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TRABALHO E O FENÔMENO DA ALIENAÇÃO NA PRÁXIS SOCIAL
Marcela Carnaúba Pimentel 1
RESUMO
No decorrer deste texto apresentaremos o resultado de uma prévia investigação acerca trabalho e o fenômeno da alienação na práxis social, buscando compreendê-los em seus fundamentos ontológicos. Para o entendimento da categoria fundante do ser social recorreremos ao pensamento de Marx e de Lukács, pois entendemos que somente através da perspectiva ontológica é que se pode compreender esta categoria. Para a compreensão, mesmo que de forma preliminar, do fenômeno da alienação, que é considerada um complexo que pertence ao mundo dos homens e sempre relacionada à totalidade social, permaneceremos sob o ponto de vista ontológico do filósofo marxiano György Lukács. Palavras-chave: trabalho; alienação; capitalismo.
ABSTRACT
Throughout this text we will present there sult of a previous research work on the phenomenon of alienation in social praxis, trying to comprehend them in their ontological foundations. To understand the basic category of the social to the thinking of Marx and Lukács, as we understand that only through the ontological perspective is that you can understand this category. For understanding, even in a preliminary way, the phenomenon of alienation, which is considered a complex that belongs to the world of men and always related to the social totality, will remain under the ontological point of view of Marxist philosopher Gyorgy Lukács. Keywords: work; alienation; capitalism.
1 Estudante de Pós-graduação. Universidade Federal de Alagoas (UFAL). [email protected]
1 INTRODUÇÃO
Pretendemos através deste estudo, entender a categoria social do trabalho levando em
consideração o seu papel fundamental no cerne da sociabilidade humana, e sua relação com o
fenômeno da alienação, já que é através do trabalho que todo o desenvolvimento do ser social se
desdobra, não deixando de levar em consideração as suas especificidades e influências no
processo de produção e reprodução do capital. Daí a importância de nos determos primeiramente,
e principalmente, aos fundamentos, pois é a partir deles que todo o processo social de desenvolve.
2 TRABALHO – CATEGORIA FUNDANTE DO SER SOCIAL
Trabalho, de acordo com a concepção ontológica de Lukács, é a atividade humana que
modifica a natureza em materiais necessários à reprodução social, desta forma, é através dele que
se realiza o salto ontológico que torna a existência dos seres humanos, de fato, social, retirando-a
das determinações meramente biológicas. Sob esta premissa, não se tem existência social sem o
trabalho, vale ressaltar, que o trabalho faz parte de um conjunto de relações sociais, em que, além
dele, é composta pela fala e pela sociabilidade. O trabalho é a categoria fundante do ser social, e
neste sentido para Marx,
(...) é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes a sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar-se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida. Ao atuar, por meio desse movimento, sobre a Natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica ao mesmo tempo sua própria natureza. (...) Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem. (...) o que distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça, antes de construí-lo em cera. No fim do processo de trabalho obtém-se um resultado que já no início deste existiu na imaginação do trabalhador, e, portanto idealmente. (...) Ele apenas não efetua uma transformação da forma da matéria natural; realiza, ao mesmo tempo, na matéria natural seu objetivo, que ele sabe que determina como lei, a espécie e o modo de sua atividade e ao qual tem de subordinar a sua vontade. (1996, p.297-298).
Esta categoria social é um processo no qual o homem regula e controla o seu intercâmbio
com a natureza, por meio do movimento de sua corporalidade, com a finalidade de tornar esta
matéria natural em algo que possa ser útil a sua vida. Marx entende que atuando sobre a natureza
e modificando-a, o homem transforma também a si mesmo, porém, deve-se considerar o trabalho
como uma forma exclusivamente humana, já que o homem idealiza previamente – o que Lukács irá
denominar de prévia-ideação - as suas ações, ou seja, tudo o que vai ser construído na prática
antes é projetado na consciência. No entanto, esta prévia-ideação somente pode ser considerada
uma prévia-ideação se for efetivada na prática, ou seja, objetivada, se materializando em um
objeto.
O trabalho possui uma processualidade na qual, os seus simples elementos “são a
atividade orientada a um fim ou o trabalho mesmo, seu objeto e seus meios” (Marx, 1996, p.298),
desta forma, compreendendo-o como intercâmbio entre homem e natureza, o objeto de trabalho é
a natureza ou a natureza modificada, a matéria-prima. Sobre esta modificação da natureza em
valores de uso dentro deste processo, Marx nos diz:
No processo de trabalho a atividade do homem efetua, portanto, mediante o meio de trabalho, uma transformação do objeto de trabalho, pretendida desde o início. O processo extingue-se no produto. Seu produto é um valor de uso; uma matéria natural adaptada às necessidades humanas mediante transformação da forma. O trabalho se uniu com seu objetivo. O trabalho está objetivado e o objeto trabalhado. (...) Ele fiou e o produto é um fio. (1996, p.300) (...) O processo de trabalho como apresentamos em seus elementos simples e abstratos, é atividade orientada a um fim para produzir valores de uso, apropriação do natural para satisfazer as necessidades humanas, condição universal e eterna da vida humana e, portanto, independente de qualquer forma dessa vida, sendo antes igualmente comum a todas as suas formas sociais. (1996, p.303).
