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Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 - Nº 115 - ANO 14 Leia e veja www.sinepe-sc.org.br R. Felipe Schmidt, 390, 13º andar, CEP 88010-001, Florianópolis, SC, fone (48) 3222 2193 TODO O PODER DA UNIDADE Nas comemorações dos 45 anos, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador Eduardo Moreira e o Prefeito Dário Berger elogiam o Sinepe/SC. Para os presidentes da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), Roberto Dornas, e da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), José Antônio Teixeira, que estiveram em Florianópolis participando dos atos alusivos a data, a unidade do segmento privado educacional de Santa Catarina em torno da sua principal entidade de classe é exemplo para o Brasil. Leia às páginas 6 e 7. MARCELO É REELEITO COM 95,54% DOS VOTOS PROFESSOR MARCELO BATISTA DE SOUSA PERMANECERÁ NA PRESIDÊNCIA ATÉ 2009. EM ATO SIMPLES NA SEDE DO SINDICATO, FORAM EMPOSSADOS TAMBÉM OS DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA, CONSELHO FISCAL E DELEGADOS REPRESENTANTES ELEITOS COM 95,54% DOS VOTOS VÁLIDOS. PÁG. 3 Cuide do emocional da sua escola AS PESSOAS ESTÃO DIZENDO QUE ESTÃO “CANSADAS DE LUTAR”, TÊM “POUCO TEMPO”, SE SENTEM “ESTRESSADAS E INFELIZES”.UMA ATITUDE QUE TRAZ GANHOS PARA TODOS: SAIBA COMO TRABALHAR COM AS EMOÇÕES. PÁGINA 9 DENUNCIADO ABUSO DE AUTORIDADE CASO COLÉGIO JARDIM ANCHIETA A nota que o Sinepe distribuiu à imprensa defendendo o Colé- gio Jardim Anchieta repercutiu intensamente. No editorial “In- tolerância”, o Diário Catarin- ense foi enfático: “Será que os “incomodados” querem proibir as crianças de brincar, praticar esportes e brincadeiras? Será que querem criminalizar a ale- gria da infância, e desejam que reine nas escolas a “paz dos cemitérios” em nome do seu repouso? Haja!”. Também o colunista Cacau Me- nezes estranhou a sentença na qual o juiz substituto diz textualmente que “barulho de criança faz mal à Autoridades prestigiaram os atos em homenagem ao Sindicato A todos os diretores, professores, demais funcionários e às famílias dos alunos de cada uma das escolas afiliadas um feliz Natal e um excelente ano novo. Desejamos feliz Natal e próspero ano novo. DESAFIO DE GESTÃO O que os diretores podem fazer para diminuir gastos e multiplicar lucros. Página 8 AINDA REPERCUTE As opiniões sobre a obra que mostra a força do setor privado Página 3 saúde”. Observou Cacau, denunciando abuso de poder: “Quem morar ao lado de um colégio, mes- mo que não seja um pro- motor aposentado, poderá fechá-lo?”. Novos laudos técnicos reafirmam que os ruídos no local estão den- tro dos limites da lei e muito longe dos índices de “poluição ambiental” denunciados. Até o fechamento desta edição, o caso continuava mobilizando a opinião pública e o processo aguarda decisão das instâncias superiores do Poder Judiciário. Leia às página 2 e 10. ÚLTIMA HORA Documento do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura revela: o relatório da Floram acusando suposta “poluição sonora” provocada pelos alunos, e que serviu de peça chave na decisão do judiciário, não tem qualquer valor legal. Seus autores não atendem às determinações da Lei Nº 5.194/66 e são passíveis de punição devido ao exercício ilegal da profissão.

TODO O PODER DA UNIDADE - Sinepe/SC · Juizado Especial Cível e Cri-minal de Fortaleza, ao en-tender que nenhum ilícito foi cometido por parte da instituição de ensino. A alu-na,

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Page 1: TODO O PODER DA UNIDADE - Sinepe/SC · Juizado Especial Cível e Cri-minal de Fortaleza, ao en-tender que nenhum ilícito foi cometido por parte da instituição de ensino. A alu-na,

Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina

NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 - Nº 115 - ANO 14 Leia e veja www.sinepe-sc.org.br

R. Felipe Schmidt, 390, 13º andar, CEP 88010-001, Florianópolis, SC, fone (48) 3222 2193

TODO O PODERDA UNIDADENas comemorações dos 45 anos, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador Eduardo Moreira e o PrefeitoDário Berger elogiam o Sinepe/SC. Para os presidentes da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino(Confenen), Roberto Dornas, e da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), José Antônio Teixeira,que estiveram em Florianópolis participando dos atos alusivos a data, a unidade do segmento privado educacionalde Santa Catarina em torno da sua principal entidade de classe é exemplo para o Brasil. Leia às páginas 6 e 7.

MARCELO É REELEITO COM 95,54% DOS VOTOSPROFESSOR MARCELO BATISTA DE SOUSA PERMANECERÁ NA PRESIDÊNCIA ATÉ 2009. EM ATO SIMPLES NA

SEDE DO SINDICATO, FORAM EMPOSSADOS TAMBÉM OS DEMAIS INTEGRANTES DA DIRETORIA,

CONSELHO FISCAL E DELEGADOS REPRESENTANTES ELEITOS COM 95,54% DOS VOTOS VÁLIDOS. PÁG. 3

Cuide do emocional da sua escolaAS PESSOAS ESTÃO DIZENDO QUE ESTÃO “CANSADAS DE LUTAR”, TÊM “POUCO TEMPO”, SE SENTEM “ESTRESSADAS EINFELIZES”.UMA ATITUDE QUE TRAZ GANHOS PARA TODOS: SAIBA COMO TRABALHAR COM AS EMOÇÕES. PÁGINA 9

DENUNCIADO ABUSO DE AUTORIDADECASO COLÉGIO JARDIM ANCHIETA

A nota que o Sinepe distribuiu

à imprensa defendendo o Colé-

gio Jardim Anchieta repercutiu

intensamente. No editorial “In-

tolerância”, o Diário Catarin-

ense foi enfático: “Será que os

“incomodados” querem proibir

as crianças de brincar, praticar

esportes e brincadeiras? Será

que querem criminalizar a ale-

gria da infância, e desejam

que reine nas escolas a “paz dos cemitérios” em nome

do seu repouso? Haja!”. Também o colunista Cacau Me-

nezes estranhou a sentença na qual o juiz substituto

diz textualmente que “barulho de criança faz mal à

Autoridades prestigiaram os atos em homenagem ao Sindicato

A todos os diretores,professores, demais

funcionários e àsfamílias dos alunosde cada uma dasescolas afiliadas

um feliz Natal e umexcelente ano novo.

Desejamosfeliz Natale prósperoano novo.

DESAFIODE GESTÃOO que os diretorespodem fazer paradiminuir gastos emultiplicar lucros.

Página 8

AINDAREPERCUTE

As opiniões sobrea obra que mostra a

força do setor privado

Página 3

saúde”. Observou Cacau,

denunciando abuso de

poder: “Quem morar ao

lado de um colégio, mes-

mo que não seja um pro-

motor aposentado, poderá

fechá-lo?”. Novos laudos

técnicos reafirmam que os

ruídos no local estão den-

tro dos limites da lei e

muito longe dos índices de

“poluição ambiental” denunciados. Até o fechamento

desta edição, o caso continuava mobilizando a opinião

pública e o processo aguarda decisão das instâncias

superiores do Poder Judiciário. Leia às página 2 e 10.

