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Sistemas estruturais
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1 ALVENARIA ESTRUTURAL
A alvenaria estrutural é o processo de construção que se caracteriza pelo uso de
paredescomo a principal estrutura suporte de edificações simples ou dispositivos
complementaresem substituição ao concreto. Pode ser subdividida em duas classes
estruturais:
- Alvenaria não armada ou simples é composta apenas de blocos de alvenaria e
argamassa.
- Alvenaria armada é reforçada por armadura passiva de fios, barras ou tela de
aço,
dimensionadas racionalmente para suportar os esforços atuantes.
2 EXECUÇÃO DO SISTEMA
2.2 FUNDAÇÃO
2.2.1 Fundação direta:
Mínimo de dois lances do bloco estrutural enterrado e assentado sobre sapata
armada rígida. A sapata deve ser concretada sobre substrato compacto, uniformizado e
regularizado por uma camadade 5 cm, no mínimo, de concreto magro.
2.2.2 Fundação sobre estacas:
Fundações que tenham características de rigidez comprovada. Se as alvenarias
não respondem adequadamente às mobilidades de acomodação. Esta especificação veta
o emprego de blocos sobre uma só estaca;
Os ferros verticais de amarração devem estar ancorados no vigamento baldrame
ou na sapata corrida, conforme o caso;
A utilização de blocos sobre uma estaca sóé aceitável em cantos de paredes onde
o travamento bidirecional fica garantido de forma natural.
2.3 PAREDES
Os ferros de amarração horizontal devem ser posicionados, no mínimo a cada
6fiadas de blocos;
A fiada de respaldo, ou seja, última, tem armação horizontal obrigatória;
Blocos de interface com aberturas são nucleados e armados;
Ferros de amarração vertical devem ser espaçados a cada dois blocos, com
núcleo preenchido mantendo prumo;
União ortogonal de paredes deve ser amarrada com disposição de ferragem em
“L”, sem emendas a cada 3 fiadas de bloco;
Os blocos da interface deuma união ortogonal de paredes devem ser nucleados e
armados.
3 PROCESSO CONSTRUTIVO
Durante a execução verificar se os elementos executados estão em conformidade
geométrica com o indicado em projeto;
Se as armaduras estão posicionadas comoindicado em projeto e de acordo com
as características mínimas descritas no item (paredes);
Se os elementos executados estão perfeitamente nivelados, alinhados e o prumo
vertical está garantido.
* Observação:
Teste destrutivo de Corpos Prismáticos;
Simulação do elemento portante mediante ensaio de corpo-teste prismático,
moldado conforme a parede, nucleado, mas sem armação, medindo:
[40 cm (comprimento) x 40 cm (altura) x espessura do bloco]
Referência: Conformidade com UniformBuildingCode, UBC.
4 MATERIAIS EMPREGADOS
- Bloco estrutural;
Deve atender a NBR 6136(1)e NBR 10837(2);
Possuir resistência mínima: 4,5 MPa.
- Bloco não-estrutural;
Deve atender a NBR 7173(3)
- Argamassa;
Fck entre 10 e 14 MPa e slump20 ± 1 cm;
- Concreto de enchimento;
Trata-se de concreto com agregado miúdo destinado ao nucleamento,
preenchimento dos vazios em locais específicos, com finalidade de enrijecimento local.
Os locais são indicados no projeto estrutural;
Fck entre 20 e 30 MPa e slump20 ± 1 cm;
Composição: areia, pedrisco, cal e cimento, o traço deve ser testado. A critério
da fiscalização podem ser utilizados aditivos com finalidade de expansão, para evitar
que a retração de secagem comprometa o caráter monolítico da célula nucleada.
- Armação:
CA-50 ou CA-60;
Barras na vertical: bitola mínima Ф12,5 mm;
Barras na horizontal: bitola mínima Ф10,0 mm
* Observação:
A cada 1000 blocos fornecidos deve ser formado um lote de 12 exemplares, para
serem submetidos ao ensaio de resistência de compressão simples conforme a NBR
12118(4);
O aço utilizado na armação deve ser amostrado e ensaiado conforme
estabelecido na NBR 7480(5);
Determinar à resistência a compressão simples do concreto de enchimento,
conforme a NBR 5739(6), a cada 5 m³;
Os materiais utilizados devem atender ao descrito em (materiais empregados).
Os resultados individuais de resistência a compressão simples maior ou igual a
fixada no projeto, não são admitidas valores de resistência inferiores a 4,5 MPa para os
blocos estruturais.
A resistência característica do concreto de enchimento é aceita desde que igual ou maior
a especifica em projeto.
5 CONCRETO ARMADO
Armadura é o conjunto de elementos de aço de uma estrutura de concreto
armado ouprotendido, capaz de suportar os carregamentos preestabelecidos dentro dos
limites detensões e deformações previstas.
Concreto armado é uma expressão que traduz com muita simplicidade e
felicidade a perfeita união de dois materiais que se constituem num só sistema, o mais
utilizado mundialmente para a execução de estruturas para construções. Nesta parceria
cada um desses materiais tem um desempenho a cumprir e cabe aos Projetistas –
conhecendo-os perfeitamente – tirar máximo proveito de suas possibilidades em
benefício do sistema resultante, que é a estrutura de concreto armado.
