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1 Objectivo O presente trabalho tem como objectivo a descrissão do vanádio no seu aspecto lacto, demonstrando apartir de dados actuais a sua posição no mercado mundial, bem como a sua produção.

Trabalho de Jazigos Minerais1

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Page 1: Trabalho de Jazigos Minerais1

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Objectivo

O presente trabalho tem como objectivo a descrissão do vanádio no seu aspecto lacto,

demonstrando apartir de dados actuais a sua posição no mercado mundial, bem como a

sua produção.

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Introdução

O vanádio é um metal dúctil, macio é mais abundante que o cobre. É empregado como

elemento de liga para o ferrovanádio, como adictivo de aço inoxidável para

instrumentos cirúrgicos. Além disso, é empregado em componentes de reactores

nucleares, imãs supercondutores, estabilizadores de carbonetos e é um dos catalizadores

para a obtenção do ácido sulfúrico.

O vanádio, como a maioria dos elementos químicos, não é encontrado no estado

fundamental na natureza, mas combinado com outros elementos. Assim os minerais

mais importantes são: carnotita (vanadato de uranita e potássio hidratado,

K2(UO2)2(VO4)2.nH2O- importante fonte de uránio), patronita(VS4), vanadita

Pb5(VO4)3Cl e a carnonita K2(VO2)2(VO4)2.3H2O apresentam vanádio na sua

composição. Pode ser encontrado em vários minerais, carvão e petróleo. Ele é o 22º

mais abundante na crosta terrestre. No perú , em mina de Ragra, existem depósitos de

patronita com importantes teores de vanádio. Outra fonte comercial é a magnetita que

pode ter altos teores de vanádio. A maior parte do vanádio é empregada no preparo da

liga ferrovanádio ( com até 80% de vanádio ), usada na produção de aço e outras ligas.

Desta forma o aço contendo vanádio é especialmente forte e duro e possui uma melhor

resistência ao choque e a alta corrosão. Se não fosse o aço vanádio talvés hoje nós

tivéssemos hoje uma indústria automobilistíca totalmente diferente, pois é graças a sua

resistência mecânica que tornaram-se possíveis os primeiros eixos de boa qualidade

para os carros.

O vanádio é usado directamente na indústria de aço como pentóxido. O consumo

mindial de vanádio como pentóxido flutua com a indústria do aço mas estima-se entre

50 e 60 mil toneladas por ano. A África do sul detém cerca de 40% da produção

mundial, seguida pela China, Rússia, Austrália e EUA. Jazidas de minérios podem ser

encontradas no nordeste da Bahia, na cidade de Maracás e devem ser exploradas com a

participação da empresa CEMI, Odebrecht e uma empresa canadense.

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1 - Histórial

Em 1801, em zimapán, México, Andrés Manuel do Rio Fernández descobriu um novo

elemento ao qual nomeou eritronio. Desafortunadamente um químico francês,

Hippolyte Victor collet-Descotils, declarou que não era um novo elemento, senão que se

tratava de cromo impuro. O mesmo Andrés Manuel do Rio duvidou, pensou que tinha

sido um erro e aceitou o que dizia aquele francês. No entanto, 30 anos depois o eritronio

foi redescoberto na suécia e, pelas multicores compostos que forma, se lhe deu o nome

de vanádio em honra a deusa escadinava Vanadis, nome que oficialmente mantém até a

data. Ainda que já se fizeram tentativas ante a União Internacional de química Pura e

aplicada para que se reconheça a descoberta original de Andrés Manuel do Rio, não se

conseguiram avanços importantes.

1.1 - Mineralogia e Metalurgia

Os principais minerais de vanádio de importância económica são: Carnotite com

ocorrências no Colorado, Arizona e Novo México. a Vanadite com ocorrências no

México e Argentina. Outros minerais de menos importância económica são: Bravoite

(Mina Ragra, Perú), Silvanite (Austrália), Roscoelite (Colorado e Utah, EUA), Davidite

(Austrália) e a Uvanite (Utah,EUA).

