Trabalho Transdutor e Disjuntores

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  • Disjuntores de Potncia

    e

    Transdutores de Proteo

  • I) Disjuntores de potncia

    1. Funcionalidade

    Um disjuntor um dispositivo eletromecnico, que funciona como

    um interruptor automtico destinado a proteger uma determinada instalao

    eltrica contra possveis danos causados por curto-circuitos e sobrecargas eltrica,

    detectando picos de corrente que ultrapassem o valor adequado para o circuito,

    interrompendo-a no menor tempo possvel, causando pouco distrbio no sistema com

    segurana pessoal e patrimonial. Os disjuntores so uns dos componentes mais caros

    e crticos de um sistema eltrico devendo possuir elevada confiabilidade operacional,

    baixos custos de aquisio, reposio de peas e manuteno.

    Uma das principais caractersticas dos disjuntores a sua capacidade em

    poderem ser rearmados manualmente, depois de interromperem a corrente em virtude

    da ocorrncia de uma falha. Alm de dispositivos de proteo, os disjuntores servem

    tambm de dispositivos de manobra, funcionando como interruptores normais que

    permitem interromper manualmente a passagem de corrente eltrica. So constitudos

    basicamente por:

    -Unidade de controle, comando e superviso: um componente dedicado a casa tipo

    de disjuntor que variam de acordo com cada fabricante, de um modo geral

    constitudo por um painel instalado ao tempo abrigado junto com o sistema de

    acionamento.

    -Sistema de acionamento ou mecanismo de operao: o mecanismo responsvel

    pela ao de movimento dos contatos do disjuntor, necessitando ser robusto e

    confivel, fornecendo ao disjuntor o armazenamento de energia responsvel pela

    abertura dos contatos do mesmo.

    -Unidades interruptoras: controlam circuitos ao receberem sinais de mudana na

    presso ou temperatura.

    2. Principio de operao

    O disjuntor tem a mesma finalidade e princpio de funcionamento do fusvel, ou

    seja, atuar quando h uma elevao no nvel da corrente, certamente conseqncia

    de uma falta ou aumento de carga na rede, mas apresenta uma grande vantagem que

    a de no ser descartvel aps atuar devida uma sobrecorrente. Os disjuntores mais

    utilizados em baixa tenso so os termomagnticos, sendo eles sensveis ao

    aquecimento gerado pelo efeito Joule e pelo aumento do campo magntico em

    decorrncia da maior intensidade da corrente eltrica, indicando certamente uma

    sobrecorrente que por sua vez indica uma falha no circuito, desta forma, o disjuntor

    atua desarmando-se e desligando o circuito garantindo assim uma proteo

  • simultnea contra correntes de sobrecargas e contra correntes de curto-circuito. Aps

    o reparo da falha eltrica o mesmo possa ser reativado bastando colocar a alavanca

    na posio de ligado, que o circuito volta a funcionar. A diferena entre os disjuntores

    a substncia usada por eles para a extino do arco voltaico, seja leo, ar

    comprimido, vcuo ou o hexafluoreto de enxofre capazes de isolar as partes

    responsveis pela propagao dos arcos voltaicos.

    No processo de desligamento de um circuito em funcionamento, aparecem

    fenmenos eltricos que podem causar danos irreparveis ao dispositivo atuador, um

    deles a formao de arco voltaico entre os contatos.

    Figura 1.1 Contatos conectados

    No processo da abertura dos contatos, alguns desses contatos micromtricos

    se abriro primeiro que os outros, tendo em vista s suas diferenas de comprimento e

    altura, ficando a corrente passando nos demais micro-contatos restantes. Durante

    esse processo a resistncia hmica entre os contatos aumenta, e por conseqncia,

    h um aumento da temperatura entre eles, devido ao efeito Joule.

    Figura 1.2 Contatos em processo de abertura

    Com essa ionizao, as molculas comeam a ser um bom meio condutor e

    passam a conduzir a corrente eltrica.

