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I\Elt\TORJO k
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APRESENtADO AO
EX.MO SR.
Dr: CARLOS BOTELHO M. D. SECRETARIO DA AORICUlTURA
POR
- , .1 JOAO ,PEDRO CARDOSO , ' J 't... ,J
(:i:lEFI;DA CO,,\MISSAO .
I . ... l' '..' ,Ji ~
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,ANNO DE 1906
ANNEXO 11,0
I, , •
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RElATORIO DO SECRElARfO DA AORICUlTURA DE J90P
j
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aa
,
Comm issao Geogra phica e Geologica do Estado de S. Paulo
RELATORJO APRESENTADO AO
EXMO SR.
Dr. C1 \' 1~ LOS B OTELI-I O M, D. SECRETARIO DA AG RI CULT URA
PO R
JOAO PEDRO CARDOSO C HEFE DA COMt\\ISSAO
- ==0==-
\..NNO DE 1 9 0 6
AN IEXO '\0
RELATORIO DO SECRETA RIO DA AGRICULTURA DE 1906
SAO PAULO T Vl'OOI<APHIA BRASIL DE ROTHSCHILD & COillP,
Rua 15 de Novembro N . 30-A
1907
Commissao Geographica e Geologica do Estado de S, Paulo
t1G , .
c5. 'ilili/'O, 20 de 01{//(o de 1907.
ex. mo Srr CfJr ear/os 9Boll'l/fo <j). 0 . c5f'crd ario do OgrirulluTa
'£1/fo a 110/1rC1 dl' passar as 177,105 dp '2) e. 0
rl'la/orio dos /rabal/fos Wl'rfliados por I's/a .eol77J11is
SCIO durcm/P 0 ,1/1/10 d l' 1906
YOclo Cj> eard050
Picadao entre Tres Barras e 0 acalllpa lll ento Margc1I1 do rio do Peixe
RELATORIO c=:IoO c =
Explo ra~ao do extremo serHio do Estado
Littora l e rio J uqueryquere. .
Ribe ira de Iguape
Divisas COIll 0 Estado de Minas.
Divisas de Ilwnicipios .
Lavoura de cafe .
Carta de progresso.
Serv i ~o Metco t'olog ico .
Geologia e Mincralogia
Cflrta Geologica
Botanica.
Carta de progresso. Carta lavoura de Cafe.
c:::::J°Oc=
Plctnta campleta do extremD sertao do Estado.
Photographias.
!lag.
7
13
15
20 20 20 21
2 1
23 23 27
Acamprt 1l1 ento Margem do rio do Peixe
Explora~ao do extremo sertao
o Estado de S, Paulo, collocado na vanguard a do progresso do Brazil, tinha 0 seu tel'ritor io dividido em duns regioes bem distinctas: nma, a mais proxima do littoral , cheia de vida e activid,ude', graQas a fel'tibdade de suus terras, ao gl'au de adiantalll ento de sua lavoura, no consideruvcl commercio estabelecido, it. corrente illll1l igl'atoria bem cncalllinhada e {t desenvolvida rede de yjuyao ferrea, pl'osperava Semp1'8, eni progressil.o crescente; emquanto qne a Dutra, comprehendida pelos rios 'rieto, Paran(I, Paranapanema e cabeceiras do :reixe e Feio, era inteiram ente desconh eci da e habitada pelos "ferozes indios Coroados, '
o Governo do Estado, observando este contraste e quereudo abril' novas fontes de produc<;ao e de expansao ao desenvolvimento
do Estado e bem assim leval' a civili sayao aquella grand e "ona, canfion a Commissao Geographica e Geologica a ardua tarefa de exploral-a, sendo este 0 jll'imeil'o passo do empl'ehendimento ollsado que tinha em vista.
Foram logo elaboradas as instnICyoes para a execlIyao desses penosos trabalhos, e 0 Sll l'. Dr, Presidente do Estado appl'o,Vo ll-.S p Ol'
decreto n,' 1278 de 23 de MaI'90 de 1905, [mmediatamente den-se comeyo {l organisay3o das turmas, com
o fim de executar 0 que detel'minavam as relel'i das instrucyoes. Era muito ftl'l'ojada a empreza que nos fora confiadu J de modo
quo nao fo i faeil co nseguir, nos primeiros momen tos, pessoaJ em geral que quizesse ftl'l'iSC3 l'-Se a i1' desvendul' esse colosso desconhecido e em poder de indios bravios.
8
Vencidas as primeiras difficnldades, que consistiam na escolha de pessoal habilitado e capaz, demos c0 l11e90 it organisa9ao das humas em si, dotando cada uma com os insb:umentos, apparelhos, utensili os, al'l11amcntos etc., attendendo it regiuo que devium explorar e (t
natureza do trabalho que Jhes foi confiado. A falta de reoursos que existe em todo 0 sertno e bem aSSlm a
rlistancia em que deviam sc collocal' em l'eJayilo aos ultimos pontos povoados, obrigaram-nos a sel' l1lujto pl'evidontes n<1 orgnnisf\yao das expedi 90es e nu distribui9ao do material.
Conform e determjnavam as instJ'llcQoes, 0 serviyo fa i di vidido em qun.tro tuYmus para a exploruyao dos riDS Tiete, Parall{l, Feio 0 Peixe.
A primeira turma que partiu desta capital foi a do rio Feia; depois, as do Pm'am\, Peixe e 'ficto, levando 0 pessoal a melhor boa vo nt.:'lde, para bem execut.'u as ol'dens que l'ecebera e comprchensao nit ida da posada responsabilidade que the cabia,
Assim iniclamos a pl'imeira campanhu, fl qual den em l'csultado o co nh ecimento cOlUpleto dos 1'i os Feio e Agu.pehy, do Tiel6 a partir dl1 balTa do Jacare Guass (1 ate sna f6z no Parana, deste a par· til' cia. barl'a do. Rio Paranahyba ate a do Para napanclllH.' e do Rio do Peixe desdc as cabcceiras at6 a f6z do Ribeirao do Panella.
Foram publi cados relatori os circumstan cindos sobre os trabalhos exccutados pelas differentes tuJ'mfls oude se encontram jn formap,oes minllciosas prestadas pelos respectivos chcfes c as plantas que foram lev::Ul tadas com todo 0 detalh e.
Com estes dados, confeccionilln os em escala de 1: 1.000.000 um mappa. de todo 0 extremo ser!>io do Estado.
)foi este um trabalho que servin para demonstrar em conjuncto o sel'\~iyo quo ti nhamos feHo e bem assim para el ucidar 0 magno problema que rcsolvemos, sobre as dirccp,oes dos rios Feio) Pejxe e Aguapehy.
Assim vcrifica-se que os rios Feio e Peixe tem bacins differentes 0 que ambos sao tributarios directos do Parana,
As aguas do Feio sao as mesmas do AguapehYi havondo p01'6m propriedades legitimadas nas margens desse rio e sendo tambem a 'Aguapeby conhecido desde os te mpos coloniaes, resolvemos manter esses names de modo que 0 Agllapeby 0 en tao formado pelos rios Feio e Presidente Tibiri93.
Tunna exploradora do rio do Peixe
9
o 1'10 do Peixe estava le,antado s6mente ate a barra do Panella. afflucntc da mal'gem csquercla; rcstan estuda r a regiao compreilcndida entrc esto ponro 0 0 Ri o l'il J"an il, pilra 0 que orgilui, {llll os lima lUrl11il , il qual partiu desla Capi tal a 13 de Juulio de 1906 em demanda de Campos Sovos do Parana pa nema. onel e iuieiou sells trn
balhos com a determinayao das coordcnadas gcographicas desta ci dado; d'ahi partirl lima linha lo ranlada a tacheometro onl dirCC<:iiO it Platina e desse anaial seguiu pam a fazenda TICS Barras on de chcgoll com 48 kil ometros do ex-tensilo, tendo atmvossad o 0 co n'ego do Cafe c os ribeirucs do Ped ro, das Antas, Ca pao BonHo, Capiva ra e Jlortes.
