Trabalho e Saúde _ Contribuições Da Psicodinâmica Do Trabalho Para a Saúde de Trabalhadores

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  • Trabalho e sade

    CONTRIBUIES DA PSICODINMICA DO TRABALHO PARA A SADE DE TRABALHADORES

    Anlise psicodinmica do trabalho

    24 JUNEntenda como se constitui o mtodo clnico de investigao e interveo proposto pela Psicodinmica doTrabalho:

    O mtodo preconizado em Psicodinmica do Trabalho construdo a partir de uma srie de etapas queservem de norteadores para o trabalho de campo (DEJOURS, 1992, 2000). Apesar dessas etapas seremfundamentais para o alcance dos objetivos propostos por essa vertente, entendemos que cada enquete ecada situao de trabalho peculiar e envolver algumas adaptaes, que, no entanto, no devemcomprometer a integridade do mtodo. Descrevemos a seguir um resumo das principais etapas previstasnesse mtodo que j foi exaustivamente descrito em portugus no anexo constante do livro a Loucura doTrabalho (DEJOURS, 1987):

    1) A construo do estudo: a pr-enquete

    Para a construo do estudo, parte-se de dois pressupostos essenciais: o voluntariado dos participantes ea concordncia da instituio para a realizao da enquete. Uma vez isso acordado, constitui-se umgrupo denominado grupo de pilotagem ou grupo gestor, composto pela equipe de pesquisadores, portrabalhadores e por funcionrios ligados direo da instituio estudada, que se encarregar deorganizar a enquete, reunindo-se periodicamente, visando o entrosamento dos envolvidos, conhecermelhor o setor-alvo, estabelecer estratgias para a interveno etc.

    Essa fase caracteriza-se por criar condies objetivas para a realizao da pesquisa, apresentar e difundiros princpios da Psicodinmica do Trabalho e da enquete entre os trabalhadores, identificandovoluntrios interessados em participar das demais etapas, e organizar os grupos.

    2) A enquete

    A enquete constitui-se das discusses grupais propriamente ditas que ocorrero em intervalos quedependero das possibilidades do servio em disponibilizar o conjunto dos trabalhadores durante operodo de trabalho.

    O propsito dos grupos o de desencadear uma reflexo e uma ao transformadora. Esta comea assimque a pesquisa iniciada, isto porque entendemos que a demanda j uma ao. Nessa fase, procura-secriar um espao coletivo de discusso que favorea a verbalizao dos trabalhadores. Os pesquisadoresestaro atentos ao contedo das falas, ao que objeto de consenso, s discusses contraditrias, quiloque emerge espontaneamente ou no, ao que dito ou omitido em relao a certos temas e scaractersticas da organizao do trabalho. Buscar-se-, tambm, detectar relaes e expresses desofrimento e/ou de prazer no trabalho. Essa fase subdividida em quatro etapas: anlise da demanda,anlise do material da enquete, observao clnica e interpretao.

    a) Anlise da demanda

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  • A Psicodinmica do Trabalho parte de uma demanda expressa. No entanto, a demanda que gera ainterveno, por vezes proposta pela direo das empresas ou chefias, nem sempre a mesma expressapelos trabalhadores. Nessa etapa, busca-se compreender a demanda do grupo que participa do estudo,tendo como base alguns princpios: entender quem formula a demanda; o que se solicita e a quem ademanda dirigida. Essa reconfigurao da demanda nortear toda a construo de hipteses einterpretaes a serem formuladas pelos pesquisadores durante o desenvolvimento dos grupos.

    b) Anlise do material da enquete

    O material da enquete o resultado das vivncias subjetivas expressas pelo grupo de trabalhadoresdurante os encontros. Esse material apreendido a partir das palavras e do contexto no qual elas soditas, das hipteses sobre os porqus, de como estabelecem as relaes com o trabalho, enfim, daformulao que os trabalhadores fazem da sua prpria situao de trabalho.