    Figura 1.3 Arco voltico estabelecido entre contatos

  • Com o aumento de temperatura, o efeito termoinico aparece. E forma-se, no

    entorno do contato uma maior facilidade dos eltrons dos tomos do material, que

    compe os contatos, a se transferirem para as molculas de gases e materiais

    particulados presentes no ambiente, tornando-as ionizadas.

    Figura 1.4 Deslocamento do arco com o ar quente

    A extino do arco se faz por meio da desionizao do gs condutor por onde a

    corrente atravessa e o resfriamento dos elementos dos contatos. O gs desionizado

    isolante e o arco extinto na passagem da corrente pelo zero, no caso de corrente

    alternada. A forma mais eficaz de desionizar a zona do arco injetando, atravs de

    um sopro, quantidades de gs desionizado ou outro material que tenha caracterstica

    isolante, como certos leos. Alm de o gs ter caractersticas isolantes, o sopro reduz

    a temperatura do gs ionizado, resfriando-o e contribuindo para a desionizao do

    mesmo. Outras caractersticas do disjuntor que podem contribuir para a extino do

    arco so:

    Sua capacidade de transferir o calor do arco para zonas externas atravs do

    contacto com as mltiplas paredes da cmara com o meio externo, diminuindo assim a

    temperatura da zona do arco.

    A presso do local onde ocorre o arco, pois quanto maior a presso, maior a

    rigidez dieltrica do gs, ou seja, mais difcil torna-se sua ionizao.

    Aumento do comprimento do arco, porque quanto maior for a distncia entre o

    contatos maior a rigidez dieltrica dificultando a ionizao do gs.

    3. Principais tipos de disjuntores e fotos ilustrativas de cada tipo.

    Disjuntores Trmicos: Os trmicos utilizam a deformidade das placas

    bimetlicas causadas pelo aquecimento. Quando uma sobrecarga de corrente

    atravessa a placa bimetlica ou por uma bobina prxima desta placa, por efeito de

    Joule esta placa ou bobina se deformam em funo do aquecimento gerado. Esta

  • deformao desencadeia uma interrupo mecnica entre os contatos abrindo o

    circuito eltrico. Contudo este dispositivo possui uma resposta muito lenta, que

    representa um risco para equipamento e componentes ligados a rede eltrica. As

    reas de aplicao para esse tipo de disjuntor so sensores e atuadores em

    instalaes, incluindo motores, elementos de aquecimento e ventiladores,

    equipamentos com uma corrente de partida elevada.

    Figura 2.1 Disjuntores Trmicos

    Disjuntores Magnticos: A forte variao de intensidade da corrente que

    atravessa as espiras de uma bobina produz, de acordo com as leis do

    eletromagnetismo, uma forte variao do campo magntico. Desta forma o campo

    criado desencadeia o deslocamento de um ncleo de ferro que vai abrir

    mecanicamente o circuito protegendo a fonte e uma parte da instalao eltrica. A

    interrupo instantnea no caso de uma bobina rpida ou controlada por um fluido

    no caso de uma bobina que permite disparos controlados. Geralmente, est associado

    a um interruptor de alta qualidade projetado para efetuar inmeras manobras. A

    proteo magntica tem como objetivo proteger os equipamentos contra as

    irregularidades como as sobrecargas, os curto-circuitos e outras danos. Normalmente,

    escolhida para os casos onde existe a preocupao de proteger o equipamento com

    muita preciso.

  • Figura 2.2 Disjuntores Magnticos

    Disjuntores Termomagnticos: Este tipo de disjuntor dispara tanto trmica

    quanto magneticamente. Ambos os mecanismos, uma tira bimetlica e uma bobina

    magntica, trabalham independente um do outro. Isso significa que disjuntores de

    proteo termomagnticos disparam mais rpido que disjuntores de proteo trmicos,

    em caso de curto-circuitos.

