35
a aa IJ aa a , , I\Elt\TORJO k , I APRESENtADO AO EX.MO SR. Dr: CARLOS BOTELHO M. D. SECRETARIO DA AORICUlTURA POR - , .1 JOAO , PEDRO CARDOSO , ' J 't... ,J (:i:lEFI;DA CO,,\MISSAO . I . ... l' '..' ,Ji , ANNO DE 1906 ANNEXO 11,0 I, , , ( RElATORIO DO SECRElARfO DA AORICUlTURA DE J90P j a aa ,

TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

a

aa

IJ aa

a

, ,

I\Elt\TORJO k

, I

APRESENtADO AO

EX.MO SR.

Dr: CARLOS BOTELHO M. D. SECRETARIO DA AORICUlTURA

POR

- , .1 JOAO ,PEDRO CARDOSO , ' J 't... ,J

(:i:lEFI;DA CO,,\MISSAO .

I . ... l' '..' ,Ji ~

,,,, '~'

,ANNO DE 1906

ANNEXO 11,0

I, , •

, (

RElATORIO DO SECRElARfO DA AORICUlTURA DE J90P

j

a

aa

,

Page 2: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Comm issao Geogra phica e Geologica do Estado de S. Paulo

RELATORJO APRESENTADO AO

EXMO SR.

Dr. C1 \' 1~ LOS B OTELI-I O M, D. SECRETARIO DA AG RI CULT URA

PO R

JOAO PEDRO CARDOSO C HEFE DA COMt\\ISSAO

- ==0==-

\..NNO DE 1 9 0 6

AN IEXO '\0

RELATORIO DO SECRETA RIO DA AGRICULTURA DE 1906

SAO PAULO T Vl'OOI<APHIA BRASIL DE ROTHSCHILD & COillP,

Rua 15 de Novembro N . 30-A

1907

Page 3: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Commissao Geographica e Geologica do Estado de S, Paulo

t1G , .

c5. 'ilili/'O, 20 de 01{//(o de 1907.

ex. mo Srr CfJr ear/os 9Boll'l/fo <j). 0 . c5f'crd ario do OgrirulluTa

'£1/fo a 110/1rC1 dl' passar as 177,105 dp '2) e. 0

rl'la/orio dos /rabal/fos Wl'rfliados por I's/a .eol77J11is­

SCIO durcm/P 0 ,1/1/10 d l' 1906

YOclo Cj> eard050

Page 4: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Picadao entre Tres Barras e 0 acalllpa lll ento Margc1I1 do rio do Peixe

Page 5: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

RELATORIO c=:IoO c =

Explo ra~ao do extremo serHio do Estado

Littora l e rio J uqueryquere. .

Ribe ira de Iguape

Divisas COIll 0 Estado de Minas.

Divisas de Ilwnicipios .

Lavoura de cafe .

Carta de progresso.

Serv i ~o Metco t'olog ico .

Geologia e Mincralogia

Cflrta Geologica

Botanica.

Carta de progresso. Carta lavoura de Cafe.

c:::::J°Oc=

Plctnta campleta do extremD sertao do Estado.

Photographias.

!lag.

7

13

15

20 20 20 21

2 1

23 23 27

Page 6: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Acamprt 1l1 ento Margem do rio do Peixe

Page 7: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Explora~ao do extremo sertao

o Estado de S, Paulo, collocado na vanguard a do progresso do Brazil, tinha 0 seu tel'ritor io dividido em duns regioes bem distinctas: nma, a mais proxima do littoral , cheia de vida e activid,ude', graQas a fel'tibdade de suus terras, ao gl'au de adiantalll ento de sua lavoura, no consideruvcl commercio estabelecido, it. corrente illll1l igl'atoria bem cncalllinhada e {t desenvolvida rede de yjuyao ferrea, pl'osperava Semp1'8, eni progressil.o crescente; emquanto qne a Dutra, comprehen­dida pelos rios 'rieto, Paran(I, Paranapanema e cabeceiras do :reixe e Feio, era inteiram ente desconh eci da e habitada pelos "ferozes indios Coroados, '

o Governo do Estado, observando este contraste e quereudo abril' novas fontes de produc<;ao e de expansao ao desenvolvimento

do Estado e bem assim leval' a civili sayao aquella grand e "ona, can­fion a Commissao Geographica e Geologica a ardua tarefa de ex­ploral-a, sendo este 0 jll'imeil'o passo do empl'ehendimento ollsado que tinha em vista.

Foram logo elaboradas as instnICyoes para a execlIyao desses penosos trabalhos, e 0 Sll l'. Dr, Presidente do Estado appl'o,Vo ll-.S p Ol'

decreto n,' 1278 de 23 de MaI'90 de 1905, [mmediatamente den-se comeyo {l organisay3o das turmas, com

o fim de executar 0 que detel'minavam as relel'i das instrucyoes. Era muito ftl'l'ojada a empreza que nos fora confiadu J de modo

quo nao fo i faeil co nseguir, nos primeiros momen tos, pessoaJ em geral que quizesse ftl'l'iSC3 l'-Se a i1' desvendul' esse colosso desconhecido e em poder de indios bravios.

Page 8: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

8

Vencidas as primeiras difficnldades, que consistiam na escolha de pessoal habilitado e capaz, demos c0 l11e90 it organisa9ao das hu­mas em si, dotando cada uma com os insb:umentos, apparelhos, uten­sili os, al'l11amcntos etc., attendendo it regiuo que devium explorar e (t

natureza do trabalho que Jhes foi confiado. A falta de reoursos que existe em todo 0 sertno e bem aSSlm a

rlistancia em que deviam sc collocal' em l'eJayilo aos ultimos pontos povoados, obrigaram-nos a sel' l1lujto pl'evidontes n<1 orgnnisf\yao das expedi 90es e nu distribui9ao do material.

Conform e determjnavam as instJ'llcQoes, 0 serviyo fa i di vidido em qun.tro tuYmus para a exploruyao dos riDS Tiete, Parall{l, Feio 0 Peixe.

A primeira turma que partiu desta capital foi a do rio Feia; depois, as do Pm'am\, Peixe e 'ficto, levando 0 pessoal a melhor boa vo nt.:'lde, para bem execut.'u as ol'dens que l'ecebera e comprchensao nit ida da posada responsabilidade que the cabia,

Assim iniclamos a pl'imeira campanhu, fl qual den em l'csultado o co nh ecimento cOlUpleto dos 1'i os Feio e Agu.pehy, do Tiel6 a par­tir dl1 balTa do Jacare Guass (1 ate sna f6z no Parana, deste a par· til' cia. barl'a do. Rio Paranahyba ate a do Para napanclllH.' e do Rio do Peixe desdc as cabcceiras at6 a f6z do Ribeirao do Panella.

Foram publi cados relatori os circumstan cindos sobre os trabalhos exccutados pelas differentes tuJ'mfls oude se encontram jn formap,oes minllciosas prestadas pelos respectivos chcfes c as plantas que foram lev::Ul tadas com todo 0 detalh e.

Com estes dados, confeccionilln os em escala de 1: 1.000.000 um mappa. de todo 0 extremo ser!>io do Estado.

)foi este um trabalho que servin para demonstrar em conjuncto o sel'\~iyo quo ti nhamos feHo e bem assim para el ucidar 0 magno problema que rcsolvemos, sobre as dirccp,oes dos rios Feio) Pejxe e Aguapehy.

Assim vcrifica-se que os rios Feio e Peixe tem bacins differen­tes 0 que ambos sao tributarios directos do Parana,

As aguas do Feio sao as mesmas do AguapehYi havondo p01'6m propriedades legitimadas nas margens desse rio e sendo tambem a 'Aguapeby conhecido desde os te mpos coloniaes, resolvemos manter esses names de modo que 0 Agllapeby 0 en tao formado pelos rios Feio e Presidente Tibiri93.

