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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE DIREITO PROCESSUAL PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU REVISTANDO OS ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO TRABALHO FINAL: TENDÊNCIAS ATUAIS DO DIREITO ADMINISTRATIVO (DES 5814) 1º SEMESTRE DE 2013 Aluno: ANDRÉ PETZHOLD DIAS N.º USP 3124122 Professores responsáveis Prof. ª Maria Sylvia Zanella Di Pietro Prof. Fernando Dias Menezes Almeida

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FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SO PAULODEPARTAMENTO DE DIREITO PROCESSUAL PS-GRADUAO STRICTO SENSUREVISTANDO OS ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVOTRABALHOFINAL: TENDNCIASATUAISDODIREITOADMINISTRATIVO (DES 5814 1! SEMESTRE DE "#1$ A%&'(: ANDR) PET*HOLD DIAS N+! USP $1"41""P,(-.//(,./ ,./0('/12.3/P,(-+ 4 M5,35 S6%235 *5'.%%5 D3 P3.7,(P,(-+ F.,'5'8( D35/ M.'.9./ A%:.385Sumrio1- Proposta de estudo.................................................................................................................. 22- Ato administrativo................................................................................................................... 33- Presuno de legitimidade e veracidade..................................................................................53.1- Proteo da boa f do particular e do servidor p!blico......................................................53.2- Anlise da veracidade dos fatos em sede processual........................................................."3.3- #ip$teses de inaplicabilidade da presuno......................................................................%3.&- Presuno de veracidade no processo administrativo disciplinar......................................'3.5- (oncluso sobre a presuno de veracidade e legitimidade..............................................)&- Autoe*ecutoriedade...............................................................................................................1+&.1- (lausulas de reserva de ,urisdio...................................................................................11&.2- -feitos da autoe*ecutoriedade no processo.....................................................................12&.3- (oncluso sobre a autoe*ecutoriedade............................................................................135- .mperatividade...................................................................................................................... 1&"- (oncluso.............................................................................................................................. 1"/./0.123A4.A........................................................................................................................ 1%11- P,(0(/75 8. ./7&8( A busca por evoluocomum a todas as ci5ncias6 e nodiferente no estudodo direito. Por $bvio 7ue os conceitos clssicos do direito administrativo como interessep!blico e ato administrativo 8originados6 principalmente6 na ,urisprud5ncia do (onsel9ode-stadoda4rana1:evolu;rameseade7uaram/1?@6 2++"6 p. )-1+.2 A-m primeiro lugar6 releva notar o fato de 7ue o direito administrativo surgiu em pleno per;odo do -stado liberal6 em cu,o seio se desenvolveram os princ;pios do individualismo em todos os aspectos6 inclusive o ,ur;dico.B 8C. P.-D316 O Direito administrativo brasileiro ..., 2007, p. 2:3 /.>->/1?@6 2++56 p. &.4 A3A2E16 2+12.5 C. P.