    c) A observao clnica

    Nessa fase, os pesquisadores buscam registrar o movimento que ocorre entre o grupo de trabalhadores eo de pesquisadores. Trata-se no somente de resgatar os comentrios dos trabalhadores ditos em cadasesso, mas tambm de articul-los e ilustr-los, para facilitar a compreenso destes quanto dinmicaespecfica da pesquisa. No se trata de resumo do contedo das sesses, mas de fazer aparecer idias ecomentrios, interpretaes, mesmo que provisoriamente formuladas. um trabalho, ento, que consisteem evidenciar e explicitar a trajetria do pensamento dos pesquisadores que conduzem os grupos.

    d) A interpretao

    Nessa fase, tendo como base e como pano de fundo a anlise da demanda, do material da enquete e aobservao clnica, os pesquisadores formularo e identificaro os elementos subjetivos surgidos duranteas sesses, buscando dar um sentido a estes. Conceitos tericos, como sofrimento e prazer no trabalho,mecanismos de reconhecimento e cooperao e estratgias coletivas de defesa, so ferramentas quepermitem dar sentido e explicao ao material produzido durante os grupos.

    3) Validao e refutao

    Ao longo das sesses, buscar-se-, a partir das elaboraes, interpretaes, hipteses, temas ecomentrios registrados durante cada encontro, formar um relatrio, que ser discutido com ostrabalhadores. Seu contedo ser, ao longo das discusses, validado, refutado ou retomado. Somenteaps essa fase, ser constitudo o relatrio final, que ser apresentado instituio e aos demaistrabalhadores. Os demais participantes no tero conhecimento do contedo deste material at o final daenquete, quando ser fornecido o relatrio definitivo.

    O relatrio tambm visa favorecer a reapropriao do material da pesquisa (produzido em conjunto, apartir da reflexo dos participantes no-pesquisadores), reelaborao do saber frente s situaes detrabalho e sua modificao. Nesse sentido, trata-se de um processo interativo de apresentao dasinterpretaes dos pesquisadores, validao da anlise, dos resultados e das concluses da intervenoentre pesquisadores e participantes da pesquisa/interveno.

    4) Validao ampliada

    Esse relatrio final ser discutido com o conjunto dos trabalhadores que no participaram diretamente dapesquisa e com a direo da instituio, para difundir as interpretaes elaboradas no relatrio de cadagrupo.

    Retirado de:

    Heloani, R. & Lancman, S. (2004). Psicodinmica do trabalho: o mtodo clnico de interveno einvestigao. Prod, 14 (3), pp. 77-86 .

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  • Disponvel em:

  • considere os aspectos subjetivos do trabalho e a sua centralidade enquanto elemento constituidor doindivduo e da sua identidade.

    Uma das descobertas mais importantes realizadas pela teoria dejouriana foi a constatao de que osindivduos desenvolvem mecanismos de defesa individuais e coletivos para fazer frente ao sofrimento eaos constrangimentos ligados ao trabalho. O adoecimento de um ou de vrios indivduos fragiliza essesmecanismos e desestabiliza o grupo, pois evidencia o carter patologizante do trabalho, o que leva osprprios trabalhadores a discriminarem e responsabilizarem o indivduo que adoeceu como fraco, oupior, como simulador de adoecimento. Isso ocorre para que possam suportar o medo ante os riscos a queesto expostos.

    Esse tipo de mecanismo tem tambm um aspecto coercitivo que leva os trabalhadores a desenvolveremestratgias coletivas de silncio de no poder fazer nada pelo sofrimento alheio e ao individualismo.Para se tocar nessa questo preciso considerar os processos sociais e psquicos envolvidos, opreconceito e a discriminao dos sujeitos que j tiveram algum comprometimento fsico ou mental eprecisaram ser realocados. necessrio compreender o indivduo enquanto ser social e, ao mesmotempo, singular, portador de caractersticas nicas, com uma inteligncia particular para realizar seutrabalho e com um jeito e ritmo prprios.

    As prticas de tratamento e reabilitao devem proporcionar ao trabalhador no somente a tomada deconscincia, mas tambm uma instrumentalizao que permita mudar sua relao com o trabalho,transformando o processo de tratamento em um processo de participao ativa e em uma aotransformadora.

