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MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO. TRADIÇÕES DA PÁSCOA De todo o mundo Uma nova identidade Cidadania de um tipo diferente Plenamente amada Segura como uma criança

TRADIÇÕES DA PÁSCOA - Activated...Alimenta em mim um desejo de ser mais como Ele, ou seja, mais terno para com os demais, mais generoso, mais atento às necessidades alheias, mais

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  • MUDE SUA V I DA . MUDE O MUNDO .

    TRADIÇÕES DA PÁSCOADe todo o mundo

    Uma nova identidadeCidadania de um tipo diferente

    Plenamente amadaSegura como uma criança

  • Volume 20, Número 4

    C O N TATO P E S S OA L“Quem quer o filho ?”

    Faz pouco tempo, reli a comovente história de um homem muito rico, cuja paixão era colecionar obras de arte, e seu filho. O autor da história é desconhecido e ela é citada em vários sermões e livros. É assim:

    Pouco depois da morte do filho desse argentário, que tombara quando resgatava outro soldado, um jovem

    bateu à porta da casa do pai enlutado segurando um pacote. “O senhor não me conhece”, disse o rapaz. “Sou aquele por quem seu filho deu

    a vida. Ele me levava para um lugar seguro quando um tiro fatal lhe ceifou a vida instantaneamente. Ele sempre falava do senhor e do seu amor pela arte, então eu lhe trouxe algo”, disse entregando para o homem o pacote que trouxera consigo e completou: “Sei que não é muito, mas quero que tenha isto.”

    Ao abrir o embrulho, o homem encontrou o retrato de seu filho, pintado pelo jovem cuja vida salvara. O quadro ganhou lugar de destaque na casa e sempre era mostrado a visitantes, antes das obras-primas da coleção.

    Quando o colecionador morreu, sua coleção de quadros foi a leilão. Ao lado de um cavalete sobre o tablado estava o quadro do filho, o leiloeiro bateu o martelo para abrir o leilão: “Começaremos pelo retrato do filho do falecido. Quem quer fazer um lance por esta obra?”

    Fez-se então silêncio por alguns instantes, até que alguém falou: “Queremos ver as pinturas famosas. Pule essa!”

    O leiloeiro não se deixou dissuadir: “O Filho. Quem quer O Filho?”Por fim, o jardineiro que por muitos anos trabalhara para aquela família, anunciou

    do fundo da sala: “Dou dez dólares pelo quadro.” O homem se sentia constrangido por oferecer tão pouco, mas era tudo que podia gastar.

    “Dez dólares. Quem dá 20?” “Deixe por dez e vamos em frente com o leilão!” — gritou alguém.“Dou-lhe uma, dou-lhe duas e dou-lhe três, vendida para o cavalheiro, por dez

    dólares!” Em seguida, o leiloeiro novamente bateu o martelo e anunciou o fim do leilão. “Quando fui chamado para ser o pregoeiro deste patrimônio, fui informado de uma cláusula secreta do testamento: somente o retrato do filho seria leiloado. Quem o arrematasse, herdaria todos os demais bens. O homem que escolheu o filho fica com tudo!”

    Como o leiloeiro, Deus pergunta hoje: “Quem quer o Filho?” Perceba: quem escolher o Filho, fica com tudo.

    O Filho de Deus morreu por nós há quase dois mil anos. Nesta Páscoa, lembremo-nos dEle juntos.

    Mário Sant’AnaEditor

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    Editor Samuel KeatingDesign Gentian Suçi

    © 2019 Activated. Todos os direitos reservados.

    Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e

    Tiago Sant'Ana.

    A menos que indicado o contrário, todas as

    referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia

    Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida

    — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por

    Editora Vida.

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  • Já teve a sensação de ter tomado a estrada errada, ou que você não nasceu destinado ao sucesso? Houve uma época quando minha vida não parecia fazer nenhum sentido, como o emaranhado de fios no lado avesso de uma tapeçaria.