Neste artigo queremos demonstrar o papel do concreto na proteção do aço da
armadura, proteção necessária pois, sem a qual, o aço fica sujeito à corrosão e rápida
perda de DURABILIDADE da estrutura, gerando patologias e perda de segurança
estrutural.
O concreto é um material produzido de forma quase artesanal, começando por
uma mistura plástica constituída de água, cimento e agregados (pedra e areia), que se
amolda à forma em que é colocada, depois endurece e adquire resistência compatível
com a necessidade estrutural das obras de Engenharia. Na fase de endurecimento, o
concreto passa por uma transformação em que parte da água reage com o cimento,
formando inicialmente uma pasta e posteriormente uma matriz onde as pedras e a areia
ficam envolvidas e que, depois de endurecida, retém esses materiais em seu interior, o
que constitui a particular estrutura do material concreto.
No caso do concreto armado, esta mistura plástica envolve as armaduras que
ficam, após o endurecimento, aderidas e protegidas pelo concreto tendo em vista o seu
“funcionamento” dentro do conjunto da estrutura mas também em relação ao ar e
agentes agressivos da atmosfera, especialmente contra a corrosão.
No entanto o material concreto não é um sólido perfeito, mas antes um pseudo-
sólido, que apresenta vazios de porosidade entre seus componentes e também pela
fissuração que é inerente à sua fragilidade, especialmente nas primeiras idades, e que é
reconhecida e considerada no cálculo, geralmente no Estádio III, que considera o
concreto fissurado e o aço em escoamento.
Estas propriedades são características do concreto que precisam ser levadas em
consideração no projeto do material concreto, conforme prevêem as Normas Brasileiras
NBR6118:2003 (Projeto); NBR12655:2005 (Controle) e NBR14931:2003 (Execução),
entre outras.
O concreto em sua fase plástica necessita apresentar consistência adequada à
trabalhabilidade requerida pelo método de mistura e aplicação. Isto é cuidadosamente
estudado na dosagem considerando as características do concreto fresco. Geralmente a
água é o material utilizado como veículo da trabalhabilidade, obtendo-se concretos mais
secos ou mais líquidos conforme se aumenta a quantidade de água por metro cúbico,
que pode variar geralmente entre 160 litros por metro cúbico – fornecendo concretos
secos – até 220 litros por metro cúbico – fornecendo concretos líquidos.
É claro que estes limites extremos são acompanhados de modificações da
granulometria e das proporções entre os agregados adequados a fornecerem concretos
com a consistência adequada, ou seja, não podem os concretos, apresentar segregação,
que é a separação dos componentes no momento do lançamento.
Entretanto, a principal propriedade da água é a sua reação com o cimento, em
proporção adequada por quilograma desse material na massa, denominada relação
água/cimento, que é inversamente proporcional à resistência e ao módulo de
deformação, os principais parâmetros estruturais do concreto endurecido. Assim, quanto
maior é a relação água/cimento, menores são a resistência e o módulo de deformação do
concreto endurecido resultante. Isto ocorre porque nem toda a água colocada no
concreto para garantir sua trabalhabilidade reage com o cimento, o que faz com que a
parte não reagente “sobre” na massa e depois saia por evaporação, deixando vazios e
capilares no concreto endurecido.
Geralmente a parte da água que reage fica em torno de 0,25 a 0,30 litros por
quilograma de cimento, sendo que o resto evapora ou fica preenchendo os vazios da
massa endurecida. Como a maior parte dos concretos usuais apresenta relação a/c acima
de 0,50, chegando a cerca de 0,70, pode-se perceber a enorme quantidade de água que
deverá evaporar. Na fase de evaporação, ainda com o concreto semi-endurecido
ocorrem outros fatos que aumentam a porosidade dos concretos: a fissuração da massa
por retração, causada pela rápida perda de volume da superfície em relação ao interior
da massa, o que acarreta forças de tração nessa superfície e sua conseqüente ruptura
frágil. Para evitar a perda dessa água na fase inicial, quando o concreto é muito frágil, é
que se faz a cura do concreto fresco.
A evolução da Tecnologia do Concreto proporcionou o surgimento dos aditivos
que são mais um componente do concreto, capazes de agregar propriedades especiais à
massa, melhorando suas características de trabalhabilidade quando fresco e capacidade
estrutural quando endurecido. Uma dessas propriedades é a de alguns aditivos
conferirem maior mobilidade ao concreto fresco, isto é, aumentarem a sua fluidez, sem
que se adicione água, ou seja, sem aumento da relação a/c. Modernamente os aditivos
ditos superplastificantes oufluidificantes, fazem com que se obtenham concretos
líquidos na fase fresca, o que facilita a aplicação, inclusive dispensando vibração – com
grande economia de equipamentos e mão de obra – com baixíssima relação a/c (é
possível chegar à ordem de 0,3 l/kg ou menor), resultando em concretos compactos e de
resistências elevadas.
