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Universidade Federal de PernambucoCentro de Informática
Bacharelado em Ciência da Computação
UMA PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS CELULARES
David Levy Lucena Alves Aragão
Recife, PE2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE INFORMÁTICA - CIn
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
UMA PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS CELULARES
David Levy Lucena Alves Aragão
Prof. Ph.D. Fábio Queda Bueno da Silva
(Orientador)
Recife, PE2008
2
David Levy Lucena Alves Aragão
UMA PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS CELULARES
Recife, PE 2008
3
Monografia apresentada ao Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel em Ciência da Computação.
Orientador: Fábio Queda Bueno da Silva
FOLHA DE APROVAÇÃO
David Levy Lucena Alves Aragão
UMA PROPOSTA DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS CELULARES
DEFESA PÚBLICA em
Recife, 02 de dezembro de 2008.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Prof. Ph.D. Fábio Queda Bueno da Silva
Orientador
_____________________________________________
David Levy Lucena Alves Aragão
Bacharelando
Recife, PE
4Aos meus pais.
2008
DEDICATÓRIA
5
Aos meus pais.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais e irmão por compreender todos os momentos em que
precisei estar ausente na constante busca da minha construção profissional. Estes que com
muito carinho e apoio, nunca mediram esforços para que eu chegasse a concluir esta etapa da
minha vida.
Aos professores Hermano Moura e Fábio Queda por seu apoio e inspiração
no amadurecimento dos meus conhecimentos e conceitos que me levaram a execução e
conclusão deste estudo monográfico.
Ao professor e orientador Fábio pela paciência na orientação e incentivo que
tornaram possível a conclusão desta monografia.
À Equipe da Samsung, em especial a Clauirton, Fernando e Mozart, que
foram sempre solícitos e foram realmente fundamentais no desenvolvimento conceitual do
projeto.
Aos professores e coordenadores do Curso de Bacharelado em Ciência da
Computação, Paulo Borba e Alexandre Mota, pelo convívio, pelo apoio, pela compreensão e
pela amizade.
Aos colegas da Consist que sempre me deram todo o suporte que precisei
para chegar até aqui, sempre com muito profissionalismo, amizade e colaboração no dia-a-dia.
Aos amigos que acompanharam essa trajetória bem de perto: Rafael, Renan,
Rodrigo e Teresa, amigos de curso da Efetiva Soluções, Rebeka e Viviane, pelo incentivo,
pelo apoio e pelo convívio constantes, a todo tempo regados de respeito.
A Carolina, por ter vivido de muito perto os momentos altos e baixos,
sempre dando apoio incondicional nesse trabalho de graduação.
Meus sinceros agradecimentos a todos que, de alguma forma, contribuíram
para a construção desta monografia.
6
RESUMO
A aplicação da disciplina de gerenciamento de projetos tem sido uma prática cada vez mais indispensável quando se deseja criar produtos competitivos. Entretanto deve-se reconhecer que projetos podem ter naturezas diferentes e por isso necessitam de diferentes esforços para seu gerenciamento preciso. No caso de projetos de campo, é observado que parte de sua foca de trabalho está em trânsito e podem realizar suas atividades em diferentes locais. Contudo, é preciso manter o mais alto nível de transparência possível entre as atividades ocorridas em campo e as em escritório. Diminuindo a barreira geográfica é possível proporcionar um considerável controle nos processos de gestão.
Palavras Chave: Gestão de projetos. Projetos de campo. Força de trabalho móvel.
7
ABSTRACT
The application of Project management discipline has been one practical each more indispensable when it is desired to create competitive products. However it must be recognized that projects can have different natures and therefore needs different efforts for it’s specify management. In the case of field projects, it is observed that it has broken of its work force is in transit and can carry through its activities in different places. Although, it is necessary to keep the topmost level of transparency between the field activities and in the office ones. Diminishing the geographic barrier it is possible to provide a considerable control in the management processes.
Key words: Project management. Field projects. Mobile workforce.
8
SUMÁRIO
Folha de aprovação 4Dedicatória 5Agradecimentos 6Resumo 7Abstract 8
1. INTRODUÇÃO 11 1.1 Motivações e Justificativa 12
9
1.2 Objetivos gerais e Específicos 12 1.3 Estruturas do trabalho 13
2. REFERENCIAL TEÓRICO 142.1 Sobre gerenciamento de projetos 14 2.1.1 A importância de gerenciamento de projetos móveis 19 2.2 Gerenciamento de recursos móveis 21 2.2.1 A importância de uma plataforma móvel para a força de trabalho
de trabalho
24 2.3 Tecnologias para gerenciamento móvel 28 2.3.1 Sistemas de LBS 28 2.3.2 Web services 31
3. METODOLOGIA 36
4. ARQUITETURA 37 4.1 Sistemas e Subsistemas 38
4.2 Adaptação do modelo de dados de projeto 39
4.3 Visão de Diagrama de Estrutura 39
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 43
6. TRABALHOS FUTUROS 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 45
10
"Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, há os que lutam toda a vida.
Esses são os imprescindíveis."Bertolt Brecht.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente há uma tendência dos negócios apresentarem um ritmo mais
dinâmico nos quais as oportunidades de mercado transcendem fusos horários e localização.
Em virtude disso, para dar conta das suas demandas de mercado, as forças de trabalho
precisam se tornar mais móveis onde quer que os negócios se instalem vista a elevada
competitividade da economia global.. Para tanto, é importante promover ferramentas e
11
aplicações que promovam o acesso a dados de forma adequada e segura a qualquer hora e
lugar.
Com o avanço contínuo dos dispositivos móveis, especialmente os celulares,
em suas capacidades computacionais e em recursos de comunicação, vem crescendo a entrada
desses aparelhos em diversos setores executando atividades de plataformas Desktop ou
atividades onde estas não podem estar. Tal caráter móvel está diretamente relacionado a novos
aspectos de produtividade. E nesse ponto existem várias oportunidades surgindo no setor
empresarial.
Em se tratando de ferramentas que lidam com recursos humanos de trabalho,
soluções de CRM (Customer Relationship Management) e EPM (Enterprise Project
management) são as mais importantes nesse segmento. Ferramentas de CRM são usadas para
impulsionar forças de venda de uma empresa, além de tratar de todo os processos que
envolvam a empresa e o cliente. CRM trata de tarefas e processos corriqueiros do negócio
como vendas, serviços e marketing. Já Ferramentas de EPM são ferramentas de gerenciamento
de projetos e portfólios, os quais têm caráter temporário, mas ainda sim envolvendo a gestão
de recursos de trabalho. Ambos os tipos de ferramentas lidam com cenários onde suas forças
de trabalho podem ser móveis, onde é possível a implementação de plataformas móveis
computacionais.
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar como tal plataforma pode
ser aplicada para o universo de EPM e ferramentas de gerenciamento de projetos (GP).
1.1 Motivação e Justificativa
A crescente evolução de tecnologias em dispositivos celulares, em poder de
processamento, chegando a executar tarefas antes só feitas por desktops, mas principalmente
os avanços de tecnologias de comunicação sem fio têm despertado o interesse de empresas
para inserir esse elemento computacional como agente chave para aumentar a produtividade. É
12
observado que muitas indústrias, onde os projetos demandam uma força de trabalho móvel,
poderiam se favorecer de soluções que promovam mobilidade.