Page 9: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Tunna exploradora do rio do Peixe

Page 10: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

9

o 1'10 do Peixe estava le,antado s6mente ate a barra do Pa­nella. afflucntc da mal'gem csquercla; rcstan estuda r a regiao com­preilcndida entrc esto ponro 0 0 Ri o l'il J"an il, pilra 0 que orgilui, {llll os lima lUrl11il , il qual partiu desla Capi tal a 13 de Juulio de 1906 em demanda de Campos Sovos do Parana pa nema. onel e iuieiou sells trn­

balhos com a determinayao das coordcnadas gcographicas desta ci ­dado; d'ahi partirl lima linha lo ranlada a tacheometro onl dirCC<:iiO it Platina e desse anaial seguiu pam a fazenda TICS Barras on de chcgoll com 48 kil ometros do ex-tensilo, tendo atmvossad o 0 co n'ego do Cafe c os ribeirucs do Ped ro, das Antas, Ca pao BonHo, Capiva ra e Jlortes.

Dc Platina foi tirada UIll" linha para 0 SaIto Grand e do Pam­nnpnncma, clIjns coo l'dclladas gcogmpilic;Is fomm levantndas.

De 'l'rcs Ba]'ras partiu 1lI11 lcvantamento que tCY C p Ol' [jill dc­ter minal' a posi\'u,o de Concci (.:~o de "J loni c Alegre, 0 ultimo po\'oado do E stndo: no vnlle do Paranapanoma,

Xas pl'ox im idades do ra ncho, construjdo em 1'l'C8 Barras para deposito de material) foi cl';wacia n ('stacn 0 - do picadao que tinh,\ de ponctl'ar no ser tao om deml1 l1da do rio do Pci.'\e. tomando rU lliO X, ate ns pl'oximidades do acampamcnto Bella Vistfl ) qne acha-se sitlln do na s ci lheco ims do ribcirao qll e larnbolll foi UOIlOtllillHdo Bella Vi sta; tl este ponto Olll djante a linha !'cg'lIi u a dirccyao go!'ni do re­fc rici o I'ibeirao ate 0 rio do Pcixc ond o a turma fez 0 acft mpamcnto J]{a rge", .do Rio do I'eixe.

Depois de chcgal' ao Rio do Peix e) 0 picaciii.o cO litinliOti peln margem esqllerda (ri o (lcima) ate clI conh'ar 0 Ribeirao do Panella) ponto termin n.l dos trabalhos cia pl'imciJ'H tU l'ma que jnicioll 0 sen ·iyo do ox plot'ayiio desso rio.

Ullla \' oz co ncluiclos os trabalh os at6 0 Panella) Joi abert ... )., uma tral1s\'crsa1 nft. direcyiio do ri o Aguapchy afim de filzer-se urn re­con lledmento c1esses terrenos.

Ern quanto a tUl'ma abria 0 picadao para 0 Panella c depois n transyersal do Aguapehy, alguns CRl'pinteiros construiram no acam­palllcllto Margem do Rio do Peixe 1.1 S barcns que se1'virnnl para os traba lhos do iOVHIJtalllonto do rio do Pcixe at6 0 Paran{L

Offcl'ecendo 0 rio cOl1clic;ucs regulnl'es do navcgabilidade, confo1'­me tive occa:.; irio de verificQl' em eXCUfSUes que fjz r io ahaixo cm uma das barcas, l'esolrj dar alltorisayiio ao chefe da tUl'Ina para ini-

Page 11: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

10

ciaI' os trabalhos de levantamento atc a sua f6z 110 Parana, anele presumiamos que elle desaguasse com 0 nome de Tigre.

No din 10 de Setembro, its 10 1/ 2 da manha, partin a expediyao 1'1 0 abaixo em 16 pcq uenas barcns com nm tobl de 78 possoas.

Ii viagom foy.-se om hoas condk'ues atc 0 4.' dia. o rio linha estirilos grandes, leito de area, entre pared5cs altos

de !;l'es, e as mal'gons cohertas de uma vogetac;ao bella do osplen­didas mattas conten do padl'oes que indieavam tel'ra de boa qlla­l idade.

As cOJ)(liQoes de nayegabilidadc do rio altcraram-se Illuito do f>.O atc aD 10.0 dia.

o lelto do rio passol! a SOl' todo de cascalho, e em alguns 10-gares havia lagos gl'andes de ped ra fOl'mRndo a pl'imeil'a cOl'l'edeira, a qual cOllstituiu a atalaia do trocho accidentado do rio; logo abaix.o foi encon trado 0 primeiro salto com 10 metros de altura, obl'iga nd o {l va1'G(xlo do material p Ol' tena: Qutras cachooiras de pequena im­portancia viorarn l'etardal' a mareha e bern assim nm outl'O salta quo foi clen omillaci o Outia,ra, tao alto q uauto 0 primoi L'o, cltja ral'ayao tam­bem foi fehn p Ol' terra, na extensao de 500 metros. SuccecieJ'am-se trechos de mansos c pequonas COl'l'ouciras ate 0 3.° salto, cuja. \"3-rayuo tambem rai feita pOl' terra.

Depois deste salto apparcceram algumas correcioil'<1s de poql1ona impol'tancia e 0 rio foi- se tornando cada VC2 mais volull1oso e largo, deviclo <10S affluentes que l'ecebera, ll1uHo principalmente com 0 ac­crescimo das aguas do l'ibeirao denominado da Confusao, que 6 0

maior afflu ente da mal'gem esquel'da. A vegetayao das mal'gens e exubenll)te na l'cgiao dos saJtos; no

cntretanto a pa.rtir d 'ahi ate 0 Pal'an{l oncontra-sc grande quautidado de taqual'aes 0 de lagBas.

A tnrmil. execntciu seus trabalhos sem incidente notavel om ro­la <;:ao aos indjos ate chegar {l regino dos saltos; a,hi Cllcontrou vcs­tigios mais freqllentes. Os trnhos appal'ocjam em gran de, quantidadc, j{t margeanqo 0 rio, ja iudicando que 0 atravessavam em algun s poutos; tocaias para caya on pesca) pequenos ranchos etc. foram en­contra dos, pel'mittiudo l'econhecer-sc qu e os selvjcolas achu,vam-se acampados nos arredor8s; no entretanto s6 appareceram pela pdmcira vez a 20 do Sotembl'o. ~Ias a calma do pessoaJ e a pl'atica adqui­rida lias diffel'entes campunhas das Ilossas turmas fiz81'am com qu e

Page 12: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Partida da turma exploraciora do rio do Peixe

Page 13: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

II

o ataque fosse evit,1do, retirando-se OS selragcns bruscamenle e dei­nndo nas margens do rio f1echas, areos e outros objeetos.

Os trabalh os cOlltinuaram reglllarmell te ate 0 dia 24 de 8elem­bro quand o, its 9 '/, cia maub1i, os indios intl'incheiraclos nas margens lanQaram grande qllanticiade de f1 eehas sobre 0 pessonl, quo in lin cHII Oa cia D'elltc, conseglliuclo ferir 0 lei tor 0 mais tros camaradas, O~ quacs foram illlll1ediatamentc soccorrid os polo mcdico da tUl'ma , vCl' ificando esle que os ferimelltos nao inspiravam gmvidadc.

A tUl'ma jn tolTompen 0 8e1'vi90 neste ponto para attend er aos raridos c no masmo tempo examinar os arredores, afim de vCl'Hical' as cond iQues em que so achavam os indios.

A dcmora foi apenas de 2 horas, approximadamontc, 0 tempo necessario a I'epellir 0 ataque e cu.id al' dos feridos.

Foi 0 ull ico accidente llotu vcl que ti vCIllOS em toda a. campa­nila: as ind.ios COl'oados, depois cleste ataque, nao appa l'CCCl'H Ill mais ate quc fossem concluidos os tl'abalh os no Pa ran '\.

.A's 4 horns da tarde do dia. 4 de Out tl bl'o, a. tnl'lna ohegon [I

balTa do 1'io Tigre no Paran{l, verificand o entao que 0 ri o do Peix e (: 0 me::;mo rio Tigre.

Estav<l, po rtan to: te l'lllinaua a campnnhn 0 ox plorado todo 0 valle do rio do Peix c, completando-se, com c:-;ta cO lltl'ibui(:ao, wei os os ele­mentos qu.e pl'ecisavamos para 0 conhecim ento cl ctfllhfldo da bacia hydrogl'aphica dcsse ri o c do Tigre.

