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Colégio Estadual João Netto de Campos Isabella Sartório Marcos Antônio Pereira Maria Eduarda Marques Mikaele Aparecida 2º D Trabalho de História Brasil Colônia

Trabalho Historia

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Page 1: Trabalho Historia

Colégio Estadual João Netto de Campos

Isabella Sartório

Marcos Antônio Pereira

Maria Eduarda Marques

Mikaele Aparecida

2º D

Trabalho de História

Brasil Colônia

Page 2: Trabalho Historia

SumárioIntrodução....................................................................................................................................3

A decisão de ocupar a terra..........................................................................................................4

Expedição colonizadora...............................................................................................................4

Organização política.....................................................................................................................4

Economia Colonial.......................................................................................................................7

Monopólio comercial...............................................................................................................7

Produção de açúcar..................................................................................................................7

Mão-de-obra.................................................................................................................................8

Escravidão indígena...................................................................................................8

Escravidão africana....................................................................................................8

Sociedade Colonial.....................................................................................................................10

Sociedade Açucareira.............................................................................................................11

Moradia: Casa-grande e senzala.........................................................................................11

Conclusão...................................................................................................................................12

Referências Bibliográficas.........................................................................................................13

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Introdução

Neste trabalho serão abordados assuntos sobre o Brasil colonial e iremos retratar

a história entre meados de 1530 a 1565.

A colonização do Brasil abrange um número infinito de informações, mas

destacaremos principalmente as atividades que levaram ao inicio da mesma e como o

país se organizou tanto socialmente quanto economicamente durante este período.

Apontaremos também as características coloniais que estão presentes em nossa

sociedade atual e como a colonização influenciou na formação do país que hoje

conhecemos.

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Page 4: Trabalho Historia

A decisão de ocupar a terra

De acordo com o Tratado de Tordesilhas, Portugal e Espanha eram os únicos

donos das terras da América. Entretanto, franceses, holandeses e ingleses disputavam a

posse de territórios americanos. O governo português receava perder as “terras

brasileiras”, pois as expedições que enviava não conseguiam deter a atuação clandestina

de outros europeus, especialmente os franceses, que haviam estabelecido alianças com

os indígenas tupinambás para extração do pau-brasil. Para acabar com esse contrabando

e evita invasões, garantindo a posse das terras, a Coroa portuguesa decidiu colonizar o

Brasil.

O fator econômico também contribuiu para que o governo português iniciasse a

colonização. O comércio de Portugal com o Oriente entrou em declínio, devido aos

elevados custos com transporte e manutenção de entrepostos, além da concorrência de

franceses, ingleses e espanhóis, que exploravam a mesma rota comercial. O governo

português procurava alternativas para aumentar os lucros comerciais, e a colonização da

América começou a ser vista como uma possibilidade de realizar bons negócios.

Expedição colonizadora

Cinco navios e uma tripulação de cerca de 400 pessoas. Era assim composta a

expedição comandada por Martim Afonso de Souza, que partiu de Lisboa em dezembro

de 1530, com os objetivos de iniciar a ocupação da terra por portugueses (colonos) e a

exploração econômica do território, combater os corsários estrangeiros, procurar ouro e

fazer um melhor reconhecimento geográfico do litoral.

Em 22 de janeiro de 1532, com o objetivo de estabelecer núcleos de

povoamento, Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil, São Vicente. Fundou

também alguns povoados, como Santo André da Borda do Campo e Santo Amaro.

Organização política

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A falta de recursos da Coroa Portuguesa levou-a a transferir a tarefa

da colonização para particulares, como já tinha feito nas ilhas do Atlântico. Naquelas

terras, governadas por capitães-donatários, os portugueses obtinham grandes lucros com

a plantação de cana-de-açúcar. Como Portugal pretendia produzir açúcar no Brasil,

transplantou para cá esse modelo de ocupação. Com a implantação das capitanias

hereditárias, o Estado absolutista português dividiu a colônia em 15 lotes, doados a 12

donatários, que deveriam desenvolver sua capitania com recursos próprios. Em troca,

receberiam uma série de privilégios e assumiriam uma parcela do poder público. Os

capitães-donatários tinham como obrigação criar vilas; doar sesmarias (latifúndios

incultos ou abandonados) a quem tivesse escravos e capitais para cultivá-las, exceto aos

judeus ou estrangeiros; administrar a justiça; cobrar impostos e repassá-los à Coroa; e

estimular a agricultura. Mas nem mesmo esses privilégios foram suficientes para

estimular alguns donatários a iniciar o povoamento de suas capitanias.

