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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO CIÊNCIAS ECONÔMICAS FAUSTO FERIANI ANÁLISE DA COMPANHIA USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A

Trabalho de Contabilidade

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Vários índices e suas respectivas explicações.

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

CIÊNCIAS ECONÔMICAS

FAUSTO FERIANI

ANÁLISE DA COMPANHIA USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS

S.A

SÃO PAULO

2015

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

CIÊNCIAS ECONÔMICAS

FAUSTO FERIANI

ANÁLISE DA COMPANHIA USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS

S.A

SÃO PAULO

2015

Trabalho acadêmico de análise de balanços a ser apresentado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ao curso de Ciências Econômicas relativo à matéria de Contabilidade e Análise de BalançosOrientador: Professor Adolfo Pinto

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SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO...............................................................................................5

1.1 SOBRE A EMPRESA....................................................................................5

1.2 OBJETIVO.....................................................................................................6

1.3 VALORES......................................................................................................6

1.4 INOVAÇÃO....................................................................................................7

2.0 ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL....................................................8

3.0 ANÁLISE DO DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS..................................................................................................10

4.0 ÍNDICES......................................................................................................11

4.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ..............................................................................11

4.2 ÍNDICES DE ESTRUTURA.........................................................................12

4.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE..................................................................13

4.4 ÍNDICES DE CICLOS E PRAZOS .............................................................15

5.0 COMPARATIVO DA SID NACIONAL COM A

USIMINAS.........................................................................................................17

5.1 LIQUIDEZ....................................................................................................17

5.2 ESTRUTURA...............................................................................................17

5.3 RENTABILIDADE........................................................................................18

5.4 CICLOS E PRAZOS....................................................................................19

6.0 COMPARATIVO DO SETOR DE AÇO COM A USIMINAS........................20

6.1 LIQUIDEZ....................................................................................................20

6.2 ESTRUTURA...............................................................................................20

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6.3 RENTABILIDADE........................................................................................21

6.4 CICLOS E PRAZOS....................................................................................22

7.0 BIBLIOGRAFIA...........................................................................................24

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1.0 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por finalidade, analisar os dados financeiros do Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultados e os Índices de Liquidez, Estrutura, Rentabilidade, Prazos Médios e Ciclos da empresa USIMINAS, explicando-os de acordo com a lógica contábil.

Para a realização de uma análise eficaz, os dados aqui apresentados também serão comparados aos da concorrente SID NACIONAL e aos do SETOR DE AÇO.

1.1 SOBRE A EMPRESA

Mais do que o aço, a Usiminas oferece soluções para os maiores desafios industriais do País. No carro, no navio. Na geladeira, no fogão. Na plataforma de petróleo, no trator. Nas máquinas das indústrias e muito mais. Não à toa é a maior fabricante de laminados planos da América Latina e líder de mercado no Brasil.

O aço Usiminas está presente onde o Brasil se desenvolve, onde o conhecimento e a inovação ditam o futuro. Por isso, investe na modernização de suas unidades e em produtos de conteúdo tecnológico diferenciado. São mais de R$ 12 bilhões nos últimos anos, sempre em sintonia com tendências mundiais de pesquisa e aplicação.

Na base de tudo, uma equipe capacitada, que conjuga experiência e desenvolvimento constante na busca por produtividade.

A este conjunto, soma-se a experiência dos principais acionistas, também com amplo conhecimento do “negócio aço”: o Grupo Nippon e a Organização Techint (Ternium/Tenaris). São sinergias que permitem o acesso a culturas industriais de outros países e o aperfeiçoamento contínuo da empresa.

E quem busca a excelência sabe que o desenvolvimento pode ser compartilhado. Por isso, a Usiminas atua com sustentabilidade e responsabilidade social. Por meio da Fundação São Francisco Xavier, investe em educação e saúde. Com o Instituto Cultural Usiminas, apoia a cultura e o esporte. E ainda promove iniciativas ambientais como o Projeto Xerimbabo, com mais de dois milhões de visitantes em quase três décadas.

Com tecnologia, conhecimento e qualidade. É dessa forma que a Usiminas constrói o futuro.

Para fazer melhor, sempre.

