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Produção da industria química
Estamos cercados por substâncias químicas11 milhões de substâncias químicas catalogadas no CAS80.000 usadas quotidianamenteSlogan comemorativo do 75 aniversário da Associação Americana de Química foi:
“Chemistry, key to better living”Assim…Fibras sintéticas para vestuárioAlimentos – fertlizantes e pesticidasEmbalagens plásticasVeículos componentes sintéticosCombustíveis orgânicosNo trabalho, vários produtos sintéticos
Interação químico-biológico
Por outro lado….Informações toxicológicas 7.000
Incorporamos outras 1.000 a cada ano
Intoxicações vem ganhando mais espaço dentro das
estruturas da saúde pública
São apenas uma fração do problema
Efeitos crônicos
Efeitos reprodutivos
Efeitos imunológicos
Efeitos teratogênicos
Efeitos genotóxicos
Efeitos carcinogênicos
Uso de agrotóxicos no Brasil e no Mundo
Vendas de agrotóxicos no Brasil, 1992-2004.
R2 = 0,7401
-
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
4.500.000
5.000.000
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
ANO
US
$ x
1.00
0
US$ 4,5 bilhões
Uso de agrotóxicos no Brasil e no Mundo
Levando-se em conta apenas o volume de vendas, o Brasil é hoje o 4° cosumidor mundial de agrotóxicos. 1° na América Latina, onde responde por 50% do consumo
Consumo mundial de defensivos agrícolas - kg/ha
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
Holand
a
Belgica Itália
Grécia
Aleman
ha
Franç
aRein
o Unid
o
Brasil
Luxe
mbu
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Espan
haDina
mar
ca
Irlan
da
Portu
gal
Países
Qui
los
kg/há
Agrotóxicos: efeitos sobre a saúde humana
•Intoxicações agudas no mundo e no Brasil
•OMS: 3 milhões de intoxicações a cada ano
•2/3 intencionais (suicídios e homicídios)
•1/3 não intencionais (70% ocupacionais)
•220.000 mortes
• Limitações: somente casos mais severos e com acesso a rede hospitalar
Folha do Amapá (folhadoamapa.com.br) 24/11/03 | 22:14Dos 42 milhões de casos de Aids no mundo, 30 milhões estão concentrados na áfrica. Os números não param de crescer e a situação no continente é um exemplo para o resto do mundo do que acontece quando o controle da doençaa não é priorizado pelos governos.
Agrotóxicos: efeitos sobre a saúde humana
•Intoxicações agudas no mundo e no Brasil
•Estudos epidemiológicos
•Agricultores de países em desenvolvimento
•Ásia, América Central, América do Sul
•Incidência anual de intoxicação: 3 a 10%
•Considerando-se 840 milhões de trabalhadores agrícolas
•Aplicando-se a menor incidência, 3%, estima-se cerca de 25 milhões de intoxicações anuais, decorrentes da exposição a agrotóxicos
Inseticidas são neurotóxicos!
Organoclorados
Piretróides
Retardam o fechamento de canais de Na+
OrganofosforadosCarbamatos
Inibem a enzima de degradação da acetilcolina
Neonicotinóides
Agonistas nAChR
• aspectos toxicológicos : ação sobre o sistema nervoso central em casos agudos.
• Estimulante das enzimas microssomais hepáticas em casos crônicos
• Armazenamento em tecidos adiposos e compostos altamente cumulativos.
ORGANOCLORADOS QUADRO CLÍNICO• Convulsões são as manifestações mais importantes
• Cefaléia persistente, contrações musculares, tremores, convulsões. Parestesias ( língua, lábio, face e mãos), perturbações no equilíbrio. Perda do apetite, mal-estar geral. Hepatomegalia, lesões hepáticas e renais. Pneumonite química.
ORGANOFOSFORADOS e CARBAMATOS:
• Usos: inseticidas e acaridas
• Vias de absorção: oral, respiratória e dérmica.
• Aspectos toxicológicos: inibidores da colinesterase .
• Seis subclasses: fosfatos, fosfonatos, fosforotioatos, fosforoditioatos,
ORGANOFOSFORADOS
QUADRO CLÍNICO
Manifestações muscarínicas:
• broncoespasmo, dificuldade respiratória, aumento de
secreção brônquica, cianose, edema pulmonar
• falta de apetite, náuseas, vômitos, cólicas abdominais,
diarréia, incontinência fecal
• suor excessivo, salivação, lacrimejamento
• pupilas contraídas (miose), visão borrada
• incontinência urinária
• bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos)
SLUDG
ORGANOFOSFORADOS
QUADRO CLÍNICO
Manifestações nicotínicas:• fasciculações musculares (pequenas contrações musculares), câimbras, fraqueza, ausência de reflexos, paralisia muscular;• hipertensão, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), palidez, pupilas dilatadas.
Manifestações do Sistema Nervoso Central:• inquietação, dor de cabeça, tremores, confusão, marcha incoordenada (ataxia), coma, convulsões, depressão do centro respiratório.