    Pode ser manobrado entre aberto e fechado, usado para proteger os condutores

    contra curto-circuito a partir da atuao da solenide e contra a sobrecarga atravs do

    atuador bimetlico sensvel ao calor. Esse tipo de disjuntores so ideais para a

    proteo de controladores lgicos programveis, vlvulas, motores e inversores de

    frequncia.

    Figura 2.3 Disjuntores Termomagnticos

    Disjuntores de Alta Tenso: Usados para circuitos que tem altas correntes,

    ou seja, circuitos altamente indutivos so necessrios para a interrupo do arco

    voltaico (eltrico), resultante de abertura dos polos. So aplicados em situaes a

    corrrente alcana valores de 100 kA. Logo aps a interrupo o disjuntor deve ser

  • capaz de isolar e resistir novas s tenses do sistema, devendo atuar sempre que

    solicitado (havendo um elevado grau de confiabilidade).

    Figura 2.4 Disjuntores de Alta Tenso

    Alguns tipos de disjuntores de Alta Potencia:

    Disjuntores a grande volume de leo (GVO): so utilizados em tenses de

    at 230kV, possuindo grande capacidade de interrupo de correntes de curto circuito.

    Esse tipo de disjuntores esto caindo em desuso (so tecnicamente ultrapassados)

    porm continuam sendo usados devido a custos baixos. No caso do GVO, de pequena

    capacidade, as fases ficam imersas em um nico recipiente contendo leo, que

    usado tanto para a interrupo das correntes quanto para prover o isolamento. Nos

    disjuntores de maior capacidade, o encapsulamento monofsico.

    Figura 2.5 Disjuntores a GVO

    Disjuntores a pequeno volume de leo (PVO): so utilizados para at 63kA

    em mdias tenses, para 138kV possuem capacidade mxima de 20kA. Foi projetada

    uma cmara de extino com fluxo forado sobre o arco, aumentando a eficincia do

    processo de interrupo da corrente, diminuindo drasticamente o volume de leo no

    disjuntor. A maior vantagem dos disjuntores de grande volume de leo sobre os de

  • pequeno volume de leo a grande capacidade de ruptura em curto-circuito em

    tenses de 138 kV.

    Figura 2.6 Disjuntores a PVO

    Disjuntores a ar comprimido: um principio de interrupo antigo, entretanto

    ainda muito utilizado. O ar comprimido usado em duas funes distintas, o

    acionamento e a extino do arco. No caso da extino o ar comprimido jateado

    sobre o arco no momento da interrupo repondo no meio matria no ionizada e

    resfriando o arco. usado em tenses elevadas (sobretudo 230kV) e devido a

    produo de muito rudo sua instalao em centros urbanos fica invivel, alm de

    possui um elevado custo.

    Figura 2.7 Disjuntores a Ar Comprimido

    Disjuntores a vcuo: o desenvolvimento dos disjuntores a vcuo para altas

    tenses ainda dependem de avanos tecnolgicos e apenas um fabricante vem

    oferecendo esse tipo de disjuntores e no excedem 145kV. J os disjuntores a vcuo

    para mdias e baixas tenses vem sendo considerado tendncia mundial devido a

    segurana de operao, por exigir pouca manuteno, vida til longa, operao

    silenciosa, com a relao ruptura/volume elevada o torna apropriado para o uso em

    cubculos. Nesse tipo de disjuntores o arco se forma entre os contatos mantido por

  • ons de material vaporizado proveniente do catodo. A intensidade da formao desses

    vapores metlicos diretamente proporcional intensidade da corrente, o plasma

    diminui quando esta decresce e se aproxima do zero. Atingindo o zero de corrente, o

    intervalo entre os contatos rapidamente desionizado pela condensao dos vapores

    metlicos sobre os eletrodos. A ausncia de ons aps a interrupo d aos

    disjuntores a vcuo caractersticas quase ideais de permeabilidade dieltrica, ou seja,

    uma boa capacidade de isolao.