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1.2 OBJETIVO

Ser um grupo siderúrgico de alcance global, inovador, e crescer de forma sustentável para se posicionar entre os mais rentáveis do setor.

1.3 VALORES

Pessoas: a Usiminas confia nas pessoas e aplica os conceitos de autonomia, cooperação e compromisso.

Consistência: a Usiminas é confiável e sólida. Tem continuidade em suas ações e visão de longo prazo.

Técnica: a Usiminas tem domínio do saber e do fazer, além de conhecimento e experiência para executar e solucionar.

Capricho: o olhar da Usiminas é particular, desde o detalhe ao todo.

Abertura: a Usiminas é receptiva e transparente. Tem curiosidade e disposição para a construção e a realização de ideias.

Sustentabilidade: a Usiminas acredita que o futuro é construído com base nas decisões e ações do presente.

Resultados: a Usiminas estabelece metas individuais e coletivas desafiadoras, que refletem o potencial da companhia.

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1.4 INOVAÇÃO

É a força de sua equipe que torna o conhecimento da Usiminas referência. Por isso é a siderúrgica com maior número de patentes na América Latina.

Como diferencial estratégico, um moderno e pioneiro Centro de Tecnologia Usiminas desenvolve novos aços e aprimora os processos produtivos, que seguem parâmetros de benchmarking na busca por maior eficiência operacional e produtividade.

São mais de 40 anos de pesquisas e de promoção do desenvolvimento do aço e de seus processos, contribuindo para a satisfação dos clientes e para a elevação do patamar tecnológico da indústria brasileira.

Os 17 laboratórios, localizados na Usina de Ipatinga, absorvem, geram e disseminam conhecimentos científicos e tecnológicos voltados para:

Caracterização e avaliação de matérias-primas, insumos, resíduos e materiais diversos relacionados aos processos de produção do aço;

Melhoria e desenvolvimento de processos e produtos;

Racionalização de custos;

Caracterização e engenharia de aplicação de produtos;

Preservação do meio ambiente;

Identificação e avaliação de novas tecnologias.

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2.0 ANÁLISE DO BALANÇO PATRIMONIAL

A Usiminas teve uma pequena retração no seu Ativo Total, reduzindo 6% de 2011 a 2013.

A participação do Ativo Circulante no Ativo Total também reduziu de 38% em 2011 para 30% em 2013. Em compensação, a participação do Ativo Não

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Circulante subiu na mesma proporção, chegando a representar 70% do Ativo Total no último ano.

Essa diferença entre os Ativos deve-se, principalmente, à diminuição de Aplicações Financeiras, que caíram 79%, redução no valor das disponibilidades, que chegaram a reduzir 16% de 2012 para 2013, e ao aumento no valor do Ativo Realizável a Longo Prazo, em 34%, e do Ativo Permanente que, apesar de aumentar apenas 2% nos três anos da análise, passa a representar 61% do Ativo Total em 2013.

Isso demonstra uma estratégia da empresa, que passa a investir mais recursos em Ativos de longo prazo.

Sobre o capital disponível pela empresa, ou seja, a soma do total de Passivos com o Patrimônio Líquido, houve, assim como nos seus Ativos, uma redução de 6% entre os anos analisados.

No ano de 2012 o Passivo Circulante cresceu 32% em relação ao ano anterior, principalmente por conta dos aumentos de 57% no valor de gastos com Fornecedores e 49% nos Empréstimos e Financiamentos de curto prazo. Mesmo tendo uma pequena representação, observa-se um aumento na participação desse Passivo no capital da empresa, que partiu de 12% em 2011 para 16% em 2013.

A queda do Passivo Não Circulante pode ser identificada como o fator responsável pela diminuição do capital de forma geral, já que esse Passivo retraiu 29% e sua representatividade caiu de 31% em 2011 para 24% em 2013. Essa retração verificada no Passivo pode ser explicada principalmente pela redução nos Empréstimos e Financiamentos de longo prazo, os quais caíram 15% em 2012 e 13% em 2013.

O capital próprio da empresa, ou seja, seu Patrimônio Líquido, obteve uma pequena redução de 1% no período da análise. A queda de 18% em suas Reservas de Lucro foi praticamente sanada pelo aumento de 21% na Participação de Acionistas Não Controladores.

