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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FILLIPE VILMAR FRANCISCO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA SANEFIL LTDA ME Biguaçu 2012

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

FILLIPE VILMAR FRANCISCO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA SANEFIL LTDA ME

Biguaçu

2012

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FILLIPE VILMAR FRANCISCO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA SANEFIL LTDA ME

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: MSc. Rogério Raul da Silva

Biguaçu

2012

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FILLIPE VILMAR FRANCISCO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA SANEFIL LTDA ME

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do

título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Planejamento Estratégico

Biguaçu, 26 de Outubro de 2012.

Prof. MSc. Rogério Raul da Silva

UNIVALI – CECIESA GESTÃO

Orientador

Prof. M.ENG. Marcio Bittencout

UNIVALI - CE de Biguaçu

Prof. MSc. Ana Paula Sohn

UNIVALI - CE de Biguaçu

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Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio, aos meus

pais, Vilmar e Vilmar sendo elas minhas fontes de motivação

e meu exemplo de vida, a minha namorada que me deu

força e me ajudou muito, e a todos os meus amigos que me

incentivaram, acreditaram em mim e não me deixaram

desanimar, contribuindo assim, para a concretização desse

objetivo.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, quero agradecer a Deus, por todas as alegrias, pela

saúde e pela força que me concedeu, para que conseguisse concluir este estudo.

Também gostaria de agradecer a meus pais, Vilmar Francisco e Vilma

Miranda Francisco por me educação e por tudo aquilo que me ensinaram e pelos

muitos momentos de dificuldades que enfrentamos, mas que não impediram que

me dessem todos os apoios necessários, financeiro e humano.

À minha namorada Elisangela Ludtke que sempre me deu apoio e

auxilio para realizar este estudo.

Ao meu amigo, Jailson Pereira que sempre me incentivou a prosseguir

no curso de Administração na UNIVALI.

Ao meu professor orientador MSc. Rogério Raul da Silva pelos

ensinamentos dos quais tornaram possíveis desenvolver e concluir este trabalho.

Aos meus amigos e demais professores do curso pelas trocas de

experiência e ensinamento que sempre agregaram conhecimento.

E a todos aqueles que de certa forma colaboraram de forma direta e

indireta, para que eu pudesse realizar esse sonho de me tornar Administrador.

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“Seja feliz do jeito que você é não mude sua rotina pelo o que os outros exigem de você simplesmente viva de acordo com o seu modo de viver”

Bob Marley

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RESUMO FRANCISCO, Fillipe V.. Planejamento Estratégico da empresa SANEFIL LTDA ME. 2012. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012. O trabalho de conclusão de estágio teve como objetivo elaborar um planejamento estratégico para a empresa SANEFIL. Para alcançá-lo buscaram-se informações do ambiente interno e externo, levantando as forças e fraquezas, oportunidades e ameaças, definiu-se missão, visão, valores, objetivos e estratégias da empresa. Após levantar e analisar planejamentos existentes na literatura optou-se detalhar e aplicar o modelo de Oliveira (2002). A coleta dos dados foi feita através de dados primários e secundários. Nos dados primários foram coletados dados na empresa e questionários com clientes, através de métodos quantitativos e qualitativos. A coleta de dados secundários foi através de revistas, internet e documentos. Os resultados do estudo e as sugestões para os problemas diagnosticados são apresentados na forma de plano de ação. Palavras-chave: planejamento; estratégia; planejamento estratégico.

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ABSTRACT

FRACISCO, Fillipe V. Planejamento Estratégico da empresa SANEFIL LTDA ME. 2012. Trabalho de Conclusão de Estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012.

The work of period of training conclusion had as objective to elaborate a strategical planning for the SANEFIL company Natural Products. To reach information of the internal and external environment had searched it, raising the forces and weaknesses, chances and threats, defined mission, vision, values, objectives and strategies of the company. After to raise and to analyze existing planning is in literature were opted to detail and to apply the model of Oliveira (2002). The collection of the data was made through primary and secondary data. In the primary data they had been collected given in the company and questionnaires with customers, through quantitative and qualitative methods. The collection of secondary data was through magazines, Internet and documents. The results of the study and the suggestions for the diagnosised problems are presented in the action form immediate.

Keywords: planning; strategy; strategical planning.

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LISTA DE FIGURAS E QUADROS

Figura 1 - Níveis de decisão e tipos de planejamento....................................16

Figura 2 - Fases do planejamento estratégico.......................................................20

Figura 3 - As etapas do planejamento estratégico.................................................22

Figura 5 - Empresa e a indústria competitiva.........................................................42

Figura 6 - Processo de estabelecimento dos objetivos e desafios na empresa....54

Figura 7 - Pesquisa sobre os preços dos produtos................................................97

Figura 8 - Pesquisa sobre condiçoes de pagamento.............................................98

Figura 9 - Pesquisa sobre qualidade dos Produtos...............................................98

Figura 10 - Pesquisa da localização......................................................................99

Figura 11 - Pesquisa de pontualidade ................................................................100

Figura 12 - Pesquisa de Flexibilidade nas negociação.......................................100

Figura 13 - Pesquisa de tempo entre pedido e entrega......................................101

Quadro 1 - Principais diferenças entre os planejamentos táticos estratégicos.....17

Quadro 2 - Diferenças entre planejamento tático e planejamento operacional...18

Quadro 3 - Componentes do valor do crescimento..............................................41

Quadro 4 - Formas de classificar as estratégias...................................................58

Quadro 5 - As principais estratégias das organizações, de diversos autores......65

Quadro6-Aspectos para consistência de um planejamento estratégio............83

Quadro 7 - Matriz SWOT.................................................................................102

Quadro 8 - Plano de ação...................................................................................105

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SUMARIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................12

1.1OBJETIVOS.....................................................................................................13

1.1.1 Objetivo geral...............................................................................................13

1.1.2 Objetivo específicos ....................................................................................13

1.2 JUSTIFICATIVA..............................................................................................14

2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA........................................................................15

2.1 PLANEJAMENTO............................................................................................15

2.1.1 Níveis e tipos de planejamento.....................................................................15

2.2 PLANEJAMENTOS ESTRATÉGICOS.............................................................18

2.2.1 Modelos de planejamento estratégico..........................................................20

2.2.1.1 Modelo de Oliveira.....................................................................................20

2.2.1.2 Modelo de Chiavenato ..............................................................................21

2.2.1.3 Modelo de Bateman e Snell.......................................................................22

2.3 DETALHAMENTO DO MODELO ESCOLHIDO...............................................23

2.3.1 Diagnóstico estratégico.................................................................................24

2.3.1.1 Identificação da visão................................................................................25

2.3.1.2 Análise externa.........................................................................................26

2.3.1.3 Análise interna..........................................................................................28

2.3.1.4 Análise dos concorrentes..........................................................................31

2.3.2 Missão da empresa......................................................................................32

2.3.2.1 Estabelecimento da missão da empresa..................................................33

2.3.2.2 Estabelecimento dos propósitos atuais e potenciais................................35

2.3.2.3 Estruturação e debate de cenários...........................................................35

2.3.2.4 Estabelecimento da postura estratégica...................................................38

2.3.2.5 Estabelecimento das macroestratégias e macropolíticas........................47

2.3.3 Instrumentos prescritivos.............................................................................47

2.3.3.1 Estabelecimento de objetivos, desafios e metas......................................48

2.3.3.2 Estabelecimento de estratégias e políticas funcionais..............................57

2.3.3.3 Estabelecimento dos projetos e planos de ação.......................................73

2.3.4 Instrumentos quantitativos............................................................................77

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2.3.5 Controle e avaliação....................................................................................77

2.3.5.1 Finalidades da função controle e avaliação..............................................78

2.3.5.2 Informações necessárias ao controle e à avaliação.................................79

2.3.5.3 Fases do processo de controle e avaliação..............................................81

2.3.5.4 Verificação de consistência do planejamento estratégico.......................82

2.3.5.5 Resistências ao processo de controle e avaliação...................................84

3 PROCEDIMENTO MEDOLÓGICO....................................................................85

4 RESULTADO DA APLICAÇÃO.......................................................................88

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO......................................................88

4.2 PLANEJAMENTO ESTRATRÉGICO PARA EMPRESA SANEFIL.................89

4.2.1 Diagnóstico Estratégico..............................................................................89

4.2.1.1 Propósito Organizacional..........................................................................90

4.2.1.2 Análise do Macro Ambiente......................................................................90

4.2.1.3 Análise do Micro Ambiente.....................................................................95

4.2.1.4 Análise SWOT........................................................................................101

4.2.1.5 Objetivos organizacionais.......................................................................103

4.2.1.5 Estratégias organizacionais....................................................................103

4.2.1.6 Plano de ação........................................................................................105

5 Consideração Final.......................................................................................107

REFERENCIA....................................................................................................108

APÊNDICE........................................................................................................110

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1 INTRODUÇÃO

O planejamento faz parte da vida de todo ser humano e principalmente das

organizações, para que as mesmas consigam um direcionamento correto para

atingir sua metas e objetivos.

A falta de conhecimento das ferramentas existentes para planejar o

andamento da organização é um dos motivos que levam a maioria das empresas

a não resistirem as exigências do mercado, tornando-se obsoleta e sem nenhum

tipo de vantagem diante da enorme concorrência.

Sendo assim o planejamento estratégico torna-se ainda mais necessário

para as empresas, pois possuem uma serie de etapas importantes a serem

seguidas para garantir o sucesso organizacional.

Segundo Kotler e Keller (2006. p. 65) Planejamento estratégico focado para

o mercado é uma processo gerencial de desenvolvimento e manutenção de uma

adequação viável entre objetivos, habilidades e recursos da organização e suas

oportunidades em um mercado em constantes mudanças. O objetivo do

planejamento estratégico é dar forma a negócios e produtos da empresas, de

modo que possam gerar os lucros e o crescimento almejados.

O presente estudo de planejamento estratégico a ser elaborado refere-se à

empresa SANEFIL, micro empresa que fabrica e comercializa matérias para filtro

e saneamento, materiais para filtros de água potável e piscinas e saneamento

básico, localizada na Avenida Papenborg, nº 400, bairro Areias de Baixo, no

município de Governador Celso Ramos. O mercado consumidor e

constituído por empresas que trabalham com meios filtrantes e órgãos

públicos tais como CASAN e SAMAES, que usam destes materiais para o

tratamento de água potável, industrial e esgoto. O tratamento de água visa

reduzir a concentração de poluentes até o ponto em que não apresentão riscos

para a saúde pública, O tratamento de água industrial é um processo de

recuperação da qualidade da água utilizada pela indústria para diversas

finalidades que vão desde a simples limpeza até no resfriamento de processos

industriais. Esta água muitas vezes contém metais pesados ou outros produtos

tóxicos ao meio ambiente e por isso a água, necessita ser recuperada antes de

seu lançamento na rede de esgotos ou nas vias fluviais.

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Diante desta realidade do mercado e a busca por novos clientes visando

anpliar as estalaçoes, os administradores perceberao a necessidade de um

planejamento estrategico com o intuito de atigir melhor desenpenho no seu setor.

Sendo assim visando ao crescimento e a busca por novos clientes e a

fidelizaçao dos atuais, trais a esse trabalho a seguinte pergunta: Que objetivos e

estratégias devem definir as ações dos administradores da empresa SaneFil?

1.1OBJETIVOS

A seguir, serão apresentados os objetivos do estudo.

1.1.1 Objetivo geral

Elaborar o planejamento estratégico para a empresa SaneFil, localizada

em Gov. Celso Ramos no período de março a novembro 2012.

1.1.2 Objetivo específicos

Para alcançar o objetivo geral será necessário antes atingir os seguintes

objetivos específicos:

Conhecer os modelos de planejamento estratégico existentes na Literatura;

Realizar uma análise do ambiente interno (forças e fraquezas) e externo

(oportunidades e ameaças);

Definir Missão, Visão e Valores;

Definir os objetivos e as estratégias;

Propor um plano de ação.

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1.2 JUSTIFICATIVA

Visando a ampliar os conhecimentos do acadêmico que realizara esse

estudo, e almejando o crescimento da empresa, o desenvolvimento do

planejamento estratégico, será de suma importância. Só assim a ela poderá ter

um crescimento bem elaborado com a diminuição de risco, tais como perca de

clientes, descontentamento dos funcionários e entre outros fatores que podem

influenciar de uma forma negativa a empresa.

A preocupação de seus gestores no mercado em que atuam e de encontra

seu clientes, fornecedores, funcionários, ou seja, todos os stakehoders ligado a

empresa; contentes em saber ate onde a empresa deseja ir, ou seja, que

mercado pretende atuar e qual o propósito de crescimento.

Sendo assim verificando todas essas possibilidade, pode- se estar fazendo

um planejamento estratégico. Analisando todos os fatores que interferem ou

podem interferir na empresa, tanto positivo quanto negativo.

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2 FUNDAMENTAÇAO TEORICA

Existem alguns conceitos básicos que precisam ser compreendidos

durante a fundamentação desta pesquisa. A partir disto torna-se importante

conhecer o significado da palavra planejamento, descrever os níveis e tipos de

planejamentos, conceituar planejamento estratégico e apresentar as etapas e os

modelos de planejamentos estratégicos.

2.1 PLANEJAMENTO

Planejamento é uma um termo amplo, sedo assim, merece alguns

esclarecimentos.

Oliveira (2002, p. 34) o define planejamento: [...] como o desenvolvimento

de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma

situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função

dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo

mais rápido, coerente, eficiente e eficaz [...].

Para Chiavenato (2004, p. 152) “Planejamento é uma das funções

Administrativas e que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem

Atingidos “e como alcançá-los.”

De acordo com Maximiano (2004, p. 127) “O resultado do processo de

planejamento é a preparação de planos. Em essência um plano é o registro das

decisões resultantes do processamento dos dados de entrada. [...]”.

Segundo Lacombe (2003 p. 162): “O planejamento é um processo

administrativo que visa determinar a direção a ser seguida para alcançar um

resultado desejado. [...]”

Portanto, pode-se concluir que planejamento como uma ferramenta

administrativa, possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um

referencial futuro, estruturando o trâmite adequado e reavaliar todo o processo a

que o planejamento se destina. Sendo assim, o lado racional da ação. Tratando-

se de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza

ações, antecipando os resultados esperados.

2.1.1 Níveis e tipos de planejamento

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Chiavenato (2007, p. 139) afirma que o planejamento tem diferentes formas

dentre a organização, sendo assim ele se divide em três planos. No mesmo

caminhos Oliveira (2002) destaca que a três níveis de planejamento: estratégico,

tático, operacional.

Figura 1 - Níveis de decisão e tipos de planejamento.

Fonte: Oliveira (2002, p. 45).

Chiavenato (2007, p. 139) afirma que o planejamento estratégico é mais

completo, porque envolve e estuda toda a empresa, como um sistema único e

aberto.

No mesmo caminho Certo (2003, p. 149) conceitua planejamento

estratégico como um projeto que envolve toda a empresa, Nele, os gestores

avaliam os pontos que devem ser ajustados num período de 3 a 5 anos.

Convém enfatizar segundo Oliveira (2002, p. 47), que:

Planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – não controláveis- e atuando de forma inovadora e diferenciada.

Chiavenato (2007, p. 139) mostra ainda que o planejamento estratégico

tem a característica de ser de longo prazo, envolve a empresa como um todo, é

definido pela cúpula da empresa e tem como fim a excelência organizacional.

NÍVEL Decisões Planejamento ESTRATÉGICO estratégicas estratégico

NÍVEL TÁTICO Decisões Planejamento táticas tático NÌVEL OPERACIONAL Decisões Planejamento operacionais Operacional operacionais Operacional

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Finalizando a definição de planejamento estratégico, Oliveira (2002, p. 48)

explica que esse tipo de planejamento

[...] diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. Também considera as premissas básicas que a empresa, como um todo, deve respeitar para que o processo estratégico tenha coerência e sustentação decisória.

Planejamento tático, conforme Chiavenato(2007, p. 139), é elaborado por

cada setor da organização, cada departamento estabelece o se plano, deve tá

submisso ao planejamento estratégico, é desenvolvido no médio prazo, em geral

num período de 1 ano.

Já para Certo (2003, p. 165), planejamento tático é de curto prazo, os

gestores determinam intervenções de diferentes partes da empresa, num período

de no máximo um ano.

De forma mais ampla, Oliveira (2002, p. 47), define que o planejamento

tático é focado na otimização de uma setor especifico, e não na organização

como um todo, e deve estar direcionado com os objetivos e estratégias

estabelecidas no planejamento estratégico.

Quadro 1 - Principais diferenças entre os planejamentos táticos estratégicos.

Área de diferença

Planejamento estratégico

Planejamento tático

Pessoal envolvido

Desenvolvido principalmente pela gerência de nível superior

Desenvolvido principalmente pela gerência de nível inferior

Dados sobre os quais basear o planejamento

Os dados são relativamente difíceis para coletar

Os dados são relativamente fáceis para coletar

Quantidades de detalhes nos planos

Os planos contêm relativamente poucos detalhes

Os planos contêm quantidades substanciais de detalhes.

Tempo de abrangência dos planos

Os planos abrangem longos períodos de tempo

Os planos abrangem curtos períodos de tempo

Fonte: Adaptado de Certo (2003, p. 165).

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Seguindo o raciocínio dos autores nota-se que alem do planejamento

estratégico e tático verifica-se a necessidade de um planejamento operacional

que de acordo com Chiavenato (2007, p. 140), é voltado para cada atividade

dentro da empresa, num período de curto prazo, é desenvolvido para o dia a dia

da organização concentrando- se apenas em uma atividade ou tarefa no nível

operacional lidando com operações atuais.

Oliveira (2002, p. 49), afirma que o planejamento operacional pode ser

considerado como a formalização, principalmente através de documentos

escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas.

Quadro 2 - Diferenças entre planejamento tático e planejamento operacional.

Fonte: Oliveira (2002, p. 50).

Portanto, pode se definir que o planejamento é uma ferramenta

administrativa que através dela podemos definir os objetivos e como alcançar eles

na organização. O planejamento esta dividido em três níveis, o estratégico é

direcionado para toda a organização, analisando os ambientes internos e

externos, o tático que é voltado para cada área da empresa, e deve estar

direcionado com o objetivo do nível estratégico, e elaborado no médio prazo, e o

nível operacional é definido pro curto prazo ele é focado nas atividades do dia a

dia da organização tem resultados imediatos.

2.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Segundo Las Casas (2006, p. 13) “planejamento estratégico é o processo

gerencial de desenvolver e manter uma direção estratégica que alinhe as metas e

os recursos da organização com suas mutantes oportunidades de mercado”.