Estes recursos permitem a obtenção de concretos mais duráveis e mais protetores
ao aço que envolvem, pela menor porosidade e fissuração, e também pela maior
aderência, eliminando as descontinuidades que são ocaminho dos agentes agressivos da
atmosfera, que usam o ar e a água como veículo de aproximação e ataque ao aço.
É importante abordarmos aqui o mecanismo deste ataque ao aço que resulta na
corrosão e fim da vida útil para o concreto armado. Todo o aço no interior do concreto
encontra-se inicialmente protegido por uma camada (filme) de óxidos aderidos ao aço –
originadas pela dissolução de hidróxidos presentes no cimento que saturam os poros do
concreto conferindo-lhe um pH entre 13 e 14 -, que o protege da corrosão. A este
fenômeno dá-se a denominação de passivação do aço.
O fenômeno contrário, a despassivação do aço é a ação responsável pelo
fenômeno da corrosão das armaduras, e inicia-se com a presença de gás carbônico
(CO2) na atmosfera circundante à estrutura. O gás carbônico penetra nos poros e
fissuras do concreto, quando saturados de água, formando o ácido carbônico (H2CO3)
que ocasiona a redução do pH da solução nos poros abaixo de 9, o que desestabiliza o
filme passivante de óxidos e proporciona um processo de corrosão eletroquímica do
aço, caracterizado pelo transporte, nesse meio aquoso, de íons ferro (Fe+) em sentido
oposto ao transporte e precipitação de hidróxidos dissolvidos (CaCO3, Na2CO3, e
K2CO3) formando uma pilha dentro da massa que com a formação de ferrugem e, por
seu maior volume dentro do concreto, a ruptura (desplacamento) do concreto do
cobrimento em diversos pontos das peças atacadas.
O fenômeno que precede a formação da pilha eletroquímica é denominado
carbonatação do concreto e avança no concreto, da superfície para seu interior ao longo
dos anos, em maior ou menor velocidade conforme as condições de porosidade,
umidade, temperatura e presença de substâncias agressivas – como o CO2 – na
atmosfera. O avanço da carbonatação é tanto mais veloz quanto menor é a qualidade do
concreto, especialmente quanto à porosidade e fissuração, que se deve evitar com um
bom projeto. Outra forma de retardar o avanço da carbonatação é aumentar a espessura
do cobrimento das armaduras superficiais, pois o tempo para a total carbonatação e
início da corrosão será tanto maior quanto maior esta camada de cobrimento.
Esta foi a forma adotada pela atual Norma de Projeto das Estruturas de Concreto
Armado, NBR6118:2003, que apresenta Tabelas que limitam – em função da Classe de
Agressividade Ambiental em torno da estrutura - a relação a/c e as resistências mínimas
do concreto, para evitar concretos frágeis e porosos e também limitam os cobrimentos
mínimos necessários para todos os casos.
Os cobrimentos nominais apresentados em mm na terceira Tabela acima, levam
em consideração as falhas do processo produtivo (industrial) e construtivo (artesanal) e
portanto consideram a impossibilidade de se obter retilineidade nas barras, quando
aplicadas. O que se considera é que, se aplicado diretamente o cobrimento efetivo na
obra, a não retilineidade das barras vai ocasionar que diversos pontos tenham um
cobrimento menor, por conta das deformações das barras de superfície e estribos, além
das imperfeições de amarração. Por este motivo ás dimensões dos cobrimentos efetivos
necessários à durabilidade, foram acrescentados 10 mm, perfazendo o cobrimento
nominal, que deve ser prescrito em Projeto. A Norma permite uma redução nesta
tolerância, caso a obra comprove o uso de critérios rigorosos de controle na montagem
das armaduras. Mesmo assim, o cobrimento nominal mínimo deve ser 5mm superior ao
cobrimento efetivo (significa reduzir as dimensões da Tabela em 5 mm).
A garantia deste cobrimento deve ser obtida de forma inquestionável, o que não
é usual nas obras correntes que adotam espaçadores artesanais de argamassa feitos na
obra, sem a qualidade necessária e sem dimensões precisas. Os espaçadores de
argamassa de má qualidade são um veículo facilitador da penetração dos agentes
agressivos na armadura e, por sua maior porosidade e fragilidade, permitem que a
corrosão se instale rapidamente mesmo em um concreto bem dosado, resistente e de alta
compacidade.
O uso de espaçadores plásticos parece proporcionar maior garantia da medida do
cobrimento e pode até possuir menor porosidade que os espaçadores artesanais mas o
fato de não serem aderentes ao concreto, somado à sua fragilidade, que não suporta o
peso das armadura sobre a fôrma, torna-os deformáveis na instalação e durante a
concretagem, facilitando o contato de agentes agressivos da atmosfera com a armadura.
Recentemente surgiram no mercado espaçadores e fixadores de armaduras feitos
de micro-concreto de alto desempenho (fc > 50 MPa), que não apresentam porosidade,
não se deformam e resistem ao peso das armaduras e aos esforços de concretagem.