-D316 Direito Administrativo, 2++%6 p. 1'2.2Ciante dos 7uestionamentos formulados pela doutrina6 o presente trabal9o buscarevisitar os atributos do ato administrativo acima citados6 verificando se efetivamenteocorreu a evoluo proposta por parte da doutrina6 ou6 pelo menos6 afirmar 7ual foi aefetiva e*tenso dessa evoluo6 traFendo tal concluso a partir de conceitos atuais dodireito administrativo da atualidade.Para tanto6 o mtodo a ser utiliFado consiste em um breve estudo do conceito deato administrativo6 pois sem estuda-lo noposs;vel analisar suas 7ualidades. Superadoesse primeiromomentode definiode premissas6 analisa-se isoladamente as tr5simportantes caracter;sticas do ato administrativo 7ue vem sendo ob,eto de7uestionamento pela doutrina= presuno de legitimidade6 e*ecutoriedade eimperatividade. A anlise de cada um ser feita com vistas a definir de 7ue forma esses atributosso interpretados e aplicados atualmente6 faFendo essa anlise a partir de seusfundamentos e seus limites.Porfim6 serapresentadas;nteseconclusivadareleituraorapretendida6 comvistas a responder aos 7uestionamentos sobre aperman5ncia ouabandonode taisatributos pelo direito administrativo moderno6 bem como sobre seus atuais limites6 casopermaneam aplicveis. 3"- A7( 58:3'3/7,5732(@aria SGlvia Hanella di Pietro conceitua ato administrativo como Aa declaraodo-stado6 oude7uemorepresente6 7ueproduFefeitos ,ur;dicos imediatos6 comobservIncia da lei6 sob regime ,ur;dico de direito p!blico e su,eita a controle pelo poder,udicirioB".1 ato administrativo distingue-se do ato ,ur;dico em geral 8estudado pelo direitocivil: principalmenteemraFodaliberdadedoagente. Sim6 pois6 conceitua-seato,ur;dico do direito civil como manifestao de vontade sem conte!do negocial e 7uedetermina a produo de efeitos ,ur;dicos%. (omo sabido6 o conte!do do princ;pio dalegalidadediferente para o -stado e particulares. Ao -stado aplica-se o princ;pio dalegalidadeestrita. -mraFo disso6o entep!blicos$ podefaFer a7uilo 7ueodireitoe*pressamente prev56 , o particular pode faFer tudo a7uilo 7ue noproibido.A partir da noo de legalidade acima e*posta6poss;vel afirmar 7ue a vontadedo particularlivre em raFo da autonomia provada6 , a conduta do agente p!blico pautada pela vontade da lei'. -ssa diferenaum dos principais motivos para 7ue oresultado de cada conduta 8ato administrativo ou ato ,ur;dico civil: receba doordenamento ,ur;dico um tratamento distinto. Alm de decorrerem da vontade da lei6 os atos administrativos so praticadospara concretiFao do interesse p!blico. Por esses motivos so dotados de prerrogativaspr$prias6 7ue6 em regra6 no podem ser estendidas aos atos dos particulares6 dentre as7uais temos= a imperatividade6 a autoe*ecutoriedade e a presuno de legitimidade.Dais prerrogativas so inerentes < ideia de poder6 um dos elementos do -stado6semo7ual noseriaposs;vel faFervalerasupremaciadointeressep!blicosobreoparticular). Sendo assim6 negar integralmente esses atributos implica em negar o poderestatal implicando em retorno ao estado de natureFa1+6 o 7ue6 certamente no se mostracompat;vel com o ordenamento ,ur;dico vigente. (omo se v56 o poder do -stado no6 C. P.-D316 Direito Administrativo, 2++%6 p. 1'1.7 2A20.A>1J PA@P01>A 4.0#16 2++)6 p. 3+3.8 C. P.-D316 2++%6 p. 1'1.9 C. P.-D316 2++%6 p. 1'3.4limitaaliberdade6masagarante6 de modo7ueuma reduo muito severanopoderestatal no ampliar a liberdade do indiv;duo6 mas o apro*imar do estado de natureFaem 7ue e*iste apenas uma liberdade aparentem um cenrio de constante insegurana.3etomando o tema dos atributos do ato administrativo6 vale diFer 7ue o -stadono se vale sempre de suas prerrogativas6 mas apenas 7uando necessrio. Cemonstraodisso pode ser vista no fato de 7ue nem todos os atos administrativos seriam dotados6simultaneamente6 de todos os atributos acima mencionados11. Ceterminados atosadministrativos6 conformesevernodecorrer dotrabal9o6 por suas caracter;sticaspeculiares6 podem ser presumidos como leg;timos mas no imperativos