A tU l'llla regressoll a esla cap ital, pel os 1'i os Paran {l c Parana­pi.lIlema, nas embul'ca);ues que scrvi ram para sells trabalhos c tambcm em outras que fir.c l'am parte de lima ex pedill:aO quo foi organizada no SaIto Grande do Paranapanema, com 0 fim de ir cspcral-a fla barr-a do ri o Tigre, lcvafldo gcoeros alimcnticios Olll quuntidade sufficicntc para 0 regJ'csso ate 0 referid o Saito Grande; pois que, na descida do Pe.i xe, foi transpo l'tado apenas 0 que em indisponsavol alim de facitit"r a marcha rapida dos trabalhos.

A 7 do Olltllbro, a tmllla chegou ,t barnt do ri o St.' A nastacio, Oil de enconlroll pessoal de nossn confiallQa, qu e [ora maudado ate ]{I

arim dc trazer-nos Iloticias dos exploradores.

Nns prruas do rio Parana. no Estado de 'Matto Grosso, fOl'am encontrad os aigulls indios Cbavautes, conseguilldo 0 pesson l pboto­grapbai-os e obter arco::; e flechas.

Page 14: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

12

A. navegayao ..rllO rio Paranapanema foi feita em boas condiyoos, nos tres primeiros dias, ate a correcleiTa Ooroa de Fl'adej d'abi em diallte alterou-se llluito a natureza do rio; comeyaram os obstaculos, taes como cOl'l'edeiras e baixios, formados pela grande vazante do rio, que sen-ham para atrazar llJuito a mal'cha da expedi~\ao, obri­gando 0 pessonl a conduzir as canons a pulso em certos logares e a pnxal-as pOl' meio de cab os, em oulros, oode a impetuosidade da corrente era consideravel.

At6 a barm do Tibagy os logares de mais difficil accesso sao os rapidos de St.° Ignac.io e a successao de cachoeiras, denorninadas 'l'ombo do Meio e Laraogeira; desse ponto em diante a navegay1io tornou-se cada vez mais difficil , p Ol' causa da grande quanti dade de cachoeiras, corredeiras e rapid os, sendo uma das majs difficeis a vencel' a corredeira da FlOr.

A 6 de Novembro, consogniram chegar II cachocira do Pary, a qual constituiu 0 ultimo embul'a90 a vencer para chegar ao Salto Grande.

Encoutraram·se alguns aldcamentos de indios Caytms nas mar­gens do Pal'anapanema, allde vjvem em cstft.do scmi-c.ivilisado.

o estado sanitario da turma foi esplendido em quanta estove nos rios do Peixe e Parana. 0 mesmo naa se deu no Pnranapanema onde mais da metade do pessoa] foi atacada de rnaleitas.

Em breve Se publi cal'ao 0 l'eiutorio minucioso e bern assim as plantas l'elativas a este SCl'vj yo.

--0 --

Nilo foi pcqnena a somma de es/oryos e de traball10 emprega­dos por todo 0 pessoal d'esta Commissao na exploray1io do extremo ser tao do Estado, para cump!'ir fielmente a ardua e penosa tarefa que nos havia confiado 0 Govel'llo, desejoso do ver desapparecel' dos mappas do Estado a grande mancha bl'anca que traduzia uma inco­gnita abrangendo uma quinta parte do !lOSSO territol'io.

Com os ultimos estudos exeoutados pela Im-ma do rio do I'eixe ficamos com elementos completos para a cOllfccyao detalhada do mappa do ESlaclo na parte conespondente a essa vasta regiao.

--0--

Page 15: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

13

Littoral e Rio juqueryquerc Os sOl'vi \'OS closta tmma foram iniciaclos em S, Sebnstiiio, onde

roi medicia lima base do 'li -1."' 28 ao longo da pmia; r1 0[lois jll'OCeclCll n tlll'mil no Jovalltnmonto cia planta cia \' illa 0 Olll sogllida comc,;ou a COI'1'O I' a lin"" a tacileometl'O lIa dirccyiio do bail'l'o de S, Frall­cisco, aond e chcgou com 6 kilo metros de oxtensao, seguindo depois para a Enscada 0 d 'ahi (I balTa do Rio Juqu E'l'yquero. Oil do este d o

tem a lal'gura de 60. 111 e grande profundidade. On Enseada pal'tiu a. ljuha a tacil eometro, a qual passon pela

gargaotn. da A/)}'(/' e foi cruzar 0 Ri o Claro, no Christin oj atl'aVeSSOli

dopois os ri os Pi1'3SSununga e Gentio) a serra. do ~imb(1 e foi de novo cncontrar 0 rio J uqueryquere, uo acampamcnto denominado Porto das Ca nDas; dcste ponto em diante subiu 0 meslllo rio pela margem esq uordn ate 0 ri o Verd e.

Do porto das Canoas p<1l'tiu ll nla ]jnh a. pel a mal'gclll cs<) uerda com 0 fim do pl'ocedcr-se ao ieYfllltnmento do ri o ['{IO d'Alho: do mesmo pOJ'to das Canoas atc a sua faz 0 J'io JuqLl cJ'yqllero loi le­vantado a luneta Lugeol ; igualm entc 0 Ri o Claro, desde a balTa ate il juncyllo com 0 Pirass ununga.

OHio Claro, 0 maior dos alUu enles do J'i o J'uqueryqLlel'o, roi Icvnntado om todo 0 sou curso, e bem assin1 os seus affl ucntcs de­nominad os Serraria, T6ca, CaciJoe il'<1 dn On ~:a 0 Cachooira do Raphael a u Cru;:ndinha. Do acampamento Pirassunlloga partiu lima outra li­nlla peln margem clireita ate suas cabcceiras, co m a fim nao su de determinar este rio como talllbom procurar cstabelocer COJllI1HlIli ca­

\'UO com 0 alto JlIqneryquere, ficand o reconhecido que 6 csta a melhor dil'ccyiio para lima flltul'H cstrada de I'odagolll,

Das eabecciras do Pirasslillunga a Jinha proclIl'on as do Rio VeJ'de, deseendo pcla margem direita desw at6 0 Juquoryquel'c, que procul'ou subir mal'gcando-o at6 suaS cabcceiras no al to cia 80lTa do

ilia 1', ~gua llll o ll tc aeham-so lovantados os afflllCntcs denominados Wo Novo e Campostre,

FOl'nm co rridas 'l.lgumas liniws a bussoln ) anc l.'oid o e podomotro) com 0 fim de se explornl'cm diversas reg-joes,

o rio J'uqueryquero, a partir de sua ba rm ate a do H.i o Claro) 6 bastante largo e profundo ; d'abi ate 0 porto das Canoas, reduz-s8

Page 16: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

14

bem nR largura e algumas r ezos at6 na profullelielade, torn ando-so ent:,'io muito esp raiaclo pOl' causa das ci ifferentes llludanQas do leito.

Xo porto e1as Canoas comeQam a apparecer as primeiras pedras, e do acampamento denominad o J.n Hha at6 It barra rio rio Verde 0 rio

6 oxtraorelina riamentc encachocirado, ostabeleccndo llma diffcrcnQR

de nivel de 420 metros em +, k. 200. Da barra do rio IT crdo pa.ra cima 0 rio 6 bastanto ompedrado

e tem algumas cachoeiras bem altas. A regiao occupada por toda a bacia do rio J uqucryqnerc 0 co borta de mattas virgens, 0 quo COI1-

tribuiu para nos difficu ltar nmi to os trabalhos; pois fomos obrigados a abrjr caminh os atl'avez da flo l'csta em toda a loo na. que ti vemos de trabalhar.

o ten eno 6 no gel'al accidontado c coberto do pedras em mui­tos treeb os.

A bahia dc Caraguatatuba [oi tambom levantada ate a Villa respecti va.

Ao suI de S. Sebastiao, 0 littoral fo i levantado at6 0 morro do ATa~:il.

Afi m dc termos a representa<;1io exaeta do Canal de S. Sebas­tiao (0 qual e ineontostavelmento um dos boos pOl·toS do SuI do Bra­zi l), mundei levantal' a costa da ilha de S. Sebastiiio) a partir do ViLla Bella, para 0 norte, at6 a ponta das Cannas que 6 0 fim do canal nesta di rec~:ao c\ para. 0 slll , at6 0 logal' chamado Jj)n(erma1'ia, per­lazondo lim tota l de 15, k. 500, seodo 6, k. 600 de V ilia Bella {, ponta das Cannas e 4, k. J 00 de ,ilia Bella ao Perequc, e 4, k. 800 d'ahi It Enfe,.,,,aria.

o ri o Agua Branca, qu e desagua no canal em Pereqno, forma uma eaclwoira de 60.'" de altum. Foi estu dado oste rio ato a parte superior da caehooira, na extensiio de 3.500 metros.

