decomposição dos elementos degradáveis
(ALENCAR, 2005, p. 98). Portanto, é imprescindível a sua reciclagem, além do
incentivo às pesquisas em busca de novos materiais que o substitua.
Várias pesquisas têm sido feitas para viabilizar a produção de bioplástico,
utilizando matéria orgânica, como fécula de mandioca, amido de milho, açúcar,
bagaço da cana de açúcar e grama, com vistas e diminuir o impacto ambiental
provocado por esse material.
Outro fator de grande impacto ambiental é o desperdício de alimentos, pois o
acúmulo de detritos nos lixos e lixões, polui o ambiente e coloca a saúde da
população em risco. A dicotomia é que enquanto a fome faz parte do cotidiano de
milhões de pessoas no mundo inteiro, o desperdício de alimentos está presente nos
domicílios, escolas, restaurantes, supermercados, lavouras, feiras livres entre outros.
As perdas são provocadas pelas máquinas desreguladas que fazem as
colheitas nos campos de cultivo; transporte não apropriado; armazenamento
irregular; descarte de legumes, frutas, verduras e grãos nos locais de venda; restos
de comida nos pratos dos mais diversos ambientes onde ela é preparada e
consumida; produtos deteriorados nas geladeiras residenciais devido a falta de
planejamento das compras, entre outros fatores.
Aliando o desperdício à prática errada da alimentação, enquanto alguns
desenvolvem a obesidade, outros sofrem de desnutrição crônica. Segundo o
INSTITUTO AKATU (2004, p. 71) dos 43,8 milhões de toneladas anuais de lixo
urbano gerados no Brasil por ano, cerca de 65% correspondem a restos alimentares.
A medida correta para tratar os resíduos alimentares é a coleta seletiva com
vistas à reciclagem através da compostagem que é um processo no qual a matéria
orgânica putrescível é degradada biologicamente, obtendo-se um produto que pode
ser utilizado como adubo permitindo, dessa forma, aproveitar os resíduos orgânicos,
que constituem mais da metade do resíduo domiciliar. A grande vantagem é que ela
pode ser feita em casa, nas escolas, condomínios ou em unidades próprias.
Na zona rural, onde há atividade avícola ou pecuária, as fezes, também
chamadas de estrume produzem um excelente composto orgânico que poderá ser
aplicado nas lavouras, pastagens, hortas e pomares. Como o esterco contém
nitrogênio e outros nutrientes, se não forem aproveitados através da compostagem,
irão poluir o solo e as águas, além de provocar um odor fétido, atraindo moscas e
mosquitos.
Segundo o manual de educação consumo sustentável (BRASIL, 2002), na
região de Concórdia - SC, devido a intensiva criação de suínos e aves e, sem
tratamento e manejo adequados dos resíduos orgânicos, ocorreu a contaminação
dos reservatórios de água da região, comprometendo a qualidade da água.
Quando se trata os resíduos orgânicos utilizando-se a técnica da
compostagem, elimina-se a contaminação do ambiente e ainda gera lucro para o
produtor que pode vendê-lo, aumentando sua renda.
A utilização de compostos orgânicos substitui à altura os fertilizantes
químicos, por conter fungicidas naturais, além de microrganismos que ajudam a
aumentar a retenção de água pelo solo, diminuindo os gastos com herbicidas
barateando os custos de produção.
É necessário conhecer a longa história da implantação da coleta seletiva no
Brasil para a tomada de decisões. Bittar (2011) relata que o marco inicial da coleta
seletiva data de outubro de 1989, quando Francisco Rollemberg, senador na época,
apresentou uma proposta que tratava do acondicionamento, coleta, tratamento e
destinação final dos resíduos de serviços sanitários. Vinte anos se passaram e a
coleta seletiva não está implantada em todos os municípios brasileiros. Portanto,
impera a necessidade de levar estas questões para a sala de aula e discuti-las com
os alunos, na busca de soluções.
Neste sentido, merece destaque as palavras de Sorrentino (2005) ao exortar
cada um e todos os habitantes da Terra ao compromisso da participação nas
discussões sobre o futuro do nosso planeta e na tomada de decisões que o
momento exige. Nesse diálogo, as minorias deverão ser inclusas, atendendo à
necessidade de ouvi-los em sua diversidade, em busca de respostas e soluções
aos problemas. Para que participem efetivamente das decisões é necessário que
lhes sejam dadas informações a respeito dos fatos e suas agravantes, criar
ambientes de discussão, suscitar responsabilidade, delimitar poderes e possibilitar
condições a que todos participem.