O Vanádio encontra-se bastante disperso na Natureza, inclusive em carvões e em

petróleos brutos. Encontra-se também em alguns minérios, sendo o mais importante a

patronite, um sulfureto de vanádio, que se encontra sobretudo na Mina Ragra no Perú. A

medida que estes depósitos foram sendo consumidos e as necessidades de vanádio

aumentando, o metal começou a ser extraído de outros minérios, como a Carnotite e

algumas magnetites titanoferrosas.

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Amostra de Vanadite, Pb5Cl(VO4)3 Amostra de Carnotite, K2(UO2)2(VO4).3H2O

1.2 - Produção metalúrgica e Países Produtores

Aproximadamente 80% do vanádio produzido é empregado como ferrovanádio ou como

adictivo em aço.

É usado para a produção de aços inoxidáveis para instrumentos cirúgicos e

ferramentas, em aços resistentes a corrosão e, misturado com alumínio em ligas

de titánio, é empregado em motores de reação. Também em aços, empregados

em eixos de rodas. Engrenagens e outros componentes críticos.

É importante estabilizador de carbetos na fabricação de aços.

Emprega-se em alguns componentes de reactores nucleares.

Forma parte de alguns imãs súpercondutores.

Alguns compostos de vanádio são utilizados como catalizadores na produção de

anidrido maleico e ácido sulfúrico. É muito usado o pentóxido de vanádio, V2O5,

empregado em cerâmicas.

Mais abaixo está representada uma tabela dos países produtores de Vanádio e suas

respectivas quantidades.

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Discriminação

Reservas(1) (103 t) Produção (t)

Países 2008 (p) % 2007 (r) 2008 (p) % Brasil* 162 0,42% - - - África do Sul 12.000 31,45% 24.000 23.000 38,33% China 14.000 36,69% 19.000 20.000 33,33% Estados Unidos

4.000 10,48% ... ... -

Rússia 7.000 18,34% 14.500 16.000 26,67% Outros Países 1.000 2,62% 1.000 1.000 1,67% TOTAL 38.162 100,00% 58.500 60.000 100,00

%

Actualmente os países que mais produzem vanádio são: a África do sul, Rússia, China,

Austrália e Perú. A produção mundial é actualmente aproximada a 100.000 toneladas

por ano, enquanto a demanda é de cerca de 120.000 toneladas.

O vanádio é disponível em diversas formas, incluindo forma metálica, grânulos,

pó,barras, pá, varas e torneados.

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1-Folhas metálicas 2- gránulos

3- Barra ( aço contendo V)

II. Características Químicas e Geoquícas do Elemento

2.1- Características Químicas

O vanádio é um metal de transição mole, dúctil de cor cinzenta e brilhante. Apresenta

alta resistência ao ataque das bases , ao ácido sulfúrico(H2SO4) e ao ácido

clorídrico(HCl). É obtido a partir de diversos minerais, até do petroléo. Também pode

ser obtido da recuperação do óxido de vanádio em pó procedente de processos de

combustão.

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Quimicamente reage com não metais a altas temperaturas mas não é afectado por ácido

clorídrico nem por álcalis. Forma vários complexos em estados de oxidação +2 a +5.

Nome do Elemento

Símbolo Qímico

Nº Atómico

Massa atómica

Abundância Isotópica

% Raio Iónico

Raio Atómico

Ponto de Fusão

Condutibilidade eléctrica: 4,89.106 ohm

Vanádio V 23 50,9415u

Na terra: 160 ppm

125pm

135pm 1910ºC

Outras propriedades químicas:

Extrutura cristalina

Configuração electrónica

Ponto de ebulição

Condutividade térmica

Volume molar

Electronegatividade Capacidade calorfica

Cúbica centrada no centro

[Ar] 3d3 4s2 3407 ºC 30.7 W/(m.k) 8,3210-6 1,63( escala de pauling)

490 J/(Kg.K)

2.2. Características Geoquímiccas

2.2.1 - Isótopos do Elemento

Na natureza pode-se encontrar um isótopo estável, o Vanádio 51. Caracterizam-se

quinze(15) radioisótopos, sendo os mais estáveis o vanádio 50, com um período de

semidesintegração de 1,5× 1017 anos, o vanádio 49, de 330 dias, e o vanádio 48, de

15,9535 dias. O resto têm períodos de semidesintegração de menos de uma hora, sendo

a maioria de menos de dez segundos. Ademais, este elemento tem um metaestado.