O número de trabalhadores no campo em várias indústrias é de cerca de 300
milhões globalmente. Enquanto alguns setores como saúde, transporte e varejo já começaram
a adotar soluções sem fios, outros setores, como construção ainda terão de explorar como a
mobilidade pode melhorar ou mesmo reinventar a forma como negócios são feitos. Por
exemplo, na indústria da construção estima-se que até 30% do custo dos projetos são criados
por erros causados por informações erradas ou fora de hora e pela falta de comunicação. O
acesso em tempo à informação certa, o aumento da comunicação, e a melhor colaboração
prestada por uma solução móvel teria potencial para criar benefícios produtivos significativos
[8].
Apesar da disponibilidade de meios de comunicação sem fio e plataformas
de desenvolvimento para celulares, ainda existem diversos obstáculos por conta complexidade
da tecnologia e sua escalabilidade. Além das barreiras tecnológicas existe a barreira de adesão
a tecnologia por parte dos investidores principalmente para pequenas e médias empresas.
Mesmo assim ainda existe um grande mercado onde as tecnologias atuais ainda não têm
suprido de forma eficiente principalmente em áreas onde esses trabalhadores móveis precisam
de processos de comunicação e colaboração mais complexos.
1.2 Objetivos gerais e específicos
Os objetivos deste trabalho são os estudos para viabilizar a adesão de um
sistema de apoio em plataforma móvel celular para ferramentas de Gerenciamento de projetos
para monitoramento e controle das atividades de projetos de campo levando em conta a
localização dos seus recursos.
O objetivo específico é a exposição de dois modelos de arquitetura baseadas
nas melhores práticas neste trabalho a fim de incrementar a precisão na gestão de projetos de
campo utilizando o celular como dispositivo computacional alvo.
13
1.3 Estrutura do trabalho
O trabalho está estruturado da seguinte forma:
O capitulo dois é apresentado o referencial teórico sobre os principais
conceitos, definições e argumentos usados para o embasamento do resultado final apresentado
nesse trabalho.
O capitulo três expõe a metodologia empregada na estrutura e
desenvolvimento do relatório.
O capitulo quatro expõe em detalhes as arquiteturas desenvolvidas no
trabalho, a sua influência nos processos de gerencia de projetos e os diagramas das
arquiteturas.
O capítulo cinco fala sobre as considerações finais do autor sobre o
trabalho
O capítulo seis fala sobre diversidade de trabalhos futuros sugeridos
pelo autor
O capítulo sete se resume as referências do trabalho
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sobre Gerenciamento de Projetos
O conceito de gerenciamento de projeto foi concebido para desempenhar a
idéia de liderança sobre atividades interdisciplinares com o objetivo de exercer problemas
temporários, denominados como projetos.
“Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto,
serviço ou resultado exclusivo” [1].
14
Ser temporário quer dizer que o projeto tem o seu tempo de execução finito
e por isso deve ter início e fim explícitos, não devendo ser confundido com trabalhos
operacionais que têm operações contínuas. O fim de um projeto chega quando todos os seus
objetivos são alcançados, quando não é possível atingir algum objetivo ou ele for
descontinuado. O conceito de ser temporário faz menção apenas à execução do projeto, pois o
seu resultado geralmente é mais duradouro que o mesmo. Como exemplos, a construção de
uma ponte é um produto muito mais duradouro do que seu projeto, ou o desenvolvimento de
práticas sustentáveis em uma empresa pode gerar um impacto ambiental por um longo
período de tempo.
Em relação ao resultado entregue pelo projeto, é possível criar um item final
ou um item para compor outro, um serviço que pode contemplar as regras de negócio de uma
empresa, ou um resultado como conclusões sobre um estudo ou geração de documentos sobre
o assunto específico.
É válido mencionar a importância do caráter único que o projeto deve
apresentar, pois, mesmo que existam diversos projetos resultando em um produto de mesma
descrição, cada projeto é único e possui sua singularidade, seja o dono, a localidade ou a
equipe do mesmo. Além disso, outra característica é que o esforço deve ser empregado
conforme uma elaboração incremental e progressiva. Assim, poderemos descrever o projeto
inicialmente em linhas gerais para em outra etapa detalhá-lo na medida em que se tem um
entendimento mais preciso sobre os objetivos e entregas.
Gerência de projetos, segundo o PMBOK, É a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do
projeto a fim de atender aos seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado
através da aplicação e da integração dos seguintes processos de gerenciamento de
projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e
encerramento. O gerente de projetos é a pessoa responsável pela realização dos
objetivos do projeto [1].
Já segundo o PRINCE2, É o planejamento, acompanhamento e controle de todos os aspectos do projeto e da
motivação de todos aqueles envolvidos para atingir os objetivos do projeto dentro
15
dos prazos previstos e ao custo, qualidade e desempenho. O gerente é a pessoa com
a autoridade e responsabilidade de gerenciar o projeto no dia-a-dia, para entregar os
produtos requeridos dentro dos limites acordados com a comissão de projetos. O
Gerente de Projetos é responsável por produzir um resultado que é capaz de alcançar
os benefícios definidos no documento de iniciação do projeto [11].
Existem diversas outras definições, entretanto todas elas se apóiam em
princípios básicos e restrições em comum. Primeiramente, o gerenciamento de projetos tem o
desafio de atingir todos os objetivos do projeto respeitando uma tríplice de restrições básicas:
escopo, tempo e custo (figura 1). Existe ainda a restrição de qualidade, que é quantificada de
forma diretamente proporcional ao equilíbrio das três primeiras restrições citadas
anteriormente.
O gerenciamento de projetos é realizado através de processos, usando
conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas do gerenciamento de projetos que recebem
entradas e geram saídas [1]. Processo é a seqüência de passos, tarefas e atividades que
convertem entradas de fornecedores em uma saída: produtos, resultados ou serviços.
O gerenciamento de projetos é uma disciplina de caráter integrador, fazendo
com que cada processo do produto ou serviço seja associado a outros projetos de forma
conveniente para promover uma melhor coordenação, logo se pode resumir gerencia de
projetos como sendo também a integração entre processos [1].
Processos são agrupados de acordo com critérios como: integração entre
eles, interação e objetivos em comum. De acordo com a norma do PMBOK, existem cinco
grupos de processo:
Grupo de processos de iniciação. Define e autoriza o projeto ou uma
fase do projeto.
Grupo de processos de planejamento. Define e refina os objetivos e
planeja a ação necessária para alcançar os objetivos e o escopo para os quais o projeto foi
realizado.
Grupo de processos de execução. Integra pessoas e outros recursos para
realizar o plano de gerenciamento do projeto para o projeto.
Grupo de processos de monitoramento e controle. Mede e monitora
regularmente o progresso para identificar variações em relação ao plano de gerenciamento do
16
projeto, de forma que possam ser tomadas ações corretivas quando necessário para atender
aos objetivos do projeto.
Grupo de processos de encerramento. Formaliza a aceitação do produto,
serviço ou resultado e conduz o projeto ou uma fase do projeto a um final ordenado.
Para o propósito desse trabalho os grupos mais relevantes são os de
processos de execução e o de processos de monitoramento e controle.
No primeiro, os processos são aqueles escolhidos para contemplar os
requisitos do projeto, coordenação de pessoas e recursos, e cuida da integração e realização
das atividades das tarefas. No caso de ocorrerem variações na execução como: produtividade
e disponibilidade dos recursos, duração das atividades e riscos não previstos, será exigido um
novo planejamento para a geração de um novo modelo padrão.
O grupo de execução tem grande importância, pois são nos seus processos
que ocorrem os maiores gastos do projeto. Os processos desse grupo são:
Orientar e gerenciar a execução do projeto: Informa a situação atual dos
entregáveis do projeto e a quantidade de trabalho realizado.