ouautoe*ecut$rios. Sobreatosadministrativossemaimperatividade6 temosa7uelesdestinadosaconferir direitos 8licena6 autoriFao6 permisso e admisso:6 bem como os meramenteenunciativos8certidKes6 atestadosepareceres:12.A autoe*ecutoriedade6 aoseuturno6dei*ariadee*istirnoscasosem7uesee*igee*pressamenteemte*tonormativoainterveno do poder ,udicirio 8reserva de ,urisdio:. Por fim6 a presuno delegitimidade do ato administrativo e*pressamentee*pressamente desconsiderada noscasos de manifesta ilegalidade do ato6 permitindo ao agente p!blico subordinadodescumprir tal ordem de seu superior 9ierr7uico 8conforme se depreende do dispostono artigo 22 do ($digo Penal:.Sem pre,u;Fo de um e*ame mais aprofundado no desenvolvimento do presenteestudo6poss;vel afirmar nesse primeiro momento 7ue os atributos no so10 Se o 9omemto livre no estado de natureFa como se tem dito6 se eleo sen9or absoluto de sua pr$pria pessoa e de seus bens6 igual aos maiores e s!dito de ningum6 por 7ue renunciariaa sua liberdade6 a este imprio6 para su,eitar-se < dominao e ao controle de 7ual7uer outro poderL A respostaevidente= ainda 7ue no estado de natureFa ele ten9a tantos direitos6 o goFo delesmuito precrio e constantemente e*posto as palavras de 0u;s @anoel Pires6 eis o conte!do do atributo referido no t;tulodo presente item= AOuer e*pressar6 este atributo6 7ue os atos administrativos presumem-se praticados em conformidade com a lei 8por isto a PlegitimidadeP: e 7ue e*pressam arealidadesobreos fatos 7ue sodeclinados comoomotivodesuaedio8da; aPveracidadeP:13..mprescind;vel6 pois6 uma meno ao conceito de presuno. >a lio de2agliano e Pamplona6 presunouma operao mental pela 7ual6 partindo-se de umfatocon9ecidoc9ega-seaumfatodescon9ecido6 admitidocomoverdadeiro. -staspodemser classificadas como relativas 8juris tantum:6 por admitiremprova emcontrrio6 ou absolutas 8iure et de iure:1&.1s fatos con9ecidos a gerarem a presuno de legitimidade e de veracidade so=o procedimento e a formalidade 7ue precedem a sua edioJ ser e*presso da soberania6praticadacomautoridadedo-stadoeoconsentimentogeralJ asu,eioacontroleinternoJ e a observIncia ao princ;pio da legalidade. Alm disso6 essa presuno se faFnecessriaparagarantircumprimentoclere6 comvistasaoatendimentoaointeressep!blico15.Nale notar 7ue eventual 7uestionamento do conceito de interesse p!blico no apto a afastar todos os fatos 7ue atuam como ind;cio da presuno. .ndependentementeda reviso desse instituto6 outros fundamentos permanecem 8procedimento eformalidadeJ controle interno e su,eio < legalidade:. Ciante da constatao de 7ue uma reviso do conceito de interesse p!blico noabala todos os fundamentos da presuno6 imperioso concluir por sua perman5ncia noordenamento vigente. Nerifi7ue-se6 ento6 como deve ser aplicada 9o,e a presuno emtela.13 P.3-S6 2++"6 p. 31'.14 2A20.A>1J PA@P01>A 4.0#16 2++)6 p. &3&.15 C. P.-D316 2++%6 p. 1'3.7$+1- P,(7.;&%5, . 8( /.,238(, 0A?%3>((edio 7ue a origem de diversos 7uestionamentos tem como ob,etivo a proteode direitos fundamentais. (ontudo6 a7ueles 7ue 7uestionam o atributo ignoram um fatode grande relevIncia= os atributos do ato administrativo tambm atuam para proteger oindiv;duo. Sim6 pois o princ;pio da boa-f ob,etiva faF com se,am mantidos efeitos deatos administrativos anulados6 conferindo proteo 4.@6 2+136 p. 11.10praticado6 o controle acaba por perder sua funo6 ou6 no m;nimo6 se tornae*cessivamente frgil. >o por outro motivo 7ue o artigo 113 da lei '"""S)3 dispKe= Art. 113. 1controle das despesas decorrentes dos contratos e demaisinstrumentos regidos por esta 0ei ser feito pelo Dribunal de (ontascompetente6 na forma da legislao pertinente6 ficando os $rgos interessadosda Administrao responsveis pela8.:('/7,5;.