    A reintegrao dos trabalhadores com restrio laboral passa, ainda, por relaes subjetivas, pelasquestes da sub ou hiper utilizao das capacidades psquicas, cognitivas e fsicas dos trabalhadores nosnovos postos de trabalho, por uma mudana de identidade, pelas relaes com os demais trabalhadoresque devero assumir tarefas que os restritos no podem realizar etc. Enfim, estamos diante de umcampo complexo e inovador. Acreditamos que ainda h muito o que desenvolver, tanto do ponto de vistaterico quanto do metodolgico. Considerar a complexidade dos aspectos apontados, tanto emintervenes em postos de trabalho e tratamento de acometidos por adoecimentos ligados ao trabalho,quanto na readaptao ao trabalho dos portadores de restries laborais, um novo desafio aostrabalhadores que se interessem por esse campo.

    Retirado de:

    Lancman, S. & Uchida, S. (2003). Trabalho e subjetividade: o olhar da psicodinmica do trabalho. Cad.psicol.soc. trab., 6, 79-90.

    Disponvel em:

  • (Mais um) Suicdio na France Tlcom

    24 JUNUm funcionrio da France Tlcom imolou-se, suicidando-se. O funcionrio, de 57 anos, trabalhava nacompanhia h 30 anos. Empresa tem enfrentado uma onda de suicdios.

    A morte de mais um funcionrio da France Tlcom, esta tera-feira [26 de abril de 2011], em Mrignac,prximo de Bordeaux, vem aumentar o nmeros de suicdios da empresa francesa de telecomunicaes.Entre 2008 e 2009, ocorreram 32 suicdios, tendo existido mais 25 apenas no ano passado, segundo osnmeros dos sindicatos.

    De acordo com as declaraes de um representante do sindicato ao jornal Le Monde, o suicdio destefuncionrio estaria ligado s condies de trabalho. Empregado na France Tlcom h 30 anos, ofuncionrio no ter aguentado as constantes mudanas de locais de trabalho, ocorridas nos ltimostempos.

    O funcionrio trabalhava no sector da preveno de acidentes num centro de atendimento telefnicopara os clientes empresariais.

    Onda de suicdios

    Aps a privatizao da empresa em 2004, a direco da France Tlcom iniciou, em 2006, um plano queprevia a demisso de 22 mil pessoas em trs anos e a transferncia obrigatria de funcionrios paraoutras funes e, mesmo, outras reas geogrficas.

    Assim que foi conhecido o plano da administrao da empresa, uma onda de suicdios levou a FranceTlcom a implementar medidas para melhorar as condies de trabalho.

    De acordo com os sindicalistas, este suicdio vem demonstrar o total colapso do plano da empresa e adegradao das condies de trabalho a que estes funcionrios esto sujeitos.

    Fonte:

    Dirio Liberdade [ hp://www.diarioliberdade.org (hp://www.diarioliberdade.org) ]

    Deixe um comentrioPublicado por trabalhoesaude em 24 de junho de 2011 em Notcias sobre adoecimento no trabalho