ÚLTIMA HORADocumento do Conselho Regional de

Engenharia e Arquitetura revela: o relatório

da Floram acusando suposta “poluição sonora”

provocada pelos alunos, e que serviu de peça

chave na decisão do judiciário, não tem

qualquer valor legal. Seus autores não

atendem às determinações da Lei

Nº 5.194/66 e são passíveis de punição

devido ao exercício ilegal da profissão.

Page 2: TODO O PODER DA UNIDADE - Sinepe/SC · Juizado Especial Cível e Cri-minal de Fortaleza, ao en-tender que nenhum ilícito foi cometido por parte da instituição de ensino. A alu-na,

DiretoriaMarcelo Batista de SousaPresidente

Irmã Maria Adelina da CunhaVice Presidente

Irmã Inês BoesingSecretária

Irmã Ana Aparecida BeselTesoureira

SuplentesPe. João Cláudio RhodenPercy HaenschAna Paula D. Köller ZanellaIrmão Evilázio Tambosi

CONSELHO FISCALTitularesCléa Maria dos S. SchneiderIrmã Marilde PerazzoliPe. Andréas TononSuplentesIsabel Cristina F. de AndradeIrmã Rozilde Maria BinottoIrmã Eva Aparecida dos Santos

DELEGADOS REPRESENTANTESTitularesIrmã Maria Adelina da CunhaPe. João Cláudio RhodenSuplentesIrmã Inês BoesingIrmã Ana Aparecida Besel

O Sindicato dosEstabelecimentos de Ensino deSanta Catarina, com sede eforo em Florianópolis-SC, éconstituído para fins deestudo, coordenação,proteção e representação legaldas categorias integrantes daConfederação Nacional deEducação e Cultura, na baseestadual, conforme Legislaçãoem vigor sobre a matéria ecom o intuito de colaboraçãocom os poderes públicos edemais associações, nosentido da solidariedade sociale da subordinação dosinteresses nacionais. Filiado àFederação Nacional dasEscolas Particulares (Fenep),está localizado emFlorianópolis nos 12º e 13ºandares do edifício Comasa, àrua Felipe Schmidt, 390, CEP88010-0001, telefone(48) 3222-2193,fax (48)3222-4662,Caixa Postal 669.

JORNAL DO SINEPE/SCÉ uma publicação do Sindicatodas Escolas Particulares deSanta Catarina, editada peloJornalista Aldo Grangeiro,com redação publicidade,administração ecorrespondência à Rua FelipeSchmidt, 390 - 13º andar, CEP88010-001, em Florianópolis-SC. Distribuição gratuita.Telefone (48) 3222-2193,fax (48) [email protected]

Editoração: Consenso Editora

PÁGINA 2 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 Nº 115 - ANO 14

DIREITO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Meu filhoquer brincar!

Por Alexandre Russi, advogado, professor e consultor do Sinepe/SC.

“(...) como seria o

futuro das crianças se,

alguns insatisfeitos –

talvez com a própria

vida - resolvessem

iniciar um movimento

para “calar a boca” dos

menores porque suas

brincadeiras poluem o

meio ambiente?”

C omemoramos recentemente a semana da crian-

ça. Data marcante para festejar o direito dos pe-

queninos cidadãos brasileiros a uma infância

decente, com segurança, educação, atenção e, princi-

palmente, respeito.

Vi com alegria inúmeras instituições comemorandoessa época festiva, inclusive com reportagem em todaa imprensa mostrando crianças brincando, se expres-sando, enfim, se divertindo. No entanto, em plena se-mana da criança, vendo meu filho de seis anos brincarcom seus colegas de turma, me passou pela cabeça umaidéia assombrosa. Explico: como seria o futuro das cri-anças se, alguns insatisfeitos – talvez com a própria vida- resolvessem iniciar um movimento para “calar a boca”dos menores porque suas brincadeiras poluem o meioambiente?

Como seria o futuro do meu filho, do seu filho, seessas pessoas conseguissem movimentar o Estado paraque, das duas uma, ou efetivamente coloquem morda-ça na boca das crianças, fazendo com que elas se ca-lem e não mais continuem a “poluir o meio ambiente”com suas brincadeiras e risos ou fechem todos os lo-cais onde esses “poluidores” estão se reunindo.

Como seria o futuro das crianças brasileiras se essaonda de individualismo pegasse de vez? Pensando numaresposta, logo me vi surpreso e tratei de tirar a imagemdo meu pensamento, afinal, meu filho estava se diver-tindo com seus coleguinhas de turma, correndo feliz,fazendo a algazarra que se espera de uma criança comseis anos de idade! Pura felicidade!

Graças a Deus, esse foi apenas um pensamento hor-rível que passou pela minha mente enquanto estavaobservando as crianças brincando, mas fiquei preocu-pado, porque nosso País tão sedento de educação e debons exemplos pode, a qualquer momento, se ver di-ante de uma situação dessas, onde as reuniões de cri-anças poderão ser proibidas, porque atentam contra omeio ambiente.

Mas, as crianças realmente nos ensinam, porqueenquanto estava divagando nesse horror, meu filho mechamou e mostrou que estava andando, pela primeiravez, com sua bicicleta sem as “rodinhas laterais”...

A decisão foi da juíza

Maria José Bentes Pinto do

Juizado Especial Cível e Cri-

minal de Fortaleza, ao en-

tender que nenhum ilícito

foi cometido por parte da

instituição de ensino. A alu-

na, durante simulado de

vestibular, retirou do bolso

um resumo de química e

colocou dentro do caderno

de prova, que caiu, sendo

observada pela auxiliar de

coordenação. A fiscal reco-

lheu o resumo e, fora da sala

DUPLO PREJUÍZO

Justiça nega pedidode dano moralà mãe de aluna

que “colou”de exames, informou à alu-

na que não poderia dar con-

tinuidade ao simulado. A

juíza afirmou que não se vis-

lumbra nos autos nenhum

abalo emocional fundado,

apto a gerar o dano psíqui-

co tutelado pela lei à pro-

movente (mãe), nem quan-

to à aluna, que deve por-

tar-se nos exames igual aos

demais concorrentes, por-

tando somente as utilida-

des necessárias à realização

da prova.

“A educação é dever e obrigação do Estado, que atra-

vés dos impostos pagos pela sociedade, assegurará acesso

gratuito a todos, mas sabemos que não é de hoje que se

fala da lamentável deterioração do ensino público brasilei-

ro que vem acontecendo de forma gradativa. Os pais aca-

bam tendo de recorrer às escolas particulares, especialmen-

te quando se trata justamente da educação básica e ensi-

no médio, suprindo a deficiência aparentemente proposi-

tal do Estado”. O trecho faz parte do comentário de Maze-

nildo Feliciano Pereira, da Revista Consultor Jurídico, argu-

mentando que a cada ano as despesas com a educação

aumentam significativamente, mas a sua dedução como

despesas, foi sendo limitada ao longo dos anos. Para que a

inflação fosse reposta, necessária se faz a correção deste

valor para R$ 4.022,48, além de permitir a dedução de ou-

tros gastos como cursos de idiomas, material escolar, uni-

forme, aula de música, dança, natação, informática, pilo-

tagem etc

O Estado deveria reconhecer que não é capaz de cum-

prir um direito constitucional, assim, jamais deveria provo-

car uma sobretaxação e um verdadeiro confisco naqueles

que buscam dar um estudo melhor a seus filhos, e sim in-

centivá-los, talvez até, propondo o fim do limite da dedu-

ção das despesas com educação, disse.