Acham-sc eonfecciolladas om esenla de 1 : 10.000 com eurvas do nivel do 5 em 5 meb·os as plantas de toda a regiao estodada.

o v"IIe do rio Juqueryquore, apezar de achar-so situado bcm prox imo {t Capit..1.I , era POllCO co nhecido e acbava-se em completo despl'czo ; agot'Cl temos i:lS plantas do toda essa l'cgia,o descn hadas com todo 0 dotalhe e q li e senem para ori entar qualquer !rabalho que tenha de sor emprehendido.

--<==CJ<=--

Page 17: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Barra do Rio Tibagy 110 Paranapanema

Page 18: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

15

Ribeira de Iguape A SelTa do Mal' carre quasi parallclamento ao occano deixando

lima faxa de terreno baixa e cstroita no littoral. cm lada a costa

rio Estado, dosdo as divi sas com a Ri o do Janeiro at6 as Jll'oximidades de ConceiQfio do ltanhacn, onde so afasta 0 faz lima firnnde cu]'va polo interior reccbendo entao 0 nome de Serra do Pal'nnapiacaba.

Entre a Serra do Paranapiacaba e 0 mal' estencla-se lima bella o vast1 rcgiilo do torras fcrto is pl'Oprias para ll1uitas culturas 0 que em fubuo urw Illu,ito romota virao conb.·jbujr para a op uloocia d0 110SS0 Estado.

o tcrrcno 6 no geml pouco ondulado 0 coberto de bellas mattas e d'uma redo do l'jos de grande impol'l'111 Cia, os quaes Sa o 110 geral tributarios do Ribeira que 6 0 maior dc tad os e quc constitue 0

collectol.' pri neipal das aguas de toda ossa zona. Sendo bastante largo 0 profund o, elfl, franca navega<,',ao a va pores

desdo Iguapc ate a barra do Hatatal e POyO FUlldo no rio J uquia, grande affluonto na margem esquerda; do meSll10 modo que 0 Juqui{t ou­tros afflu8ntes oF-fel'ccem boas condicyoes do nav egabilidad e para em· barcayoes de differentes caJados e tamanhos.

E' uma. regiao diglla. de toda a attol1<;,.ao 0 quo achava-se repro­sontada oos nossos mappas d)uJl1 modo approx imado, sem a devida preclsao.

Com 0 fim de estudal-a minuciosamonte fo i organisacla. uma tllnna dcsta Com111is8[o, a qual partill d'aqui H 12 de Jnn ho do anna p. passado embarcando em Santos, no mesmo (til'l, no va.por 'Victo ri a com destino a Jguape, aonde chegon a .1 3 do mesmo mez, seguindo clepois para a balTa do Juquia, oode subdividiu-se : uma parte seguiu para Xiri ri ca em demanda da ba rl'a do rio 1tap.irapu<ln , e a outra .i niciou immodjatamente seus trabalh os com 0 levantalll cnto do 1'io Ju qld [l. C

sellS affluentes. De ~,{il'i ri ca a Iporanga gastal'am-sc 4 dias e me io) passa ndo a

turma vinte correde.i ras, das qmtes as chamadas COl'clas, Poyo Gran de, Funil e Carac61 sao as ma is importantes. Em Iporauga foi necessa­ria organism' novo pessoal e obter canDas para 0 conduzil' ate 0

porto Velho do Apiaby ; d'ahi em diante tornou-se indispensavel se­gail' pOl' terra ate Serra Azul.

Page 19: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Hi

Organizado 0 servi <;o, no dia 15 de JlIiho COlllCyOli a trabaihar no ievantamento clo rio Ri beira na barra do Ribeil'ao ltapirapuan, affl uente da margem oSCjnorda e ponto respeitaclo na divisa dcste Estado com 0 de Parana,

'l'iradas as scc\'oes transvCl'sacs tanto clo rio Hibei ra como do ltllpirapnan, doscnvolvoll-se 0 ievantamcnto cl o rio at6 a frrgllczia cia Capella,

Noste \reeil o, do 37 kilomotros, [oram Jcvalltadas dctnlhadamcntc cin co cachoeiras c demaJ'cadas as barms de 3 ribci roes da margem

dircit" e 7 cia csq ucrda, "s8im como 18 ilbas. Da heguoz ia cia Capella cia Ribeira it villa do .I poranga, descn­

\'olveram-sc as trabalhos em 79 kilometros, scnclo clctalbadalll entc le­vant.'1.d:tS 3() cOl'l'edei ras, Lima cacJloeil'<I couhecida pOl' Va l'adouro, situada a. 24 kilom etl'os abaixo dn Capella. da IUbc.ira, 10 I'ibeil'oes na margem direita, 9 oa esq 118 1'cia e 38 ilhas i ueste trecho 8llCOll­

t l'a·se na mal'gem dircita 0 ri o Pardo (Q principal afflllentc da Ri­beint depois do rio J u qu i{t.), a qual foi levantado na extcnsao de 18 kilometros ate lig-a t' com as trabalhos ja feitos pOl' esta Commissao, o nello fOl'<ll11 levuntadas 6 cachoeil'as ; a rio tern 2 afflu cntes na mal'gem dil'eita., 5 na esquerda e 10 ilhas.

Da villa do I poranga it eidade de X il'irica, 0 rio Hibei ra tem 78 kilometros com 20 conedeiras, 9 affluelltes na margem ciil'eita1

10 oa esquenla e 35 ilhas. Dos nJflucntes cia rnarg'em clireita) foi levantado 0 ribei rao de

Batatal nil cxtcnslio de 16 blo metros ; dos cia margem csqucl'cla fo ~

ran] lovantados as l' ibeil'ocs dos Piloos n 'UIll POl'CUl'SO de 32 kilome­tros, com 2 a[f\uentes na margem direita e 5 11a osquol'da, 17 001'­

l'ccleiras C 27 ilhas; 0 l'ibeil'ao Pedro Gllbas elll 29 kilometros, com 12 nffluentes na margem dil'eita, 8 ua osqu ol'da 0 3 ilhas j 0 l'ibeidio do Taqllary, dcsdc a batTa at6 a ex-Colonia Feclel'Hl hoje abundonadu, n'uma cx tcnsao de 22 kilomctros, com 9 afflllcntes na margem di­rcita: 12 na esqucrda 0 6 iihas: 0 0 ribeira,o Xil'iriea om 13 kilo­

metros. De Xiril'ica ate 19uapc, trecho do 14·3 kilometros, tom 0 Rjbeira

4 amuentos tt. margem dircita) 6 A csquel'dH , 8 ilhas e 11 Jagoas on antigos fUl'ados do Ti D, sen do 7 na margem esquerda e 4 ua di reita . .A s iagoas fo ram todas lenll1tadas, variando sellS comprimentos de UIll

e meio a tres k.ilometl'os, sommando seus levantamentos 26 kilometros.

Page 20: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Vall e do rio Pirasslltll1nga

Page 21: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

17

Dos afflnentes da mHrgem cSCju8rdu foi levantndo 0 gtil na ex· tensH.O de 40 kilometros. com 3 affluentes it esql10rda e 2 a dil'eitH ; d'entre estes 0 Tul'VO fo i IO\'Hntado em S kilometros. 0 ribeirao Ca)'uva foi levantado em 5 kilometros.

Na mal'gem diroita foi levantado 0 riboil'iio Jacupirnnga IIH ex­tensao do 7R l,ilol11otl'o,; tOIll osto rio :l afflnontos nil margelll di­I'oibl, dos quaos fmam lovan tados 0 Canha em 2 kilometros 0 ° Gna­l'Uhll em ]3 \;:ilomctl'o~; l1a margem esqucl'da tom 6 affluentes, dos Ql1ileS fOrali) levantaclos 0 Jucllpinmg uinha em 26 kjlomotl'os, tendo osto ;) affluontos na lllargclll esqucl'da C outros tantos 1)11 dil'eita.

o Jacupiranga tom urna jlha: 0 JaclIpiJ'auguillila C 0 GllaJ'uhll 5.

o rio P;:u'ifluel'{l foi levantado em 20 kilometros 0 0 Pal'jqucl'a­mirim em 4.

o rio )IumnnlOa foi levuntado n 'uma extensao de 2 kllometl'Os.

o servico do levantamento do ri o Juquiil foi iniciado na balTa d 'esse ri o com a Ribeira, no dia 20 de Jllnho p. passado.