Realizar a garantia da qualidade.
Contratar ou mobilizar a equipe do projeto.
Desenvolver a equipe do projeto: tem o objetivo de maximizar o
desempenho do projeto pelo desenvolvimento de habilidades e a interação dos membros.
Distribuição das informações: Disponibiliza informações para as partes
interessadas na hora adequada.
Solicitar respostas de fornecedores.
Selecionar fornecedores
O segundo, grupo de monitoramento e controle, os processos escolhidos são
aqueles que melhor se adéquam a certo projeto com o intuito de monitorar e controlar a
execução do mesmo. Além disso, deve possibilitar a identificação de problemas e tomada de
ações para mitigação dos mesmos em momentos oportunos.
A principal importância desse grupo se dá no fato de que o desempenho do
projeto é avaliado freqüentemente para identificar desnivelamentos em relação ao plano de
17
projeto inicial. Dentre os processos está o controle de mudanças, que recomenda ações para a
correção de variações, e ações de prevenção, que podem prever um possível problema.
Nesse cenário, é possível monitorar se as atividades estão sendo executadas
de acordo com o que foi definido no plano inicial do projeto e nivelado com a linha de base
definida como a de melhor desempenho para aquele projeto. Ao mesmo tempo, controlar
fatores para evitar que algo atrapalhe a execução do controle de mudanças.
Assim, em virtude do constante monitoramento e controle do projeto, é
possível ter uma visão sobre a saúde do projeto, áreas que demandam atenção extra, propor
ações corretivas e preventivas, além de estimar de forma correta o esforço demandado pelo
projeto. A seguir os processos desse grupo:
Monitorar e controlar o trabalho do projeto:
O objetivo é a melhoria do processo através de constantes coletas e
processamentos de dados para verificar possíveis desvios do padrão adotado para o projeto.
Identificar risco no momento inicial e criar planos para controlá-los. Além de gerar relatórios
de desempenho com informações sobre escopo, cronograma, custo, recursos, qualidade e
risco.
Controle integrado de mudanças:
Garante que as mudanças sejam feitas da forma mais adequada possível.
Deve determinar se elas ocorreram, quando elas ocorrem e gerenciar as que foram aprovadas.
Esse processo ocorre durante todo o projeto.
Verificação do escopo: Determina se as entregas do projeto serão
aceitas
Controle do escopo: Controla as mudanças feitas no escopo
Controle do cronograma: Controla mudanças feitas no cronograma
Controle de custos: Controla mudanças no orçamento do projeto
Realizar o controle da qualidade: Controla os resultados do projeto para
determinar se estão de acordo como padrão de qualidade e reduz as causas desempenho
inadequados
Gerenciar a equipe do projeto: Tem como objetivo aumentar o
desempenho dos recursos de trabalho da equipe, resolver seus problemas e controlar
mudanças
18
Relatório de desempenho: Geração de relatórios com o andamento,
progresso do projeto e previsão de riscos
Gerenciar as partes interessadas: Gerenciar a comunicação entre as
partes, considerar seus interesses e contornar possíveis conflitos.
Monitoramento e controle de riscos: Processo que dura todo o ciclo de
vida do projeto fazendo prevenção de riscos; levantamento de riscos reais, traçando planos
para eliminá-los; monitoramento para verificar resquícios dos riscos já em tratamento e
avaliar o desempenho das ações tomadas
Administração de contrato: Gerencia as relações entre cliente e
fornecedor, além de poder gerar relatórios de execução do trabalho de fornecedores.
Figura 1. Representação do equilíbrio entre as principais restrições de um projeto.
2.1.1 A Importância de gerenciamento de projetos
O crescente desenvolvimento e demanda por projetos mais complexos e
competitivos vêm recorrendo cada vez mais a disciplina de gerenciamento de projetos (GP)
para contemplar seus objetivos de forma monitorada e controlada. Isso mostra o porquê é
interessante estimular a sua ampliação e a criação de novas soluções suprir novas demandas
em GP.
19
Os benefícios destas demandas resultam na finalização dos projetos de
forma mais rápida e barata através da utilização uma metodologia comum, estimulando a
reutilização. Assim que os processos, procedimentos e modelos são criados, eles podem ser
usados (talvez com pequenas modificações) em todos os projetos no futuro.
Como resultado se obtém uma redução do tempo de inicialização, uma
menor curva de aprendizado para os membros da equipe e de projeto, e economia de tempo de
não ter que reinventar processos e modelos a partir de zero em cada projeto.
A seguir serão descritos alguns dos motivos da importância de GP, baseados
em cima dos processos ao longo do ciclo de vida dos projetos.
Salvar esforços e custos com a gestão de escopo proativa. Muitos projetos
têm dificuldade em gerenciar escopo, o que resulta em esforço e custo adicional para o
projeto. Ter melhores processos gestão de projetos irá permitir gerenciar escopo de forma
mais eficaz
Boas soluções demandam bom planejamento. Utilizar uma metodologia
resulta em um melhor planejamento do projeto, que proporciona a equipe e ao patrocinar uma
oportunidade para se certificarem que estejam em acordo sobre os principais resultados
produzidos pelo projeto, dando a equipe e ao patrocinador do projeto a oportunidade para
certificar que as partes estão acordo sobre os principais resultados produzido pelo projeto.
Muitos projetos enfrentar problemas, porque existe uma lacuna entre o que o cliente espera e
o que a equipe do projeto entrega.
Resolvendo problemas mais rapidamente. Algumas equipes gastam muito
tempo e energia lidando com problemas porque, em primeiro lugar, não sabem como resolver
os problemas. Ter um processo proativo de gestão ajuda a garantir que os problemas sejam
resolvidos o mais rápido possível.
Resolver riscos futuros antes que eles ocorram. Processos de gestão do risco
irão permitir que problemas potenciais sejam identificados e administrados antes de
ocorrerem efetivamente
20
Gerir expectativas. Muitos problemas em um projeto podem ser evitados
com a comunicação proativa e multifacetada. Além disso, grande parte do conflito surgido em
um projeto não é o resultado de um problema específico, mas por causa de surpresas. Então, é
preciso comunicação e gerenciar as expectativas com os clientes, os membros da equipe e os
stakeholders de forma mais eficaz.
Construir um produto de maior qualidade. Processos de gestão da qualidade
ajudaram a equipe compreender as necessidades do cliente em termos de qualidade. Assim
que essas necessidades sejam definidas, a equipe pode implementar técnicas para o controle
qualidade e garantia de qualidade para satisfazer as expectativas do cliente.
Melhor gerenciamento financeiro. Esse é o resultado de uma melhor
definição do projeto, melhor estimativa, meio orçamentário mais formal e melhor
monitoramento dos custos reais do projeto diante do orçamento planejado. Todo esse rigor
resulta em um maior controle previsibilidade financeira.
Deixando projetos insatisfatórios antecipadamente. Esses projetos são
aqueles em que a justificação custo-benefício já não faz sentido. Um projeto pode ter
começado com uma boa relação custo / benefício justificada. No entanto, se o projeto está
atrasado e com o orçamento acima do previsto, pode atingir um limiar onde o negócio não é
mais válido. Um gerenciamento de projeto efetivo permite que se vejam estas situações de
forma antecipada, para tomar melhores decisões em redefinir o escopo ou cancelar o projeto.
Focar nas métricas. Métricas oferecem informações que ajudam a
determinar como eficaz e eficiente é o desempenho da equipe e o nível de qualidade das suas
entregas. Métricas também disponibilizam as informações necessárias para confirmar se o
projeto foi bem sucedido ou não.