Estado não cumprea Constituição e

pune contribuintes

MÁ EDUCAÇÃO

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PÁGINA 3 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 Nº 115 - ANO 14

CIDADANIA Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

DIRETORIA INICIA NOVA FASEAo ser reconduzido para

mais um mandato à frente dapresidência do Sinepe/SC,professor Marcelo Batista deSousa deu as boas-vindas aosnovos integrantes da direto-ria 2006-2009, agradeceu adedicação voluntária de cadaparticipante da chapa eleitae reafirmou que manterá a li-nha administrativa até agoraadotada, ampliando os servi-ços para os associados. Eledestacou a perfeita integra-ção das escolas, e contou queparticipa ativamente da tra-jetória do Sindicato há pelomenos 15 anos. Seu propósi-to é aumentar cada vez maiso relacionamento com a co-munidade.

Os demais cargos da novaequipe diretora estão assim

distribuídos: Irmã Maria Ade-lina da Cunha (Vice Presiden-te), Irmã Inês Boesing (Se-cretária), Irmã Ana Apareci-da Besel (Tesoureira); suplen-tes Pe. João Cláudio Rhoden,Percy Haensch, Ana Paula D.Köller Zanella e Irmão Evilá-zio Tambosi. O Conselho Fis-cal é integrado por Cléa Ma-ria dos S. Schneider, IrmãMarilde Perazzoli e Pe. An-dréas Tonon, sendo suplen-tes Isabel Cristina F. de An-drade, Irmã Rozilde MariaBinotto e Irmã Eva Apareci-da dos Santos. São Delega-dos Representantes IrmãMaria Adelina da Cunha e Pe.João Cláudio Rhoden, fican-do na suplência Irmã InêsBoesing e Irmã Ana Apareci-da Besel.

A notícia do lançamento foi registrada

na maioria dos jornais dos sindicatos.

A nota ao lado foi publicada no

informativo do Sinepe Ceará

REPERCUSSÃO

Mensagens

“Parabéns pela publicação que ofereceimportantes subsídios para todos nósengajados em construir um futuro melhor paraa educação do país”.

Luiz Henrique da SilveiraGovernador reeleito de SC

“Contém valorosos textos. Muito obrigado”.

Ministra Ellen Gracie NorthfleetPresidenta do Supremo Tribunal Federal

“O livro é de grande utilidade e esclarecedor.Apresento votos de pleno e contínuo êxitopessoal e profissional”.

Ministro Marco AurélioPresidente do Tribunal Superior Eleitoral

“Tenha certeza de que esta pesquisa será demuita valia para os meus estudos”.

Ministra Cármen Lúcia Antunes RochaSupremo Tribunal Federal

“Vou ler em breves dias e, certamente, com omaior proveito”.

Ministro Carlos Ayres BritoSupremo do Supremo Tribunal Federal

“Envio meus cumprimentos pela autoria”

Rosa Maria Weber Candiota da RosaMinistra do Tribunal Superior do Trabalho

Transcrevemos neste espaço trechosde algumas das mensagenscumprimentando o professorMarcelo Batista de Sousa, presidentedo Sinepe/SC e autor da obra:

“Parabéns pelo trabalho realizado, bem comopela iniciativa de manter-nos atualizados”.

Cláudio CimardiVereador em Rio do Sul/SC

MaisTambém enviaram cumprimentos ao

professor Marcelo as seguintes autoridades:

Governador Eduardo Pinho Moreira; Senador

Raimundo Colombo; Presidente da Assembléia

Legislativa Deputado Júlio Garcia; Ministro

Massami Vyeda do Superior Tribunal de Justiça;

Ministro Paulo Benjamin Fragoso Gallotti do

Superior Tribunal de Justiça; Presidente do

Conselho Estadual de Educação Adelcio

Machado, e Secretária Estadual de Educação

Elizabete Anderle.

Ações coesas reafirmam a unidade do setor privado educacional

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GERAL Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Escolas pedem políticas públicas capazes deestimular o empreendedorismo educacional

A segunda Assembléia Geraldas escolas afiliadas ao Sinepe/SCocorreu dia 17 de novembro noauditório. Em pauta, as perspecti-vas do setor para 2007, a forma-ção de preços e contratos, ques-tão do Ensino Fundamental coma implantação dos nove anos, aação judicial envolvendo o Colé-gio Jardim Anchieta e o Censo Es-colar CEE/SC – MEC/INEP, além deoutros temas da atualidade. Asconclusões e as estratégias ado-tadas durante o encontro estãocontidas em detalhada circular jáencaminhada aos associados.

No balanço geral, os dirigen-tes se manifestaram contrários àforma com que o legislativo deci-diu sobre o “Super Simples”, maisuma vez deixando de fora o seg-mento. A área do Ensino Médio,apesar de todos os esforços daslideranças sindicais, não foi con-templada, enquanto que outrossetores, como os cursos livres, aca-baram incluídos. Outro ponto quemereceu comentários dos empre-

endedores é que no Brasil não exis-te qualquer política de incentivoà iniciativa privada educacional,parceira indispensável da organi-zação pública para o desenvolvi-mento nacional. Foi observadoque embora estejamos na atuali-dade com uma inflação baixa, oPIB nacional está atingindo pata-mares indesejáveis e isto, a curtoprazo, poderá levar o país a umarecessão. É preciso corrigir o de-

sequilíbrio para a geração de no-vas riquezas, com a fixação demetas objetivas tendo em vista aproximidade de 2007.

Os dirigentes escolares reite-raram desejo de que seja logo fei-ta a reforma da legislação tribu-tária, ampliando a margem deabatimento do Importo de Rendapara a educação dos trabalhado-res e dependentes, alterando o pa-rágrafo 2º, do Art. 458 da CLT.

2ª Assembléia Geral

ATUALIDADE

Prioridade para aLei da Adoção

Por João Matos, professor e deputado federal.

* Professor e deputado federal

Solicitação

Somos da Bahia e nossa es-cola recebe sempre este mara-vilhoso jornal que tem nos au-xiliado em vários assuntos per-tinentes à educação e gestão.A edição de junho que recebe-mos foi extraviada e gostariade saber se é possível o enviode outro exemplar, pois temosmuito interesse.

Lygia Nascimento SarkisEscola Ativa Montessoriana

Nota da redação: Claro, commuito prazer, e aproveitamos paralembrar aos leitores que as ediçõesdo JS estão disponíveis no Portalwww.sinepe-sc.org.br

DestaqueTenho me reportado várias

vezes aos Srs. Osmar dos San-tos e Cláudio Lange Moreira,principalmente ao Osmar, pro-curando sanar dúvidas jurídicasrelativas ao setor de pessoal.Sempre obtive respostas obje-tivas e rápidas, muito esclare-cedoras. O Sinepe está muitobem. Percebe-se o forte graude profissionalismo das pes-soas aí envolvidas. Parabéns.Vida longa ao Sinepe/SC.