As Reservas de Capital cresceram impressionantes 9561% em 2012 e 43% em 2013. Entretanto, sua representatividade no capital da empresa é ínfima, participando apenas em 1% da composição do mesmo nos últimos dois anos.

Assim, de forma geral, é possível destacar que, apesar do aumento de empréstimos de curto prazo, a Usiminas vem reduzindo o total de suas dívidas e, por conta disso, a participação do seu próprio capital cresceu de 57% em 2011 para 60% em 2013, apesar da pequena queda de 1% verificada entre os mesmos anos.

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3.0 ANÁLISE DO DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS

A Receita de Vendas de não variou muito de 2011 para 2013, mas o custo das mercadorias e outras despesas aumentaram significantemente em 2012, trazendo prejuízo à Usiminas.

Em 2011 o custo de produção representava 80% da Receita de Vendas, o Resultado Líquido foi um lucro de R$ 1.583.650, equivalente a 12% do total de vendas.

Já em 2012, por conta de um aumento em 17% nos custos da mercadoria o Resultado Líquido foi um prejuízo de 999.181, ou seja, uma queda de 163% em comparação com 2011.

Em 2013 os Custos reduziram 7% em comparação com o ano anterior, mas ainda estava acima dos custos de 2011. Muitas despesas continuaram altas, com destaque para Despesas Financeiras que cresceram 159%, e contribuíram para o prejuízo de R$ 405.449 no Resultado Líquido do último ano analisado.

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4.0 ÍNDICES

4.1 ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Liquidez Corrente corresponde na relação entre Ativo e Passivo Circulantes. Mede a capacidade que a empresa tem em pagar suas obrigações num curto prazo.

A Liquidez Corrente da Usiminas é de 3 em 2011 e 2 nos anos seguintes. Ou seja, a empresa tem a capacidade de pagar suas obrigações de curto prazo três vezes no primeiro ano da análise e duas vezes nos dois anos posteriores.

A retração de 15% em 2012 do Ativo Circulante, seguida por outra retração de 12% em 2013, é a principal determinante na redução da liquidez corrente.

Liquidez Seca corresponde na relação entre as disponibilidades, aplicações, valores a receber e Passivo Circulante. Assim como a Liquidez Corrente, mede a capacidade da empresa em pagar suas obrigações, porém, desconsiderando-se os estoques e outros ativos circulantes.

A Liquidez Seca da Usiminas é de 1,6 em 2011 e chega a 2013 no valor 1. Isso pode ser verificado pelo aumento em 32% do Passivo Circulante em 2012 e pela queda nas aplicações financeiras em 33% e 46% nos dois últimos anos.

Liquidez Imediata corresponde na relação entre disponibilidades, aplicações e Passivo Circulante. Mede a capacidade que a empresa tem para honrar suas dívidas apenas com o dinheiro disponível em caixa e aplicações financeiras, desconsiderando as duplicatas, estoques e outros ativos.

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Na Usiminas essa liquidez era de 1,2 em 2011, contudo tornou-se deficitária nos anos seguinte, equivalendo a 0,9 em 2012 e 0,7 em 2013.

Assim como ocorre na Liquidez Seca, a Liquidez Imediata pode ser explicada pelo aumento do Passivo Circulante em 2012 e a diminuição das aplicações financeiras em 2012 e 2013.

Liquidez Geral relaciona os Ativo Circulante e ativo realizável a longo prazo com os Passivos Circulante e Não Circulante. Mede a capacidade geral da empresa arcar com suas obrigações financeiras em curto e longo prazo.

O índice equivale a 1 no primeiro ano analisado.

Em 2012 uma queda de 9% no resultado da soma entre Ativos circulante e realizável a longo prazo, em comparação com 2011, foi o principal fator responsável pelo déficit da Liquidez Geral, que ficou em 0,9.

No ano de 2013, os ativos circulante e realizável a longo prazo reduziram 8%, porém o total dos Passivos caíram 12%. Isso fez com que o índice retornasse à 1, assim como estava em 2011.