    Um quadro grave de escoliose — um desvio lateral da espinha dorsal— me levou à depressão na infância e, na adolescência, potencializou as preocupações típicas com o futuro. Aos 15 anos, eu já usava drogas e chega a ser surpreendente que eu tenha sobrevivido àqueles anos de confusão e desalento. Eu não via Deus nem mesmo como uma opção remota.

    Quando eu tinha pouco mais de 20 anos, trabalhei como enfermeira na ala de oncologia, mas não suportei ver tanto sofrimento todos os dias.

    Meu tapeteA vida para mim era só desilusão e, sem saber o que fazer, decidi deixar a Alemanha, onde nascera, e viajar o mundo em busca da verdade. Na Índia, tentei em vão me tornar monja budista e vaguei pelas estradas poeirentas daquele país em busca de paz, felicidade e uma razão para viver.

    Um dia, no norte da Índia, conhe-ci um jovem missionário cristão. Di-vidi com ele meus questionamentos sobre a vida, para cada um dos quais ele me apresentou respostas no pe-queno exemplar da Bíblia que trazia consigo. Sete horas depois, minhas perguntas se esgotaram e decidi pôr à prova o que ele chamava de “promes-sas da Bíblia”. Minha vida estava para guinar para melhor e, em breve, veria o lado direito da tapeçaria e as coisas começariam a fazer sentido.

    Convidar Jesus para fazer parte de minha vida não provocou uma forte

    Por Iris Richard

    experiência emocional, mas, dias depois, algo maravilhoso aconteceu: as Palavras da Bíblia passaram a alimentar minha alma e a cada dia eu as compreendia melhor.

    E lá se vão 40 anos. Desde então, como um fio dourado que perpassa todo o tapete da minha vida, a Pa-lavra de Deus me conduziu a cruzar montanhas e vales; sob a luz do sol ou em meio a sombras; ladeando ribeiros refrescantes e nas travessias de desertos que pareciam sem fim. Independentemente do caminho ou do lugar, minha alma sempre vivenciou alegria, paz e crescimento espiritual.

    Iris Richard é conselheira no Quênia, onde tem se mantido ativa em trabalhos comunitários e voluntários desde 1995. ■

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  • fundamentais que nos trazem alegria, paz e confiança. A natureza do amor Deus, sua incondicionalidade e universalidade, é maravilhosa. Muitas vezes, o amor que vemos na sociedade é pautado pelo valor do que a outra pessoa traz para a mesa. Não é assim com Deus. Ele desfruta a nossa companhia e quer a nossa amizade. Seu amor profundo e constante é o que motiva Seu contínuo convite para cada ser humano se relacionar com Ele.

    Quando reflito no amor de Jesus por mim, sou levado a um lugar de gratidão, humildade e admiração. Alimenta em mim um desejo de ser mais como Ele, ou seja, mais terno para com os demais, mais generoso, mais atento às necessidades alheias, mais incondicional no meu amor pelos outros, respeitando cada um como um ser humano criado à Sua imagem, independentemente das circunstâncias em que a pessoa se encontre.1 Sem dúvida, é uma expectativa elevada, pois somos

    AMOR INCONDICIONALPor Peter Amsterdam

    Quando penso em sumarizar quem Deus é em uma única frase, a expressão “amor incondicional” é a primeira que me vem. Sem dúvida, Ele é muitas coisas e não Se confina a uma frase ou termo, mas lemos em 1 João 4:8 que Deus é amor. Essa é Sua essência e um dos Seus traços mais característicos. Não significa que Ele ame tudo o que fazemos —afinal, somos pecadores— nem que faça vista grossa para nossos pecados e erros, mas que nos ama, Seus filhos, incondicionalmente e nos perdoa se formos humildes o bastante para Lhe pedir perdão.

