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UFF Gabriel Justo Trabalho de Medieval I A Substância em Aristóteles Para introduzirmos o assunto primeiro precisamos delimitar o conceito de substancia em Aristóteles. Para Aristóteles, a ‘substancia’ significa, em sentido próprio, o sujeito último de todo predicável. Por outro lado, Aristóteles também aplica esta expressão à categoria de substancia, ou seja, a ordem categoria em que se incluem os predicados essenciais das coisas, dentro de toda essa compreensão Aristóteles assume a posição que a substância é o suporte da matéria e é nela em que age as quatro causas atribuídas a metafísica. Para se entender o princípio de predicação, precisamos revisar o conceito das categorias Aristotélicas. “A doutrina das categorias constitui uma aplicação de seu conceito analógico do ser, assim categoria significa um predicado que se atribui ao sujeito. Em Aristóteles as categorias possuem duplo sentido, lógico e ontológico, onde primeiramente buscam classificar conceitos e o valor ontológico em uma catalogação dos modos reais e particulares. (Fraile, G. Historia de la filosofia I)

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Referencia bibliográfica:MESQUITA, A. P. OS DOIS SENTIDOS DE OUSIA EM ARISTÓTELES, AGORA Papeles de Filosofía Lisboa – Portugal, 2008, Vol. 27, nº 2 pp. 89-99.FRAILE, G. Historia de la filosofia I, Madrid. BAC, 1990 pp. 467.

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Page 1: Trabalho

UFF

Gabriel Justo

Trabalho de Medieval I

A Substância em Aristóteles

Para introduzirmos o assunto primeiro precisamos delimitar o conceito de

substancia em Aristóteles. Para Aristóteles, a ‘substancia’ significa, em sentido

próprio, o sujeito último de todo predicável. Por outro lado, Aristóteles também aplica

esta expressão à categoria de substancia, ou seja, a ordem categoria em que se

incluem os predicados essenciais das coisas, dentro de toda essa compreensão

Aristóteles assume a posição que a substância é o suporte da matéria e é nela em

que age as quatro causas atribuídas a metafísica.

Para se entender o princípio de predicação, precisamos revisar o conceito das

categorias Aristotélicas. “A doutrina das categorias constitui uma aplicação de seu

conceito analógico do ser, assim categoria significa um predicado que se atribui ao

sujeito. Em Aristóteles as categorias possuem duplo sentido, lógico e ontológico,

onde primeiramente buscam classificar conceitos e o valor ontológico em uma

catalogação dos modos reais e particulares.” (Fraile, G. Historia de la filosofia I)

Usando o fichamento acima da obra de Fraile para denominar as categorias

continuemos, nesta medida entendemos que a substância coo ordem categorial

determinada engloba um certo tipo de predicados, que vão por vez se predicando da

substancia que é tomada por sujeito último, supracitado como arcabouço da matéria,

porém é justamente isso que lhe confere a primazia, sendo ela uma das categorias e

sendo as categorias a predicação do sujeito último, a substancia é a categoria que

engloba os predicado que predicam aquilo que em si mesmo é.

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Deste modo podemos entender a bipartição do conceito ‘substancia’ na obra

aristotélica, ora usado como sujeito último em que todas predicações das categorias

perpassam, ora para o uso da categoria particular que engloba os predicados

essenciais do sujeito último.

Vejamos de maneira tópica as categorias e acidentes listados por Aristóteles:

1. Qualidade; acidente que modifica intrinsecamente a substancia;

2. Quantidade; acidente que decorre a partir da sensibilidade da matéria

que consiste essencialmente na divisibilidade da mesma;

3. Relação; acidente que pode acontecer entre predicados e de maneira

transcendental;

4. Lugar; sistema de relação entre corpos tomados por referencia;

5. Posição; acidente que designa as partes em um lugar;

6. Tempo; medida de movimento segundo agora e porvir;

7. Posse; exercício da posse do objeto;

8. Ação; operação ou ato;

9. Paixão; correlato a ação.

Desta maneira toma Aristóteles a base para a fundamentação da lógica e de seus

silogismos.

Referencia bibliográfica:

MESQUITA, A. P. OS DOIS SENTIDOS DE OUSIA EM ARISTÓTELES, AGORA

Papeles de Filosofía Lisboa – Portugal, 2008, Vol. 27, nº 2 pp. 89-99.

FRAILE, G. Historia de la filosofia I, Madrid. BAC, 1990 pp. 467.