Discriminação

Planejamento tático

Planejamento operacional

Prazo

Amplitude

Riscos

Atividades

Flexibilidade

Mais longo

Mais amplo

Maiores

Meios

Menores

Mais curto

Mais restrita

Menores

Meios

Maior

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De acordo com Stoner (1985, p. 70) Planejamento estratégico é o método

formal de longo prazo, que visa determinar e alcançar os objetivos da empresa.

Maximiano (2000, p. 266), resulta que planejamento estratégico, é de

responsabilidade dos executivos dos níveis mais altos da organização e está

associado às tomadas de decisões sobre produtos e serviços que a organização

pretende oferecer, como também os clientes e mercados que pretende atingir.

Chiavenato (1987 p. 128) explica que:

“[...] o planejamento estratégico é um conjunto de tomada deliberada e sistemática de decisões envolvendo empreendimentos que afetam ou deveriam afetar toda a empresa por longos períodos de tempo.É um planejamento que envolve prazos mais longos de tempo, é mais abrangente e é desenvolvido nos níveis hierárquicos mais elevados da empresa, isto é, no nível institucional. É um processo contínuo de tomada de decisões estratégicas. Não se preocupa em antecipar decisões a serem tomadas no futuro, mas sim de considerar as implicações futuras de decisões que devem ser tomadas no presente”.

Oliveira (2002, p. 47) define planejamento estratégico como sendo “o

processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se

estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado

grau de interação com o ambiente e atuando de forma inovadora e diferenciada.”

Oliveira (2002, p. 22) complementa que: “o processo de planejar envolve,

portanto um modo de pensar; e um salutar modo de pensar envolve indagações;

e indagações envolvem questionamentos sobre o que fazer, como, quando,

quanto, para quem, porque, por quem e onde”.

Finalizando Kotler e Armstrong (2003, p. 33) definem planejamento

estratégico como “[...] o processo de desenvolver e manter um ajuste estratégico

entre os objetivos, habilidades e recursos de uma organização e as oportunidades

de marketing em um mercado em continua mutação para escolher as melhores

opções para atingir seus objetivos.”.

Portanto, planejamento estratégico é um conjunto de ações continuas e

dinâmicas elaboradas pelos altos níveis da organização que tem como duração

logo prazo, Essas ações devem ser identificadas de moda a permitir que elas

sejam executadas de forma adequada, considerando todos o contexto interno e

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externo da organização. Sendo assim a empresa poderá definir o melhor mercado

a atuar e como atingir seus objetivos.

2.2.1 Modelos de planejamento estratégico

Nos próximos parágrafos serão abordados os modelos de planejamento

estratégico dos autores: Oliveira (2002), Chiavenato (2007), Bateman. Snell

(1998)

2.2.1.1 Modelo de Oliveira

Oliveira (2002, p. 68) define as fases fundamentais para preparação e

implementação do planejamento estratégico como:

1º fase: diagnóstico estratégico,

2º fase: missão da empresa,

3º fase: instrumentos prescritivos e quantitativos,

4º fase: controle e avaliação.

Figura 2 - Fases do planejamento estratégico.

Fonte: Oliveira (2002, p. 69)

Diagnóstico

estratégico Missão da

empresa

Controle e

avaliação

Instrumentos

prescritivos e

quantitativos

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De maneira mais detalhada, as fases do planejamento estratégico podem

ser representadas de forma evidenciada a seguir por Oliveira (2002):

Diagnóstico estratégico: esta fase analisa e confere através das pessoas todos

os pontos fundamentais à realidade externa e interna da organização;

Missão da empresa: é o principal foco do planejamento estratégico, e representa

a razão da organização existir;

Instrumentos prescritivos e quantitativos: nesta etapa é criada uma análise

para que a empresa possa obter os objetivos esperados;

Controle e avaliação: é considerada uma ação importante que visa garantir a

concretização dos objetivos, estratégias e projetos estabelecidos.

Oliveira (2002, p. 68) complementa que: “para os quais não existe uma

metodologia universal de planejamento estratégico, porque as empresas diferem

em tamanho, em tipo de operações, em forma de organização, em filosofia e

estilo administrativo.”.

Sendo assim o planejamento estratégico serve para encaminhar os rumos

da organização, de certa forma distinguir seus pontos fracos e fortes e as

oportunidades e ameaças que possam envolver a organização.

2.2.1.2 Modelo de Chiavenato

Segundo Chiavenato (2007, p. 143) No planejamento estratégico existem

sete etapas a serem adotadas:

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Figura 3 - As etapas do planejamento estratégico.

Retroação

Fonte: Adaptado Chiavenato (2007, p. 143).

.

De acordo com Chiavenato (2007), os objetivos colocados pela empresa

são em função da visão e missão. Sendo assim, a organização encontrará a

razão do por que de sua existência. Pode ser estabelecido para aumentar a

participação da empresa em seu mercado, aumentar a produção com recursos já

existentes, diminuir custos operacionais e financeiros e aumentar o indicador de

liquidez da organização. Os objetivos da empresa tem que ser estabelecidos pra

todos os departamentos e setores dentre a organização, para que se aceite a

formulação de programas a serem adotados.

2.2.1.3 Modelo de Bateman e Snell

Determinação dos Objetivos

(Aonde queremos chegar?)

Análise Organizacional Interna

(O que temos na empresa?)

Formulação de Alternativas

(O que fazer?)

Elaboração do Planejamento

(Como fazer?)

Implementação e execução

(Como tornar realidade?)

Avaliação dos resultados

(Como estamos indo?)

Análise Ambiental Externa

(O que há no ambiente?)

Oportunidades Ambientais

Ameaças Ambientais

Forças e Potencialidades Internas Fragilidades Internas

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Segundo Bateman e Snell (1998, p. 126) “O planejamento estratégico

torna-se uma atividade continua em que todos os administradores são

encorajados a pensar estrategicamente e a focalizar tanto questões externas a

longo prazo quanto questões táticas e operacionais a curto prazo. ”

Bateman e Snell (1998, p. 126) destacam seis principais elementos para o

processo de administração estratégica:

Figura 4: O processo de gestão estratégica

Fonte: Adaptado de Bateman e Snell (1998, p. 126).

De acordo com Bateman e Snell (1998) com a grande concorrência e

problemas no mercado em que as organizações atuam, os executivos tende a

envolver todo os setores da organização no processo de planejamento, procuram

novas idéias e inovações para tornar as empresas mais competitiva no mercado,

dando autonomia para cada setor estabelece ou transformar seus próprios

planos, são esse setores que fornecem informações para o plano estratégico da

empresa, tornando um empresa mais flexível e aumentando o nível de resposta

passando a ser uma organização moderna.

Ao avaliar os modelos propostos pelos autores citados, percebeu que há

certas similaridades entre eles; e que os mesmos aconselham detalhamento para

o melhor desempenho no planejamento que a empresa deseja seguir.

2.3 DETALHAMENTO DO MODELO ESCOLHIDO

O modelo selecionado para guiar o planejamento estratégico da empresa

SANEFILl é do autor Oliveira (2002), este Ressalta que a metodologia para o

elaboração do planejamento estratégico, há dois ponto de vista.

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Primeiro determina a organização como um todo “aonde se quer

chegar” em seqüência estabelece “como a empresa está para chegar à

situação desejada”; ou ainda:

Primeiro enxergar a situação de toda a organização “como se está” em

seguida estabelece “aonde se quer chegar”.

Oliveira (2002, p. 67) menciona que cada metodologia tem a sua

vantagem: na primeira a principal vantagem é a possibilidade de maior

capacidade criadora no elaboração por não haver grandes restrições, a segunda

mostra aos administradores a realidade da organização antes de iniciar o

planejamento estratégico.

A metodologia escolhida para a elaboração do planejamento estratégico

baseia na segunda opção apresentada, levando em consideração a primeira em

alguns pontos do processo. O modelo escolhido foi elaborado a partir de estudos

feitos por meio de contatos de outras empresas, trabalhos e consultorias

realizadas em pequenas e médias empresas no Brasil e exterior (OLIVEIRA 2002,

p. 68).

Sendo assim, o autor (2002, p. 68) define as seguintes fases básicas para

elaboração e implementação do planejamento estratégico: diagnóstico

estratégico, missão da empresa, instrumentos prescritivos e quantitativos e

controle e avaliação.

2.3.1 Diagnóstico estratégico

De acordo com Oliveira (2002, p.86) o diagnóstico estratégico corresponde

à primeira fase do processo para a elaboração do planejamento estratégico e

busca responder a pergunta fundamental “qual a real posição da empresa quanto

aos seus aspectos internos e externos?”, examinando o que a empresa tem de

bom, de regular ou de ruim em seu gerenciamento. Esse diagnóstico apresenta

algumas premissas básicas:

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Deve-se avaliar o ambiente e suas variáveis relevantes no qual a

organização está instituída.

Esse ambiente proporciona à organização oportunidades que deverão

ser realizadas e ameaças que deverão ser defendidas.

Para enfrentar essa situação ambiental, a organização tem a obrigação

de conhecer seus pontos fracos e fortes; e

Esse processo de diagnóstico do ambiente onde a organização esta

inserida deverá ser integrado, contínuo e sistêmico.

“O diagnóstico estratégico deve ter enfoque no momento atual, bem como

no próximo momento, no próximo desafio, a fim de constituir na dimensão crítica

para o sucesso permanente.” (OLIVEIRA, 2002, p. 87)

Oliveira (2002, p. 69) menciona que essa fase é considerada como

auditoria de posição, deve definir “como se está”; essa fase é cumprida por

pessoas que juntam informações para avalia e verificar todos os aspectos interno

e externo da organização. Essa fase elaborada em quatro etapas: Identificação da

visão, Análise externa, Análise interna e Análise dos concorrentes.

2.3.1.1 Identificação da visão

Oliveira (2002, p. 69) salienta que nessa etapa são conhecidas as

expectativas e pretensões da parte diretora da empresa, visando que esses

aspectos que darão a direção para o planejamento estratégico que será

elaborado e inserido na empresa.

De forma mais abrangente; Bateman e Snell (1998, p. 126) enfatiza que a

visão tem que transparecer o direcionamento da empresa para o que a empresa

pretende se tornar.

Quigley (1993, apud OLIVEIRA, 2002, p. 89), apresenta algumas dicas

para o delineamento da visão da empresa:

estabeleça sua visão de forma tão clara quanto o objetivo de lucro;

defina e respeite os direitos das pessoas;

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certifique-se de que a visão e os valores direcionam-se aos focos

básicos, ou seja, aos consumidores (são os mais importantes),

funcionários e fornecedores;

incremente sua participação de mercado e lucratividade pelo aumento

da percepção pelos consumidores de seus produtos e serviços, em

relação a seus concorrentes; e

desenvolva uma cultura de atuação para resultados em sua empresa.

“A visão é considerada como os limites que os principais responsáveis pela

empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma

abordagem mais ampla” (OLIVEIRA; 2002 p 43).

Portanto, conclui se que a visão de uma e organização tem que respeitar

os direitos dos indivíduos, e tratando de aspectos que determinarão o

direcionamento do planejamento estratégico.

2.3.1.2 Análise externa

De acordo com Stoner (1985, p. 78), “a finalidade da análise ambiental é

identificar as maneiras pelas quais as mudanças nos ambientes econômico,

tecnológico, sócio-cultural e político-legal de uma organização podem influenciar

indiretamente a organização.”

Para Oliveira (2002, p. 46) a análise externa tem o objetivo de

compreender e verificar as oportunidades e ameaças da organização, sendo

assim as organizações devem buscar otimizar as oportunidades, e tentar inibir as

ameaças.

Oportunidades: “é a força ambiental incontrolável pela empresa, que

pode favorecer sua ação estratégica, desde que conhecida e

aproveitada, satisfatoriamente, enquanto perdurar” (OLIVEIRA, 2002; p.

46).

Ameaças: “é a força ambiental incontrolável pela empresa, que cria

obstáculos à sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser evitada,

desde que conhecida em tempo hábil” (OLIVEIRA, 2002; p. 46).

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Para Oliveira (2002, p. 95), as oportunidades são:

Naturais: “são as incorporadas à natureza da empresa. ”

De evolução: “são proporcionadas à empresa através da formação e

consolidação gradativa de condições e circunstâncias que tenderão a

concretizar uma vantagem competitiva definida e concreta.”

Sinérgicas: “proporcionam situações complementares e adicionais para

a empresa. Normalmente, provocam modificações na estrutura

organizacional e exigem novo setor de conhecimento.”

De inovação: “modificam as características econômicas fundamentais

e a capacidade da empresa, requerem grandes esforços, recursos de

primeira classe [...], são capazes de criar uma nova indústria em vez de

apenas um produto adicional.”

O autor (2002, p. 96) considera as ameaças como:

Naturais: “são as incorporadas à natureza da empresa. ”

Aceitáveis: “são as que a empresa permite aceitar, sendo importante

analisar até que ponto a situação é aceitável.”

Inaceitáveis: “são as que a empresa não se permite aceitar devido à

sua incapacidade para explorar uma situação de êxito quando esta

ameaça existir.”

Maximiano (2004, p. 170) Ressalte-se que a análise ambiental da

organização é um dos fatores que influenciam no planejamento estratégico.

“Quanto mais competitivo, instável e complexo o ambiente, maior a necessidade

dessa análise.” (MAXIMIANO, 2004, p. 170)

Cobra (1991, p. 66) explica que:

falta de equilíbrio financeiro muitas vezes geram mais ameaças internas do que a própria concorrência ou o ambiente econômico.Por isso, o segredo é neutralizar rapidamente as ameaças corrigindo os rumos em direção às oportunidades de mercado e de lucro. [...] É preciso estar atento e, ao primeiro sinal

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de problema, é oportuno resolvê-lo de pronto, sem postergações perigosas.

Conforme Chiavenato (2004, p. 172) a analise do ambiente externo é

essencial para a organização no desenvolvimento do planejamento estratégico,

pois os fatores externas afetam diretamente e indiretamente, seus objetivos,

estratégias, estrutura, recursos, planos e etc.

Já Stoner (1985, p.46) menciona que dados externos podem influenciar no

ambiente da empresa tais como a tecnologia, a economia e a política, no entanto:

“geralmente, os administradores se ajustam ao ambiente externo através do

processo de planejamento.” (STONER, 1985, p.63)

Convém enfatizar que Oliveira (2002, p. 92), destaca que a análise externa

tem como objetivo explorar a relação que a empresa tem com o seu ambiente,

tanto na situação atual como desejada no futuro de produtos versus mercados. As

empresas devem aproveitar as oportunidades existentes, bem como procurar

impedir ou vigiar as ameaças ou adaptar-se a elas. As oportunidades certas serão

escolhidas se:

o foco residir na maximização de oportunidades e não na minimização

das ameaças e riscos;

todas as principais oportunidades forem analisadas conjuntas e

sistematicamente;

forem compreendidas quais oportunidades se adaptam à atividade

básica da empresa; e

houver equilíbrios entre oportunidades (imediatas e de longo

prazo).Este autor (2002, p. 93) salienta que a análise ambiental, é

geralmente usada sob dois enfoques:

para resolver algum problema imediato que exija alguma decisão

estratégica; e

para identificar futuras oportunidades ou ameaças que ainda não foram

percebidas claramente pela empresa.

Chiavenato (2004, p. 172) cita que a análise ambiental abrange as

diferentes forças do ambiente, suas semelhanças e o tempo para alcançar os

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resultados dentre a organização. Alguns fatores influenciam todas as empresas

sem qualquer diferenciação tais como:

Fatores tecnológicos: custos e disponibilidades na produtividade,

mudanças tecnológicas, produtos e serviços da empresa;

Fatores políticos: decisões governamentais capazes de comprometer as

atividades e operações da empresa;

Fatores econômicos: políticas monetárias como inflação ou deflação

determinando os preços de bens e serviços;

Fatores legais: legislações na esfera nacional, estadual e municipal

referentes a salários, controle de preços, impostos e outros aspectos

limitam a atividade da empresa;

Fatores sociais: costumes dos colaboradores e clientes, bem como a

preferência local;

Fatores demográficos: formas como clientes são distribuídos no

mercado, podendo ser por área geográfica, sexo, idade e raça e;

Fatores ecológicos: aspecto do ambiente físico e natural.

Chiavenato (1987, p. 133) comenta que a análise externa também pode ser

focada nos clientes da empresa, nos fornecedores, nos concorrentes e nas

agências regulamentadoras.

Por tanto a análise externa tem como função definir para a organização as

oportunidades e ameaças em seu ambiente, sendo que alguns fatores sociais e

naturais influenciam no ambiente de qualquer organização sem distinção.

2.3.1.3 Análise interna

De acordo com Oliveira (2002, p. 89), a análise interna possui dois

componentes:

Pontos fortes: São variáveis que a empresa controla, tornando assim

uma condição favorável em seu ambiente.

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Pontos fracos: São variáveis que a empresa controla, tornando assim

uma condição desfavorável em seu ambiente.

Cobra (1991, p. 65) menciona que toda organização tem seus pontos

fortes, e, “ao desconhecer e ao não utilizar suas forças, a empresa estará

enfraquecendo o seu poder [...] de gerar recursos e produzir lucros. E, ao

contrário, ao agir calada em suas fraquezas [...], estará acelerando sua perda de

mercado e de lucros.”

Oliveira (2002, p. 102) salienta que não são só os pontos fortes ou fracos

que devem ser identificados e analisados por um organização, devem levar em

consideração os pontos neutros, que em determinado casos não são apontados

como carência ou atributos, mais vão se encaixando ao decorrer do tempo. Para

definir os pontos fortes, fracos e neutros da organização, deve-se analisar, entre

outros, os seguintes aspectos:

Funções a serem consideradas: as diferentes áreas da organização

como marketing, finanças, produção e recursos humanos.

Aspectos organizacionais: a estrutura organizacional, políticas e

regras, treinamento e capacidades dos colaboradores, planejamento e

sistemas integrados, procedimentos, novos produtos ou serviços,

controle de qualidade, conhecimento sobre seu mercado e público alvo.

Abrangência dos processos: a empresa considerada como um

sistema, áreas funcionais, unidades organizacionais, equipes

profissionais desempenhando atividades multidisciplinares e

profissionais desempenhando atividades individualmente.

Níveis de controle e avaliação: controle da eficiência, eficácia e

efetividade.

Critérios de avaliação: base histórica da empresa, opiniões pessoais e

de consultores, análise da literatura e orçamentária.

Obtenção das informações: observações e conversas pessoais,

questionários, experiências e práticas, documentação do sistema,

reuniões, funcionários, documentos públicos, indicadores econômicos e

financeiros.