    Figura 2.8 Disjuntores a Vcuo

    Disjuntores a hexafluoreto de enxofre (SF6): so utilizados principalmente

    em altas e extra altas tenses. Para o chaveamento das altas tenses com linhas a

    vazio necessita de resistores de pr-insero. Esse tipo de disjuntores so de simples

    construo e operao. O gs se decompe no momento do arco em S e6F,o que

    revertido quando a temperatura diminui. A reao inversa no totalmente executada

    devido a combinao com metais vaporizados. Pode existir a formao de fluoretos de

    cobre ou tungstnio, e compostos secundrios de enxofre, no condutores. Quando

    existe a presena de umidade no interior da cmara, existe a formao de cido

    fluordrico altamente corrosivo a materiais e tambm txico.

    Figura 2.9 Disjuntor a SF6

  • II) Transdutores de Proteo

    4. Funcionalidade

    Transformadores de proteo ou para instrumentos so dispositivos utilizados

    de modo a tornar compatveis as faixas (escalas) de atuao dos instrumentos de

    medio, controle e fornecer a devida proteo dos mesmos. Uma funo importante

    dos transformadores a isolao, permitindo a atuao com nvel de tenso diferente

    do circuito com o dispositivo.

    5. Transformadores de Potencial (TPs)

    O transformador de potencial (TP) um transformador para instrumento cujo

    enrolamento primrio ligado em derivao a um circuito eltrico e cujo enrolamento

    secundrio se destina a alimentar bobinas de potencial de instrumentos eltricos de

    medio e proteo ou controle. Os transformadores de potencial so desenvolvidos

    para operar com os terminais do secundrio com cargas de elevadas impedncias.

    5.1. Fotos relativas a Transformadores de Potencial (TPs)

  • 5.2. Funcionamento

    A Figura abaixo apresenta o esquema bsico de ligao de um TP.

    Esquema bsico de ligao de um TP.

    O TP construdo com .

    De acordo com a ABNT, os TPs classificam-se em trs grupos:

    Grupo 1: TP projetado para ligao entre fases;

    Grupo 2: TP projetado para ligao entre fase e neutro de sistemas

    diretamente aterrados;

    Grupo 3: TP projetado para ligao entre fase e neutro de sistema onde no se

    garanta a eficcia do aterramento.

    Defini-se um sistema trifsico com neutro efetivamente aterrado como sendo um

    sistema caracterizado por um fator de aterramento que no exceda 80%.

    Esta condio obtida quando:

    5.3. Tipos mais Utilizados

    Transformadores de Potencial Eletromagnticos: possuem funcionamento

    bem abaixo do limite trmico.

    - Limite de Tenso:

    Vpn 138 kV

    Em geral: Vpn 15 kV

    - Forma de Ligao: a ligao usual em TPs a ligao estrela aterrada - estrela

    aterrada.

    - Circuito Equivalente (referido ao secundrio)

  • Transformadores de Potencial Capacitivos:

    - Circuito Bsico:

    Observaes:

    - Capacitores C1 e C2 funcionam como divisores de tenso, circuito de acoplamento

    para sistema Carrier;

    - Tenso no ponto T ajustada prxima de 15 kV (na tenso nominal do TP);

    - Reator varivel L utilizado para sintonizar com os capacitores de maneira que a

    corrente de carga no afete a tenso de sada Vs;

    - Circuito equivalente do TPC (referido ao primrio):

  • 5.4. Especificao

    Os transformadores de potencial so especificados conforme os seguintes

    dados de especificao:

    Destinao: medio, proteo ou automao;

    Uso: interior, exterior, conjunto de manobra;

    Carga instalada: especificao dos instrumentos e dispositivos (potncia

    nominal);

    No empregar como fonte de carga auxiliar;

    Classe de exatido: finalidade;

    Classe de tenso: nvel de isolamento;

    Nmero de enrolamentos secundrios ou derivaes;

    Relao de transformao;

    Valor nominal das correntes e tenses (primrias e secundrias);

    Grupo de ligao (TP);

    Fator trmico;

    Tenso aplicada: suportveis e impulso;

    Tipo de encapsulamento: epxi, imerso, seco.

