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RECEBA NOSSOS BOLETINS Nome UF e-mail Enviar Brasil 25 de Outubro de 2013 INICIAL ESTADOS BRASIL MÍDIA MUNDO AMÉRICA LATINA CULTURA GERAL MOVIMENTOS ECONOMIA TV VERMELHO RÁDIO GERAL Tweet 1 0 A A A 25 DE OUTUBRO DE 2013 - 17H48 Trabalhadores são resgatados da escravidão em obra da Ambev em MG Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e agentes da Polícia Militar de Minas Gerais (PM) libertaram 21 trabalhadores da obra de construção de uma fábrica da produtora de bebidas Ambev em Uberlândia, município do sudoeste mineiro. A operação aconteceu na madrugada de 18 de outubro. Uma pessoa foi detida. Por Stefano Wrobleski, na Repórter Brasil Armas usadas para ameaçar vítimas/ Foto: MTE A fiscalização foi feita no alojamento onde os 21 pedreiros e serventes dormiam. Na mesma casa também estavam alojados dois superiores dos trabalhadores. Um deles chegou a ser preso pela PM por porte ilegal de armas, mas foi liberado depois de pagar fiança. De acordo com as vítimas, o homem detido e outro encarregado da obra os ameaçavam constantemente. O primeiro mantinha um revólver o tempo todo preso à sua cintura e o segundo usava uma faca para assustar os trabalhadores. Eles chegaram a agredir as vítimas com socos. Os trabalhadores foram aliciados por um funcionário da RRA, empresa terceirizada pela Marco Projetos e Construções, responsável pela obra. Eles vieram do Piauí, de Pernambuco e da Bahia há pouco mais de um mês, mas não tinham recebido nenhum salário. Segundo o procurador do trabalho Paulo Gonçalves Veloso, que acompanhou o resgate, havia restrição à “manifestação de vontade” dos trabalhadores. “Eles ficavam com receio de cobrar salário porque eram agredidos”, disse. Além de não receberem salário, as vítimas tiveram retidas suas carteiras de trabalho pela empresa. Os auditores fiscais do trabalho que participaram do resgate constataram que o alojamento estava em condições degradantes. Apontaram as péssimas condições de higiene e limpeza e falta de água potável. Além disso, a casa estava superlotada e algumas das vítimas tinham de dormir na cozinha, por falta de espaço. Excesso de jornada Segundo Amador Dias da Silva, um dos auditores que fez o resgate, os trabalhadores também alegaram excesso de jornada. Somente um deles tinha comprovante de ponto, que marcava uma jornada de mais de 13 horas diárias, das 7h30 às 21 horas. Diversos outros funcionários reportaram situação semelhante aos auditores, mas a denúncia não pôde ser comprovada porque a ação aconteceu somente no alojamento, que ficava fora da área da obra. Como a terceirização ocorreu na atividade-fim da construtora e devido às condições degradantes do alojamento, os procuradores do MPT consideraram que a contratação dos trabalhadores pela RRA foi ilícita com base na súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Por isso, o MPT propôs à Marco Projetos e Construções a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), mas a empresa se recusou. A RRA assumiu a responsabilidade pela situação dos trabalhadores, mas pagou as verbas rescisórias de “maneira irregular”, de acordo com o procurador do trabalho. PÁGINAS INDICADAS RELACIONADA A: Trabalho escravo, 17h29 Congresso aprova retrocesso no combate ao trabalho escravo 10h05 PEC do Trabalho Escravo vai começar a tramitar no Senado 10h26 São Paulo cria primeira comissão do país contra trabalho escravo Mais textos ÚLTIMAS: Anatel divulga medição da qualidade da banda larga fixa e móvel Família de João Goulart dá detalhes sobre exumação de corpo SP: Praça e memorial são inaugurados em homenagem a Herzog Rio: manifestantes protestam contra 'monopólio da Rede Globo' Argentinos vão às urnas neste domingo para renovar parlamento Echelon e NSA: tentação ou estratégia? Mais notícias CONTATO QUEM SOMOS TODAS AS NOTÍCIAS Buscar Pesquisa Gosto 0 Trabalhadores são resgatados da escravidão em obra da Ambev em MG -... http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=227810&id_secao=10 1 de 2 2013-10-25 23:10