Dc Platina foi tirada UIll" linha para 0 SaIto Grand e do Pamnnpnncma, clIjns coo l'dclladas gcogmpilic;Is fomm levantndas.
De 'l'rcs Ba]'ras partiu 1lI11 lcvantamento que tCY C p Ol' [jill dcter minal' a posi\'u,o de Concci (.:~o de "J loni c Alegre, 0 ultimo po\'oado do E stndo: no vnlle do Paranapanoma,
Xas pl'ox im idades do ra ncho, construjdo em 1'l'C8 Barras para deposito de material) foi cl';wacia n ('stacn 0 - do picadao que tinh,\ de ponctl'ar no ser tao om deml1 l1da do rio do Pci.'\e. tomando rU lliO X, ate ns pl'oximidades do acampamcnto Bella Vistfl ) qne acha-se sitlln do na s ci lheco ims do ribcirao qll e larnbolll foi UOIlOtllillHdo Bella Vi sta; tl este ponto Olll djante a linha !'cg'lIi u a dirccyao go!'ni do refc rici o I'ibeirao ate 0 rio do Pcixc ond o a turma fez 0 acft mpamcnto J]{a rge", .do Rio do I'eixe.
Depois de chcgal' ao Rio do Peix e) 0 picaciii.o cO litinliOti peln margem esqllerda (ri o (lcima) ate clI conh'ar 0 Ribeirao do Panella) ponto termin n.l dos trabalhos cia pl'imciJ'H tU l'ma que jnicioll 0 sen ·iyo do ox plot'ayiio desso rio.
Ullla \' oz co ncluiclos os trabalh os at6 0 Panella) Joi abert ... )., uma tral1s\'crsa1 nft. direcyiio do ri o Aguapchy afim de filzer-se urn recon lledmento c1esses terrenos.
Ern quanto a tUl'ma abria 0 picadao para 0 Panella c depois n transyersal do Aguapehy, alguns CRl'pinteiros construiram no acampalllcllto Margem do Rio do Peixe 1.1 S barcns que se1'virnnl para os traba lhos do iOVHIJtalllonto do rio do Pcixe at6 0 Paran{L
Offcl'ecendo 0 rio cOl1clic;ucs regulnl'es do navcgabilidade, confo1'me tive occa:.; irio de verificQl' em eXCUfSUes que fjz r io ahaixo cm uma das barcas, l'esolrj dar alltorisayiio ao chefe da tUl'Ina para ini-
10
ciaI' os trabalhos de levantamento atc a sua f6z 110 Parana, anele presumiamos que elle desaguasse com 0 nome de Tigre.
No din 10 de Setembro, its 10 1/ 2 da manha, partin a expediyao 1'1 0 abaixo em 16 pcq uenas barcns com nm tobl de 78 possoas.
Ii viagom foy.-se om hoas condk'ues atc 0 4.' dia. o rio linha estirilos grandes, leito de area, entre pared5cs altos
de !;l'es, e as mal'gons cohertas de uma vogetac;ao bella do osplendidas mattas conten do padl'oes que indieavam tel'ra de boa qllal idade.
As cOJ)(liQoes de nayegabilidadc do rio altcraram-se Illuito do f>.O atc aD 10.0 dia.
o lelto do rio passol! a SOl' todo de cascalho, e em alguns 10-gares havia lagos gl'andes de ped ra fOl'mRndo a pl'imeil'a cOl'l'edeira, a qual cOllstituiu a atalaia do trocho accidentado do rio; logo abaix.o foi encon trado 0 primeiro salto com 10 metros de altura, obl'iga nd o {l va1'G(xlo do material p Ol' tena: Qutras cachooiras de pequena importancia viorarn l'etardal' a mareha e bern assim nm outl'O salta quo foi clen omillaci o Outia,ra, tao alto q uauto 0 primoi L'o, cltja ral'ayao tambem foi fehn p Ol' terra, na extensao de 500 metros. SuccecieJ'am-se trechos de mansos c pequonas COl'l'ouciras ate 0 3.° salto, cuja. \"3-rayuo tambem rai feita pOl' terra.
Depois deste salto apparcceram algumas correcioil'<1s de poql1ona impol'tancia e 0 rio foi- se tornando cada VC2 mais volull1oso e largo, deviclo <10S affluentes que l'ecebera, ll1uHo principalmente com 0 accrescimo das aguas do l'ibeirao denominado da Confusao, que 6 0
maior afflu ente da mal'gem esquel'da. A vegetayao das mal'gens e exubenll)te na l'cgiao dos saJtos; no
cntretanto a pa.rtir d 'ahi ate 0 Pal'an{l oncontra-sc grande quautidado de taqual'aes 0 de lagBas.
A tnrmil. execntciu seus trabalhos sem incidente notavel om rola <;:ao aos indjos ate chegar {l regino dos saltos; a,hi Cllcontrou vcstigios mais freqllentes. Os trnhos appal'ocjam em gran de, quantidadc, j{t margeanqo 0 rio, ja iudicando que 0 atravessavam em algun s poutos; tocaias para caya on pesca) pequenos ranchos etc. foram encontra dos, pel'mittiudo l'econhecer-sc qu e os selvjcolas achu,vam-se acampados nos arredor8s; no entretanto s6 appareceram pela pdmcira vez a 20 do Sotembl'o. ~Ias a calma do pessoaJ e a pl'atica adquirida lias diffel'entes campunhas das Ilossas turmas fiz81'am com qu e
Partida da turma exploraciora do rio do Peixe
II
o ataque fosse evit,1do, retirando-se OS selragcns bruscamenle e deinndo nas margens do rio f1echas, areos e outros objeetos.
Os trabalh os cOlltinuaram reglllarmell te ate 0 dia 24 de 8elembro quand o, its 9 '/, cia maub1i, os indios intl'incheiraclos nas margens lanQaram grande qllanticiade de f1 eehas sobre 0 pessonl, quo in lin cHII Oa cia D'elltc, conseglliuclo ferir 0 lei tor 0 mais tros camaradas, O~ quacs foram illlll1ediatamentc soccorrid os polo mcdico da tUl'ma , vCl' ificando esle que os ferimelltos nao inspiravam gmvidadc.
A tUl'ma jn tolTompen 0 8e1'vi90 neste ponto para attend er aos raridos c no masmo tempo examinar os arredores, afim de vCl'Hical' as cond iQues em que so achavam os indios.
A dcmora foi apenas de 2 horas, approximadamontc, 0 tempo necessario a I'epellir 0 ataque e cu.id al' dos feridos.
Foi 0 ull ico accidente llotu vcl que ti vCIllOS em toda a. campanila: as ind.ios COl'oados, depois cleste ataque, nao appa l'CCCl'H Ill mais ate quc fossem concluidos os tl'abalh os no Pa ran '\.
.A's 4 horns da tarde do dia. 4 de Out tl bl'o, a. tnl'lna ohegon [I
balTa do 1'io Tigre no Paran{l, verificand o entao que 0 ri o do Peix e (: 0 me::;mo rio Tigre.
Estav<l, po rtan to: te l'lllinaua a campnnhn 0 ox plorado todo 0 valle do rio do Peix c, completando-se, com c:-;ta cO lltl'ibui(:ao, wei os os elementos qu.e pl'ecisavamos para 0 conhecim ento cl ctfllhfldo da bacia hydrogl'aphica dcsse ri o c do Tigre.
A tU l'llla regressoll a esla cap ital, pel os 1'i os Paran {l c Paranapi.lIlema, nas embul'ca);ues que scrvi ram para sells trabalhos c tambcm em outras que fir.c l'am parte de lima ex pedill:aO quo foi organizada no SaIto Grande do Paranapanema, com 0 fim de ir cspcral-a fla barr-a do ri o Tigre, lcvafldo gcoeros alimcnticios Olll quuntidade sufficicntc para 0 regJ'csso ate 0 referid o Saito Grande; pois que, na descida do Pe.i xe, foi transpo l'tado apenas 0 que em indisponsavol alim de facitit"r a marcha rapida dos trabalhos.
