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Exame Global de Saúde dos 5 - 6 anos Análise de Resultados Global Health Exam from 5 to 6 years old Analysis of Results Trabalho de Investigação Isabel Francisca Lopes Pinto Coelho Freitas Ano lectivo 2007/2008 Orientada por: Dr.ª Paula Bruno

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Exame Global de Saúde dos 5 - 6 anos

Análise de Resultados

Global Health Exam from 5 to 6 years old

Analysis of Results

Trabalho de Investigação

Isabel Francisca Lopes Pinto Coelho Freitas

Ano lectivo 2007/2008

Orientada por: Dr.ª Paula Bruno

i

Índice

Lista de Abreviaturas ……………………...…………….………………….……..... iii

Resumo ……………………...…………….………………….……...…………...…. iv

Palavras Chave ...…………………..…….………………….…………………...…. v

Abstract ………………....……………………………………………….…………… vi

Keywords ..…………………………………..………………………….…………… vii

1. Introdução ...................................................................................................... 1�

2. Objectivos ....................................................................................................... 6�

2.1. Objectivos Gerais ..................................................................................... 6�

2.2. Objectivos Específicos ............................................................................. 6�

3. Material e Métodos ......................................................................................... 7�

4. Resultados ..................................................................................................... 8�

4.1. Caracterização da População .................................................................. 8�

4.1.1. Distribuição Populacional por sexo .................................................... 8�

4.1.2. Distribuição Populacional por Idade ................................................... 9�

4.1.3. Distribuição Populacional por Frequência de Jardim-de-Infância e

Sexo ............................................................................................................ 9�

4.2. Análise dos Parâmetros Antropométricos .............................................. 10�

4.2.1. Altura ............................................................................................... 10�

4.2.2. Peso ................................................................................................. 10�

4.2.3. Índice de Massa Corporal ................................................................ 11�

4.3. Avaliação Antropométrica ...................................................................... 12�

4.3.1. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade .......................................... 12�

4.3.2. Análise Antropométrica por categoria de idade ............................... 12�

4.3.3. Análise Antropométrica por Sexo..................................................... 13�

Isabel Francisca Freitas

ii

4.3.4. Análise Antropométrica de acordo com a frequência do Jardim-de-

Infância ...................................................................................................... 14�

4.4. Saúde Oral ............................................................................................. 15�

4.4.1. Prevalência de Cárie Dentária ......................................................... 15�

4.4.2. Prevalência de Cárie Dentária por Categoria de Idade .................... 15�

4.4.3. Prevalência de Cárie Dentária por Sexo .......................................... 16�

4.4.4. Prevalência de Cárie Dentária de acordo com a frequência do

Jardim-de-Infância ..................................................................................... 16�

4.5. Prevalência de Sobrepeso/Obesidade e de Cárie Dentária ................... 17�

5. Discussão de Resultados e Conclusões ...................................................... 18�

6. Referências Bibliográficas ............................................................................ 24�

Índice de Anexos .............................................................................................. 29�

Isabel Francisca Freitas

iii

Lista de Abreviaturas

OMS – Organização Mundial de Saúde

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences

IMC – Índice de Massa Corporal

Isabel Francisca Freitas

iv

Isabel Francisca Freitas

v

Resumo

O Programa Nacional de Saúde Escolar está contemplado no Plano

Nacional de Saúde e tem como objectivos principais promover a saúde e

prevenir a doença, em ambiente escolar. No âmbito deste programa, é

realizado todos os anos o Exame Global de Saúde a crianças de 5 – 6 anos de

idade com vista a detectar a presença de certas alterações ao desenvolvimento

da criança e a existência de determinadas patologias, tais como a obesidade e

a cárie dentária.

A obesidade na infância habitualmente permanece na idade adulta,

sendo causadora de inúmeras complicações metabólicas. Tal como a

obesidade, a cárie dentária é uma das doenças crónicas mais prevalentes na

infância, sendo causadora de isolamento social e depressão.

No estudo realizado, foram analisadas as fichas de ligação Medicina

Familiar - Saúde Escolar, com o objectivo de detectar prevalências de

sobrepeso/obesidade e cárie dentária nas crianças submetidas ao Exame

Global de Saúde antes do inicio da escolaridade.