Marx reafirma, haja vista, o trabalho como a condição universal e eterna da vida humana,
enquanto fundamento do ser social e da práxis social, não considerando ainda a divisão social do
trabalho. O capitalismo vai apresentar uma forma distinta do trabalho, enquanto categoria fundante
do ser social, que é o trabalho abstrato, que tem como fim a produção de mais-valia, ou seja, o
lucro, submetendo às necessidades dos seres humanos as do capital, porém, “não cancela o fato
ontológico de que sem a transformação da natureza nos meios de produção e de subsistência
sequer o capital poderia existir”. (LESSA, 2007b, p. 195).
Para Marx o trabalhador produtivo é aquele que produz mais-valia, não somente
mercadoria, para o capitalista ou então à autovalorização do capital. A busca pelo lucro, realizada
pelo capitalista, independente de como o obtenha, é a expressão alienada da vida sob o julgo do
capital, alienação esta que esconde a condição fundamental para a acumulação de riqueza, o
trabalho do proletário. Quando o trabalho satisfaz as necessidades dos homens através do
consumo de mercadorias, ele deixa de atender as necessidades humanas para satisfazer as
necessidades de reprodução deste sistema.
Nesta relação reside boa parte da essência do antagonismo entre capital e o homem, que
é considerado ontologicamente a base para a possibilidade histórica de uma revolução, porém,
não uma revolução qualquer, mas a da classe trabalhadora. Reconhecer o trabalho como categoria
fundante do ser social está na “base da proposta marxiana da superação do trabalho abstrato por
uma sociedade de ‘produtores livres associados’”, eliminando a sociabilidade burguesa e o seu
caráter desumano e alienado expressados nas relações de produção e na práxis social como um
todo.
3 FUNDAMENTO ONTOLÓGICO DA ALIENAÇÃO
A alienação, para Lukács, “é um fenômeno exclusivamente histórico-social, que se
apresenta em determinada altura do desenvolvimento existente, a partir desse momento, assume
na história formas sempre diferentes, cada vez mais claras” (p.559), ele confere a esta categoria
um caráter de historicidade, sua constituição não tem nenhuma relação com uma condition
humaine geral, e tão pouco possui uma universalidade cósmica. Desta forma, para Lukács a
alienação é uma categoria que possui formas diferenciadas de se expressar de acordo com
situações postas historicamente. Este fenômeno em sua essência concreta pode ser delineado da
seguinte maneira:
o desenvolvimento das forças produtivas é necessariamente também o desenvolvimento das capacidades humanas, mas – e aqui emerge plasticamente o problema da alienação – o desenvolvimento das capacidades humanas não produz obrigatoriamente aquele da personalidade humana. Ao contrário: justamente potencializando capacidades singulares, pode desfigurar, aviltar, etc., a personalidade do homem. (LUKÁCS, 1981, p. 563).
O desenvolvimento das forças produtivas, determinadas historicamente, que provoca, por
conseguinte o desenvolvimento das capacidades humanas torna-se um obstáculo ao
desenvolvimento da personalidade humana, e daí surge o problema da alienação, sendo esta a
base das mais variadas maneiras de se apresentar a categoria em questão. Segundo Lukács, o
próprio Marx fez referência a esta problemática em Teorias sobre a mais valia, em que ele visualiza
“a totalidade do desenvolvimento na sua inteireza histórica”, sendo assim,
Não se compreende que este desenvolvimento das capacidades da espécie homem. Ainda que se realize primeiramente às custas do maior número de indivíduos humanos e de todas as classes humanas, parta, enfim, deste antagonismo e coincida com o desenvolvimento do indivíduo singular, que, portanto, o mais alto desenvolvimento do indivíduo singular seja obtido somente através de um processo histórico no qual os indivíduos são sacrificados”.(1981, 562).
Nas mais diversas fases do desenvolvimento, as alienações possuem formas e conteúdos
diferenciados, tendo a contradição entre desenvolvimento das capacidades humanas e o
desenvolvimento da personalidade como fundamento destes vários modos de se apresentar. Desta
forma, quanto mais desenvolvida são as forças produtivas, mais intensificados se tornam os
fenômenos da alienação. Basta analisar como o desenvolvimento econômico ao mesmo tempo em
que proporciona um crescimento aos indivíduos, produz uma desumanidade em graus elevados,
comparando-se a outros estádios históricos.
