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Trabalhos como Ghostwriter Artigo publicado em 19/03/2016 na coluna semanal do então Subprefeito da Sé Alcides Amazonas no Jornal Diário de S.Paulo Em defesa da Democracia Depois de atuar muitos anos no movimento sindical e lutar pelos direitos dos trabalhadores, não poderia me calar diante dos últimos acontecimentos. Nos dias atuais presenciamos cenas de depredação em sedes de instituições, sindicatos e centrais de direitos trabalhistas, pessoas sendo agredidas por se posicionarem de forma diferente e gritos de ordem nas ruas que ferem os direitos humanos. Tudo isso têm acirrado os ânimos de muitos em relação às opiniões divergentes. A cidade de São Paulo com seus cerca de 12 milhões de habitantes é uma amostra da diversidade de origens, culturas e ideias existentes no Brasil. É nisso que se traduz a força democrática da maior metrópole do país. Nesta semana a região central paulistana atraiu centenas de milhares de manifestantes que se posicionaram sobre suas convicções políticas. O Estado Democrático de Direito garante a todo cidadão a liberdade de expressão e isso foi legitimado na Constituição de 1988. Tão importante quanto ter uma opinião e se manifestar sobre ela, é estabelecer o diálogo para encontrar soluções que produzam avanços que tornem a sociedade mais justa e solidária. O ódio não pode inflamar nossas decisões. Durante 25 anos do século passado o Brasil viveu anos sombrios, nos quais os direitos dos cidadãos foram cerceados. Em defesa de uma suposta ordem, nosso progresso foi suprimido por forças totalitárias. Graças ao sacrifício e a luta de muitos brasileiros que se posicionaram contra o regime, conseguimos conquistar a democracia. Por isso devemos tomar as ruas para defender a democracia e o estado de direito. É inadmissível permitir que os direitos e conquistas sociais dos últimos 13 anos sejam perdidos.

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Trabalhos como Ghostwriter

Artigo publicado em 19/03/2016 na coluna semanal do então Subprefeito

da Sé Alcides Amazonas no Jornal Diário de S.Paulo

Em defesa da Democracia

Depois de atuar muitos anos no movimento sindical e lutar pelos direitos dos

trabalhadores, não poderia me calar diante dos últimos acontecimentos. Nos

dias atuais presenciamos cenas de depredação em sedes de instituições,

sindicatos e centrais de direitos trabalhistas, pessoas sendo agredidas por se

posicionarem de forma diferente e gritos de ordem nas ruas que ferem os

direitos humanos. Tudo isso têm acirrado os ânimos de muitos em relação às

opiniões divergentes.

A cidade de São Paulo com seus cerca de 12 milhões de habitantes é uma

amostra da diversidade de origens, culturas e ideias existentes no Brasil. É

nisso que se traduz a força democrática da maior metrópole do país. Nesta

semana a região central paulistana atraiu centenas de milhares de

manifestantes que se posicionaram sobre suas convicções políticas. O Estado

Democrático de Direito garante a todo cidadão a liberdade de expressão e isso

foi legitimado na Constituição de 1988.

Tão importante quanto ter uma opinião e se manifestar sobre ela, é estabelecer

o diálogo para encontrar soluções que produzam avanços que tornem a

sociedade mais justa e solidária. O ódio não pode inflamar nossas decisões.

Durante 25 anos do século

passado o Brasil viveu anos

sombrios, nos quais os direitos

dos cidadãos foram cerceados.

Em defesa de uma suposta

ordem, nosso progresso foi

suprimido por forças totalitárias.

Graças ao sacrifício e a luta de

muitos brasileiros que se

posicionaram contra o regime,

conseguimos conquistar a

democracia.

Por isso devemos tomar as ruas

para defender a democracia e o

estado de direito. É inadmissível

permitir que os direitos e

conquistas sociais dos últimos 13

anos sejam perdidos.

Trabalhos como Ghostwriter

Artigo publicado em 26/03/2016 na coluna semanal do então Subprefeito

da Sé, Alcides Amazonas no Jornal Diário de S.Paulo

Novos desafios

Como sou pré candidato a vereador e por força da legislação eleitoral adianto

que estou deixando o cargo de subprefeito. Completo esta etapa com a

sensação de dever cumprido. Nos últimos dois anos fiz questão de percorrer os

oito distritos da região realizando audiências públicas e ações integradas nas

quais pude compreender as necessidades de munícipes, comerciantes e

frequentadores do centro. Esta foi a bússola que me orientou na condução dos

trabalhos à frente da Subprefeitura Sé.