Um melhor ambiente de trabalho. Se os projetos são mais bem-sucedidos,
mais benefícios intangíveis serão associados à sua equipe. Seus clientes terão mais
envolvimento, sua equipe terá uma apropriação do projeto, o moral vai estar em alta e a
equipe do projeto irá comportar-se com um maior senso de profissionalismo e autoconfiança.
Isso deve fazer sentido, pois pessoas que trabalham em projetos com problemas tendem a ser
21
infelizes e desmotivadas. Por outro lado, as pessoas em projetos bem sucedidos tendem a
sentir-se melhor com os seus empregos, e consigo mesmas.
2.2 Gerenciamento de recursos móveis
Gerenciamento de recursos móveis ou Mobile Resource Management
(MRM) refere-se a uma categoria de soluções empresariais concebida para maximizar a
produtividade dos trabalhadores móveis, tarefas móveis e recursos móveis.
Há alguns anos atrás, MRM praticamente se resumia ao controle de frota,
como por exemplo, rastreamento e monitoramento de grandes caminhões de transporte por
meio de sistemas embarcados no veículo e servidores dedicados. Atualmente uma nova
geração de MRM vem surgindo devido à disponibilidade de dispositivos portáteis de mão
(Handhelds) equipados mecanismos de LBS (Location Based Service) para a localização do
cliente ou alvo, cada vez mais baratos; e serviços de mapas e rastreamento em plataformas
Web. Outras informações complementares provenientes de outros serviços Web como
previsão do tempo podem fazer parte da solução [3].
Assim, uma nova gama de serviços foi concebida para promover
monitoramento da localização dos empregados e recursos, melhorar e automatizar despachos,
colher informações de campo e utilizar esses dados para alimentar os sistemas de BackOffice
dos clientes. Os benefícios disso decorrem no menor atraso em achar recursos próximos da
necessidade de uma atividade, maior visibilidade das atividades dos trabalhadores, cálculo de
rotas eficientes para economia de tempo e combustível, tornar a comunicação mais eficiente
entre membros da equipe, acompanhamento em tempo-real do andamento das atividades,
podendo atender melhor uma situação diante de uma possível mudança no planejamento das
atividades no momento em que ocorrem.
As soluções MRM mais eficazes combinam hardware GPS de localização,
que podem ser assistidos ou não por uma rede celular, comunicação sem fio, aplicações de
software e a Internet para ajudar as empresas a obter a informação que precisam, quando
precisam para tomar decisões inteligentes.
22
Existe uma oportunidade significativa para aumentar a produtividade dos
trabalhadores móveis de campo através do uso de soluções móveis, mas a complexidade da
tecnologia e os custos de implantação são barreiras para muitas empresas. Iniciativas de
serviço de força de trabalho móvel destinam-se a identificar e desenvolver com êxito novos
serviços móveis. A abordagem inclui um modelo de serviço com capacidades de
personalização que pode diminuir os entraves que afetam os serviços móveis. Soluções
produzidas para indústria e soluções específicas para cada cliente com componentes de
serviço personalizáveis também são adequadas para pequenas e médias empresas. [8]
Basicamente existem três categorias de serviços MRM:
Gerenciamento de bens de campo: promove o rastreamento de veículos e
ferramentas de gerenciamento de frota que ajudam clientes a lidar com desafios de
monitoramento em tempo real, evitar gastos desnecessários com combustível, excesso de
velocidade e viajando dentro ou fora de zonas geográficas pré-definidas. Pode ainda localizar
equipamentos e outros bens valiosos.
Gerenciamento de serviços de campo e vendas: Impulsionada por
expectativas cada vez mais exigentes da clientela, essa categoria, visa entregar sempre
elevados níveis de satisfação do cliente, uma proposta detalhada e onerosa para as
organizações com operações complexas. Ajuda prestadores de serviço a cumprir com os
desejos dos clientes, entregarem serviços no tempo certo e manter as despesas operacionais
baixas.
Gerenciamento de força de campo: mostra o que se passa no campo agora e
o que aconteceu em cada minuto de cada dia. Ver a localização e tarefas alocadas para os
trabalhadores, rastreamento também de bens e equipamentos utilizados pela força de trabalho.
Contribui para uma acelerar os processos de despacho e agendamento. Utiliza formulários
personalizados e registro de horas para capturar todo o tipo de informações de campo, desde
detalhes de trabalho até assinaturas e varreduras de código de barras para transmitir
diretamente as aplicações back-office.
23
Figura 2: Exemplo de solução MRM. Fonte: AT&T
2.2.1 A importância de uma plataforma móvel para a força de trabalho
O advento de novas tecnologias de informação e comunicação em
computação móvel tem inserido novos paradigmas nos processos e ambiente de trabalho de
organizações que demandam cada vez mais de soluções que proporcionem um aumento de
produtividade de sua força de trabalho, especialmente os trabalhadores móveis.
24
Os trabalhadores móveis são os empregados que trabalham fora das
instalações da empresa. Isso inclui as equipes de vendas, caminhoneiros de entrega,
executivos em viagens, empregados em estaleiros e armazéns, e trabalhadores de serviço de
campo. Hoje a força de trabalho móvel tem crescido para incluir mais pessoas trabalhando
fora de seu local central de trabalho substituindo o afazer feito no escritório por links de
telecomunicação. Principalmente os trabalhadores que exerçam atividades distribuídas - uma
prática que o trabalho organizacional autoriza ou obriga os trabalhadores a desempenhar a
maioria das suas obrigações de trabalho fora do escritório. [14]
Projetos com um grande número de empregados trabalhando em campo
apresentam problemas quando é preciso integrar seus locais de trabalho distribuídos, assim
como conectar equipes de campo aos sistemas de BackOffice. É preciso fornecer as equipes
meios de comunicação eficientes para promover melhoras nos processos do trabalho em
campo. Assim, é interessante que essa equipe possa acessar o mesmo nível de informação
daquelas trabalhando numa central de trabalho estacionária, recebendo e retornando dados
sobre o projeto em tempo real.
Essas necessidades podem ser alcançadas por meio de aplicações executadas
em plataformas computacionais móveis que sejam mais convenientes as necessidades da
equipe e do trabalho a ser realizado. Nesse trabalho abordaremos a plataforma celular. Tais
aplicações podem receber informações diversas do projeto, receber atividades a ser
executadas pelos trabalhadores de campo, reportar os estados das atividades recebidas em
tempo real, além de alimentar sistemas estacionários com dados de localização de recursos de
trabalho e materiais, mas não apenas se limitando a isso.
Alguns impactos a respeito desta modalidade de solução móvel são
mencionados a seguir em forma de hipóteses baseado no modelo tratado em [2]
Tempo de Deslocamento: Serviços de trabalho de campo possibilitam que
os membros do projeto possam iniciar suas atividades independentes do lugar onde estejam,
pois não precisam retornar à central do projeto para receber instruções sobre o seu trabalho o
seu dia de trabalho basta acessar suas informações em tempo real. Assim o projeto ganha em
economia de combustível de seus recursos automotores e economia de tempo de
25
deslocamento que pode ser aproveitado para realizar mais trabalho útil. Se houver a
disponibilidade de sistemas de localização como GPS (Global Positioning System) ainda é
possível oferecer coordenadas sobre a localidade onde a atividade vai ser realizada. Sistema
também pode ser utilizado para oferecer uma visão executiva do projeto. À medida que os
trabalhadores de campo sincronizam com o sistema, o gestor pode obter informação sobre a
posição e o montante de atribuições restantes de cada empregado, para sempre que necessário
alocar o recurso de trabalho mais apropriado (melhor posicionado ou menos atarefado) para
outras tarefas.