A 7 do Olltllbro, a tmllla chegou ,t barnt do ri o St.' A nastacio, Oil de enconlroll pessoal de nossn confiallQa, qu e [ora maudado ate ]{I
arim dc trazer-nos Iloticias dos exploradores.
Nns prruas do rio Parana. no Estado de 'Matto Grosso, fOl'am encontrad os aigulls indios Cbavautes, conseguilldo 0 pesson l pbotograpbai-os e obter arco::; e flechas.
12
A. navegayao ..rllO rio Paranapanema foi feita em boas condiyoos, nos tres primeiros dias, ate a correcleiTa Ooroa de Fl'adej d'abi em diallte alterou-se llluito a natureza do rio; comeyaram os obstaculos, taes como cOl'l'edeiras e baixios, formados pela grande vazante do rio, que sen-ham para atrazar llJuito a mal'cha da expedi~\ao, obrigando 0 pessonl a conduzir as canons a pulso em certos logares e a pnxal-as pOl' meio de cab os, em oulros, oode a impetuosidade da corrente era consideravel.
At6 a barm do Tibagy os logares de mais difficil accesso sao os rapidos de St.° Ignac.io e a successao de cachoeiras, denorninadas 'l'ombo do Meio e Laraogeira; desse ponto em diante a navegay1io tornou-se cada vez mais difficil , p Ol' causa da grande quanti dade de cachoeiras, corredeiras e rapid os, sendo uma das majs difficeis a vencel' a corredeira da FlOr.
A 6 de Novembro, consogniram chegar II cachocira do Pary, a qual constituiu 0 ultimo embul'a90 a vencer para chegar ao Salto Grande.
Encoutraram·se alguns aldcamentos de indios Caytms nas margens do Pal'anapanema, allde vjvem em cstft.do scmi-c.ivilisado.
o estado sanitario da turma foi esplendido em quanta estove nos rios do Peixe e Parana. 0 mesmo naa se deu no Pnranapanema onde mais da metade do pessoa] foi atacada de rnaleitas.
Em breve Se publi cal'ao 0 l'eiutorio minucioso e bern assim as plantas l'elativas a este SCl'vj yo.
--0 --
Nilo foi pcqnena a somma de es/oryos e de traball10 empregados por todo 0 pessoal d'esta Commissao na exploray1io do extremo ser tao do Estado, para cump!'ir fielmente a ardua e penosa tarefa que nos havia confiado 0 Govel'llo, desejoso do ver desapparecel' dos mappas do Estado a grande mancha bl'anca que traduzia uma incognita abrangendo uma quinta parte do !lOSSO territol'io.
Com os ultimos estudos exeoutados pela Im-ma do rio do I'eixe ficamos com elementos completos para a cOllfccyao detalhada do mappa do ESlaclo na parte conespondente a essa vasta regiao.
--0--
13
Littoral e Rio juqueryquerc Os sOl'vi \'OS closta tmma foram iniciaclos em S, Sebnstiiio, onde
roi medicia lima base do 'li -1."' 28 ao longo da pmia; r1 0[lois jll'OCeclCll n tlll'mil no Jovalltnmonto cia planta cia \' illa 0 Olll sogllida comc,;ou a COI'1'O I' a lin"" a tacileometl'O lIa dirccyiio do bail'l'o de S, Frallcisco, aond e chcgou com 6 kilo metros de oxtensao, seguindo depois para a Enscada 0 d 'ahi (I balTa do Rio Juqu E'l'yquero. Oil do este d o
tem a lal'gura de 60. 111 e grande profundidade. On Enseada pal'tiu a. ljuha a tacil eometro, a qual passon pela
gargaotn. da A/)}'(/' e foi cruzar 0 Ri o Claro, no Christin oj atl'aVeSSOli
dopois os ri os Pi1'3SSununga e Gentio) a serra. do ~imb(1 e foi de novo cncontrar 0 rio J uqueryquere, uo acampamcnto denominado Porto das Ca nDas; dcste ponto em diante subiu 0 meslllo rio pela margem esq uordn ate 0 ri o Verd e.
Do porto das Canoas p<1l'tiu ll nla ]jnh a. pel a mal'gclll cs<) uerda com 0 fim do pl'ocedcr-se ao ieYfllltnmento do ri o ['{IO d'Alho: do mesmo pOJ'to das Canoas atc a sua faz 0 J'io JuqLl cJ'yqllero loi levantado a luneta Lugeol ; igualm entc 0 Ri o Claro, desde a balTa ate il juncyllo com 0 Pirass ununga.
OHio Claro, 0 maior dos alUu enles do J'i o J'uqueryqLlel'o, roi Icvnntado om todo 0 sou curso, e bem assin1 os seus affl ucntcs denominad os Serraria, T6ca, CaciJoe il'<1 dn On ~:a 0 Cachooira do Raphael a u Cru;:ndinha. Do acampamento Pirassunlloga partiu lima outra linlla peln margem clireita ate suas cabcceiras, co m a fim nao su de determinar este rio como talllbom procurar cstabelocer COJllI1HlIli ca
\'UO com 0 alto JlIqneryquere, ficand o reconhecido que 6 csta a melhor dil'ccyiio para lima flltul'H cstrada de I'odagolll,
Das eabecciras do Pirasslillunga a Jinha proclIl'on as do Rio VeJ'de, deseendo pcla margem direita desw at6 0 Juquoryquel'c, que procul'ou subir mal'gcando-o at6 suaS cabcceiras no al to cia 80lTa do
ilia 1', ~gua llll o ll tc aeham-so lovantados os afflllCntcs denominados Wo Novo e Campostre,
FOl'nm co rridas 'l.lgumas liniws a bussoln ) anc l.'oid o e podomotro) com 0 fim de se explornl'cm diversas reg-joes,
o rio J'uqueryquero, a partir de sua ba rm ate a do H.i o Claro) 6 bastante largo e profundo ; d'abi ate 0 porto das Canoas, reduz-s8
14
bem nR largura e algumas r ezos at6 na profullelielade, torn ando-so ent:,'io muito esp raiaclo pOl' causa das ci ifferentes llludanQas do leito.
Xo porto e1as Canoas comeQam a apparecer as primeiras pedras, e do acampamento denominad o J.n Hha at6 It barra rio rio Verde 0 rio
6 oxtraorelina riamentc encachocirado, ostabeleccndo llma diffcrcnQR
de nivel de 420 metros em +, k. 200. Da barra do rio IT crdo pa.ra cima 0 rio 6 bastanto ompedrado
e tem algumas cachoeiras bem altas. A regiao occupada por toda a bacia do rio J uqucryqnerc 0 co borta de mattas virgens, 0 quo COI1-
tribuiu para nos difficu ltar nmi to os trabalhos; pois fomos obrigados a abrjr caminh os atl'avez da flo l'csta em toda a loo na. que ti vemos de trabalhar.
o ten eno 6 no gel'al accidontado c coberto do pedras em muitos treeb os.
A bahia dc Caraguatatuba [oi tambom levantada ate a Villa respecti va.
Ao suI de S. Sebastiao, 0 littoral fo i levantado at6 0 morro do ATa~:il.
Afi m dc termos a representa<;1io exaeta do Canal de S. Sebastiao (0 qual e ineontostavelmento um dos boos pOl·toS do SuI do Brazi l), mundei levantal' a costa da ilha de S. Sebastiiio) a partir do ViLla Bella, para 0 norte, at6 a ponta das Cannas que 6 0 fim do canal nesta di rec~:ao c\ para. 0 slll , at6 0 logal' chamado Jj)n(erma1'ia, perlazondo lim tota l de 15, k. 500, seodo 6, k. 600 de V ilia Bella {, ponta das Cannas e 4, k. J 00 de ,ilia Bella ao Perequc, e 4, k. 800 d'ahi It Enfe,.,,,aria.
o ri o Agua Branca, qu e desagua no canal em Pereqno, forma uma eaclwoira de 60.'" de altum. Foi estu dado oste rio ato a parte superior da caehooira, na extensiio de 3.500 metros.