A 26 do rcferido l11ez os trabalhos alcanyaram a frogu8zia do St.Q Antonio do Jl1quia, com 52 kllometros de levantamento e ondo a rio tom 112 metros de larguru. com a profuudidade maxima de

3,1lI5. Com mais !) kilomeb:os de levantamento, a turma ChOgOLl {t

barm do Rio S. LOUl'ell\\O , pelo qual contiulloll 0 serviyo, tendo che­gada no dift 30 do Junh o a fl'oguezia. da Prainha com 34 k. 500

dil bani! do S. 10llroll ,o, perfazcndo um total de 91 k. 500 cia barm do Juqui{t. 0 rio S. Loul'ouyO tom noste Iogar uma largura de 48 motl'Os com l.1n de profundiciade. Da fregllozia da Prainha os tra­baillos continnaram polo ri o S. LOllrenyo at6 a bana do rio rtariry com mais 15 kilometros. Deste ponto em diantc 0 rio S. Lourellyo toma 0 nomo do S. Louroncinil o, e pOl' eUe a tUl'Ill!:1 continuon 0 10-vanbmonto ate al6m c1as suas cachociras. na cxtonsao de 83 k. 600.

NfLO sendo 0 rio navegavcl doste ponto em diante, a tUl'lna voHou para ini ciar 0 levantamento dos afflu cntes, pl'incipiando pelo Ribeirao do Brctf"o G1'ande, affluente da margem esquerda, qu o foi Jevantacl o na oxtcnsao total de 4 k. 800, dos quaes os dois primeil'os kilome­tros foram pOl' terra; em seg uidfl. levantou a ribeirao do B1'{(cinho, affluen te cia margem dil'eita , Oil extellsaO de 17 k. 187. Depoi s pro­cedeu ao levantamento do Ribeidi.o do .dl'eado, affluente da mal'gem esq nerd., na extensao de 3 k. 052.

Page 22: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

18

Continuoll 0 lovantamento do ribeiriio Pedreado. affluente cia mal'golll direita, na extcnsao de 8 k. O,(] , no ri beiriio Bocca p'ra rima, afflucnte da mesma margenl. em 3 k. 208, e no ribeil'iio do Sobe c Deser. tambclll da mesilla margem, em 3 k. 526. Chegando a barra do ri o It.aril'Y, a turma procedcu ao Icva ntamonto do meSIllO at6 as riheiroes Ollanhallhan e Azoite, na extonsao do ~4 k. i03; levantou tambcm 0 ri beirao Guanhanhan om ~ 1 k. 432, e om so­guida 0 rio Azeite na oxtensao de 9 k. 600. Dos affluentes do rio ltariry foi tall1bem levantado 0 ribei l'ao do Peixe om 9 k. 291.

A tllrma levantou 0 trilho. quo da barm do l'i beiriio do Oleo na margom dil'oita do Guan hanhan vae {t pOVOfl ynO de Peruhybe, no Jit­toral, na e.x tensao de 19 k. 2~0 .

Ji'oram Jevantados os seguintes affl uentes do rio S. LourollCo: 0

Fal" ua extensao de 15 k. 590 at6 ao Sa ito Grande que tom 13 me­tros de altura; e 0 ribeirao do Bigutt em 7 k. 200, estes n3 margem ci il'eira. Da margem esque1'da 0 rio Bananal na. extonsfi o de 9.000 metros; estc rio desagll a a 18 kilom etros {wima ela confluencia com o Juqui{t e tem uma 1m'gura media de 15 mctros.

Foi tambem levantndo 0 rio J·uquia. da barm do 8. Louren(:.o at6 as cacboei ras, na extensao de ,1,6 k. 980. troeho esto conhecido POl' .1 uquia GuaSSll.

o ri o Assunguy, afflll ente da margem diroita do Jnqui {t, foi le­"antaclo n 'u lll perclil'so de 3 k. 596: [oi fcito tambem 0 lovant.:'1-mento. por terra, do ri beirao PO((O Grande, om 6 kilometl'os.

-Na mesma margem foi IC"a ntacio 0 ri o Quilombo, em 24 ki lo­metros, 0 qual .afflue para 0 rio Juqui{l: tendo sua barm {~ cl istancia

de 6 kilometros da bal'm deste. A partir da fl'eguezia ci a PJ'ainha pl'ucecl ell a tllrl11 fl ao Jevan­

tHm ento de um caminho; que tO IllU l"1I1ll 0 do Peropava na extensao de 8 k. 200. e taillbeill nil de 'l k. 300 0 caminho que \'ae parao logal' denoilli nado CaptH,,'a.

Em todos os rios e ribciroes fnnHIl t.irad as sec~~i1es trans\renmcs nos pontos coovcnientes e noccss<1l'i os C det.erminado 0 volu me d'aglla ; [onlln tambom Je\ran tadas toelns as cOl'l'edeiras e ithas.

o do Saba ull.a-ass lL tambcm foj estudad o na ex tensao de 36 kilometros, desde 0 ltapirapuall at6 0 B,,~'tal. trecho este intoira­mente \'cdad o ft navegaQfio; foram tiraelas sec~oes transyersaes no co-

Page 23: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

Entrada da gruta do Arataca

Page 24: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

!9

meyo 0 110 £jm dos trcchos assim COlllO nu barl'a dos affl il ontcs e nos pontos extremos dos levantamentos destes.

Da barm do ribeiriio do Batata! ate 0 porto velho de Igllape, tanto no rio Ribeim como nos sens afflnentes, as secQues tranSI'Ol'­sacs cralll til'adas diariameote, duas e mais vezcs. afim de poder-so ajnizal' das condiyues de navegabilidade desse gmnde rio.

o trocho de 2 kilometros e 500 metros, conhecido pOl' Vallo­Grande, foi levantado com miollciosidacie, sendo tiracias ll1uitas sec-9008 tnw sversaes.

Assim tambom foi levallwdo com detalhes a ilha formaci" polo r io Ribeira Velha C 0 Mal' Pequeno, scndo tiradas cl iversas secI,ijes transvel'saes no "Mar Pequeno e leva ntada a Ilha Comprida oa parte correspondente ,t jlha de Iguape.

A turma procedcu a sondagem on balTa do .Lcapara onde veri­ficon ex .i stir a profundidado de 3.1"5 nas agllas millim as no canal da entrada, assim com o tambem veri ficou achar~se este actualmente des­locado em relayao It posil,1[o que tioh a em 1894 e estar situado a 2 kilometros da ex tremidade norte da .Uha Oomprida.

Foram levantadas com detaJhes todas as vi ll as c cidades situa­das na zooa dos trabaJb os, assi m como a topographia de uma f~L':: a

de terreno margcando 0 1'10 Hibei ra e os afflucntes estudad os. !foram deternunadas com rigor as pos.i yoes geographicas de Serro

J\ zul , CapeUa da Ribeira, Iporanga, Xi l'il'ica, Prainha, Iguape e Ca­nanea, ass im como a posiyi'i.o do pharol da Hha do Bom Ahrigo. Ve­rificou a tllrma uehar-se a barra rio Tio Itapil'apuan a 24042)26" de latitude Sill e a 6'0 '22 " de longitllde W do Hio de Janeiro. e X iri­rica a 24' 31'28" de latitude SuI e 4'55 '10" do longitude Vi' do Ri o de J aneiro.

A posiyao geographica de Igllape fOl determ inada com 8igllaes telographieos transmitticl os pela secyao techni ca d" Oapital Federal, ]jgada ao obsel'vatol'io nucional, c verificou-se ser de 24°42 '38" de latitllrl e Su I e 4' 22 '2'1." de longitude ,V do Rio de Janeiro.

Sendo a distancia geographica en tre 19 uape e Uapi l'apUHIl de ["37'58" ou 160286 l11etros, telll no em tanto a d.i stanci a de 337:;00 metros seguindo-se polo rio ou mai s de 100 % de desenvolv,im ento.