Luiz César NiehuesColégio Fayal

Agradecimento 1Gostaria de registrar meu

carinho e agradecer, mais umavez, pela oportunidade que oSinepe/SC me proporcionou nosúltimos dois anos. Graças a esseapoio, novas oportunidades detrabalho estão surgindo. Como

profissional que atua há 16anos junto ao segmento edu-cacional privado devo destacarque o trabalho do Sinepe/SC émotivo de orgulho para todosos profissionais deste mercado.Compromisso com a educaçãolivre e democrática. Respeito àiniciativa privada. Valorizaçãodo gestor. Parabéns pelos 45anos de trabalho.

André Pestana

Agradecimento 2Muito obrigado pela opor-

tunidade que tivemos de par-ticipar do IV Seminário Catari-nense de Educação do Sinepe/SC. Destacamos o quanto oseventos do Sindicato nos sãoimportantes na tarefa educa-tiva e social que empreende-mos.Elza Pelozi e Inácio Guiseler

Colégio Vale do Itajaí

CORREIODOLEITOR

Boas perspectivas para o ano novo

O comovente relato do Di-ário Catarinense Especial,contendo o bem elaboradodocumentário “O que o des-tino me mandar”, da jorna-lista Ângela Bastos, sobre odrama de crianças e adoles-centes que vivem em abrigos,conclama a sociedade a semanifestar para que a lei na-cional de adoção, cujo proje-to apresentei em 2003 e se encontra em tramitaçãono Congresso Nacional, seja em breve aprovada e logoimplementado.

Por isso, a iniciativa do DC - tornando visível umproblema ainda desconhecido de grande parte da po-pulação -, aliada à anunciada campanha que a Associ-ação dos Magistrados Brasileiros irá deflagrar em 2007para voltar os olhos da comunidade sobre a deplorá-vel situação dos 80 mil menores alojados provisoria-mente em abrigos pelo país afora, é, de fato, de gran-de valia para que todos nós possamos dar prioridadeà questão da adoção.

Por sua abrangência e magnitude, é natural quemeu projeto esteja provocando polêmica. Controvér-sias à parte, o importante é que, diante da gravidade,cada um responda de imediato à seguinte indagação:“que posso fazer ou o que devo fazer para tentarminimizar a situação de centenas de crianças e ado-lescentes abrigadas nos condomínios ou casas pro-visórias?”.

É preciso agilidade nas discussões, pois o Brasil tempressa. Quanto mais rapidamente a sociedade se in-teirar sobre o modo como vivem os menores que pas-saram da idade de adoção, tornando-se crianças e ado-lescentes institucionalizados, tanto será melhor paratodos que desejam contribuir para a construção deum novo Brasil.

Como muito bem disse a Associação dos Magistra-dos Brasileiros, através do seu presidente Rodrigo Car-valho Collaço, é preciso facilitar o processo de ado-ção. Como é sabido, deixá-los abandonados à própriasorte nos abrigos e condomínios é negar-lhes o sagra-do direito de sonhar e ter uma família, pois é nela quese dá e recebe ternura, carinho, apreço, segurança,generosidade, partilha... numa palavra: amor.

Nenhum país cresce só porque deseja crescer. É pre-ciso superar os obstáculos. E o Brasil somente venceráo atual ciclo de dificuldades quando conseguir orga-nizar-se em uma sociedade dotada de justiça e de qua-lidade no atendimento das crianças e adolescentes.

“Mais agilidadenas discussões”

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PÁGINA 5 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 Nº 115 - ANO14

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CumprimentosDentre as centenas de manifestações que incluem cumprimentos do Presidente

da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Governador Eduardo Moreira e do Prefeitode Florianópolis Dário Berger, registramos mensagens de congratulações enviadaspor presidentes de Assembléias Legislativas, OAB’s estaduais, Sinepe’s, diretores de

escolas, secretários municipais de educação, reitores, entidades de classe,representantes de Organizações Não Governamentais, Clubes de Serviços,

diretores de empresas, Fiesc, Federação de Trabalhadores, Sindicatosde Professores, Sindicatos de Administração Escolar e

empresários.

PÁGINA 6 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 Nº 115 - ANO 14

COMEMORAÇÃO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Educação é omaior consenso

A qualidade da educa-ção esteve presente duran-te o Fórum de Líderes Edu-cadores promovido peloSindicato das Escolas Parti-culares de Santa Catarinadia 24 de agosto em come-moração aos seus 45 anos.Os presidentes da Confede-ração Nacional das EscolasParticulares (Confenen), Ro-berto Dornas, da FederaçãoNacional (Fenep),José Antônio Teixeira, eMarcelo Batista de Sousa,do Sindicato, além do espe-

cialista Cláudio de MouraCastro, foram unânimes emseus pronunciamentos aoapontar a necessidade de opaís melhor administrar osinvestimentos no setor.Compareceram à cerimô-nia, na sede da Fecomércio,a Secretária de Estado daEducação, Ciência e Tecno-logia, Elizabete Anderle, oPresidente do Conselho Es-tadual de Educação, Adel-cio Machado dos Santos,educadores, jornalistas,empresários e convidados.

Os presidentes da Confenen e da Fenep,

professores Roberto Dornas (dir.) e José Antônio

Teixeira, respectivamente, enalteceram a

organização e a estrutura do Sinepe/SC. “É uma

entidade que não se limita às atividades sindicais”,

disse Dornas. Frisou Teixeira que há perfeito

relacionamento com a sociedade e o Sindicato

está à frente do seu tempo. “É um exemplo de

trabalho e os 45 anos são a comprovação da sua

vitalidade”, frisaram.

Ao relem-brar as quasecinco décadas,vemos que opequeno Sindi-cato das Esco-las Particularesde SC, que nas-ceu em Floria-nópolis e setransformouna organizaçãorespeitada dos dias de hoje,fez uma caminhada coeren-te, voltada para os estímu-los à produção de uma edu-cação de qualidade, o enal-tecimento dos valores daética e do civismo, a promo-ção da dignidade do traba-lho educativo.

São também nossosprincípios o profundo res-peito aos nossos associa-dos, a valorização dos fun-cionários que atuam nosestabelecimentos de ensinoe suas carreiras, a busca daintegração do Sinepe nascomunidades e na promo-ção de seus valores cultu-rais.

O Sinepe acreditou,sempre, que criar oportuni-dades é melhor que espe-rar que elas aconteçam. Eesse comportamento é pau-tado no entendimento quenos leva sempre a tentar ser

Claudio deMoura Castroem diálogocomeducadorasdo ConjuntoEducacionalDr. Blumenau,de Pomerode.

Ideal de 45 anosPor Marcelo Batista de Sousa - Presidente

o melhor emtudo o que fa-zemos. Muitonos orgulha, nacaminhada, ahistória do pio-neirismo da es-cola particularno Brasil, e emespecial em SC,oferecendo en-sino de quali-

dade às crianças, jovens eadultos de todos os qua-drantes do Estado, prepa-rando-os para ingresso eevolução mais eficaz nomundo do trabalho, da pro-dução de riquezas e do apro-fundamento do conheci-mento humano.

Com posição de desta-que na área de serviços, osegmento privado educacio-nal catarinense, responsávelpela geração maciça de im-postos, divisas e empregosdiretos e indiretos, faz dos45 anos de fundação do Si-nepe uma base de fé para ofuturo de nossa gente, denosso País. Um futuro queresultará da fidelidade dopassado e do compromissoque mantemos de que tudoo que tiver que ser feito pelanossa gente merece ser bemfeito, com qualidade e com-petência.