Através da análise, foi verificada a prevalência de 44,7% de

sobrepeso/obesidade e de 19% de cárie dentária. As crianças que frequentam

o Jardim-de-Infância apresentam prevalências de ambas as patologias muito

semelhantes às restantes. Tais dados, indicam a necessidade de

implementação de estratégias preventivas relativas à saúde, que envolvam não

apenas o individuo mas toda a comunidade, ao nível do Jardim-de-Infância

Isabel Francisca Freitas

vi

Palavras Chaves: Plano Nacional de Saúde Escolar, Exame Global de Saúde,

Obesidade, Cáries, Jardim-de-Infância

Isabel Francisca Freitas

vii

Abstract

The national health education program aims to promote health and

prevent disease in the school environment. Under this programme, is held every

year the overall health examine of children 5 to 6 years to detect certain

amendments to the development and existence of certain diseases such as

obesity and dental caries.

Obesity in childhood usually stays in adulthood and probably causes

metabolic complications. As to obesity, dental caries is one of the most

prevalent chronic diseases in childhood, causing social isolation and

depression.

In this study-case, were analyzed the medical records on the family

connection - health education, designed to detect prevalence of overweight /

obesity and tooth decay in children subjected to examination of child

surveillance.

Through the analysis was found the prevalence of 44.7% of overweight /

obesity and 19% of dental caries. Children who attend the kindergarten have

prevalence of both diseases very similar to the other. Such data, indicate the

need for implementation of preventive strategies on health, involving not only

the individual but the entire community, at the kindergarten.

Isabel Francisca Freitas

viii

KeyWords: National Plan of School Health, Global Review of Health, Obesity,

Caries, Kindergarten

Isabel Francisca Freitas

1

1. Introdução

A criação do Sistema Nacional de Saúde foi uma consequência de

importantes alterações na Constituição da República Portuguesa e na Lei da

Saúde, ocorridas respectivamente em 1976 e 1979. Através da criação deste

Sistema, os cidadãos passam a usufruir equitativamente do direito gratuito à

saúde, garantido pelo governo, independentemente do seu nível socioeconómico.

(1)

Em 2004, foi aprovado no âmbito deste sistema o Plano Nacional de

Saúde, sendo definidas prioridades baseadas na evidência científica, com o

objectivo de obter benefícios na saúde a médio e a longo prazo. (2)

O Plano Nacional de Saúde afigura o que podemos denominar como um

“fio condutor” para que as instituições do Ministério da Saúde e outros organismos

do sector da Saúde e de outros sectores de actividade, possam assegurar ou

contribuir para a obtenção de “Ganhos em Saúde”, orientados pela promoção da

saúde e prevenção da doença. (3)

A concretização deste plano passa pela implementação gradual dos

diversos Programas de índole nacional, entre os quais se encontram o Programa

Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, o Programa de Promoção da Saúde Oral e o

Programa Nacional de Saúde Escolar. (3) Este, destina-se a toda a comunidade

educativa, dos jardins-de-infância às escolas do ensino secundário,

acompanhando desta forma o crescimento e desenvolvimento da criança até à

fase adulta. As suas principais finalidades são a promoção da saúde e a

Isabel Francisca Freitas

2

prevenção da doença na comunidade educativa, através do reforço de factores de

protecção relacionados com os estilos de vida saudáveis (2)

A infância é uma fase fulcral para a aquisição de comportamentos e

atitudes face à saúde (4). Na escola, a criança interage com outros indivíduos,

construindo a sua autonomia, auto-confiança e auto-estima (5), sendo portanto

um local prioritário para a implementação de estratégias preventivas que visem a

mudança e a formação de atitudes e comportamentos face à saúde (1,6,7).

O trabalho na e com a comunidade, dirigido a grupos específicos,

desenvolvido em sectores e locais chave, como o são reconhecidamente as

escolas, pode e deve complementar a prestação de cuidados personalizados. Ao

intervir simultaneamente sobre o indivíduo, o grupo e o ambiente, a Saúde

Escolar contribuirá para a redução do risco e da vulnerabilidade perante a

doença, bem como a alteração dos padrões de morbilidade e a promoção da

saúde, pelo que deve ser considerada uma prioridade nacional. (6)

O acompanhamento individual das crianças escolarizadas, pelos

profissionais de saúde implica, entre outras, a promoção e avaliação da aplicação

do “Programa – Tipo de actuação em Saúde Infantil e Juvenil”, através da

realização anual do exame global de saúde, a crianças de 5 – 6 anos, antes do

inicio da escolaridade obrigatória e preenchimento das fichas de ligação com a

saúde escolar (2).

Este exame tem como objectivos a avaliação do crescimento e

desenvolvimento da criança, a promoção de comportamentos saudáveis,

nomeadamente ao nível da alimentação e da prática de actividade física e, a

promoção da saúde oral (2,6), entre outros.