4.2 ÍNDICES DE ESTRUTURA

Endividamento consiste na relação entre o capital de terceiros (total de passivos) com o capital próprio (patrimônio líquido). Relata a dependência da empresa em relação ao capital de credores.

Na Usiminas o capital de terceiros representa 75% do capital próprio em 2011.

No ano de 2012 o endividamento da empresa aumentou 77% em relação ao seu patrimônio. Isso pode ser explicado graças a redução em 3% no valor do Patrimônio Líquido, ocasionado principalmente pela queda nas reservas de lucro e ajustes de avaliação patrimonial.

Em 2013 o endividamento cai para 66% devido ao crescimento de 2% do Patrimônio, devido ao aumento da participação de acionistas não controladores, e redução de 12% no uso de capital de terceiros, principalmente empréstimos e financiamentos de longo prazo, ambos comparados com o ano anterior.

Composição do Endividamento relaciona o Passivos Circulante com o total de Passivos. Evidencia, em porcentagem, as obrigações em curto prazo comparada com as obrigações totais.

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Na Usiminas a participação do Passivo de curto prazo sobre o capital de terceiros cresceu de 29% em 2011 para 41% em 2013.

Esse aumento decorre do crescimento no valor do Ativo Circulante em 32% no ano de 2012 e do decréscimo do Não Circulante em 29% nos três anos analisados.

Imobilização do Patrimônio Líquido é a relação do ativo permanente (investimentos, imobilizado e intangível) com o Patrimônio Líquido. Demonstra, em porcentagem, o quanto o ativo permanente representa no Patrimônio da empresa.

99% do valor do Patrimônio Líquido da Usiminas é utilizado no ativo permanente, em 2011.

No ano seguinte esse valor sobre para 105% e fecha 2013 em 101%. Ou seja, tanto em 2012 quanto no último ano da análise os gastos com investimento, ativos imobilizados e intangíveis é maior do que o patrimônio da empresa é capaz de suportar.

Em 2012 esse número pode ser explicado pela queda em 3% no Patrimônio Líquido, em comparação com o ano anterior, e aumento do ativo permanente em 4%.

Já o valor de 2013 é resultado da queda de 2% nos investimentos e ativo imobilizado e de 1% no ativo intangível.

Há um aumento de 2% no Patrimônio também em 2013, o que reduziu o índice de Imobilização do Patrimônio Líquido se compararmos com 2012, mas ainda se manteve abaixo dos dados analisados em 2011.

Imobilização de Recursos Não Correntes mostra a relação do ativo permanente com o Patrimônio Líquido e Passivo Não Circulante. Sua função é indicar o quanto de recursos não correntes está sendo aplicado no ativo permanente.

No caso da Usiminas esse índice apresenta um aumento seguido nos três anos analisados. Em 2011 é 64%, indo para 71% em 2012 e fechando 2013 com 73%.

A redução no Passivo Não Circulante e no Patrimônio, de 13% e 3% respectivamente, e o aumento em 5% no ativo imobilizado fez com que o índice de imobilização de recursos não circulantes subisse tanto em 2012.

Em 2013 o aumento do índice é ocasionado apenas pela redução em 16% do Passivo de longo prazo.

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4.3 ÍNDICES DE RENTABILIDADE

Margem Líquida é a relação entre lucro líquido e a receita de vendas, sua função é avaliar o retorno que a empresa tem com suas vendas.

A rentabilidade de vendas da Usiminas é de 12% em 2011, mas torna-se deficitária e fica em 8% e 3% negativos nos anos de 2012 e 2013 respectivamente.

A grande diferença de um lucro de 12% em 2011 e o prejuízo de 8% em 2012 é explicada, principalmente, pelo aumento em 17% nos custos dos bens vendidos, que passou a representar 96% do valor total arrecadado com as vendas em 2012 contra 80% visto no ano anterior.

Em 2013 houve uma redução de 7% nos custos dos bens vendidos, chegando a custar 88% da Receita de Vendas. Apesar dessa redução a empresa ainda obteve déficit em seu Resultado Líquido de 3% por conta do aumento nas despesas financeiras que chegaram a R$ 1.222.139 bilhão em 2013.

