12
Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO Faculdade de Medicina Universidade de Coimbra Medicina - 1.º ano Bioquímica I Seminário Orientado 9 Mariana Mina Mariana Pinto Mariana Loureiro Mariana Alves Mariana Belo Mariana Silva Mariana Lemos Marília Freixo Marina Santos

Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

  • Upload
    seanna

  • View
    70

  • Download
    2

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Seminário Orientado 9 Mariana Mina Mariana Pinto Mariana Loureiro Mariana Alves Mariana Belo Mariana Silva Mariana Lemos Marília Freixo Marina Santos. Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO. Faculdade de Medicina Universidade de Coimbra Medicina - 1.º ano - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do

MONÓXIDO DE

CARBONO

Faculdade de Medicina Universidade de Coimbra

Medicina - 1.º ano

Bioquímica I

Seminário Orientado 9

Mariana Mina

Mariana Pinto

Mariana Loureiro

Mariana Alves

Mariana Belo

Mariana Silva

Mariana Lemos

Marília Freixo

Marina Santos

Page 2: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

OBJECTIVOS

• Identificar os mecanismos bioquímicos/moleculares envolvidos

na toxicidade do monóxido de carbono

• Descrever sumariamente as repercussões clínicas da intoxicação

com o monóxido de carbono

• Descrever as fontes endógenas do monóxido de carbono

• Analisar o papel do monóxido de carbono na sinalização celular

• Fins terapêuticos

Page 3: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do monóxido de carbono

Mecanismos bioquímicos A hemoglobina é um tretâmero (dois pares de cadeias peptídicas ligadas por ligações

não covalentes)

Cada cadeia está ligada covalentemente a um grupo heme.

Pela reacção: Hb + O2 HbO2

A ligação do oxigénio à Hb é feita através do ião Fe2+ do grupo heme.

O oxigénio liga-se cooperativamente à Hb, havendo maior eficiência no transporte de O2.

MAS… A afinidade da hemoglobina ao CO é cerca de 240x

maior que para o O2.

Page 4: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Hb + CO HbCO (carboxihemoglobina) HbO2(aq) + CO (g) ⇄ HbCO (aq) + O2 (g)

O monóxido de carbono combina-se com a ferro-hemoglobina, bloqueando o transporte de oxigénio:

• Alteração da conformação da estrutura em tretâmero• Ligação reversível mas mais estável• Velocidade de dissociação 1500x mais lenta• Alteração da curva de dissociação para hipérbole (desvio para a esquerda)

• A histidina distal faz com que a ligação ao ferro tenha de ser angular e não linear dificulta a ligação de CO ao heme.• Ainda assim, pequenas quantidades de CO reduzem dramaticamente a capacidade de transporte de oxigénio. • A afinidade do CO para a mioglobina é ainda maior do que para a hemoglobina.• O cérebro e o coração são os órgãos mais afectados; Acarreta elevados riscos para o feto.

Toxicidade do monóxido de carbono

Mecanismos bioquímicos

Page 5: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do monóxido de carbono

SintomasConcentração

de CO no meio ambienteSaturação de

CO no sangue 

Sintomas

<0,0035% ou 35 ppm(fumo de tabaco)

0 - 10% Nenhum ou ligeira cefaleia

0,005%(50 ppm)

10 - 20%Cefaleia moderada,

Dispneia nos exercícios vigorosos

0,01%(100 ppm)

20 - 30%Cefaleia pulsante,

Dispneia com exercício moderado

0,02%(200 ppm)

30 - 40%Cefaleia severa,

irritabilidade, fadiga, redução da visão

0,03-0,05%(300-500 ppm)

40 - 50%Cefaleias, taquicardia,

Confusão, letargia, colapso

0,08-0,12%(800-1200 ppm)

50 - 70%Convulsões Intermitentes,

«Cheyne Stokes»,Depressão cardíaca e

respiratória, Coma

0,19%(1900 ppm) 70 - 80%

Respiração lenta, pulsofraco. Rapidamente fatal.

Page 6: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do monóxido de carbono

Fontes endógenas

Page 7: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do monóxido de carbono

Fontes endógenas

ISOENZIMASEnzimas que diferem entre si na sequência de aminoácidos, embora catalisem a mesma reacção.