Acham-sc eonfecciolladas om esenla de 1 : 10.000 com eurvas do nivel do 5 em 5 meb·os as plantas de toda a regiao estodada.
o v"IIe do rio Juqueryquore, apezar de achar-so situado bcm prox imo {t Capit..1.I , era POllCO co nhecido e acbava-se em completo despl'czo ; agot'Cl temos i:lS plantas do toda essa l'cgia,o descn hadas com todo 0 dotalhe e q li e senem para ori entar qualquer !rabalho que tenha de sor emprehendido.
--<==CJ<=--
Barra do Rio Tibagy 110 Paranapanema
15
Ribeira de Iguape A SelTa do Mal' carre quasi parallclamento ao occano deixando
lima faxa de terreno baixa e cstroita no littoral. cm lada a costa
rio Estado, dosdo as divi sas com a Ri o do Janeiro at6 as Jll'oximidades de ConceiQfio do ltanhacn, onde so afasta 0 faz lima firnnde cu]'va polo interior reccbendo entao 0 nome de Serra do Pal'nnapiacaba.
Entre a Serra do Paranapiacaba e 0 mal' estencla-se lima bella o vast1 rcgiilo do torras fcrto is pl'Oprias para ll1uitas culturas 0 que em fubuo urw Illu,ito romota virao conb.·jbujr para a op uloocia d0 110SS0 Estado.
o tcrrcno 6 no geml pouco ondulado 0 coberto de bellas mattas e d'uma redo do l'jos de grande impol'l'111 Cia, os quaes Sa o 110 geral tributarios do Ribeira que 6 0 maior dc tad os e quc constitue 0
collectol.' pri neipal das aguas de toda ossa zona. Sendo bastante largo 0 profund o, elfl, franca navega<,',ao a va pores
desdo Iguapc ate a barra do Hatatal e POyO FUlldo no rio J uquia, grande affluonto na margem esquerda; do meSll10 modo que 0 Juqui{t outros afflu8ntes oF-fel'ccem boas condicyoes do nav egabilidad e para em· barcayoes de differentes caJados e tamanhos.
E' uma. regiao diglla. de toda a attol1<;,.ao 0 quo achava-se reprosontada oos nossos mappas d)uJl1 modo approx imado, sem a devida preclsao.
Com 0 fim de estudal-a minuciosamonte fo i organisacla. uma tllnna dcsta Com111is8[o, a qual partill d'aqui H 12 de Jnn ho do anna p. passado embarcando em Santos, no mesmo (til'l, no va.por 'Victo ri a com destino a Jguape, aonde chegon a .1 3 do mesmo mez, seguindo clepois para a balTa do Juquia, oode subdividiu-se : uma parte seguiu para Xiri ri ca em demanda da ba rl'a do rio 1tap.irapu<ln , e a outra .i niciou immodjatamente seus trabalh os com 0 levantalll cnto do 1'io Ju qld [l. C
sellS affluentes. De ~,{il'i ri ca a Iporanga gastal'am-sc 4 dias e me io) passa ndo a
turma vinte correde.i ras, das qmtes as chamadas COl'clas, Poyo Gran de, Funil e Carac61 sao as ma is importantes. Em Iporauga foi necessaria organism' novo pessoal e obter canDas para 0 conduzil' ate 0
porto Velho do Apiaby ; d'ahi em diante tornou-se indispensavel segail' pOl' terra ate Serra Azul.
Hi
Organizado 0 servi <;o, no dia 15 de JlIiho COlllCyOli a trabaihar no ievantamento clo rio Ri beira na barra do Ribeil'ao ltapirapuan, affl uente da margem oSCjnorda e ponto respeitaclo na divisa dcste Estado com 0 de Parana,
'l'iradas as scc\'oes transvCl'sacs tanto clo rio Hibei ra como do ltllpirapnan, doscnvolvoll-se 0 ievantamcnto cl o rio at6 a frrgllczia cia Capella,
Noste \reeil o, do 37 kilomotros, [oram Jcvalltadas dctnlhadamcntc cin co cachoeiras c demaJ'cadas as barms de 3 ribci roes da margem
dircit" e 7 cia csq ucrda, "s8im como 18 ilbas. Da heguoz ia cia Capella cia Ribeira it villa do .I poranga, descn
\'olveram-sc as trabalhos em 79 kilometros, scnclo clctalbadalll entc levant.'1.d:tS 3() cOl'l'edei ras, Lima cacJloeil'<I couhecida pOl' Va l'adouro, situada a. 24 kilom etl'os abaixo dn Capella. da IUbc.ira, 10 I'ibeil'oes na margem direita, 9 oa esq 118 1'cia e 38 ilhas i ueste trecho 8llCOll
t l'a·se na mal'gem dircita 0 ri o Pardo (Q principal afflllentc da Ribeint depois do rio J u qu i{t.), a qual foi levantado na extcnsao de 18 kilometros ate lig-a t' com as trabalhos ja feitos pOl' esta Commissao, o nello fOl'<ll11 levuntadas 6 cachoeil'as ; a rio tern 2 afflu cntes na mal'gem dil'eita., 5 na esquerda e 10 ilhas.
Da villa do I poranga it eidade de X il'irica, 0 rio Hibei ra tem 78 kilometros com 20 conedeiras, 9 affluelltes na margem ciil'eita1
10 oa esquenla e 35 ilhas. Dos nJflucntes cia rnarg'em clireita) foi levantado 0 ribei rao de
Batatal nil cxtcnslio de 16 blo metros ; dos cia margem csqucl'cla fo ~
ran] lovantados as l' ibeil'ocs dos Piloos n 'UIll POl'CUl'SO de 32 kilometros, com 2 a[f\uentes na margem direita e 5 11a osquol'da, 17 001'
l'ccleiras C 27 ilhas; 0 l'ibeil'ao Pedro Gllbas elll 29 kilometros, com 12 nffluentes na margem dil'eita, 8 ua osqu ol'da 0 3 ilhas j 0 l'ibeidio do Taqllary, dcsdc a batTa at6 a ex-Colonia Feclel'Hl hoje abundonadu, n'uma cx tcnsao de 22 kilomctros, com 9 afflllcntes na margem dircita: 12 na esqucrda 0 6 iihas: 0 0 ribeira,o Xil'iriea om 13 kilo
metros. De Xiril'ica ate 19uapc, trecho do 14·3 kilometros, tom 0 Rjbeira
4 amuentos tt. margem dircita) 6 A csquel'dH , 8 ilhas e 11 Jagoas on antigos fUl'ados do Ti D, sen do 7 na margem esquerda e 4 ua di reita . .A s iagoas fo ram todas lenll1tadas, variando sellS comprimentos de UIll
e meio a tres k.ilometl'os, sommando seus levantamentos 26 kilometros.
Vall e do rio Pirasslltll1nga
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Dos afflnentes da mHrgem cSCju8rdu foi levantndo 0 gtil na ex· tensH.O de 40 kilometros. com 3 affluentes it esql10rda e 2 a dil'eitH ; d'entre estes 0 Tul'VO fo i IO\'Hntado em S kilometros. 0 ribeirao Ca)'uva foi levantado em 5 kilometros.
Na mal'gem diroita foi levantado 0 riboil'iio Jacupirnnga IIH extensao do 7R l,ilol11otl'o,; tOIll osto rio :l afflnontos nil margelll diI'oibl, dos quaos fmam lovan tados 0 Canha em 2 kilometros 0 ° Gnal'Uhll em ]3 \;:ilomctl'o~; l1a margem esqucl'da tom 6 affluentes, dos Ql1ileS fOrali) levantaclos 0 Jucllpinmg uinha em 26 kjlomotl'os, tendo osto ;) affluontos na lllargclll esqucl'da C outros tantos 1)11 dil'eita.
o Jacupiranga tom urna jlha: 0 JaclIpiJ'auguillila C 0 GllaJ'uhll 5.
o rio P;:u'ifluel'{l foi levantado em 20 kilometros 0 0 Pal'jqucl'amirim em 4.
o rio )IumnnlOa foi levuntado n 'uma extensao de 2 kllometl'Os.
o servico do levantamento do ri o Juquiil foi iniciado na balTa d 'esse ri o com a Ribeira, no dia 20 de Jllnho p. passado.