Rentabilidade do Ativo é a relação entre o lucro líquido e o ativo total, serve para medir o retorno da empresa em relação aos seus ativos.

Na Usiminas a rentabilidade do ativo é de 5% em 2011.

Em 2012 e 2013 o índice possui um déficit de 3% e 1% por conta do enorme prejuízo sofrido pela empresa, ocasionados pelo aumento dos custos de produção e financeiros, nos dois anos consecutivos.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido mede a relação entre lucro líquido sobre o patrimônio líquido mostrando, assim, o retorno que a empresa obtém em relação seu patrimônio líquido.

No que se refere a rentabilidade do patrimônio da Usiminas, assim como os outros índices de rentabilidade, ela é positiva em 8% no ano de 2011, tornando-se negativa em 5% e 2% nos dois anos posteriores, respectivamente, por conta do déficit no Resultado Líquido da empresa.

Giro do Ativo relaciona o total de vendas realizadas com o Ativo Total da empresa. Corresponde a um índice de eficiência no uso dos ativos, mostrando quantas vezes o ativo girou em relação ao valor das vendas.

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O giro do ativo na Usiminas é de 0,39 nos dois primeiros anos da análise. Em 2012 houve uma queda de 2% tanto na Receita de Vendas quanto no total de ativos da empresa. A queda nos dois fatores estagnou o índice.

Em 2013, um aumento de 1% nas vendas e queda de 4% no Ativo Total fez com que o Giro subisse, indo para 0,41.

4.4 ÍNDICES DE CICLOS E PRAZOS

PMRV é o Prazo Médio para o Recebimento de Vendas, relaciona as duplicatas a receber dos clientes com a receita de vendas diárias. Possui a finalidade de indicar o prazo que o pagamento das mercadorias é realizado pelos clientes.

O PMRV da Usiminas sobe de 35 dias em 2011 para 46 em 2013.

O crescimento é causado graças ao aumento de crédito fornecido pela empresa, que sobe 30% entre 2011 e 2013, e à quase estagnação da Receita de Vendas.

PMRE é o Prazo Médio para a Renovação de Estoque, relaciona os estoques com os custos das mercadorias vendidas diariamente. Indica a média do prazo em que a mercadoria é mantida no estoque da empresa depois de ser comprada ou produzida, até o momento de sua venda.

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O PMRE da Usiminas é de 174 dias em 2011, 111 dias no ano seguinte e 122 dias em 2013.

Em 2012 a queda do PMRE ocorre por uma redução em 25% dos estoques em comparação com 2011.

No ano de 2013 houve um aumento em 5% do valor relativo aos estoques e influenciou diretamente no crescimento do PMRE do mesmo ano.

PMPC é o Prazo Médio para o Pagamento de Compras, relaciona o total de gastos com fornecedores com o valor total das compras diárias (estoques e mercadorias vendias). Indica a média do prazo concedido pelo fornecedor para o pagamento dos produtos adquiridos.

O PMPC da Usiminas é de 34 dias nos anos de 2011, 51 dias em 2012 e 57 dias no último ano.

O aumento de 57% no valor destinado aos fornecedores e a queda de 25% dos estoques em 2012 contribuíram para o aumento do índice de PMPC.

Em 2013 o aumento de 5% com fornecedores e a redução em 7% dos custos das mercadorias influenciaram um outro aumento no prazo.

Capital de Giro é a soma dos valores a receber dos clientes com os estoques. É o montante de recursos necessário à manutenção das atividades operacionais da empresa.

O Capital de Giro da Usiminas em 2011 é R$ 6.299.165 bilhões.

Em 2012 o Capital é reduzido para R$ 5.336.089 bilhões, devido à redução de 25% nos estoques.

Já em 2013 verifica-se um leve aumento no Capital para 5.489.971 bilhões, por conta do aumento em 5% dos valores a receber e 2% dos estoques. Entretanto o saldo ainda fica abaixo do valor encontrado em 2011.

Capital de Giro Líquido é a somatória do Capital de Giro excluindo o valor gasto com os fornecedores.

O Capital de giro Líquido da Usiminas é R$ 4.846.685 bilhões em 2011.