Mudança na comunicação: Como os trabalhadores exercem seu trabalho
fora do escritório, existe grande necessidade de comunicação. O sistema em questão pode
diminuir a comunicação na forma tradicional como é feita: forma impressa, por telefone ou
pessoalmente. Informações dos entregáveis do campo para o sistema de backoffice e vice-
versa que antes eram feitas de forma oral, agora são substituídos por processos móbile
integrados. Por último, a abordagem tem como meta diminuir a taxa de erros dos dados
enviados, logo se existe menos erros, menos comunicação é necessária.
Integridade no repasse de dados: Geralmente ocorre quando os dados de
campo são repassados para outras partes interessadas por algum método manual. Ocorre
geralmente quando os processos são feitos no papel. A automatização do processo de
transmissão de dados além de facilitar o trabalho deixa menos espaço para a inserção de erros
humanos na realização de processos manuais ou transcrição de documentos. A redução de
erros resulta na economia de tempo com a correção dos mesmos.
Realocação do trabalho: Isso significa que o trabalho pode ser realizado em
onde ele faz mais sentido, que pode ser necessariamente fora dos domínios da organização.
Uma das vantagens é que os funcionários podem reduzir o tempo de faturamento, começando
o mesmo no próprio local de trabalho. Além de informar o tempo de trabalho de forma mais
correta em processos de folha de pagamento.
Eficiência nos processos: Tal eficiência é resultado das mudanças causadas
pela plataforma móvel descritas anteriormente. A produtividade no trabalho pode ser
aumentada pela tecnologia móvel, reproduzindo os mesmos resultados dos processos, mas,
26
com menos entradas. Então “Tempo de deslocamento” mostrou que é possível obter uma
economia no tempo evitando não percorrendo certos trechos de carro e conseqüentemente
economizando combustível. “Impacto na comunicação” indicou que se gasta menos tempo do
que com comunicação feita de forma tradicional. “Integridade ao repassar dados”, apontou
uma economia de tempo, visto que ocorrem menos erros devido à transcrição de dados
manualmente. “Realocação do trabalho” evita o atraso ou antecipa certos processos
executando-os onde eles fazem mais sentido. Essas quatro características promovem uma
maior eficiência no cumprimento dos processos do projeto.
Qualidade dos dados: Deve ser analisada em duas direções: a base de
informações tem que estar disponível para os trabalhadores no local onde trabalham e o alto
nível das novas informações geradas e repassadas para o sistema de backoffice. A qualidade é
influenciada pelos efeitos mostrados em “Integridade ao repassar dados” e “Realocação do
trabalho”, ou seja, proporciona uma diminuição na taxa de erros e acesso aos dados quando
necessários.
Eficácia nos processos: O aumento de efetividade é proveniente da
“Qualidade dos dados” e da “Eficiência nos processos”. Através do controle preciso dos
estados das atividades é possível obter uma “Fotografia” clara daquele momento do projeto a
qualquer momento, permitindo fazer avaliações sobre diversos processos e aspectos do
projeto de campo, isso incrementa a efetividade, pois entrega uma alta qualidade de dados. A
redução do trabalho improdutivo por conta é possível usar que o tempo antes não tão bem
aproveitado para que tanto os operários de campo quanto o gestor possam dar conta de mais
atividades, somando eficiência criando processos mais eficazes. Assim é oferecida a
possibilidade de fazer coisas que não podiam ser feitas antes, através dos novos benefícios da
plataforma móvel.
Processos de Custo: À medida que o trabalho se torna mais eficaz, fazendo a
coisa certa da maneira certa, sem desperdício de tempo, é possível observar uma melhora nos
custos. A “Qualidade de dados” reduz a taxa de erros que além de reduzir o retrabalho,
diminuía a necessidade de comunicação influenciando positivamente nos custos.
27
Tornando negócios atraentes: É possível alcançar benefícios intangíveis
tornando o negócio atraente. Aumentando a fidelidade do cliente com processos eficazes
baixas taxas de erros. O uso de tecnologias de ponta também é outro fator que melhora a
imagem do negócio.
Figura 3: A figura mostra os níveis e interação entre as hipóteses para a
plataforma proposta.
2.3Tecnologias para gerenciamento móvel
2.3.1Sistemas de LBS
LBS - Location-Based Service - quando se está trabalhando com uma
plataforma específica é interessante que se tire proveito de suas características mais peculiares.
No caso das plataformas móveis, um ponto a ser explorado é como essa pode promover
informações sobre a sua localidade. Nesse aspecto, o conceito de LBS se faz presente na
implementação de serviços orientados a localização.
28
Segundo Virrantaus et al, LBSs são serviços de informação acessíveis com
dispositivos móveis através da rede móvel e utilizando a habilidade de fazer localização do
dispositivo móvel [1]. A maioria dos serviços LBS é capaz de obter a localização do
usuário/dispositivo e utilizar essa informação para promover um serviço. Assim, são serviços
que partem da posição geográfica do cliente, oferecendo a possibilidade de localizar usuários,
máquinas, veículos e recursos, bem como o rastreamento dos mesmos; além de serviços
sensíveis a localização.
Serviços Pull são aqueles em que o próprio usuário faz a requisição de
forma direta. É preciso que o usuário informe ao serviço nessa requisição a sua localização,
caso contrário a mesma não pode ser enviada. Podem ainda ser ditos como funcionais, como a
solicitação de uma ambulância ou apenas informacionais, onde fazer uma busca pelos seus
contatos pessoais mais próximos de acordo com o endereço do contato.
Serviços Push não são diretamente requisitados pelo usuário e sim por
eventos disparados pela entrada em uma determinada área ou por uma determinada hora e
tratados pelo provedor de serviço que tem a autorização do usuário para enviar a informação.
Nesse caso também é preciso que informações a respeito das preferências do cliente sejam
repassadas para o sistema Push. Exemplos desse tipo de serviço são o de previsão do tempo e
de informação sobre a área atual onde o usuário se encontra.
Serviços Tracking são capazes de rastrear terminais móbile (pessoa,
veículo etc.). É preciso que o recurso a ser rastreado dê permissões para determinadas pessoas
interessadas em sua posição.
Para promover um serviço LBS certos elementos de infra-estrutura precisam
ser contemplados e interligados.
Dispositivos móveis: Elemento pelo qual será transmitida a informação
requisitada pelo o usuário. Tais informações podem ser exibidas em diversos formatos como
imagens de mapas, descrição textual sobre a localização, guia de rotas através de narrações em
áudio entre outras. Diversos dispositivos estão disponíveis no mercado atual, e podem ter
funcionalidade dedicada como navegadores GPS veiculares ou de uso multipropósito como
notebooks, PDAs e Smartphones. Esse último tem se mostrado o mais versátil pelo seu
29
crescente poder de processamento computacional bem como as suas diversas interfaces de
comunicação. É também o aparelho-alvo deste trabalho.
Rede de comunicação: O conceito de LBS envolve outros sistemas além
do terminal móvel. Sendo assim, é necessária uma rede de comunicação para enviar os dados e
requisições do cliente para os provedores de serviço assim como a informação requisitada de
volta para o usuário.
Fator de posicionamento: O ponto de partida para o processamento do
serviço ocorre depois de determinada a posição. Tal posição pode ser obtida através de redes
de comunicação móveis ou usando o sistema de posicionamento global (GPS) no próprio
terminal. Outra possibilidade é a utilização de redes WLAN para localização em ambientes
fechados como em um museu. Caso a posição não seja determinada automaticamente, o
usuário pode informar manualmente.