A 26 do rcferido l11ez os trabalhos alcanyaram a frogu8zia do St.Q Antonio do Jl1quia, com 52 kllometros de levantamento e ondo a rio tom 112 metros de larguru. com a profuudidade maxima de
3,1lI5. Com mais !) kilomeb:os de levantamento, a turma ChOgOLl {t
barm do Rio S. LOUl'ell\\O , pelo qual contiulloll 0 serviyo, tendo chegada no dift 30 do Junh o a fl'oguezia. da Prainha com 34 k. 500
dil bani! do S. 10llroll ,o, perfazcndo um total de 91 k. 500 cia barm do Juqui{t. 0 rio S. Loul'ouyO tom noste Iogar uma largura de 48 motl'Os com l.1n de profundiciade. Da fregllozia da Prainha os trabaillos continnaram polo ri o S. LOllrenyo at6 a bana do rio rtariry com mais 15 kilometros. Deste ponto em diantc 0 rio S. Lourellyo toma 0 nomo do S. Louroncinil o, e pOl' eUe a tUl'Ill!:1 continuon 0 10-vanbmonto ate al6m c1as suas cachociras. na cxtonsao de 83 k. 600.
NfLO sendo 0 rio navegavcl doste ponto em diante, a tUl'lna voHou para ini ciar 0 levantamento dos afflu cntes, pl'incipiando pelo Ribeirao do Brctf"o G1'ande, affluente da margem esquerda, qu o foi Jevantacl o na oxtcnsao total de 4 k. 800, dos quaes os dois primeil'os kilometros foram pOl' terra; em seg uidfl. levantou a ribeirao do B1'{(cinho, affluen te cia margem dil'eita , Oil extellsaO de 17 k. 187. Depoi s procedeu ao levantamento do Ribeidi.o do .dl'eado, affluente da mal'gem esq nerd., na extensao de 3 k. 052.
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Continuoll 0 lovantamento do ribeiriio Pedreado. affluente cia mal'golll direita, na extcnsao de 8 k. O,(] , no ri beiriio Bocca p'ra rima, afflucnte da mesma margenl. em 3 k. 208, e no ribeil'iio do Sobe c Deser. tambclll da mesilla margem, em 3 k. 526. Chegando a barra do ri o It.aril'Y, a turma procedcu ao Icva ntamonto do meSIllO at6 as riheiroes Ollanhallhan e Azoite, na extonsao do ~4 k. i03; levantou tambcm 0 ri beirao Guanhanhan om ~ 1 k. 432, e om soguida 0 rio Azeite na oxtensao de 9 k. 600. Dos affluentes do rio ltariry foi tall1bem levantado 0 ribei l'ao do Peixe om 9 k. 291.
A tllrma levantou 0 trilho. quo da barm do l'i beiriio do Oleo na margom dil'oita do Guan hanhan vae {t pOVOfl ynO de Peruhybe, no Jittoral, na e.x tensao de 19 k. 2~0 .
Ji'oram Jevantados os seguintes affl uentes do rio S. LourollCo: 0
Fal" ua extensao de 15 k. 590 at6 ao Sa ito Grande que tom 13 metros de altura; e 0 ribeirao do Bigutt em 7 k. 200, estes n3 margem ci il'eira. Da margem esque1'da 0 rio Bananal na. extonsfi o de 9.000 metros; estc rio desagll a a 18 kilom etros {wima ela confluencia com o Juqui{t e tem uma 1m'gura media de 15 mctros.
Foi tambem levantndo 0 rio J·uquia. da barm do 8. Louren(:.o at6 as cacboei ras, na extensao de ,1,6 k. 980. troeho esto conhecido POl' .1 uquia GuaSSll.
o ri o Assunguy, afflll ente da margem diroita do Jnqui {t, foi le"antaclo n 'u lll perclil'so de 3 k. 596: [oi fcito tambem 0 lovant.:'1-mento. por terra, do ri beirao PO((O Grande, om 6 kilometl'os.
-Na mesma margem foi IC"a ntacio 0 ri o Quilombo, em 24 ki lometros, 0 qual .afflue para 0 rio Juqui{l: tendo sua barm {~ cl istancia
de 6 kilometros da bal'm deste. A partir da fl'eguezia ci a PJ'ainha pl'ucecl ell a tllrl11 fl ao Jevan
tHm ento de um caminho; que tO IllU l"1I1ll 0 do Peropava na extensao de 8 k. 200. e taillbeill nil de 'l k. 300 0 caminho que \'ae parao logal' denoilli nado CaptH,,'a.
Em todos os rios e ribciroes fnnHIl t.irad as sec~~i1es trans\renmcs nos pontos coovcnientes e noccss<1l'i os C det.erminado 0 volu me d'aglla ; [onlln tambom Je\ran tadas toelns as cOl'l'edeiras e ithas.
o do Saba ull.a-ass lL tambcm foj estudad o na ex tensao de 36 kilometros, desde 0 ltapirapuall at6 0 B,,~'tal. trecho este intoiramente \'cdad o ft navegaQfio; foram tiraelas sec~oes transyersaes no co-
Entrada da gruta do Arataca
!9
meyo 0 110 £jm dos trcchos assim COlllO nu barl'a dos affl il ontcs e nos pontos extremos dos levantamentos destes.
Da barm do ribeiriio do Batata! ate 0 porto velho de Igllape, tanto no rio Ribeim como nos sens afflnentes, as secQues tranSI'Ol'sacs cralll til'adas diariameote, duas e mais vezcs. afim de poder-so ajnizal' das condiyues de navegabilidade desse gmnde rio.
o trocho de 2 kilometros e 500 metros, conhecido pOl' ValloGrande, foi levantado com miollciosidacie, sendo tiracias ll1uitas sec-9008 tnw sversaes.
Assim tambom foi levallwdo com detalhes a ilha formaci" polo r io Ribeira Velha C 0 Mal' Pequeno, scndo tiradas cl iversas secI,ijes transvel'saes no "Mar Pequeno e leva ntada a Ilha Comprida oa parte correspondente ,t jlha de Iguape.
A turma procedcu a sondagem on balTa do .Lcapara onde verificon ex .i stir a profundidado de 3.1"5 nas agllas millim as no canal da entrada, assim com o tambem veri ficou achar~se este actualmente deslocado em relayao It posil,1[o que tioh a em 1894 e estar situado a 2 kilometros da ex tremidade norte da .Uha Oomprida.
Foram levantadas com detaJhes todas as vi ll as c cidades situadas na zooa dos trabaJb os, assi m como a topographia de uma f~L':: a
de terreno margcando 0 1'10 Hibei ra e os afflucntes estudad os. !foram deternunadas com rigor as pos.i yoes geographicas de Serro
J\ zul , CapeUa da Ribeira, Iporanga, Xi l'il'ica, Prainha, Iguape e Cananea, ass im como a posiyi'i.o do pharol da Hha do Bom Ahrigo. Verificou a tllrma uehar-se a barra rio Tio Itapil'apuan a 24042)26" de latitude Sill e a 6'0 '22 " de longitllde W do Hio de Janeiro. e X iririca a 24' 31'28" de latitude SuI e 4'55 '10" do longitude Vi' do Ri o de J aneiro.
A posiyao geographica de Igllape fOl determ inada com 8igllaes telographieos transmitticl os pela secyao techni ca d" Oapital Federal, ]jgada ao obsel'vatol'io nucional, c verificou-se ser de 24°42 '38" de latitllrl e Su I e 4' 22 '2'1." de longitude ,V do Rio de Janeiro.
Sendo a distancia geographica en tre 19 uape e Uapi l'apUHIl de ["37'58" ou 160286 l11etros, telll no em tanto a d.i stanci a de 337:;00 metros seguindo-se polo rio ou mai s de 100 % de desenvolv,im ento.
Em diversos pontos in termedia l' ios foram tambem determinadas as coord enadas geographicas e bem assjm a decHo ayao magnetiea e a altura sobre 0 nivel do mar.