Produzidos industrialmente, estes espaçadores permitem garantia de dimensões corretas
para os cobrimentos, além de sua geometria permitir diversas soluções necessárias às
situações em obra, proporcionando uma qualidade real para os cobrimentos, parte
essencial da qualidade do concreto armado.
6 EXECUÇÃO DO SISTEMA
Condições válidas para armaduras preparadas nolocal ou pré-fabricadas.
6.1 MONTAGEM DAS ARMADURAS PASSIVAS – CONCRETO ARMADO
As armaduras devem ser posicionadas atendendo, com rigor, as indicações
constantes deprojeto.As emendas das barras, geralmente por traspasse, devem ser
definidas em projeto eatendidas com rigor.
Quando for conveniente adotar outro padrão de emenda por imposição
construtiva, deve-seproceder conforme os itens a seguir, após consulta e análise da
projetista.
a) soldagem de topo com eletrodos;
b) soldagem de topo por caldeamento em bancada;
c) soldagens por superposição;
d) emendas com emprego de luvas, rosqueadas ou prensadas.
As emendas são regidas por regulamentação própria, NBR 6118(5) e devem ser
obedecidasas disposições e limitações impostas pela NBR 14931(6), item 8.1.5.4 –
Emendas.
O cobrimento especificado para a armadura no projeto deve ser mantido por
dispositivosadequados ou espaçadores e sempre se refere à armadura mais exposta. É
permitido o uso eespaçadores de concreto ou argamassa, desde que apresentem relação
água e cimento menorou igual a 0,5, e espaçadores plásticos ou metálicos, com as partes
em contato com asfôrmas revestidas com material plástico ou outro material similar.
Não devem ser utilizados calços de aço, cujo cobrimento depois de lançado o
concreto, tenha espessura menor que o especificado em projeto.
O posicionamento das armaduras negativas deve ser objeto de cuidados
especiais emrelação à posição vertical. Para tanto, devem ser utilizados suportes rígidos
esuficientemente espaçados para garantir seu posicionamento.
Deve ser dada atenção à armadura e ao cobrimento onde existam orifícios de
pequenasaberturas, conforme item 7.2.5 da NBR 14931(6).
6.2 MONTAGEM DAS ARMADURAS ATIVAS – CONCRETO PROTENDIDO
Cada cabo, ou montagem deve conter cordoalhas ou fios de mesma categoria,
bitola eprocedência.
Todas as unidades de protensão, cabos, devem ser posicionadas rigorosamente
conformeprescrito no projeto, com os seguintes índices de tolerância relativa à posição
real:
- fugas na vertical: 10 mm;
- fugas na horizontal: 20 mm.
Caso ocorram interferências significativas no posicionamento das bainhas com
as armaduraspassivas da peça a ser protendida, a projetista deve ser consultada para os
ajustesnecessários.
Em qualquer situação deve ser atendida a exigência pertinente à observância dos
cobrimentos. Os espaçamentos relativos entre os cabos devem ser observados com
rigor.
As bainhas devem ser fixadas com garantia de imobilidade durante a concretagem.
Devemser usados tantos fixadores e espaçadores quanto forem necessários para esta
finalidadeespecífica. Em geral dois ou três fixadores em cada metro de bainha atendem
estanecessidade. O uso de soldas só deve ser permitido entre armaduras construtivas, de
fixaçãoou montagem.
As emendas de bainhas são feitas por meio de luvas apropriadas para esta
finalidade. Aestanqueidade deve estar 100% garantida para impedir a penetração da nata
do cimentodurante a concretagem da peça estrutural, e o possível comprometimento da
protensãofutura.
A estanqueidade deve ser perseguida com rigor, inclusive, nos locais onde
devem serimplantados os bicos de injeção dos cabos com aderência posterior.
Os cabos e dispositivos de ancoragem já posicionados nos locais definitivos
devem serprotegidos contra intempéries e outros elementos nocivos.
O planejamento de obra deve minimizar os intervalos de tempo entre a
montagem dasarmaduras protendidas e a concretagem da peça, evitando exposição
prolongada das
armaduras, principalmente em regiões catalogadas como de agressividade atmosférica
superior.
6.3PROTENSÃO
Devem ser respeitadas todas as disposições constantes do anexo A da NBR
14931(6).Os serviços de protensão exigem mão-de-obra reconhecidamente capacitada.
As extremidades dos fios não devem ser lubrificadas para evitar
escorregamentos nas garrasdo macaco, quando da execução da protensão.
Os equipamentos devem estar calibrados no momento da protensão, os
certificados aferiçãodevem ser apresentados a fiscalização.
Todos os dispositivos necessários para a fixação dos cabos, cunhas, devem estar
disponíveise limpos no momento da execução da protensão.
No posicionamento dos macacos e eventuais dispositivos complementares
devem serobservados os procedimentos recomendados pelo fabricante. Não se deve
permitir apresença de terceiros atrás dos macacos durante a operação de protensão.
As cargas de protensão e os seus limites são as especificadas no projeto.