    O amor incondicional de Deus por nós é algo em que devemos refletir. No corre-corre diário, é fácil negligenciarmos algumas verdades

    sujeitos a falhas e incapazes de demonstrar amor incondicional aos outros da mesma maneira que Deus o faz por nós. Contudo, somos chamados para sermos como Cristo e isso inclui imitar Sua natureza e fazer o melhor ao nosso alcance para compartilhar com os demais a dádiva do Seu amor incondicional.

    Os cristãos devem se empenhar para serem mais como Jesus de todas as maneiras e isso inclui o fortalecimento dos nossos “músculos do amor incondicional”. Vejamos três passos que podemos dar nesta área de nossas vidas espirituais.

    1. Comece consigo mesmo. Saber que Deus ama cada um de nós completamente, apesar de nossas falhas, erros e defeitos, nos dá a certeza de sermos amados, valorizados, reconhecidos e de que somos Seus filhos para sempre. A partir desse lugar de força, somos mais capazes de amar os outros. Se não se sentir amado

    1. Ver Romanos 12:10; 1 Pedro 2:17.

    2. 2 Coríntios 12:9

    3. Romanos 5:5 NVI

    4. Romanos 5:5 NVI

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  • 3. Quando meditamos no amor de Deus, acessamos um lugar de bem-estar espiritual. Pensar no amor de Deus e na Sua total abnegação ao enviar Jesus para morrer pelos nossos pecados e assim nos reconciliar com Ele, nos motiva a segui-lO mais de perto, a superar o pecado e permitir que Seu Espírito nos guie e nos dê o poder para servi-lO. “As pessoas que vivem de acordo com a natureza humana têm a sua mente controlada por essa mesma natureza. Mas as que vivem de acordo com o Espírito de Deus têm a sua mente controlada pelo Espírito.”4

    Ação: Passe mais tempo com Jesus, para ser mais “controlado pelo Espírito” e, naturalmente, se comportará mais como Jesus. Costumo reler 1 Coríntios 13:4–8, pois me ajuda a redirecionar meus pensamentos e reações, para serem

    incondicionalmente por Deus, será muito difícil para você oferecer aos outros o Seu amor.

    Ação: Aceite o amor incondicional de Deus por você. Admita suas limitações e fraquezas, e se regozije na promessa que diz: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”2

    2. Quanto mais nos aproxi-marmos de Jesus, mais capazes seremos de permitir que o amor de Deus flua por nós para os que nos cercam. ”Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo.”3

    Ação: Mantenha-se perto de Jesus passando tempo regularmente com Ele em oração e na leitura da Sua Palavra. Peça por um preenchimento renovado do Espírito Santo.

    mais amorosos e orientados pelo Espírito de Deus.

    Nós, nascidos de novo quando recebemos Jesus como Salvador, somos ricamente abençoados. Recebemos muito na forma de perdão de nossos pecados e vida eterna, além do amor incondicional e orientação de Deus. Conforme crescemos em amor, podemos fazer nossa parte para animar nossos irmãos e irmãs no Senhor e ajudar a aproximar os outros dEle. Lemos em 1 João 4:7: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor é de Deus. Quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus”

    Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original. ■

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  • Sentado sozinho em um restaurante à espera de um amigo para almoçar, decidi escrever alguns pensamentos sobre o que Jesus significa para mim e o que mais amo nEle. E este foi o resultado:

    Sua aceitaçãoJesus nunca me condena. Sua

    compreensão, paciência e perdão são incomparáveis. Mesmo quando Ele repreende, o faz em amor. Ele tem um jeito de falar ao meu coração e me alertar para o meu pecado, que me faz querer mudar e ser uma pessoa melhor.

    Sua ajudaA Bíblia nos diz para lançar todas

    as nossas preocupações sobre Jesus, porque Ele vela por nós.1. Minha vontade, habilidades e autocontrole são insignificantes em comparação com o Seu poder. Muitos dos meus melhores trabalhos como tradutor e escritor foram feitos em momentos

    em que eu não sabia sobre o que escrever ou como expressar um pensamento, mas, de repente, do nada Deus Se manifestou por meio de uma boa ideia ou da excelente composição de um parágrafo.