Trabalhadores são resgatados da escravidão em obra da Ambev em MG - Portal Vermelho

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AAA25 DE OUTUBRO DE 2013 - 17H48

Trabalhadores são resgatados da escravidão em obra daAmbev em MGAuditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), procuradores do Ministério Público do Trabalho(MPT) e agentes da Polícia Militar de Minas Gerais (PM) libertaram 21 trabalhadores da obra de construção deuma fábrica da produtora de bebidas Ambev em Uberlândia, município do sudoeste mineiro. A operaçãoaconteceu na madrugada de 18 de outubro. Uma pessoa foi detida.

Por Stefano Wrobleski, na Repórter Brasil

Armas usadas para ameaçar vítimas/ Foto: MTE

A fiscalização foi feita no alojamento onde os 21 pedreiros e serventes dormiam. Na mesma casa tambémestavam alojados dois superiores dos trabalhadores. Um deles chegou a ser preso pela PM por porte ilegal dearmas, mas foi liberado depois de pagar fiança. De acordo com as vítimas, o homem detido e outro encarregadoda obra os ameaçavam constantemente. O primeiro mantinha um revólver o tempo todo preso à sua cintura e osegundo usava uma faca para assustar os trabalhadores. Eles chegaram a agredir as vítimas com socos.

Os trabalhadores foram aliciados por um funcionário da RRA, empresa terceirizada pela Marco Projetos eConstruções, responsável pela obra. Eles vieram do Piauí, de Pernambuco e da Bahia há pouco mais de ummês, mas não tinham recebido nenhum salário. Segundo o procurador do trabalho Paulo Gonçalves Veloso, queacompanhou o resgate, havia restrição à “manifestação de vontade” dos trabalhadores. “Eles ficavam comreceio de cobrar salário porque eram agredidos”, disse. Além de não receberem salário, as vítimas tiveramretidas suas carteiras de trabalho pela empresa.

Os auditores fiscais do trabalho que participaram do resgate constataram que o alojamento estava em condiçõesdegradantes. Apontaram as péssimas condições de higiene e limpeza e falta de água potável. Além disso, a casaestava superlotada e algumas das vítimas tinham de dormir na cozinha, por falta de espaço.

Excesso de jornada

Segundo Amador Dias da Silva, um dos auditores que fez o resgate, os trabalhadores também alegaram excessode jornada. Somente um deles tinha comprovante de ponto, que marcava uma jornada de mais de 13 horasdiárias, das 7h30 às 21 horas. Diversos outros funcionários reportaram situação semelhante aos auditores, masa denúncia não pôde ser comprovada porque a ação aconteceu somente no alojamento, que ficava fora da áreada obra.

Como a terceirização ocorreu na atividade-fim da construtora e devido às condições degradantes do alojamento,os procuradores do MPT consideraram que a contratação dos trabalhadores pela RRA foi ilícita com base nasúmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Por isso, o MPT propôs à Marco Projetos e Construçõesa assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), mas a empresa se recusou. A RRA assumiu aresponsabilidade pela situação dos trabalhadores, mas pagou as verbas rescisórias de “maneira irregular”, deacordo com o procurador do trabalho.

PÁGINAS INDICADASRELACIONADA A:

Trabalho escravo,

17h29 Congresso aprovaretrocesso no combate aotrabalho escravo

10h05 PEC do TrabalhoEscravo vai começar atramitar no Senado

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Trabalhadores são resgatados da escravidão em obra da Ambev em MG -... http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=227810&id_secao=10

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Em nota, a Ambev declarou que deve acionar judicialmente a Marco “por descumprimento das obrigaçõesassumidas em contrato, especialmente aquelas relativas às condições de trabalho de seus empregados”. Já aconstrutora afirmou, também em nota, que a empresa ou seus representantes não tiveram qualquer participaçãono incidente.

Em seu site, a Ambev diz ser a maior indústria de bebidas do mundo. No Brasil, é dona de marcas como Brahma,Antarctica e Skol, entre outras, responsáveis, juntas, por 70% do mercado de cervejas. Quando pronta, a fábricade Uberlândia será a quarta da empresa em Minas Gerais.

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