Através do Programa Intensivo de Manejo Arbóreo (PIMA) vistoriamos cerca de

2 mil árvores, das quais cerca de 800 foram podadas ou substituídas. Esse

trabalho reduziu os índices de queda em relação aos anos anteriores.

Regularizamos a Feira de Antiguidades do vão livre do MASP e abrimos 700

vagas nas diversas feiras de arte e artesanato.

Implantamos 20 parklets transformando vagas de estacionamento em mini

praças para convívio social e tiramos gradis de mais de 20 espaços como a

Praça Raguebi Chofi e o Largo Nossa Senhora da Conceição. Uma cidade

democrática não combina com grades.

Com 61% de aprovação o Programa Rua Aberta na Avenida Paulista reúne

pessoas de diversos pontos da cidade nos domingos e feriados, quando a via

fica aberta para as pessoas e fechada para carros.

Depois de anos de abandono, o

Mirante Nove de Julho, ao lado

do MASP, foi devolvido à

população por meio de uma

parceria com setor privado que

prevê manutenção e melhorias

urbanísticas para toda a área

em seu entorno. Outros baixos

de viadutos como o complexo

Julio de Mesquita estão no

horizonte desta iniciativa.

Aproveito a oportunidade e

convido todos para a Audiência

Pública da próxima quarta-feira,

dia 30, às 18h30, na rua

Genebra, 25. Na ocasião

faremos um balanço dos

últimos dois anos e falaremos

sobre novos desafios.

Trabalhos como Ghostwriter

Artigo publicado em 02/04/2016 na coluna semanal do então Subprefeito

da Sé, Alcides Amazonas, no Jornal Diário de S.Paulo

Agradecimentos

Depois de exatos, dois anos, estou deixando o cargo de subprefeito da Sé,

faço isso para cumprir a legislação eleitoral uma vez que sou pré candidato a

Vereador. Agradeço ao Prefeito Fernando Haddad e a Vice Prefeita Nádia

Campeão pela oportunidade e pela confiança depositada em minha pessoa.

Por isso me dediquei, ao máximo, na construção de uma São Paulo mais

humana e acolhedora.

Também quero agradecer a todos os servidores da Subprefeitura Sé que foram

imprescindíveis no cumprimento desta missão. Juntos, trabalhamos para ir

além das atribuições triviais de uma subprefeitura. Estabelecemos parcerias e

desenvolvemos ações para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos.

O resultado disso foi um trabalho afinado entre todos os colaboradores e

sintonizado com as necessidades da população.

Nesse período não passei 30 dias sem participar de uma audiência pública.

Uma das marcas desta gestão é a transparência. Nesta semana realizei minha

última audiência à frente da subprefeitura. Na ocasião reunimos cerca de 400

pessoas que participaram das ações e projetos desenvolvidos desde que

abracei o desafio de administrar o centro paulistano, uma das regiões mais

complexas da cidade. Não teria

feito muito do que foi realizado

sem a ajuda de munícipes,

comerciantes e colaboradores

compromissados com o bem

estar social.

A requalificação que pensamos

para o centro deve ir além de

obra materiais, ela passa pela

valorização das pessoas. Por

isso nos concentramos no

diálogo permanente com os

cidadãos para entendê-los e

desenvolver um trabalho em

sintonia com suas reais

necessidades. Por fim, lembro

que esse trabalho terá

continuidade através da minha

equipe que manterá a mesma

dedicação e empenho dos

últimos dois anos.

Trabalhos como Ghostwriter

Artigo publicado em 09/04/2016 na coluna semanal do então Subprefeito

da Sé, Alcides Amazonas, no Jornal Diário de S.Paulo

Por uma república forte

Os últimos acontecimentos da política nacional desencadearam uma onda de

pessimismo e colocaram em xeque a credibilidade das instituições. O momento

requer reflexão e um diálogo franco sobre como enfrentar com dignidade as

dificuldades que se impõem ao país.

A constituição determina que os poderes: executivo, legislativo e judiciário são

independentes em sua essência, porém devem atuar em harmonia. No entanto

os acontecimentos dos últimos meses apontam para uma ruptura sem

precedentes no respeito às atribuições e prerrogativas estabelecidas para cada

poder.

O instrumento do impeachment foi banalizado. Sem devida investigação e

comprovação de crimes, processos são protocolados, e pior, aceitos, abertos,

rejeitados e até encomendados. As autoridades deste país precisam, acima de

seus interesses, ser coerentes em suas atitudes e gestos no trato dos assuntos

públicos.