    Sua misericórdiaJesus tem um jeito maravilhoso

    de olhar para as pessoas! É sempre muito positivo, mesmo quando estou irritado. Ele nunca perde a fé nas pessoas. No Antigo Testamento, quando o povo de Deus se rebelava vez após outra, Ele nunca desistiu deles, sempre ofereceu libertação, uma maneira de se arrependerem, e encorajamento para darem meia-volta e tentarem novamente, mesmo quando os castigou.

    Sua universalidadeMadre Teresa disse que via Jesus

    em cada ser humano. Um dia, Ele aparece como um mendigo; em outro, como um rei. De vez em quando, usa o traje de um homem de negócios; ou, a roupa de trabalho de

    um operário. Ele Se coloca no nível de todos.

    Seus planosAdoro o fato de que posso colocar

    minha vida em Suas mãos e confiar que Ele vai me ajudar a traçar a melhor rota. O poeta Robert Burns escreveu: “Os melhores planos de ratos e homens costumam dar errado.” Mas se eu O envolver na definição do caminho que devo seguir, posso ter confiança de que o destino será esplêndido, mesmo que eu tenha de passar por alguns maus bocados para chegar lá.

    O que acha de passar alguns minutos em gratidão e reflexão, para fazer uma lista dos seus motivos para amar Jesus? É uma atividade renovadora, e você pode reler a lista toda vez que sua visão ficar turva.

    Gabriel García Valdivieso é o editor da Conectate, a edição em espanhol da revista Contato e membro da Família Internacional no Chile. ■

    O QUE AMO EM JESUS

    Por Gabriel García Valdivieso

    1. Ver 1 Pedro 5:7.

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  • Um dos meus filmes favoritos é o clássico de 1967 Adivinhe Quem Vem para o Jantar, um período na história americana em que as questões raciais estavam em um momento crítico. A obra alcançou tremendo sucesso e se tornou um agente de mudança social.

    Conta a história de uma jovem branca, Joanna Drayton (Katharine Houghton), que leva seu noivo John Prentice (Sidney Poitier) para conhecer sua família. Apesar de os pais da jovem terem orgulho de serem liberais e progressistas em suas visões de mundo, suas vidas são profundamente abaladas quando os valores que defendiam em teoria

    foram postos a teste. Enquanto isso, John também tem de lidar com as objeções de seu pai que não aprova o casamento com uma branca.

    Apesar de o casamento inter-racial não ser visto com bons olhos na época e até ser ilegal em muitas partes da América, o amor de Joanna pelo noivo se mostra superior a quaisquer diferenças entre as aparências e preconceitos de então. É uma maravilhosa ilustração da maneira como Deus enxerga além da aparência, nacionalidade, raça, classe e gênero, e como Ele aceita pessoas em todo lugar que abrem o coração para Ele.1 Quando acreditamos em Jesus, Ele derruba as barreiras que nos dividem e nos torna um.2 O vínculo espiritual entre os crentes transcende todas as diferenças nacionais ou étnicas, pois nos tornamos cidadãos de um novo país, do reino de Deus,3 cujos valores e

    regras são radicalmente diferentes dos que prevalecem no mundo atual.

    Pelo Seu sacrifício na cruz, Jesus redime pessoas de todas as estradas da vida.4 No tempo em que esteve na Terra, escolheu para discípulos pessoas com histórias diversas e até questionáveis. Isso não mudou e Ele continua recebendo gente de todos os países e etnias.

    O reino de Deus é o melhor país ao qual se pode pertencer. Não é um território físico, mas existe nos corações dos crentes, ligados em uma comunidade de fé. É um país que jamais perseguiu os pobres, nunca oprimiu os fracos nem travou uma guerra pelos motivos errados. É um grande privilégio ser um cidadão do Reino de Deus.