Devem ser feitas leituras do manômetro e dos correspondentes alongamentos
atingidos acada 5,0 MPa para montagem das planilhas de protensão. O alongamento
final, teórico, egeralmente fornecido, é um parâmetro comparativo regulador destas
atividades.
Cabos com traçado similar oferecem alongamentos médios proporcionais ao seu
comprimento. Este é um parâmetro comparativo útil para regular estas atividades.
O operador deve estar alerta para perceber quando o indicador manométrico
indica oalcance da carga limite, indicada em projeto, sem o correspondente
alongamento normal.
Esta situação indica a presença de cabos presos; os indicadores de carga aplicada
e oalongamento obtido fornecem subsídios para a determinação teórica da posição
provável doponto-preso.
Se esta situação ocorrer, a fiscalização deve ser informada para que sejam
executadas asanálises específicas da projetista para a qualificação da protensão.
Para eventuais avaliações da variação carga x alongamento, o módulo de
deformaçãolongitudinal do aço das cordoalhas deve ser tomado como Eo = 195 GPa.
Este valor,entretanto, deve ser substituído pelo valor fornecido pelo fabricante ou
quando atestado porensaios de laboratório.
6.3 INJEÇÃO DOS CABOS
Devem ser liberados para injeção cabos que atendam a:
- aferição de desvios absolutos da relação Fp x Along ≤ 5%;
- cabos liberados por instâncias superiores: fiscalização ou projetista.
Os cabos cravados e liberados devem ser injetados no prazo máximo de uma
semana.Imediatamente antes da injeção o cabo deve ser lavado através da injeção, sob
pressão, deágua potável.
A injeção é constituída por calda de cimento Portland, cuja composição deve ser
aprovadapreviamente pela fiscalização e atender aos seguintes indicadores médios:
a) indicadores:
- resistência a compressão: cilindros 5 m x 10 cm: Fck ≥ 25 MPa, aos 28 dias decura;
- fluidez: medida no cone Marsh;
- exsudação: regulamentação pela NBR 7683(7);
- retração, ASTM C 157(8): limitada a 2,80 mm/m aos 28 dias;
- expansão: medida em dispositivos graduados: no máximo 7% após 3 horas damistura;
- tempo máximo para término de pega: 24 horas;
- fator água/cimento máximo: 0,42 medido em kg;
- aditivos: vetados caso não sejam isentos de cloretos;
- aditivos aceitos, sob critério da fiscalização: fluidificantes, anti-segregadoresou
expansores. Mas a composição da mistura deve ser aprovada pelafiscalização;
- cimentos de alto-forno AF: são vetados para a composição da calda.
7 PROCESSO CONSTRUTIVO
As armaduras para concreto armado e concreto protendido devem ser
constituídas porbarras, cordoalhas, fios e telas de aço que atendam, em suas respectivas
categorias, àsregulamentações normativas da NBR 7480(1), NBR 7481(2), NBR
7482(3) e NBR 7483(4).
ANBR 6118(5) define as condições de utilização destes materiais em cada caso.
Além das armaduras são utilizados arames, espaçadores, pastilhas, bainhas e
dispositivos deancoragem para garantir o cobrimento, espaçamento e o posicionamento
das barras.
A executante deve receber os aços e efetuar inspeção rigorosa do material, verificando a
procedência, tipo e bitola. Deve ainda programar ensaios para comprovação estatística
de
qualidade, estocar e catalogar separadamente o material, por fornecedor, categoria e
bitola,em local protegido contra intempéries e contaminações.
É importante observar a homogeneidade geométrica do lote, linearidade das
barras,inexistência de bolhas, esfoliações, corrosão precoce, impurezas graxas e
argilosas eboletins comprobatórios das características físicas de resistência.
Os lotes que não atendam aos quesitos de qualidade devem ser rejeitados.
O tipo de bainha para envelopar as unidades de protensão, é normalmente
definida emprojeto. São metálicas, galvanizadas, corrugadas, flexíveis ou semi-rígidas,
e devem terdiâmetro compatível com cada cordoalha projetada. As características
prescritas para asbainhas devem ser confirmadas na inspeção de recebimento.
É vetado armazenamento em contato com o solo. Preferencialmente, o
armazenamento deveser realizado sobre plataformas de madeira, contínua ou não, 20
cm acima do solo, nivelado,e coberto com lona ou capa plástica impermeáveis.
As bainhas para abrigar unidades de protensão, fornecidas em rolos, devem ter
comprimentosuficiente para atender à montagem com o menor número possível de
emendas.
7.1 PREPARO DAS ARMADURAS PASSIVAS – CONCRETO ARMADO
As armaduras devem ser dobradas segundo orientação de projeto, catalogadas e
referenciadas por elemento estrutural, deve ser posicionada e estocada em local
protegido.
Os raios de dobramento devem atender às recomendações normativas definidas
na NBR6118(5).
A tolerância dimensional para posicionamento da armadura na seção transversal
deveobedecer ao disposto no item 9.2.4 da NBR 14931(6).