O peso atómico dos isótopos de vanádio vai desde 43,981 uma (vanádio 43) até

59, 959 uma (vanádio 59). O principal modo de decaimento dantes do isótopo mais

estável, vanádio 51, é a captura dos electrons ( sendo os principais produtos de

decaimento isótopos do elemento 22, titánio), enquanto após este, é a desintegração

beta ( dando como principais produtos de decaimento isótopos do elemento 24, cromo).

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A coluna do porcento ( % ) natural indica o teor encontrado no elemento natural. O

valor nulo indica produção artificial. Símbolos para tempos de meia vida:

s – Segundo

m- mituto

h- hora

d- dia

a- ano

A tabela abaixo contém apenas alguns isótopos, eles são um total de 16 isótopos, estão

representados aqui apenas alguns deles:

Símbolo % natural Massa Meia Vida Decaimento47V 0 46,9549 32,6 m CE p/47Ti48V 0 47,9523 15.98 d CE p/48Ti49V 0 48,9485 337 d CE p/49Ti50V 0,25 49,9472 1,4. 1017 a CE p/50Ti

β- p/ 50Cr51V 99,75 50,9440 Estável52V 0 51,9448 3,76m β- p/ 52Cr53V 0 52,9443 1,61m β- p/ 53Cr

2.2.2 - Carácter Geoquímico

A química do vanádio é característica do grupo em que se insere e apresenta muitas

semelhanças com os elementos do grupo que o precede. O vanádio tem uma química

rica e variada e o elemento também pode existir num número significativo de estados de

oxidação diferentes. Quando em compostos sólidos ou em solução, este metal apresenta

maioritariamente os estados de oxidação +2, +3, +4 e +5, mas pode apresentar todos os

estados de oxidação entre +5 e -3.

O vanádio pode formar muitos tipos diferentes de óxidos em geral obedecendo à

fórmula VnOn+1 ou a VnOn-1. Os mais frequentes são: VO V2O3 VO2 V2O5, aos quais

correspondem os estados de oxidação +2, +3, +4, e +5 respectivamente. O pentóxido de

vanádio (V2O5) é o óxido mais estável e é um composto de cor alaranjada que constitui

a matéria-prima para a obtenção de muitos outros compostos com vanádio. O óxido de

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vanádio é usado como corante nas indústrias da cerâmica e do vidro e apresenta ainda

propriedades catalíticas importantes para reacções de oxidação. Esta capacidade deve-se

precisamente ao facto de o pentóxido de vanádio poder facilmente perder alguns dos

oxigénios da sua rede, de forma reversível, a temperaturas elevadas.

Para além destes óxidos o vanádio forma uma grande variedade de oxoaniões como o

ião vanadato VO43-.

Para além dos compostos de oxigénio, o vanádio forma também vários compostos com

outros elementos do grupo 16, nomeadamente com o enxofre, o selénio e o telúrio

formando, também, compostos com os halogéneos, dando assim origem a fluoretos,

cloretos, brometos e iodetos.

O vanádio forma ainda uma variedade de compostos de coordenação e organometálicos.

À semelhança do ferro forma um complexo em sanduíche com o ciclopentadienilo, que,

de forma semelhante ao ferroceno, se designa por vanadoceno [V(η5- C5H5)2] e em que o

átomo metálico central se encontra coordenado à nuvem dos anéis ciclopentadienilo,

encontrando-se, portanto ligado simultaneamente aos cinco átomos de carbono deste

anel (o que está indicado na designação η5 na fórmula do composto).