Reduz para R$ 3.055.657 bilhões em 2012, tanto pela diminuição do Capital de Giro quanto pelo aumento em 57% dos gastos com fornecedores.

Aumenta levemente para R$ 3.067.947 bilhões em 2013 por conta do também simplório aumento no Capital de Giro e crescimento de 6% nos gastos com fornecedores.

Ciclo Operacional consiste na soma dos Prazos Médios de Recebimento das Vendas com o de Renovação de Estoque. Ou seja, é o intervalo de tempo que a empresa leva para comprar o produto de seus fornecedores, vende-lo para seus clientes e receber o pagamento pelo mesmo.

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Na Usiminas, o Ciclo Operacional é de 209 dias em 2011, 155 em 2012 e 168 em 2013.

A redução do Ciclo Operacional em 2012 é ocorrência da queda no Prazo Médio de Renovação de Estoque.

Em 2013 o aumento que ocorre, comparando com 2012, é devido ao aumento do Prazos Médios de Recebimento de Vendas e de Renovação de Estoque. O valor ainda fica abaixo do Ciclo Operacional registrado em 2011.

Ciclo Financeiro é o resultado do Ciclo Operacional excluindo o Prazo Médio de Pagamento das Compras. Ou seja, consiste no intervalo de tempo entre a compra do fornecedor e recebimento pela venda aos clientes da empresa, excluindo o prazo que o fornecedor concede para o pagamento dos produtos.

O Ciclo Financeiro da Usiminas reduz de 175 dias em 2011 para 104 em 2012, volta a subir para 111 dias em 2013.

Em 2012 o índice cai por conta da queda vista no Ciclo Operacional e crescimento do Prazo Médio de Pagamento de Compras no mesmo período.

Já em 2013 o índice volta a subir, porém ficando abaixo do valor de 2011, por conta do aumento no Ciclo Operacional da empresa.

5.0 COMPARATIVO DA SID NACIONAL COM A USIMINAS

5.1 LIQUIDEZ

No ano de 2011 a Usiminas e a Sid Nacional possuem os mesmos valores na maioria dos índices de liquidez, com exceção da Liquidez Imediata na qual a Sid tem o dobro de valor que a Usiminas.

Em 2012 a Sid consegue manter os valores de sua liquidez, já a Usiminas mantém apenas os da Liquidez Imediata e Geral, reduzindo os valores das Corrente e Seca.

No último ano a Sid continua mantendo igual os valores de seus índices de liquidez com exceção apenas da Liquidez Geral, demonstrando que a empresa não possui capacidade de arcar com todos os gastos de curto e longo prazo. No caso da Usiminas todos os valores mantêm-se os mesmos de 2012.

5.2 ESTRUTURA

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No índice de endividamento, que mede o quanto o valor do capital de terceiros é superior ao próprio da empresa, a Sid Nacional possui valores muito mais altos do que os da Usiminas, mostrando o alto grau de dependência da empresa.

Na Composição do Endividamento a Sid possui valores bem menores que os da Usiminas, esses valores vão reduzindo com o passar do tempo na primeira empresa e aumentando no caso da segunda. Isso mostra que a maior parte das dívidas da Sid Nacional são de longo prazo.

Na Imobilização do Patrimônio Líquido nota-se claramente a ambição da Sid Nacional em investir capital em Ativos Permanentes, já que a mesma chega a investir um valor equivalente a 300% de seu Patrimônio todos os anos.

A diferença entre a Sid e a Usiminas no que se refere à Imobilização de Recursos Não Correntes mostra-se bem pequena e ambas veem esse índice subir entre os anos de 2011 e 2013.

5.3 RENTABILIDADE

A Rentabilidade das Vendas, ou Margem Líquida, nos três anos analisados é maior na Sid Nacional. O ano de 2011 possui a maior rentabilidade e o de 2012 o maior déficit para as duas empresas. A Sid Nacional volta a ter um índice superavitário em 2013, ao contrário da Usiminas que continua com um valor negativo.

A Rentabilidade do Ativo é igual para as duas empresas em 2011. No ano seguinte o valor é negativo, sendo mais drástico para a Usiminas. Em 2013 a Sid volta a ter um índice positivo, enquanto a Usiminas o mantém negativo.