7.2 PREPARO DAS ARMADURAS ATIVAS – CONCRETO PROTENDIDO
Em qualquer situação as armaduras de protensão devem estar garantidas quanto
à
manutenção da sua integridade física até o instante da utilização. Este cuidado se
estende àpreservação das bainhas.
É vedada a proteção contra corrosão precoce das bainhas com a utilização de
óleos solúveis.
Os aços e bainhas, fornecidos em rolos, devem ser mantidos em área arejada e
coberta,protegida eficientemente contra intempéries, sobre cavaletes e devidamente
referenciadas.
Devem ser tomados os cuidados necessários relativos à segurança pessoal dos
operários nasatividades de remoção e transporte das barras ou rolos de bainhas ou aço.
Os açosfornecidos em rolos armazenam energia potencial e, quando liberados dos
fixadores,experimentam movimentações abruptas colocando em risco os operadores.
A bainha plástica de polietileno dos cabos não-aderentes, aplicação de protensão
externa,deve ser protegida contra danos físicos desde o recebimento, armazenamento,
transporte ecolocação.
8 MATERIAIS EMPREGADOS
O aço é aceito desde que as exigências das: NBR 7480(1), NBR 7481(2), NBR
7482(3), NBR7483(4), conforme o caso, sejam atendidas e devidamente atestadas por
certificados dosensaios realizados para cada lote amostrado.
9 MONTAGEM DA ARMADURA
A montagem das armaduras é aceita desde que todos os itens de controle tenham
sidoobservados e atendidos.
A concretagem da peça só pode ser liberada em função desta constatação.
10 ESTRUTURA METÁLICA
A construção de edifícios com estrutura metálica é coisa antiga no exterior,
principalmente nos EUA. Aqui no Brasil esta tecnologia começou a chegar para valer há
apenas alguns anos. Talvez por isto, alguns Arquitetos e Engenheiros acostumados com
estruturas de concreto armado têm dificuldade para se adaptar à estrutura metálica. Para
estes, mostraremos um pouco dos materiais utilizados em substituição às vigas, pilares e
lajes convencionais.
Nas construções com estrutura metálica a escolha do tipo de aço é feita em
função de aspectos ligados a:
• Meio ambiente onde as estruturas se localizam,
• Previsão do comportamento estrutural de suas partes, devido à geometria e aos
esforços solicitantes.
• Meio industrial com atmosfera agressiva à estrutura,
• Proximidade de orla marítima, e
• Manutenção necessária e disponível ao longo do tempo
Os fatores acima influenciam a escolha de diversas maneiras. Por exemplo,
condições ambientais adversas exigem aços de alta resistência à corrosão. Por outro
lado, peças comprimidas com elevado índice de esbeltez ou peças fletidas em que a
deformação (flecha) é fator preponderante são casos típicos de utilização de aços de
média resistência mecânica. No caso de peças com baixa esbeltez e onde a deformação
não é importante, fica mais econômica a utilização dos aços de alta resistência.
Os aços estruturais utilizados no Brasil são produzidos segundo normas
estrangeiras (especialmente a ASTM (American Society for TestingandMaterials) e
DIN (Deutsche Industrie Normen) ou fornecidos segundo denominação dos próprios
fabricantes. Assim, os aços disponíveis por aqui estão listados na tabela abaixo:
Aços de média resistência para uso geral
Descrição Material
Perfis, chapas e barras
redondas acima de 50 mmASTM A- 36
Chapas finas ASTM A-570 e SAE 1020
Barras redondas (6 a 50 mm) SAE 1020
Tubos redondos sem costura DIN 2448, ASTM A-53 grau B
Tubos quadrados e
retangulares, com e sem
costura
DIN 17100
Aços estruturais, baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, média resistência
mecânica
Chapas USI-SAC 41 (USIMINAS)
ChapasAço estrutural com limite de escoamento de 245 MPa
(COSIPA)
Aços estruturais, baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, alta resistência
mecânica
Chapas
ASTM A-242, ASTM A-588 COS-AR-COR
(COSIPA), USI-SAC-50 (USIMINAS) e NIOCOR
(CSN)
Perfis ASTM A-242, A-588 (COFAVI)
Claro que há casos específicos, mas de maneira geral pode-se dizer que os perfis
de aço utilizados na construção de edifícios de andares múltiplos são os mesmos
empregados na construção de galpões e outras estruturas.
10.1 PERFIS PARA COLUNAS
As colunas de edifícios são dimensionadas fundamentalmente à compressão. São
utilizados então perfis que possuam inércia significativa também em relação ao eixo de
menor inércia, como é o caso dos perfis “H” que têm largura da mesa, igual ou próxima
à altura da seção. A figura abaixo mostra alguns perfis utilizados como colunas:
10.2 PERFIS PARA VIGAS
Os perfis de aço utilizados nas vigas dos edifícios são dimensionados
pressupondo-se que terão a mesa superior travada pelas lajes. Neste conceito, as vigas
não estarão portanto sujeitas ao fenômeno da flambagem lateral com torção.