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De acordo com Chiavenato (1987, p. 135), a analise interna:

é a análise das condições internas da empresa e o seu correspondente diagnóstico: é o processo pelo qual se examina os recursos financeiros/contábeis, mercadológicos, produtivos e humanos de toda a empresa como fatores conjuntos, para verificar com quais as relativas forças e fraquezas ela pode explorar eficazmente as oportunidades e defrontar-se com as ameaças e coações que o ambiente lhe apresenta.

Chiavenato (2001, p. 361) salienta que é indispensável avaliar fortemente

as condições interna da empresa, suas capacidades e suas potencialidades e

vulnerabilidades; levando em conta os seguintes aspectos internos:

Análise dos recursos que a organização dispõe para as suas operações

atuais e futuras;

Análise da estrutura organizacional da organização;

Avaliação do desempenho da organização, em termos de lucratividade,

produção, produtividade, inovação, crescimento e desenvolvimento dos

negócios, ou seja, qual é a sua competitividade.

Maximiano (2004, p.174), explica que a identificação de pontos fortes e

pontos fracos internos da organização é um dos principais processos do

planejamento estratégico e que pode ser finalizado por meio da análise das áreas

funcionais, onde focaliza os pontos fracos de cada área e da análise do

benchmarking onde, analisa outras organizações concorrentes e usas das suas

praticas comercias como um espelho procurando imitar.

2.3.1.4 Análise dos concorrentes

De acordo com Oliveira (2002, p. 75), a análise dos concorrentes

“decompõe um aspecto da etapa da análise externa. Entretanto, seu tratamento

deve ser detalhado, pois seu produto final irá proporcionar a identificação

das vantagens competitivas da própria empresa e a dos seus concorrentes”

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Cobra (1991, p. 63) proporciona alguns tipos clássicos de concorrência:

Concorrência pura: ou concorrência perfeita, normalmente tem como

características: grande número de concorrentes de pequeno porte,

pequena ou nenhuma diferença entre as estratégias adotadas, e fácil

ingresso de novos concorrentes.

Concorrência monopolista: são varias estratégias entre as empresas,

o mercado proporciona diferenças de preços, distribuição de produtos e

serviços e atividades promocionais.

Concorrência oligopolista: mercado composto de poucos e

relativamente grandes concorrentes e possivelmente alguns de

pequeno porte. Diversidade de estratégias, mas não há grandes

diferença de preços.

Monopólio: constituído por um único vendedor, normalmente regulado

pelo governo e também pelo preço e distribuição.

Chiavenato (2001, p. 363) salienta que: “a concorrência afeta a dinâmica

do ambiente, provocando turbulência e reatividade ambiental.” A concorrência

afeta e altera o mecanismo de oferta e procura, pois interfere nas

disponibilidades, nos preços e na qualidade da estrutura do mercado.

Oliveira (2002, p. 115) menciona que na pratica as organizações podem

fazer um plano estratégico pra cada concorrente de uma forma bem detalhada,

desta forma poderão saber os níveis de conhecimento de cada concorrente. “[...]

quanto menor o nível de conhecimento do concorrente, maior o risco estratégico

perante as estratégias desse concorrente; e, vice-versa, quanto maior o nível de

conhecimento, menor o risco estratégico.” (OLIVEIRA, 2002, p. 115).

2.3.2 Missão da empresa

Oliveira (2002, p. 128) explica que “missão é uma forma de se traduzir

determinado sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de

atuação, considerando as tradições e filosofias da empresa.”

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A missão é a determinação do motivo central do planejamento estratégico, ou seja, a determinação de „onde a empresa quer ir‟. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa. (OLIVEIRA, 2002, p. 76)

Chiavenato (2001, p. 366) afirma que a missão de uma empresa é a motivo

de sua existência e demonstra o motivo ou finalidade pelo qual a organização foi

criada e para o que ela deve servir. Em outra perspectiva, Certo (2003, p. 155)

salienta que a definição da missão da empresa é o ação inicial para se determinar

a direção organizacional.

Segundo Cobra (1991, p. 24), a missão de uma organização “poderia ser

compreendida como a „incumbência ou compromisso das pessoas dentro da

organização na busca da sobrevivência e perpetuação através do

desenvolvimento a longo prazo‟.”

Stoner (1985, p. 70), menciona que a missão de uma organização tem “a

finalidade peculiar que diferencia a organização de outras do seu tipo. Mais estrita

que sua finalidade, a missão é o fim mais amplo que uma organização estabelece

para si mesma”.

De acordo com Oliveira (2002, p. 76) essa fase é dividida em:

estabelecimento da missão da empresa, estabelecimento dos propósitos atuais e

potenciais, estruturação e debate dos cenários, estabelecimento da postura

estratégica e estabelecimento das macroestratégias e macropolíticas.

2.3.2.1 Estabelecimento da missão da empresa

Na definição de Oliveira (2002, p. 128), “Missão é a forma de traduzir

determinado sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de

atuação, considerando as tradições e filosofia da empresa.” Em resumo a missão

tem como objetivo demonstrar qual é o negocio da organização, qual a razão de

sua existência e quais atividades pretende exercer no futuro.

Desta forma, Oliveira (2002, p. 128) cita que o primeiro passo para o

estabelecimento da missão de uma organização parte da analise e interpretação

de algumas questões tais como:

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Qual a razão de ser da empresa?

Qual q natureza do negócio da empresa?

Quais os tipos de atividades em que a empresa deve concentrar seus

esforços no futuro?

Em outra perspectiva Chiavenato (2007, p. 220), define que a missão de

uma empresa compõe a razão da sua existência. É o motivo pela qual a empresa

foi criada e para o que ela deve servir. A definição da missão deve responder a

três perguntas essenciais:

Quem somos nós?

O que fazemos?

E por que fazemos o que fazemos?

Oliveira (2002, p. 133) ressalta que na elaboração da missão, existem

alguns cuidados que devem ser tomados pela gestão:

“não, simplesmente, explicitar o que estão fazendo, pois tais definições

não cumprem sua finalidade básica, ou seja, a de provocar decisões de

mudanças”;

“não relacionar, diretamente, com os produtos e serviços oferecidos,

pois reduz, em muito, a amplitude da missão da empresa”;

“não procurar definições curtas e objetivas em excesso, pois esse

aspecto pode prejudicar sua clareza e entendimento. Não estabelecer,

também, definições longas, que podem prejudicar sua assimilação”; e

“não estabelecer uma frase definitiva. [..] A finalidade não é apenas

definir a missão, mas [...] defini-la e redefini-la sempre que for

necessário. [..] O importante é que se „tenha sempre‟ uma definição, e

não ter uma definição „para sempre‟.”

Maximiano (2004, p. 165) explica que

a missão implícita de qualquer organização empresarial é não apenas maximizar o lucro dos acionistas, mas também criar valor

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para todas as partes interessadas: acionistas, empregados, clientes, comunidades, instituições sociais e governamentais, fornecedores e até mesmo os concorrentes.

O autor (2004, p. 165) mostra que, para analisar a missão da empresa no

presente, é preciso responder a algumas perguntas, como:

Quem são nossos clientes?

Em que negócio estamos?

Que necessidades estamos atendendo? Ou: qual nossa utilidade para

os clientes?

Oliveira (2002, p. 128) destaca que a alteração da missão de uma

organização pode gerar conseqüências positivas ou negativas em sua estrutura

organizacional.

2.3.2.2 Estabelecimento dos propósitos atuais e potenciais

Segundo Oliveira (2002, p. 130), propósitos:

são compromissos que a empresa se impõe no sentido de cumprir sua missão. Representam grandes áreas de atuação selecionadas no contexto da missão estabelecida. Correspondem à explicitação de posições ou áreas de atuação projetadas para toda a empresa,devidamente aceitas por seus acionistas e executivos como desejáveis e possíveis.

O autor (2002, p. 76) explica que o propósito obedece a determinados

setores de atuação dentro da missão que a organização já atua ou esta

estudando a possibilidade de atuar, desta forma organização deve armazenar

dados e levantar informações referentes a seus propósitos futuros.

2.3.2.3 Estruturação e debate de cenários

Costa (2007, p. 92) define o cenário como “um conjunto consistente de

premissas consideradas plausíveis pelos dirigentes de organização, funcionando

como um pano de fundo para as atividades do setor ou da instituição”.

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Para Oliveira (2002, p. 136) a elaboração dos cenários estratégicos, tem

como função estimular o maior interesse e aceitação dos executivos da

organização, com a finalidade de apresentar maior riqueza de idéias, levantar

mais informações e visões sobre o futuro da organização. Essa preparação dos

cenários pode ter como fundamentação:

Ter um pensamento estratégico em situações que podem ocorrer no

futuro, que nem sempre pode ter ligação com o presentes e o passado;

Estabelecer base de dados socioeconômicos e de infra-estrutura;

Discutir com o setor empresarial e interagir com a comunidade técnica

científica;

Proporcionar uma abordagem sistemática e multidisciplinar; e

Ter uma metodologia estruturada e especialmente desenvolvida.

O autor (2002, p. 136) ainda comenta que “os cenários podem ser

analisados em suas situações de mais provável, de otimista e de pessimista. Para

cada variável identificada e analisada, deve-se estabelecer a capacidade de

interpretação, bem como o tempo de reação.”

Em relação às formas básicas de desenvolvimento de cenários, Oliveira

(2002, p. 137) explica que os gestores podem levar em consideração duas

condições importantes:

a abordagem projetiva; e

a abordagem prospectiva.

A abordagem projetiva caracteriza-se principalmente por:

Restringir-se a fatores e variáveis quantitativos, objetivos e conhecidos;

explicar o futuro pelo passado;

considerar o futuro único e certo;

utilizar-se de modelos deterministas e quantitativos.

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A abordagem prospectiva caracteriza-se por considerar e conter outros

aspectos:

visão global;

variações qualitativas e quantificáveis ou não, subjetivas ou não,

conhecidas ou não;

ocorrência de futuro múltiplo e incerto;

o futuro atuando como determinante da ação presente;

uma análise intencional, onde os gestores podem utilizar de varias

opiniões

Oliveira (2002, p. 138) explica ainda que, no desenvolvimento de cenários,

os executivos da organização podem levar em consideração os seguintes

módulos de ação:

Módulo tecnológico: aborda as principais tendências tecnológicas, os

potenciais de desenvolvimento de novas aplicações e as respectivas

capacitações necessárias;

Módulo político-econômico: estuda as projeções dos objetivos e da

realidade da macro e microeconomia, traduzidas nas pressões externas

e internas;

Módulo produto e prestação de serviços: analisa as tendências do

conjunto de produtos e serviços oferecidos;

Módulo propósitos atuais e potenciais: estuda a situação futura dos

vários segmentos que a empresa atua, ou pode vir a atuar futuramente.

Módulo sociocultural: estuda as evoluções do quadro social e cultural.

Desta forma, “os cenários estratégicos inerentes á abordagem prospectiva

se enquadra no esquema de cenário de valores ou normativas. [...] Devem ser

montados com base nos dados e informações fornecidos pelo sistema de

informações estratégicas” (OLIVEIRA, 2002, p. 76).

Sendo assim é valido apresentar a colocação de Poter (1989, p. 412)

quanto aos cenários como instrumento de planejamento. O autor ressalta que

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“com a construção de múltiplos cenários, uma empresa pode explorar

sistematicamente as possíveis conseqüências da incerteza para a sua opção de

estratégias”. Desta maneira no planejamento estratégico, os cenários destacam

os fatores macroeconômicos e macropolíticos,os quais Poter nomeia de

macrocenários.

2.3.2.4 Estabelecimento da postura estratégica

De acordo com Oliveira (2002, p. 77), postura estratégica é uma atitude ou

modo mais adaptada para a organização conseguir seus propósitos dentro da

missão, considerado sua posição interna e externa atual, colocada no diagnóstico

estratégico.

A postura estratégica da empresa é estabelecida por uma escolha consciente de uma das alternativas de caminho e ação para cumprir sua missão. Objetiva orientar o estabelecimento de todas as estratégias e políticas, principalmente as de médio e longo prazos necessárias para a empresa, a partir do momento em que se decidiu por determinada missão (OLIVEIRA, 2002, p.140).

O autor Oliveira (2002, p. 140) estabelece três aspectos para a postura

estratégica da empresa:

A missão da empresa;

A relação positiva ou negativa entre as oportunidades e ameaças que a

empresa enfrenta no momento particular da escolha;

A relação positiva ou negativa entre os pontos fortes e fracos que a

empresa possui para fazer frente às oportunidades e ameaças do

ambiente; especificando os recursos de que a empresa dispõe para tirar

proveito das oportunidades.

Oliveira (2002, p. 140) ressalta que existe outro aspecto que pode

influenciar a postura da organização: o elemento psicológico, que abrange

valores, atitudes, motivações e vontade dos proprietários, bem como dos

gestores. Para fazer frente a esta situação a organização deve escolhe estar em

uma ou mais posturas estratégicas, como a sobrevivência, manutenção,

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crescimento e desenvolvimento isso vai depender do que ocorre na organização e

seu mercado.

O autor (2002, p. 141) destaca que para identificar pontos fortes e fracos,

oportunidades e ameaças deve se formar critérios estruturados para essa

identificação. Kepner e Tregoe (1978, apud OLIVEIRA, 2002, p. 141)

desenvolveram a metodologia chamada de GUT (Gravidade/Urgência/Tendência)

que usada para estabelecer a predominância dos pontos fortes e fracos e

oportunidades e ameaças:

Gravidade: “[...] tudo aquilo que afeta, profundamente, a essência, o

objetivo ou resultado da empresa, do departamento ou da pessoa. Sua

avaliação decorre do nível de dano [...] que pode advir dessa situação.”

Urgência: “[...] o resultado da pressão do tempo que a empresa sofre

ou sente. Sua avaliação decorre do tempo que se dispõe para atacar a

situação ou para resolver a situação provocada pelo fator considerado.”

Tendência: “[...] o padrão de desenvolvimento da situação, sendo que

sua avaliação está relacionada ao estado que a situação apresentará

caso o executivo não aloque esforços e recursos extras.”

O autor (2002, p. 142) comenta que os propósitos empresariais

representam o compromisso ou setores de atuação que a organização estabelece

no sentido de atender a sua missão. Esses propósitos, adequando aos conceitos

de Ansoff (1977, apud OLIVEIRA, 2002, p. 142), devem ser apontados a partir

dos componentes: o binômio produto versus mercado, o vetor de crescimento, a

vantagem competitiva, a sinergia e o risco envolvido.

Alguns aspectos no estudo da relação produto versus mercado

De acordo com Oliveira (2002, p. 143), o binômio produto versus mercado

“vai restringir a empresa ao ramo e aos mercados em que ela atua”, e “reduz a

amplitude da análise ambiental a mercados, e, conseqüentemente, a produtos

bem delimitados.” Nessa relação produto versus mercado, pode-se utilizar alguns

métodos que auxiliam o executivo no processo de planejamento estratégico:

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Unidade estratégica de negócio

De acordo com Oliveira (2002, p. 144), nesse método,

a área ou produto ou segmento de mercado da empresa deve ser considerado como um centro de resultado, razoavelmente, autônomo; deve ter seu próprio administrador e ser, antes de tudo, responsável pela operação global e pela saúde de um negócio específico.

Análise do portfólio do produto

Acordo com Oliveira (2002, p. 144), neste método os gestores elaboram

uma medida de participação de mercado e do crescimento da indústria ou setor,

em um gráfico bidimensional. Com o propósito de levantar e avaliar o fluxo de

caixa esperado por produto ou unidade de negócio. A participação de mercado

está relacionada com a lucratividade e o crescimento da indústria indicador que

mostra os recursos financeiros devem ser investidos na organização

Análise da atratividade do mercado.

Oliveira (2002, p. 145) considera que, neste método, os gestores devem

analisar o nível de atratividade de um mercado e a posição de um determinado

propósito ou negócio dentre deste mercado considerado. “O resultado dessas

avaliações, quando colocado em gráfico bidimensional, ajuda o executivo a

determinar a atratividade geral relativa das diferentes unidades estratégicas de

negócio [...], do ponto de vista de um investimento pela empresa.”

PIMS – Profit Impact f Market Strategy

Para Oliveira (2002, p. 145), “o PIMS procura estabelecer com quais

fatores ou variáveis o executivo deve preocupar-se quando está efetuando o

planejamento estratégico, bem como quais estratégias seriam melhores para a

empresa e em que condições de mercado.” Dessa forma os gestores podem

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incluir uma extensa lista de variações estratégicas, bem como variações

situacionais.

Alguns aspectos do vetor de crescimento

Oliveira (2002, p. 77), comenta que o vetor de crescimento aponta o rumo

para o qual a organização está movendo-se e permite identificar se está

crescendo internamente ou através das fronteiras da indústria onde está

localizada.

Penetração no mercado: “corresponde à expansão que visa

ampliar a porcentagem de participação para o binômio produto

versus mercado atual.”

Desenvolvimento de mercado: “é a expansão que decorre da

descoberta de novos usos e novas necessidades para o produto

que a empresa possui.”

Desenvolvimento de produto: “é a expansão cujo objetivo é

introduzir no mercado novos produtos com a finalidade de substituir

os que existem.”

Diversificação: “neste caso, os produtos, bem como seus usos e

necessidades, são novos para a empresa.”

O quadro a seguir se exibe uma análise da adaptação dos componentes

do vetor do crescimento.

Quadro 3 - Componentes do valor do crescimento.

Produtos e seus usos e necessidades

Produtos atuais Novos produtos

Usos atuais Penetração no mercado Desenvolvimento de produto

Novos usos Desenvolvimento de mercado

Diversificação

Fonte: Adaptado Oliveira (2002, p.145).

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Para finalizar Oliveira (2002, p. 146) comentando que “os componentes do

vetor de crescimento permitem estabelecer a direção do crescimento da empresa

de maneira precisa.”

Alguns aspectos da vantagem competitiva

Oliveira (2002, p. 146) comenta que o ambiente onde a organização esta

inserida geralmente é competitivo, sendo assim, seus gestores devem estar

atentos a qualquer mudança em seu ambiente, tanto no político, legal, econômico,

cultural, ecológico, tecnológico, social e demográfico, e planejar uma estratégia

para ser diferente de seus concorrentes.

Figura 5 - Empresa e a indústria competitiva.

Fonte: Adaptado de Oliveira (2002, p. 146).

O autor (2002, p. 147) apresenta os aspectos para que a organização

tenha vantagem competitiva em seu ambiente, e para que a postura de atuação

de seus gestores possa facilitar uma situação de vantagem competitiva para a

mesma.