Provedor do serviço ou aplicação: É para onde vão as requisições feitas
pelo cliente móvel onde são devidamente processadas para retornar a informação requisitada.
É responsável por implementar toda a lógica do serviço e a interface com o usuário. Pode
oferecer diversos serviços como o cálculo da posição traçar rotas, busca pelo estabelecimento
comercial mais próximo ou mesmo de um objeto do interesse do usuário.
Provedor de dados e conteúdo: Em geral servidores de serviço não vão
armazenar e manter todas as informações que podem ser requisitadas pelos usuários. Então,
bases de dados geográficas e dados de informação de localização são freqüentemente
requisitadas pelas autoridades mantenedoras (Ex: agências de mapeamento) ou negócios e
industrias parceiras (Ex: páginas amarelas e serviço de tráfego).
Outra classificação para esses tipos de serviço está relacionada aos
possibilitadores técnicos necessários para implementar LBS’s. É feita uma divisão em três
categorias:
Serviços: Produtos ou aplicações específicas finais (Ex: Posição atual,
Posição de interesse, Rastreamento da localização).
Funcionalidades: Conjunto de capacidades necessárias para
implementar o serviço(Ex: Servidor de posicionamento, Gateway, Dispositivo mediador,
Servidor de mapas).
30
Possibilitadores: Conjunto de redes genéricas e funcionalidades de
terminal, incluindo toolkits padronizados, protocolos e interfaces de aplicação, providenciando
transporte básico, e mecanismos de controle (Ex: Sistemas de posicionamento, GMLC, SMS,
Circuit switched channel, Protocolo WEB, Protocolo WAP)[14].
Pode-se colocar da seguinte forma: o serviço é o produto oferecido ao
cliente. Sua concepção foi feita usando funcionalidades como checagem de privacidade,
interfaces com o usuário e personalização. E o possibilitador pode ser a rede GSM que é o
canal necessário para implementar as funcionalidades e entregar o serviço ao cliente.
Um exemplo para mostrar por etapas como isso funciona, pode ser
observado quando o usuário requisita informações sobre determinados bares e restaurantes
mais próximos da sua atual localização a um serviço semelhante ao de “Páginas amarelas” de
uma lista telefônica. A princípio, a posição atual deve ser obtida, isso pode ser feito por GPS
pelo próprio aparelho ou por um serviço de posicionamento, a partir dai o cliente manda as
informações de requisição pela rede de comunicação para o Gateway. A tarefa do Gateway é
fazer as devidas trocas de mensagem com a rede de comunicação e a internet e rotear as
requisições para os servidores de aplicação específicos. O servidor recebe a mensagem e
aciona o serviço de busca que vai fazer análise de que informações o usuário necessita de
acordo com a descrição feita na requisição (bares e restaurantes) e a região onde ele se
encontra. O serviço também verifica dados de vias e estradas para filtrar os estabelecimentos
de possível acesso relativos à posição do usuário. Depois que toda essa informação é coletada,
são feitos cálculos para a criação da lista com os pontos de interesse mais próximos da
localização informada que é mandada de volta para o cliente móvel pela internet e roteada
pelo gateway para a rede de comunicação.
Existem basicamente duas modalidades de posicionamento: network-based
positioning, onde a localização é feita usando as torres de comunicação da rede e terminal-
based positioning, na qual a localização é feita no próprio aparelho do usuário através do sinal
recebido das bases de comunicação. Ainda existe um terceiro grupo que é uma hibrida das
duas abordagens acima citadas.
Atualmente as duas técnicas mais usadas são: GPS (Global Position System),
tecnologia de posicionamento é feito no terminal recebendo sinais de uma rede de satélites em
órbita na terra, a qual pode ter um erro de precisão de até 5M e Cell-ID, que obtém a
31
localização baseada na torre de rede mais próxima, mas seu erro de precisão varia entre 100m
e 1 km. A escolha do tipo técnicas tem relação direta com o propósito da aplicação. Caso seja
necessário um grau de maior precisão é feita uma escolha de abordagem de posicionamento de
terminal ou híbrida. Caso a precisão não seja algo crítico, posicionamento feito pela rede pode
ser uma alternativa (Lopez 2004).
2.3.2 Web Services
Web Services(WS) - O propósito do modelo de arquitetura Web Service é
criar uma padrão para promover a interoperabilidade entre os diferentes tipos de aplicação de
software, arquiteturas de máquina e API`s (application programming interfaces). Tal
interoperação traz benefícios que possibilitam uma integração de forma barata de serviços já
existente.
É possível criar aplicações combinando múltiplos serviços para criar um
único fluxo de trabalho. Isso facilita quando é necessário fazer ajustes no fluxo de trabalho da
aplicação pela facilidade de como os serviços dela podem ser adicionados e removidos da
solução, por motivos técnicos ou por razões de negócio.
Segundo a W3C, a definição formal de Web service [3] é a seguinte: “Um
Web service é um sistema de software desenvolvido para possibilitar a interoperabilidade na
interação máquina-máquina através da rede. Ele tem uma interface descrita em um formato
processável de máquina (especificamente WSDL). Outros sistemas interagem com o Web
Service em uma maneira prescrita por suas descrições usando mensagens SOAP, tipicamente
transportada usando HTTP com uma serialização XML em conjunto com outros padrões Web
relacionados”.
A convergência de terminais móveis e Web services possibilitam novos
modelos de serviços e negócios e acelera o desenvolvimento de tecnologias de internet móveis
e fixas. A indústria mobile está em equilíbrio para tirar proveito dos benefícios da
interoperabilidade que os Web services promovem.
Para a indústria mobile, Web services oferecem pelo menos três áreas de
aplicação. Na primeira, terminais móveis podem ser feitos para atuar como clientes Web
service, permitindo vários cenários para negócios e clientes. Por exemplo, aplicações que
32
permitem acesso de qualquer lugar para banco de dados de backend possibilitando um
poderoso gerenciamento de relacionamento com o cliente, gerenciamento de inventário e
aplicações de diagnóstico remoto. Na Segunda, terminais móveis podem oferecer Web
services para outros provedores de serviço. Por exemplo, um terminal móvel pode oferecer um
serviço provendo informações armazenadas no terminal, como contatos, calendários ou outras
informações pessoais.
E, finalmente, na terceira provedores de serviço podem alavancar
informações providas da infra-estrutura mobile. Por exemplo, um provedor de serviço pode
obter a posição geográfica do terminal móvel através da infra-estrutura do Web service móvel.
Isso pode ser usado para promover informação customizada, como previsão do tempo ou
estabelecimentos comerciais na localização do terminal móvel ou nas suas redondezas. Outras
áreas em potencial estão relacionadas à folha de pagamento e presença do usuário do serviço
dentro da rede móvel.
A interoperabilidade provida por Web services é baseada em padrões abertos
como WSDL e SAOP mencionados anteriormente. Alguns desses padrões e outras
arquiteturas complementares são debatidos a seguir.
Service-Oriented Achitecture (SOA) é uma forma de arquitetura distribuída
em que aplicações de software podem expor suas funcionalidades de uma forma abstrata por
meio de uma interface de mensagem do provedor de serviço.
