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Título
Departamento de Engenharia MecânicaInstituto Superior Técnico
Avenida Rovisco Pais, 1049-001 Lisboa, Portugal
BIOMASSACaracterísticas e Utilização
Mário Costa
Disciplina de Energias Renováveis, Licenciatura em Engenharia MecânicaOutubro 2005
ProgramaBiomassa - Características e Utilização
IntroduçãoA biomassa como combustível, tipos de biomassa, tecnologiasde conversão da biomassa, produção de energia a partir dabiomassa
Combustíveis gasososBiogás: produção (fermentação anaeróbica), composição,cogeração com biogás, custos, beneficios energéticos eambientais, situação em Portugal e na Europa
Combustíveis líquidosEtanol: produção (fermentação alcoólica), custos, situaçãomundialMetanol: produção (fermentação alcoólica), custos,disponibilidade
Combustíveis sólidosPropriedades, corte, recolha e transporte, custos, tecnologiasde queima, situação em Portugal e na EuropaCaso Estudado: Controle das Emissões de NOx através daQueima de Biomassa como Combustível Secundário
IntroduçãoOs combustíveis podem ser classificados em gasosos, líquidos e sólidos.
Um aspecto comum a combustíveis fósseis e combustíveis de origem biológica (i.e., biomassa) é que todos foram, na sua origem, matéria viva.
Uma importante diferença entre eles é a escala de tempo …
... enquanto os combustíveis fósseis resultaram de plantas ou animais que viveram há centenas de milhões de anos, a biomassa resulta de matéria que estava viva há poucos anos, ou mesmo dias.
Assim, ao contrário dos combustíveis fósseis, a biomassa érenovável.
Introdução (cont.)Os principais combustíveis fósseis são o gás natural, os derivados do petróleo bruto (por exemplo, gasolinas, gasóleos, querosenes e fuel-óleos) e o carvão.
O termo biomassa cobre uma extensa categoria de materiais, incluindo:
- madeira,- desperdícios vegetais, tais como a palha e a casca de arroz,- resíduos de origem animal, tais como esgotos domésticos eestrume,
- resíduos industriais,- resíduos sólidos urbanos.
É previsível que a biomassa, a partir da qual se obtém actualmente cerca de um sétimo da energia mundial, venha a ter cada vez maior importância no contexto energético mundial, quer por via da sua transformação em biocombustíveis líquidos ou gasosos quer por via da sua queima directa.
Tecnologias de Conversão da Biomassa
CH4atm.< 100AnaerobicFermentation
Ethanolatm.<< 100AerobicFermentation
liquids, char,gasvery high250 – 600Hydrothermal
Upgrading
CO, H2, CH4atm. – high650 – 1100Gasification
char, liquids,gasatm. – high400 – 800Pyrolysis
heatatm. – high800 – 1400Combustion
Main ProductsPressureTemperature(ºC)
ConversionTechnique
Introdução (cont.)
Produção de Energia a partir da Biomassa
solid biomass
(co-)combustion
gasification
liquefaction
coal/gaspower plant
steam turbine,engine
stirling engine
gas turbine,combined cycle
gas-engine(CHP)
fuel cell
electrical efficiency
30-45%**
ca. 25%
20-35%
10-15%*
15-20%
30-40%
** dependent on fuel cell type* lower output range than steam turbine
Introdução (conc.)
Combustíveis Gasosos Renováveis
Os combustíveis gasosos podem ser produzidos a partir da madeira e outros tipos de biomassa através, por exemplo, da gaseificação.
Biogás
O gás natural sintético, ou biogás, também conhecido por biometano, pode ser produzido a partir de uma grande variedade de matéria orgânica, nomeadamente resíduos animais e vegetais, resíduos industriais e resíduos sólidos urbanos.
Muitos países empenhados, existindo já numerosas unidades, por todo o mundo, produzindo gás por processos de pirólise, gaseificação termoquímica e fermentação anaeróbica.
A gaseificação termoquímica só pode ser usada com biomassasque apresentem valores de humidade inferiores a 50%.
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Produção de Biogás
Ao contrário da gaseificação, a fermentação anaeróbica é um processo microbiológico que exige um alto teor de humidade.
A fermentação anaeróbica (ou metânica) pode definir-se como a decomposição da matéria orgânica na ausência de oxigénio onde, devido à acção de bactérias específicas, se sucedem degradações em cadeia conducentes à produção do biogás.
A matéria orgânica é colocada num digestor fechado, aparelho que possibilita a sua fermentação anaeróbica, conservada a uma temperatura de cerca de 30-40 ºC, de preferência pelo próprio calor gerado, fermentando num período de algumas semanas.
O processo nunca é totalmente anaeróbico e, como tal, entre 20% a 40% (em volume) do gás produzido é CO2.
Apesar disso é um combustível cuja utilização é interessante do ponto de vista energético e, além disso, os resíduos sólidos que restam do processo constituem um fertilizante para a agricultura melhor do que o resíduo original.