Ambiente

político

Ambiente

legal

Ambiente

econômico

Ambiente

demográfico

Ambiente

social

Ambiente

tecnológico

Ambiente

cultural

Ambiente

Ecológico

Indústria

Competitiva

Empresa

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Os aspectos para que a empresa tenha vantagem competitiva, em relação

ao seu ambiente são:

Não ter concorrentes muito fortes;

Não ter problemas de suprimento de recursos financeiros, humanos,

tecnológicos e materiais;

Ter acesso à tecnologia inovadora; e

Ter boa imagem institucional.

Para que a situação geral da empresa possa apresentar vantagem competitiva,

ela deve apresentar:

Alta tecnologia que possibilite redução de custos, simplicidade do

processo produtivo e preços competitivos dos produtos ou serviços;

Alta liquidez financeira;

Baixo grau de endividamento;

Alto nível de capacitação do quadro profissional;

Adequado sistema de informações gerenciais;

Boa imagem dos produtos e serviços;

Boa relação com o mercado;

Adequada capacitação da capacidade instalada;

Alto poder de entrada nos segmentos de mercado; e

Agilidade e flexibilidade interna.

Os aspectos para que a postura de desempenho da alta administração

possa promover uma situação de vantagem competitiva para a empresa são:

Aceitar e saber administrar o risco;

Ter sentido de oportunidade, desenvolvendo os negócios atuais e

identificando novos negócios;

Saber o que, realmente, deseja para a empresa;

Saber formular e operacionalizar estratégias criativas e inovadoras;

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Saber estabelecer e fazer cumprir as políticas da empresa;

Estar com a visão voltada para o mercado;

Saber liderar;

Saber motivar;

Estar aberta à inovação e à criatividade;

Ter adequada atuação de lobby;

Administrar, adequadamente, os projetos e os recursos; e

Controlar e avaliar de forma rígida, compreensível, imparcial, simples e

constante.

Oliveira (2002, p. 148) explica que normalmente nem todos os itens acima

são cumpridos, pois a vantagem competitiva é muito circunstancial e depende da

cada organização, mesmo por que a mudanças no passar do tempo. O importante

é ter conhecimento que a vantagem competitiva, é identificada pela organização

em comparação aos seus concorrentes.

Alguns aspectos da sinergia

Conforme Oliveira (2002, p. 148), “sinergia corresponde a uma ação

coordenada entre vários elementos que compõem um sistema, de modo que a

soma das partes se torne maior do que o efeito obtido, isoladamente, através de

cada elemento.” A sinergia pode estar em duas circunstâncias:

Positiva, que corresponde à situação adequada da sinergia,

conforme definido; e

Negativa, quando, embora exista uma ação conjunta de vários

elementos de um sistema, a soma das partes é menor que o efeito

obtido, isoladamente, através de cada elemento.

Ainda Oliveira (2002, p. 148) a sinergia pode assumir algumas formas numa

empresa:

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Sinergia administrativa: está associada à capacidade do que a

empresa pode produzir ou servir, onde se deve examinar se uma

expansão ou alguma alteração pretendida pela empresa é combinada

com seus recursos humanos e pelo modelo de gestão.

Sinergia nos investimentos: são investimento que empresa pode

fazer para contribuir e melhor uso dos equipamentos, dos acessos

(como o espaço nas fábricas), dos procedimentos (como grandes

compras com maiores descontos), etc.

Sinergia mercadológica: considera-se a capacidade no setor de

vendas, na distribuição, no esforço promocional, na marketing, etc.

Sinergia operacional: “este tipo pode decorrer da existência de

economia de escala relacionada à experiência e tecnologia inerentes ao

processo produtivo e aos produtos da empresa” (OLIVEIRA, 2002, p.

149)

Sinergia de risco: neste caso, a empresa procura resultados mais

sinérgicos, com menores riscos, e uma situação administrativa com

objetivos bem definidos.

Sinergia de flexibilidade: “a maior flexibilidade interna pode ser o

resultado de um processo sinérgico, tendo em vista maior estabilidade

diante do ambiente.” (OLIVEIRA, 2002, p. 149).

O autor (2002, p. 149) finaliza explicando o conceito de sinergia, que “tem

elevada importância para o processo de planejamento estratégico, pois permite o

estabelecimento de melhor base conceitual para a análise no processo decisório,

principalmente na decisão quanto aos investimentos a serem realizados.”

Alguns aspectos do risco

Oliveira (2002, p. 149) explica que “existe risco quando são conhecidos os

estados futuros que possam surgir e suas respectivas probabilidades de

ocorrência.” O autor diferencia os riscos nas seguintes formas conforme Zaccarelli

(1990 apud OLIVEIRA, 2002, p. 96).

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Riscos da compatibilidade atual entre a empresa a seu ambiente:

“diz respeito à necessidade de a empresa transformar-se

acompanhando a evolução do ambiente.”

Riscos da evolução futura do ambiente empresarial: “está

relacionado com a situação de conseguir detectar qual o

direcionamento das mudanças ou evolução que irá ocorrer no ambiente

e qual a sua intensidade.”

Riscos da avaliação do poder da empresa para alterar o ambiente

empresarial: “está relacionado com a capacidade da empresa em

vencer as resistências do meio, tornando bem-sucedida uma inovação.”

O autor (2002, p. 150) ainda ressalta que “o risco representa um dos

aspectos mais fortes na ação estratégica da empresa e, portanto, o executivo

deve procurar estruturar toda uma situação para tentar administrar o risco ao

longo de seus desenvolvimento.”

Avaliação da postura estratégica

De acordo com Oliveira (2002, p.150) para avaliação da postura estratégica

da organização, os gestores devem considerar:

Os parâmetros para medir o desempenho da empresa como a taxa

histórica e atual de crescimento, a participação histórica e atual no

mercado, o nível histórico e atual de rentabilidade e a capacidade

histórica e anual de sobrevivência da empresa;

Os critérios para classificação da empresa; critério como bom, regular

ou ruim;

Os pesos relativos que o gestor deve estabelecer para os vários

parâmetros. Esses pesos podem ser estabelecidos em função de:

tamanho da empresa, taxa de crescimento, participação no mercado

atual e tendência futura, rentabilidade atual e tendência futura,

lucratividade atual e tendência futura, capacidade sobrevivência,

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capacidade de desenvolvimento e objetivos dos proprietários e

principais administradores da empresa. Cada um desses aspectos

poderá ser comparado com a atuação atual e passada da empresa e

dos concorrentes, e os objetivos e desafios estabelecidos por esta.

Desta forma, o gestor deve acompanhar algumas informações para avaliar

a postura estratégica a partir da situação atual comparando com o passado da

organização em busca de metas e objetivos.

2.3.2.5 Estabelecimento das macroestratégias e macropolíticas

Segundo Oliveira (2002, p. 151) “macroestratégias correspondem às

grandes ações e caminhos que a empresa vai adotar, visando atuar nos

propósitos atuais e futuros identificados dentro da missão, tendo como motor de

arranque sua postura estratégica.”

“Macropolíticas correspondem às grandes orientações que toda a empresa

deve respeitar e que irão facilitar e agilizar suas ações estratégicas.” (OLIVEIRA,

2002, p. 151)

2.3.3 Instrumentos prescritivos

Esta fase do processo do planejamento estratégico de Oliveira (2002, p.

78) mostra as diretrizes que deve fazer na empresa, conforme a sua postura

estratégica, para que os objetivos estabelecidos na missão sejam alcançados.

Neste sentido, o autor (2002, p. 78) ressalta que os instrumentos

prescritivos são estabelecidos nas seguintes etapas.

Estabelecimento de objetivos, desafio e metas;

Estabelecimento de estratégias e políticas funcionais;

Estabelecimento dos projetos e planos de ação;

Desta forma, apresentam-se cada uma dessas etapas, mais

detalhadamente, nos próximos itens desse tópico.

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2.3.3.1 Estabelecimento de objetivos, desafios e metas

Chiavenato (1987, p. 129) define os objetivos como sendo “as pretensões

ou propósitos da empresa, os quais, tomados em conjunto, definem sua própria

razão de ser ou de existir.” São agrupados em quatro categorias:

Lucro: retorno do investimento aos proprietários e caixa da empresa;

Expansão da empresa;

Segurança: objetivo assegurar o futuro e continuidade da empresa; e

Autonomia ou independência: determinação de destino da empresa.

De acordo com Stoner (1985, p. 70),

Um objetivo é um alvo que precisa ser atingido para a organização poder atingir suas metas. Os objetivos são, por natureza, mais específicos que a definição da missão e são, na realidade, a tradução da missão em termos mais específicos e concretos com os quais se possa medir os resultados.

Oliveira (2002, p. 78) afirma que, nesta fase, o gestor deve estabelecer

através de diferentes técnicas (confrontando fatores externos e internos,

conhecimento dos cenários e objetivos), os seguintes aspectos:

Objetivo: “é o alvo ou situação que se pretende atingir. Aqui se

determina para onde a empresa deve dirigir seus esforços.”

Objetivo funcional: “é o objetivo intermediário, relacionado às aeras

funcionais, que deve ser atingido com a finalidade de alcançar os

objetivos da empresa;

Desafio: “é uma realização que deve ser, continuadamente,

perseguida, perfeitamente quantificável e com prazo estabelecido, que

exige esforço extra e representa a modificação de uma situação [...]”

Meta: “corresponde aos passos ou etapas, perfeitamente quantificados

e com prazos para alcançar os desafios e objetivos.”

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Conforme Oliveira (2002, p. 160), o objetivo e desafio têm significação

diferente um do outra, porém aconselha que os gestores possam juntar os dois

itens e trabalhar com a seguinte conceituação: ”Objetivo é o alvo ou o ponto

quantificado, com prazo de realização e responsável estabelecidos, que se

pretende alcançar através de esforço extra.” Esse aspecto, também, está

relacionado ao fato ao objetivo que poder ter dois tipos básicos de valor:

Instrumental: aceita a aquisição ou retenção de algo de valor.

Estilístico: tem valor por si próprio.

Para Maximiano (2004, p.176), o objetivo é onde a empresa pretende

chegar, tendo foco voltado para seus clientes e mercados, produtos e serviços,

participação no mercado, indicadores de desempenho entre outros.

Quanto ao termo meta, Oliveira (2002, p. 161) apresenta duas definições:

Meta é a quantificação do desafio;

Meta é a etapa para se alcançar determinado objetivo.

Base dos objetivos das pessoas

Para Oliveira (2002, p. 162) não é a empresa que tem os objetivos pois é

uma entidade sem vida própria, o que existe são os objetivos que seus gestores

definem. Dessa forma, quanto maior o poder relativo de um indivíduo dentro da

empresa, mais ele influencia a definição dos objetivos.

Dessa forma, é de total importância que seu colaboradores tem

consciência dos objetivos de empresas e que considerem como seus próprios

objetivos. De acordo com Oliveira (2002, p. 163) isso ocorre quando:

Os objetivos da empresa expressam valores culturais que se identificam

com os valores individuais; e

Os funcionários identificam-se com os valores de seu grupo de trabalho

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Importância dos objetivos

Oliveira (2002, p. 163) comenta que apesar de o objetivo ser considerado

importante de forma geral seja na literatura ou dia a dia organizacional, em alguns

casos ocorre o não comprometimento dos funcionários com os objetivos da

organização. O autor (2002, p. 164) ainda coloca que “ os executivos da empresa

costumam esquecer que os objetivos permitem não somente guiar as ações, mas

também estimulá-las.

Assim sendo, Oliveira (2002, p. 164) mostra de forma resumida as

finalidades dos objetivos, a saber:

Fornecer aos indivíduos um sentimento certo de seu papel na empresa;

Dar firmeza á tomada de decisão entre os diversos dirigentes;

Estimular o interesse e a realização baseada em resultados esperados;

Fornecer a base para as ações corretivas e controle.

O autor (2002, p. 164) finaliza este item mencionando que uma empresa

pode ter vários objetivos, uma das funções dos gestores é examinar o grau de

importância de cada um deles.

Características dos objetivos e desafios

Oliveira (2002, p.165) cita as principais características dos objetivos e

desafios, que devem ser resumidas na necessidade de serem:

Hierárquicos: sempre que possível, os objetivos e desafios principais

devem ser dispostos em escalas hierárquicas, demonstrando quais são

prioritários, quais são secundários, etc., e como foram estabelecidas as

prioridades;

Quantitativos: sempre que possível devem ser expressos como

quantitativos ou operacionais;

Realistas: os objetivos e desafios devem surgir de uma análise das

oportunidades e ameaças ambientais e dos pontos fortes e fracos, bem

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como dos recursos da empresa e não de pensamentos, desejos e

simples expectativas de seus diferentes administradores e

colaboradores;

Consistentes: uma empresa pode estar buscando vários objetivos e

desafios importantes d uma só vez, mas estes devem ser consistentes

entre si;

Claros, entendidos e escritos: os objetivos e desafios permitem maior

amplitude de controle, visto que a tarefa da chefia é simplificada e o

planejamento estratégico é mais fácil de ser feito quando os objetivos e

desafios são claros e entendidos por todos os profissionais envolvidos

no processo;

Comunicados: a finalidade e conteúdo dos objetivos e desafios devem

ser comunicados a todos os envolvidos, direta ou indiretamente, em sua

realização;

Desmembrado em objetivos funcionais: objetivos das empresas nas

suas áreas funcionais, que pode ser marketing, produção, finanças e

recursos humanos, por exemplo;

Motivadores: os objetivos e desafios precisam propiciar uma

circunstância de motivação para promover as estratégias a serem

ampliadas pelos administradores e colaboradores, visando obter seu

alcance;

Utilitários: os objetivos e desafios devem mencionar quem vai favorecer-

se quando forem atingidas;

Decisórios: os objetivos e desafios devem explicar as decisões

principais envolvidas em seu processo; e

Operacionais: os objetivos e desafios devem visualizar os aspectos

básicos que necessitam ser realizados para seu alcance.

Por tanto conclui-se que os objetivos se mostram de diferentes tipos, cabe

os gestores estarem consciente das características e necessidades da

organização para poder usar na mesma.

Processo de estabelecimento dos objetivos e desafios

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Oliveira (2002, p. 170) menciona que “o estabelecimento de objetivos e

desafios é básico para qualquer atividade ou negócio, uma vez que, não sabendo

aonde se quer chegar com a empresa, qualquer caminho servirá.” O autor (2002)

ainda destaca que existem dois elementos importantes no estabelecimento de

qualquer objetivo:

o elemento psicológico: valores, atitudes, motivações e desejos de

indivíduos; e

um conjunto de instrumentos: recursos financeiros, humanos, materiais,

de equipamentos, etc.

Deste modo a uma relação entre desejo/instrumento, os objetivos podem

ser considerados como praticáveis pela organização como um todo e aprovado

pelos gestores como desejáveis.

O autor (2002, p. 171) demonstra que os objetivos podem ser colocados de

diferentes formas, como:

Forma determinística: Ex.: Alavancar as vendas em 5% até o final do

ano;

Forma probabilística: Ex.: Não passar de 2% dos produtos devolvidos

por defeito;

Forma qualitativa: Ex.: Melhorar a imagem da empresa perante a

sociedade;

Forma logística: Ex.: Adquirir o domínio acionário da principal

concorrente.

Para Oliveira (2002, p. 171) os objetivos e desafios podem ser

estabelecidos na organização de cima para baixo, ou seja, pelos sócios

proprietários ou acionista que possuem maior parcela de poder e os demais

funcionários encontram-se numa situação tranqüila, ou de baixo para cima, onde

os funcionários tem atuação operacional. Pode-se atuar nos dois caminhos, o que

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pode resultar numa condição adequada para a organização. Outro aspecto

quanto ao estabelecimento dos objetivos e desafios é que eles podem ser:

de obtenção: quando a empresa quer obter algo que ainda não possui;

e

de manutenção: quando a empresa quer manter algo que já tem.

No estabelecimento de objetivos e desafios pela empresa, pode-se ter a

seguinte situação integrativa:

A alta administração (1º nível) estabelece os objetivos da empresa;

Com base nos objetivos empresariais (2º nível) estabelece os objetivos

funcionais;

Os dados acima voltam para a alta administração, que revê os

objetivos, se for o caso, efetua a consolidação geral;

O processo volta para a média administração, que revê os objetivos

funcionais e estabelece seus desafios no nível do 2º escalão;

O processo segue para o 3º nível (operacional), que estabelece seus

desafios, tendo em vista os objetivos funcionais e desafios do 2º nível

da empresa;

Todo o processo voltou para o 2º nível para os devidos ajustes;

Todo o processo volta para 1º nível para os devidos ajustes; e

O primeiro nível consolida e analisa o processo, deflagrando-o a seguir

em toda a empresa.

Por tanto, entende-se que no estabelecimento dos objetivos e desafios,

todos os indivíduos organização têm uma enorme função, seja no

estabelecimento, estudo, revisão ou nas adequações dos objetivos. Determinando

os objetivos surgem alguns benefícios; tais como: direcionamento de esforços

para onde vale a pena, melhor estabelecimento de necessidades, motivação pela

maior participação e maior conhecimento da organização, incluindo seus

recursos.

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Figura 6 - Processo de estabelecimento dos objetivos e desafios na empresa.

Fonte: Adaptado Oliveira (2002, p. 173)

Quantificação dos objetivos e desafios

Conforme Oliveira (2002, p.173)

o processo de estabelecimento dos objetivos e desafios de uma empresa pode passar, em um momento inicial, por uma abordagem qualitativa, mas, seguramente, tem que se consolidar em uma abordagem quantitativa, em que os resultados esperados são quantificados de maneira adequada.

Kaplan e Norton (1998 apud OLIVEIRA, 2010, p.160) ponderam que os

indicadores e as medidas podem ocorrer em quatro grandes perspectivas:

Perspectiva financeira: “Como estamos indo na perspectiva das

pessoas de fora que estão interessadas nos resultados da empresa?”

Pessoas de fora: acionistas, governo, instituições financeiras,

fornecedores, comunidade.

As medidas financeiras podem estar relacionadas a: sobrevivência (fluxo

de caixa), sucesso no crescimento (volume de vendas e rendimento operacional)

e prosperidade (aumento do valor das ações e o nível de retorno dos

investimentos).

Alta administração Objetivo da empresa (1º nível)

Média Objetivos funcionais Administração Desafios (2º nível)

Baixa Desafios

Administração operacionais

(3ºnível)

A

E H

G

F

H

B D

C

H

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Perspectiva dos clientes: “Como nossos clientes nos vêem?”

A preocupação com os clientes tende a enquadrar-se em quatro

categorias: tempo para atendimento das necessidades, qualidade dos produtos e

serviços oferecidos, desempenho e validade dos produtos e serviços, e custos

dos produtos e serviços.

Perspectiva dos processos internos: “No que devemos ser realmente

bons?”

A preocupação essencial é determinar os aspectos em que a empresa

precisa superar-se, o que ela precisa fazer internamente para satisfazer os seus

clientes.