Tipicamente mostra operações no nível de negócios. Nesse modelo a
aplicação de software pode se comportar de duas maneiras: como agentes provedores ou
consumidores do serviço. Às vezes a aplicação pode agir como consumidor e provedor ao
mesmo tempo, isso ocorre quando a mesma se aproveita de um ou mais serviços para poder
oferecer outro. Mas independente da política que a aplicação seja construída, SOA é orientada
a mensagem e por isso nenhuma das partes do serviço precisa saber das propriedades dos
agentes, pois o serviço é definido em termos de troca de mensagens entre os agentes.
Um benefício importante promovido por SOA é a possibilidade, de se
trabalhar de maneira simples com sistemas legados, por não precisar saber como as partes do
sistema foram construídas.
De acordo com o World Wide Web Consortium (W3C), SOA apresenta três
componentes principais: Descoberta, Descrição e Troca de Mensagens.
33
Descoberta é o processo feito para encontrar o Web service apropriado
quando o requisitante quer iniciar uma interação com o provedor e ele ainda não sabe qual
provedor deseja contratar os serviços mas, que precisa contemplar alguns critérios funcionais.
Nesse processo são obtidas informações sobre certos componentes para usar o serviço tais
como: protocolo, interfaces e schema XML (eXtensible Markup Language) do conteúdo da
mensagem (todas essas informações podem ser incluídas no documento WSDL). Se
necessário, ainda é possível incluir informações adicionais ao cabeçalho das mensagens SAOP
como, por exemplo, tokens de segurança que podem dizer se aquele cliente que está acessando
o serviço é de confiança ou está autorizado a fazer requisições. O mecanismo de descoberta
pode ser feito de diversas formas pelo requisitante:
o Obtendo informação de maneira informal por meio de e-mail.
o Acessando um local conhecido por meio de informações contidas. em
Web sites ou metadados compartilhados.
o Usando um diretório, como diretórios Description Discovery and
Integration (UDDI).
o Por serviços de descoberta baseado em identidade.
Usado de forma comum, o acesso a lugares conhecidos, pode ser feito
usando um engenho de busca. A descrição WSDL de um serviço pode ser obtido pelo Web
site de, por exemplo, um serviço de mapas.
Catálogos UDDI [5] são basicamente o mecanismo de descoberta
dominante. Eles são repositórios especializados que implementam especificações de
frameworks como metaschema. Em particular, antes do padrão UDDI, as organizações não
dispunham de uma abordagem comum para publicar informações sobre seus produtos e Web
services para seus clientes e parceiros. UDDI estabeleceu o primeiro método uniforme que
incluía detalhes para a integração de sistemas e processos já existentes entre os parceiros de
negócio além de permitir às empresas descobrir e compartilhar informações no que diz
respeito a Web services que estão registrados. Um serviço de registro UDDI é um WS que
gerencia as informações sobre os prestadores de serviços, implementações de serviço, e
serviço de metadados [7].
34
Descrição é a etapa pela qual se obtêm as informações e regras necessárias
para que o requisitante possa entrar em contato com provedor que foi localizado no processo
de Descoberta. Alguns desses dados são: o formato da mensagem a ser usado, protocolos e
políticas de segurança. Essas informações podem ser retornadas como parte do processo de
descoberta.
A descrição tipicamente inclui informação estruturada como Web Services
Description Language (WSDL), documentos e informações adicionais. WSDL é um formato
XML para descrever serviços de rede como um conjunto de pontos que operam sobre
mensagens que contenham informação ora orientada a documentação ora orientada a
procedimentos. As operações e mensagens são descritas de forma abstrata e em seguida,
vinculadas a um protocolo de rede concreto e formato de mensagem para definir um ponto.
Pontos concretos relacionados são combinados em terminais abstratos (serviços). WSDL é
extensível para permitir a descrição dos pontos e de suas mensagens, independentemente de
que formatos de mensagem ou protocolos de rede são usados fazer a comunicação [4].
Em linhas gerais WSDL vai descrever as características gerais dos pontos de
serviço para que os clientes possam interagir com o serviço sem que haja necessidade de uma
configuração específica, isso é possível através do padrão de descrição legível por máquina do
serviço, que adapta o cliente automaticamente para o mesmo.
Troca de mensagens é a terceira etapa e é considerada o aspecto núcleo de
Web services, visto que as partes das aplicações mandam mensagens entre si. A comunicação
é feita com o provedor por meio de envio (e recebimento) de mensagens. Habitualmente, a
comunicação é feita pelo uso do protocolo SOAP (Simple Object Access Protocol) em
conjunto com protocolos subjacentes como HTTP (Hypertext Transfer Protocol) usado na
Web.
A escolha desse protocolo subjacente é feita por um processo chamado
SOAP binding que garante a interoperabilidade entre as mensagens SOAP e o protocolo
escolhido. Esse padrão, baseado em XML para troca de informações em um ambiente
distribuído. Por ser baseado em XML é desenvolvido para ser extensível. Seu formato define
um pacote de mensagem que leva o payload da aplicação em seu corpo e informações de
controle no cabeçalho.
35
Figura 4. Principais componentes de uma arquitetura orientada para os serviços. Fonte: W3C.
36
3.METODOLOGIA
Este trabalho tem natureza essencialmente de pesquisa exploratória e
pretende contemplar os resultados descritos na seção 1.1 (Objetivos). Foi inicialmente
realizada pesquisa bibliográfica, de forma ampla de material relevante para uma proposta de
gerenciamento de projetos para plataforma celular.
Posteriormente foi feito um refinamento e aprofundamento para constituir o
referencial teórico para a arquitetura do tema, deixando outros focos carentes para trabalhos
futuros.O referencial teórico foi composto da análise da literatura disponível, artigos
científicos e de análise de negócios, papers comerciais, livros, reportagens e leituras algumas
delas vindas de internet.
Foram realizadas pesquisas para entender o caráter dos projetos onde
plataforma celular poderia ser apropriada e as necessidades dos mesmos, além das vantagens
no aspecto de gerenciamento de projetos do uso de uma plataforma assim. Por fim foi feita
uma pesquisa a respeito dos fundamentos técnicos necessários para a elaboração da arquitetura
que contemplasse tais necessidades e impacto da mesma no âmbito de gerenciamento de
projetos.
37
4. ARQUITETURA
A idéia da criação de uma arquitetura para dispositivos móveis celulares
para GP vem para suprir a carência de controle e monitoramento de projetos que não ocorrem
em um único local físico e seus recursos materiais e de trabalho estão disponíveis de forma
centralizada.
Mediante as pesquisas feitas nesse trabalho, conclui-se que projetos que
demandam uma plataforma celular são aqueles que apresentam algumas das seguintes
características Projetos de campo: São aqueles em que grande parte ou alguma parte das suas
atividades é realizada fora do escritório do projeto.
A força de trabalho é móvel: Isso quer dizer que os recursos de trabalho
do projeto estão em trânsito. Seu trabalho é realizado fora de escritórios ou um lugar fixo e
podem passar boa parte do dia se deslocando de um local de labor para outro.
Múltiplos locais de execução das atividades: Os trabalhadores podem
executar suas tarefas em lugares diferentes ou o projeto tem a necessidade de trabalhar com
várias equipes de trabalhadores distribuídas em locais distantes.
Necessidade de equalizações de dados: É importante que todas as partes
do projeto tenham acesso ao mesmo nível de informação do projeto. Então os trabalhadores
móveis precisam ter acesso aos dados do sistema de GP do projeto da mesma forma como o
pessoal de backoffice precisa dos dados do que acontece nas atividades fora do escritório.
Necessidade de informação sobre a localização de recursos: Em projetos
onde os seus recursos podem ser alocados para muitos para atividades em pontos diversos, é
indispensável ter um mecanismo de controle dos mesmos. A localização é uma informação
imediata que vai influenciar na escolha da melhor alocação de recursos.