?O
Pant 0 levan tllill ento dotalhado da ilha do 19uapo foi Illed idn entre a cidacle de IguHpe C 0 Porto Y cIho lIlUa baso de .l ,384·."'B20.
Foi determinada IIllla base astrollomi ca entre 19uape 0 0 pharol do Bom Abrigo.
A L1ha Compri da fo i lerantada na sua parte correspondente ,; do Jgllupc n'umu exten,ITo do ?3 ,300. '" dos quaes 2,300 cOl'l'espondontos it larg'ul'Jl ci a jih", no :Ita!' Peq uono na do 1 .. kilometros C 1I
praia da Ribeira om 8,400. A Ribcil'H V elhn foi lcvantada at6 Slla barra. no oceano em
26,500. 111,
o Rio Peropal'a em ~ kilometros 0 iJna 2 kilolll otl'OS, 0 8 l1a
mil'jm 6 ldlomct.l'os c a praia da Ju rea em :-l kilom otros. Sommalldo-Rc 0:'; icnmtalllcntos feitoR peln tU l'lll a da H,ibeil'u,
n'osto rio e em sous affluentes, vcmos quo olevam-sc a ] 2Gl k. 740.
o
Divisas com 0 Estado de Minas Foi ol'i'anisado na escala de I :600.000 lim lllappa goral da
front.elrH mineil'il , de <lcconla com todos os dOClllllcntos que possuimos afim de facili rar 0 estudo cia linba de Jimitcs, proYisoria, com cstc Estado.
--0 --
Divisas de municipios Estud{\Il)OS i1. S diviRt.1s de alguns IHuni cipios, Iov nn tn !1d o para iRSO
as plantas clas Tog-iDes om litigio.
- 0 -
Lavoura de cafe A fim do dar nma idea da area occilpacla peln IU\'Olll'H do cafe
no Estado Joi ol'ganizada nil. escala do 1:2000.000 a carta que juncto como annexo.
-- 0 -
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Carta de progresso Na carta de pl'ogresso juncta acba-se mencionado todo 0 trabalho
que temos feito no extremo sertllo do Estado, na Ribeira de Iguape, no littoral norte e no valle do rio Juql1eryquere.
A carta de progresso da Commissao e 0 mapPiI mais completo do Estado e 0 primeiro que vem nos mostrar, em seu conjullcto, todD 0 nosso territori o, como elle 6 realmente, contl'ibuindo deste modo para elim in,ar a parte obscura de todos os mappas que possui amos e onde sempre lia-se - ,Im.,.enos desconhecidos.
--0--
Servi~o Meteorologico o serviyo meteoroi ogjco do Esl'1do, a cargo desta Commissao,
dispiie presentem onte de 14 postos do 1." elasse, 19 de 2. ' e 10 de 3'", assim distribuidos : 1." classe - S. Paulo (l£scola Norm al), S. Paulo (A vonida Paulista), Horta Botanico, Santos, S. C. do Pinhal, Oampinas, R Proto, Bratas, Ignape, Poyos de Caldas, Taubatc, ]ttl, Piracicaba e Franca: 2.fI classe - Araras, Agudos. Cananoa, Tatuhy ~ H.io Claro, BraganGa, 8, 111 Bjt,,'), do Paraiso, Campos Novas do Paranapanema, Api auy, AVal'B, Ibjtinga, Mattao, Jacal'chy, Banana], Botucatu , Campos do Jordao 1 Amparo, S. Sebastil10 e Boracea: 3.n classo ~ Cunha, COllcoiyao de It.:'luJlaen, Porto Ferreira, Lcnyoes, Ubatuba, Alto da Serra, PiassaguerH, Jundiahy, Luiz Miranda e S. ManDel do Parai so, os quaes acham-se funccionando com 'toda a regularidade.
Durante 0 anno a rede de poStllS foi augmentada com os de S. Sebastiao e Borac6a (Barra. do Rio Novo do ;ruqueryqucre).
Com a fim de fi scalizar 0 trabalho feito pelos differentes obsCl'vaclores, organisei 0 serviyo de inspecyao, clividindo 0 Estado em zouas correspondentes {IS divers.s empresas de Estrada de Ferro.
Julgaudo que as observa9ues meteorologicas deverao tel' a maior somma possivel de vulgm:idade feita de modo bem claro e comprehensive} , mandei oTgan izar 0 servic;o de info rm a<;:oes diadas pOI" Ineio de k'lbeJlas graphicas, nas qu aes ncham-se dosenhndas as CUl'vas das temperahu'as, das pressocs barometricas otc. , correspondentes as ob-
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servayiies feitas em 18 postos, colJocados nas regioes mnis lIuportantes do Estado.
Este trabalho IJ acompal1hado da tabella J1Umen Ca, oude se ellcontram os dad os exactos das observa9iles.
A's 2 1/2 da tarde fica cOllcluida no escl'iptol'io da Commissao . a confecyao das labellas llumericas e graphicas, as quaes sao immediatamente distribuidas, para serem affixadas em logar bem accessi vel, ua Secretaria da Agri cultura, redaeQoes dos jomaes, Correia Geral , Sociedade Paulista de Agricultura, 'l'elegrapho Nacional , Bolsa e Associayao COlUm~rcjal etc.
Juncto remetto um exemplar destas infol'J11a\:ues alim de que possaes bem ajuizar do modo pelo qual ell as saO feitas.
o Kxm.o Snr. Dr. Lauro MUller, ministl'o da. Viayuo, vjsitando esta Commissao em 29 de Setembro de 1906, resolvou auxiliar as oossos estud os cor.o a esplendida contribui<;ilo das observayoes feitas diadamente em !1anaos, 8elem ) Maranhao, Jaragua, Pal'uahyba, Pal'ah"ybaJ Paranahybu, Natal ) Aracaj(l, Fortalczu, Recife, Ondina, Bahia, Joazeiro, Victoria) Rio de Janeiro) Curitybu1 PU1'3nagua) lfiorianopolis, Porto Alegre, S." Maria da Bocca do 1'Ionte, Barra do Rio Grand e, Itaquy, Bage, Gnul'apuavu, J"uir. de F61'a, Barbacena, Ubel'abn, Cuyabi', que constiruelll a rede de postos mantidos pelo Govel'll o Feeleral; nesta data iniciamos entl\o a publica,1lo de todos os dados correspondentes a estes poslos c que chegall1 at6 ahara cle ser 01'
ganizado 0 nosso serviyo dinrio de inforll1a,ues.
Os jOl'naes diarios da tarde publicum lim resnmo das obsel'va-90es meteorologicas, feitas 110S differentes postos qu e temos no interior do Estado, e bem assim as obser va,oes com pI etas do posto da Pmya da. Republica n'esta Cap ital.
Foram pu blicados durante a anna .os bol etills n.' 17 (observa-90es feitas em 1903); n.' 18 (Verno - Dezembro de 1905, Jan eiro e Feverciro de 1906); n.' 19 (Outomno - Maryo, Abril e Maio de 190 6) en.' 20 (In verno - Jnnbo, Julbo e Agosto de 1906).
Os boletins 11." 18, 19 e 20 VOlll acompanhaelos de mappas do Estado em cscala de 1: 3.000.000 anele .cham-se repl'esentadas as Ctll'vas isothermicas e isobal'as, 0 estado do ceo) di l'ecqao e fOTya do venta, nas localidades. que dispiiem de postas, e representada pOl' meio de convell,oes a qllantidade de chuva cubida cm toelo a Estado.
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Brevemente seri, dado it publicidad e 0 boletim n.· 21 cnjos di-
7.8res Sao em portnguez e inglez alim de se facilitar no extrangeil'o o conhecimento do nosso h·abalho.
--0 --
Geologia e Mineralogia Foi organizado 0 musell de geologia e minerniogia, onele so
aeham perfeitamente installadas e catalogadas 571 amostras de mineraes e 1855 de l'oebns.