Jacobi (2005) comunga destas ideias, ao considerar a participação como um
instrumento essencial para a transformação das relações entre sociedade e
ambiente. Devido o agravamento da crise ambiental, são necessários novos
saberes, para tanto, a educação para a cidadania motiva e sensibiliza os atores
envolvidos. Participar dessa grande empreitada é dever de cada cidadão.
Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi sensibilizar os alunos sobre a
problemática do descarte dos resíduos sólidos no ambiente escolar e capacitá-los a
fazer, futuramente, a coleta seletiva dos resíduos sólidos domiciliares, inserindo-os
no programa de coleta seletiva municipal.
2. METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida no Colégio Estadual Professora Leonídia
Pacheco-EFM, situado na cidade de Maria Helena, município da região noroeste do
Estado do Paraná, com uma turma de 9º ano.
Durante a primeira reunião pedagógica do ano letivo de 2013, a equipe
administrativa escolar cedeu tempo para que o Projeto de Implementação
Pedagógica fosse apresentado aos educadores presentes, ocasião em que além da
apresentação detalhada, foi solicitado o empenho dos colegas na divulgação e
colaboração do mesmo a fim de que o trabalho pudesse, além de somar esforços,
alcançar outros espaços e multiplicar o número de pessoas beneficiadas.
A repercussão foi imediata, pois conseguiu adesões muito importantes, como
a do professor de Educação Física que já vinha demonstrando preocupação com o
descarte de resíduos sólidos nos espaços em que desempenha suas funções; do
vice-diretor que já havia solicitado que algum professor projetasse o plantio de
árvores para substituir as que foram cortadas por ocasião da construção da quadra
coberta; da diretora que prontificou-se a adquirir o material que fosse necessário;
das pedagogas que planejaram o horário das aulas em contra-turno, de modo a
facilitar a participação do maior número possível de alunos.
No primeiro dia de aula o projeto e o cronograma das ações foi apresentado
aos alunos, obtendo total aceitação e entusiasmo por parte deles.
As atividades tiveram a seguinte sequência:
1. Socialização e discussão do texto Carta da Terra, pois segundo Carvalho (2004),
a proposta de uma educação ambiental crítica, faz sentido quando atinge as relações
entre o indivíduo e os seus semelhantes, fazendo conexões entre si e a coletividade,
estabelecendo relações de pertencimento e responsabilidade entre o indivíduo, o
coletivo e o meio que os cerca.
Foram distribuídas cópias da “Carta da Terra” para os alunos que formaram
cinco grupos, de modo que cada grupo discutiu um dos tópicos: Preâmbulo; Terra,
nosso lar; A situação Global; Desafios Futuros; Responsabilidade Universal. Os
alunos foram instigados a contextualizar o texto através da realidade individual e
coletiva; listando as responsabilidades; buscando alternativas. Após as discussões,
apresentaram as conclusões em plenária.
2. Leitura e discussão do texto Humanidade já está vivendo de “crédito
ecológico”, seguido de cálculo individual da pegada ecológica através do
Ecological Footprint Calculator (GLOBAL FOOTPRINT NETWORK, s/d) realizado
no laboratório de informática da própria escola.
Os resultados individuais foram mostrados nos pequenos grupos, e
posteriormente no grande grupo, quando foi discutido o resultado coletivo e
analisado o significado das alternativas de cada questão do teste. Os alunos foram
orientados a seguir a atividade, clicando nos links que orientam como diminuir a
pegada ecológica.
3. Apresentação do vídeo “A história das coisas”, com paradas para discussão nos
vários temas abordados para melhor compreensão. Após a apresentação, os alunos
receberam uma folha com algumas questões avaliativas sobre o vídeo e revistas
descartadas para pesquisar sobre propagandas e analisá-las sobre a ótica do
consumismo. Confeccionaram cartazes sob um novo olhar dirigido à propaganda e
exporam no mural do Colégio.
4. Durante uma semana, diariamente e com a ajuda das responsáveis pela limpeza,
os alunos recolheram os resíduos sólidos descartados nas salas de aula, área
administrativa, pátio e quadra coberta. Pesaram, acondicionaram em sacos plásticos
e estocaram.