Em diversos pontos in termedia l' ios foram tambem determinadas as coord enadas geographicas e bem assjm a decHo ayao magnetiea e a altura sobre 0 nivel do mar.

Page 25: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

?O

Pant 0 levan tllill ento dotalhado da ilha do 19uapo foi Illed idn entre a cidacle de IguHpe C 0 Porto Y cIho lIlUa baso de .l ,384·."'B20.

Foi determinada IIllla base astrollomi ca entre 19uape 0 0 pharol do Bom Abrigo.

A L1ha Compri da fo i lerantada na sua parte correspondente ,; do Jgllupc n'umu exten,ITo do ?3 ,300. '" dos quaes 2,300 cOl'l'espon­dontos it larg'ul'Jl ci a jih", no :Ita!' Peq uono na do 1 .. kilometros C 1I

praia da Ribeira om 8,400. A Ribcil'H V elhn foi lcvantada at6 Slla barra. no oceano em

26,500. 111,

o Rio Peropal'a em ~ kilometros 0 iJna 2 kilolll otl'OS, 0 8 l1a­

mil'jm 6 ldlomct.l'os c a praia da Ju rea em :-l kilom otros. Sommalldo-Rc 0:'; icnmtalllcntos feitoR peln tU l'lll a da H,ibeil'u,

n'osto rio e em sous affluentes, vcmos quo olevam-sc a ] 2Gl k. 740.

o

Divisas com 0 Estado de Minas Foi ol'i'anisado na escala de I :600.000 lim lllappa goral da

front.elrH mineil'il , de <lcconla com todos os dOClllllcntos que possuimos afim de facili rar 0 estudo cia linba de Jimitcs, proYisoria, com cstc Estado.

--0 --

Divisas de municipios Estud{\Il)OS i1. S diviRt.1s de alguns IHuni cipios, Iov nn tn !1d o para iRSO

as plantas clas Tog-iDes om litigio.

- 0 -

Lavoura de cafe A fim do dar nma idea da area occilpacla peln IU\'Olll'H do cafe

no Estado Joi ol'ganizada nil. escala do 1:2000.000 a carta que juncto como annexo.

-- 0 -

Page 26: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

21

Carta de progresso Na carta de pl'ogresso juncta acba-se mencionado todo 0 trabalho

que temos feito no extremo sertllo do Estado, na Ribeira de Iguape, no littoral norte e no valle do rio Juql1eryquere.

A carta de progresso da Commissao e 0 mapPiI mais completo do Estado e 0 primeiro que vem nos mostrar, em seu conjullcto, todD 0 nosso territori o, como elle 6 realmente, contl'ibuindo deste modo para elim in,ar a parte obscura de todos os mappas que pos­sui amos e onde sempre lia-se - ,Im.,.enos desconhecidos.

--0--

Servi~o Meteorologico o serviyo meteoroi ogjco do Esl'1do, a cargo desta Commissao,

dispiie presentem onte de 14 postos do 1." elasse, 19 de 2. ' e 10 de 3'", assim distribuidos : 1." classe - S. Paulo (l£scola Norm al), S. Paulo (A vonida Paulista), Horta Botanico, Santos, S. C. do Pinhal, Oampinas, R Proto, Bratas, Ignape, Poyos de Caldas, Taubatc, ]ttl, Piracicaba e Franca: 2.fI classe - Araras, Agudos. Cananoa, Tatuhy ~ H.io Claro, BraganGa, 8, 111 Bjt,,'), do Paraiso, Campos Novas do Paranapanema, Api auy, AVal'B, Ibjtinga, Mattao, Jacal'chy, Banana], Botucatu , Campos do Jordao 1 Amparo, S. Sebastil10 e Boracea: 3.n classo ~ Cunha, COll­coiyao de It.:'luJlaen, Porto Ferreira, Lcnyoes, Ubatuba, Alto da Serra, PiassaguerH, Jundiahy, Luiz Miranda e S. ManDel do Parai so, os quaes acham-se funccionando com 'toda a regularidade.

Durante 0 anno a rede de poStllS foi augmentada com os de S. Sebastiao e Borac6a (Barra. do Rio Novo do ;ruqueryqucre).

Com a fim de fi scalizar 0 trabalho feito pelos differentes ob­sCl'vaclores, organisei 0 serviyo de inspecyao, clividindo 0 Estado em zouas correspondentes {IS divers.s empresas de Estrada de Ferro.

Julgaudo que as observa9ues meteorologicas deverao tel' a maior somma possivel de vulgm:idade feita de modo bem claro e compre­hensive} , mandei oTgan izar 0 servic;o de info rm a<;:oes diadas pOI" Ineio de k'lbeJlas graphicas, nas qu aes ncham-se dosenhndas as CUl'vas das temperahu'as, das pressocs barometricas otc. , correspondentes as ob-

Page 27: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

22

servayiies feitas em 18 postos, colJocados nas regioes mnis lIupor­tantes do Estado.

Este trabalho IJ acompal1hado da tabella J1Umen Ca, oude se ell­contram os dad os exactos das observa9iles.

A's 2 1/2 da tarde fica cOllcluida no escl'iptol'io da Commissao . a confecyao das labellas llumericas e graphicas, as quaes sao imme­diatamente distribuidas, para serem affixadas em logar bem accessi vel, ua Secretaria da Agri cultura, redaeQoes dos jomaes, Correia Geral , Sociedade Paulista de Agricultura, 'l'elegrapho Nacional , Bolsa e As­sociayao COlUm~rcjal etc.

Juncto remetto um exemplar destas infol'J11a\:ues alim de que possaes bem ajuizar do modo pelo qual ell as saO feitas.

o Kxm.o Snr. Dr. Lauro MUller, ministl'o da. Viayuo, vjsitando esta Commissao em 29 de Setembro de 1906, resolvou auxiliar as oossos estud os cor.o a esplendida contribui<;ilo das observayoes feitas diadamente em !1anaos, 8elem ) Maranhao, Jaragua, Pal'uahyba, Pal'ah"ybaJ Paranahybu, Natal ) Aracaj(l, Fortalczu, Recife, Ondina, Bahia, Joazeiro, Victoria) Rio de Janeiro) Curitybu1 PU1'3nagua) lfio­rianopolis, Porto Alegre, S." Maria da Bocca do 1'Ionte, Barra do Rio Grand e, Itaquy, Bage, Gnul'apuavu, J"uir. de F61'a, Barbacena, Ubel'abn, Cuyabi', que constiruelll a rede de postos mantidos pelo Govel'll o Feeleral; nesta data iniciamos entl\o a publica,1lo de todos os dados correspondentes a estes poslos c que chegall1 at6 ahara cle ser 01'­

ganizado 0 nosso serviyo dinrio de inforll1a,ues.

Os jOl'naes diarios da tarde publicum lim resnmo das obsel'va-90es meteorologicas, feitas 110S differentes postos qu e temos no in­terior do Estado, e bem assim as obser va,oes com pI etas do posto da Pmya da. Republica n'esta Cap ital.

Foram pu blicados durante a anna .os bol etills n.' 17 (observa-90es feitas em 1903); n.' 18 (Verno - Dezembro de 1905, Jan eiro e Feverciro de 1906); n.' 19 (Outomno - Maryo, Abril e Maio de 190 6) en.' 20 (In verno - Jnnbo, Julbo e Agosto de 1906).

Os boletins 11." 18, 19 e 20 VOlll acompanhaelos de mappas do Estado em cscala de 1: 3.000.000 anele .cham-se repl'esentadas as Ctll'vas isothermicas e isobal'as, 0 estado do ceo) di l'ecqao e fOTya do venta, nas localidades. que dispiiem de postas, e representada pOl' meio de convell,oes a qllantidade de chuva cubida cm toelo a Estado.

Page 28: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

23

Brevemente seri, dado it publicidad e 0 boletim n.· 21 cnjos di-

7.8res Sao em portnguez e inglez alim de se facilitar no extrangeil'o o conhecimento do nosso h·abalho.

--0 --

Geologia e Mineralogia Foi organizado 0 musell de geologia e minerniogia, onele so

aeham perfeitamente installadas e catalogadas 571 amostras de mi­neraes e 1855 de l'oebns.