Assim, quatro donatários nem sequer saíram de Portugal para conhecer suas

terras além-mar. Dos oitos donatários que vieram para suas terras, dois morreram em

naufrágios e um, Francisco Pereira Coutinho, da capitania da Bahia de Todos os Santos,

foi morto e comido pelos Tupinambás; Pero do Campo Tourinho, da capitania de Porto

Seguro, foi preso pelos próprios colonos e enviado à Inquisição portuguesa, sob a

acusação de heresia; três outros se interessaram pouco por suas capitanias, entre eles

Vasco Fernandes, donatário da capitania do Espírito Santo e apenas Duarte Coelho viu

seus negócios prosperarem.

A Coroa reservava para si a segunda parte de todos os metais e pedras preciosas

encontradas, a décima parte de todos os produtos da terra e o monopólio do pau-brasil e

das drogas do sertão

(guaraná, cacau e

gengibre).

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O sistema de capitanias lançou as bases da colonização, estimulando a formação

dos primeiros núcleos de povoamento, como São Vicente (1532), Porto Seguro (1535),

Ilhéus (1536), Olinda (1537) e Santos (1545). Contribuiu, também, para preservar a

posse das terras e revelar as possibilidades de exploração econômica da colônia.

O sistema de capitanias não alcançou do ponto de vista econômico, o sucesso

esperado pelos donatários. Do ponto de vista político, o sistema de capitanias cumpriu,

de certa maneira, os objetivos desejados. Lançou os fundamentos iniciais da

colonização portuguesa no Brasil, preservando a posse das terras e revelando as

possibilidades de exploração.

Para participar diretamente da obra colonizadora após o insucesso das capitanias,

Portugal criou um governo – geral em 1548, que tinha como objetivo coordenar as

ações dos donatários. A capitania da Bahia foi escolhida como sede do governo. Nessa

mesma época é criado o primeiro bispado do Brasil com D. Pedro Fernandes Sardinha.

Temos como principais nomes de governo – geral Tomé de Sousa, Duarte da Costa e

Mem de Sá. Depois de praticar a centralização administrativa do Brasil em dois centros:

Um ao norte tendo como sede Salvador e um ao sul com sede no Rio de Janeiro.

Nesse contexto o poder estava nas mãos dos grandes proprietários rurais

chamados “homens bons” nas vilas e municípios (câmaras municipais). Atendendo aos

interesses das classes dominantes coloniais, as câmaras municipais assumiam posições

autonomistas, passando por cima da autoridade dos funcionários e delegados do rei, essa

situação durou até meados do século XVII. Em 1642, foi criado o Conselho

Ultramarino que centralizava as tarefas da administração colonial. Tinha como objetivo

reduzir o poder e a autoridade das câmaras municipais e aumentar as atribuições e o

poder dos governantes e demais funcionários do rei.

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Page 7: Trabalho Historia

Economia Colonial.

Na região de São Vicente, os primeiros colonos iniciaram o cultivo de cana-de-

açúcar e, logo depois, instalaram o primeiro engenho do Brasil.

A mão de obra para os engenhos gerou outro negócio lucrativo para a colônia, o

tráfico negreiro. A economia nesse período, a partir de 1930 era essencialmente agrária.

O açúcar era produto de grande interesse para o comércio europeu. Por meio

dele, seria possível organizar o cultivo permanente do solo, iniciando o povoamento

sistemático da colônia.

Ao decidir implantar a empresa açucareira no Brasil, Portugal deixava a

atividade meramente predatória (extração de pau-brasil) e iniciava a montagem de uma

organização produtiva dentro das diretrizes do sistema colonial.

A agricultura também se destacava com o cultivo do algodão e do tabaco, mas

em menor escala que a cana-de-açúcar.

Monopólio comercial

O sistema colonial era baseado, sobretudo, no monopólio comercial, um

instrumento de domínio econômico da metrópole sobre a colônia. Consistia no direito

da Coroa portuguesa de realizar um comércio exclusivo com sua colônia. Os

comerciantes da metrópole compravam os produtos coloniais pelos preços mais baixos

do mercado e vendiam para os colonos do Brasil artigos metropolitanos pelos preços

mais altos.