5. Os alunos foram reunidos na varanda do Colégio ocasião em que separaram os
resíduos sólidos recolhidos. Os plásticos e metais foram encaminhados a um catador
local. A seguir analisaram as causas do descarte dos papéis.
6. Os papéis foram rasgados e depositados na composteira, sendo alternados com
camadas de resíduo orgânico cru (cascas de banana, cascas e miolos de abóbora e
sabugos de milho verde) provenientes da merenda escolar preparada naquele dia, os
quais foram picados de modo a acelerar a decomposição. Essa composteira,
medindo 4m² foi construída utilizando lajotas e acabamento cimentado por dentro.
7. Apresentação do vídeo “Consumo” da série consumo consciente, episódio 05-
Embalagens (INSTITUTO AKATU, TV FUTURA E HP) seguido de discussão sobre a
evolução da produção e descarte dos resíduos sólidos com interpretação escrita em
folha digitada sobre questões pertinentes ao tema. A seguir foram plantadas ervas
aromáticas e medicinais em embalagens Pet.
8. Apresentação do filme “Quixote Reciclado” (TETRA PAK – Cultura Ambiental
nas Escolas) com registro das considerações individuais sobre a questão ambiental
em relatório pré-elaborado no qual foi solicitado os esclarecimentos dados sobre
“lixão”, “chorume”, “aterro sanitário”, “os catadores”, “reciclagem”, além de opinarem
sobre a veracidade dos eventos retratados e a descrição das cenas que julgaram
coerentes e fiéis à realidade.
9. Foi realizada uma palestra pelo biólogo Edson Luis Garcia que orientou os alunos
e professora sobre a importância e o procedimento correto de coletar o solo do pátio
escolar para análise química dos seus componentes de modo a prepará-lo com
antecedência, caso necessário, para receber plantio.
10. Coleta de solo realizada pelos alunos, com aplicação dos conhecimentos
adquiridos através de palestra e o devido encaminhamento para análise.
11. Visita a uma empresa recicladora instalada na região central de Paranavaí. A
empresa opera há 20 anos no mercado de compra, reciclagem e venda de pellets de
polímeros 2-PEAD, 4-PEABD e 5-PP. Na ocasião os alunos puderam entrevistar seu
proprietário que mostrou e explicou todo o processo de transformação dos polímeros
e o tratamento local da água descartada nas operações.
12. Plantio de árvores ornamentais no pátio do Colégio, no dia 05 de junho de 2013,
em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente. As mudas foram plantadas
em covas anteriormente preparadas com o composto orgânico e protegidas por
grades confeccionadas pelos próprios alunos.
13. O término da implementação ocorreu nos dias 24 e 25 de outubro de 2013,
durante a Mostra Cultural, ocasião em que os alunos demonstraram à comunidade
escolar as técnicas de separação, higienização e acondicionamento dos resíduos
sólidos secos; a maneira correta de aproveitamento dos resíduos sólidos orgânicos; o
composto orgânico produzido na composteira escolar e todos os trabalhos
produzidos durante a implementação do Projeto: reutilização de embalagens pet,
plástico, vidro, lâmpadas, papelão, madeira, tecido, barbante e Tetra Pak.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A geração de resíduos no Colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco-
EFM sempre foi uma questão preocupante por parte do seu corpo docente e
administrativo, tanto que foi o tema escolhido para elaboração e implantação do
projeto em questão.
As indagações feitas no início do projeto puderam ser respondidas no seu
decorrer.
A produção semanal de resíduos sólidos nos diferentes locais do colégio, foi
qualificada e quantificada e os dados estão na tabela 1, onde pode-se verificar que a
cozinha é o local onde mais se produz resíduos. Antes os resíduos orgânicos eram
doados para criadores de porcos ou jogados no fundo do quintal, agora são
aproveitados na composteira escolar.
Tabela 1. Local de coleta dos resíduos sólidos do Colégio Estadual Profª Leonídia Pacheco,do município de Maria Helena-PR.