I~ntre as collccyoes mais recentes snli clltam-se as seguintes : uma serie cOlUpleta de rochas do Rio Tiet6 e Alto Parau!" e de gres prOYcn..ielltc da ~OJla cxplorada nos rios Foio c Poixe 0 uma serie de 3mostras de 1'00has ernptivas do rio J uqueryquel'c C S. Sebastiao.

No laboratorio cffcctuul'am-se, como do costume, Olu itas analyses chimicas, pa ra dctermina~ao de mineraes e l'ochas, pertencentes a particuiul'os, qu e requisitaram .informac;ues a respcito dus mesmas, sendo os cstudos m"i '; importantes os qu e dizem respeito It deter­mina(;ao de C31'Vi'iO de pedra, schistos betulllin os(l s, calcareos de Pi­meieaba C oehre de Batatnes.

o Snl'. Dr. Eugenio Hassak com a collabora yao do .Eng.o Gui lherme Florence conduiu duumto 0 a n llO os seguintos tl'abalhos. 1.0 Sobre as Zcoli thos de Mogy-GlIassu S. Paulo e a occlIl'l'encia de cobre na.­tivo nos diabases do Botueatu. 2.· Sobre dois nOvOS mi neraes, Hy­drophosphatos do alumin •. Baryta e StrOlJtio. 3.· Sobl'e as jazidas diamantifol" s do Norte de S. Panlo e do 'l'l'iangulo Mineiro.

--0--

Carta Geologica Tendo app.reeido nos ultimos annos no municipi o de It'pecel'iea

min el':::l es que despertnram 0 interesse da. Commissao, ficou delibel'ado que se proccdesse a estudos geologicos em a referida regiao, trabalhos estes qn o fOl'flm executados no anno passndo, comhinando-se com elles 0 levant.meuto da planta geologica.

11 zona estudflcia fi ca demarcada a N. peJa ostmdn de S. Awaro

Page 29: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

21

a ltapecerica, a W. pela estrada de ltapecerica a Itatuba; d'abi segue a linha demuJ'cadora pol o m OlTO do Chiqueiro, acompanha a esh'ada

de S. Lourenyo at6 0 ri o Juquia, que marca 0 extremo suI cia zona,

volve para N. E. em dirccyiio ao bairro dos Parelheiros, cujn estrada a S. Amaro foeha 0 pcrimetro. Xo intuito de Ligar a zona assim demarcada com a plant" geologica levantada na folba de a undiahy, foj estudada a faxa com pl'ehendida entre S. 1"1.l11a1'o corio Ti cte, limitacla a ,V. pelo Gual'apiranga.

Silo tres ciifferentos formayoes que cobrem a zona estuciacia, a sabol':

I. .A aUuYla,o, Lilllitada [IS ITHlrgens dos d os M. Boy-Guassu, M. Boy-mirilll, Rio Graude e Tioto, canstituida por camadas de areias e de O:1l'gil la, com cu.madas de cascalho. Os terrenos d'allu.viao ;lChalll~se

frcqu8ntcmcnte cober-toB pOl' Ullla camad a superficial de tU l' fa.

n. 0 terrcna terciario, que so aprcscnta elll forma de chao argi lloso e fe rrugiuosoJ de cor vennel ha , C(JIllO 0 '"emos nos ar reoores da Capital. Cob I'D 8m nossa planta. peqllena area, l inlita-sc apcllas (IS visinh,-~n\~a~ de S. P aulo c de S. Amaro.

Ill. A formaQao dos schistos cry~talli!los. )'oprescntacia:

(~ polo puyllite. b) pelo mi cascilisto.

a) Os phyllites cobrem "pcnas peg uen" extensiio, proxImo it

margem cli l'cita do T~et6) ~ntre 'lufi tlga C a Estrada Grande dos Boiadoiros. Estes scbi stos sao fo rternente lnclinados, tOm em geml a dirccyil o de L. para ,V. 0 mergulham para. 0 i\ .

b) Os mi casch.istos cob rem a ma-iol' parte cia area estud:lda. Profundamclltc ciccomposto::;, des,lggTcgam-se facilmentc e pl'odw:om um cha.1) art~; illoso venl1clh o" Como us phy llites\ silo fortomotl tu ill­cJjnaclos; dirigidos em geml de X j~ . a S 'Y .. mCl'glllllam para :\. ,,".

Entro os mill eraes accessol'j os do micascili st()s predomina n tl.l J' ­

mali n". Em muitas localidades notamos pela addi91io de [oldspatlto aDs componcntes do lll icasch isto ,\ tl'fllJs.i(;ao de micnschisto I.l vcrda­doil'o gne.iss. Tanto 0 micascu.istO como 0 gneiss acham-so profull­dam8nte injectados pOl' granito pegmati tjco.

Este g rllnito pcgmatitico e it l'oeil" matriz de differen tes mine­raes lu teressfl ntes. Ora apl'cscnta so com grit fina, orn seus com po­nentes assumem dimensoes cOllsjderave.is. As jazidas do mal acacheta -- Ul11a das prinoipaes 6 a do JUqUi11, perto da ponte cia estrada de

Page 30: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

25

S. Loul'cuyO sobre este !'lO, expl orado dnranle algnm tempo -acham-se em um granito, cujos compOllentes attillgem dimensoes ex­traord inarins.

Nos cOl'l'egos, que descem da serra do Taquaxiara e desaguam no M. Boy-mirim, loi achado ch rysobcryllio, tambem proveniente do granito pegmatitico.

Foi em lim viveiro de quartr.o pegmatitico, em terreno de Pedro Fischel', proximo ao ribejrao Taquax:i al'a: que se achon 0 colum bite, tan talolJi obato de felTo.

~Iu itos cOl'regos que ban ham esta formayi'io contem, a16m de tul'lll aJin a abulJdante. mOlJazita, qu e, apresentand o-se em forma de cl'ystaes majores, prov6m do gl'anito pegmatitico. A's ve~es associa-se a elle a xenoti ma em forma de octaedro, au, mcnos frequeute, de pl'isma.

Especial attenQao merece a occnrrenda de cassiterite, doscobel'to ha alguns allnos porto de Baliia. Verificou -se sua existellcia em mais um a loca lidade, em ten 'as de Qui ri no Peroira 0 de seu visinho Po­linaria, perto de Antonio Ficoll . As mattas e capoeiras difficultam extmoJ'dioariameote os trabalh os de pesquiza . Aos morad ol'es do logar, i ustntidos sobre 0 valor deste milleri o de estanho, l'eCommell­dou-se qlle pl'osegwssem em sua proew'a.

Exa n1 inaram-se as antigas excavayoes porto de LavTas e vel'ui­co u-so quo a pOllca continuidade e peqnena possan):a dos veieiros de quartzo uLll'jfero detel'm inarulll 0 sou abanciol1o. Uma amosh'a do qllaJ'tr.o de um veiairo de poucos centimetr~s de grossura pJ'odu ziu 13,3 gra mmas de Duro pOl' tonelada.

Rochas eruptivas

Predomina entr~ as 1'ochas erllptiV:1S 0 granito. Vemos nn plnnt..'l. geologica a zona do micaschisto interroll1 pida pOl' numel'OSOS massiyos de grallito. E' de gra Tcgular, seu feldspatho abulldante d,\-Ihe a cor branea; a mica 6 escura (biotite).

De oll tras rochas el'uptivas meneionamos urn di que de Kersall­tite1 perto da ponte do Guapil'anga1 oa ostmda de S. Amaro a j t.:'1-peccrica, e UIll dique de Tocha basaltica 0 " estl'ada de Yal'ginha a S. LOll1'0000, perto do ribei rao da Bal' ra.

-0--

Page 31: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

26

Os trabalhos de levantamento da planta das fOl'lnaQoes sedimen­tarias foram atacados nos arredores du r,idade do Rio Claro, das es­taQues do Morro Grande, FelTaz e Cornmbatahy, Estrada de Ferro Paulista, e do Morro Grande. As formayiies represent.das nessa re­giao sao as seguhltes:

1.' 0 Carbon.i lero incluindo 0 Permiano e que cOllsiste em schistos roxos fragmentados alternando com calcareos siliciosos ro­

seos on pardacentos, e com gres, e que attinge mais ou menos (, ljnba hypsometrica de 650 metros.