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Produção de açúcar

A colonização do Brasil foi marcada pela produção de açúcar para o mercado

europeu. No principio do século XVI, com a instalação dos primeiros engenhos e

núcleos de povoamento, o comércio do açúcar era relativamente livre. A Coroa passou a

conceder terras a portugueses e estrangeiros que dispusessem de recursos para a

instalação de engenhos.

Foram muitos os motivos que levaram a Coroa portuguesa a tomar a decisão de

investir na produção de cana-de-açúcar. De um lado, havia em certas regiões do Brasil

condições naturais favoráveis ao desenvolvimento da lavoura canavieira: clima quente,

chuvas, solo de massapê no litoral do nordeste. De outro, havia a experiência anterior

portuguesa com o cultivo bem sucedido de cana-de-açúcar na ilha da Madeira e no

arquipélago dos Açores.

O empreendimento açucareiro contou com a participação dos holandeses.

Enquanto os portugueses dominaram a produção de açúcar, os holandeses controlaram a

distribuição comercial. Como produzir era menos rentável que comercializar, o negócio

foi mais lucrativo para os holandeses do que para os portugueses.

Mão-de-obra Escravidão indígena

O relacionamento entre comerciantes portugueses e vários povos indígenas

foi-se tornando conflituoso à medida que os índios resistiam a submeter-se aos

europeus. Para obter o trabalho indígena, os colonos não hesitaram em usar a

violência e impor a escravidão.

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A escravização indígena foi-se estabelecendo a partir dos meados do século

XVI, principalmente quando os colonos portugueses passaram a necessitar de

mão-de-obra para a produção açucareira.

Escravidão africana

Na etapa inicial da empresa açucareira, o colonizador utilizou-se do trabalho

escravo indígena, considerando que havia encontrado solução relativamente

barata e suficiente para atender a necessidade de mão-de-obra. Entretanto

ocorreu uma grande redução da população indígena em consequência das

guerras dos colonos contra os índios e das sucessivas epidemias que os

vitimavam. Isso, aliado a outros fatores, fez o colono português buscar formas

alternativas de trabalho. Utilizando uma experiência já havida no Portugal

metropolitano e nas ilhas atlânticas, optou-se pela escravidão africana,

originando um lucrativo tráfico de escravos entre as costas da África, a Bahia,

Pernambuco e o Rio de Janeiro.

De acordo com o historiador Fernando Novais a preferencia pela

escravização dos africanos foi principalmente motivado pelos lucros gerados

pelo tráfico negreiro, o que se insere na engrenagem do sistema colonial

montado no Brasil.

Os ganhos com o comercio dos indígenas capturados ficavam dentro da

colônia, com os que se dedicavam a esse tipo de atividade. Já os lucros com o

tráfico negreiro iam para a metrópole, ou seja, para os negociantes envolvidos

nesse comercio e para a Coroa, que recebia os impostos. Por isso, a escravização

dos africanos foi incentivada, enquanto a dos indígenas foi desestimulada e até

mesmo e até mesmo proibida em certos lugares e períodos.

A mão-de-obra africana representou a base das atividades econômicas no

Brasil colonial, como a produção de açúcar e a mineração. Entretanto, além de

trabalhar nos engenhos e nas minas, os africanos também foram utilizados em

outros cultivos agrícolas, na criação de animais, no transporte, no serviço

doméstico e no comércio.

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Page 10: Trabalho Historia

As estimativas sobre o total de escravos trazidos para a América,

especialmente para o Brasil, variam muito. Em relação ao Brasil, as estimativas

elaboradas pelo o historiador Herbert Klein apontam o desembarque de cerca de

quatro milhões de africanos entre 1531 e 1855.

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Sociedade Colonial

A sociedade colonial foi alicerçada sobre uma diversidade heterogênea de

populações, com mobilidade e miscigenações tão ou mais intensas que outras

sociedades contemporâneas. Em virtude da imposição de determinado modelo social e

religioso pelo Estado, mesclavam-se portugueses, indígenas e africanos de diferentes

culturas, cada qual trazendo à baila suas instituições e seus quadros mentais.

Por sua vez, o resultado da diversidade étnica para a formação do Brasil foi à construção

de uma sociedade diferente, com traços das sociedades originais acrescida de um

elemento novo, revelando ser um mosaico de diversidades acentuado pelas dimensões

continentais do país.

Os escravos, indígenas ou negros, formavam a larga base da pirâmide social.

Constituíam os pés e mãos do senhor de engenho e das demais atividades profissionais

do Brasil, inclusive das atividades domésticas. Além de significado econômico, o

escravo tinha uma importância social, uma vez que o prestígio dos senhores era

mesurado pelo número de escravos que possuía.