Isabel Francisca Freitas

3

A obesidade é uma patologia multifactorial que surge da interacção entre

factores genéticos e ambientais, (5, 8, 9) estando associada a inúmeras

complicações e à diminuição da qualidade de vida do indivíduo qualquer que seja

a sua idade (10, 11). Em 1998 esta foi reconhecida pela OMS como uma epidemia

(8, 9).

Os países do Sul da Europa, apresentam prevalências elevadas da

patologia referida anteriormente, sendo Portugal o segundo país Europeu com

maior prevalência de Obesidade Infantil (10, 12). O aumento da incidência de

Obesidade em Portugal ocorre fundamentalmente a partir dos anos 70, com a

melhoria das condições socioeconómicas do país, que condiciona a mudança de

hábitos alimentares (5), com a adopção de fenómenos de aculturação, tais como

o “fast-food” em detrimento da alimentação tradicional.

Apesar da obesidade na infância ter sido associada a uma elevada

predisposição genética (13, 14), este aumento das incidências em tão curto

espaço de tempo sugere uma maior contribuição dos factores ambientais (9).

Na infância, a obesidade causa inúmeras complicações metabólicas

(5,8,9,15), afectando significativamente a qualidade de vida do indivíduo, uma vez

que permanece, habitualmente, até à idade adulta. Por altura do Exame Global de

Saúde, ocorre na criança um aumento da deposição de gordura corporal, que

pode condicionar o aumento do Índice de Massa Corporal até à adolescência. (16,

17) Quando esta deposição ocorre precocemente pode condicionar uma

maturidade sexual igualmente precoce, o que vai predispor a criança para a

obesidade na idade adulta (16, 17, 18, 19), devido a uma hiperplasia irreversível

dos adipócitos (12).

Isabel Francisca Freitas

4

As doenças orais, onde se inclui a cárie dentária, encontram-se entre as

patologias mais frequentes a nível mundial. A sua prevalência parece estar

inversamente relacionada com o desenvolvimento económico dos países. A OMS,

ao consagrar em 1994 o tema da Saúde Oral no dia mundial da saúde tentou

sensibilizar os estados membros, os profissionais de saúde e a população em

geral para que fosse dada mais ênfase a esta área da Saúde Pública. (20)

A cárie dentária é a doença crónica mais comum na infância e é o

resultado da interacção complexa entre factores ambientais e do hospedeiro. (21)

A sua etiologia multifactorial obriga à adopção de diversas medidas preventivas e

terapêuticas específicas, fundamentais para o controlo da doença, (20) e que se

adequadamente prevenidas e precocemente tratadas, apresentam custos

económicos reduzidos e ganhos em saúde relevantes. (6)

A cárie dentária, tal como a obesidade afecta claramente a auto-estima da

criança e do adolescente e consequentemente a sua vida social e afectiva (22).

Esta surge devido à acumulação de placa bacteriana (23), que desmineraliza

gradualmente o esmalte dentário, pela produção de ácidos orgânicos (22, 24).

Esta produção ácida depende da acumulação de glícidos fermentáveis,

especialmente dos refinados (24), como a sacarose (25) por tempo significativo,

que funcionam como substrato para o desenvolvimento bacteriano.

Quando as cáries surgem numa dentição temporária, predispõem a criança

para a queda dentária na dentição permanente (25), entre outras consequências

igualmente nocivas para a criança. Devido ao conhecimento da génese da cárie

dentária é possível delinear programas de promoção da saúde oral,

particularmente em crianças do pré-escolar e escolar, de forma a obter uma

melhoria significativa da saúde oral das comunidades. (20) O Programa Nacional

Isabel Francisca Freitas

5

de Promoção da Saúde Oral planeia uma estratégia global de intervenção

assente na promoção da saúde, prevenção da doença e tratamento das doenças

orais, iniciando-se durante a gravidez e consolidando-se no jardim-de-infância e

na escola através da Saúde Escolar. (2)

Uma vez que ambas as patologias surgem devido a uma alimentação

inadequada, e no caso da obesidade a estilos de vida sedentários, é fundamental

a adopção de estratégias preventivas, e é o Programa Nacional de Saúde que

tem esta tarefa. Nunca esqueçamos que um euro gasto na promoção de saúde

representa um ganho de 14 euros em serviços de saúde amanhã (1).

«Um programa de saúde escolar efectivo … é o investimento de

custo-benefício mais eficaz que um País pode fazer para melhorar,

simultaneamente, a educação e a saúde».