Local do recolhimento Peso em kg
Salas de aula 5,0
Dep. Administrativas 2,0
Pátio 3,0
Cozinha 10,0
Total 20,0
Na tabela 2, pode-se verificar os diferentes tipos de resíduos sólidos
produzidos no colégio estudado. Visualiza-se um desperdício de papel que deve ser
considerado, visto que num ano escolar com 204 dias letivos (29 semanas),
descartando-se 8kg por semana, haverá um desperdício de 232kg, que ao ser
multiplicado por quatro anos atingiria quase uma tonelada. Atualmente os papéis,
plásticos e metais descartados no espaço escolar são vendidos a catadores e o
lucro é aplicado na compra de produtos e equipamentos para a cozinha.
Tabela 2. Tipo de resíduo sólido recolhido do Colégio Estadual Profª Leonídia Pacheco, do município de Maria Helena-PR.
Tipo de resíduo sólido recolhido Peso em kg
Papel 8,0
Plástico. 1,5
Metal 0,5
Registra-se na tabela 3 os resíduos orgânicos da merenda escolar. Este
resultado é variável ao longo do ano, devido a sazonalidade dos alimentos recebidos
da compra direta dos agricultores. Frutos como abacaxi, laranja e banana assim
como verduras e legumes, rendem muito material para alimentar a composteira.
Porém no período da coleta, os sabugos de milho se destacaram.
Tabela 3. Resíduos orgânicos da merenda do Colégio Estadual Profª Leonídia Pacheco, do
município de Maria Helena-PR.
Resíduos orgânicos da merenda escolar Peso em kg
Casca de banana 3,0
Casca e miolo de abóbora 2,0
Sabugo de milho verde 5,0
Em relação aos resultados da compostagem, o grande volume de chuvas do
mês de março e abril (452,1 mm) atrasou a maturação do composto.
A partir da 2ª quinzena de abril cessaram as chuvas e pode ser observada a
transformação dos materiais que, aos poucos foi adquirindo uma coloração marrom
escura, apesar de ainda haver alguns pedaços de papel compactados. Apesar de
não podermos observar os microrganismos, sabe-se que eles foram responsável
pela decomposição além de muitas minhocas que migraram para o local. De acordo
com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2005, p.4) diversos
organismos participam da decomposição, dentre eles os microrganismos como
fungos e bactérias e os macrorganismos como protozoários, minhocas, besouros,
lacraias, formigas, aranhas, entre outros.
Na tabela 4, encontra-se o resultado da análise química do solo o qual foi
coletado no pátio do colégio. O resultado apontou que o solo era ácido com 2,74
cmol/dm³ de acidez potencial e com pH de 5,52. Desta forma, ouve a necessidade
de corrigir seu pH com aplicação de calcáreo dolomítico.
Tabela 4. Resultado da análise química do solo do pátio do colégio Estadual Professora Leonídia Pacheco, Maria Helena, PR.
No final de maio o composto estava pronto para ser utilizado, pois, ainda de
acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2005), o ponto de
maturação é atingido quando o composto apresentar certos sinais, como a cor
marrom escura, textura homogênea, cheiro de bolor e sem restos vegetais. Dos
18Kg de resíduos sólidos adicionados à composteira, obteve-se 10kg de composto.
Experiências semelhantes foram realizadas em Araguari-MG e descritas por
Santos e Fehr (2007) com alguns diferenciais: Na primeira escola, denominada
C.E.M.Mário da Silva Pereira foram utilizados resíduos orgânicos domésticos,
mg/dm³ Fósforo 15,20
g/dm³ Carbono 2,92
pH – CaCl2 5,52
cmol/dm³ Alumínio
Acidez potencial
Cálcio
Magnésio
0,00
2,74
1,88
1,50
escolares, palha de café, grama e folhas secas, todos misturados. Na segunda
escola, denominada C.E.M.Papa João XXIII utilizou-se resíduos orgânicos crus,
cozidos, palha de arroz, serragem e folhas secas para cobertura. Neste caso,
durante todo o período de compostagem, a composteira recebeu resíduos. Em
ambos os casos foi necessária a rega para umidificar o material. Conforme relato, os
dois compostos apresentaram composição dentro dos padrões estabelecidos e
sendo então usado no jardim escolar.
Concluímos que é possível diversificar os componentes a ser compostados,
não descartando nenhum tipo de resíduo orgânico.
Vale ressaltar que a forma como ocorreu a intervenção pedagógica, através
de temas geradores, favoreceu o seu resultado positivo.