I~ntre as collccyoes mais recentes snli clltam-se as seguintes : uma serie cOlUpleta de rochas do Rio Tiet6 e Alto Parau!" e de gres prOYcn..ielltc da ~OJla cxplorada nos rios Foio c Poixe 0 uma serie de 3mostras de 1'00has ernptivas do rio J uqueryquel'c C S. Sebastiao.
No laboratorio cffcctuul'am-se, como do costume, Olu itas analyses chimicas, pa ra dctermina~ao de mineraes e l'ochas, pertencentes a particuiul'os, qu e requisitaram .informac;ues a respcito dus mesmas, sendo os cstudos m"i '; importantes os qu e dizem respeito It determina(;ao de C31'Vi'iO de pedra, schistos betulllin os(l s, calcareos de Pimeieaba C oehre de Batatnes.
o Snl'. Dr. Eugenio Hassak com a collabora yao do .Eng.o Gui lherme Florence conduiu duumto 0 a n llO os seguintos tl'abalhos. 1.0 Sobre as Zcoli thos de Mogy-GlIassu S. Paulo e a occlIl'l'encia de cobre na.tivo nos diabases do Botueatu. 2.· Sobre dois nOvOS mi neraes, Hydrophosphatos do alumin •. Baryta e StrOlJtio. 3.· Sobl'e as jazidas diamantifol" s do Norte de S. Panlo e do 'l'l'iangulo Mineiro.
--0--
Carta Geologica Tendo app.reeido nos ultimos annos no municipi o de It'pecel'iea
min el':::l es que despertnram 0 interesse da. Commissao, ficou delibel'ado que se proccdesse a estudos geologicos em a referida regiao, trabalhos estes qn o fOl'flm executados no anno passndo, comhinando-se com elles 0 levant.meuto da planta geologica.
11 zona estudflcia fi ca demarcada a N. peJa ostmdn de S. Awaro
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a ltapecerica, a W. pela estrada de ltapecerica a Itatuba; d'abi segue a linha demuJ'cadora pol o m OlTO do Chiqueiro, acompanha a esh'ada
de S. Lourenyo at6 0 ri o Juquia, que marca 0 extremo suI cia zona,
volve para N. E. em dirccyiio ao bairro dos Parelheiros, cujn estrada a S. Amaro foeha 0 pcrimetro. Xo intuito de Ligar a zona assim demarcada com a plant" geologica levantada na folba de a undiahy, foj estudada a faxa com pl'ehendida entre S. 1"1.l11a1'o corio Ti cte, limitacla a ,V. pelo Gual'apiranga.
Silo tres ciifferentos formayoes que cobrem a zona estuciacia, a sabol':
I. .A aUuYla,o, Lilllitada [IS ITHlrgens dos d os M. Boy-Guassu, M. Boy-mirilll, Rio Graude e Tioto, canstituida por camadas de areias e de O:1l'gil la, com cu.madas de cascalho. Os terrenos d'allu.viao ;lChalll~se
frcqu8ntcmcnte cober-toB pOl' Ullla camad a superficial de tU l' fa.
n. 0 terrcna terciario, que so aprcscnta elll forma de chao argi lloso e fe rrugiuosoJ de cor vennel ha , C(JIllO 0 '"emos nos ar reoores da Capital. Cob I'D 8m nossa planta. peqllena area, l inlita-sc apcllas (IS visinh,-~n\~a~ de S. P aulo c de S. Amaro.
Ill. A formaQao dos schistos cry~talli!los. )'oprescntacia:
(~ polo puyllite. b) pelo mi cascilisto.
a) Os phyllites cobrem "pcnas peg uen" extensiio, proxImo it
margem cli l'cita do T~et6) ~ntre 'lufi tlga C a Estrada Grande dos Boiadoiros. Estes scbi stos sao fo rternente lnclinados, tOm em geml a dirccyil o de L. para ,V. 0 mergulham para. 0 i\ .
b) Os mi casch.istos cob rem a ma-iol' parte cia area estud:lda. Profundamclltc ciccomposto::;, des,lggTcgam-se facilmentc e pl'odw:om um cha.1) art~; illoso venl1clh o" Como us phy llites\ silo fortomotl tu illcJjnaclos; dirigidos em geml de X j~ . a S 'Y .. mCl'glllllam para :\. ,,".
Entro os mill eraes accessol'j os do micascili st()s predomina n tl.l J'
mali n". Em muitas localidades notamos pela addi91io de [oldspatlto aDs componcntes do lll icasch isto ,\ tl'fllJs.i(;ao de micnschisto I.l vcrdadoil'o gne.iss. Tanto 0 micascu.istO como 0 gneiss acham-so profulldam8nte injectados pOl' granito pegmati tjco.
Este g rllnito pcgmatitico e it l'oeil" matriz de differen tes mineraes lu teressfl ntes. Ora apl'cscnta so com grit fina, orn seus com ponentes assumem dimensoes cOllsjderave.is. As jazidas do mal acacheta -- Ul11a das prinoipaes 6 a do JUqUi11, perto da ponte cia estrada de
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S. Loul'cuyO sobre este !'lO, expl orado dnranle algnm tempo -acham-se em um granito, cujos compOllentes attillgem dimensoes extraord inarins.
Nos cOl'l'egos, que descem da serra do Taquaxiara e desaguam no M. Boy-mirim, loi achado ch rysobcryllio, tambem proveniente do granito pegmatitico.
Foi em lim viveiro de quartr.o pegmatitico, em terreno de Pedro Fischel', proximo ao ribejrao Taquax:i al'a: que se achon 0 colum bite, tan talolJi obato de felTo.
~Iu itos cOl'regos que ban ham esta formayi'io contem, a16m de tul'lll aJin a abulJdante. mOlJazita, qu e, apresentand o-se em forma de cl'ystaes majores, prov6m do gl'anito pegmatitico. A's ve~es associa-se a elle a xenoti ma em forma de octaedro, au, mcnos frequeute, de pl'isma.
Especial attenQao merece a occnrrenda de cassiterite, doscobel'to ha alguns allnos porto de Baliia. Verificou -se sua existellcia em mais um a loca lidade, em ten 'as de Qui ri no Peroira 0 de seu visinho Polinaria, perto de Antonio Ficoll . As mattas e capoeiras difficultam extmoJ'dioariameote os trabalh os de pesquiza . Aos morad ol'es do logar, i ustntidos sobre 0 valor deste milleri o de estanho, l'eCommelldou-se qlle pl'osegwssem em sua proew'a.
Exa n1 inaram-se as antigas excavayoes porto de LavTas e vel'uico u-so quo a pOllca continuidade e peqnena possan):a dos veieiros de quartzo uLll'jfero detel'm inarulll 0 sou abanciol1o. Uma amosh'a do qllaJ'tr.o de um veiairo de poucos centimetr~s de grossura pJ'odu ziu 13,3 gra mmas de Duro pOl' tonelada.
Rochas eruptivas
Predomina entr~ as 1'ochas erllptiV:1S 0 granito. Vemos nn plnnt..'l. geologica a zona do micaschisto interroll1 pida pOl' numel'OSOS massiyos de grallito. E' de gra Tcgular, seu feldspatho abulldante d,\-Ihe a cor branea; a mica 6 escura (biotite).
De oll tras rochas el'uptivas meneionamos urn di que de Kersalltite1 perto da ponte do Guapil'anga1 oa ostmda de S. Amaro a j t.:'1-peccrica, e UIll dique de Tocha basaltica 0 " estl'ada de Yal'ginha a S. LOll1'0000, perto do ribei rao da Bal' ra.
-0--
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Os trabalhos de levantamento da planta das fOl'lnaQoes sedimentarias foram atacados nos arredores du r,idade do Rio Claro, das estaQues do Morro Grande, FelTaz e Cornmbatahy, Estrada de Ferro Paulista, e do Morro Grande. As formayiies represent.das nessa regiao sao as seguhltes:
1.' 0 Carbon.i lero incluindo 0 Permiano e que cOllsiste em schistos roxos fragmentados alternando com calcareos siliciosos ro
seos on pardacentos, e com gres, e que attinge mais ou menos (, ljnba hypsometrica de 650 metros.