(Gro Harlem Brundtland, Directora-Geral da OMS. Abril 2000)

Isabel Francisca Freitas

6

2. Objectivos

2.1. Objectivos Gerais

� Analisar as fichas de Ligação Medicina Familiar – Saúde Escolar, relativas

aos “Exames Globais de Saúde antes do início da escolaridade”, realizados

a crianças de 5 – 6 anos, inscritos no Centro de Saúde da Póvoa de

Varzim.

2.2. Objectivos Específicos

� Avaliar a prevalência de Sobrepeso / Obesidade na população estudada;

� Avaliar a prevalência de Cárie Dentária na população estudada;

� Analisar as prevalências por sexo e categoria de idade;

� Verificar a existência de relação entre frequência do ensino pré-escolar e a

prevalência de Sobrepeso / Obesidade;

� Verificar a existência de relação entre a frequência do ensino pré-escolar e

a prevalência de Cárie Dentária;

� Verificar a existência de relação entre as várias variáveis de Sobrepeso /

Obesidade e de Cárie Dentária.

Isabel Francisca Freitas

7

3. Material e Métodos

Foi realizado um estudo transversal de prevalência, através da análise de

900 fichas de ligação Medicina Familiar - Saúde Escolar (anexo 1), preenchidas

nos Exames Globais de Saúde em 2005-2006, realizados às crianças nascidas

nos anos de 2000 e 2001. Com este exame de saúde pretende-se avaliar os

seguintes parâmetros: peso, estatura, tensão arterial, dentes, coração, postura,

visão, audição, exame físico, linguagem, desenvolvimento, vacinação.

Recolheram-se dados relativamente à idade, sexo, peso, estatura,

frequência de Jardim-de-Infância, desenvolvimento estaturo-ponderal, estado de

nutrição e saúde oral, os quais foram fornecidos pelo médico aquando do

preenchimento da ficha de ligação Medicina Familiar - Saúde Escolar.

Foram analisados os parâmetros antropométricos (altura e peso), e

calculado o índice de Massa Corporal (IMC) respectivo de cada criança, e

analisado de acordo com as curvas de CDC 2000, adoptadas pelo Ministério

Saúde. (26)

Para análise estatística, foi utilizado o programa Statistical Package for the

Social Sciences (SPSS), versão 16.0 para Microsoft Windows. Foi calculada a

prevalência de Sobrepeso/Obesidade e de Cárie Dentária, e analisada de acordo

com a categoria de idade, o sexo e a frequência do Jardim-de-Infância, tendo sido

aplicado o teste Qui-Quadrado.

Para o estabelecimento da associação entre as prevalências de

Sobrepeso/Obesidade e da Cárie Dentária calculou-se o Odds Ratio.

Isabel Francisca Freitas

8

4. Resultados

Analisaram-se 900 fichas de ligação Medicina Familiar - Saúde Escolar,

tendo sido excluídas do estudo 16 (2%), por não apresentarem dados relativos ao

peso e/ou altura, não sendo possível calcular o IMC e assim realizar a avaliação

antropométrica da criança.

4.1. Caracterização da População

4.1.1. Distribuição Populacional por sexo

Das 884 fichas analisadas, 403 (46%) eram relativas ao sexo feminino e

481 (54%) ao sexo masculino.

Gráfico 1 – Distribuição populacional por sexo

403

481

0

100

200

300

400

500

600

Sexo�Feminino Sexo�Masculino

Isabel Francisca Freitas

9

4.1.2. Distribuição Populacional por Idade

No presente estudo as crianças têm idades compreendidas entre 4,9 e os

6,9 anos, sendo a idade média de 5,8.

Gráfico 2 - Distribuição da população por idades

4.1.3. Distribuição Populacional por Frequência de Jardim-de-Infância e

Sexo

Das crianças que foram submetidas ao Exame Global de Saúde, 87,22%

frequenta o Jardim-de-Infância, sendo que a percentagem no sexo feminino

(89,83%) é ligeiramente superior à do sexo masculino (85,03%).

Gráfico 3 - Distribuição Populacional por Frequência de Jardim-de-Infância e Sexo

0 100 200 300 400 500

]4,50;5,00]

]5,00;5,50]

]5,50;6,00]

]6,00;6,50]

]6,50;7,00]

11

227

445

183

18

Não

Sim

0

100

200

300

400

500

Feminino Masculino

Não

Sim

Isabel Francisca Freitas

10

4.2. Análise dos Parâmetros Antropométricos

4.2.1. Altura

A média da estatura é de 1,17 metros, estando esta compreendida entre os

0,88 metros e os 1,35 metros.