Composição do Biogás
0-0.1CO
0.1-0.5NH3
0.1-0.5H2S
0.1-1O2
0.5-2.5N2
1-3H2
20-40CO2
55-80CH4
Composições em % volúmicaComponente
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
27.8976.2722.1323.3144.14
27.3050.8936.9241.0054.01
PCS a 100 kPa e 298 K
MJ/kg
MJ/Nm3
25.2270.0219.8620.9539.92
24.6846.7233.1336.8548.85
PCI a 100 kPa e 298 K
MJ/kg
MJ/Nm3
6.00.611.36.00.2N2 (% vol.)
24.0−2.43.0−CO2 (% vol.)
−1.27.49.0−CO (% vol.)
2.06.148.053.6−H2 (% vol.)
−15.0−3.01.1C4H10 (% vol.)
−−3.0−−C4H8 (% vol.)
−−−−2.7C3H8 (% vol.)
−72.5−−9C2H6 (% vol.)
68.04.427.125.087CH4 (% vol.)
BiogásGás de refinaria
Gás de carvão
Gás de cidadeArgélia
Gases ManufacturadosGNParâmetro
Propriedades de vários combustíveis gasosos
1 m3 de biogás
1.5 m3 de gás de cidade
0.3 m3 de propano
7 kWh
0.8 litro de gasolina
0.7 litro de gasóleo
1.3 litro de álcool
Relação de Equivalência entre 1 m3 de Biogás e outros Combustíveis
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Sistema Descontínuo de Digestão Anaeróbia
Efluentetratado
Efluente poluente
BIOGÁS
Digestor aberto em fase de enchimento
Digestor fechado em fermentação
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Sistema Contínuo de Digestão Anaeróbia
BIOGÁS
Efluente tratado
Digestor contínuoBombagemTanque de
recepção
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Digestor de biogás
Estrume pastoso
Gás
Saída de gás
Lamas residuais
Barreira divisória
A pressão do gás podeser ajustada por pesos
Tecto metálico flutuantesobre o gás
Câmara defermentação
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Etapas do Processo da Digestão Anaeróbia1ª Etapa – Fase hidrolítica
Grandes moléculas orgânicas• hidratos de carbono• proteínas• lípidos
Moléculas de menor peso molecular• açucares• aminoácidos e glicerol• ácidos gordos
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Etapas do Processo da Digestão Anaeróbia2ª Etapa – Fase acidogénea
Produtos provenientes da 1ª etapa• formam a dieta alimentar de uma
série de estirpes bacterianas anaeróbias
Produção de compostos de baixo pesomolecular e gases com teores de CO, H2,H2S reduzidos – responsáveis pelo podercorrosivo e odor do biogás
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Etapas do Processo da Digestão Anaeróbia3ª Etapa – Fase metanogénea
Produtos provenientes da 2ª etapa• as bactérias metanogéneas entram em
actividade, degradando os ácidos voláteisproduzidos nas fases anteriores
Biogás• libertação da mistura gasosa com
características de gás combustível
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Parâmetros que Influenciam o Processo de Digestão
Anaerobiose:A ausência de oxigénio é uma condição não necessária para o normal funcionamento das duas primeiras etapas do processo da digestão anaeróbia...... mas na fase metanogénea, o metabolismo das bactérias metanogéneas é inibido quando em presença de oxigénio atmosférico.
pH:O intervalo mais favorável ao metabolismo das bactérias metanogéneas situa-se entre 6.8 a 7.5.
Temperatura:O intervalo de temperatura (4 a 70 ºC) relativamente largo no qual o processo de fermentação anaeróbia se pode desenvolver abrange a actividade de três estirpes de bactérias metanogéneas, caracterizadas por comportamentos bastante diferenciados quanto à capacidade de degradação da matéria orgânica, produção de biogás, estabilidade, etc...
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Relação entre Valores de Tempo de Retenção e Temperatura de Fermentação
20
25
30
35
40
Temperatura(ºC)
28
20
14
10
Tempo Óptimo(dias)
10
11
8
6
4
Tempo Mínimo(dias)
4
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Produções de Biogás/Animal.Dia e Relações de Equivalência entre Diferentes Tipos de Animal
Vacas LeiteirasVacas Leiteiras
Bezerros
Suínos
Homens
Galinhas
Animal
1
1.5
9.6
65
No.
145
1.3
0.85
0.135
0.02
Produção (m3/animal.dia)
0.009
590 kg (vacas leiteiras)360 kg (bezerros)50 kg (suínos)1.9 kg (galinhas)
Peso mPeso méédio por animaldio por animal::
1 kg de sólidos voláteis 0.5 m3 de biogás
Produção específica de biogás:
≈
Combustíveis Gasosos Renováveis (cont.)