Essas medidas internas podem estar relacionadas a: tempo, qualidade,

habilidade e capacitação dos funcionários, produtividade, bem como custo dos

produtos e serviços oferecidos no mercado.

Perspectivas de inovação e do aprendizado: “Podemos continuar

melhorando e adicionando valor?”

A empresa ganha valor no mercado pela sua habilidade para inovar,

melhorar e aprender.

Necessidade de renovação periódica dos objetivos e desafios

De acordo com Oliveira (2002, p. 176),

mesmo que as condições internas e externas à empresa não se alterem, uma reavaliação sistemática de objetivos e desafios é aconselhável, visto que a manutenção do mesmo plano de ação durante longo período de tempo não provoca impactos favoráveis sobre a empresa, uma vez que seus objetivos passam a ser estáticos, o que pode redundar em conseqüências indesejáveis em termos de sua dinâmica de operação.

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Por tanto, os gestores devem sempre atualizar os objetivos da organização

com as mudanças de seu mercado, e elaborar um processo dinâmico e flexível

que apresente a realidade da organização.

Teste de validade e de conteúdo dos objetivos e desafios

De acordo com Oliveira (2002, p. 177) para averiguar a validade e o

conteúdo dos objetivos e desafios, os executivos deve, levar em consideração,

entre outros fatores, se o objetivo ou o desafio:

É ou não um rumo para a estratégia;

Gera a tomada de decisão ao ajuda os executivos escolher a alternativa

estratégica que mais deseja;

Aconselha os instrumentos para uma avaliação e controle da eficiência,

eficácia e da efetividade da organização;

Estabelece empenho extra, para representar um desafio para a

organização;

Define o conhecimento da capacitação interna e externa da

organização;

Pode ser aplicado a todos e qualquer nível hierárquico da organização;

É perfeitamente entendível e vendável a todos os níveis hierárquicos

envolvidos na organização.

Lucro como objetivo

Oliveira (2002, p. 177) afirma que o lucro é o objetivo mais citado pela

organização, principalmente pelos economistas. Porém, os executivos devem

evitar colocar o lucro como objetivo principal da organização, pois ele pode servir

para analisar os resultados do passado, mas, quando usado para antecipar a

situação futura da organização, pode levar os executivos a pensar e agir a curto

prazo, o que não está de acordo com o planejamento estratégico.

Deste modo, o certo é colocar o valor do produto e do serviço em primeiro

lugar, o lucro depois, ou talvez nunca, é simples uma maximização dos lucros.

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Outra situação que os executivos deve ficar atento é que só pensar em

lucro pode acarretar em uma desmotivação de seus colaboradores, pois estes

perceberão que somente a organização se beneficia. O ideal é não só pensar em

lucro, mas procurar outras formas de atingir o mesmo resultado.

2.3.3.2 Estabelecimento de estratégias e políticas funcionais

Segundo Oliveira (2002, p. 78):

Estratégia: “é a ação ou caminho mais adequado a ser executado para

alcançar o objetivo, o desafio e a meta. [...] A partir das estratégias,

devem ser desenvolvidos os planos de ação, os quais são consolidados

através de um conjunto de projetos.”

Política: “[...] quantidades limites de abrangência das estratégias e

ações para a consecução dos objetivos. A política fornece [...]

orientações para a toma de decisão. Corresponde a toda base de

sustentação para o planejamento estratégico.”

De acordo com Chiavenato (1987, p. 136), após fazer as análises interna e

externa da organização, pode-se determinar as ações estratégicas sobre o

destino da organização, que podem ser estratégias ativas e passivas. As

estratégias ativas, que podem ser chamadas de ofensivas, acontecem antes que

sejam obrigadas a reagir perante das ameaças ou oportunidades, e as estratégias

passivas, ou defensivas, ocorrem após serem obrigadas a reagir.

Algumas definições de estratégia

Oliveira (2002, p. 194) apresenta as seguintes definições de outros autores

para estratégia:

movimento ou uma série específica de movimentos feitos por uma

empresa (Von Neumann e Morgenstern, 1947:79);

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determinação de metas básicas a longo prazo e dos objetivos de uma

empresa, e a adoção das linhas de ação e aplicação dos recursos

necessários para alcançar essas metas (Chandler Jr., 1962:13);

conjunto de decisões que determinam o comportamento a ser exigido

em determinado período de tempo (Simon, 1971:79);

manutenção do sistema empresarial em funcionamento, de forma

vantajosa (Rumelt, 1974:28);

processo de selecionar oportunidades definidas em termos de pedidos

a serem atendidos e produtos a serem oferecidos (Pascale e Athos,

1982:8);

modo pelo qual a empresa procura distinguir-se de maneira positiva da

concorrência, usando seus pontos fortes para atender melhor às

necessidades dos clientes (Ohmae, 1985:42).

Desta forma, observa se que mesmo usando palavras diferentes, os

autores abordam o mesmo assunto e concordam que a estratégia é muito

importante em uma organização.

Formas de classificar as estratégias

De acordo com Oliveira (2002, p. 196), as estratégias podem ser

classificadas de diferentes formas, conforme apresentado no quadro a seguir:

Quadro 04: Formas de classificar as estratégias

a) Quanto à amplitude: macroestratégias: ação que a empresa vai tomar perante o ambiente;

estratégia funcional: forma de atuação de uma área funcional da empresa; e

microestratégia: forma de atuação operacional. b) Quanto à concentração:

estratégia pura: desenvolvimento específico de uma ação numa área de atividade;

estratégia conjunta: combinação de estratégias.

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c) Quanto à qualidade dos resultados:

estratégias fortes, que provocam grandes mudanças ou alterações de impacto para a empresa; e

estratégias fracas, cujos resultados são mais amenos para a empresa.

d) Quanto à fronteira: estratégias internas à empresa: como a reorganização para alterar a forma como a alta administração lidará com os funcionários da empresa;

estratégias externas à empresa: por exemplo, à descoberta de nova oportunidade como resultado da ação de um concorrente; e

estratégias internas e externas à empresa: situação adequada de estratégias, pois proporciona a interligação entre aspectos internos e externos da empresa.

e) Quanto aos recursos aplicados:

estratégias de recursos humanos: o grande volume de recursos considerados refere-se ao fator humano;

estratégias de recursos não humanos: existe predominância de aplicação de recursos materiais e/ou financeiros; e

estratégias de recursos humanos e não humanos: ocorre determinado equilíbrio entre os dois tipos de recursos aplicados.

f) Quanto ao enfoque: estratégias pessoais: valores, motivações, proteções contra o ambiente hostil, métodos de mudar o ambiente, técnicas para lidar com o pessoal e execução de tarefas pelo executivo; e

estratégias empresariais: a ação da empresa perante seu ambiente.

Fonte: Oliveira (2002, p. 196)

Por meio deste quadro, podemos perceber que as estratégias podem ser

classificadas de diferentes formas, em relação ao local onde a organização vai

implantar, ao número de estratégias, ao impacto que terá na organização, aos

tipos de recursos usados, etc.

Importância da estratégia

Para Oliveira (2002, p. 198), as estratégias têm função importante dentre a

organização, facilita e aperfeiçoa a interação da organização com seus fatores do

ambiente externo, e também tem uma grade influencia no ambiente interno.

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“As estratégias empresariais determinam as necessidades da estrutura

organizacional em termos de qualificações, as quais, por sua vez, estabelecem a

estrutura de pessoas, sistemas, estilo administrativo e valores comuns.” (Mills,

1993, p. 116 apud OLIVEIRA, 2002, p. 198)

Oliveira (2002, p. 198) salienta que as estratégias, mesmo sendo de

grande importância para a organização, não é a única que ira determinar o

sucesso ou fracasso da mesma, a competência de seus gestores é tão importante

quanto suas estratégias. Deste modo, uma estratégia em elaborada e executada

pode trazer resultados importantes para a organização.

Tipos de estratégias

Conforme Oliveira (2002, p.199), o gestor poderá escolher o tipo de

estratégia que seja o mais apropriado para a organização, tendo em vista sua

capacitação e o objetivo estabelecido. Assim, o ajuste de estratégias deve ser

feito de forma que aproveite as oportunidades possíveis, e empregando a

estratégia certa no tempo certo. As estratégias poderão ser classificadas por

diferentes tipos especificadas a seguir:

Estratégia de sobrevivência

Segundo Oliveira (2002, p. 199), a estratégia de sobrevivência

deve ser adotada pela empresa quando não existe outra alternativa, ou seja, apenas quando o ambiente e a empresa estão em situação inadequada ou apresentam perspectivas caóticas (alto índice de pontos fracos internos e ameaças externas). Em qualquer outra situação, quando a empresa adota esta estratégia por medo, as conseqüências podem ser desastrosas.

Os tipos que se enquadram na situação de estratégia de sobrevivência são:

● Redução de custos: estratégia mais usada em momentos de

recessão; reduzindo custos como de pessoal e níveis de estoque,

diminuindo compras, melhorando a produção e outros.

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Desinvestimentos: é comum as empresas depararem com produtos

serviços que deixam de ser importantes, e a melhor saída neste

momento é desinvestir, para não sacrificar o negócio e apenas mantê-

lo.

Liquidação do negócio: é uma estratégia usada em última instância,

quando não existe outra saída a não ser fechar o negócio.

Estratégia de manutenção

Oliveira (2002, p. 200) mostra que na estratégia de manutenção

a empresa identifica um ambiente com predominação de ameaças; entretanto, ela possui uma série de pontos fortes [...] acumulados ao longo do tempo, que possibilitam ao executivo [...] manter sua posição conquistada até o momento. Para tanto, deverá sedimentar e usufruir, ao máximo, seus pontos fortes, tendo em vista, inclusive, minimizar seus pontos fracos, bem como maximizar os pontos fracos da concorrência e evitar ou minimizar a ação de seus pontos fortes.

A estratégia de manutenção, segundo o autor (2002, p. 200), pode

apresentar-se de três formas:

Estratégia de estabilidade: conservação de um estado de

estabilização ameaçado, ou ainda seu retorno em caso de perda.

Estratégia de nicho: domínio de um segmento de mercado em que

atua, a empresa dedica-se a um único produto, mercado, tecnologia ou

único negócio, não havendo empenho em desviar seus recursos para

outras atuações.

Estratégia de especialização: a empresa conquista ou mantém

liderança no mercado por meio da reunião dos esforços de expansão

numa única, ou poucas atividades da relação produtos versus

segmentos de mercados.

Estratégia de crescimento

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Oliveira (2002, p. 202) explica que “embora a empresa tenha

predominância de pontos fracos, o ambiente está proporcionando situações

favoráveis que podem transformar-se em oportunidades, quando, efetivamente, é

usufruída [...] pela empresa.”

Algumas das estratégias inerentes à postura de crescimento são:

Estratégia de inovação: a empresa procura antecipar-se da

concorrência, antecipando e desenvolvendo nova tecnologia e logo,

novos produtos e serviços.

Estratégia de internacionalização: a empresa amplia suas fronteiras,

estendendo suas atividades para fora do país de origem.

Estratégia de joint venture: é usada para entrar em um novo mercado,

onde duas empresas se unem, onde normalmente uma entra com a

tecnologia e a outra com o capital, associando-se para produzirem novo

produto.

Estratégia de expansão: indica a necessidade de a empresa manter

acompanhamento constante no índice do crescimento. Em cada fase do

processo de expansão o planejamento deve ser correto, de forma que a

expansão não coincida com outras empresas do setor.

Estratégia de desenvolvimento

Segundo Oliveira (2002, p. 203), na estratégia de desenvolvimento “a

predominância é de pontos fortes e de oportunidades. Diante disso, o executivo

deve procurar desenvolver sua empresa.”

O desenvolvimento pode assumir uma ou mais das seguintes conotações:

Desenvolvimento de mercado: a empresa leva seus produtos e

serviços a novos mercados, por meio do aumento de suas vendas.

Desenvolvimento de produtos e serviços: acontece quando a

empresa busca maiores vendas mediante incremento de melhores

produtos e/ou serviços para seus mercados atuais.

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Desenvolvimento financeiro: quando uma empresa se depara com

poucos recursos financeiros, ou seja, apresenta ponto fraco em

recursos financeiros, porém apresenta grandes oportunidades no

mercado; e a outra, o inverso. Portanto, as duas se juntam em uma

nova empresa, que passa ter tanto ponto forte em recursos financeiros,

quanto oportunidades de mercado. Desenvolvimento de

capacidades: quando uma empresa tem ponto fraco em tecnologia e

alto índice de oportunidades usufruídas e/ou potenciais se associa a

outra que é o inverso.

Desenvolvimento de estabilidade: fusão de empresas que buscam

tornar suas evoluções uniformes, sobretudo, quanto ao aspecto

mercadológico.

Oliveira (2002, p.204), comenta que mesmo a organização possuindo

domínio de pontos fracos, as estratégias de desenvolvimento financeiro e de

capacidade devem ser concideradas como um tipo de estratégia de crescimento,

sendo alocadas no subgrupo das estratégias de joint venture.

Portanto, a estratégia mais forte do desenvolvimento de uma organização

obedece a critérios como a diversificação, na qual, os produtos e seus usos são

distintos. Os gestores devem fazer uma análise detalhada para definir sobre a

diversificação.

Conforme Ansoff (1977, apud OLIVEIRA, 2002, p.204) normalmente, uma

empresa pesquisa oportunidade no ambiente para começar um processo de

diversificação quando:

Começa a ter problema em conseguir seus objetivos pelas alterações

no contexto interno e nas situações externa à empresa;

Considera uma situação de retorno para os planos de diversificação

maiores do que para outras estratégias;

Possui disponibilidade de recursos, depois de já ter designado o

suficiente para manter-se numa posição adequada no mercado; e

As informações disponíveis não forem suficientemente seguras para

permitir uma comparação procedente entre expansão e diversificação; e

isto, porque uma empresa tem muito mais informações sobre

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disponibilidades de expansão do que sobre o vasto campo externo para

a diversificação.

“Salienta-se que a expansão, ao contrário da diversificação, corresponde

ao desenvolvimento da empresa com seus atuais produtos, bem como com os

atuais usos dos mesmos.” (OLIVEIRA, 2002, p. 205).

Formulação da estratégia

Segundo Oliveira (2002, p. 212), esta etapa de formulação da estratégia é

um dos aspectos mais importantes que o executivo enfrenta no processo de

elaboração do planejamento estratégico. Nela, devem-se considerar, inicialmente,

três aspectos:

a empresa, com seus recursos, seus pontos fortes, fracos e neutros,

bem como sua missão, seus propósitos, objetivos, desafios e políticas;

o ambiente, com suas oportunidades e ameaças, em sua constante

mudança;

a integração entre a empresa e seu ambiente visando à melhor

adequação possível, estando inserido, nesses aspecto, a amplitude de

visão dos proprietários da empresa.

Oliveira (2002, p. 216) afirma que

a essência da formulação de estratégias consiste em lidar com a concorrência, pois a estratégia tem uma forte abordagem para consolidar uma vantagem competitiva para a empresa. Portanto, o executivo deve conhecer as forças que controlam a concorrência num setor industrial.

Maximiano (2004, p. 178) apresenta a seguir as estratégias e podem ser

comparadas ser classificadas em tipos ou categorias.

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Quadro 05: As principais estratégias das organizações, de diversos autores

AUTOR

ESTRATÉGIA SIGNIFICADO

ANSOF

Penetração no mercado

Desenvolvimento de mercado

Diversificação

Exploração de produtos tradicionais

Produtos tradicionais em novos mercados

Novos produtos em novos mercados

PORTER

Diferenciação

Liderança do custo

Foco

Identidade forte do produto

Baixo custo e baixo preço do produto

Atuação em nichos de mercado

MILLES e SNOW

Defesa

Prospecção

Análise

Reação

Permanência no mesmo mercado

Busca de novas oportunidades

Atuação em dois tipos de mercados

Incapacidade fazer ajustes

CERTO

Estabilidade

Crescimento

Redução de despesas

Permanência

Busca de novas oportunidades

Eliminação de desperdícios

Fonte: Maximiano (2004, p. 179)

Oliveira (2002, p.218), observa que as estratégias são estabelecidas com

base nos objetivos, desafios e metas, identificados no diagnóstico estratégico e

respeitando a visão, os valores, a missão, os interesse da organização e também

as informações dos cenários apresentados.

Oliveira (2002),sugere que com base em um processo estruturado, as

organizações podem realizar algumas estratégias, tais como:

Aumentar a participação no mercado;

Utilizar tecnologia moderna e inovadora, própria ou não;

Desenvolver otimizados canis de distribuição;

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Entrar em segmentos de mercados próximos aos atuais;

Abrir novos negócios para os produtos e serviços existentes; e

Aumentar o poder relativo da empresa no mercado já existente.

Portanto, Oliveira (2002), salienta que, formulação de estratégias tem em

vista lidar com a concorrência, pois, a estratégia tem como seu ponto forte

concretizar uma vantagem competitiva para a organização. O processo de

formulação de estratégias é um momento que força a criatividade de seus

gestores, onde essas estratégias criadas poderão afetar para melhor ou pior os

resultados da empresa.

Porter (apud OLIVEIRA, 2002, p. 218) avalia que as condições de

concorrência em uma indústria dependem de cinco forças principais:

Ameaça de novos concorrentes na indústria ou setor;

Poder de barganha dos fornecedores;

Ameaças de produtos ou serviços substitutos; e

Manobras para conseguir uma posição entre os atuais concorrentes,

representada pela força que a empresa impulsiona contra as outras

quatro forças consideradas.

Oliveira (2002, p. 218), conclui que “uma estratégia, para ser considerada

viável, deve ser consistente com os recursos disponíveis, ajustável às alterações

do ambiente e adequada, em termos de consecução dos objetivos propostos pela

empresa.”

Estratégias alternativas

De acordo Oliveira (2002, p. 218), por meio da análise interna e externa, e

ciente dos objetivos e desafios estabelecidos pela organização, os gestores

podem elabora uma lista de estratégias alternativas. Oliveira (2002, p. 218)

destaca que “as empresas devem tirar vantagem das oportunidades de

selecionar, dentre múltiplas alternativas, aquela que lhes pareça a melhor, ainda

que o processo de seleção possa ser complexo e impreciso.”

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Escolha da estratégia

Oliveira (2002, p. 219) comenta que a escolha da estratégia que melhor

interage a organização e o ambiente, é um dos aspectos importantes no processo

estratégico. Com ele, os gestores com o poder de decisão, deve estabelecer qual

estratégia deverá ser aplicada. A questão é avaliar “o porquê” uma estratégia foi

definida de determinada forma e “como a estratégia tomou esse caminho”.