Protecção das células da agressão

oxidativa do grupo heme

livre

Page 8: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Enzima heme oxigenase

grupo heme

NADPH

degrada

Reduzido com

Para libertar

Fe3+, CO e biliverdina

Toxicidade do monóxido de carbono

Fontes endógenas

Page 9: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Gerado na degradação de heme

Heme Oxigenase (HO)

Isoforma constitutiva HO-2

Formação de CO no trato gastrointestinal

SINALIZAÇÃO CELULAR:

MONÓXIDO DE

CARBONO

Presente nos neurónios entéricos

Trato gastrointestinalTrato gastrointestinal

músculo liso circular do intestino delgado

Modula uma corrente de K+ lenta

músculo liso vascular

activa um canal de K+ de alta condutância dependente de Ca2+

hiperpolariza e relaxa as células

CérebroCérebroDilatação de

artériasActiva os canais K+

Ca2+

Contribui para a regulação do

fluxo sanguíneo cerebral

Toxicidade do monóxido de carbono

Sinalização Celular

Page 10: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do monóxido de carbono

Fins terapêuticos

• O monóxido de carbono está presente naturalmente no organismo humano e tem propriedades vasodilatadoras e anti-inflamatórias, entre outras.

• As terapias com monóxido de carbono são tanto mais eficazes quanto mais directamente forem aplicadas nos tecidos.

Page 11: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Esclerose Múltipla

Toxicidade do monóxido de carbono

Fins terapêuticos

A modulação dessa proteína ou a exposição a CO (a níveis moderados) poderão ser usadas de forma terapêutica no combate à esclerose múltipla, e no tratamento de outras doenças auto-imunes.

O CO evita o desenvolvimento de esclerose múltipla.

Os mecanismos de protecção que previnem lesões de tecidos podem ser usados para travar o desenvolvimento desta doença.

As células que expressam o gene heme-oxygenase-1, que codifica uma proteína produtora de CO, estão protegidas contra lesões provocadas pelo sistema imunitário.

Um estudo demonstrou que a indução farmacológica da proteína heme-oxygenase-1 ou a exposição a níveis baixos de CO por inalação pararam a progressão da esclerose múltipla em ratinhos.

Page 12: Toxicidade do MONÓXIDO DE CARBONO

Toxicidade do monóxido de carbono

Bibliografiao http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16567227?ordinalpos=1&itool=PPMCLayout.PPMCAppController.PPMCArticlePage.PPMCPubmedRA&linkposo http://www.en.wikipedia.org/wiki/Carbon_monoxideohttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10711042?ordinalpos=1&itool=PPMCLayout.PPMCAppController.PPMCArticlePage.PPMCPubmedRA&linkposo http://www.actamedicaportuguesa.com/pdf/2009-22/4/323-334.pdfo http://www.biocristalografia.df.ibilce.unesp.br/xtal/texto_hb.phpo http://www.ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIX.gas.htmo http://www.coladaweb.com/quimica/quimica-ambiental/a-toxicidade-do-monoxido-de-carbono#o http://www.br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061019051144AAvadgGo http://bionline.blogspot.com/2006/02/tratamento-de-doenas-atravs-de-monxido.htmlo http://www.tdtonline.org/viewtopic.php?f=27&t=879ohttp://preview.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19691819?itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum&ordinalpos=15http://preview.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19691819?itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum&ordinalposohttp://preview.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19401990?itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum&ordinalpos=46ohttp://preview.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19416624?itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum&ordinalpos=44ohttp://preview.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19615844?itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.Pubmed_RVDocSum&ordinalpos=23o http://users.med.up.pt/ruifonte/PDFs/2008-2009/2G12_heme_bilirrubina.pdfo http://b200.nce.ufrj.br/~revista/artigos/v1n1/artigo06_v1n1.pdfo http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17198384ohttp://209.85.229.132/search?q=cache:5sYRrqewEBEJ:nebm.ist.utl.pt/repositorio/download/620/18+diversos+%C3%B3rg%C3%A3os,+incluindo+o+f%C3%ADgado,+eo+rim,+o+c%C3%A9rebro+e+linf%C3%B3citos,+as+quais+desempenham+um+papel+fundamental+na+destoxifica%C3%A7%C3%A3o&cd=1&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pto http://www.linde-gas.com.br/international/web/lg/br/likelgbr.nsf/repositorybyalias/pdf_msds_c/$file/Carbon%20Monoxide.pdfo http://www.geocities.com/jorgereis1/monoxcarbon.htmlo http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-02022007-123501/o http://www.unifesp.br/dneuro/nexp/riboflavina.d.htmo http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2707118/o http://emedicine.medscape.com/article/819987-overview

o EALICK, Steven et al. Crystal Structure and Mechanism of Tryptophan 2,3-Dioxygenase, a Heme Enzyme Involved in Tryptophan Catabolism and in Quinolinate Biosynthesis, Biochemistry 2007, consultado a 28 de Outubro de 2009o STRYER, L: Bioquímica, 4ª edição, editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 1996