Sistema Típico de Cogeração com Biogás
CALDEIRAGERADOR T 2
LINHA DE GÁS
T 1GASÓMETRO
DIGESTOR
B1C1
T. D.
LINHA DE ÁGUA
LAGOA DERETENÇÃO
TANQUE DE HOMOGENEIZAÇÃO
MOTOR
FILTRO
FILTRO
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Biogás: Custos de Produção (2004)
Investimento para uma unidade com capacidade paratratamento de 20 000 ton/ano:
- cerca de 4 600 000 €
Custos operacionais- cerca de 38 €/ton (sem amortizações)- cerca de 53 €/ton (incluindo amortizações e impostos)
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Biogás: Benefícios Energéticos
A maior parte dos sistemas de biogás produzem a energia necessária à normal actividade das explorações agro-pecuárias onde se encontram, sendo frequente produções de biogás superiores às necessidades.
Quando se opta pela utilização do biogás em grupos de cogeração, parte da energia térmica e eléctrica produzida destina-se a ser usada no processo, existindo contudo um excedente que pode, e deve, ser valorizado. A receita associada a esta valorização pode ser bastante significativa – 10 a 40% do valor total das receitas.
Uma outra valorização energética possível, prende-se com a utilização agrícola do efluente depurado como fertilizante orgânico (mais-valia do efluente).
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Biogás: Benefícios Ambientais
O tratamento de efluentes de natureza orgânica pode ser feito através de diversos processos, sendo os mais comuns os sistemas de lagoas e os sistemas convencionais de lamas activadas.
No âmbito da agro-pecuária, a aplicação da lagunagem é uma solução de baixo custo frequentemente praticada, apresentando, no entanto, a desvantagem de ser muito exigente em termos de espaço (tempos de retenção superiores a 100 - 120 dias). A aplicação de arejamento nestas lagoas, para reduzir os tempos de retenção, implica importantes investimentos em equipamento e a elevados consumos de energia eléctrica.
Os biodigestores, ao degradar cerca de 60 a 90% da matéria, permitem uma redução significativa dos tempos de retenção e facilitam a realização dos trabalhos de limpeza das lagoas.
A principal razão que preside à instalação de um sistema de biogásprende-se com interesses de ordem ambiental, sendo o aproveitamento do biogás uma valorização adicional que incentiva a aplicação desta tecnologia para a despoluição de efluentes orgânicos concentrados.
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Sistemas a Biogás em Portugal por Sector de Actividade
12ETAR
1Distilarias
3Indústria Alimentar (Leite)
5Bovinos
8Cavalos
71Suínos
Sistemas InstaladosSector de Actividade
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Biomassa Disponível em 2003 para Produção de Biogás em15 Países da CE
0
50
100
150
200
250
300
mills
of t
ons
Aus
tria
Bel
gium
Den
mar
k
Finl
and
Fran
ce
Ger
man
y
Gre
ece
Irela
nd
Italy
Luxe
mbo
urg
Net
herla
nds
Por
tuga
l
Spa
in
Sw
eden
U.K
ingd
om
Animal Manure Household Organic Waste Sewage Sluge Industrial Org
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Produção de Biogás em 2001 em 15 Países da CE
0
200
400
600
800
1000
1200
thou
sand
s of
tons
Aus
tria
Bel
gium
Den
mar
k
Finl
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Sw
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U.K
ingd
om
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (contcont.).)
Estimativa do Potencial de Produção de Energia UsandoBiogás para 2020 em 15 países da CE
0
20
40
60
80
100
120
140
160
PJ
Aus
tria
Bel
gium
Den
mar
k
Fin
land
Fra
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Ger
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Irel
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rg
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Por
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Spa
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Sw
eden
U. K
ingd
om
PJ (Peta Joule) = 1015 J
CombustCombustííveis Gasosos Renovveis Gasosos Renovááveis (veis (concconc.).)
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveisveis
Nos últimos anos, têm sido inúmeros os esforços no sentido de desenvolver combustíveis líquidos alternativos a partir de recursos renováveis (biocombustíveis) de forma a prolongar as reservas finitas de petróleo no mundo.
Assim, óleos de origem animal (por exemplo, sebo de bovinos e gordura de baleias) e óleos vegetais derivados de sementes de girassol, soja e sementes de algodão têm sido usados como combustíveis.
No passado, no entanto, o uso destes materiais foi limitado a aplicações específicas, como, por exemplo, óleo para iluminação.
A fotossíntese realizada pelas plantas produz hidratos de carbono, isto é, compostos com carbono, hidrogénio e oxigénio na sua composição, como, por exemplo, açúcar, amido e celulose. Estes materiais podem ser convertidos em álcoois.
Uma vez que os combustíveis derivados da biomassa são hidrocarbonetos oxigenados (álcoois), apresentam poderes caloríficos menores, teores de humidade maiores e teores de enxofre, cinzas e azoto menores do que os combustíveis líquidos derivados do petróleo bruto.