A Rentabilidade do Patrimônio Líquido é visivelmente maior na Sid Nacional em 2011. A Usiminas possui um valor positivo apenas no primeiro ano. No ano seguinte ambas têm o mesmo déficit no índice. Já em 2013 a Sid possui uma

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rentabilidade de 7%, enquanto a Usiminas, mais uma vez, fica com um valor negativo.

O Giro do Ativo é menor na Sid do que na Usiminas, mostrando que o ativo gira numa sequência maior na segunda empresa. Porém, as duas empresas possuem um Giro menor que 1.

5.4 CICLOS E PRAZOS

O Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) é maior na Sid Nacional em todo o período, indicando que a empresa demora mais para receber o pagamento de seus clientes do que a Usiminas.

A Sid Nacional consegue diminuir grandemente seu Prazo Médio de Renovação de Estoque (PMRE) que vai para 52 dias em 2013, enquanto o prazo da Usiminas no mesmo ano é de 122 dias. Isso indica que a Sid mantém suas mercadorias no estoque por um tempo bem menor em comparação com a Usiminas.

Nos dois primeiros anos o Prazo Médio do Pagamento de Compras (PMPC) é maior na Sid Nacional, porém em 2013 a empresa possui um prazo menor que a Usiminas. Isso mostra que nos anos de 2011 e 2012 a Usiminas dispõe de um tempo maior para pagar seus fornecedores e em 2013 a situação se inverte.

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O Capital de Giro da Sid Nacional é, em média, o dobro da Usiminas, indicando que a primeira precisa de um valor maior de capital que a segunda para manter suas atividades.

Já o Capital de Giro Líquido da Sid é, em média, o triplo da Usiminas.

O Ciclo Operacional da Sid Nacional reduz constantemente durante todo o período. Ele é maior que o da Usiminas nos dois primeiros anos, mas chega em 2013 com 105 dias, número abaixo que o da concorrente.

No Ciclo Financeiro percebe-se algo parecido com o Ciclo Operacional. A Sid tem um prazo maior que a Usiminas nos dois primeiros anos, tornando-se menor em 2013. Com isso é claro perceber que no último ano a Sid Nacional precisa manter suas operações com recursos próprios em 74 dias, contra 111 de sua concorrente.

6.0 COMPARATIVO DO SETOR DE AÇO COM A USIMINAS

6.1 LIQUIDEZ

Em exatamente todos os índices de Liquidez percebe-se que a situação da Usiminas é idêntica à média do setor de aço. Em 2012 as Liquidez Seca e Corrente caem se comparadas às de 2011 e mantém-se no mesmo valor até 2013. Já as Liquidez Imediata e Geral são equivalentes à 1 em todos os anos tanto na empresa quanto no setor.

6.2 ESTRUTURA

No Endividamento é possível notar que a Usiminas se encontra numa situação de menor dependência do capital de terceiros do que o setor como um todo. Na Usiminas o índice chega a 66% em 2013 contra 123% do setor no mesmo ano.

Na Composição do Endividamento é evidente que o índice está crescendo na Usiminas, indicando que a mesma está aumentando suas dívidas de curto prazo em relação seu total de dívidas. Já o setor, mesmo chegando em 2013 com um valor maior de participação do Passivo Circulante no total de dívidas

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que o de 2011, em todos os anos possui uma Composição menor que o da Usiminas.

Apesar da Imobilização do Patrimônio Líquido no setor estar diminuindo é possível identificar que em todos os anos ela é maior que a da Usiminas. De um modo geral, todo o setor está utilizando mais capital do que o próprio para investir em Ativos Permanentes.

Enquanto a Imobilização de Recursos Não Correntes aumenta na Usiminas em todo o período da análise, no setor houve o aumento apenas em 2011 e 2012, com uma leve queda em 2013. Nos dois primeiros anos os valores da Usiminas são bem próximos ao de seu setor, apenas em 2013 verifica-se uma diferença um pouco mais acentuada.

6.3 RENTABILIDADE

Em 2011 a Margem Líquida da Usiminas é superior à do setor de aço, porém nos dois anos seguintes a empresa tem um déficit de 8% e 3% respectivamente. A Margem do setor também cai em 2012 e mantém-se baixa em 2013, mas o valor não chega a ser negativo.