    Especialista fala sobre suicdio e depresso no trabalho

    24 JUN

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  • Data: 02/02/2010 / Fonte: Pblico.PTIlustrao: Beto Soares/Revista ProteoPortugal Nos ltimos anos,trs ferramentas de gesto estiveram na base de uma transformao radical da maneira comotrabalhamos: a avaliao individual do desempenho, a exigncia de qualidade total e o outsourcing. Ofenmeno gerou doenas mentais ligadas ao trabalho. Christophe Dejours, especialista na matria,desmonta a espiral de solido e de desespero que pode levar ao suicdio.Psiquiatra, psicanalista e professor no Conservatoire National des Arts et Mtiers, em Paris, ChristopheDejours dirige ali o Laboratrio de Psicologia do Trabalho e da Aco uma das raras equipas no mundoque estuda a relao entre trabalho e doena mental. Esteve h dias em Lisboa, onde tratou dosofrimento no trabalho. No apenas do sofrimento enquanto gerador de patologias mentais ou deesgotamentos, mas sobretudo enquanto base para a realizao pessoal. No h trabalho vivo semsofrimento, sem afeto, sem envolvimento pessoal, explicou. o sofrimento que mobiliza a inteligncia eguia a intuio no trabalho, que permite chegar soluo que se procura.Claro que no outro extremo da escala, nas condies de injustia ou de assdio que hoje em dia se vivempor vezes nas empresas, h um tipo de sofrimento no trabalho que conduz ao isolamento, ao desespero, depresso. No seu ltimo livro, publicado h alguns meses em Frana e intitulado Suicide et Travail:Que Faire? , Dejours aborda especificamente a questo do suicdio no trabalho, que se tornou muitomiditica com os suicdios verificados recentemente na France Tlcom.Depois da conferncia, o mdico e cientista falou sobre as causas laborais desses gestos extremos,trgicos e irreversveis. Mais geralmente, explicou como a destruio pelos gestores dos elos sociais notrabalho nos fragiliza a todos perante a doena mental.

    O suicdio ligado ao trabalho um fenmeno novo?

    O que muito novo a emergncia de suicdios e de tentativas de suicdio no prprio local de trabalho.Apareceu na Frana h apenas 12, 13 anos. E no s na Frana as primeiras investigaes foram feitasna Blgica, nas linhas de montagem de automveis alemes. um fenmeno que atinge todos os pasesocidentais. O fato de as pessoas irem suicidar-se no local de trabalho tem obviamente um significado. uma mensagem extremamente brutal, a pior que se possa imaginar mas no uma chantagem, porqueessas pessoas no ganham nada com o seu suicdio. dirigida comunidade de trabalho, aos colegas, aochefe, aos subalternos, empresa. Toda a questo reside em descodificar essa mensagem.

    Afeta certas categorias de trabalhadores mais do que outras?

    Na minha experincia, h suicdios em todas as categorias nas linhas de montagem, entre os quadrossuperiores das telecomunicaes, entre os bancrios, nos trabalhadores dos servios, nas atividadesindustriais, na agricultura. No passado, no havia suicdios ligados ao trabalho na indstria. Eram os

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  • agricultores que se suicidavam por causa do trabalho os assalariados agrcolas e os pequenosproprietrios cuja actividade tinha sido destruda pela concorrncia das grandes exploraes. Ainda hsuicdios no mundo agrcola.Confira a entrevista na ntegra, clicando aqui (hOp://www.publico.clix.pt/Sociedade/um-suicidio-no-trabalho-e-uma-mensagem-brutal_1420732).

    Fonte:

    Revista Proteo [ hp://protecaoeventos.com.br/site/content/home/ (hp://protecaoeventos.com.br/site/content/home/) ]

    Deixe um comentrioPublicado por trabalhoesaude em 24 de junho de 2011 em Notcias sobre adoecimento no trabalho

    Psicopatologia do Trabalho: definio

    24 JUNEste campo enfatiza o papel das defesas adotadas pelos trabalhadores como mecanismos de manutenodo equilbrio psquico. Elege como categoria de anlise o sofrimento mental, distanciando-se, assim, dasconcepes tericas que tm por referencial perfis psicopatolgicos baseados na nosologia psiquitrica.Distancia-se, ainda, de concepes que adotam o referencial da medicina ocupacional e que relacionamriscos s doenas psquicas especficas.

    O sofrimento do trabalho se expressa, de acordo com a presente perspectiva, atravs de sentimentos deinsatisfao e ansiedade, derivados da falta de significado do contedo do trabalho para o sujeito, dafadiga, do contedo ergonmico e das cargas de trabalho. H uma importante distino entre ainsatisfao gerada pelo contedo ergonmico (relacionado com a falta de adequao do contedo saptides e necessidades do trabalhador) e aquela gerada pelo contedo significativo do trabalho (ousimblico), a qual engendra um sofrimento cujo impacto mental.

    Referncia bibliogrfica:

    Fernandes, J. D. e cols. (2006). Sade mental e trabalho: significados e limites de modelos tericos. Rev.Latino-Am. Enfermagem, 14 (5), 803-811.