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Propriedades de Combustíveis Líquidos para Veículos Motorizados
2720.14543.5PCI (MJ/kg)
9201185375380Calor latente de vaporização (kJ/kg)
9.06.4514.714.7(mar/mfu)esteq, massa
< 15< 1537-56< 15Índice de cetano
9089−82-92Índice de octano
423464254370Temperatura de auto-ignição (ºC)
131152-43Temperatura de inflamação (ºC)
7865210-23530-225Gama de temperaturas de ebulição (ºC)
151x10-60.75x10-62.5x10-60.8x10-6Viscosidade cinemática a 20 ºC (m2/s)
0.7940.7960.850.72-0.78Densidade a 16 ºC
EtanolMetanolGasóleoGasolina
Tipo de combustível
Parâmetro
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Etanol
O etanol (ou álcool etílico) é o mais comum dos álcoois e caracteriza-se por ser um composto orgânico obtido através da fermentação de substâncias amiláceas ou açucaradas, como a sacarose existente na cana-de-açúcar ou nos resíduos que restam depois da extracção do açúcar.
O etanol é utilizado como combustível desde o aparecimento dos automóveis. Desde então até aos dias de hoje, o uso do etanol em veículos motorizados tem tido consideráveis avanços.
Como combustível para automóveis, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável e menos poluidora que os derivados do petróleo. O álcool é também menos inflamável e menos tóxico que a gasolina e o gasóleo.
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Etanol
A nível mundial, o exemplo mais conhecido da obtenção de etanol a partir dos recursos renováveis sólidos acima referidos é, provavelmente, o caso brasileiro. O etanol assim obtido pode ser utilizado directamente em motores de automóveis devidamente adaptados ou na forma de uma mistura com gasolina num motor de automóvel convencional.
A produção de etanol é realizada através da fermentação alcoólica de açucares simples, tais como a frutose, a glucose e a sacarose, promovida essencialmente por leveduras mas também por bactérias.
Se a matéria prima não for constituída por açucares simples, mas por polímeros de hidratos de carbono, terá de ser efectuada a hidrólise dos polímeros, numa primeira fase, seguida da fermentação alcoólica dos açucares obtidos na etapa hidrolítica.
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Etanol
As matérias primas mais fáceis de fermentar são a cana de açucar ou a beterraba porque são constituídas por sacarose e, por isso, directamente fermentáveis, sem necessidade de pré-tratamentos.
No Brasil a cana de açucar é a principal matéria prima utilizada; em França é a beterraba; nos EUA e na maioria dos países europeus o bioetanol é essencialmente produzido a partir de cereais, principalmente milho.
Os grãos de cereais são constituídos por amido que tem de ser hidrolisado por ácidos ou enzimas a açucares do tipo da glucose, antes de ser fermentado.
Outra matéria prima com um enorme potencial para a produção de etanol é a celulose que se pode obter directamente de resíduos agrícolas e florestais (tem menor custo mas fermentação mais difícil comparativamente às outras matérias primas).
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Balanços Mássicos Associados à Produção de Etanol a Partir de Beterraba e Trigo
(Fonte: CE, 1994)
Beterraba
Folhas39 990 kg
87 730 kg
Raízes48 740 kg
Matéria Seca
2 760 kg
Líquido7 795 kg
Matéria Seca
1 220 kg
Etanol3 775 kg
Palha7 050 kg
Matéria Seca
Etanol1 642 kg
1 610 kg
Trigo12 470 kg
Grão5 420 kg
Malte3 252 kg
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Fermentação Alcoólica: Produção de Etanol a Partir de Milho
WholeStillage
ThinStillageCondensate
EnzymesCO
YeastLiquefaction
JetCooker
Water Sources
Hammer Mill
WholeCorn
5% Gasoline
200 ProofEthanol
200 ProofDenatured
EthanolFinal Product
Molecular Sieves
190Proof
Ethanol
Beer
DistillationSystem
WetGrain
EvaporatorsSyrup
MashCooling
Fermentation
SlurryTank
Centrifuge
Drum DryerDDGSFinal Product
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Etanol: Custos de Produção (2000)
0.20.18€/litro
OperacionaisMatéria Prima
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Produção de Etanol por Continente em 2001
65,5%
19,6%
13,2% 1,7%
Americas Asia/Pacific Europe Africa
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Produção de Etanol (2001 versus 2006)
0
5
10
15
20
25
30
35
2001 2006
bln
litre
s
Brazil USA Others
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Metanol
Actualmente, o metanol é produzido essencialmente a partir de gás natural e/ou carvão.
A obtenção de metanol a partir da biomassa tem sido extensamente investigada.
Regra geral, de uma tonelada de biomassa podem ser extraídoscerca de 700 litros de metanol.
O procedimento convencional de obtenção de metanol a partir de gás natural consiste em fazer reagir este gás com vapor de águapara obter um gás de síntese composto por CO, CO2, água e H2com o qual se pode obter metanol.
Um processo complementar consiste em utilizar uma oxidaçãoparcial do metano podendo o CO2 e H2 produzidos nesta últimareacção ser combinados com o H2 em excesso para a produção de quantidades adicionais de metanol.