Para ilustrar compostos de vanádio típicos nos diferentes estados de oxidação damos os

seguintes exemplos:

Estado de oxidação -3 : [V(CO)5)]3-

Estado de oxidação -1: [V(CO)6)]-

Estado de oxidação 0: [V(CO)6)]

Estado de oxidação 2: [V(CN)6)]4-

Estado de oxidação 3: [VCl4]-; [V(C2O4)3]3-

Estado de oxidação 4: VCl4;

Estado de oxidação 5: VOCl3; [VF6]; [V(O2)4]3-

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2.2.3 - O Clarke na Crusta Terrestre.

O vanádio tem um clarke de 135 ppm.

2.2.4 - Ciclo do Elemento na Natureza

O vanádio é encontrado em cerca de 65 diferentes minerais. É encontrado também em

alguns minerias de fosfatos e de ferro e também em alguns tipos de petróleo cru, na

forma de complexos orgânicos. Meteoritos contém uma pequena quantidade deste

elemento.

A sua abundância na terra é de 50,1 ppm, na crosta terrestre é de 251 ppm, no oceano é

de 31,6 nM e no sistema solar é de 1.0 × 104 (relativo a [H] × 1012).

III. Minerais e Minérios Principais. Sua Utilidade Económica ou Industrial

3.1 – Carnotite

É um mineral de vanadato de potássio e uránio hidratado, cuja fórmula é:

K2(UO2)2(VO4)2.3H2O, podendo conter pequenas quantidades de cálcio, Bário,

Magnésia, Ferro e Sódio. O índice de água pode variar.

A carnotita é um mineral brilhante, amarelo e esverdeado, que ocorre tipicamente como

crostas e escamas em arenitos. Quantidades pequenas como 1% tornarão um arenito

amarelo brilhante. O índice elevado de urânio faz da carnotita um minério de urânio

importante e também radioactivo. É um mineral secundário de vanádio e urânio

geralmente encontrado em rochas sedimentares de climas áridos. É encontrado nos

Estados Unidos da América e pennsylvánia, tem também ocorrências na RDC,

Marrocos e Casaquistão.

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Imagem de uma carnotite

3.2 - Vanadite

Na sua forma cristalina, a vanadite apresenta-se em cristais prismáticos hexagonais.

Também é frequentye que em forma de agregados amorfos ou de forma esférica. A sua

côr mais característica é a vermelha.

É frequente que a vanadite apareça em zonas de oxidação associada a minerais como a

calcita.

3.2.1 - Usos da Vanadite

Utiliza-se a vanadite como fonte de vanádio ( também como fonte secundária de

chumbo). O vanádio por sua vez emprega-se para o endurecimento do aço e a

fabricação de bronze vanádico.

A vanadinita é um mineral de fórmula química Pb5(VO4)3Cl, clorovanadato de chumbo

(79% de PbO e 19% de V2O5).

imagem de uma vanadite

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IV. Tipos Genéticos de Jazigos Metalíferos.

A maior parte do vanádio comercial procede de depósitos que têm sido metereorizados,

com ou sem concentração residual. Alguns podem ter sido formados por uma

concentração com a colaboração de organismos. Este considera que os minérios de

uránio – vanádio de colorado e Utah são de origem sedimentar, pelos trabalhos mas

recentes indicam que são posteriores.

Exemplos de Depósitos - O maior depósito conhecido está em Minasagra (Perú),

donde o vanádio se apresenta em sua massa de 9m de largura e 107m de longitude,

encerrada entre uma ardósia e calcários cretáceos com intrusões de diques de pórfiro. O

mineral está associado ao asfalto, e um vanadato de cálcio vermelho ( 50% de V 2O5) e

petronita que enchem as fendas pequenas e fissuras das ardósias. O mineral mais útil se

seleciona, obtendo-se assim um produto útil, que contém 11% de V2O5, enquanto que os

materias pobres se calcinam até formar cinzas que contêm 22% de V2O5, se tem

indicado a presença de grandes reservas de mineral de baixo grau.