Comparando estes valores com os de referência, constatou-se que 49,10%

das crianças se encontram entre o Percentil 50 e o Percentil 90.

Gráfico 4 - Distribuição por Percentil de Altura

4.2.2. Peso

O peso das crianças neste estudo mostra um intervalo que varia entre os

12,50 kg e os 42,30 kg, sendo o peso médio de 23,36 kg.

111159

120

217217

86

163

<P5

[P5;P10[

[P10;P25[

[P25;P50[

[P50;P75[

[P75;P90[

[P90;P95[

�P95

Isabel Francisca Freitas

11

Comparando estes valores com os de referência, verificou-se que 52,15%

das crianças se encontram entre o Percentil 50 e o Percentil 90.

Gráfico 5 - Distribuição por Percentil de Peso

4.2.3. Índice de Massa Corporal

O índice de massa corporal apresenta uma variação entre 8,98 kg/m2 e

27,95 kg/m2, sendo o seu valor médio de 17,01 kg/m2.

Comparativamente com as curvas de referência, 81,33% das crianças

apresenta um Percentil igual ou superior ao Percentil 50 e 3,17% abaixo do

Percentil 10.

Gráfico 6 - Distribuição por Percentil de IMC

8 416

96

207254

109

190

<P5

[P5;P10[

[P10;P25[

[P25;P50[

[P50;P75[

[P75;P90[

[P90;P95[

�P95

161240

97

189136

99

107

188

<P5

[P5;P10[

[P10;P25[

[P25;P50[

[P50;P75[[P75;P85[

[P85;P90[

[P90;P95[

�P95

Isabel Francisca Freitas

12

4.3. Avaliação Antropométrica

4.3.1. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade

Verifica-se uma prevalência de 23,30% de Sobrepeso e de 21,27% de

Obesidade na população estudada.

Gráfico 7 - Avaliação Antropométrica

Apenas 8% das crianças com Sobrepeso/Obesidade foram devidamente

identificadas pelo seu médico de família como tendo um estado

nutricional/desenvolvimento estaturo-ponderal alterado.

4.3.2. Análise Antropométrica por categoria de idade

Categorias de Idade NORMOPONDERAL SOBREPESO OBESIDADE

[4,50;5,00[ 72,73% 9,09% 18,18%

[5,00;5,50[ 55,07% 24,67% 20,26%

[5,50;6,00[ 56,85% 21,12% 22,02%

[6,00;6,50[ 58,47% 23,50% 18,03%

[6,50;7,00[ 72,22% 16,67% 11,11%

Tabela 1 - Avaliação Antropométrica por Categoria de Idade em Percentagem

55,43%23,30%

21,27%

Normoponderalidade

Sobrepeso

Obesidade

Isabel Francisca Freitas

13

Pela análise da tabela 1, verifica-se uma maior prevalência de

Sobrepeso/Obesidade nas crianças com idades compreendidas entre 5 e os 6,5

anos de idade.

Gráfico 8 - Avaliação Antropométrica por Categoria de Idade

4.3.3. Análise Antropométrica por Sexo

Analisando as prevalências separadamente por sexo, verifica-se uma maior

prevalência de Sobrepeso/Obesidade no sexo feminino (46,9%), quando

comparado com o masculino (39,29%).

Gráfico 9 - Análise Antropométrica por Sexo

0% 20% 40% 60% 80% 100%

[4,50;5,00[

[5,00;5,50[

[5,50;6,00[

[6,00;6,50[

[6,50;7,00[

OBESIDADE

NORMOPONDERAL

SOBREPESO

0% 20% 40% 60% 80% 100%

NORMOPONDERAL

SOBREPESO

OBESIDADE

53,10%

25,56%

21,34%

60,71%

19,54%

19,75%

Masculino

Feminino

Isabel Francisca Freitas

14

4.3.4. Análise Antropométrica de acordo com a frequência do Jardim-de-

Infância

Frequência do Jardim-de-Infância NORMOPONDERAL SOBREPESO OBESIDADE

Sim 57,33% 21,92% 20,75%

Não 56,64% 24,78% 18,58%

Tabela 2 - Análise Antropométrica de acordo com a frequência do Jardim-de-Infância

De acordo com a tabela 2, as crianças que frequentam o Jardim-de-

Infância apresentam uma menor prevalência de Sobrepeso/Obesidade (42,67%)

relativamente às que o não frequentam (43,36%). Esta diferença não é

significativa, de acordo com o teste de Qui-Quadrado (sign.> 0,05).