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Produção de Metanol a partir de Carvão
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Metanol: Custos de Produção
No caso da produção de metanol a partir de biomassa o seu custo ésuperior; em 2001 cerca de €0.063 a €0.116 por litro mais elevado.
0
20
40
60
80
100
120
140
160
1992 1994 1996 1998 2000
Euro
per
Met
ric T
on
Transportation Costs Commodity Cost of Gas Plant Operating Cost
CombustCombustííveis Lveis Lííquidos Renovquidos Renovááveis (veis (concconc.).)
Metanol: Disponibilidade
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveisveis
Na natureza, a abundância do carvão não tem rival. As suas reservas mundiais conhecidas são suficientes para assegurar, ao ritmo actual de extracção, a exploração durante vários séculos.
No entanto, o carvão é uma fonte de energia particularmente não atractiva, apresentando-se como o combustível fóssil potencialmente mais poluente, nomeadamente no que respeita às emissões de dióxido de carbono, óxidos de azoto e enxofre, partículas e metais pesados.
Existem diversos tipos ou categorias de carvão, desde a antracite num dos extremos até lenhite no outro, os quais podem ser classificados de acordo com as suas propriedades em conjunto com a turfa e a madeira.
O lixo municipal e certos resíduos sólidos industriais podem também ser classificados como combustíveis sólidos.
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
A composição dos combustíveis sólidos pode ser expressa de várias formas, a saber: as-received, em base seca ou em base seca, sem cinzas.
Os combustíveis sólidos não apresentam uma composição uniforme, logo não podem ser representados por uma fórmula química definida.
Basicamente, a sua caracterização é realizada através de dois tipos diferentes de análises químicas: a análise imediata e a análise elementar.
A análise imediata de um combustível é determinada experimentalmente em laboratório e quantifica as percentagens mássicas de humidade, matéria volátil, carbono fixo e cinzas presentes no sólido.
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
A biomassa é um material celulósico que pode ser, ou não, lenhoso.
A biomassa não lenhosa inclui resíduos agrícolas tais como bagaço de azeitona, palha, cascas e caroços de frutos, sementes e estrume.
A biomassa lenhosa inclui a lenha, pontas e ramos de árvores, casca de árvores e serradura. A madeira seca, por exemplo, éconstituída por celulose, hemicelulose, lenhose, resinas e cinzas. A celulose representa cerca de 40-45% da massa da madeira seca, a hemicelulose cerca de 20-35%, a lenhose contribui com 15-30%, enquanto que as resinas e cinzas estão presentes somente em pequenas percentagens.
Além do aproveitamento do potencial energético da biomassapelas vias indirectas, a queima directa da biomassa sólida em caldeiras de grelha fixa, móvel ou inclinada e de leito fluidizado, entre outras, tem merecido crescente atenção por parte de muitos países, entre os quais Portugal.
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Valores Típicos das Percentagens Mássicas de Oxigénio, Água e Cinzas Presentes nos Combustíveis Sólidos
> 542Antracite
> 555Carvão betuminoso
> 53025Lenhite
0.1-109035Turfa
0.1-115-5045Madeira
Cinzas(base seca)
Água(sem cinzas)
Oxigénio(base seca, sem cinzas)
Combustível
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Valores Típicos das Percentagens Mássicas de Humidade, Matéria Volátil, Carbono Fixo e Cinzas e do Poder Calorífico de Vários Combustíveis Sólidos
Teor dehumidade
Matériasvoláteis
Carbonofixo
CinzasAumento em categoria
MJ/kg 20 21 25 27 31 35 29 34
Mad
eira
Turfa
Lenh
ite
Sem
i-bet
umin
oso s
Betu
min
osos
Antra
cite
Gra
fite
natu
ral
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
16.3617.0016.4215.9916.1813.88PCI (MJ/kg)
17.5418.3217.6817.3718.1115.09PCS (MJ/kg)
26.8631.0629.7534.5333.2229.6Oxigénio
000000.3Enxofre
1.860.940.190.060.731.3Azoto
5.566.255.926.496.264.6Hidrogénio
43.2246.6546.2444.7245.4938.8Carbono
Análise elementar (% wt)
13.12.61.20.21.015.6Cinzas
19.721.224.512.619.314.7Carbono fixo
57.863.757.673.266.459.9Matéria volátil
9.412.516.714.013.39.8Humidade
Análise imediata (% wt)
Caroço Azeitona
Pontas e Ramos de Pinheiro
Casca de PinheiroSerrim Caroço de
PêssegoCasca de
ArrozQuantidade
Propriedades de Várias Biomassas Nacionais
Propriedades de Vários Combustíveis Sólidos
(Todos os dados em base seca, sem cinzas)
7.08.02.01.01.03.093.0Coque
34.331.010.03.60.10.82.593.0Carvão vegetal
34.758.07.51.30.71.33.793.0Antracite
36.287.036.76.51.41.55.685.0Carvão betuminoso