Infelizmente o cenário apresentado é de um verdadeiro caos. Quando na

realidade existem pessoas sérias, em todas as esferas e instâncias agindo com

ética e lutando arduamente para defender a república. São governantes,

legisladores e juristas que trabalham para garantir que direitos e garantias

estabelecidos na constituição sejam preservados e estendidos a todo cidadão.

A corrupção deve ser combatida,

mas não se pode jogar a criança

junto com a água suja da bacia. A

política não pode ser reduzida à

vala comum. Para isso é

fundamental que órgãos de

investigação e fiscalização sejam

imparciais e averiguem todos os

indícios de envolvimento em

crimes de todas as esferas. A

atuação do judiciário deve

respeitar o direito à ampla defesa

e garantir julgamentos idôneos e

neutros. A credibilidade das

instituições deve ser preservada.

Não existe solução fora da

democracia, que não leve ao ódio

e a barbárie.

Trabalhos como Ghostwriter

Artigo publicado em 16/04/2016 na coluna semanal do então Subprefeito

da Sé, Alcides Amazonas, no Jornal Diário de S.Paulo

Fortalecimento das subprefeituras

Depois de dois anos atuando na Subprefeitura Sé pude compreender que

temos muito a fazer pela descentralização do poder municipal. Em meu

primeiro mandato como vereador colaborei para a transformação das

administrações regionais em subprefeituras. A ideia inicial era fortalecer a

articulação das políticas públicas no âmbito regional.

Em sua concepção original as subprefeituras teriam maior autonomia para

decidir sobre a aplicação dos recursos públicos em sua localidade.

Participando diretamente da implantação de projetos de educação, cultura,

saúde, infraestrutura e habitação. Para isso seria necessário maior

disponibilidade de recursos, sobretudo de pessoas capacitadas para interagir

com a população e converter ideias em projetos e ações que atendam as

necessidades locais.

Os serviços de zeladoria já são atribuição das subprefeituras e é primordial

buscar sua excelência. Sempre avançando nas ações que podem melhorar a

atuação das equipes. No entanto é preciso ir além, estabelecer parcerias e

desenvolver projetos que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos e os

envolvam no processo administrativo.

Neste modelo administrativo não existe espaço para decisões monocráticas. A

população precisa ser ouvida e estimulada a deliberar junto com as autoridades

sobre o que é melhor para o

espaço em que vivem. O diálogo

permanente com a sociedade foi a

marca que fiz questão de deixar

nesse período.

Nos últimos três anos o processo

de descentralização foi retomado

em São Paulo. As secretarias

trabalharam integradas nas mais

diversas frentes. A criação do

Conselho Participativo Municipal

junto com os mecanismos de

transparência, como a lei de

acesso à informação, garantiram o

controle social. A melhor forma de

fortalecer as subprefeituras é a

ampliação da descentralização.

Trabalhos como Ghostwriter

Artigo publicado em 16/04/2016 na coluna semanal do então Subprefeito

da Sé, Alcides Amazonas, no Jornal Diário de S.Paulo

Investir em pessoas

No dia 13 de abril, o senado Federal aprovou em primeiro turno a Proposta de

Emenda à Constituição (PEC) 143/2015, que permite a estados e municípios

aplicar recursos destinados à educação, saúde, tecnologia e pesquisa em

outras despesas. Na prática essa alteração compromete o investimento no

serviço público e por consequência a qualidade do atendimento à população.

Ao aprovar medidas que comprometem os recursos destinados para serviços

essenciais o congresso precisa considerar quem são as pessoas que

realmente necessitam deles.

Hoje 87% dos jovens no ensino fundamental estudam em instituições públicas,

dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Mais de 75%

da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a

ANS, cerca de 800 mil pessoas perderam seus planos de saúde suplementar

em 2015, voltando a utilizar a saúde pública. Na cidade de São Paulo mais de

50% dos deslocamentos diários são feitos por meio de transporte público.

Os números acima apontam para a realidade de uma parcela da sociedade que

se beneficia desses serviços. E o momento atual demanda que o Estado

permaneça forte para suprir as necessidades da população. É importante que

os investimentos na melhora e ampliação dos serviços nas áreas de saúde,

educação, segurança e transporte,

entre outros sejam ampliados ao

invés de sofrer cortes.

Sem pessoas capacitadas jamais

teremos uma indústria forte. Com

uma saúde debilitada o país não

será capaz de prosperar. O

desenvolvimento de um país está

diretamente ligado à sua

capacidade de investimento em

pesquisa e tecnologia. A geração

de conhecimento é a verdadeira

riqueza que uma nação pode

produzir, e para que isso seja

alcançado é fundamental que as

pessoas sejam valorizadas através

da prestação de serviços públicos

de qualidade