    5.5. Erros

    - TPs de Medio:

    Faixa de operao: ( 0 1,1 ) Vn

    - TPs de Proteo:

    Faixa de operao: ( 0,05 1,9 ) Vn

    TPs de proteo possuem maiores erros normalizados e maiores faixas de operao

    que os TPs de medio.

    5.6. Transformador de Potencial Capacitivo

    Os transformadores capacitivos basicamente utilizam-se de dois conjuntos de

    capacitores que servem para fornecer um divisor de tenso e permitir a comunicao

    atravs do sistema carrier. So construdos normalmente para tenses iguais ou

    superiores a 138 kV.

  • No esquema bsico do TPC, mostrado na figura abaixo, pode-se notar que o

    primrio constitudo por um conjunto C1 e C2 de elementos capacitivos em srie.

    ligado entre fase e terra, havendo uma derivao intermediria B, correspondente a

    uma tenso V1 da ordem de 5 kV a 15 kV, para alimentar o enrolamento primrio de

    um TPC tipo induo intermedirio, o qual fornecer a tenso V2 aos instrumentos de

    medio e de proteo ali instalados.

    6. Transformadores de Corrente (TCs)

    O transformador de corrente (TC) um transformador para instrumento cujo

    enrolamento primrio ligado em srie a um circuito eltrico e cujo enrolamento

    secundrio se destina a alimentar bobinas de correntes de instrumentos eltricos de

    medio e proteo ou controle. Os transformadores de corrente so destinados a

    operar com seus secundrios sobre cargas com impedncia reduzida.

    6.1. Fotos relativas a Transformadores de Corrente (TCs)

  • 6.2. Funcionamento

    A Figura mostra o esquema bsico de um TC.

    O enrolamento primrio dos TCs , normalmente, constitudo de poucas

    espiras (2 ou 3 espiras, por exemplo) feitas de condutores de cobre de grande seo.

    6.3. Tipos utilizados

    Os transformadores de corrente, classificados de acordo com a sua construo

    mecnica, so os seguintes:

    Tipo Primrio Enrolado

    TC cujo enrolamento primrio constiudo de uma ou mais espiras envolve

    mecanicamente o ncleo do transformador. O TC tipo primrio enrolado mais

    utilizado para servios de medio, mas pode ser usado para servios de proteo

    onde pequenas relaes so requeridas. A figura abaixo mostra este tipo de TC.

    Tipo Barra

    TC cujo primrio constitudo por uma barra, montada permanentemente

    atravs do ncleo do transformador. Este TC adequada para resistir aos esforos de

  • grandes sobrecorrentes. A figura abaixo mostra o esquema bsico de um TC tipo

    barra.

    Tipo Janela

    aquele que no possui primrio prprio e constitudo de uma abertura

    atravs do ncleo, por onde passa o condutor do circuito primrio. A figura abaixo

    mostra este tipo de TC.

    Tipo Bucha

    Tipo especial de TC tipo janela, construdo e projetado para ser instalado

    sobre uma bucha de um equipamento eltrico, fazendo parte integrante do

    fornecimento deste. Pelo seu tipo de construo e instalao, o circuito magntico dos

    TCs tipo bucha maior que nos outros TCs , sendo mais precisos para corrente altas,

    pois possuem menor saturao. Em baixas correntes so menos precisos em virtude

    da maior corrente de excitao, razo pela qual no so usados para medio. A

    figura abaixo mostra este tipo de TC.

  • Tipo Ncleo Dividido

    Este tipo possui o enrolamento secundrio completamente isolado e

    permanentemente montado no ncleo, mas no possui enrolamento primrio. Parte do

    ncleo separvel ou articulada para permitir o enlaamento do condutor primrio.

    Destina-se ao uso em circuito constitudo de condutor completamente isolado ou um

    condutor nu. Um tipo muito difundido de TC com ncleo dividido o ampermetro

    alicate. A figura abaixo mostra o esquema bsico de um TC de ncleo dividido.