A produção dos Estados Unidos se obtém de:

1- Depósitos de carnotita vanadífera existentes em colorado e Utah;

2- Minerais denominados de roscoelita, existentes em colorado e Utah;

3- Minerais oxidados de prata-plomo-molibdénio de arizona;

4- O vanádio como subproduto, a partir do tratamento de rocha fosfática

sedimentar, em Idaho e Wyoming.

Os depósitos de colorado e Utah são os mais produtivos.

A primeira mina brasileira começará a ser explorada em Maracás, na Bahia, com

produção estimada em mais de cinco mil toneladas por ano. O inicio desta operação está

confirmada para este ano, pela largo mineradora, depois das análises revelaram o teor de

1,44% do minério, a maior concentração do mundo. Antes da mina a maior

concentração era a de África com 0,4% do teor do minério. O minério está cotado no

mercado mundial acima dos 90 Usd por Kg.

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V. Províncias e Épocas Metalogénicas.

O continente Africano possui faixas ou cinturões metalógenicos muito importantes

onde ocorreram a maior parte das mineralizações do continente e do nosso páis em

particular, onde também ocorreram algumas mineralizações do vanádio.

Temos assim as seguintes faixas descritas no quadro mais abaixo.

Faixas ou cinturões

metalógenicos

Províncias metalogénicas metalogenia

Alta África

incluindo parte de

Angola

África do sul Fe, Mn, Asbeto, Au, U, Cr, Pt,

carvão e diamantes.

Escudo do Zimbabué Au, Sb, Cr, Asbeto, Crisolito,e

diamantes.

Geossinclinal de Katanga Cu, Pb, Zn, Ag, Co e V

Grandes Lagos Mn, Sn, Au, Ag, e Diamantes

Ituri Au e Fe

Orla atlântica Namakualand (Namíbia) Cu, Be, Li.

Otavi Zn, U, Cu, Sn e Li.

Angola Fe, Mn, Ti, Carbonatitos de metais

raros.

Congo inferior, desde o NW

de Angola até Gabão

Petróleo, Zn, Pb e Cu.

Camarões Bauxite, Diamante e ouro

Costa litoral Diamante, petróleo, gás potássio

O vanádio pode ainda mineralizar nas seguintes formações metalíferas:

Platino-Titánio-Magnetíticas;

Carbonatíticas ( Ti-Metais raros-Terras raras);

Lateríticas;

Cobre-vanádio-Uraniníferos;

Xistos Negros;

Concressões oceánicas.

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Perante o nível de conhecimento actual e em consequência da história da formação da

parte do continente correspondente ao território nacional, podemos, em termos

genéricos e esquemáticos, distribuir as mineralizações mais importantes pelas duas

unidades geotectónicas, da seguinte forma.

Mineralização Kratogénicas – Fe. Mn, Sn, W, Au, U, Cr, Pt, Ni, Ti, V, grafite,

asbestos, Kimberlitos com diamantes, carbonatitos (radioactivos columbo), pegmatitos

(micas, berilo, etc).

São bastantes evidentes os seguintes ciclos de mineralização.

Ciclos Shamvaiana- limpopo- liberiano (até 2500m.a)

Be, Cu, Au, Ag, Asbestos

Pegmatitos ricos em quartzo representações mas esta no entanto, muito escassamente

estudado.

Ciclo Eburniano (2500 a 1700m.a)

a) Mineralização relacionada com rochas metamórficas do Oesndolongo: Fe

(Itabiritos e Taconites), Mn, Au, Sn, W, Cianite, Zr, Grafite.

b) Mineralização relacionada com o complexo de Gnáissico-migmatíco-granítico:

Cu, Ag, Au, Quartzo, Pegmatitos, Asbestos.

c) Mineralização relacionada com o complexo Gabro-anortosíco: Fe (titano-

magnetite) Cu, Ni, Cr, V, Pt Pegmatitos com Be, Nb-Ta.

d) Mineralizações nas rochas graníticas: Sn, W, Cu, Pb, Mo, Au, Ag, Radioactivos.