Foi nessas forma9oes que se encoutraram restos fossilizados mais ou menos bell) conservados que as caractedzam. Nas vi­sinbauyas do kilometro 18 da Li uha Paulista, bitola estreita, foram obtidas llUlllOl'Osas amostras de um material bastan te rico em phos­phato de cal, mas que nenhum valor econolllico tern em consequen­cia da insignifjcan cia de sua possan ~:a. e extensao horizontal. 0 seu valor scientifico pOl:6m e consideravel, devjdo aD numel'O avuJtado de especimens de dentes de reptis, e amphibios (Labyrintlwdan) de pcixc e de escamas gauoides, nelle encontrados, al6m de frag­mentos basta ute bem conservados de Ichthya<!o,.ulithas ou l);qunnts nagcoi1 oes de u1n peixe cartilagiuoso.

II.' 0 Post- Carbonifero (1',-iassico) (') composto de uma passante serie de um gres vel'lllclho, que se eleva at6 as pontos mais altos, e em ql10 al6 hojc nao tem sido cncontmdo (assil -algum ,:n situ. Em S. Carlos do Pinhal foram vistos numa cal\,a da espe­cimens de um feto preservados nestes gros) mas cuja pl'occdcllcia nao () cOllhecida com pl'ccisao. Uma vez encontrado ma.ior llumcro de especim ens Das pedreiras d'aqu clla localidade, ter-se-a dado um passo

muito adjantado para deterrn.inar-sc com precisao a jdade geologica desses gres, conhecidos por gres de Botucatli.

Diabases de varios typos cortam, em forma de diques, Oll co­brem em forma de 1e11 yoe8) todas assas fOl'mayoes. Dessc modo 00111-plica-se muito 0 trabalho de discriminayuo no campo, poi s que de,-ido {\ sua profunda decomposiQao em terra roxa e subsequente misnu·J. com elementos dOl'ivados das roehas decompostas infra e superpostH_S) torna-se difficn mu.itas vezes averignar s i ella esta in situ, ou si 6 apenas 0 resultado de esboroamcl.ltos de um ponto mais alto.

Taes esboroameotos, alguns em grande escnin, forum observados depois das grandes ciluvas da passada esta9ao.

Page 32: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

COl1Vcn~oes

Itnpecerica

.Alluvi.dO

CJ

Croni1o -Rio Claro

OrC8 -E5

Escala 1: 500 000

S.Pawo· Lith. IIartmazm&Reidlenbach

Page 33: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

27

A distribui9ao dessos forma95es estll representada par areas co­loridas no mappa em elabora9aa, de modo a se toroar patente logo a pTimeira vista. 0"111 tal mappa te.m tambem a vautagom de indicar de um modo gera! a natureza dos solos que se padem esperar en­eootrar TIU S vUl'ias areas coloridas, pois que, devido a poderosa aC9ao dcsaggregadora das nossas agencias atmosphericas, a maior parte dessas roe-has se acham mais OLl menos pro£undamente decomposta, l'esultaudo d'abi lim solo silicoso, calcareo, argilloso ou de terra -roxa, ou mesmo com varias dessas qualidades reunidas) confoJ'me a rocha primitiva.

II I.' 0 Quaternario au Recente, composto dos terrenos de al­luviao , foi omittido pOl' COllStituil' mais propriameote ill11 elemento de interesse num ll1appa de solos hom como pel a sua insignificancia em extensao e impol'tancia geologica.

No lab oratorio fizeram-se grande numero de prepara900s de f6s­so is obtidas neSRa campanha, assim como de outros ja e;dstentes llas collecyofls da OOll1missao. Essas prepal'a90es cOllsistiralll na separa­\:ao dos especimens da rocha encaixantc, c cuidadoso ajustamcnto dos fragrnentos a que mllitos se achavam l'eduzidos, devido {\ fragmen­tn(.::\o da rocha matriz e tarnbem as con diQues de deposioao e fossi­lisayao. 0 trabalho de identificayao desses fosseis reseute-so da falta do littoratura paleontologica de que dispue esta Commissao assim CO"'O de material jii estudado com 0 qnal elles possam so ,' compa­mel os.

Os resultados a qne .cheganios em relayao a esses estudos cans­tituem assumpta para memorias separadas. pais que tal nao comporta urn trabalho tao redu;.~jdo como 0 presente.

--0--

Botanica Foram realizadas excursiies pelo Estado, com 0 tim de obter

plallbl8 e estudal' a uossa flora; organisoll-se 0 berbario que se acha conservado em caixas e baMs em numero de 103, distribuido da seguinte fo rma:

Page 34: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

28

8 caixas com cryptogam os. 14 » » monocotyledoneas. 42 » » dicotyledonaes. 19 » » dnplicatas definitivas . 12 , » plantas para compara\,ao. ,

2 » » plantas correspondentes (l, collccyao de Inacieil'as. 1 » » herbarium aualyticum.

1 » » » argentiuulll. 2 » » plantas regneUianas. 2 » » , russel i anas.

E mais 27 embrulhos, a saber: 3 embru lhos com plantas mineiras. 2 » » » everetianas.

22 » » » para comparay1l0. Eocontramos no escl'iptorio da secoao botanica mais : A) 00llecy1l0 de madeiras. B) Uma pcquena coUecyiio de C1pOS. 0) Uma collecyao de tubos de vidro, cOlltendo partes analy­

ticas (flores e frnctos) dos especimens do herbario. D) Uma coll009110 oarpologica OOlTospondonte aos ospooim8Us

do herbario. ObSerVllyUeS - 0 horbaria, a parte mais .impol'tante desbl. secyao,

acha-so dcvidamente rotlliado c cata logado. As SuaS classifica90es podem ser verificadas pelo respectivo ca­

taloga que termjna com 0 numero 6120 especies. Existe, porom, nas caixas e pacotes marcados para comparar nao pequeno numeI'O

de plant.:'ls qu e, sendo estudadas, entrarao definjiivamente no herba­rio original, quo assim ficara, consideravelmente augmont.'1.do.

Foi organizado 0 relatorio sobre os estudos effoctllados durante a campanha da turma do Rio Fejo; esto trabalho aeha-so publicado como annexo ao da mesma turma; ex.isto ainda material obtido nesta explol'a9ao para estudos futul'os.

o botanico desta Commissao fez mna \·jagem ao Rio do Pei"e no extremo serkio at6 0 Iogar onde so achava a turma oxploradol'a daquelle ri o, afjm de fazer um lig-eiro estudo na regiao e bem assim observflyocs compal'ativas sobro a. vegeta«tlo desta faxa do sedao com a do Rio Feio, chegando " conclusao de que ambas apresontalll grande semelban9a.

Page 35: TORJO - infraestruturameioambiente.sp.gov.br

29

o rio do Pei,e tern na sua visinhanca os campos chamados Campos Ci'ovos do Paranapanema situados nas cabeceiras dos a!flnen­tes do rio Paranapanema: pelo qne a sua f!Lxa syh'estre da margem esquerda nao 6 bl0 larga como a do rio FOio, que se estendc ate 0

Rio '£iot6, mas as essellcias sao as mesmas. Outra oXCli l'siio foi tambem ompl'ohendida ao littoral afim de

estud"r a vogetayao do valle do ri o Jllqueryqllel'e.

--0--

Eis em l'csumo 0 rolalorio dos trabalhos cxecutados por est. Com mi ssao durante 0 allDO p. passado.

o servi~o l11ais importante foj a explora~ao do rio do Pcixo at6 0 Pal'an{l concluiod o-se assim satisfllctoriamcnte a nossa incum­boncia. de desvcndal' aquella grande l'egiao 0 colho1' dad os para fa­zel-a figurar Pl'OCiS8monte nos uossos mappas. Assim tcnho a satis­fa~ao do remottor oomo annexo uma planta em osoa la do 1:1000.000 ropresentando todo 0 extromo serl>lo do Estado c contcnd o os h'a­balhos l'eaJi zados pelas nossas diffel'entes tul'lllas, a qual oonstitue 0

fl.'ucto cia inicjati va do Gm'orDo e da realizaliao desse grandi oso Olll ­

prohondirnento le"ado a effeito por csta Commissao.

Saudc 0 Fratcrnidadc. Joiio P. Cardoso,

Che(e da C{)lll1niS8ao.