    6.4. Especificao

    As principais caractersticas dos TCs so:

    - Corrente Secundria Nominal: Padronizada em 5 A;

    - Corrente Primria Nominal: Caracteriza o valor nominal suportado em regime normal

    de operao pelo TC. Sua especificao deve considerar a corrente mxima do

    circuito em que o TC est inserido e os valores de curto-circuito;

    - Classe de Exatido: Valor mximo do erro do TC, expresso em percentagem, que

    poder ser causado pelo TC aos instrumentos a ele conectados. A tabela abaixo da

    mostra as classes padronizadas;

    TC para medio TC para proteo

    ABNT 0,3 ; 0,6 ; 1,2 ; 3,0 5 ; 10

    ANSI 0,3 ; 0,6 ; 1,2 10

    - Classe de exatido do TC para medio com finalidade de faturamento a

    consumidor: 0,3;

    - Carga Nominal: Carga na qual se baseiam os requisitos de exatido do TC;

    - Fator Trmico: Fator pelo qual deve-se multiplicar a corrente primria nominal para

    se obter a corrente primria mxima que o TC capaz de conduzir em regime

    permanente, sob freqncia nominal, sem exceder os limites de elevao de

    temperatura especificados e sem sai de sua classe de exatido;

  • - Nvel de Isolamento: Define a especificao do TC quanto s condies que deve

    satisfazer a sua isolao em termos de tenso suportvel;

    - Corrente Trmica Nominal: Maior corrente primria que um TC capaz de suportar

    durante 1 segundo, com o enrolamento secundrio curto-circuitado, sem exceder, em

    qualquer enrolamento, a temperatura mxima especificada para sua classe de

    isolamento.

    Iterm INI do disjuntor

    - Corrente Dinmica Nominal: Valor de crista da corrente primria que um TC capaz

    de suportar durante o primeiro meio ciclo com o enrolamento secundrio curto-

    circuitado, sem danos devido s foras eletromagnticas resultantes. igual a 2,5

    vezes o valor da corrente trmica nominal;

    - Polaridade: Normalmente utilizada a polaridade subtrativa.

    6.5. Erros

    - Relao de Transformao Nominal (kn):

    , onde: a corrente primria

    nominal e a corrente secundria nominal.

    - Relao de Transformao Real (k):

    - Fator de Correo de Relao (FCR):

    - Erro de Relao ou de Corrente ( :

    - Erro de ngulo de Fase :

    7. Novos tipos de Transdutores

    Um transdutor sente uma quantidade fsica como vibrao, temperatura, ou

    presso, e a converte em um sinal eltrico proporcional a essa varivel. Um transdutor

    de vibrao, por exemplo, mede movimento mecnico e converte o movimento em uma sada

    eltrica correspondente. frequentemente chamado de sensor. Um transdutor o

    primeiro vnculo vital em uma cadeia de medio. Alguns exemplos de transdutores: transdutor

    resistivo (potencimetro), transdutor de medida de temperatura (termopar), transdutor de medida de

    deslocamento, transdutor piezoeltrico.

  • 7.1. Transdutores Piezoeltricos para Medidas de Alta Tenso

    O transdutor piezoeltrico, que produz um sinal eltrico de sada quando

    excitado mecanicamente. Alm disso, estes transdutores so recprocos, o que

    significa que se for aplicada ao transdutor uma certa tenso eltrica eles so capazes

    de produzir uma vibrao mecnica. Devido a esta caracterstica, tais transdutores so

    muito utilizados na rea biomdica como por exemplo em: microfones especficos para

    transduo de sons cardacos; acelermetros para medio de tremores; sensores

    ultra-snicos para medio de fluxo sanguneo; sensores ultra-snicos para

    imageamento; dispositivos ultra-snicos para cirurgia.