Educadores pedem políticas públicas para acelerar o desenvolvimento

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PÁGINA 7 JORNAL DAS ESCOLAS PARTICULARES DE SANTA CATARINA - NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2006 Nº 115 - ANO 14

COMEMORAÇÃO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Vigor e prestígioO Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina foi fundado em 1961, com

a denominação de Associação dos Estabelecimentos de Ensino de SC. Em 1964 pas-

sou a Sindicato. Atualmente o Sinepe/SC conta com uma eficiente estrutura e exerce

estratégica representação institucional. É a legítima representação do segmento pri-

vado educacional catarinense, com assento na Confenen e Fenep. O setor contribui

com 1,3% do PIB estadual – percentual superior ao correspondente à participação do

segmento educacional privado no PIB nacional, que é de 1,25%. Estes dados da FVG

indicam a importância dos empreendedores privados na economia local e na média

dos demais estados.

Professora Nota 10

Desde o mês passado, aConfederação Nacional dos Es-tabelecimentos de Ensino (Con-fenen) está com 1000 exempla-res do Manifesto sobre a Refor-ma do Ensino Superior para dis-tribuir para associados e outrosinteressados no assunto. Coma retirada do pedido de urgên-cia para a votação do projeto

Afiliada ao Sinepe/SC, a Funda-ção Bradesco de Laguna participou,com mais 3851 trabalhos de todoo país, do concurso Prêmio Vitor Ci-vita - Educador Nota 10. E é comjustificado orgulho que a diretoraAmine Mourad Hoffmann informaao JS que dentre os dez melhoresselecionados está o da professorade Ciências e Biologia Marli Apare-cida Salum Benjamim Melillo. Pro-

fessora Marli participou com o Trabalho “As Tainhas em Lagu-na” relatando como e quando a espécie chega ao local e é cap-turada pelos pescadores com a ajuda do boto. “No entanto, afartura que ocorria nos anos anteriores não vem acontecendoem Laguna já há algum tempo e isso modifica o cenário domunicípio, seja no aspecto econômico, social e ecológico, o quevem preocupando”.

Essa preocupação intriga e remete a uma investigação acercados motivos que levam à diminuição desses pescados. Entre ostrabalhos, 20% eram do Sul do País e fomos o único selecionadoda região. Dos 3851 inscritos, 352 estavam relacionados com aárea de ciências e também fomos o único vencedor da respectivaárea. Foi com muita felicidade e orgulho que recebemos a notí-cia e dia 10 a Professora Marli esteve em São Paulo recebendo oPrêmio Educador Nota 10, no Teatro Abril, exultou a diretora.

MANIFESTO SOBRE A REFORMA DOENSINO SUPERIOR SERÁ DISTRIBUÍDO

EM MOMENTO OPORTUNOde lei, a não reeleição do depu-tado relator, o não funciona-mento do Congresso e a mu-dança em sua composição, aentidade irá aguardar o mo-mento mais adequado para fa-zer essa divulgação, segundoinformações de seu presidente,professor Roberto Dornas.

Enquanto isso, a Confenen

continua fazendo a divulgaçãoitinerante deste documento in-ternamente, para instituições eescolas de todo país. Para Dor-nas, esse providência permite atodos um melhor conhecimen-to do texto e, ainda, a ofertade novas sugestões. Leia a ín-tegra do manifesto no Portalwww.sinepe-sc.org.br

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EVENTOS Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

IV SEMINÁRIOCATARINENSEDE EDUCAÇÃOEm meio à competição, à complexidade e às constantes mudanças do mundo, é

preciso pensar diferente. Esse foi o principal mote do evento promovido pelo

Sindicato dia 20 de outubro, que reuniu dezenas de educadores interessados no

aprimoramento das técnicas gerenciais das instituições de ensino privado em

Santa Catarina. Em pauta, custos e formação do preço de venda; critérios para

elaboração do Contrato & Preços/2007; gestão financeira da escola; e o papel de

cada um no Marketing Institucional.Organizado pelo Departamento de Eventos,

este foi o quarto ano consecutivo do seminário dedicado às instituições afiliadas,

no auditório da Fecomércio, em Florianópolis. Estiveram presentes gestores

administrativos e financeiros, educadores e especialistas em educação.Os temas

foram expostos, de acordo com a especialidade de cada um, por Cláudio SérgioMoreira, Osmar dos Santos, Marco Antônio Ferraz, e Victor R. L. Aguiar.

Construa seu cenário para 2007

1.Qual sua avaliação sobre osegmento privado educacionalcatarinense para 2007?

De uma forma geral vem so-frendo com a entrada de novas uni-dades e por isso passa por uma fasede adaptação. Isso afeta diretamen-te a estrutura de preços daquelesque já estão no mercado há maistempo, em função da lei da ofertax demanda. Somente aqueles queestiverem preparados e vocaçãopara atuar no ramo é que sobrevi-verão e cada vez mais serão forta-lecidos crescendo de forma consis-tente. Vejo que 2007 ainda repre-sentará um ano de muita luta nes-te sentido e por isso é preciso sepreparar para superar estes desafi-os.

2.Quer dizer que o período deprivações ainda não passou?

Ainda não. Mas também é ver-dade que a tempestade já deve es-tar no final. Falta pouco para que acurva de novos entrantes cesse e aoferta se ajuste à demanda que jánão cresce tão fortemente comoantes. É preciso se adaptar à novarealidade e avaliar bem novos in-vestimentos diante desta realidadede mercado.

Sucesso significa capacidade de adaptação. É o que se pode depreender dasanálises que o especialista Cláudio Sérgio Moreira apresenta aos leitores do JS,avaliando as perspectivas do segmento privado educacional catarinense para opróximo ano. O entrevistado, um dos palestrantes do seminário promovido peloSindicato, é graduado em Administração de Empresas pela FURJ - Joinville/SC,possui especialização em Finanças Empresariais pela FGV/RJ e MBA em GestãoEmpresarial pela UCB Universidade Castelo Branco/RJ. Confira o bate-papo:

3. O que é custo e o que é des-pesa?

Custos são gastos realizadoscorrespondentes à atividade prin-cipal (afim) da organização. Despe-sas são gastos realizados com ativi-dades de apoio, necessárias, porémnão relacionadas com a atividadeprincipal da organização. Por exem-plo, o salário pago a uma telefonis-ta deve ser classificado como des-pesa, pois a atividade principal daescola não é realizar ligações tele-fônicas. Já o salário pago à mesmatelefonista que exerce uma funçãode tele-marketing numa empresade tele-marketing será contabiliza-do como custo, pois essa funçãoagora está relacionada à atividadeprincipal da organização (tele-ma-rketing).

4. O que acontece quando re-duz o custo?

Reduzir não é uma tarefa fácil.Muitas vezes torna-se necessário al-terar processos para reduzir custossem que a qualidade seja afetada. Énecessário que haja um controle in-tenso sobre custos para que essesnão subam e provoquem falta decompetitividade. A mesma preocu-pação ocorre quando a busca des-controlada sobre redução de custosacontece sem que haja uma preo-cupação com a qualidade dos servi-

ços ou produtos ofertados. A redu-ção do custo de uma forma consci-ente e controlada proporciona à or-ganização uma condição de compe-titividade “invejável” e uma saúdefinanceira e econômica de “ferro”.

5. Quais os cuidados que a es-cola deve levar em conta na ela-boração da planilha para fixa-ção do preço da mensalidadeescolar?