Gráfico 10 - Análise Antropométrica de acordo com a frequência do Jardim-de-Infância

0,00% 20,00% 40,00% 60,00%

SOBREPESO

OBESIDADE

NORMOPONDERAL

Sim

Não

Isabel Francisca Freitas

15

4.4. Saúde Oral

4.4.1. Prevalência de Cárie Dentária

Na população estudada verifica-se uma prevalência de 19,3% de cáries

dentárias.

Gráfico 11 - Prevalência de Cárie Dentária

4.4.2. Prevalência de Cárie Dentária por Categoria de Idade

As crianças que apresentam maiores prevalências de Cárie Dentária são

as que têm idades compreendidas entre os 4,5 e os 5 anos de idade.

Gráfico 12 - Prevalência de Cárie Dentária por Categoria de Idade

19%

81%

Sim Não

0% 20% 40% 60% 80% 100%

[4,50;5,00[

[5,00;5,50[

[5,50;6,00[

[6,00;6,50[

[6,50;7,00[

45%

19%

20%

17%

17%

55%

81%

80%

83%

83%

Sem�Cáries

Cáries

Isabel Francisca Freitas

16

4.4.3. Prevalência de Cárie Dentária por Sexo

O sexo masculino apresenta uma maior prevalência de cárie dentária

quando comparado com o sexo feminino, 21% e 17% respectivamente.

Gráfico 13 - Prevalência de Cárie Dentária por Sexo

4.4.4. Prevalência de Cárie Dentária de acordo com a frequência do Jardim-

de-Infância

Frequência do Jardim-de-Infância Com Cáries Sem Cáries

Sim 19,3% 80,7%

Não 19,5% 80,5%

Tabela 3 - Prevalência de Cárie Dentária de acordo com a frequência do Jardim-de-Infância

As crianças que frequentam o Jardim-de-Infância têm prevalências de

cáries dentárias muito semelhantes às que não o frequentam.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Feminino

Masculino

83%

79%

17%

21%

Cáries

Sem�Cáries

Isabel Francisca Freitas

17

4.5. Prevalência de Sobrepeso/Obesidade e de Cárie Dentária

4.5.1. Comparação de prevalências de cárie dentária no grupo de crianças

com sobrepeso/obesidade e nas crianças normoponderais

Associação Com Cárie Sem Cárie

SOBREPESO / OBESIDADE 17,63% 82,37%

NORMOPONDERAL 20,63% 79,37%

Tabela 4 - Prevalência de Cáries Dentárias por Sobrepeso/Obesidade versus Normoponderalidade

As crianças com Sobrepeso/Obesidade apresentam uma menor

prevalência de cáries quando as comparamos com as crianças normoponderais.

4.5.2. Associação entre a Prevalência de Sobrepeso/Obesidade e de Cárie

Dentária

Em epidemiologia, para o estabelecimento de uma associação entre 2

variáveis dicotómicas, utiliza-se o Odds Ratio.

Através do seu cálculo obteve-se um Odds Ratio inferior a 1 (0,89), o que

nos indica que o grupo de crianças com sobrepeso/obesidade apresenta uma

menor prevalência de cáries que o grupo das crianças normoponderais. No

entanto, sendo o respectivo intervalo de confiança de 0,728 a 1,095, concluí-se

que esta associação não é significativamente estatística.

Isabel Francisca Freitas

18

5. Discussão de Resultados e Conclusões

Em Portugal, vários estudos foram realizados no âmbito da Obesidade

Pediátrica. Pedro Moreira, em 2007, fez uma análise crítica aos estudos da

temática realizados até ao momento, em diversas regiões do país (15). Pela sua

análise, verificamos uma elevada prevalência de Sobrepeso/Obesidade a nível

nacional.

O presente estudo corrobora o que foi referido anteriormente, uma vez que

se verificou a prevalência de 44,57% de crianças com excesso de peso, sendo

23,30% com sobrepeso e 21,27% com obesidade. Ao compararmos estas

prevalências com as encontradas num estudo realizado no Centro de Saúde de

Rio de Mouro – Sintra, que utilizou a mesma metodologia (27), verificamos a

existência de um maior numero de crianças com sobrepeso/ obesidade na Póvoa

de Varzim. O mesmo se verifica quando comparamos estes resultados com um

estudo semelhante, realizado por Susana Sinde no Centro de Saúde de

Campanhã – Porto, que também apresenta prevalências de sobrepeso/obesidade

inferiores às encontradas neste estudo. (28)

Ao compararmos as prevalências encontradas nesta população com os

estudos de Padez, 2005, e de Rito, 2001, verificamos semelhantemente uma

maior prevalência de sobrepeso e obesidade na população estudada. (8,12)