Ao mesmo tempo em que o homem no capitalismo torna-se puramente social, já que o
caráter natural das relações sociais tende a desaparecer2, leva-o também, devido as suas
contradições, a um retorno ao ser natural, os indivíduos agem instintivamente como, por exemplo,
na nutrição3 o apetite é um movimento social e a fome é fisiológica, e na sexualidade, que nada
mais é que a relação do homem com outro homem, ou seja, uma relação genérico-natural. No
modo de produção capitalista, as alienações possuem uma ligação com as relações de exploração,
o trabalhador torna-se prisioneiro de seu trabalho, apesar do alto nível de sociabilidade alcançado
por ele modelo econômico, o capitalismo necessita de uma massa trabalhadora alienada para a
acumulação de riqueza e sua reprodução, portanto,
(...) o domínio do grande capital funcionará com obstáculos tanto maiores quanto mais a alienação tenha permeado toda a vida interior do operário. Por esta razão, quanto mais se desenvolve o aparato ideológico do capitalismo, tanto mais resolutamente tende a fixar com firmeza nos indivíduos tais formas de alienação (...). (1981, p.610).
Dentro de todo este processo, Lukács entende que a alienação é um dos fenômenos
sociais mais nitidamente centrados no indivíduo, e para que se possa compreendê-la é preciso ter
em mente que apesar de, primeiramente, se manifestar individualmente, e que a decisão
alternativa individual faça parte da sua essência, o seu ser-precisamente-assim é um fato social,
mediado por múltiplas interrelações4, logo, quando a alienação atinge um homem na sua
individualidade, mas este fenômeno se torna social, genérico.
Sendo o fenômeno da alienação uma desumanização posta socialmente, sob a regência
do capital, que para Lukács é uma alienação peculiar, visto que o capital é uma criação dos
homens que os escraviza, ou seja, é uma afirmação humana da não-humanidade, diferentemente
das outras formas de alienação, a sua superação se dá somente historicamente com o fim da
sociabilidade burguesa. A existência humana diante do capital “é reduzida à sua faceta menos
humana: ou ser mero cofre para acumular capital ou, então, ser banido da civilização humana
reduzindo-se à disputa de um pedaço de pão”. (LESSA, 2007a, p.130).
2 Lessa, 2007, p. 158. 3 É um tipo de alienação da sensibilidade humana. 4 Lukács, 1981, p.567
4 RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E ALIENAÇÃO
Como já foi mencionada anteriormente, a categoria do trabalho – que contém uma
dimensão genérica – funda o ser social diferenciando-o da natureza, ou seja, é por meio do ato do
trabalho que os homens adquirem a capacidade de “construir um ambiente e uma história cada vez
mais determinada pelos atos humanos e cada vez menos determinadas pelas leis naturais”
(LESSA, 2007a, p.81), funda, desta forma, o devir-humano dos homens. Para Lukács, a história do
ser social é um processo no qual as formações sociais vão tornando-se cada vez mais complexas,
sendo assim, as relações sociais crescem e se diversificam com a complexificação destas
formações sociais. Sobre o desenvolvimento da sociabilidade, fundado pelo trabalho, Sérgio Lessa
nos diz:
Com o desenvolvimento do processo de socialização, de modo cada vez mais evidente, o gênero humano passa a exibir determinações que nem na imediaticidade se aproximam do gênero apenas natural. A vida de cada indivíduo é crescentemente dependente da vida dos outros seres humanos (...) nossas vidas estão tão articuladas com a do gênero humano que a trajetória deste último determina, em larga escala, o destino de cada indivíduo. (2007a, p.83)
Com o distanciamento do homem do mundo natural, e, por conseguinte, o
desenvolvimento das formações sociais e a complexificação das relações sociais, o indivíduo
torna-se dependente das ações dos outros, a vida dos seres humanos fica tão entrelaçada e ligada
à totalidade dos indivíduos, que seu destino está conectado aos caminhos seguidos pelo gênero
humano. Dentro deste desenvolvimento da práxis social, impulsionado pelo surgimento do
trabalho, outras categorias sociais surgem e de alguma maneira estarão interligadas entre si, como
é o caso da alienação, porém, não perdendo de vista a categoria originária do ser social enquanto
um complexo de complexos.
Na divisão analítica realizada por Lukács na categoria do trabalho, podemos encontrar a
objetivação, que a modificação do objeto de trabalho em valor de uso, e a exteriorização, que está
relacionada ao momento positivo em que o homem tem a capacidade de construir o ser social.