//( 58:3'3/7,5732( 83/>30%3'5,?emsededeprocessoadministrativodisciplinar6partedadoutrinasugereaaplicao da presuno de inoc5ncia tal 7ual no direito penal6 pelo menos antes de suainstaurao e en7uanto tramitar o processo administrativo disciplinar23. Tma veFencerrado esse processo6 a aplicabilidade da presuno de legitimidade e veracidade dosatos praticados nesse processoassim analisada por ?os Armando da (osta=>ada obstante6 assinale-se 7ue tal privilgio no 6 com a mesma dimenso eproporo6 e*tens;vel aosatosprocessuaisdisciplinares6 porforado7ualfosse poss;vel se proclamar6 coma mesma intensidade6 7ue as provasconstantes dos procedimentos disciplinares6 bem como as respectivasconclusKesdelase*tra;das6 devessemnecessariamentegoFar dapresuno,uris tantum de veridicidade.2&.ssopor7ue segundooautor acima citado6 9 diferentes situaKes para diferentesatuaKes doprinc;piooraestudado. -mumprimeiromomento6 en7uantonose,aob,eto de 7uestionamento ,udicial a presuno de veracidade e de legitimidade produFtodos os seus efeitos6 sendofundamentopara tornar obrigat$ria a observIncia deeventual sano imputada.(ontudo6 caso se trate de 7uestionamento ,udicial do ato sancionat$rio6 a soluodiversa. Seriainconstitucional e*igirdoservidoraprovadesuainoc5ncia. Sendoassim6 cabe a ele demonstrar 7ue as provas utiliFadas para ,ustificar a punio 7ue l9efoi aplicada no so aptas para tanto. >esse sentido , decidiu o -. Superior Dribunal de?ustia= P>ulaa punio6 7uando 9a,a desconformidade entre a sua motivao e a23 /A(-00A3 4.0#16 2++)6 p. 1%S21.24 (1SDA6 2++26 p. 1+.11realidade 7ue e*surge do processo administrativoP 8SD?3ecurso -special nU "'"1S3?6in C? de 1'.+3.1))16 p. 2%)&:.Ce rigor6 portanto6 a correta aplicao da presuno de veracidade doatoadministrativo inclusive em sede de processo administrativo disciplinar6 sob pena de sever violado o estado de inoc5ncia protegido constitucionalmente.$+5- C('>%&/&7(,3.858. '( 0,(>.//(A autoe*ecutoriedade6 comoe*plicadoacima6 tornadispensvel aatuaodopoder,udicirio para se atingir o ob,etivo alme,ado. 0ogo6 tendo em vista 7ue o acesso aopoder ,udicirio se d por meio do e*erc;cio do direito de ao6 7uecondicionado6resta ausente o direito de ao em raFo da falta do interesse de agir em sua modalidadenecessidade.Sim6 pois se a providencia pretendida pode ser obtida diretamente6 7ual o motivode se procurar o poder ,udicirioL # farta ,urisprud5ncia nesse sentido6 fundamentandoa e*tino de processos semresoluo do mrito emtais casos2). Dodavia6 9intepretao no sentido de ser poss;vel6 sim6 a busca da tutela ,urisdicional6 no devendoa autoe*ecutoriedade ser interpretada como elemento restritivo do direito de ao3+. Aatuao do ,udicirio s$ seria necessria6 portanto6 nos casos de atos 9eteroe*ecut$rios e28 A>o cap;tulo .N do mesmo livro W.6 @ontes7uieu afirma 7ue Xa e*peri5ncia eterna mostra 7ue todo 9omem 7ue tem podertentado a abusar deleJ vai at onde encontra limitesY. A seguir6d a receita de como impedir o abuso= XPara 7ue no se possa abusar do poderpreciso 7ue6 pela disposio das coisas6 o poder freie o poderY. Portanto6 @ontes7uieu descreve o modelo ingl5s para6 em verdade6 prescrever um mecanismo institucional onde Xo poder freie o poderY 8 le pouvoir arr5te le pouvoir:.B 8A@A3A0 ?3.6 2++'6 p. 53:15na7ueles7uea Administraoentender convenienteeoportunobuscar esseau*;lio6consideradas as peculiaridades de cada caso. 4+$- C('>%&/&7(,3.858.-msuma6 poss;vel concluir 7ueoatributodaautoe*ecutoriedadetambmpersiste6 porm6 sua e*ist5ncia encontra limites na (onstituio e na lei. Dais limitaKes6mencione-se6 no so suficientes para se afirmar por eventual negao desse atributo doato administrativo pelo direito vigente6 ainda 7ue se,a inegvel uma diminuio desseatributo decorrente de uma maior proteo de determinados direitos individuais. 