    Uday Paul é escritor freelancer, voluntário e professor na Índia. ■

    UMA NOVA IDENTIDADE

    Por Uday Paul

    1. Ver Atos 10:34–35

    2. Ver Gálatas 3:28; Efésios 2:14.

    3. Ver Filipenses 3:20.

    4. Ver Apocalipse 5:9–10.

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  • O SORRISO DO MEU AVÔ

    Por Joyce Suttin

    meu coração e despertava em mim o desejo de mudar para melhor. Ele tinha o forte hábito de orar e sempre me lembrava de que a oração era a melhor maneira de fazer com que coisas boas acontecessem.

    Eu tinha 14 anos, despedindo-me da infância, quando fomos chamados ao hospital. Um a um, do mais velho ao mais jovem, pudemos entrar no quarto do hospital para vê-lo por apenas um momento.

    Depois do sorriso e do “Olá” —alegre como sempre, mas debilitado como nunca—, Vovô me tomou pela mão e disse: “Joyce, você sempre foi minha neta caçula favorita. Sei que às vezes é difícil para você encontrar o seu lugar e saber onde se encaixa. Muitas vezes, você não sabe o que fazer e acha que não vai ser ninguém importante. Mas quero que saiba que Deus a ama e tem um plano especial para sua vida.”

    Minha mãe, então, tocou-me com suavidade o ombro e me levou para fora do quarto. “O vovô precisa descansar”, disse ela.

    Ele estava deitado em um leito hospitalar coberto por lençóis brancos e conectado a aparelhos por um emaranhado de mangueiras e fios. Aproximei-me e mal reconheci aquela pessoa de pele pastosa e bochechas murchas. Mas quando abriu os olhos e sorriu para mim, tive de me esforçar para não saltar em seus braços como sempre fizera. Meu avô, a pessoa que eu mais amava em todo o mundo, tivera um sério ataque do coração.

    Ele sempre fora meu melhor amigo, confidente, conselheiro e me ajudava com meus problemas com amigos e irmãos. Eu era a caçula, tímida, desajeitada e insegura de mim mesma, mas meu avô sempre soube me dar o incentivo que eu precisava. Quando eu precisava de um amigo, ele brincava comigo. Quando eu buscava um ombro para chorar, ele tinha dois ao meu dispor. Seu abraço grande e caloroso sempre foi o lugar mais reconfortante da terra para mim! E na hora de me corrigir, sabia ser firme e terno ao mesmo tempo. Chegava ao fundo do

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  • Dois dias depois voltei a vê-lo, vestido no seu melhor terno e deitado em um caixão. Quase incapaz de respirar por conta do cheiro de tantas flores, tive meu momento final com ele. Dessa vez, seus olhos azuis bri-lhantes não abriram. O medo se mis-turou a muitas outras emoções quan-do me cheguei a ele, mas então vi seu rosto e seu sorriso encantador me disse que tudo estava bem. Sim, ele morrera como sempre havia vivido: sorrindo. As pessoas falaram por dias sobre o sorriso de meu avô. O agente funerário disse que tentara, sem sucesso, mudar a expressão do meu avô, porque nunca vira nada assim e lhe parecia um pouco assustador. Ele deixou muito pouco na forma de dinheiro e bens; seu testamento maior foi o sorriso de paz e satisfação.

    Minha família sempre frequentou a mesma igreja na zona rural de um município tão pequeno que sequer aparece no mapa do nordeste dos Estados Unidos. Todo domingo, meu avô chegava pelo menos 20 minutos atrasado, trazendo atrás de si pelo menos 30 crianças. Era o seu ministério: juntar as crianças das fa-mílias pobres que viviam nas colinas próximas e trazê-las para a igreja.

    Certa vez, em uma agência bancária de uma cidade próxima, um jovem empresário ouviu meu pai dizer seu nome.

    “Hancock?” — perguntou o jovem. “Você por acaso é parente de Ed Hancock?” E contou que, quando era criança, meu avô sempre se certificava que ele fosse à igreja.