Coaduna-se com estas reflexões o pensamento de Lima (2004) ao afirmar
que a educação libertadora proposta pela pedagogia freireana, enriquece teórica e
metodologicamente a prática ambiental emancipatória ao procurar despertar a
consciência do educando, devido a utilização da problematização dos temas
geradores inerentes ao seu universo vivido. Desta forma, é trabalhada a percepção
de ser no mundo em relação a outros seres objetivando sua inserção crítica nessa
realidade. Assim, os alunos reconhecem sua situação como problema e enxergam a
possibilidade de reconhecer sua história, vencendo os obstáculos que dificultam seu
crescimento e humanização.
Ruscheinsky (2007, p.11-12) declara que para amenizar os conflitos
ambientais não basta canalizar valos e córregos, coletar resíduos, selecionar os
dejetos recicláveis, se os indivíduos continuarem no consumo desenfreado, a
produzir e a jogar lixo e alerta para a necessidade de mudanças na forma de agir e
pensar, sob pena de tudo continuar como está.
Um novo modo de ser e agir, fruto do conhecimento adquirido, fará com que os
indivíduos entendam que todos os ambientes naturais ou construídos, o entorno ou o
ponto mais distante de si, são extensão de nossas próprias casas, é nosso habitat.
Portanto, o saneamento básico deve ocorrer nas idéias, atitudes e interpretações da
realidade. Neste sentido, acreditamos que os objetivos propostos foram alcançados.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O alheiamento e o descaso da sociedade para com as questões ambientais
tem preocupado os educadores, motivando-os a buscar nos pressupostos teóricos o
embasamento para que sua prática pedagógica forme agentes transformadores dos
locais de convivência, minimizando a situação de risco em que ora se encontram.
O desperdício, o descarte irresponsável e o não aproveitamento dos resíduos
sólidos estão intimamente ligados à cultura do consumismo. Estes temas foram
discutidos com a comunidade escolar, com objetivo de fundamentar a prática
proposta.
O gerenciamento correto dos resíduos sólidos, baseado na coleta seletiva
representa hoje um tema complexo, pois além de exercer uma ação direta no
ambiente, relaciona-se também com a política, economia e até mesmo com os
padrões de comportamento da população.
Num planeta de recursos finitos, ensinar a reduzir, reutilizar e reciclar é uma
questão de sobrevivência e uma lição de cidadania que precisa ser assumida por
todos os educadores, independente da disciplina na qual atua ou do cargo que
ocupa na instituição. Cuidar do meio ambiente é responsabilidade de todos e a
escola é um local favorável ao processo de mudanças de atitude, por ser um
ambiente formador de opinião.
A princípio é necessário, através de método científico, caracterizar a
quantidade e o tipo de resíduo gerado para definir as ações posteriores. Também é
necessário projetar ações de médio e longo prazo para que sejam alcançadas as
mudanças comportamentais desejáveis.
A abordagem do tema deverá ser a qualquer momento que se fizer
necessária, através de ações contínuas provocadas por todos os seus integrantes,
inclusive dos funcionários, uma vez que são eles os responsáveis pela destinação
dos resíduos, que nem sempre ocorre de maneira adequada. Para tanto, é preciso
proporcionar espaços para a discussão dessa temática, para a construção de
projetos coletivos que envolva toda a sociedade e principalmente o poder público
local, pois para atingir os objetivos propostos, o trabalho escolar carece extrapolar os
muros escolares e atingir o local onde são gerados os problemas sociais, facilitando
a compreensão e a elaboração de estratégias para seu combate. Caso contrário,
não passarão de sonhos frustrados.
O professor precisa planejar, pesquisar, e preparar conteúdos em sintonia
com o tempo em que se vive, sendo necessário utilizar-se da contextualização, a fim
de que seja oportunizado aos alunos a mudança de postura, em relação aos
ambientes que eles conhecem, favorecendo as novas aprendizagens, a criticidade e
as atitudes colaborativas na busca da resolução de problemas coletivos.
Quando a reflexão e ação sobre a produção e destino dos resíduos sólidos
ocorrem na escola, o ideal é estender sua aplicação à família e, na medida do
possível, à comunidade local, para que sejam visíveis os resultados econômicos,
ambientais e sociais.
Concluímos que é possível motivar os alunos a mudar suas atitudes no que
se refere à preservação do meio ambiente sensibilizando-os através da adoção de
uma postura mais responsável frente ao descarte dos resíduos sólidos, a fim de que
sejam multiplicadores de uma prática de comportamento ambiental responsável.
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