Implantação da estratégia

Para Oliveira (2002, p. 221),

normalmente, a implantação de uma estratégia correspondente a, por exemplo, um novo produto ou serviço, cliente ou tecnologia e, portanto, exige alterações internas na empresa, tais como na estrutura organizacional, no sistema de informações e nos recursos. O executivo deve estar muito atento a isto para evitar problemas quanto aos resultados apresentados pela nova estratégia.

Para Tiles (1963, p. 114 apud OLIVEIRA, 2002, p. 222) existem alguns

aspectos que devem ser levados em consideração pelos administradores quando

se esta desenvolvendo e implantando estratégias em uma organização:

“a estratégia de uma empresa deve identificar-se com aqueles na

empresa que devem conhecê-la. [...] Se a estratégia não for escrita,

deverá ser, claramente, entendida através de outros meios de

comunicação”;

“a estratégia deve ser consistente com o ambiente da empresa”;

“a estratégia deve ser consistente com os pontos fortes internos,

objetivos, políticas, recursos e valores pessoais dos executivos e

empregados”;

“a estratégia deve equilibrar o risco mínimo com máximo potencial de

lucros, consistente com os recursos e perspectivas da empresa. Uma

das finalidades principais [...] é equilibrar o risco e o lucro de forma

apropriada”;

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“os executivos e os assessores devem compreender os diferentes

processos de desenvolvimento da estratégia e saber quando e como

aplicar cada técnica ao problema em questão”;

“a estratégia deve ter uma ocasião propícia e não ser ilimitada no

tempo”;

“as estratégias podem ser formuladas no período de planejamento

anual e em outras ocasiões”;

“as melhores estratégias são aquelas traçadas para se ajustarem a

determinada situação, negócio, empresa e modelo de gestão”;

“quanto maior for a empresa, mais estratégias terá de desenvolver”.

Portanto, as estratégias que serão implantadas devem ter sua base a partir

das necessidades da organização, do ambiente onde está inserida, verificar quais

recursos estão disponíveis, e analisar o período em que elas devem ser

implantadas e quando será necessário desenvolver.

Avaliação da estratégia

De acordo com Oliveira (2002, p. 224), na avaliação da estratégia os

gestores devem verificar se a estratégia que foi implantada esta alcançando

resultados, de modo que os objetivos e desafios e metas sejam atingidos.

Interação das estratégias e políticas na empresa

Oliveira (2002, p. 225) mostra alguns fatores ou variáveis que influenciam

no estabelecimento de estratégias, quando se e levado em consideração a

ligação destas com as políticas da organização:

Na política de produto ou serviço são:

marca;

desenho do produto;

especificações;

características; e

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composto de produto.

Na política de distribuição são:

o jeito de como o produto ou serviço chega ao consumidor final; e

como o canal de distribuição controla a compra.

Na política de promoção:

o administrador pode conferir como a compra é influenciada pelo

fabricante ou distribuidor.

Na política de preços, devem ser considerados:

se a empresa vai conservar preços mais baixos, mais altos ou iguais

aos dos concorrentes;

qual a rapidez e freqüência de variações de preços; e

qual a participação de cada comprador no total do faturamento.

Na política de clientes, os administradores podem avaliar:

os negócios e sua divisão em segmentos; e

os tipos e características da clientela e consumidores.

Na política de competitividade:

podem-se avaliar os benefícios dos produtos ou serviços em relação

aos dos principais concorrentes.

Na política financeira:

a composição de capital próprio e terceiros;

como obter capital a curto, médio e longo prazo;

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o custo de tomada de capital de terceiros; e

o composto de bancos e outras instituições financeiras que operam com

a empresa.

Na política de investimentos:

onde alocar os maiores recursos, tendo como base as análises de

viabilidade dos pontos de vista mercadológico, tecnológico, estrutural e

econômico-financeiro.

Na política de recursos humanos:

a capacitação interna;

a situação da motivação; e

a adequação profissional.

Na política de atuação social:

a relação do colaborador com as equipes e vice-versa;

a cultura organizacional;

o clima organizacional; e

a responsabilidade social da empresa.

Para Oliveira (2002, p.226) os fatores apresentados podem ser

considerados fundamentais às políticas decorrentes dos seguintes assuntos:

produtos ou serviços, distribuição, promoção, preços, clientes, competitividade,

finanças, investimentos, recursos humanos e atuação social.

Posicionamento da estratégia e da política no processo de planejamento estratégico

Oliveira (2002, p.228) recomenda o seguinte processo no planejamento

estratégico:

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Estabelecer as estratégias;

Estabelecer as políticas;

Rever as estratégias, com base nas políticas; e

Rever as políticas, com base nas novas estratégias

De acordo com o autor (2002, p. 227), em um processo de planejamento

estratégico, quando levado em consideração a estratégia e a política, a estratégia

deve ser considerada em primeiro lugar

Relação entre estratégias e projetos nas empresas

Segundo Oliveira, (2002, p. 228)

a estratégia vai estabelecer “o que” vai ser feito para se chegar à situação desejada (objetivos e desafios); o projeto vai explicitar “o como” atuar e operacionalizar as ações para realizar a decisão estratégica. Ou seja, é nos projetos que o executivo vai alocar e administrar os recursos necessários à ação estratégica.

Políticas empresariais

Segundo Oliveira (2002, p. 238)

as políticas procuram refletir e interpretar os objetivos e desafios, bem como estabelecem limites ao planejamento estratégico desenvolvido. [...] Uma política empresarial procura estabelecer as bases sobre como os objetivos e desafios serão alcançados; e procura mostrar às pessoas o que elas poderiam ou não fazer para contribuir para o alcance dos objetivos e desafios da empresa.

O autor (2002) avalia que “uma política pode ser mais do que apenas uma

formalidade.” Esta traz direcionamento apontando estratégias e estabelecendo o

rumo para os profissionais da organização.

Tipos de políticas

Oliveira (2002, p. 239) apresenta como as políticas podem ser classificadas:

De acordo com suas fontes de conhecimento:

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políticas estabelecidas: são as derivadas dos objetivos, desafios e

metas da empresa e são instituídas pela alta administração com a

finalidade de nortear os colaboradores em seu processo de tomada de

decisões;

políticas solicitadas: são os resultados das solicitações dos

colaboradores aos administradores, tendo em vista a necessidade de

obter orientações sobre como proceder em determinadas

circunstâncias; e

políticas impostas: são as derivadas de fatores que estão no ambiente

da empresa, como governo, sistema financeiro, sindicatos, etc.

Quanto á forma de divulgação:

explícitas: correspondem a afirmação ou posições escritas ou faladas

quanto a elementos indispensáveis ao tomador de decisões, para

promover sua preferência entre as alternativas existentes; e

implícitas: correspondem a uma situação em que a política não oferece

uma formalização, pois não é falada ou escrita.

Quanto à sua divisão em políticas gerais:

de negócios: representam os princípios e práticas decisivas das fases de

centralização nos esforços nos propósitos da empresa;

de direção: representam os princípios e critérios fundamentais do

processo decisório da empresa, do estabelecimento de objetivos e

estratégias, das obrigações da alta, média e baixa administração, bem

como do sistema de controle e avaliação das diferentes unidades da

organização; e

de gestão: representam o delineamento de um estilo administrativo da

empresa.

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73

Quanto à sua divisão em políticas específicas:

estas políticas concebem os princípios e leis que devem ser respeitadas

por uma área exclusiva da empresa.

2.3.3.3 Estabelecimento dos projetos e planos de ação

Segundo Oliveira (2002, p. 248), o projeto é o instrumento de interligação

do plano prescritivo com o quantitativo, e destaca que o “projeto pode ser

considerado um trabalho com datas de início e término previamente

estabelecidas, coordenador responsável, resultado final predeterminado e no qual

são alocados recursos necessários a seu desenvolvimento.”

Atividade: é a unidade ou parte identificada e dirigida dentro de um

projeto.

Programa: é o conjunto de projetos homogêneos quanto a seu objetivo

maior.

Administração de projeto: é o interesse de buscar de forma adequada

os melhores recursos possíveis para empresa, aspirando obter os

objetivos instituídos.

Plano de ação: é o conjunto de componente comuns dos diversos

projetos, quanto ao assunto, que está sendo tratado.

O estabelecimento dos projetos proporciona aos executivos condições de identificar e operacionalizar os planos de ação que a empresa irá desenvolver,com a finalidade de alcançar os resultados esperados e enfocados pelo planejamento estratégico.(OLIVEIRA, 2002, p.249)

Fases de um projeto

Oliveira (2002, p.242), aloca duas fases para qualquer projeto proposto.

Fase 1: Caracterização

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Nesta fase, os aspectos fundamentais a serem considerados são os

seguintes:

Identificação do problema-alvo;

Análise do ambiente do projeto;

Definição dos objetivos, desafios, metas a serem alcançados;

Definição dos critérios e parâmetros de avaliação do projeto;

Estabelecimento das estratégias a serem operacionalizadas;

Elaboração dos estudos de viabilidade necessários;

Negociação e definição dos recursos necessários;

Identificação da equipe de trabalho;

Programação e alocação dos recursos; e

Elaboração do manual do projeto.

Portanto, ao final dessa fase tem-se a proposta com o plano de efetivação

do projeto.

Fase 2: Execução

Nesta fase, os aspectos principais a serem considerados são os seguintes:

Utilização dos recursos disponíveis de acordo com o programado;

Supervisão da equipe de trabalho;

Acompanhamento e controle das atividades do projeto; e

Avaliação final dos trabalhos executados.

Durante essa fase, existem os relatórios informativos sobre as tarefas

efetuadas, e ao final é preciso apresentar um teste de avaliação geral.

Características da carteira de projetos

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Segundo Oliveira (2002, p. 251), ao final do plano prescritivo, o gestor terá

uma relação de projetos, que deve especificar o conjunto de trabalhos a serem

realizados.

Um conjunto de projetos deve conter determinadas características como:

Base em um método estruturado de planejamento estratégico;

Equilíbrio entre projetos a curto, médio e longo prazos;

Perspectiva do tempo de desempenho das tarefas analisadas em cada

programa, projeto ou atividade.

Baixa percentagem de ociosidade de colaboradores alocados nos

projetos;

Credibilidade da empresa; e

Equilíbrio entre os objetivos almejados e os que os usuários pretendem

conseguir e julgam mais adequados.

Características do sucesso de um projeto

Oliveira (2002, p. 252) apresenta alguns itens para examinar os aspectos

que indicam o sucesso de determinado projeto:

cumprimento dos prazos previstos;

enquadramento aos custos preestabelecidos;

cumprimento da qualidade técnica esperada;

cumprimento das exigências de viabilidade;

cumprimento de equilíbrio financeiro durante e/ou após a conclusão;

manutenção de equilíbrio operacional e financeiro nas atividades da

organização; e

aumento ou, pelo menos, manutenção da rentabilidade normal da

organização e da captação de oportunidades de negócios.

Algumas técnicas de avaliação de projetos

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De acordo com Oliveira (2002, p. 252), “quando o executivo estabelece os

novos projetos a serem desenvolvidos pela empresa, de acordo com o plano

prescritivo, deverá ter em mãos algumas técnicas que poderão ser utilizadas para

sua adequada avaliação”:

Período de payback ou período de recuperação do capital:

representa o tempo necessário para se recuperar o investimento em

ativo fixo através dos saldos de fluxos líquidos de caixa no final de cada

período.

Taxa interna de retorno: representa a taxa de juros com que o

investimento original está sendo remunerado através dos fluxos líquidos

de caixa no final de cada período.

Taxa média de retorno do investimento: é obtida através da divisão

do lucro líquido ajustado ao regime de caixa médio anual pelo valor do

desempenho inicial de caixa previstos para o projeto de investimento.

Valor atual líquido: consiste em trazer para o momento presente os

valores esperados de entradas e saídas de caixa decorrentes de

determinadas alternativas de investimento.

Valor atual líquido anualizado: corresponde a uma correção do valor

atual, e procura trazer para o momento presente as entradas e saídas

de caixa de projetos de tempo diferentes.

Índice de lucratividade: “correlaciona os valores atuais das entradas

de caixa com os valores atuais das saídas de caixa, proporcionando [...]

uma visão do nível de lucratividade que o projeto poderá proporcionar

em relação ao investimento inicial.”

Projetos e interligação do instrumento prescritivo com o instrumento quantitativo

Segundo Oliveira (2002, p. 255), “os projetos representam a maneira de

interligar os instrumentos prescritivos, através das estratégias, com os

instrumentos quantitativos representados pelo orçamento econômico-financeiro

da empresa.”

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2.3.4 Instrumentos quantitativos

Para Oliveira (2002,p.79) os instrumentos quantitativos são os valores reais

que serão necessárias para desenvolvimento dos planos de ação, projetos e

atividades previstas. “Nesta etapa, deve-se analisar quais são os recursos

necessários e quais as expectativas de retorno para atingir os objetivos, desafios

e metas da empresa”.

2.3.5 Controle e avaliação

Oliveira (2002, p. 80) explica que nesta fase a organização analisa a

relação dos seus objetivos e envolve processos de: avaliação de desempenho,

comparação da situação atual com a desejada, correção das análises efetuadas,

acompanhamento da eficiência dessa correção e adição de informações para as

atividades futuras.

Controle pode ser definido como uma função de processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade de realimentar os tomadores de decisões, de forma que possam corrigir ou reforçar esse desempenho ou interferir em funções do processo administrativo, para assegurar que os resultados satisfaçam às metas, aos desafios e aos objetivos estabelecidos. (OLIVEIRA, 2002, p. 267)

O autor (2002, p. 268), salienta que ao iniciar o controle e avaliação dos

itens do planejamento estratégico, é necessário ser criterioso a certos aspectos:

Motivação: Verificar se os objetivos, desafios e metas foram,

devidamente, entendidos e aceitos, como também, se o sistema de

premiação e de correção está baseado no desempenho;

Capacitação: deve-se verificar se a empresa e seus funcionários estão

habilitados para desempenhar esse processo de controle e avaliação;

Informação: averiguar se todos os dados necessários ao controle

foram devidamente comunicados aos interessados.

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Tempo: deve-se verificar se todos os colaboradores da empresa têm o

tempo adequado para se dedicarem à função de controle e avaliação.

O autor (2002, p. 268) explica que existe dificuldade natural do gestor em

avaliar o que, realmente, mudou e em que a organização, efetivamente, melhorou

após ter adotado o planejamento estratégico.

Stoner (1985, p. 81), explica que nesta fase de controle e avaliação, a

organização deve analisar se está ou não fazendo melhoria para alcançar seus

objetivos estratégicos. “As duas principais perguntas a serem feitas no controle

estratégico são: (1) A estratégia está sendo implantada como foi planejado? e (2)

A estratégia está dando os resultados desejados?”

2.3.5.1 Finalidades da função controle e avaliação

Oliveira (2002, p. 268) apresenta algumas finalidades da função controle e

avaliação num planejamento estratégico:

Identificar problemas, falhas e erros que se convertem em desvios do

esquematizado, com o intuito de corrigi-los e de evitar sua reincidência;

Fazer com que os resultados obtidos com a concretização das

operações estejam, tanto quanto possível, próximos dos resultados

aguardados e possibilitem a obtenção dos desafios e consecução dos

objetivos;

Verificar se as estratégias e políticas estão proporcionando os

resultados esperados, dentro das circunstâncias existentes e previstas;

e

Proporcionar subsídios gerenciais periódicos, para que seja rápida a

intervenção no desempenho do processo.

O autor (2002, p. 269) mostra como a função controle e avaliação pode ser

utilizada como instrumento gerencial, a partir de suas finalidades:

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Ajustar ou reforçar o desempenho apresentado;

Informar sobre a necessidade de alterações nas funções administrativas

de planejamento, organização e controle;

Proteger os ativos da empresa ( financeiros, tecnológicos, humanos e

outros) contra furtos, roubos, desperdícios e outros;

Garantir a manutenção ou aumento de eficiência, eficácia e efetividade

na consecução dos objetivos, desafios e metas da empresa;

Informar se os programas, projetos e planos de ação estão sendo

desenvolvidos de acordo com o estabelecido e apresentado os

resultados desejados ; e

Informar se os recursos estão sendo utilizados da melhor maneira

possível.

Oliveira (2002, p.269) explica que, através dos aspectos proporcionados,

verifica-se que a função controle e avaliação estão no mesmo nível das demais

fases.

2.3.5.2 Informações necessárias ao controle e à avaliação

Oliveira (2002, p. 270) apresenta alguns aspectos que devem ser levados

em consideração quanto as informações necessárias ao controle e à avaliação do

processo de planejamento estratégico:

Tipos de informações: compreende, entre outros,os seguintes

aspectos:

quantificação temporal de atividades;

datas de ocorrência de eventos como os relatórios de

progresso,objetivos, objetivos funcionais, desafios e metas;

valores de liberações financeiras, valores de custos realizados, valores

de custos compromissados;

quantificação da mão-de-obra; e

quantificação da qualidade de trabalho.

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Freqüência das informações: podem-se definir, por meio de

experiência própria, que pode ser julgada adequada quando:

em termos de controle estratégico ou empresarial (alta administração),

pode ser de dois ou três a seis ou sete meses;

em termos de controle setorial (tático), pode ser de um a dois ou

trêsmeses; e

em termos operacionais (projeto e plano de ação), pode ser de uma o

duas semanas a um mês.

Qualidade das informações: pode-se partir das seguintes situações:

em termos de domínio estratégico empresarial (alta

administração),pode-se ter baixo grau de detalhamento e alto grau de

consolidação de informações analisadas;

em termos de controle setorial (tático), pode-se ter baixo grau de

detalhamento e alto grau de síntese; e

em termos de controles operacionais (projeto e plano de ação), pode-se

ter alto grau de detalhamento.

Fontes das informações: são duas: os coordenadores de

desenvolvimento, e os usuários do sistema.

“As possíveis divergências de informações devem ser analisadas e

equacionadas. Entretanto, as fontes básicas de informações podem ser dos

seguintes tipos, de maneira cumulativa” (OLIVEIRA, 2002, p. 270):

fontes internas à empresa;

fontes externas à empresa;

fontes passadas;

fontes presentes; e

fontes futuras.

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2.3.5.3 Fases do processo de controle e avaliação

De acordo com Oliveira (2002, p. 273) existem algumas fases que o gestor

deve adotar para realizar,de maneira apropriada, o controle e a avaliação do

planejamento estratégico:

Estabelecimento de padrões de medida e de avaliação: são

decorrentes dos objetivos, desafios, estratégias, políticas e projetos,

bem como das normas e procedimentos, e são a base para a

comparação dos resultados desejados.