29 AP-0AZE1 AZE1 13C.>[3.A - .>D-3C.ZE1 4A0DA C- .>D-3-SS- C- A2.3 - P1C-3 C- P10\(.A - ATD1--W-(TD13.-CAC-. (ar5ncia da ao Aus5ncia de interesse processual - A Administrao Publica @unicipal possui o atributo da auto-e*ecutoriedade6 7ue l9einerente. R poder-dever para atuar concretamente no Imbito de sua fiscaliFao e atuao administrativa sem necessidade de interveno do Poder ?udicirio6 e no faculdade. A Administrao P!blica pode interditar ou obstar o funcionamento de estabelecimento 7ue atua sem possuir alvar de localiFao ou 7ue funciona de forma irregular ou ilegal e inclusive cominar sanKes cab;veis em caso de prtica de atividade anti-social Sentena mantida - 3ecurso no provido.8)1+52""+'2++)'2" SP )1+52""-+'.2++).'.2".++++6 3elator= 3ubens 3i9l6 Cata de ?ulgamento= 23S11S2+116 '] (Imara de Cireito P!blico6 Cata de Publicao= +%S12S2+11:30 AC@.>.SD3AD.N1 - P31(-SSTA0 (.N.0. [email protected] - C-S1(TPAZE1 C- (1>SD3TZE1 .33-2T0A3 ^ @A32-@ C- 31C1N.A 4-C-3A0. .>D-3-SS- C- A2.3. P1C-3 C- P10\(.A. ADTAZE1 0-2\D.@A C1 C>.D. P1SS./.0.CAC- C- A AC@.>.SD3AZE1 3-(133-3 A1 ?TC.(.[3.1. P3.>(\P.1 CA .>A4ASDA/.0.CAC- CA ?T3.SC.ZE1. 8...: . 2. -mbora caiba ao C>.D6 no e*erc;cio do poder de pol;cia 7ue l9econferido pelo art. '2 da 0ei nU 1+.233S+16 aplicar6 respeitado o devido processo legal6 a penalidade de demolio6 no e*erc;cio da autoe*ecutoriedade pr$pria das decisKes administrativas6 tal circunstIncia no pode ser interpretado de forma a e*cluir do $rgo p!blico a possibilidade de acionar o Poder ?udicirio para e*aminar leso ou ameaa a direito6 em face do Princ;pio da .nafastabilidade da ?urisdio. 3. .nteresse de agir do C>.D em a,uiFar Ao de Cemolio destinada tambm < desocupao de im$vel indevidamente constru;da em rea non aedificandi. &. Provimento6 em parte6 da Apelao6 para declarar a nulidade da sentena em face da presena do interesse de agir do C>.D6 determinando o retorno dos autos ao ?u;Fo de origem6para o prosseguimento do processo. 8A( 2++5'&++++"5%""6 Cesembargador 4ederal 2eraldo Apoliano6 D345 - Derceira Durma6 C? - Cata==31S+%S2++) - Pgina==353 - >U==1&5.:165- I:0.,57323858.-sse atributo tambmc9amado de coercibilidade ou de poder e*troverso6 e6segundo Alessi6 podeserconceituadocomooe*erc;ciodopoder7ueafetaaesfera,ur;dica al9eia8dos indiv;duos: independentementeda vontade destes31.(omosev56trata-se de atuao estatal 7ue tem como efeito a restrio da liberdade dos indiv;duosindependentemente da vontade destes. Cesta feita6 os atos dotados de tal atributo devemser praticados com parcimQnia pelo -stado.Dal 7ual os demais atributos e*aminados nopresente te*to6poss;vel faFer duasconstataKes. Primeiro= seufundamentotambmresidenasupremaciadointeressep!blico. Segundo=noposs;vel seafirmar7ueestpresenteemtodososatos. >averdade6 por se tratar de e*erc;cio de poder 7ue implica em restrio de liberdade6 seue*erc;cio se ,ustifica apenas 7uando for necessrio e apenas na medida do necessrio.4lorianode AFevedo@ar7ues6 aotratar dacoercibilidade6 e*plica 7ue noImbito9oriFontal 8emsua abrang5ncia: o limite do poder se encontra no princ;pio dasubsidiariedade6 essa atuao s$ ser ,ustificvel Ana medida em 7ue uma finalidade deinteresse geral 8tanto a dirimio de um conflito6 como a promoo do bem comum: nose,a alcanvel autonomamente pelas instituiKes sociaisB32. (omrelaoovo Paradigma para o Cireito Administrativo."evista (rasileira de Direito *-blico20"(D*6 /elo #oriFonte6 n. '6 ano 36 ?aneiroS@aro 2++5 Cispon;vel em=_9ttp=SS```.bidforum.com.brSbidSPC.+++".asp*Lpdi(ntda125)1b. Acesso em= 1& ,un.2+13.CANOTILHO6 ?os ?oa7uim 2omes. Cireito (onstitucional e teoria da (onstituio. 2ed. 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