Os custos, as despesas, os im-postos sobre a receita, os impostossobre o lucro, a depreciação, o cus-to de capital, a inadimplência, osdescontos e o lucro.

6. Quais as taxas e tributaçõesque podem ser ignoradas pe-las escolas, sem ferir a legisla-ção?

É preciso primeiro entender queno Brasil existem duas formas de tri-butação. A tributação sobre a re-ceita (mensalidades) e a tributaçãosobre o lucro (resultado). O preçocalculado da mensalidade deve con-templar esta carga tributária. Quempaga o imposto não é a escola, esim, o aluno (contratante). A esco-la exerce um papel de “agente” ar-recadador de impostos do governo,repassando cada qual para as esfe-ras municipais, estadual e federal,conforme o caso. Existem formas,

dentro da lei, de se reduzir a cargatributária e, assim, obter um preço(mensalidade), mais competitivo oumaximizar os lucros resultantes des-se preço.

7. A escola tem sido um investi-mento lucrativo? Em caso nega-tivo, por que tantas escolas?

É sensato reconhecermos queexistem escolas lucrativas e escolasque não conseguem sequer remu-nerar o capital investido, apresen-tando em alguns casos resultadosnegativos. Como todo negócio, sejado setor primário, secundário outerciário, sempre haverá quemapresente bons resultados e outrosque não. Neste caso acredito queuma pergunta responde a outra.Vejamos: a escola tem sido um in-vestimento lucrativo? Sim. Em al-guns casos, sim. Por que tantas es-colas? Existem muitas novas esco-las, motivadas pela busca desses re-sultados positivos. Todavia, na gran-de maioria dos casos, existe uma“crença” na compensação do volu-me pelo preço. Ou seja, muitas es-colas pensam que podem praticarpreços abaixo do mercado com oobjetivo de se tornar mais compe-titiva e assim despertar uma de-manda maior para o seu negócio.Isto é verdade, em parte, pois aose praticar preços muito abaixo domercado (como se têm visto em

Novas técnicas para o gerenciamento escolar

pesquisas), a maioria não conseguesequer cobrir custos, impostos edespesas, quem dera remunerar ocapital investido. Assim, entram naespiral da morte. Corrigem preços(mensalidade) para cobrir custos edespesas e perdem o público (de-manda) necessitando novamentebuscar uma correção de preços paraequilibrar com custos e despesas re-cebendo novo impacto na perda depúblico, e assim sucessivamente.Uma vez na espiral da morte, a es-cola torna-se grande candidata aapresentar sucessivos resultados ru-ins até que venha a fechar.

8. O que fazer para reduzir ainadimplência?

É algo que deve ser constante-mente investigado. Conhecer ascausas que levam à inadimplênciaé a “chave” para resolver a ques-tão. Em pesquisas realizadas comestudantes universitários, desco-briu-se que questões como datasinadequadas de vencimento dasmensalidades, endereços erradospostados nos boletos bancários edificuldades para se conseguir umasegunda via do boleto, eram cau-sas apontadas por eles como moti-vos para atraso no pagamento damensalidade. Nestes casos, foramrevisados os cadastros dos alunose implantado um sistema que pro-porciona o aluno a emitir a segun-da via do boleto via Internet. A ges-tão dessas questões pela escola, fa-cilitando o processo de cobrançapara o aluno e o acompanhamentoefetivo do resultado das pesquisas,remetem a queda dos índices deinadimplência.

Leia a íntegra desta entrevista:www.sinepe-sc.org.br

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Numa época em que o ato de educar é observável sob diferentesaspectos, a multiplicidade dos estudantes e os dilemas culturaisimpõem novos desafios às escolas, a naturóloga Maíra SoaresGrangeiro observa, em artigo publicado nesta página, que “aeducação contemporânea exige uma nova visão para as crianças, osprofessores e os diretores: que ela transmita esperança e inspiração,sob a ótica da criatividade”. Com base neste enunciado, e a partirdas descobertas mais recentes da ciência sobre o funcionamento docérebro humano, Maíra lança uma proposta de trabalho muitointeressante para atuar junto às escolas, capaz de substituir asfreqüentes queixas de “sentimento de pânico”, “vazio”, “luta”, “faltade sentido” ou “sofrimento”, manifestadas tanto pelos alunosquanto professores e administradores, por uma “autêntica vontadede realizar e viver integralmente nosso potencial humano”.

Conceitos, idéias e tendências quevão inspirar suas próximas decisões.

Estamos atingindo ummomento crucial de mudan-ças de paradigmas em todasas áreas do conhecimento hu-mano, e em especial, na edu-cação. É certo que a maiorparte das pessoas concordaque a forma de educar e cri-ar as crianças, em meio a tan-tas e tão aceleradas transfor-mações, é uma das mais sig-nificativas preocupações domundo de hoje. A educaçãocontemporânea exige umanova visão para as crianças,os educadores e os diretoresdas escolas: que ela transmi-ta esperança e inspiração, soba ótica da criatividade.

Professores frustrados, di-retores sem solução útil paraesses problemas, pais deses-perados... são queixas cadavez mais constantes. De fato,as pesquisas confirmam queas pessoas estão infelizes – enas escolas não é diferente.É observado, a cada dia, mai-or número de profissionais ealunos, independentementeda faixa etária, com uma sé-rie de transtornos comporta-mentais. Entre os distúrbiosmais freqüentes podemos ci-tar, entre outros: transtornodo déficit de atenção, hipe-ratividade, ansiedade, agres-sividade, extroversão e intro-versão desmedidas, depres-são e fobias (pânico, bulimia,anorexia).

As análises atestam que aprodutividade dos portadores

ARTIGO

NOVA VISÃO PARA A SOLUÇÃODE VELHOS PROBLEMAS

Maíra Soares Grangeiro – [email protected]

* Consultora Educacional, com formação acadêmica na área de Ciências Humanas e graduação emNaturologia (Unisul/SC)

Clair Gruber SouzaCoordenadora

Pedagógica

Gestão e organizaçãoEm parceria com a ASP Es-

cola, o Sindicato realizou, de23 de maio a 22 de setembro,uma série de palestras em Flo-rianópolis, Criciúma, Chapecó,Lages, Joinville e Blumenauabordando a Gestão e Organi-zação da Instituição Escola,com a presença de mantene-dores, administradores e técni-cos. Foram proferidas pelo ex-periente professor Marco An-tônio Ferraz.

Ferramenta modernaEscolhido pelo Sinepe/SC

como “o mais eficiente do mer-cado”, o ASP Sistema de Ges-tão vem sendo utilizado pelasescolas afiliadas com reais be-nefícios. Trata-se de uma ferra-menta moderna e completa naadministração. A parceria temsido muito útil e até o momen-to do fechamento desta ediçãojá haviam firmado contrato coma ASP as seguintes escolas: Al-pha Objetivo Júnior; ColégioSupra; Educandário Santa Isa-bel; Sistema Unificado de Ensi-no; Energia; Colégio Visão eInstituito do Saber/CESEHT.