Porém, o autor tem clareza de que as objetivações/exteriorizações nem sempre possuem um valor
positivo diante do desenvolvimento da generidade humana, onde “algumas das objetivações, em
momentos históricos determinados, podem se transformar (...) em obstáculos ao desenvolvimento
da humanidade.(...) se transmutam em negação à essência humana, em expressão da
desumanidade criada pelo próprio homem.”5 Estes momentos de negação tornam-se barreiras ao
desenvolvimento da personalidade humana, dando origem a categoria da alienação (Entfremdung).
5 LESSA, 2007a, p. 125.
O fenômeno da alienação é exclusivamente histórico-social, possuindo, no decorrer
da história formas diferenciada. A antítese dialética que fundamenta a alienação está no fato de que
o desenvolvimento das forças produtivas conduz o desenvolvimento das capacidades humanas,
porém este desenvolvimento das capacidades humanas torna-se um obstáculo ao devir da
personalidade humana. Por ser a alienação6 é um fenômeno de caráter histórico-social, o seu
desenvolvimento não é uma exclusividade do capitalismo, este fenômeno é anterior ao capital,
todavia o forte desenvolvimento das forças produtivas imposto por este modo de produção torna
esta categoria do ser social mais intensa que nas demais fases da história dos homens.
A sociabilidade burguesa precisa do trabalho alienado, que no capital vai se distinguir da
categoria fundante do ser social transformando-se em trabalho abstrato, submetendo as
necessidades humanas às necessidades de produção e reprodução do sistema, para o processo de
acumulação de riqueza, pois é através da exploração da força de trabalho da classe trabalhadora e
do seu não reconhecimento enquanto homem dentro deste processo, que o capitalismo acumula e
se reproduz. Para Lukács, segundo Holanda, "o capitalismo introduz modificações significativas na
esfera das alienações, pois, ao contrário dos modos de produção anteriores, nele as tendências
alienantes operam não apenas no resultado, mas também no próprio ato de produção.” (2002, p.07)
Todos os complexos – reprodução, ideologia e alienação – que fazem parte da práxis social
se desdobram da categoria fundante do ser social, ou seja, do trabalho. É por meio desta categoria
fundamental que o homem pode formar a sua personalidade, enquanto indivíduo singular, porém
articulado à totalidade social e se desenvolver socialmente, porém no modo de produção capitalista
– na forma da divisão do trabalho –, apesar do desenvolvimento das capacidades humanas e de,
segundo Lukács, se desenvolverem relações sociais puras, que a atividade humana transforma-se
em trabalho abstrato e alienado, em que o homem torna-se refém de sua própria criação.
5 CONCLUSÃO
Diante do exposto, compreende-se serem estes os fundamentos que permeiam a categoria
do trabalho e o fenômeno da alienação, assim como, que a relação existente entre estas categorias
sociais esteja centrada no fato do trabalho ser a categoria originária, donde todos os demais
6 As primeiras alienações de que a humanidade tem conhecimento, isto é, aquelas próprias do homem primitivo, brotam espontaneamente das proximidades das barreiras naturais e, como tal, do baixo nível de desenvolvimento das forças produtivas. A partir das sociedades de classe esse fenômeno vai sendo cada vez mais intensamente mediado, principalmente no capitalismo onde, segundo Lukács, desenvolvem-se relações sociais puras. (HOLANDA, 2002, p.04).
complexos se desenvolvem. A essência concreta das alienações se expressa na contradição entre
o desenvolvimento das forças produtivas e o aviltamento da personalidade dos homens, tendo sua
gênese no interior do processo de objetivação/exteriorização. Este processo ocorre independente
do modelo econômico na qual esteja inserida ( a alienação), a diferença está apenas na intensidade
e nas formas apresentadas em cada momento determinado historicamente.
Todo o desenvolvimento da sociabilidade humana parte do salto ontológico fundado pelo
trabalho, porém todos os complexos se intensificam no capitalismo, e o trabalho neste modo de
produção não mais atende as necessidades humanas transformando objeto de trabalho em valores
de uso, porém, apesar de em muitos momentos continuarem a modificar o objeto de trabalho em
algo útil, o trabalho (abstrato) se submete as exigências do capital. Nesta relação homem torna-se
escravo daquilo que produziu.
.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOLANDA, Maria Norma A. B de. Lukács e a crítica ao capitalismo: a alienação na Ontologia.
2002, Mineo.
LESSA, Sérgio. Para Compreender a Ontologia de Lukács. 3 ed. Ijuí, Ed. Unijuí, 2007a.
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LUKÁCS, Georg. Per I’ ontologia dell’essere sociale. Trad. Italiana de Alberto Scarponi, Roma,
Riuniti, 1976-1981.
MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política, Livro Primeiro Tomo 1. Trad. Regis Barbosa &
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