No caso de vigas bi-apoiadas, é comum usar vigas mistas onde o perfil em aço trabalha
solidário com a laje, obtendo-se uma solução mais econômica. A figura abaixo mostra o
funcionamento de algumas soluções para as vigas de estrutura metálica:
10.3 PERFIS PARA OS CONTRAVENTAMENTOS
As seções dos perfis para contraventamentos costumam ser leves. Sua escolha
leva em conta a esbeltez e a a resistência aos esforços normais. No caso de edifícios a
esbeltez das peças tracionadas principais é limitada a 240mm e das comprimidas
limitadas a 200mm. Os perfis comumente utilizados são os da figura abaixo>
11 LAJES DE PISO
As lajes deverão ser convenientemente ancoradas às mesas superiores das vigas,
através dos conectores (vide a seguir) para que façam parte da “viga mista”.
As soluções usuais para lajes, no caso de vigas mistas em edifícios de andares múltiplos,
são mostradas a seguir:
Laje fundida in-loco
É ainda a solução mais
econômica no país,
apresenta a desvantagem de
exigir formas e
cimbramentos durante a fase
de cura.
Laje com forma em
aço, incorporada
A laje é fundida in-loco
sobre forma de chapa de
aço conformada, capaz
de vencer os vãos entre
vigas, e que inclusive
passa a ser a ferragem
positiva da laje. É um sistema que tem vantagem de prescindir, em boa parte dos casos,
de formas e escoras durante a cura, liberando dessa forma a área sob a laje para outros
trabalhos. Além disso, a seção transversal da forma abre espaço para passagem dos
dutos e cabos de utilidades.
Laje pré-moldada
Nesse caso o painel pré-
moldado de laje é
colocado diretamente
sobre a viga de aço sem
a necessidade de
escoramentos e com a
vantagem da liberação
imediata da área para
outros serviços. Esse sistema exige cuidado especial para a execução da ancoragem da
laje na mesa superior da viga de aço, com vistas ao funcionamento como viga mista.
Conectores
Os conectores têm a
função de transmitir os
esforços de cisalhamento
longitudinal entre a viga
de aço e a laje, no
funcionamento da viga
mista.
Dentre os vários tipos de conectores, os mais usados são o pino com cabeça e o perfil
“U”.
O item 6.4 da NBR 8800 (Conectores de cisalhamento) apresenta as resistências dos
conectores tipo pino com cabeça e perfil “U” e dá as diretrizes para o seu projeto e
instalação. A Figura ao lado ilustra os diversos tipos de conectores.
12 PAREDES
As paredes dos edifícios com estrutura metálica normalmente são de alvenaria,
construídas com tijolo furado ou com tijolo de concreto leve. Dependendo da finalidade
do edifício, as paredes internas são substituídas pelas paredes divisórias desmontáveis,
que conferem flexibilidade ao lay-out do andar.
As paredes externas
normalmente são o
resultado da combinação
de vários materiais, para
se obter o efeito
arquitetônico desejado.
Uma solução comum é a
utilização de alvenaria
com esquadria de aço ou
alumínio para as janelas.
Outra solução para as
paredes externas consiste
na utilização de painéis
pré-fabricados ou pré-
montados combinando
diversos materiais como
concreto, chapas em aço
pintadas, esquadrias de
aço e alumínio, vidro e
fibra de vidro, dentro da
solução arquitetônica
desejada.
13 VANTAGENS DO USO DO AÇO
O sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o sistema
construtivo convencional:
Liberdade no projeto de arquitetura - A tecnologia do aço confere aos arquitetos
total liberdade criadora, permitindo a elaboração de projetos arrojados e de
expressão arquitetônica marcante.
Maior área útil - As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais
esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor
aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante
principalmente em garagens.
Flexibilidade - A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos casos
onde há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança de
ocupação de edifícios. Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades
como água, ar condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc.
Compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é
perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto
vertical como horizontal, admitindo desde os mais convencionais (tijolos e
blocos, lajes moldadas in loco) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis
de concreto, painéis "drywall", etc).
Menor prazo de execução- A fabricação da estrutura em paralelo com a
execução das fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes de
serviços simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato da
montagem da estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode levar a
uma redução de até 40% no tempo de execução quando comparado com os
processos convencionais.
Racionalização de materiais e mão-de-obra- Numa obra, através de processos
convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A
estrutura metálica possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo com
que o desperdício seja sensivelmente reduzido.
Alívio de carga nas fundações - Por serem mais leves, as estruturas metálicas
podem reduzir em até 30% o custo das fundações.
Garantia de qualidade - A fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro de
uma indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao
cliente a garantia de uma obra com qualidade superior devido ao rígido controle
existente durante todo o processo industrial.
Antecipação do ganho - Em função da maior velocidade de execução da obra,
haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez
no retorno do capital investido.
Organização do canteiro de obras - Como a estrutura metálica é totalmente pré-
fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à ausência
de grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens, reduzindo
também o inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo com menor
geração de entulho, oferece ainda melhores condições de segurança ao
trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes na obra.