A elite branca, proprietária de terras e de escravos, situava-se no topo da

pirâmide social da Colônia. Os senhores de engenho, donos de imensa fortuna e

dominando grande número de pessoas, “formavam uma aristocracia de riqueza e poder,

mas não uma nobreza hereditária do tipo que existia na Europa. O rei concedia títulos de

nobreza por serviços prestados ou mediante pagamento”. (Boris Fausto, História do

Brasil, EDUSP, p.80) Eram os brancos ricos que exerciam o poder político na Colônia,

monopolizando as decisões. Por exercerem seu controle sobre a massa da população

colonial (negros e brancos pobres), os senhores tinham grande prestígio social.

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Escravos, indígenas ou negros.

Elite Branca

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Sociedade Açucareira

Senhores, escravos e trabalhadores assalariados formavam a sociedade

açucareira. Entre os últimos contavam-se feitores, mestres-de-açúcar, purgadores,

agregados, padres, alguns funcionários do rei e profissionais liberais (médicos,

advogados, engenheiros).

Moradia: Casa-grande e senzala

A casa-grande era um casarão térreo ou um sobrado, onde morava o senhor do

engenho e sua família, além de capatazes que cuidavam de sua segurança pessoal. Era

também o centro administrativo do engenho.

A senzala era uma construção rústica onde habitavam os escravos africanos e

seus descendentes, alojados de maneira bastante precária. As senzalas consistiam de

cabanas separadas, de paredes de barro e telhado de sapé, ou, mais caracteristicamente,

de construções enfileiradas divididas em compartilhamentos, cada ocupado por uma

família ou unidade residencial.

Além das moradias das famílias de senhores e de escravos, havia construções

reservadas propriamente à produção: a casa do engenho, com instalações como moenda

e as fornalhas; a casa de purgar, onde o açúcar, depois de resfriado e condensado, era

branqueado; e os galpões, onde os blocos de açúcar eram quebrados em várias partes e

reduzidos a pó.

No engenho, havia ainda a capela, onde a comunidade local se reunia nos

domingos, em dias santos, em batizados, casamentos e funerais.

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Page 13: Trabalho Historia

Conclusão

A partir de todas as informações apresentadas no trabalho podemos concluir que

a colonização do Brasil neste período teve como objetivo civilizar, exterminar, explorar,

povoar, conquistar e dominar tudo o que havia no país. Todo o processo de colonização

influenciou na estrutura social que temos atualmente.

Se olharmos de relance não será fácil vermos as características em comum que a

sociedade atual apresenta em relação à sociedade colonial, porém se procurarmos os detalhes

veremos que nossa sociedade se sustenta no patriarcalismo, característica esta que predominou

em todo período colonial, na divisão social (Classe Baixa, Alta, Média) que mesmo com

padrões e nomes diferentes ainda se assemelha com as divisões que existiram na época, na

economia voltada para a exportação, na produção de cana-de-açúcar que impulsionou a

economia colonial e que ainda impulsiona o mercado econômico, e até mesmo no trabalho

escravo que vigorou na época e que até hoje permanece em nosso meio.

Estas características em comum não se encontram apenas na estrutura ou na economia

do país, mas se encontram também na cultura. Carregamos a influência da metrópole e vivemos

de acordo com ela e foi através deste trabalho que pudemos compreender que tudo o que somos

é consequência do que houve no passado.

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Referências Bibliográficas

http://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-cana-de-acucar/

http://www.historiadobrasil.net/colonia/

http://www.suapesquisa.com/colonia

http://www.brasil.gov.br/governo/2010/01/colonia

http://www.grupodehistoria.com.br/resumos/brasilcolonia.pdf

http://historiadosdireitoshumanos.blogspot.com.br/2006/05/1-sociedade-

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http://fh-historiando.blogspot.com.br/2011/09/asas.html

http://pedagogiaaopedaletra.com/a-ordem-social-politica-e-economica-

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http://oficiodahistoria.blogspot.com.br/2008/11/sociedade-colonial.html

http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cana-de-acucar

História Global: Brasil e Geral – Volume único/ Gilberto Cotrim – 8. Ed.

– São Paulo: Saraiva 2005

História em movimento / Gislane Campos Azevedo, Reinaldo Seriacopi.

– 2. Ed. – São Paulo: Árica, 2013.

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