    Deixe um comentrioPublicado por trabalhoesaude em 24 de junho de 2011 em Psicopatologia do Trabalho

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  • Psicodinmica do trabalho: definio

    24 JUNDe acordo com Dejours (2004), a psicodinmica do trabalho uma disciplina clnica que se apia nadescrio e no conhecimento das relaes entre trabalho e sade mental; (), uma disciplina tericaque se esfora para inscrever os resultados da investigao clnica da relao com o trabalho numa teoriado sujeito que engloba, ao mesmo tempo, a psicanlise e a teoria social (p. 28).

    Tem como ponto central a relao entre sujeito e a organizao do trabalho como determinante dosofrimento mental; j a liberdade do trabalhador condio necessria estabilidade psicossomtica.Para Dejours (1992), a carga psquica do trabalho aumentada quando a liberdade de organizao dotrabalho sofre uma diminuio. Quando no h mais uma possibilidade de organizar o trabalho por partedo trabalhador, tem-se ento o domnio do sofrimento.

    O sofrimento, ento, passa a designar o campo que separa a doena da sade. Existe s vezes, entre ohomem e a organizao prescrita para a realizao do trabalho, um espao de liberdade que autorizauma negociao, invenes e aes de modulao do modo operatrio, isto , uma inveno do operadorsobre a prpria organizao do trabalho, para adapt-la as suas necessidades e mesmo para torn-la maiscongruente com seu desejo. Logo que esta negociao conduzida a seu ltimo limite, e que a relaohomem-organizao do trabalho fica bloqueada, comea o domnio do sofrimento e da luta contra osofrimento. Segundo Dejours (1992), se no h espao pblico para a negociao, comea o sofrimento.

    A organizao do trabalho vista, antes de mais nada, como uma relao socialmente construda e nosomente em sua dimenso tecnolgica. Mas a organizao do trabalho , de certa forma, a vontade deoutro. Ela primeiramente a diviso do trabalho recortando o contedo da tarefa e as relaes humanas.A Psicodinmica do Trabalho se apia ento, em dois pontos principais: as relaes sociais do trabalho edo sofrimento no trabalho.

    Neste sentido, a pesquisa em Psicodinmica do Trabalho se desenvolve penetrando no campo davivncia subjetiva, do sofrimento e do prazer no trabalho. Ao privilegiar na anlise das vivnciassubjetivas as articulaes do singular e do coletivo, o individualismo perde sua fora socialmenteconstituda. A questo principal na pesquisa em Psicodinmica do trabalho a demanda dostrabalhadores que participaro, a investigao, a anlise e a interpretao do material de pesquisa, j que,conforme postulam Dejours, Abdoucheli e Jaynet (1994), para chegar ao sofrimento preciso passar pelapalavra dos trabalhadores.

    A pesquisa em Psicodinmica do Trabalho possibilita aos sujeitos avanarem em suas interpretaes daorganizao do trabalho. na elaborao que existe uma anlise mais precisa das condies de trabalho euma melhor condio de propor aes adequadas com vistas a modificar a organizao do trabalho.

    Referncias bibliogrficas

    Dejours, C. (2004).Subjetividade, trabalho e ao. Revista Produo, 14 (3), 27-34.

    Dejours, C. (1992). A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. So Paulo: Cortez-Obor.

    Dejours, C.; Abdoucheli, E. & Jaynet, C. (1994). Psicodinmica do trabalho. So Paulo: Atlas.

    * Adaptado de:

    Baierle, T. C.; Merlo, A. R. C.; BoOega, C. G. e cols. (2007). Psicodinmica do Trabalho: pesquisa e

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  • interveno na guarda municipal de Porto Alegre. Em: XIV Encontro Nacional da ABRAPSO, 2007, Riode Janeiro. Anais do XIV Encontro Nacional da ABRAPSO. Rio de Janeiro : ABRAPSO, 2007.

    Deixe um comentrioPublicado por trabalhoesaude em 24 de junho de 2011 em Psicodinmica do Trabalho

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