35.8217.547.517.24.01.54.872.5CarvãoSemi-betuminoso
28.9729.046.818.01.21.24.874.8Lenhite
27.808.068.035.00.41.65.557.5Turfa
20.931.579.341.6−0.16.152.2Madeira (típica)
20.880.741.8−−6.351.9Choupeiro
20.890.242.9−−6.650.5Carvalho
20.530.343.6−−6.549.9Bétula
20.180.240.4−0.15.953.6Pinho vermelho
21.070.141.3−−6.152.6Pinheiro
20.720.444.6−−6.449.0Cedro
19.62CinzasMatéria volátil
OxigénioEnxofreAzotoHidrogénioCarbono
PCS(MJ/kg)Composições em % mássica
Combustível
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
The Main Sources of Forest Fuels
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Small diameter trees from early thinningsHarvesting costs are high- Cost difference to logging residue chips is about 10-15 €/m³- Resources difficult to locate, measure and get to market
Logging residues from final fellings
Stumps from final fellings- A side product of final cuttings- Accumulation easy to estimate and locate- Harvesting costs are quite low
Small diameter trees from early thinnings Production methods of chips from small-sized trees
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Manual felling andpiling of small-sizedstems
Forest haulage of small-sized trees
ChippingPile of small-sized delimbedor undelimbed trees near forest road
Transportation to heatingplant
Heating plant
Accumulating feller-buncher
Felling frame
Logging residues from final fellingsSupply chains for logging residues
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
TERRAINCHIPPING-METHOD
Crushing of bundles or loose residues in the plant
Bundling of logging residues
CHIPPING INROAD SIDE-METHOD
Chipping of residueson road-side terminal
On-road transportation ofloose logging residues
On-road transportation by log trucks
Forest haulage bytractor equipped for log haulage
Logging residue compacting truck trailer
BUNDLINGMETHOD
LOOSE RESIDUES
Stumps from final fellingsStump harvesting
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Corte, Recolha e Transporte
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
HARVESTING
250 m3
1 m = 2,5 i-m3 3
40 - 60 m3
Bark, sawdust and other wood residues
FOREST RESIDUES
At least one third of the logging residues andstumps will be left in the forest as a fertiliser
ROUND WOOD WITH BARK
SAWMILL/PULP MILL 190 - 210 m 3
Wood fuelTOTAL WOOD FUELS150-180 m = 300 - 360 M hHeat production = 170 - 200 M hElectricity production = 85
3 WW
- 100 M hW
1 hectare
STAND:Round wood 250 mForest residues 100 m
3
3
E.Alakangas
STUMPSPotential 60 80 mFor energy 50 60 m
3
3-
-
Custos dos Combustíveis Florestais na Filândia em 2004
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
0
5
10
15
20
25
30
35
Smalltrees, 40
km
Smalltrees, 80
km
Residues,40 km
Residues,80 km
Cos
t, €/
m3
Management
Road transport
Chipping at roadside
Forw arding to roadside
Felling
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Queima Directa de Biomassa – Tecnologias Caldeira com combustão de
partículas em suspensão
Caldeira com combustãoem grelha móvel
Caldeira com combustãoem leito fluidizado
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Caldeira com combustão em leito fluidizado borbulhante
Primaryair
Secondaryair
Tertiaryair
Bottom ashremoval
Fuelfeeding
Start upburners
Refractory
Superheaters
Watertubes
Sand
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Caldeira com combustão em leito fluidizado circulante
Return leg
Densesuspension
Dilute suspension
Water tubes
Circulation
Secondaryair
Primaryair
Cyclone
Fuel
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
80-90−−Captura de SOx (%)
BaixaAltaAltaEmissões de NOx
800-10001400-17001400-1700Temperatura de operação (ºC)
812-20< 0.5Granulometria do combustível (mm)
10-2520-4015-50Excesso de ar (%)
40-5525-3535-45Eficiência térmica global (%)
90-9970-9099Eficiência da combustão (%)
Leito fluidizadoGrelhaSuspensão
Processo de combustãoCaracterística
Queima Directa de Biomassa – Comparação das Características Principais dos Processos de Combustão em Suspensão, em Grelha e em Leito Fluidizado
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (contcont.).)
Central de Resíduos Florestais de Mortágua
A central tem uma potência instalada de 9 MW e entrou em serviço industrial em 1999.
Em 2003, a central teve uma produção líquida de cerca de 38 GWh, tendo os resíduos florestais consumidos atingido cerca de 90 mil toneladas, das quais perto de 78% foram resíduos florestais directos e 22% cascas de pinheiro e de eucalipto.
Co-Combustão na Europa
CombustCombustííveis Sveis Sóólidos Renovlidos Renovááveis (veis (concconc.).)