    Existe uma aplicao interessante que a de gerar altas tenses. Por exemplo,

    se a uma cermica de titanato de brio acoplarmos um sistema que lhe d uma boa

    pancada quando acionarmos um gatilho, poderemos gerar fascas que alcanam os 4

    000 volts ou mais.

    A piezoeletricidade um fenmeno associado a gerao de cargas eltricas na

    superfcie de um material quando a ele aplicada uma certa tenso mecnica capaz

    de deform-lo; ou a correspondente mudana da forma do material quando uma certa

    tenso eltrica aplicada em algumas de suas superfcies. A piezoeletricidade ento

    uma maneira de converter-se energia mecnica em energia eltrica, ou vice-versa.

    Para uma boa parte dos componentes eletrnicos tradicionais existe a

    possibilidade de se obter um equivalente integrado numa pastilha de silcio. o caso

    de capacitores, resistores, diodos, etc. O transformador e os indutores, entretanto, por

    um bom tempo estiveram fora dessa possibilidade. Uma alternativa muito interessante

    para o que podemos considerar um transformador "de estado slido" o

    transformador piezoeltrico.

    A forma mais comum de se aumentar ou reduzir tenses sem o uso de

    transformadores tradicionais formados por bobinas e ncleos pesados atravs de

    conversores de estado slido, multiplicadores de tenso e outras configuraes que,

    alm de complexas, nem sempre podem eliminar a necessidade de um indutor ou

    outro componente do mesmo tipo.

    Uma sada para a alimentao de cargas de muito baixo consumo, como

    circuitos integrados CMOS e outros que exigem correntes da ordem de microampres

    atravs do uso de um transformador piezoeltrico. Podendo ser considerado um

    transformador "de estado slido", ele no faz uso de bobinas ou materiais ferrosos,

  • podendo facilmente converter tenses sob regimes de baixas correntes. Trata-se,

    portanto de uma soluo interessante para alimentar circuitos de baixa potncia.

    7.2. Transformadores de Instrumentos ticos

    Os transformadores para instrumentos ticos so considerados passivos

    porque nenhum tipo de componente ativo empregado na construo de seu sensor

    primrio.

    - Transformadores de corrente ticos: so baseados no efeito Faraday. Para que se

    manifste o efeito Faraday, primeiramente, necessrio que o sensor, constitudo por

    um material magneto-tico, esteja submetido a um campo magntico. Quando um

    feixe de luz linearmente polarizado se propaga atravs desse sensor numa direo

    paralela do campo, ocorre uma rotao do plano de polarizao da luz proporcional

    intensidade do campo magntico aplicado.

    - Transformadores de potencial ticos: esto fundamentados no efeito Pockels, que,

    por sua vez, baseado no fenmeno da birefringncia. Se um feixe de luz linearmente

    polarizado, passa por um material birefringente com direo de polarizao

    intermediria s dos eixos lento e rpido, suas componentes sofrem atrasos de fases

    distintos e ele emerge do material com uma polarizao elptica.

    7.3 Transdutores de Efeito Hall

    O efeito Hall se caracteriza basicamente pelo aparecimento de um campo

    eltrico transversal em um condutor percorrido por uma corrente eltrica, quando o

    mesmo se encontra mergulhado em um campo magntico.

    A tenso Hall um sinal bastante dbil, da ordem de 20 a 30 microvolts, em

    um campo magntico de 1 gauss. Um sinal desta magnitude requer um amplificador

    com caractersticas de alta impedncia de entrada, baixo rudo e ganho considervel.

    Transdutores de corrente por efeito Hall so capazes de "enxergar" correntes

    dc, ac e formas de onda complexas. Uma caracterstica importante sua capacidade

    de realizar isto tudo estando isolado galvanicamente do circuito principal. As principais

    vantagens so o baixo consumo, pequeno tamanho e peso. Perdas por insero so

    praticamente nulas e sobrecorrentes no chegam a causar danos ao circuito de

    medida.

  • 8. Referncias

    http://www.phoenixcontact.com.br/proteccoes-contra-sobretensoes/76330.htm.

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