A Rentabilidade do Ativo no primeiro ano é igual tanto na Usiminas quanto no setor, porém ocorre uma queda no ano de 2012 que reduz os índices da empresa e de seu setor. A Usiminas tem uma rentabilidade negativa e o setor positiva.

Seguindo o mesmo histórico, no primeiro ano da análise a Rentabilidade do Patrimônio Líquido é a maior de todo o período na Usiminas e no setor, caindo em 2012 e mantendo-se baixa em 2013. A Usiminas continua tendo uma rentabilidade negativa nos dois últimos anos em contradição com o setor, que possui uma rentabilidade baixa, mas superavitária.

O Giro do Ativo em todo o período é maior no setor que na Usiminas e aumenta com o passar dos anos. Isso mostra que o Giro do Ativo é baixo se comparado com a média do setor.

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6.4 CICLOS E PRAZOS

O Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) no setor mantém-se igual por todos o período. O prazo em 2011 da Usiminas é menor que o do setor, tornando-se maior no ano seguinte. A partir de 2012 a empresa passa a demorar mais tempo para receber o pagamento de seus clientes que a média do setor.

Enquanto o setor identifica uma diminuição constante no seu Prazo Médio de Renovação de Estoque (PMRE) na Usiminas a queda ocorre só em 2012. No ano seguinte o prazo volta a subir, mas não chega ao número de 2011. Em todo o período da análise a Usiminas apresenta um prazo maior no tempo em que a mercadoria fica no seu estoque do que a média do setor.

O Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC) é, em todos os anos, menor no setor do que na Usiminas. Enquanto o setor possui poucas variações em seu prazo o da empresa vai de 34 dias em 2011 para 57 em 2013, indicando que a Usiminas tem um prazo maior para o pagamento dos fornecedores que a média do setor de aço.

Naturalmente, por se tratar de uma soma entre todas as empresas, o Capital de Giro e Capital de Giro Líquido do setor é maior que o da Usiminas, por isso o foco será demonstrar a representatividade do capital da Usiminas em relação ao seu setor.

No Capital de Giro do setor percebemos o grande salto em seu valor de 2011 para 2012 e a pequena redução de 2013, mas na Usiminas percebe-se o oposto. Em 2012 a empresa sofreu uma queda em seu capital e um leve

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crescimento no último ano. Em 2011 o Capital de Giro da empresa representa 26% do capital de todo o setor, em 2012 esse valor cai para 14% e termina com 15% em 2013.

O Capital de Giro Líquido do setor cresce grandemente em 2012 e bem pouco em 2013. A Usiminas passa por uma redução desse capital em 2012 e um crescimento do mesmo no último ano. A participação do Capital de Giro Líquido da empresa no setor é de 27% em 2011 e 11% nos dois últimos anos.

As diferenças 3% e 4% do Capital de Giro para o Capital de Giro Líquido nos anos de 2012 e 2013 em comparação com a Usiminas e o setor de aço, indica que a empresa está proporcionalmente gastando mais com fornecedores que a média de seu setor.

O Ciclo Operacional cai constantemente no setor em todos os anos, já na Usiminas a queda é identificada apenas em 2012, aumentando em 2013. Por todo o período o prazo da Usiminas é maior que o do setor, indicando que a empresa compra os produtos de seus fornecedores e recebe o pagamento de seus clientes pela venda num tempo maior que a média de seu setor.

O Ciclo Financeiro do setor mostra uma constante queda no período, enquanto o da Usiminas cai em 2012 e sobe em 2013. Nos dois primeiros anos o ciclo do setor é maior que o da Usiminas, mostrando que a empresa precisava se manter com seu próprio capital num período menor que a média do setor. Já em 2013 a situação se inverte, com um Ciclo Financeiro maior que seu setor a Usiminas necessita se manter por um prazo que é maior que a média de todas as empresas de aço.

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7.0 BIBLIOGRAFIA

http://usiminas.com/

http://ri.usiminas.com/

http://g1.globo.com/index.html

http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/conceito.php

http://exame.abril.com.br/

http://www.valor.com.br/