O Sinepe/SC, em parceria como Instituto de DesenvolvimentoEmpresarial - IED, vinculado aoCentro Federal de Educação Tecno-lógica – CEFET, realizou o curso deQualificação Profissional Semi-Pre-sencial. A abordagem incluiu ativi-dades relacionadas à administra-ção do tempo, liderança, técnicasde reunião e mobilização de equi-pes através de práticas. O cursoproporcionou aporte tecnológicoem gestão organizacional comocontribuição efetiva para busca deresultados, aumento da solidez das

atividades e garantia de satisfaçãodos clientes. Mantenedores, dire-tores, coordenadores e gestores daeducação participaram do eventodurante 36 horas/aula, sendo 8 ho-ras/aula presenciais, e 28 horas/aula à distância. Os encontros pre-senciais tiveram como expositoresos especialistas Antônio PereiraCândido e Jorge Luiz Silva Herme-negildo. O ensino dirigido à distân-cia, sob a tutoria e monitoria doIED/CEFET, foi desenvolvido por“chat” e “e-mail” na homepage daMSN.

A hora da matrícula chegou.Sua escola está preparada?

Em quarta edição, o encontroplanejado pelo Departamento deEventos do Sinepe/SC, dia 21 deoutubro, na Fecomércio, centro deFlorianópolis, promoveu a trocade experiências entre gestoreseducacionais e equipe de colabo-radores que atuam no processo dematrículas, gerando novas estra-tégias em uma área chave na vidadas escolas. Os temas centrais,“Técnicas de vendas em serviçoseducacionais”, e “Motivação e In-

teligência Emocional”, foram ex-postos pelos educadores Victor R.L. Aguiar e Matilde Roseli FrancoDutra de Melo.

Aporte tecnológico

de desordem emocional é me-nor que nas pessoas considera-das sadias. Sabe-se, também,que grande parte do público in-terno das escolas - alunos e pro-fissionais - está submetida aagressões de ordem física, psí-quica, infecciosa e outras capa-zes de perturbar-lhes a home-ostase, isto é, o equilíbrio doseu organismo.

Como seria viver e resolverde forma simples toda essaproblemática?

Em primeiro lugar, é ter apossibilidade de perceber osconflitos com “novos olhos”, in-centivando, sobretudo, a cria-tividade - atributo latente no serhumano e que apenas estáadormecido, aguardando serdespertado.

E em segundo lugar, é estarpresente na vida sem estresse –palavra tão mencionada e temi-da ultimamente.

Eis o nosso maior desafio naatualidade: cuidar da educação

do ser humano de forma ín-tegra com a certeza de que oato de educar será infinita-mente construtivo. Alunosfelizes, professores satisfeitos,diretores confiantes e pais es-perançosos, todos guiadospela criatividade e a certezade que o futuro perfeito é umfruto possível a ser cultivado.

Fazer das escolas um am-biente acolhedor e produtivo,com a marca da contempo-raneidade, é a meta propos-ta. É desse tipo de serviço queestamos falando, pois a edu-cação sem integridade, no fu-turo não terá o menor valor.

A abordagem a que nosreferimos está fundamentadanos mais recentes estudos epesquisas da Neurobiologia eNeurociência, que compro-vam a importância de umametodologia que atue nos ní-veis das estruturas cerebral,bioquímica e emocional. Istoporque é no desenvolvimen-to das faculdades superioresda mente humana que está aresposta para as mudançasdesejadas.

Uma visão educacionalbaseada nas habilidades dosseres humanos considerandosuas emoções e o desenvolvi-mento do corpo e da menteserá, portanto, integrada e pi-oneira. Lembrem que a pala-vra educação vem de cultivar- “educare” -, que é o que sefaz a uma planta, a uma flor,porque se vê que vale a pena.

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GERAL Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Alguns moradores, dizen-do-se incomodados com o “ba-rulho das crianças” durante asaulas de Educação Física doColégio Jardim Anchieta, loca-lizado há 15 anos à rua AbílioCosta, 69, no Jardim Anchieta,em Florianópolis, vêm distribu-indo panfletos com agressões,tentando denegrir o Colégio esua direção, incitando a comu-nidade com o objetivo de ob-ter o fechamento da Escola.

Não se pode, como pre-

Opinião DCIntolerância

A legislação, na maioria das vezes, éapontada como a grande vilã da histó-ria, no tocante a alta inadimplência, masum dos principais problemas encontra-se, em muitos casos, na gestão do esta-belecimento. Dentre algumas práticassaudáveis para diminuição e controle,sem esgotar o tema, destacamos a se-guir alguns tópicos que serão aprofun-dados na 2ª Edição do Manual deInadimplência, a ser distribuído em breve às afiliadas ao Si-nepe/SC.

Para se ter sucesso é necessário conhecer a fundo a inadim-plência na sua instituição. Minha cobrança é bem realizada?Minha equipe de cobrança é bem preparada? Sei quantotenho de inadimplência? Tenho uma política de cobrançaclara? A partir daí já temos um grande começo. É necessá-rio definir uma política de trato, que deverá prever a for-ma como se desenvolverá a cobrança, se via correspondên-cia, via telefone, negociação pessoal, se será feita pela pró-pria instituição ou terceirizada.

Pelo fato da inadimplência estar intimamente ligada àquestão cultural, é importante que a sua clientela saiba que ainstituição trata com seriedade o assunto. Isto certamente es-timula o pagamento em dia, pois o cliente fica sabendo quese atrasar a escola vai “incomodar”. Cuidados preventivosajudam no controle, tais como a elaboração de um bom con-trato de prestação de serviços educacionais, com cláusulasque permitam ação da escola visando manter rigoroso con-trole da inadimplência, contemplando-se neste item, informa-ções cadastrais completas, requerimento de matrícula, esti-pulação clara do preço, cláusula da mora (com todos os seusreflexos), bem como eleição do foro da Mediação e Arbitra-gem para fins de resolução de eventuais conflitos de formamais ágil e econômica. Muitas escolas hoje vêm obtendo umalto índice de recuperação de créditos através de conciliaçõesrealizadas nos Tribunais de Mediação e Arbitragem

Outra dica importante é valorizar o adimplente, sem ge-rar discriminação do inadimplente, através de concessão debônus (cuidado para não desvalorizar o preço), sorteio debrindes e outras práticas. De todas as tentativas possíveispara reverter o quadro da inadimplência, o trabalho cons-tante, organizado e persistente tem se apresentado comoa forma mais eficaz, trazendo os melhores resultados amédio-longo prazo.

Estamos chegando ao final de mais um ano letivo e comoa rematrícula para o próximo ano está condicionada a ADIM-PLÊNCIA do aluno, recomendamos cuidado com os “acor-dos” firmados com os inadimplentes. Nesta ocasião, benefí-cios e facilidades excessivas para os maus pagadores po-dem caracterizar uma não valorização dos bons pagadores,levando a um índice de inadimplência ainda maior para ofuturo. Cautela e bom senso nestas horas são fundamentais.Boa sorte! Sucesso em 2007!