0
5
10
15
20
25
30
35
Austria
Belgium
Denmark
Finlan
deFran
ceGerm
any
Great B
ritain
Greece
Irelan
dIta
lyLu
xembo
urgNeth
erlan
dsPola
ndPort
ugal
Spain
Sweden
# of
uni
ts w
ith e
xper
ienc
es
RDFsewage sludgeBiomass
Mecanismos de Formação de NOx
•• Imediato (Fenimore)
• Mecanismo Intermédio de N2O
• Térmico (Zeldovich)
N2 + O NO + N
N + O2 NO + O
N + OH NO + H
• Combustível
Fuel-N HCN NHi
NO
N2
Métodos de Controle dasEmissões de NOx
Alterações no processo de combustão (soluções preventivas)
Recirculação (externa) dos produtos de combustão
Injecção de água/vapor (flame cooling)
Métodos de Controle dasEmissões de NOx (cont.)
Alterações no processo de combustão (soluções preventivas)
Estagiamento do ar de combustão
Estagiamento do combustível
Métodos de Controle dasEmissões de NOx (cont.)
Alterações no processo de combustão (soluções preventivas)
Reburning
Ultra-lean combustion
Métodos de Controle dasEmissões de NOx (conc.)
Tratamentos pós-combustão (soluções correctivas)
Injecção de amoníaco, carbono activado, …
Precipitadores electroestáticos, filtros de mangas, …
Alterações no processo + Tratamentos pós-combustão
Advanced Reburning
Motivação
A formação de óxidos de azoto (NOx) é uma importante fonte poluente em sistemas de combustão.
O reburning provou ser uma estratégia de controle efectiva para reduzir emissões de NOx de diferentes sistemas de combustão.
Os hidrocarbonetos gasosos foram identificados como os combustíveis secundários mais efectivos devido ao conteúdo mínimo de azoto que apresentam na sua composição e, ainda, devido à sua habilidade para produzir radicais CHi activos.
A maioria dos trabalhos de investigação em reburning considerou combustíveis fósseis, principalmente carvões pulverizados, como combustíveis secundários.
Em geral, estes estudos revelam que reduções de NOx acima de 60-70% podem ser obtidas recorrendo ao uso de cerca de 20-25% de combustível secundário.
Motivação (conc.)
O uso de carvão como combustível secundário pode ter um impacto negativo na percentagem de carbono nas cinzas.
Assim, o uso de biomassa como combustível secundário pode ser uma excelente alternativa ao carvão, podendo reduzir o efeito negativo do reburning na eficiência global da combustão, devido ao conteúdo mais elevado de matéria volátil que as biomassaspossuem quando comparadas com a generalidade dos carvões.
Além disso, do ponto de vista ambiental, a biomassa apresenta várias vantagens relativamente aos combustíveis fósseis convencionais. Aparte da sua natureza renovável, a biomassa tem níveis mais baixos de enxofre e, normalmente, metais pesados tóxicos, e é neutra em termos de CO2.
Por outro lado, o combustível secundário normalmente representa somente 20-25% da carga térmica total, de forma que somente pequenas quantidades de biomassa são necessárias para o reburning ser efectivo.
Objectivos
Avaliar o potencial do reburning usando casca de arroz comocombustível secundário na redução das emissões de NOx de umafornalha laboratorial.
Para permitir uma análise comparativa, foram também realizadosensaios usando gás natural gas e etileno como combustíveissecundários.
Os resultados foram obtidos em função do tipo de combustívelsecundário …
… para cada combustível secundário, o potencial de redução dasemissões NOx foi analizado em função de:• Fracção de combustível secundário (ou
estequiometria da zona secundária)• Tempo de residência na zona secundária• Concentração de NOx à entrada da zona secundária
Configuração do Queimador e do Sistema de Reburning
Primary airSecondary air
(Swirl)Natural gas
+ NH3
3025,3
18
14
8
32Z2
Z1
Ø 56
Burner gun
Quarl
Water out
IgniterCeramic fibre
Water in
Water out
Ø 600 150 50
Overfireair
900
900
Refractory
Ø 120
Dimensions in mm
o60
Reburn fuel
Primary airSecondary air
(Swirl)Natural gas
+ NH3
3025,3
18
14
Primary airSecondary air
(Swirl)Natural gas
+ NH3
3025,3
18
14
8
32
8
3232Z2Z2
Z1Z1Z1
Ø 56
Burner gun
Quarl
Water out
IgniterCeramic fibre
Water in
Water out
Burner gun
Quarl
Water out
IgniterCeramic fibre
Water in
Water out
Ø 600 150 50Ø 600 150 50
Overfireair
900
Overfireair
Overfireair
900900
900900
Refractory
Ø 120
Dimensions in mm
o60
Reburn fuel
Espécies químicas gasosa:sonda arrefecida a água
Sólidos: sonda arrefecida a água com chuveirona extremidade.
