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Referencia bibliográfica:MESQUITA, A. P. OS DOIS SENTIDOS DE OUSIA EM ARISTÓTELES, AGORA Papeles de Filosofía Lisboa – Portugal, 2008, Vol. 27, nº 2 pp. 89-99.FRAILE, G. Historia de la filosofia I, Madrid. BAC, 1990 pp. 467.
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UFF
Gabriel Justo
Trabalho de Medieval I
A Substância em Aristóteles
Para introduzirmos o assunto primeiro precisamos delimitar o conceito de
substancia em Aristóteles. Para Aristóteles, a ‘substancia’ significa, em sentido
próprio, o sujeito último de todo predicável. Por outro lado, Aristóteles também aplica
esta expressão à categoria de substancia, ou seja, a ordem categoria em que se
incluem os predicados essenciais das coisas, dentro de toda essa compreensão
Aristóteles assume a posição que a substância é o suporte da matéria e é nela em
que age as quatro causas atribuídas a metafísica.
Para se entender o princípio de predicação, precisamos revisar o conceito das
categorias Aristotélicas. “A doutrina das categorias constitui uma aplicação de seu
conceito analógico do ser, assim categoria significa um predicado que se atribui ao
sujeito. Em Aristóteles as categorias possuem duplo sentido, lógico e ontológico,
onde primeiramente buscam classificar conceitos e o valor ontológico em uma
catalogação dos modos reais e particulares.” (Fraile, G. Historia de la filosofia I)
Usando o fichamento acima da obra de Fraile para denominar as categorias
continuemos, nesta medida entendemos que a substância coo ordem categorial
determinada engloba um certo tipo de predicados, que vão por vez se predicando da
substancia que é tomada por sujeito último, supracitado como arcabouço da matéria,
porém é justamente isso que lhe confere a primazia, sendo ela uma das categorias e
sendo as categorias a predicação do sujeito último, a substancia é a categoria que
engloba os predicado que predicam aquilo que em si mesmo é.
Deste modo podemos entender a bipartição do conceito ‘substancia’ na obra
aristotélica, ora usado como sujeito último em que todas predicações das categorias
perpassam, ora para o uso da categoria particular que engloba os predicados
essenciais do sujeito último.
Vejamos de maneira tópica as categorias e acidentes listados por Aristóteles:
1. Qualidade; acidente que modifica intrinsecamente a substancia;
2. Quantidade; acidente que decorre a partir da sensibilidade da matéria
que consiste essencialmente na divisibilidade da mesma;
3. Relação; acidente que pode acontecer entre predicados e de maneira
transcendental;
4. Lugar; sistema de relação entre corpos tomados por referencia;
5. Posição; acidente que designa as partes em um lugar;
6. Tempo; medida de movimento segundo agora e porvir;
7. Posse; exercício da posse do objeto;
8. Ação; operação ou ato;
9. Paixão; correlato a ação.
Desta maneira toma Aristóteles a base para a fundamentação da lógica e de seus
silogismos.
Referencia bibliográfica:
MESQUITA, A. P. OS DOIS SENTIDOS DE OUSIA EM ARISTÓTELES, AGORA
Papeles de Filosofía Lisboa – Portugal, 2008, Vol. 27, nº 2 pp. 89-99.
FRAILE, G. Historia de la filosofia I, Madrid. BAC, 1990 pp. 467.