Desta forma, é preciso desenvolver uma arquitetura composta por
componentes técnicos que possam suprir as necessidades características desse tipo de projeto.
Entretanto, mesmo diante da disponibilidade de redes sem fio e plataformas para Smart
phones com grandes arcabouços de desenvolvimento, ainda existem barreiras para o
aproveitamento da comunicação móbile.
A tecnologia muitas vezes ainda é considerada complexa; o conjunto de
plataformas celulares ainda é muito heterogêneo, dificultando a distribuição em larga escala,
atualmente alcançada pela geração de diversas versões da mesma solução para os diferentes
38
aparelhos; é difícil promover soluções escaláveis diante dessa diversidade de dispositivos, que
poderiam promover a continuidade do negócio através da evolução tecnológica. Há uma série
de processos de negócio ou tarefas que não estão abrangidas pelos atuais sistemas de TI, ou
eles são apoiados ou apresentados em uma forma que é demasiado complexo para atender às
necessidades dos trabalhadores móveis. [8]
Assim a seguir serão feitas duas propostas de modelo de arquitetura para
permitir que a plataforma celular possa participar do processo de GP para projetos de campo.
4.1 Arquitetura SaaS com Cliente Móvel
Software as a service (SaaS), comumente designado por modelo Application
Service Provider (ASP) , é um modelo de distribuição de aplicativos de software onde o
aplicativo ou serviço, é distribuído a partir de um centro de processamento de dados
centralizado através uma rede - Internet, Intranet, LAN, ou VPN, que retira do cliente a
responsabilidade pela instalação, manutenção e atualizações de software.
Essa abordagem é interessante para pequenas e médias empresas pelo rápido
desenvolvimento e distribuição de software, além de ser uma ótima escolha para empresas
que não possuem sistemas legados ou mesmo uma infra-estrutura de TI, facilitando a adoção
do modelo.
4.2 Arquitetura Servidor de negócios com Cliente móvel
Essa abordagem é destinada a negócios que já possuem uma estrutura de TI
bem definida e desejam integrar as novas oportunidades do monitoramento do trabalho em
campo.
Essa arquitetura tem como principal característica a modularidade. A
solução propõe a inserção de um servidor que tem como objetivo centralizar as diversas
aplicações de negócio encontradas na organização. Seu papel é fazer com que as informações
vindas dos clientes celulares vão para os respectivos sistemas de backoffice no formato
39
adequado. O mesmo ocorre quando o cliente móvel requisita informações das aplicações de
escritório que devem ser entregues de forma compatível com cada cliente. A modularidade
fica por conta da facilidade em que se podem trocar as aplicações da backoffice, pois os
problemas de compatibilidade são resolvidas no novo servidor de negócios por meio da
criação de um novos adaptadores [4] para integrar as diferentes interfaces das aplicações.
Outra vantagem desses do fator modular ocorre no lado do cliente, visto que antes sem um
servidor de negócios, a aplicação dos celulares teria que ser desenvolvida aos moldes das
aplicações de backoffice e havendo a necessidade de troca de algum dos seus subsistemas os
cliente provavelmente se tornariam inúteis, havendo assim a necessidade de toda o conjunto
de aparelhos celulares da organização. Com o modelo de servidor de negócios aplicações
podem ser substituídas e ele fica encarregado da compatibilização de dados. Por
4.3 Sistemas e Subsistemas
A seguir serão destrinchados os diagramas ilustrativos das duas arquiteturas
propostas.
A Figura 5 mostra como os escritório com acesso a uma ferramenta GP
SaaS como uma solução provinda da Web que se comunica com a Solução de serviço móvel
para garantir a interoperabilidade do modelo. Esse por sua vez se encarrega de coletar
informações como o andamento das atividades, folha de horas e localização dos recursos do
projeto que pode ser combinado com um serviço de mapas para gerar informação visual. Tais
dados podem ser retornados para “alimentar” a ferramenta de GP que aproveitará essas
informações para afetivar os processos móveis e disponibilizar os produtos dos processos para
todas as partes do projeto, inclusive a equipe de campo pelo repasse desses produtos para a
solução de serviço móvel.
A figura 6 mostra exibe uma arquitetura semelhante à SaaS, entretanto não
há serviços acessados de uma rede, as soluções a serem integradas são sistemas legados da
própria organização e agora são integrados com um servidor central para compatibilização de
40
dados. Tal servidor é a peça chave do sistema que vai promover adaptadores de interfaces
entre os sistemas legados, onde está inclusa ferramenta de GP, promovendo dessa forma a
interoperabilidade também via Web Services. Existe ainda um cuidado com a segurança onde
o servidor de negócios é que cuida da criptografia de dados com os clientes.
41
Figura 5: Arquitetura SaaS
42
Figura 6: Arquitetura Servidor de negócios
43
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em teoria, esse trabalho mostra o como é clara a necessidade de uma
plataforma como a ilustrada para promover soluções de controle e monitoramento para
projetos de campo onde as tradicionais ainda não o fazem da forma mais eficaz. No entanto a
área de mobile business, apesar de já se mostrar tecnologicamente plausível, ainda enfrenta
diversas barreiras na sua criação e implantação efetiva, seja pela sua complexidade ou adesão.
Para o autor deste trabalho, a área se apresenta bastante promissora, mas,
ainda, nitidamente carente de pesquisas em diversas frentes como integração das tecnologias e
escalabilidade da mesma, definição de padrões para processos de negócio móvel, um maior
estudo sobre a adesão do conceito, os impactos que a plataforma vai inserir nos artefatos de
GP, para assim surgirem os primeiros casos de sucesso e o desenvolvimento de aplicativos de
software para celulares mais complexos. Existem muitas áreas como construção e manutenção
que perdem muito por não possuírem processos bem definidos para execução de suas tarefas,
pois não disponibilizam de meios para desenvolvê-las como soluções de GP móbile que
podem atender necessidades específicas do trabalho de campo e da força de trabalho móvel
que possuem precisões específicas bem diferentes de outras áreas onde o trabalho não
demanda tanta mobilidade.
Ainda é imprescindível educar os possíveis investidores que podem
impulsionar esse tipo de mercado e isso pode ser alcançado através de um maior número de
pesquisas nessa área que conta com várias frentes de pesquisa ainda insuficientes. Trazer
modelos de negócio para a plataforma celular é um caminho ainda complexo, mas, com
muitas vantagens vistas à capacidade do dispositivo de possibilitar cada vez mais formas de
comunicação sem fio, promovendo o muito do que existe de melhor em soluções
computacionais na palma da mão. Além disso, tem a vantagem da sua alta taxa de adesão,
visto que a maioria da população já possui um.
44
6. TRABALHOS FUTUROS
No processo de desenvolvimento desse trabalho o autor pode concluir que
algumas áreas ainda são muito deficitárias para o desenvolvimento real de plataformas de GP
móvel. Por isso optou por começar pela definição de uma arquitetura pra fins de viabilidade
tecnológica. Ainda foi sentida a necessidade de estudos nas áreas de educação sobre o
conceito para estimular a adesão a mesma, a definição, adaptação ou estudo de alguma
linguagem padrão para tratar do gerenciamento dos processos móveis, visto a grande
quantidade de interfaces e sistemas evolvidos. Um estudo do impacto que o parâmetro de
localização abordado na arquitetura desse trabalho nos artefatos de gestão de projetos, pode
ocasionar na definição de novos processos. Por fim, com um modelo mais definido criar
soluções mais complexas para aparelhos celulares.
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