O2: analisador paramagnetico
CO, CO2: analisador não dispersivo de
infravermelhos
HC: detecção por ionização de chama
NOX: analisador de quimiluminiscência
Técnicas Experimentais
NOx: sonda arrefecida a água, linha aquecida
Características dos Combustíveis e Condições de Operação da Fornalha
(a) Characteristics of rice husk Proximate analysis (wt %) Ultimate analysis (wt %) Particle size (% under) Moisture 9.8 Carbon 38.8 30 µm 4.0 Volatiles 59.9 Hydrogen 4.6 70 µm 11.6 Fixed Carbon 14.7 Nitrogen 1.3 100 µm 17.6 Ash 15.6 Sulphur 0.3 300 µm 54.2 Oxygen 29.6 500 µm 77.9 High Heating Value (MJ/kg) 15.09 1000 µm 97.6 Low Heating Value (MJ/kg) 13.88 2000 µm 100 (b) Characteristics of hydrocarbon gaseous fuels Composition (vol. %) Natural Gas Ethylene
CH4 83.7 - C2H5 - 99.5 C2H6 7.6 - ≥ C3 2.9 - N2 5.4 0.5 CO2 0.2 - He 0.2 -
High Heating Value (MJ/kg) 53.8 50.3 Low Heating Value (MJ/kg) 48.6 47.2 (c) Furnace operating conditions
Reburn Fuels Parameter
Natural Gas Ethylene Rice Husk Total thermal input (kW) 130-200 130-200 130-186 Primary zone stoichiometric ratio 1.1 1.1 1.1 Reburn zone stoichiometric ratio 0.72-1.1 0.7-1.1 0.75-1.1 Burnout zone stoichiometric ratio 1.1 1.1 1.1 Reburn fuel fraction (%) 0-35 0-35 0-30 Reburn zone residence time (s) 0.31-0.92 0.31-0.93 0.32-0.92 NOx concentration at primary zone exit (ppm) 50-970 50-970 50-970
Principais Reacções de Reburning
NO + CHi → HCN + … (1)
Em condições ricas:
HCN + O → NCO + H (2)NCO + H → NH + CO (3)NH + H → N + H2 (4)N + NO → N2 + O (5)
… mas em condições pobres:
CHi + O → CO + H + … (6)
As reacções (1) e (6) consomem CHi competitivamente. No “reburning” o objectivo é maximizar a exposição NO/CHi e minimizar a interacção CHi/O2
NO + NHi → N2 + H2O (7)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Reburn fuel fraction (%)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)Rice Husk (N2)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Reburn fuel fraction (%)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)Rice Husk (N2)Rice Husk (Air)Rice Husk (Air)Rice Husk (N2)Rice Husk (N2)
Initial NOx concentration: 350 ppmReburn zone residence time: 0.7 s
Efeito do Fluido de Transporte da Biomassa
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Reburn fuel fraction (%)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)
EthyleneNatural Gas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Reburn fuel fraction (%)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)
EthyleneNatural GasRice Husk (Air)Rice Husk (Air)
EthyleneEthyleneNatural GasNatural Gas
Initial NOx concentration: 350 ppmReburn zone residence time: 0.7 s
Efeito da Fracção de Combustível Secundário
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Reburn zone residence time (s)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)
EthyleneNatural Gas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Reburn zone residence time (s)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)
EthyleneNatural GasRice Husk (Air)Rice Husk (Air)
EthyleneEthyleneNatural GasNatural Gas
Initial NOx concentration: 350 ppmReburn fuel fraction: 20%
Efeito do Tempo de Residência naZona de Reburning
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 200 400 600 800 1000
Initial NOX concentration (ppm)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)
EthyleneNatural Gas
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 200 400 600 800 1000
Initial NOX concentration (ppm)
NO
X R
educ
tion
(%)
Rice Husk (Air)
EthyleneNatural GasRice Husk (Air)Rice Husk (Air)
EthyleneEthyleneNatural GasNatural Gas
Reburn fuel fraction: 20%Reburn zone residence time: 0.7 s
Efeito da Concentração Inicial de NOx
70
75
80
85
90
95
100
0 10 20 30 40 50 60
NOX Reduction (%)
Par
ticle
Bur
nout
(%)
Rice Husk (Air)70
75
80
85
90
95
100
0 10 20 30 40 50 60
NOX Reduction (%)
Par
ticle
Bur
nout
(%)
Rice Husk (Air)Rice Husk (Air)
Reburn fuel fraction: 5% to 30%Reburn zone residence time: 0.32 s to 0.92 sInitial NOx concentration: 350 ppm
Redução de NOx versus Burnout
Conclusões
O desempenho da casca de arroz como combustívelsecundário no reburning é comparavel ao do gás natural para fracções de combustível secundário elevadas; atingiram-se reduções nas emissões de NOx de cerca de 60% com fracções de casca de arroz de cerca de 25-30%.
Existe uma correlação entre a extensão da redução dasemissões de NOx e o grau de oxidação do resíduocarbonoso: quanto mais elevada a redução menor o graude oxidação.