    “Era legal, mas o que realmente mudou minha vida, foi quando ele

    O SORRISO DO MEU AVÔ

    me disse: ‘Você vem de uma família pobre e às vezes acha que não vai ser ninguém importante. Mas quero que saiba que Deus o ama e tem um plano especial para sua vida’”

    Na adolescência e durante a faculdade, convivi com professores ateus e amigos céticos, vi minha fé enfraquecer e às vezes não sabia no que acreditar. Mas nem mesmo no auge das minhas incertezas consegui ignorar a memória do sorriso e da fé de meu avô.

    Há mais de quatro décadas, decidi dedicar a vida a Deus e descobrir o que Ele conseguiria fazer com alguém tão inexpressivo quanto eu. Desde então, trabalhei em dez países, compartilhando o amor de Deus com os outros e aproximando as pessoas de Jesus. Superei minha timidez, falei diante de grupos numerosos, conduzi seminários e ensinei a centenas de crianças, adolescentes e jovens adultos. Fiz muitas coisas que a Joyce de 14 anos, tímida e complicada, jamais sonhou fazer.

    E Deus continua a colocar pessoas especiais no meu caminho. Quando as vejo com medo e tímidas, tomo-as pela mão e, sem pensar, fluem de meus lábios as palavras: “Sei que às vezes você não sabe o que fazer e se preocupa com o que vai se tornar. Mas quero que saiba que Deus ama você e tem um plano especial para sua vida”.

    Joyce Suttin (nome de solteira, Hancock) é professora aposentada, escritora e vive em San Antonio, EUA. ■

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  • Cada ano, quando chega a Páscoa, sinto-me pequeno ao pensar no que Jesus passou por nós. Todo sofrimento, angústia e dor que sofreu nas horas que antecederam à Sua cruel execução. Sem falar na tortura mental de saber tudo que estava para Lhe acontecer. Sim, Ele sabia o propósito de tudo aquilo, mas isso não tornava toda a dor menos terrível. Na verdade, Ele chegou a pedir uma exceção, quando estava na cruz.1

    Ele poderia ter Se poupado, desistido ou até convocado os anjos para Seu resgate.2 Por que não fez nada disso? Porque mais importante do que pôr um fim a todo o tormento físico e mental que sofria, Ele desejava nos resgatar.

    A PAIXÃO DO CRISTÃO

    Ele amou sem preconceitos. Quando um centurião —um membro do opressor regime militar romano— procurou Jesus pedindo-Lhe que curasse seu servo, Ele o atendeu prontamente. Amou aquele soldado e seu servo tanto quanto qualquer outra pessoa.3 A samaritana com quem conversou à beira do poço era de uma cultura estrangeira, membro de uma população que os judeus faziam de tudo para evitar — e era uma mulher. Mas quando Jesus viu nela um coração que sofria, mostrou-lhe que ela era especial para Deus.4

    Ele foi além das normas sociais para mostrar compaixão. Foi inclusivo, mesmo em detrimento da própria reputação. Uma mulher

    Por Chris Mizrany

    1. Ver Lucas 22:42.

    2. Ver Mateus 26:53.

    3. Ver Mateus 8:8–13.

    4. Ver João 4:7–26.

    5. Ver Lucas 7:37–50.

    6. Ver Mateus 12:10–12.

    7. Ver Lucas 19:2–10.

    8. Ver Lucas 17:12–19; Marcos 1:40–42.

    9. Ver João 11:35.

    10. Ver Mateus 14:30–31.

    11. Ver Marcos 16:7.

    12. Ver João 20:24–28.

    13. Ver Salmo 103:14.

    14. Ver Marcos 11:15;

    Lucas 11:46; João 8:44.