Ciclo Kibarana-Pan Africano (1200 a 600m.a)

a) Mineralizações das rochas metamórficas do proterozóico superior:

1- Sistema Congo oxidental: Cu, Pb, Zn, Co, V, Au, Mn, Ba, Talco.

2- Grupo Chela Superior: Cu, Pb, Zn.

3- Grupo Damara: Cu, Pb, Zn, Cr, Ni, Asbestos, Fe, Corindo.

a)- Mineralizações nas rochas magmática: Pegmatitos com mics, Be, Cu, Mn, Au,

Cr, Ni, Carbonatitos Pegmatitos.

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O interece deste ciclo reside, fundamentalmente, nas mineralizações poli metálicas de

Cu, Pb, Zn e Niquel, Cr, Asbestos e Au.

Ciclo Jurássico – Cretácico (200 a 75m)

a) Mineralizações nas rochas do sistema karro: Urânio e Tório

b) Mineralizações nos terraços da formação calonda: Diamantes

c) Mineralizações nas bacias sedimentares cretácicas: Cu, Pb, Zn, Petróleo, sal-

gema, potássio, gesso, diamantes, fosfatos, calcários dolomíticos

d) Mineralizações nas instrusões magmáticas alcalinas: kimberlitos com diamantes,

carbonatitos com T. R., Nb-Ta, radioactivos, barite, rochas nefelínicas, Fe,

Apatite, Fluorite.

Ciclo Cenozóico ( menos de 75 m.a).

a) Mineralizações nas rochas do grupo kalahari: U, Lignite

b) Mineralizações nas rochas do eogénico: Fosfatos com Urânio

c) Mineralizaçõesnos aluviões: Au, Ag, Ti, Zr, Monazites, Rútilo, Granadas, Sn,

W.

Oferece interesse imediato as ocorrências de fosfatos (Zaire), os depósitos de Urânio

(lona) e alguns aluviões de Ouro e Monazite.

VI. Recursos Minerais em África e no Território Nacional.

Um recurso é aquele material disponível, em quantidade e qualidade adequadas para uso

industrial, mas que não foi submetido a uma avaliação económica.

A África do Sul exibe uma das maiores concentrações de minerias do mundo, são os

maiores produtores de ouro e diamante e até pouco tempo do vanádio. A África é

riquíssima em recursos minerais. Possui a maioria dos minerais conhecidos, muitos

deles em quantidades notáveis. Tem grandes jazidas de carvão, reservas de petróleo e de

gás natural bem como as maoires reservas do mundo de ouro, diamantes, cobre, bauxite,

manganês, níquel, rádio, germánio, lítio, titâneo e fosfato. E no planalto da Katanga, no

Zaire podemos encontrar o cobre, zinco, chumbo e estanho, o que favoreceu um

Page 16: Trabalho de Jazigos Minerais1

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importante desenvolvimento industrial nessas regiões. O Saara possui grandes reservas

de fosfatos, petróleo e gás natural. O continente é pobre em jazidas de carvão, mas o

enorme potencial hidroeléctrico de seus rios e lagos constitui importante fonte de

energia, capaz de impulsionar o desenvolvimento industrial; as principais represas são

as de Assuã, no rio Nilo (Egipto), Owen Falls, na cabeceira do mesmo rio (Uganda),

Akosomba, no volta (Ghana), e Kariba, no Zambeze ( Zâmbia-Zimbábue).

Podemos encontrar ainda a Zâmbia, a República Democrática do Congo como

exporatadores da maior quantidade de cobre existente no mercado mundial; A guiné e

Ghana a Bauxite; a África do Sul e a Namíbia o Uránio; a África do Sul , o Zimbabué e

o Botsuana, o níquel e o cobalto; a RDC, o Ruanda e o Uganda o molibdénio e o nióbio;

a África do Sul, a Libéria e a Mauritânia o ferro.