Analisando a população separadamente por sexo, verifica-se uma maior

prevalência de sobrepeso/obesidade no sexo feminino. Esta diferença de

prevalências é igualmente documentada noutros estudos (8, 12, 27, 28)

O maior número de horas a ver televisão, menor acesso a actividade física

e um maior tempo dispendido em actividades sedentárias pelas crianças do sexo

Isabel Francisca Freitas

19

feminino, poderão estar na génese desta diferença de prevalências, pelo que é

muito importante a dinamização de programas da prática de exercício físico,

particularmente direccionados para as meninas. (29, 30, 31)

Apesar da elevada prevalência de sobrepeso/obesidade (44,57%) nesta

população, apenas 8% das crianças monitorizadas no Exame Global de Saúde

foram diagnosticadas pelo seu médico de medicina geral e familiar como tendo

um estado nutricional e/ou um desenvolvimento estaturo-ponderal alterado. A

inexistência de um correcto diagnóstico, de uma sensibilização dos pais das

crianças para esta temática assim como de um tratamento precoce, predisporá

naturalmente a criança para a manutenção desta condição na idade adulta.

Torna-se assim, fundamental sensibilizar os vários profissionais de saúde,

com particular atenção para os médicos de medicina geral e familiar para esta

problemática, uma vez que só desta forma, será possível inverter tais tendências.

Na população estudada constatou-se que as crianças que frequentam o

Jardim-de-Infância apresentam uma menor prevalência de Sobrepeso/Obesidade

relativamente às que o não frequentam. Este facto poderá estar associado a um

maior dispêndio energético diário por parte das crianças que frequentam o jardim-

de-infância.

O jardim-de-infância é um local onde as crianças se movimentam, se

expressam e aprendem. No jardim-de-infância a criança tem a possibilidade de

contactar com crianças com outras personalidades e hábitos culturais diferentes,

sendo este, um lugar privilegiado para a implementação de estratégias de

promoção da saúde e prevenção da doença, com a criação de estilos de vida

saudáveis nomeadamente aos níveis da alimentação saudável e prática de

actividade física. (1, 6, 7, 32). Estes programas devem ser direccionados a toda a

Isabel Francisca Freitas

20

comunidade escolar e não apenas às crianças, dando particular ênfase aos pais e

educadores, uma vez que a criança tende a imitar os comportamentos das

pessoas que a rodeiam, nomeadamente da família e os erros alimentares e

comportamentos menos adequados dos pais, poderão condicionar a

aprendizagem por parte dos seus filhos, numa idade tão vulnerável quanto esta

(5).

No decorrente estudo foi verificada a prevalência de 19% de cáries

dentárias. Este valor está muito abaixo do valor obtido num estudo realizado, por

Melo e colaboradores, no Centro de Saúde de Modivas – Vila do Conde em 1995,

em crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 10 anos, onde a

prevalência de cárie dentária foi de 90,97% (20), o mesmo ocorrendo com o

trabalho, realizado por Costa e colaboradores, no Centro de Saúde Arnaldo

Sampaio em 2006, em que a prevalência de cáries dentárias em crianças com

idade de 6 anos foi de 48% (21), verificando-se o mesmo com o “Estudo Nacional

de Prevalência das Doenças Orais em Crianças e Jovens”, realizado pelo ICBAS

em 2007, onde a prevalência encontrada foi de 67% (34) e no “Estudo Regional

De Prevalência das Doenças Orais na População Escolarizada da Região

Autónoma dos Açores em 2005” (35) em que a prevalência encontrada, nas

crianças de 6 anos, foi de 38%, o mesmo sucedendo num levantamento realizado

na Madeira (36), nos Concelhos da Ponta do Sol, Porto Moniz e Ribeira Brava em

que a prevalência de crianças livres de cáries aos 6 anos foi de 33%, o mesmo

acontecendo num outro estudo realizado no ano lectivo 2005-2006, pela Direcção

Geral da Saúde onde a prevalência de cárie dentária em crianças com 6 anos de

idade foi de 49%. (33)

Isabel Francisca Freitas

21

Podemos afirmar que a prevalência de cárie dentária nesta população

ultrapassou as expectativas da Organização Mundial de Saúde que ambicionava,

para o ano de 2007, que 60% das crianças com 6 anos de idade se encontrassem

isentas de cáries para atingir um índice de 80% em 2020, índice este já obtido

nesta população (37).