COLÉGIO JARDIM ANCHIETA

“Justiça ordena silêncio nahora do recreio em SC”

Grandes jornais e redes na-cionais de TV, especialmente deSP e RJ, além dos veículos decomunicação regionais, estãotendo a atenção voltada parao caso do Colégio Jardim An-chieta, afiliado ao Sinepe, alvode queixas de alguns vizinhosincomodados com os ruídosdas crianças na hora do recreio.A manchete acima, por exem-plo, foi publicada pelo jornal

O Estado de São Paulo, dia 21de novembro, relatando o de-plorável episódio em que aten-dendo solicitação do Ministé-rio Público, juiz ameaça fechara instituição de ensino alegan-do, entre outros argumentos,que o barulho provocado pe-los alunos “é realmente preju-dicial à saúde”. Até o fecha-mento desta edição, as instân-cias superiores do Judiciário

ainda não haviam se manifes-tado sobre o recurso do Colé-gio, que contestou a denún-cia do MP, comprovando es-tar dentro da legislação quecontrola os índices de polui-ção ambiental. Tão logo foi di-vulgada pela imprensa a po-lêmica sentença do juiz subs-tituto, o Sindicato divulgou aseguinte nota de esclareci-mento:

Ah! se a moda pega......as escolas terão que se deslocar para regiões inabitáveis.

tendem, criminalizar a ale-gria das crianças.

O Sindicato das Escolas Par-ticulares de Santa Catarina (Si-nepe/SC) se solidariza com alu-nos, familiares, direção e asmilhares de assinaturas deapoio ao Colégio. Informatambém que está adotando asmedidas judiciais que o casorequer para restaurar a justiçae apurar responsabilidades.

Lugar de escola é ondeestiverem as crianças.

O Colégio Jardim Anchietafoi criado para atender a co-munidade e por isso o local dasua instalação é na comunida-de.

Estudar com alegria e mo-tivação quer dizer brincar ecantar. É exprimir felicidade deviver!

Jornal manifesta estranhezaAo registrar o fato, o Diário Catarinense publicou o seguinte editorial dia 1/11:

O Sindicato das Escolas Particulares deSanta Catarina (Sinepe/SC), em nota oficial,manifestou solidariedade aos alunos, dire-tores e professores do Colégio Jardim An-chieta, localizado no bairro homônimo emFlorianópolis.

Alguns moradores das cercanias, dizen-do-se incomodados com “o barulho (sic) dascrianças”, durante os intervalos das aulas epráticas esportivas, e alegando ter “seu re-pouso perturbado”, vêm se movimentandopara obter o fechamento da escola. E há

quem pense que já viu tudo neste mundo deintolerância, grossura e egoísmo... Já no títu-lo, a nota do Sinepe diz tudo: “Ah! Se a modapega, as escolas terão que se deslocar pararegiões inabitáveis”. Será que os “incomoda-dos” do Jardim Anchieta querem proibir ascrianças de brincar, praticar esportes e brin-cadeiras? Será que querem criminalizar a ale-gria da infância, e desejam que reine nas es-colas a “paz dos cemitérios” em nome do seurepouso?

Haja!

O controle dainadimplência ao

seu alcancePor Cláudio Lange Moreira, advogado,

assessor da diretoria do Sinepe/SC.

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... INFORME TÉCNICO Acesse diariamente www.sinepe-sc.org.br

Considerações sobreEMPREGADO ESTUDANTE

Por Osmar dos Santos,advogado, Diretor

Executivo do Sinepe-SC.

Foto Rudi Bodanese

Dos artigos 402 ao 441 a CLT trata do Trabalho do Menor, estabelecendo as normas aserem seguidas por ambos os sexos no desempenho do trabalho. A Constituição Federal,em seu artigo 7º, inciso XXXIII, considera menor o trabalhador de 16 (dezesseis) a 18(dezoito) anos de idade.

DETERMINAÇÃO DO TEMPO PARASAÍDA ANTECIPADA

O artigo 427 da CLT determina que todo emprega-dor que empregar menor será obrigado a conceder-lheo tempo que for necessário para a freqüência às aulas.Como a CLT não determina a quantidade de tempo quepoderia ser considerada como necessária para a freqüên-cia às aulas, o empregador deverá adaptar o horário detrabalho de cada trabalhador menor que estuda, deacordo com as informações fornecidas pelo próprio em-pregado.

FIXAÇÃO DO HORÁRIO –

INFORMAÇÕES Para a fixação do horário de saída do empregado

menor estudante, o empregador poderá exigir a apre-

sentação de declaração da escola que o mesmo freqüen-

ta, com as seguintes informações:

• horário de início das aulas;

• endereço da escola;

• comprovação de freqüência do curso.

EXCEÇÕES

A CLT faz menção apenas aos trabalhadores me-

nores, mas já temos algumas Convenções Coletivas de

Trabalho que têm dado o mesmo direito a todos os

trabalhadores estudantes, independente de idade.

No que diz respeito às ausências do empregado para

prestação de exames vestibulares, elas são considera-

das faltas abonadas, conforme preceitua o artigo 473,

VII da CLT.

ARQUIVOSDIGITAIS:

documentosdevem serguardados

por 10 anos.Por determinação da

Lei 10.666/2003, desde 1/7/2003, as empresas eequiparados devem ar-quivar e conservar emmeio digital ou asseme-lhado, durante 10 anos,sistemas e arquivos utili-zados para registro denegócios e atividadeseconômicas ou financei-ras, escrituração de livrosou produção de docu-mentos de natureza con-tábil, fiscal e trabalhista.

DISPENSAEstão excluídas da

obrigação de arquiva-mento e conservação emmeio digital apenas asempresas optantes peloSimples Federal.

O governo federal am-pliou as possibilidades desaque do Fundo de Garan-tia do Tempo de Serviço(FGTS) por parte dos traba-lhadores. A partir de agora,o empregado, ou depen-dente dele, portador dequalquer doença em estágioterminal também poderáreceber o valor depositadona conta vinculada ao FGTS.

De acordo com o Minis-tério do Trabalho e Empre-go, ainda entram na defini-ção de doenças terminais osacidentes graves. Assim, ovalor do FGTS também po-derá ser utilizado no trata-mento de quem sofrer umacidente de carro ou atémesmo for atingido por umtiro e ficar em coma, porexemplo.

FGTS – AMPLIAÇÃO DO SAQUEIsso é o que estabelece o De-creto nº 5.860, de 26/07/2006, publicado no DOU de27/07/2006. As condiçõesnormais já existentes, de-missão sem justa causa, tér-mino do contrato por tem-po indeterminado, aposen-tadoria e morte do empre-gado, continuam valendo.

Antes da nova medida, oFGTS somente poderia ser

sacado em caso de doençaquando o trabalhador ouseu dependente fosse por-tador do vírus HIV ou deneoplasia maligna (câncer).Agora, o resgate do saldopode ser efetuado qual-quer que seja a doença,mas com a exigência deque esteja em estado ter-minal, ou seja, sem chan-ces de cura.

Neste Natal & Ano Novo desejamos que a “Paz e a Harmonia”

encontrem moradia em todos os corações.

Que a Esperança seja um sentimento constante em cada ser que habita nosso planeta.

Desejamos que o Amor e a Amizade prevaleçam acima de todas as coisas materiais.

Que as Tristezas ou Mágoas sejam banidas dos corações,

dando lugar apenas ao Carinho.

Que a “Dor do Amor” encontre o remédio em outro Amor.

Que a “Dor Física” seja amenizada e que Deus esteja ao lado de todos,

dando-lhes muita força, fé e resignação nas horas necessárias.

Que a Solidão seja extinta e, no seu lugar, se instalem

a Amizade Verdadeira e o Companheirismo.

Que as pessoas procurem olhar mais a sua “Volta” e não tanto para “Si” mesmas.

Que a Humildade e o Respeito residam na Alma e no Coração de todos, ou seja, “Que

saibamos Amar e Respeitar o Próximo como a nós mesmos”.

São os meus sinceros votos.

Boas festas

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