Reciclabilidade - O aço é 100% reciclável e as estruturas podem ser
desmontadas e reaproveitadas.
Preservação do meio ambiente - A estrutura metálica é menos agressiva ao
meio ambiente pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a
emissão de material particulado e poluição sonora geradas pelas serras e outros
equipamentos destinados a trabalhar a madeira.
Precisão construtiva - Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é medida
em centímetros, numa estrutura metálica a unidade empregada é o milímetro.
Isso garante uma estrutura perfeitamente aprumada e nivelada, facilitando
atividades como o assentamento de esquadrias, instalação de elevadores, bem
como redução no custo dos materiais de revestimento.
14 ASPECTOS DE PROJETO
14.1 DEFINIÇÃO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO
Estrutura metálica aparente ou revestida? Essa é a primeira decisão que o
arquiteto deve tomar ao trabalhar com estrutura de aço. Ao contrário do que muitos
possam pensar, a maior parte das obras em aço existentes no exterior são realizadas com
o aço revestido. Essa solução, que pode significar redução nos custos de pintura e
proteção contra incêndios, deve ser adotada quando o que importa são as inúmeras
vantagens do aço como material estrutural e não a "estética do aço". Cabe ao arquiteto
definir qual a solução mais adequada para cada obra. Nessa etapa do projeto é
interessante uma consulta a um calculista que poderá orientar sobre as melhores
alternativas.
14.2 DETALHAMENTO
É necessário um bom detalhamento do projeto estrutural que leve em conta
possíveis interferências com os projetos de instalações elétricas, hidráulicas, ar
condicionado, etc. e evitar improvisações no canteiro de obras. Independentemente do
tipo de aço e do esquema de pintura empregados, alguns cuidados básicos nas etapas de
projeto, fabricação e montagem da estrutura podem contribuir significativamente para
melhorar a resistência à corrosão:
Evitar regiões de empoçamento de água e deposição de resíduos;
Prever furos de drenagem em quantidade e tamanho suficiente;
Permitir a circulação de ar por todas as faces dos perfis para facilitar a secagem;
Garantir espaço suficiente e acesso para realização de manutenção (pintura,
etc.);
Impedir o contato direto de outros metais com o aço para evitar o fenômeno de
corrosão galvânica;
Evitar peças semi-enterradas ou semi-submersas.
14.3 LIGAÇÕES
Outro ponto importante na etapa de projeto, é a definição do sistema de ligação a
ser adotado entre os elementos que compõem a estrutura metálica como: vigas, pilares e
contraventamentos.
É fundamental que os elementos de ligação (chapas, parafusos, soldas, etc.)
apresentem resistência mecânica compatível com o aço utilizado na estrutura. A escolha
criteriosa entre um sistema de ligação soldado e/ou parafusado, pode significar uma
obra mais econômica e tornar a montagem mais rápida e funcional. Alguns aspectos são
importantes para essa escolha:
Condições de montagem no local da obra
Grau de dificuldade para fabricação da peça
Padronização das ligações
Se a intenção do projeto for deixar as estruturas aparentes, o desenho das
ligações assume uma importância maior. O formato, posição e quantidade de parafusos,
chapas de ligação e nervuras de enrijecimento, são alguns dos itens que podem ter um
forte apelo estético se convenientemente trabalhados pelo arquiteto em conjunto com o
engenheiro calculista.
14.3.1 LIGAÇÕES SOLDADAS
Para que se tenha um maior controle de qualidade, as ligações soldadas devem
ser executadas sempre que possível na fábrica. É o tipo de ligação ideal para união de
peças com geometria complicada.
Os processos de soldagem mais utilizados são a solda a arco elétrico, que pode
ser manual ou com eletrodo revestido e automática, com arco submerso. Quando a obra
empregar aços resistentes à corrosão atmosférica (família COS AR COR) deve-se
empregar eletrodos apropriados.
14.3.2 LIGAÇÕES PARAFUSADAS
As ligações parafusadas podem utilizar dois tipos de parafusos:
comuns: apresentam baixa resistência mecânica, sendo portanto utilizados em
ligações de peças secundárias como guarda-corpos, corrimãos, terças e outras
peças pouco solicitadas
alta resistência: são especificados para ligações de maior responsabilidade.
Devido à característica de alta resistência, as ligações geralmente tem um
número mais reduzido de parafusos, além de chapas de ligação menores.
É importante destacar que, quando a obra empregar aços resistentes à corrosão
atmosférica (família COS AR COR) deve-se empregar parafusos de aço com as mesmas
características.
Não é recomendada a utilização de parafusos e porcas galvanizados sem pintura
em estruturas de aço carbono comum ou resistentes à corrosão atmosférica. A diferença
de potencial eletroquímico entre o revestimento de zinco e o aço da estrutura pode
ocasionar uma corrosão acelerada da camada de zinco.
15. PESO DA ESTRUTURA
Para a elaboração de estimativas de custo, é necessário se conhecer o peso da
estrutura metálica. Apresentamos a seguir, para efeito ilustrativo, uma tabela com o
peso estimado da estrutura metálica em função dos diversos tipos de construção.