Foi nessas forma9oes que se encoutraram restos fossilizados mais ou menos bell) conservados que as caractedzam. Nas visinbauyas do kilometro 18 da Li uha Paulista, bitola estreita, foram obtidas llUlllOl'Osas amostras de um material bastan te rico em phosphato de cal, mas que nenhum valor econolllico tern em consequencia da insignifjcan cia de sua possan ~:a. e extensao horizontal. 0 seu valor scientifico pOl:6m e consideravel, devjdo aD numel'O avuJtado de especimens de dentes de reptis, e amphibios (Labyrintlwdan) de pcixc e de escamas gauoides, nelle encontrados, al6m de fragmentos basta ute bem conservados de Ichthya<!o,.ulithas ou l);qunnts nagcoi1 oes de u1n peixe cartilagiuoso.
II.' 0 Post- Carbonifero (1',-iassico) (') composto de uma passante serie de um gres vel'lllclho, que se eleva at6 as pontos mais altos, e em ql10 al6 hojc nao tem sido cncontmdo (assil -algum ,:n situ. Em S. Carlos do Pinhal foram vistos numa cal\,a da especimens de um feto preservados nestes gros) mas cuja pl'occdcllcia nao () cOllhecida com pl'ccisao. Uma vez encontrado ma.ior llumcro de especim ens Das pedreiras d'aqu clla localidade, ter-se-a dado um passo
muito adjantado para deterrn.inar-sc com precisao a jdade geologica desses gres, conhecidos por gres de Botucatli.
Diabases de varios typos cortam, em forma de diques, Oll cobrem em forma de 1e11 yoe8) todas assas fOl'mayoes. Dessc modo 00111-plica-se muito 0 trabalho de discriminayuo no campo, poi s que de,-ido {\ sua profunda decomposiQao em terra roxa e subsequente misnu·J. com elementos dOl'ivados das roehas decompostas infra e superpostH_S) torna-se difficn mu.itas vezes averignar s i ella esta in situ, ou si 6 apenas 0 resultado de esboroamcl.ltos de um ponto mais alto.
Taes esboroameotos, alguns em grande escnin, forum observados depois das grandes ciluvas da passada esta9ao.
COl1Vcn~oes
Itnpecerica
.Alluvi.dO
CJ
Croni1o -Rio Claro
OrC8 -E5
Escala 1: 500 000
S.Pawo· Lith. IIartmazm&Reidlenbach
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A distribui9ao dessos forma95es estll representada par areas coloridas no mappa em elabora9aa, de modo a se toroar patente logo a pTimeira vista. 0"111 tal mappa te.m tambem a vautagom de indicar de um modo gera! a natureza dos solos que se padem esperar eneootrar TIU S vUl'ias areas coloridas, pois que, devido a poderosa aC9ao dcsaggregadora das nossas agencias atmosphericas, a maior parte dessas roe-has se acham mais OLl menos pro£undamente decomposta, l'esultaudo d'abi lim solo silicoso, calcareo, argilloso ou de terra -roxa, ou mesmo com varias dessas qualidades reunidas) confoJ'me a rocha primitiva.
II I.' 0 Quaternario au Recente, composto dos terrenos de alluviao , foi omittido pOl' COllStituil' mais propriameote ill11 elemento de interesse num ll1appa de solos hom como pel a sua insignificancia em extensao e impol'tancia geologica.
No lab oratorio fizeram-se grande numero de prepara900s de f6sso is obtidas neSRa campanha, assim como de outros ja e;dstentes llas collecyofls da OOll1missao. Essas prepal'a90es cOllsistiralll na separa\:ao dos especimens da rocha encaixantc, c cuidadoso ajustamcnto dos fragrnentos a que mllitos se achavam l'eduzidos, devido {\ fragmentn(.::\o da rocha matriz e tarnbem as con diQues de deposioao e fossilisayao. 0 trabalho de identificayao desses fosseis reseute-so da falta do littoratura paleontologica de que dispue esta Commissao assim CO"'O de material jii estudado com 0 qnal elles possam so ,' compamel os.
Os resultados a qne .cheganios em relayao a esses estudos canstituem assumpta para memorias separadas. pais que tal nao comporta urn trabalho tao redu;.~jdo como 0 presente.
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Botanica Foram realizadas excursiies pelo Estado, com 0 tim de obter
plallbl8 e estudal' a uossa flora; organisoll-se 0 berbario que se acha conservado em caixas e baMs em numero de 103, distribuido da seguinte fo rma:
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8 caixas com cryptogam os. 14 » » monocotyledoneas. 42 » » dicotyledonaes. 19 » » dnplicatas definitivas . 12 , » plantas para compara\,ao. ,
2 » » plantas correspondentes (l, collccyao de Inacieil'as. 1 » » herbarium aualyticum.
1 » » » argentiuulll. 2 » » plantas regneUianas. 2 » » , russel i anas.
E mais 27 embrulhos, a saber: 3 embru lhos com plantas mineiras. 2 » » » everetianas.
22 » » » para comparay1l0. Eocontramos no escl'iptorio da secoao botanica mais : A) 00llecy1l0 de madeiras. B) Uma pcquena coUecyiio de C1pOS. 0) Uma collecyao de tubos de vidro, cOlltendo partes analy
ticas (flores e frnctos) dos especimens do herbario. D) Uma coll009110 oarpologica OOlTospondonte aos ospooim8Us
do herbario. ObSerVllyUeS - 0 horbaria, a parte mais .impol'tante desbl. secyao,
acha-so dcvidamente rotlliado c cata logado. As SuaS classifica90es podem ser verificadas pelo respectivo ca
taloga que termjna com 0 numero 6120 especies. Existe, porom, nas caixas e pacotes marcados para comparar nao pequeno numeI'O
de plant.:'ls qu e, sendo estudadas, entrarao definjiivamente no herbario original, quo assim ficara, consideravelmente augmont.'1.do.
Foi organizado 0 relatorio sobre os estudos effoctllados durante a campanha da turma do Rio Fejo; esto trabalho aeha-so publicado como annexo ao da mesma turma; ex.isto ainda material obtido nesta explol'a9ao para estudos futul'os.
o botanico desta Commissao fez mna \·jagem ao Rio do Pei"e no extremo serkio at6 0 Iogar onde so achava a turma oxploradol'a daquelle ri o, afjm de fazer um lig-eiro estudo na regiao e bem assim observflyocs compal'ativas sobro a. vegeta«tlo desta faxa do sedao com a do Rio Feio, chegando " conclusao de que ambas apresontalll grande semelban9a.
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o rio do Pei,e tern na sua visinhanca os campos chamados Campos Ci'ovos do Paranapanema situados nas cabeceiras dos a!flnentes do rio Paranapanema: pelo qne a sua f!Lxa syh'estre da margem esquerda nao 6 bl0 larga como a do rio FOio, que se estendc ate 0
Rio '£iot6, mas as essellcias sao as mesmas. Outra oXCli l'siio foi tambem ompl'ohendida ao littoral afim de
estud"r a vogetayao do valle do ri o Jllqueryqllel'e.
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Eis em l'csumo 0 rolalorio dos trabalhos cxecutados por est. Com mi ssao durante 0 allDO p. passado.
o servi~o l11ais importante foj a explora~ao do rio do Pcixo at6 0 Pal'an{l concluiod o-se assim satisfllctoriamcnte a nossa incumboncia. de desvcndal' aquella grande l'egiao 0 colho1' dad os para fazel-a figurar Pl'OCiS8monte nos uossos mappas. Assim tcnho a satisfa~ao do remottor oomo annexo uma planta em osoa la do 1:1000.000 ropresentando todo 0 extromo serl>lo do Estado c contcnd o os h'abalhos l'eaJi zados pelas nossas diffel'entes tul'lllas, a qual oonstitue 0
fl.'ucto cia inicjati va do Gm'orDo e da realizaliao desse grandi oso Olll
prohondirnento le"ado a effeito por csta Commissao.
Saudc 0 Fratcrnidadc. Joiio P. Cardoso,
Che(e da C{)lll1niS8ao.