As crianças que apresentam maiores prevalências de Cárie Dentária são

as que têm idades compreendidas entre os 4,5 e os 5 anos de idade, o que

poderá estar relacionado com o facto destas crianças ainda terem a dentição

temporária completa e não terem erupcionado os primeiros molares definitivos,

facto que ocorre sensivelmente aos 6 anos e que provavelmente faria diminuir a

prevalência de cárie dentária nestas idades mais precoces .

O sexo masculino apresenta uma maior prevalência de cárie dentária

quando comparado com o sexo feminino. Esta prevalência é igualmente

documentada num outro estudo (21), e vai de encontro à literatura que refere as

raparigas como tendo um menor risco de cárie dentária, tendendo estas, no

entanto, a apresentar cáries mais severas que os rapazes, por uma erupção

dentária mais cedo. (25, 27).

A nutrição é um importante determinante da saúde oral (36, 38, 39). Uma

alimentação especialmente rica em açúcares, principalmente consumidos entre as

refeições estimula a produção bacteriana, e quando não existe uma higiene oral

eficaz o risco de aparecimento de cáries torna-se ainda maior (13). Um estudo

realizado pela Direcção Geral de Saúde salienta que 50% das crianças com 6

anos de idade não escovam habitualmente os dentes.

No decorrente estudo, não foi verificada qualquer diferença significativa

entre as prevalências de cáries das crianças que frequentam o jardim-de-infância

Isabel Francisca Freitas

22

das que não o frequentam, pelo que a necessidade de um maior investimento por

parte do Programa Nacional de Saúde Oral se confirma.

Estudos recentes identificaram uma associação entre a prevalência de

cáries e a obesidade infantil, referindo que as crianças obesas têm um risco

aumentado de cárie dentária (13). Este facto não foi verificado neste estudo,

muito pelo contrário, as crianças com sobrepeso/obesidade apresentam menores

índices de cáries, apesar destas diferentes serem significativas.

Apesar de não se ter verificado associações entre a prevalência de

Sobrepeso/Obesidade e Cáries numa dentição decídua, os elevados níveis de

prevalência de ambas as patologias podem-se relacionar com um baixo nível

educacional e socioeconómico da população (8, 9, 13, 25, 31, 40), o que não foi

possível de apurar neste estudo.

Seria igualmente interessante analisar a prevalência de hipertensão arterial

nesta população e verificar a existência de relação da hipertensão arterial com a

prevalência de sobrepeso/obesidade, tal não foi possível efectuar, uma vez que

apesar de no Exame Global de Saúde estar contemplado a medição da tensão

arterial, os valores desta não estão contemplados na ficha de ligação medicina

familiar – saúde escolar pelo que não existe registo dos mesmos.

A avaliação antropométrica, analisada neste estudo, resultou da obtenção

de registos antropométricos colhidos por vários profissionais de saúde (médicos e

enfermeiros), que não receberam formação prévia na técnica da obtenção do

peso e da estatura pelo que a sua prática não está estandardizada o que constitui

a principal limitação deste estudo, tendo implicações nos resultados finais.

Apesar de não existirem dados relativos à prática de actividade física em

crianças portuguesas, Portugal foi considerado o país europeu mais sedentário ao

Isabel Francisca Freitas

23

nível da população adulta, sendo muito provável que esta situação também ocorra

na infância (10).

A aliar a este facto, o Ministério da Saúde revela um padrão alimentar

infantil qualitativa e quantitativamente desadequado, com a preferência das

crianças por alimentos tipo “Fast-food” e por refrigerantes em detrimento dos

pratos tradicionais (1). Para além deste facto, a proximidade geográfica de

Centros Comerciais, poderá condicionar a curto ou a longo prazo o ganho de

peso, e consequentemente sobrepeso e obesidade.

O Programa Nacional de Saúde e concretamente o Programa Nacional de

Saúde Escolar são a porta aberta para a inversão destas tendências. A prevenção

não se deve focalizar apenas no Ensino Básico e Secundário, mas deve ser dada

uma maior atenção aos Jardins-de-Infância. Pois, apesar destes não fazerem

parte da escolaridade obrigatória, a maioria das crianças frequenta o ensino pré-

escolar, tal como se verifica pela análise da população em estudo, e esta é uma

idade especialmente vulnerável ao aparecimento de obesidade e cárie dentária.

Isabel Francisca Freitas

24

6. Referências Bibliográficas

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Isabel Francisca Freitas

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Índice de Anexos

Anexo 1 – Ficha de ligação Medicina Familiar – Saúde Escolar

Isabel Francisca Freitas

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Anexo 1 – Ficha de Ligação Médico Assistente – Saúde Escolar

a1

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a2

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a3

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a4

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