AGENTE QUÍMICO
noARÁGUAALIMENTOS
VIAS DE INTRODUÇÃO
FASE DE EXPOSIÇÃO AVALIAÇÃO AMBIENTAL
FASE TOXICOCINÉTICA
FASE TOXICODINÁMICA
FASE CLÍNICA
AVALIAÇÃO BIOLÓGICA
VIGILÂNCIA DA SAÚDE
ABSORÇÃO
ELIMINAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
BIOTRANSFORMAÇÃO
LIGAÇÃO EM MOLÉCULASCRÍTICAS
LIGAÇÃO EM MOLÉCULASNÃO-CRÍTICAS
EFEITOS NÃO ADVERSOSEFEITOS ADVERSOS
LESÕES PRÉ-CLINICA
LESÕES CLINICA
FASES DA INTOXICAÇÃO
Estratégias de monitoramento
ocupacional de caráter preventivo
•Monitoramento Ambiental
•Monitoramento Biológico
Outras estaratégias
•Monitoramento pré-clinico
•Monitoramento clinico
MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL:
• Preferível
• Estabelecer limites de tolerância
• No Brasil: Portaria 3.214 (MT e Previ, 1978)
• NR15, anexo 11
• EUA: Threshold Limit Value (TLV), ACGIH
• Substâncias no ar;
• Valores medianos, trabalhadores susceptíveis
• Trabalhadores: adultos “saudáveis”
MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL:
•TLV-TWA (Time Weighted Average)
• Média ponderada pelo tempo; Para substâncias com
efeitos de médio e longo prazo. A exposição pode
ultrapassar a TLV por curto intervalo de tempo.
• TLV-STEL (Short Term Exposure Limit)
• Limite de exposição de curto prazo; Exposições de curto
prazo sem ocorrência de: 1) Irritação; 2) lesão tecidual e 3)
Narcose
• TLV-C (Ceiling)
• Teto; Substâncias de elevada toxicidade. Concentração não
pode ser ultrapassada
Monitorização Biológica
Atividade sistemática destinada a quantificar os níveis de
agentes químicos e/ou seus produtos de biotransformação,
ou ainda, alterações biológicas (bioquímica, fiosiológica,
morfológica) que ainda não tem relação com agravo a
saúde, em tecidos, fluidos, excreções, ar exalado, com o
objetivo de caracterizar os riscos a saúde decorrentes da
exposição a substâncias químicas
Indicadores biológicos de exposição (IBE)
Existem 3 categorias de IBE
•Indicadores biológicos de dose
interna
•Indicadores biológicos de efeito
•Indicadores biológicos de
susceptibilidade
Existem 3 categorias de IBE
•Indicadores biológicos de dose
interna
•Indicadores biológicos de efeito
•Indicadores biológicos de
susceptibilidade
Indicadores Biológicos de Dose Interna
Substância e/ou seus produtos de
biotransformação em fluidos (sangue),
excreções (urina, fezes), tecidos, outros
(ar exalado, cabelo). Ex.: Chumbo no
Sangue, Mercúrio na Urina, Benzeno no
Ar exalado, Ác. Fórmico na urina,
Chumbo em cabelo, Organoclorados em
leite materno
Indicadores Biológicos de Dose Interna – Exemplos
METAIS
•Arsênio (As) – arsênio na urina
•Cádmio (Cd) – cádmio na urina
•Cromo (Cr) – Cromo na urina
Indicadores Biológicos de Dose Interna – Exemplos
METAIS
•Mercúrio metálico (Hg0) – mercúrio na urina
•Mercúrio inorgânico (Hg2+) – mercúrio na urina
•Mercúrio orgânico (metilmercúrio MeHg) – mercúrio
no cabelo
Indicadores Biológicos de Efeito
Quantificação das alterações biológicas
(Bioquímicas, fisiológicas, morfológicas) produzidas
pela interação do agente químico com o organismo.
Ex.: Atividade da Acetilcolinesterase eritrocitária,
Atividade da Ácido Delta-Aminolevulínico
desidratase no sangue, níveis de ácido delta-
aminolevulínico na urina.
AnilinaBenzocaína
CloratosNitratos y nitritos
NitrofenolPlaguicidas como el propanil
Nitrito de sodio
Indicadores de Susceptibilidade
Diferenças (variabilidade) biológicas que confere à
diferentes populações habilidades distintas de
responder a exposições a agentes tóxicos. Ex.:
expressão de diferentes subtipos da enzima
paraoxonase, polimorfismos genéticos
Porque alguns individuos adoecem e outros não?
Indicadores de Susceptibilidade - exemplos
Polimorfismos gênicos
Enzimas de biotransformação polimórficas
Indicadores de Susceptibilidade - exemplos
Enzima paraoxonase – intoxicação por inseticidas
organofosforados
Monitoramento pré-clinico
•Biomarcadores de nefrotoxicidade•marcadores funcionais (por exemplo, creatinina sérica e b2 — microglobulina);
•proteínas de baixo ou alto peso molecular (por exemplo, albumina, transferina, globulina ligada ao retinol);
•marcadores de citotoxicidade (por exemplo, antígenos tubulares);
•enzimas urinárias (por exemplo, N-acetilglicosaminidade, b-galactosidade).
Monitoramento pré-clinico
•Biomarcadores de neurotoxicidade•Neurofisilogicos – condução nervosa, eletroencefalograma
•Neurocomportamentais – testes para funçoes motoras, cognitivas, humor e afeição
•Neuroquímicos – atividade de enzimas de metabolismo de neurotransmissores, níveis de neurotransmissores
Monitoramento pré-clinico
•Biomarcadores de genotoxicidade•micronucleo
•Aberrações cromossômicas
•Ensaio cometa
Testes para mutagênese
•Testes….ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS
Mais um ensaio in vitro de curta
duração
Detecta mutações estruturais
Cultura Linfócitos mamíferos
(roedores)
Cultura Linfócitos humanos
Testes para mutagênese
•Testes….MICRONÚCLEO
Teste in vivo
Eritrócitos policromático medula
óssea de camundongos (ratos
também)
Divisão celular (telófase)
Perda de fragmentos ou
cromossomos inteiros
Pequenos núcleos (micronúcleos)