O território Angolano possui uma variedade de recursos minerias dos quais passamos a

citar os mais importantes:

Combustíveis ( carvão turfa, linhete, petróleo e gás natural);

Metais Ferrosos ( Fe, Mn, Ti, Cr);

Metais não Ferrosos ( Cu, Pb, Zn, W, Sn, Ni, Co);

Metais Nobres e Elementos de Terras Raras ( Be, Li, U, Te, Nióbio e Tântalo);

Metais Nobres ( ouro, prata, platina)

Água subterrânea

Recursos Minerais não Metálicos ( Quartzo, Areias Quartzosas, Feldspato,

Caulico, Gesso, Barite, Moscovite, Talco, Fluorite, Enxofre, Fosfarite, Sais de

potássio, Diatomite, Vermiculite)

Materiais de Construção Origem Mineira ( Calcários, dolomites, Asfalto,

Granitos e Mármores)

Pedras Presciosas e Semi Preciosas ( Diamante, Olivinas e Zircão, Turmalinas,

etc).

A maioria desses recursos apresentam um grau de conhecimento geológico muito geral,

pois carecem de estudos mais aprofundados para melhor serem categorizados.

6.1 - Disponibilidade dos Recursos Minerais na Crusta Terreste

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A disponibilidade dos recursos minerais na crusta terrestre embora possa ser

considerada como abundante, a quantidade para satisfazer as necessidades industrias do

mundo moderno fica circunscrita a um tipo especial de rochas que denominamos de

formações metalíferas. São estas formações que apresentam concentrações elevadas de

certos elementos, mas que na crusta terrestre representam uma pequena fracção.

Portanto a disponibilidade dos recusros minerais nessas formações é medida em função

do grau de concentração de um determinado elemento, num determinado local, que

perante uma certa tecnologia é susceptível de ser extraído à custos convenientes.

Na crusta terrestre os elementos que constituem os recursos minerais encontram-se em

diversos graus de concentração. Esses elementos para constituirem recursos

propiamente ditos e susceptíveis de serem utilizados, devem apresentar-se em

concentrações mínimas e com combinações especificadas: Óxidos, Sulfuretos, Sulfatos,

Carbonatos e nalguns casos aparecem em estado nativo.

Um elemento muito importante na disponibilidade dos recursos é o Grau de certeza da

Existência de um recurso e vem condicionado por vários factores:

Geológicos;

Económicos;

Tecnológicos;

Meio Ambiente;

Entre estes podemos encontrar recursos identificados e passamos a ter recursos não

encobertos ou encobertos.

Entre os recursos identificados temos dois novos conceitos:

Reservas: máximo grau de certeza quanto aos factores de juízo. Este conceito se

divide em dois subgrupos.

Reservas demonstradas: que por sua vez podemos demonstralos em:

Mineral Medido ( Reservas provadas ): quando dispomos de uma informação directa

tomada de uma amostragem detalhada de maior trincheiras, escavações, sondagens. A

tonelagem “real” não pode diferir em mais 15% com relação ao calculado.

Page 18: Trabalho de Jazigos Minerais1

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Mineral indicado ( reservas prováveis): também determinado por uma amostragem, mas

desta vez, mais disperso. São determinadas com base em algumas inferências

geológicas.

Reservas inferidas ( reservas possíveis ): Para o conceito de reserva inferida prioriza-se

o critério geológico sobre as medições directas. Por exemplo, este critério pode estar

baseado na repetição de características geológicas no jazigo, ou através da comparação

com outro jazigo similar.

Page 19: Trabalho de Jazigos Minerais1

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VII - Conclusão

O vanádio é um elemento com uma grande importância económica e a seu

aproveitamento em grande escala pode trazer grandes benefícios para um determinado

país nas mais diversas áreas.

A sua produção vem aumentando em cada ano devido a sua diversificação e

aplicabilidade.

Page 20: Trabalho de Jazigos Minerais1

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Referências Bibliográficas

YACIMIENTOS MINERALES de Rendimento Económico; A.M.Bateman – Edições Omega 1957.

APONTAMENTOS DE JAZIGOS MINERAIS – faculdade de Engenharia – 2010

www.wikipédia.com

www.blogdowordpress.com