Medida dos desempenhos apresentados: “o processo de medir e

avaliar desempenho significa estabelecer o que medir e selecionar, bem

como medir, mediante critérios da quantidade, qualidade e tempo.”;

Comparação do realizado com o resultado esperado: as

comparações podem proporcionar algumas situações:

se o desvio apresentado estiver dentro das “fronteiras do que for

esperado”, o executivo não deve preocupar-se;

se o desvio exceder um pouco, o executivo deverá continuar sua ação;

Ação corretiva: “corresponde às medidas ou providências que são

adotadas para eliminar os desvios significativos que o executivo

detectou, ou mesmo para reforçar os aspectos positivos que a situação

apresenta.”

Estágios de controle e avaliação

Oliveira (2002, p. 274) apresenta três estágios:

Controle preliminar ou prévio: atividades efetuadas antes da

ocorrência do fato que se pretende controlar;

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Controle corrente ou em tempo real: atividades efetuadas ao mesmo

tempo em que o fato está ocorrendo;

Pós-controle: atividades efetuadas após o fato ocorrer.

Níveis de controle e avaliação

Oliveira (2002, p. 276) apresenta os níveis de controle numa organização e

suas considerações básicas:

Controle estratégico: decorre do processo de planejamento

estratégico e abrange as relações da empresa com o ambiente;

Controle tático: controla e avalia os resultados de cada área e dos

sistemas administrativos; e

Controle operacional: controle e avaliação na execução das tarefas

realizadas no dia a dia da empresa.

2.3.5.4 Verificação de consistência do planejamento estratégico

De acordo com Oliveira (2002, p. 277), quando o planejamento estratégico

estiver finalizado, a organização antes de implantá-lo, deve verificar a sua

consistência, considerando alguns aspectos, conforme o quadro.

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Quadro 06: Aspectos para análise da consistência de um planejamento estratégico

Fonte: Oliveira (2002, p. 277).

Revisões do planejamento estratégico

De acordo com Oliveira (2002, p. 278), as revisões do planejamento

estratégico podem ser:

Ocasionais: estas ocorrem quando se avaliar que as alterações no

ambiente e na empresa invalidam as premissas do planejamento

estratégico e, portanto, deve haver uma revisão daquilo que foi feito.

Periódicas: mesmo sendo trabalhosa, são melhores porque requerem

um sistema mais apurado de acompanhamento da realidade. Por isso,

a) Consistência interna:

Analisar a interação do planejamento estratégico quanto:

a capacitação da empresa;

os recursos da empresa;

a escala de valores dos executivos e funcionários;

a cultura organizacional.

b) Consistência externa:

:

Analisar a interação com:

os consumidores;

os recursos externos;

a legislação;

os concorrentes;

os distribuidores;

os planos do governo; e

a conjuntura econômica e política.

c) Riscos envolvidos:

Analisar:

os riscos financeiros;

os riscos econômicos;

os riscos sociais; e

os riscos políticos.

d) Horizonte de tempo:

Considerar basicamente:

os impactos recebidos e exercidos a curto, médio e longo prazos.

e) Praticabilidade do planejamento estratégico.

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o administrador deve estar atento às mudanças ambientais e

empresariais.

2.3.5.5 Resistências ao processo de controle e avaliação

Oliveira (2002, p. 279) apresenta alguns aspectos os quais as pessoas

podem mostrar resistência ao controle:

Falta de conhecimento sobre o sistema de controle;

Padrões de controle inadequados;

Avaliações incorretas; e

Ações corretivas com críticas pessoais.

Por isso, o gestor deve examinar o processo de controle e avaliação

que será utilizado no planejamento estratégico da organização.

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3 PROCEDIMENTO MEDOLÓGICO

Neste capitulo é apresentado o método escolhido para desenvolvimento

deste trabalho, bem como os participantes da pesquisa e os instrumentos de

coleta e análise dos dados.

Este trabalho caracteriza-se como um estudo que visa a elaboração do

planejamento estratégico. De acordo com Roesch (1999, p. 68), “na prática há

vários exemplos de projetos, em que o propósito é apresentar propostas de

planos ou sistemas para solucionar problemas organizacionais. Alguns visam

burocratizar e controlar sistemas; outros buscam maior flexibilidade.”

O estudo desse trabalho foi na empresa SANEFIL Material para Filtro e

Saneamento, instalada na Avenida Papenborg, nº 400, Areias de Baixo, em

Governador Celso Ramos. Ocorreu no período de março a novembro 2012.

Neste trabalho foi utilizado a pesquisa bibliográfica, a qual foi escolhido o

modelo teórico do autor Oliveira, para ser seguido, conforme etapas:

1º fase: diagnóstico estratégico,

2º fase: missão da empresa,

3º fase: instrumentos prescritivos e quantitativos e

4º fase: controle e avaliação.

Para completar o modelo escolhido, foram empregados dados de fontes

primárias, na qual a coleta foi feita diretamente pela pesquisador; e secundários,

que correspondem aos dados que já foram coletados e, às vezes até avaliados.

Conforme explica Roesch (1999, p. 128),

[...]um projeto pode combinar técnicas desenvolvidas em um ou outro paradigma. Se se trata de coleta de dados primários, através de entrevistas, questionários, observação ou testes, é importante

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especificar nesta seção a fonte dos dados [...], quando estes serão levantados e através de que instrumentos [...].

Para Mattar (1997, p. 134) os dados primários são aqueles que não foram

coletados antes. E os dados secundários são aqueles que já foram coletados e já

estão á disposição dos interessados.

De acordo com Marconi (2007, p.98) o questionário “é um instrumento de

coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas que devem ser

respondidas por escrito.”

Nos dados primários, os instrumentos usados neste estudo foram, o

questionário e a observação participante.

As variáveis indicadoras foram coletadas em uma amostra de 86 clientes,

desses 53 responderam, calculado no programa Sample, considerando um índice

de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 10%, partindo de uma

população de 210 clientes ativos (conforme a carteira de julho de 2012). Os

questionários foram aplicados no mês de setembro de 2012, o contato com os

clientes foi atreves de emails, telefone e pessoalmente nas lojas.

Os dados secundários, de acordo com Roesch (1999, p. 140), são os

dados que já existem. A coleta de dados foi obtida através de documentos da

empresa, internet, revistas e livros.

Para o diagnóstico dos dados coletados através do questionário, foram

usados os métodos quantitativos e qualitativos.

Quanto ao método quantitativo, segundo Roesch (1999, p. 130), “se o

propósito do projeto implica medir relações entre variáveis [...], recomenda-se

utilizar preferentemente o enfoque da pesquisa quantitativa e utilizar o melhor

meio possível de controlar o delineamento da pesquisa para garantir uma boa

interpretação dos resultados.”

A pesquisa qualitativa, conforme explique Roesch (1999, p. 155), “é

apropriada para a avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade

de um programa, ou plano, [...] mas não é adequada para avaliar resultados de

programas ou planos.”

Neste trabalho foram utilizadas duas estratégias de pesquisa: o estudo de

caso e a pesquisa-ação.

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Yin ( 1981, apud ROESCH, 1999, p. 155) explica que “ um estudo de caso

explanatório consiste em uma tradução precisa dos fatos do caso.” Neste caso, o

estudo de caso foi realizado de modo descritivo.

A pesquisa-ação, de acordo com Roesch (1999, p. 156), “é uma estratégia

de pesquisa que permite obter conhecimento de primeira mão sobre a realidade

social empírica.” Comporta ao pesquisador chegar próximo dos dados e,

desenvolver os componentes analíticos, conceituais e categóricos de explicação.

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4 RESULTADO DA APLICAÇÃO

Nesta etapa será apresentada a caracterização da empresa em estudo,

descrevendo a organização, em seguida, os resultados dos dados coletados com

suas devidas diagnóstico.

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A SANEFIL é proveniente da empresa Alzira Luedtke que atuava no ramo

de matérias filtrante a mais de 30 anos, por razões de doença a antiga

proprietária passou a administração para um dos filhos, Elisangela Ludtke. Com

pouca capacidade financeira e sem ter muitos conhecimentos sobre o segmento

resolveu abrir sociedade.

A empresa SANEFIL atua no mercado desde setembro de 2011, e tem

como objetivo fornecer materiais para filtros e saneamento de forma atender a

necessidade de seus clientes, buscando qualidade e eficiência levando em

consideração a sustentabilidade ambiental.

Tem em média 210 clientes ativos, atende toda a Santa Catarina sendo

que a maior parte esta situado na grande Florianópolis, nos segmentos de

tratamentos de água, esgoto, poço artesiano, aquário, jardinagem e material de

construção. Desses clientes, tem por sua maioria empresas e o órgãos públicos,

tais como, SAMAE e CASAN de diversas cidades.

A linha de produção é baseada na classificação de areia e seixo,

subdividindo em tamanhos diferentes como a exigência dos clientes. Operado de

forma semi-automatizado para atender a variedade de pedidos e agilidade no

processo, ou seja, os equipamentos observados são de finalidade auxiliar na

produção, como forno de secagem, esteira transportadora e peneiras vibratórias

para classificação, entre outros.

Os sócios pretendem ampliar o espaço físico, modernizar seu maquinário e

assim ter mais eficiência desde o pedido até o produto entregue. A partir de

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análises do estudo deste trabalho, sendo este no ambiente externo, poderão ser

verificar as reais necessidades das melhorias propostas.

Atualmente, a empresa esta situada na Avenida Papenborg, nº 400, no

bairro de Areias de Baixo, no município de Governador Celso Ramos, no estado

de Santa Catarina.

No momento a empresa possui três funcionários, os dois sócios, que

cuidam da parte administrativa e financeira e um funcionário que cuida da parte

operacional, sendo que a produção aumenta na alta temporada, desta forma

contratam-se funcionários por período determinado.

Com os sócios buscando a ampliação e novos mercados, verifica-se a as

mudanças do ambiente interno e externos afetam no desempenho e resultados,

dessa forma surgiu à necessidade de adaptar a empresa as mudanças com

relação ao futuro da empresa.

Sendo assim, outros aspectos da empresa serão apresentados na análise

interna realizada como etapa do planejamento estratégico elaborado para a

empresa SANEFIL apresentado a seguir.

4.2 PLANEJAMENTO ESTRATRÉGICO PARA EMPRESA SANEFIL

Após o levantamento dos modelos de planejamento estratégico de alguns

autores e a coleta dos dados na empresa e no mercado em que atua, apresenta-

se na seqüência o planejamento estratégico nomeado para empresa, através do

modelo do autor Oliveira (2002)

4.2.1 Diagnóstico Estratégico

Este capítulo tem por objetivo definir o diagnóstico estratégico da empresa

SANEFIL, onde serão levantadas as ameaças e oportunidades, e as forças e

fraquezas da organização.

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4.2.1.1 Propósito Organizacional

No propósito organizacional, são apresentados Visão, Missão e Valores da

empresa:

Visão: Beneficiar e comercializar minerais de acordo com a exigência de

seus clientes, tendo em vista trabalhar de forma ambientalmente responsável.

Missão: Ter sua marca reconhecida pela qualidade de seus produtos

sendo referência no segmento de material filtrante para tratamento de água tendo

sempre a responsabilidade sócio-ambiental.

Valores:

Busca de Objetivos e Resultados sempre comprometidos com a

responsabilidade social e ambiental.

Respeito com seus colaboradores por meio de cultura e políticas que

buscam harmonizar o ambiente organizacional.

Satisfizer as necessidades de seus clientes com pontualidade e

cumprimentos dos prazos.

Ter um compromisso com a sociedade com atitudes profissionais,

postura justa e lícita.

4.2.1.2 Análise do Macro Ambiente

Este ambiente externo, não controlado pela organização, possui o poder de

influenciar as atitudes dos indivíduos, afetar as condições de trabalho, gerar

competições por recursos e poder, bem como transformar a tecnologia,

provocando e exigindo novas estratégias gerenciais. Se a organização falhar na

percepção dos fatores macro-ambientais que a afetam, bem como na

identificação de suas tendências, estará fadada a trilhar um caminho de

decadência.

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O sucesso de qualquer tipo de organização depende, em grande medida,

de sua capacidade de ajustar-se e adequar-se a este macro-ambiente em

constante mudança e transformação, significando que ela também terá que se

transformar para criar maior e melhor sinergia com este ambiente.

Os aspectos sociais, econômicos, natural e legal do macro-ambiente

interagem em um vaivém constante, provocando mudanças nos ambientes

organizacionais. Por sua vez, estes aspectos são gerados por fatores como a

globalização, tendências mundiais, mudanças e concorrência. No mundo

globalizado não é a maior que vence, mas sim a mais ágil, os que se transformam

com maior rapidez, utilizando a mesma tecnologia, os mesmos recursos e mesma

estrutura.

Aspecto Social/Setorial

A indústria do saneamento no Brasil é fortemente vinculada ao setor

público, que ano após ano perde a capacidade de investir na melhoria da infra-

estrutura. As entidades operadoras dos serviços de saneamento são

monopolistas, portanto sujeitas à regulação. A evolução destas entidades para a

busca de maior interação com a sustentação do meio ambiente e de resultados

de eficiência e produtividade empresariais é o caminho para o atendimento das

exigências da população e do mercado.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações em Saneamento

(SNIS) de 2010, no Brasil são declarados 319 empresas de saneamento que

atendem 4.187 municípios com serviços de água e 1.026 com serviços de esgoto.

Ainda nesta amostra do SNIS, cerca de 80% da população é atendida por 25

empresas regionais, o que equivale a cobertura de 3.879 municípios. O restante

desse mercado é composto por 286 empresas locais, das quais 262 são

entidades públicas e 24 são concessionários privados; e ainda 8 empresas

microrregionais ou consórcios municipais.

Fator muito preocupante para a industria do setor de saneamento básico é

a falta de investimentos do governo, precisamos dobrar os investimentos em

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saneamento básico para chegar à universalização do serviço nos próximos 20

anos. Segundo estimativa da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias

de Base (ABDIB), atualmente o Brasil investe em torno de R$ 8 bilhões por ano

no setor. Mas, para levar o serviço às 91 milhões de pessoas excluídas, esse

volume deve subir para R$ 17 bilhões por ano. Na avaliação da Confederação

Nacional da Indústria (CNI), além de prejudicar a saúde da população e elevar os

gastos na área, a má qualidade do serviço de saneamento básico reduz a

produtividade dos trabalhadores e compromete o desenvolvimento de importantes

setores, tais como turismo, educação e saúde.

Aspecto Econômico

A globalização vem trazendo grandes mudanças para o ambiente

econômico fazendo um grande avanço para as relações comerciam entre os

países dos cinco continentes, transformando a economia do mercado em singular

no mundo inteiro. Dessa forma se configuram novas tendências, entre elas, se

observa a desaceleração do crescimento econômico de potencias econômicos

mundiais, como os EUA e a Europa, e o favorecimento do crescimento econômico

de países considerados emergentes, como o Brasil, Rússia, Índia e China, a

ponto desse grupo ser chamado como BRIC.

A BRIC é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia, China, que se

destacam no cenário mundial como países em desenvolvimento. A tese BRIC

vem reconhecendo que Brasil, Rússia, Índia e China mudaram os seus sistemas

políticos para adotar o capitalismo global. A Goldman Sachs prevê que a China e

a Índia, respectivamente, vão se tornar os principais fornecedores mundiais de

produtos manufaturados e serviços, enquanto Brasil e Rússia se tornarão

dominantes da mesma forma como fornecedores de matérias-primas. Observa-se

que, dos quatro países, o Brasil continua a ser a única nação que tem a

capacidade de prosseguir com todos os elementos econômicos, ou seja,

fornecendo bens da indústria, serviços e recursos simultaneamente.

Essa tendência da economia mundial gera oportunidades e ameaças para

as empresas. Um dos pontos positivos é identificado quando analisamos que o

Brasil, fazendo parte do grupo de países emergentes favorecidos nessa nova

configuração econômica, apresenta índices positivos de desenvolvimento

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93

socioeconômico, estimulando assim toda a classe empresarial. De acordo com os

dados da Agência Brasil (2012), em 2011 o PIB do país cresceu em torno de

3,5% e para 2012, a expectativa é que aumente em 4%. E ainda a expectativa

para o investimento estrangeiro direto é de U$ 50 bilhões, em 2012. Nessa

expectativa, pode-se afirmar que diversas oportunidades de negocio poderão ser

exploradas no país já em curto e médio prazo.

Conseqüentemente, o aspecto negativo configurado na atual economia

mundial está relacionado ao risco que os países desenvolvidos, principalmente os

europeus da zona do Euro, incorrem diante de seus déficits orçamentais em

virtude de retração de suas economias. Dessa forma, uma ameaça ambiental

passar a existir diante de uma eventual incapacidade de pagamento de dividas

por parte destes países, que pode acarretar na temida crise econômica mundial,

devido às suas relações comerciais e financeiras com os diversos mercados do

mundo (IBRE,2012).

Contudo, diante do período positivo em que se encontra a economia

brasileira, nota-se que no país um grande movimento empresarial gerando

oportunidade para micro e pequenas empresas.Em decorrência disso, ocasiona

uma preocupação em relação a maneira como essas pequenas empresas são

administradas, pois conforme Kornijezuk (2004), no Brasil, somente uma minoria

de empreendedores planeja, organiza e coordena as atividades de suas

empresas. Assim, o governo e entidade voltada à classe empresarial geram mais

oportunidade com seus programas de apoio e orientação a esta classe de suma

importância para o desenvolvimento econômico do país.

No estado de Santa Catarina, no qual esta inserida a empresa, pode se

verificar as oportunidades do ambiente econômico. De acordo com diamiani

(2012). A Diretoria de estatística e Cartografia – DEGE, da Secretaria de Estado

de Planejamento, o PIB do estado cresceu em 3%, com o valor estimado de R$

123.249 milhões, representando 4,1% do PIB nacional. Destacando o setor

comercial que contribuiu com o crescimento de 6,6% e participou com 15,2% do

valor adicional estadual.

Por tanto, é importante destacar que a implantação da rede de esgoto

reflete positivamente na qualidade de vida do trabalhador, o que aumenta sua

produtividade e sua renda, além de contribuir para a valorização dos imóveis e da

economia local.

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Aspecto Natural

O objetivo principal de um sistema de saneamento é a de proteger e

promover a saúde humana, proporcionando um ambiente limpo e quebrar o ciclo

da doença. Para ser sustentável, um sistema de saneamento não pode ser

apenas economicamente viável, socialmente aceitável, tecnicamente e

institucionalmente adequada, mas também deve proteger o meio ambiente e os

recursos naturais, que deve envolver a energia necessária, água e outros

recursos naturais para construção, operação e manutenção de um sistema, bem

como as potenciais emissões para o meio ambiente, resultante do uso. Ele

também inclui o grau de reciclagem e reutilização praticado e os efeitos destes,

por exemplo, a reutilização de águas residuais retornando nutrientes e matéria

orgânica.

Por tanto, fatores relacionado com o ambiente natural, como a escassez da

água e de recursos matérias e as mudanças climáticas são freqüentemente

mencionados como aspectos que devem ser levado em consideração pela

organização pois os mesmos podem vir a influenciar na economia dos próximos

anos, representando oportunidade ou ameaças para as empresas e negocio.

Neste sentido, o site do Administradores.com, apresenta-se um estudo pela

empresa KPMG (2012), no qual é identificado dez megasforças sustentáveis que

poderão vir a afetar o crescimento das empresas devida a escassez de recursos

naturais. Portanto, para que a SANEFIL se desenvolva no mercado ela precisa

considera as mudanças que os fatores naturais poderão provocar na economia.

Aspecto Legal

As diretrizes do saneamento básico do país estão mencionadas na Lei nº

11.445, de 5/1/2007, regulamentada pelo Decreto nº 7.217, de 21/6/2010, no

artigo 52, fica estabelecida a elaboração do Plano Nacional de Saneamento

Básico, sob a coordenação do Ministério das Cidades. A elaboração do Plano

Nacional de Saneamento Básico (Plansab) tem como sua principal função definir

diretrizes nacionais para o saneamento básico, ficando estabelecidos os objetivos

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e metas nacionais e macrorregionais, para a universalização e o aperfeiçoamento

da gestão dos serviços em todo o País.

O Plano pretende promover a articulação nacional dos entes federados,

sendo instrumento fundamental para a retomada da capacidade orientadora e

planejadora do Estado na condução da política pública de saneamento básico e,

conseqüentemente, da definição das metas e estratégias de governo, para um

horizonte de 20 anos.

4.2.1.3 Análise do Micro Ambiente

A estrutura da empresa é composta por dois sócios, sendo que um é

responsável pela área administrativa (compras) e comercial ( vendas e cadastro

de clientes, notas fiscais ) , outro é responsável pela financeiro ( contas a pagar e

receber ), e um funcionário efetivo que é responsável pela produção, os restante

dos funcionários são contratados por períodos determinados, de modo que as

entradas de pedidos são na alta temporada havendo a necessidade de completar

os estoques, desta forma aproveita-se a contratação dos funcionários para

produzir mercadoria na alta temporada e deixar um estoque para baixa.

Para a análise do ambiente interno foram feitos questionários com clientes

e dados coletados na empresa com informações prestadas pelos sócios.

Os sócios observam que o mercado está em expansão e crescimento

vêem a necessidade de aumentar sua capacidade produtiva e modernizar seus

maquinários, de modo a atender as exigências do mercado, focados em

melhorias criaram visão, missão e os valores da empresa, conforme já

mencionados.

Ciente de que existem alguns pontos fracos na empresa, que podem ser

melhorados tais como, a falta de controle de estoque, poucos fornecedores na

região, a falta de um vendedor externo, de uma roteiro de entrega e falta de

tempo para atender melhor os seus clientes.

Outro ponto é a concorrência, que está ha mais tempo no mercado, e já

tem a maioria das concessões de fornecimento de material para órgãos públicos,

sendo que são os órgãos públicos que compram em maior quantidade.

Com relação aos pontos fortes, acredita-se que seja em relação de respeito

com os clientes tornado parceiros, ganhando assim a confiança e a amizade

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deles, mesmo os preços sendo iguais ou um pouco mais caros que os de seus

concorrentes.

Outros pontos fortes são a pontualidade na entrega dos pedidos, o fácil

acesso e agilidade no atendimento e nas negociações.

A localização é conciderada como um ponto forte, pois dentro de santa

catariana só existe um concorrente e ele esta localizado em Itajaí, levando em

consideração que a empresa se situa na região da grande Florianópolis.

Quanto aos clientes, a SANEFIL possui uma carteira de 210 clientes ativos,

destes clientes a maioria são empresas que atuam no ramos de meios filtrantes e

saneamento e construção civil, alguns órgão públicos, e pessoa físicas que

trabalham na informalidade, a grande maioria então localizados em santa

Catarina principalmente na grande Florianópolis.

Na pesquisa com os clientes foram levantados dados como os principais

fatores que os levam a escolher os produtos da empresa, pontos que deixam eles

mais satisfeitos e menos satisfeitos em relação a SANEFIL e seus concorrentes,

sugestões para a empresa, entre outros.

Quando perguntados qual o principal fator que faz com que eles escolham

os produtos da SANEFIL, tivemos resultados como: qualidade do material,

localização, preços, cumprimentos dos prazos.

Sobre os produtos dos concorrentes, alguns falaram que os preços às

vezes são mais baixos, mas no geral houve muita insatisfação quanto a qualidade

dos produtos, comparados com os da SANEFIL, tambem dificuldade no

cumprimento do prazo e falta de comunicação.

Os clientes foram questionados em que período compra maior quantidade

de produtos, a maioria respondeu que no verão, pois é nessa época que o estado

recebe uma grade quantidade de turista, assim aumenta o consumo de água que

diminui a vida útil do produto, desta forma a uma necessidade de manutenção nos

filtros de hotéis, parque aquáticos, estações de tratamento de água, piscinas entre

outros.

Os clientes foram questionados também quanto ao seu nível de satisfação

em alguns fatores, conforme apresentados nos gráficos a seguir.

Percepção dos clientes

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97

Figura 7: Pesquisa sobre os preços dos produtos

0%

66%

29%5%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Fonte: Elaborado pelo academico

Os preços praticados na empresa deixam os clientes satisfeitos segundo

pesquisa realizada, conforme resposta dos clientes, onde uma parcela expressiva

de 95% mencionou que o preço praticado pela empresa compete com o do

mercado.

Vale salientar que alguns mencionaram que nao é o fator preço que é

levado em concideração nesse seguimento e sim a qualidade do material.

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98

Figura 8: Pesquisa sobre condiçoes de pagamento

61%

2%

30%

7%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Fonte: Elaborado pelo academico

Através do gráfico, podemos notar que os clientes também se encontram

satisfeitos com as condições e prazos de pagamento.

A empresa acompanha os prazos de pagamento do mercado, acredita-se

que os 9% de insatisfação seja pela condição de pagamento que a empresa não

possui como possibilidade de pagamento com cartão de crédito.

Figura 9: Pesquisa sobre qualidade dos Produtos

0%

75%

23%2%Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeitos

Muito Insatisfeitos

Fonte: Elaborado pelo academico.

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Os clientes encontram-se satisfeitos com a qualidade do material, pois os

produtos chegam sempre conforme solicitado e no prazo estipulado. Esse

resultado reflete no bom desempenho do gestor na área de compras, pois escolhe

minuciosamente a matéria prima adequada, fazendo testes antes de mandar para

produção.

Figura 10: Pesquisa da localização

0%

71%

23%6%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Fonte: Elaborado pelo academico.

Através do gráfico, podemos notar que os clientes também se encontram

satisfeitos com a localização.

Tendo em vista que esse é uns dos pontos fortes da empresa que esta

localizada na grande Florianópolis, e se situa entre seus clientes e fornecedores

tendo assim uma facilidade de capitação matéria prima e bom acesso para os

clientes, em quanto seu concorrente se localiza no vale do Itajaí.

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100

Figura 11: Pesquisa de pontualidade

34%

55%

11% 0%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Fonte: Elaborado pelo academico.

Este item mostra que os clientes da SANEFIL estão satisfeitos, pelo fato de

a empresa cumprir os seus prazos. Quando ocorre algum imprevisto que pode

atrasar o pedido ou a entrega, os clientes são sempre avisados com

antecedência.

Figura 12: Pesquisa de Flexibilidade nas negociação

30%

64%

6% 0%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Fonte: Elaborado pelo academico.

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A empresa tem um bom relacionamento com seu fornecedores, esse

relacionamento reflete na flexibilidade que a empresa tem em negociar com seu

clientes, tratando cada caso em especial, colocando em primeiro lugar as

necessidades dos clientes, fazendo com que eles se sintam satisfeitos.

Figura 13: Pesquisa de tempo entre pedido e entrega

23%

58%

19% 0%

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

Muito Insatisfeito

Fonte: Elaborado pelo academico.

Quanto ao tempo entre o pedido e a entrega, de acordo com o gráfico, os

clientes também se encontram satisfeitos. Em relação aos 19% de Insatisfação,

alguns pedidos após ficar prontos ficam dependendo da coleta da transportadora

que por muitas vezes não cumpre seus prazos, tanto de coleta e entrega.

4.2.1.3 Análise SWOT

Após a analisar o conjunto do ambiente interno e externo, apresenta-se

os resultados através da matriz SWOT, ferramenta esta de analise de mercado

que permite identificar os pontos fortes e fracos do ambiente interno da

empresa e as oportunidades e as ameaças do ambiente externo.

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Quadro 07 - Matriz SWOT

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Bom momento econômico no pais, no estado e na região da empresa;

Obras de infra-estrutura no Brasil,como as relacionadas com a Copa do Mundo de 2014, resultando em investimentos em saneamento básico;

Linhas de créditos acessíveis

A universalização do setor de saneamento básico no pais

Aumento do poder aquisitivo das classes sociais;

O crescimento turístico na região

Aumento da compreensão de mercado utilizando-se das mídias digitais;

Expandir para outros estados.

Novos concorrentes;

Escassez de matéria prima;

Novo processo de filtragem sem o uso de minerais

A falta de investimento do governo em saneamento;

O aumento da fiscalização dos órgãos públicos sobre a formalização do trabalho legislação trabalhistas mais rigorosas;

Diminuição dos incentivos para a capitação de crédito.

FORÇAS FRAQUEZAS

Única fabrica de material para filtro na grande Florianópolis;

Boa localização;

Condições, prazos e forma de pagamentos adequados;

Reconhecimento dos clientes pela qualidade do produto;

Pontualidade no cumprimento dos prazos;

Flexibilidade nas negociações;

Bom relacionamento com os clientes;

Preço competitivo;

Entrega dos produtos conforme o pedido;

Forte barreira para novos entrantes..

Falta de um planejamento formal para a abertura da empresa;

Falta de capacitação dos funcionários;

Falta de funcionários, desta forma sobrecarrega os proprietários;

Falta de um vendedor externo

Falta de divulgação, como programas de marketing

Falta de um roteiro de entrega

Falta de controle de estoque;

Pouco capital de giro;

Ser uma empresa nascente, com apenas 1 ano.

Fonte: Dados Primários elaborado pelo acadêmico, com base no diagnóstico estratégico.

Através da matriz SWOT pode-se conhecer as variáveis que podem

influenciar na empresa, positiva ou negativamente, e, a partir disso, ajudar na

tomada de decisão.

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Na relação entre as oportunidades e as forças, a empresa pode aproveitar

o aumento do poder aquisitivo da população, a priorização a priorização do

governo para investimentos em saneamento básico, forte barreira para novos

entrantes de modo ser um investimento muito alto entre outras, para ganhar

novos clientes, e a confiança e a fidelidade ainda maior dos que já possui,

aumentando ainda mais a sua credibilidade diante de um mercado tão

competitivo.

Nas ameaças e nas forças a empresa precisa estar atenta com surgimento

de concorrentes fortes que possam surgi, desta forma a empresa precisa mostrar

o seu diferencial para os clientes e manter a qualidade de seus produtos

Para as ameaças e as fraquezas, a empresa precisa se estruturar interna e

financeiramente, elaborar um plano de marketing e um canal de vendas, dessa

forma competindo de forma mais confiante com os seus concorrentes e

dificultando ainda mais a entrada de novos no mercado.

Quanto às oportunidades e as fraquezas, a empresa pode aproveitar o

incentivo de linhas de credito, aumentar o capital de giro e poder ampliar e

modernizar seu espaço fisco, entrar em contato com órgãos públicos para

participar de licitações, criar um site para a divulgação da empresa e seus

produtos eliminando essa sua fraqueza e aproveitando mais as oportunidades

que o mercado lhe proporciona.

4.2.1.4 Objetivos organizacionais

Após analisar a matriz SWOT, busca-se levantar os objetivos da empresa

Objetivo 1: Criar métodos que melhorem organização interna e o

gerenciamento do estoque;

Objetivo 2: Conseguir um bom capital de giro, com o aumento de 100%

no faturamento da empresa, em até um ano;

Objetivo 3: Investir em ampliação e modernização da estrutura;

Objetivo 4: Abrir um canal de venda externa.

4.2.1.5 Estratégias organizacionais

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Objetivo 1: Organização interna

Contratar um novo funcionário, para ficar responsável pela venda

externa;

Criar um banco de dados a fim de ter maior controle do estoque;

Criar uma roda de entrega e um canal de vendas;

Objetivo 2: Investir em marketing

Criar um site para a divulgação e empresa, mostrando a linha de

produtos e elaboração de pedidos online;

Objetivo 3: Ampliar o capital de giro

Conquistar mais clientes e ganhar mais confiança e fidelidade dos que

já possui, após se organizar internamente, conseguindo assim um

capital de giro adequado para os objetivos 4;

Objetivo 4: Investir em ampliação e modernização

Fazer uma pesquisa nos preços do mercado para comprar de acordo

com as suas condições;

Aproveitar as linha de credito e ampliar sua capacidade produtiva e

modernizar os maquinários;

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105

4.2.1.6 Plano de ação

Quadro 08 - Plano de ação.

O que fazer

Como fazer

Quem fará

Por que fazer

Quando

fazer

Quanto custará

Organização interna criar um canal de

vendas externas

Contratar e treinar um funcionário

para área de vendas

externas.

Os

proprietários

Para fortalecer as vendas e abrir novos clientes;

Em

fevereiro de

2013

R$ 1500.00

por mês

Investir em marketing,

fortalecendo a imagem da empresa; Criar um

programa de gestão de estoque

Montar um site com

informações de produtos e canal de

venda online; criar um

programa no auxílio da gestão do estoque.

Os

proprietários

Porque ao investir em um site pode

atrair mais clientes dando a

comodidade de fazer seu pedido,

conseqüentemente atingirá as metas

empresa aumentando as

vendas; Para não haver vendas a pronta entrega sem o

material no estoque

Início em

dezembro

de 2012

Em torno

de

R$ 1100.00

Ampliar o

capital de giro

Buscar linhas de créditos

acessíveis, e aumentar as

vendas conquistando

novos clientes.

Os

proprietários

e

vendedores

Conseguindo um capital de giro a empresa poderá

alcançar os objetivos seguintes investimentos na

ampliação e modernização .

Em

fevereiro de

2013

Aumentar o

faturamento

atual da

empresa

Investir em ampliação e

modernização

Fazer uma pesquisa de

preço do mercado;

Aproveitar as linhas de creditos

Os

proprietários

Ao aproveitar os créditos oferecidos

pelos bancos a empresa poderá

ampliar seu arranjo físico e modernizar seu maquinário para

aumentar a capacidade de

produção

Até abri de

2013

Em torno

de

R$ 200.mil

Fonte: Elaborado pelo acadêmico

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No plano de ação acima, são apresentados os passos para a empresa

alcançar os seus objetivos e suas estratégias, por ordem de prioridades, definidos

através da Matriz SWOT. Através desse plano de ação, a empresa poderá

permanecer e competir de forma mais segura e justa no mercado em que atua,

tornando os seus preços ainda mais competitivos, melhorando cada vez as

vendas, conquistando novos clientes e ganhando confiança e fidelidade ainda

maior por parte dos que já possui.

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5 Consideração Final

A realização do presente estudo teve como objetivo a realização de um

planejamento estratégico para a empresa SANEFIL Ltda-ME.

Para alcançar esse objetivo, foi utilizada a pesquisa bibliográfica em várias

obras sobre planejamento estratégico e temas afins.

Um planejamento estratégico é importante para as empresas, pois, através

dele, pode-se conhecer melhor a própria empresa, levantando as suas forças e

fraquezas, e o ambiente onde está inserida, analisando as suas oportunidades e

ameaças.

Para o desenvolvimento desse trabalho, foi feita um questionário com os

clientes, com isso pode-se concluir que as questões levantadas, mostraram que

os clientes estão satisfeitos com a postura da empresa, sendo assim, os

resultados da pesquisa foram positivos para a empresa.

Além do questionário, houve também observação participante, na qual o

acadêmico e um dos sócios proprietários e acompanha a rotina da empresa e

conhece todos os processos.

Dessa forma, através da pesquisa e dos dados coletados e analisados,

pode-se realizar o planejamento estratégico para a empresa SANEFIL Ltda-ME.

Após o término desse estudo, pode-se definir a as ações e serem

realizadas. As estratégias mais adequadas à atual situação da empresa são: a

elaboração de um canal de vendas externas mediante a contratação de um

vendedor, a necessidade de ampliar o capital de giro para realizar investimentos

em ampliação e modernização com o intuito de aumentar a capacidade de

produção, investir em um site que mostre quem é a empresa e seus produtos

também aproveitando para criar mais um canal de venda online, e cria uma

gestão de estoque para que não aconteça venda sem o produto a pronta entrega.

É fundamental comentar que esse estudo contribuiu muito para o

crescimento pessoal e profissional do acadêmico, e trouxe uma maior visão do

negocio tendo em vista que o mesmo é um dos sócios proprietários.

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110

APÊNDICE

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111

APÊNDICE A – Pesquisa para medir a percepção do cliente perante a organização

1. Há quanto tempo a sua empresa está no mercado?

2. Qual o principal fator que faz com que você escolha Produtos da SANEFIL? Por

quê?

3. O que deixa você mais satisfeito e menos satisfeito com relação aos produtos da

SANEFIL ?

4. E dos concorrentes?

5. Você já teve algum problema com o seu pedido? Foi resolvido de maneira

adequada?

6. Qual o período em que sou empresa compra uma maior quantidade de produtos?

7. Qual o seu nível de satisfação em relação: Aos preços dos produtos fabricados e

comercializados pela SANEFIL, em comparação com os preços praticados pelo

mercado?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

8. Às condições e prazos de pagamento oferecidos pela SANEFIL?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

9. Com relaçao a localização da Fabrica ?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

10. À pontualidade?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

11. À flexibilidade nas negociações?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

12. Qualidade dos Produtos?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

13. Ao tempo entre o pedido e a entrega?

( ) Muito insatisfeito ( ) Insatisfeito ( ) Satisfeito ( ) Muito satisfeito

14. Você recomendaria ou já recomendou a SANEFIL? Por quê?

15. Quais sugestões você daria para a empresa?

Page 112: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO PLANEJAMENTO …siaibib01.univali.br/pdf/Fellipe Vilmar Francisco.pdf · PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA ... Segundo Kotler e Keller (2006

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