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  • (conhecida pela sua vida de pecado) aproximou-se de Jesus quando Ele comia e começou a chorar em arrependimento. Lavou-Lhe os pés com suas lágrimas e os secou com os cabelos. Os líderes religiosos e os outros que comiam com Cristo se escandalizaram por Jesus Se permitir tocar por aquela mulher. Então lhes contou uma parábola sobre um grupo de homens cujas dívidas haviam sido perdoadas e perguntou aos Seus críticos: “Quem, a seu ver, amará mais o credor misericordioso: os que deviam pouco ou os que tinham dívidas grandes? Quando disseram que achavam que seriam aqueles a quem muito fora perdoado, Jesus simplesmente respondeu: “Responderam corretamente.” Então, voltando-se para a mulher, disse-lhe diante de todos: “Seus pecados estão perdoados.” E pronto.5

    Ele curou os doentes inclusive no Sábado —quando as leis religiosas proibiam o trabalho — e explicou por que fizera isso.6 Jantou com Zaqueu, o odiado coletor de impostos.7 Conversou amigavelmente com os leprosos e os curou.8

    Jesus Se sensibilizou pelo sofrimento dos outros. Quando Lázaro morreu, chorou movido de íntima compaixão.9 Quando Pedro começou a afundar, estendeu-lhe a mão e o salvou.10 Após Sua

    ressurreição, Jesus fez questão de Se referir a Pedro pelo nome —apesar de que este O negara enfaticamente—, pois queria que ele soubesse que o perdão está sempre à disposição.11 Mesmo quando Tomé duvidou da realidade da ressurreição, Jesus sem restrições deixou Tomé fazer as verificações que queria e buscar as evidências que precisava.12 Ele sabia que Seus discípulos às vezes fraquejavam e se deixavam levar pelas emoções. Ele sabe que também somos assim, mas continua nos amando.13

    Jesus Se posicionou pelo que era certo. Expulsou os cambistas do Templo e denunciou os hipócritas e mentirosos sempre que cruzavam Seu caminho. Era sábio, longânimo e terno, mas também sabia ser sincero, sem se importar com as consequências.14

    Por isso, se verdadeiramente quisermos ser como Cristo, podemos ter como padrão o estabelecido pelo próprio Jesus em Mateus 22:37–40: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento [e] ame o seu próximo como a si mesmo”.

    Se cada um amar Deus de todo o coração, alma e entendimento, naturalmente escutaremos o que Ele tem a dizer. Não teremos outros deuses diante dEle, não

    tomaremos Seu Nome em vão nem esqueceremos de reservar tempo para Ele. E se amarmos as pessoas que nos são próximas como a nós mesmos, não mentiremos, não furtaremos, não mataremos, não cobiçaremos, etc. Na verdade, faremos esforços adicionais para beneficiarmos os outros. Amaremos incondicionalmente, pois é assim que fomos amados. Vamos nos posicionar pelo que é certo porque Deus e Sua Palavra serão nosso exemplo. Vamos ajudar os outros, sabendo que somos todos iguais aos olhos do Senhor, mesmo que isso exija ultrapassar os limites do quadrado do socialmente aceito.

    Talvez nos desviemos de vez em quando, ignoremos nosso Mestre ou até neguemos nossa associação com Ele. Porém, como o Filho Pródigo, se dermos meia-volta e avançarmos rumo ao perdão, nosso Pai nos encontrará com os braços abertos.

    Por meio do Seu sofrimento, morte e gloriosa ressurreição na manhã de Páscoa, podemos viver todo dia com paixão, a paixão do cristão.

    Chris Mizrany é web designer, fotógrafo e missionário na organização Helping Hand na Cidade do Cabo, África do Sul. ■

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  • Sempre gostei muito da Páscoa. O Natal é uma celebração de alegria e de euforia da qual todo mundo pode participar —inclusive os não cristãos—, mas sinto que a Páscoa celebra o que Jesus fez pelos indivíduos.

    A essência da Páscoa é a relação entre mim e Jesus. Eu nunca entendi essa relação quando criança. Jesus era meu amigo, com certeza, mas nada além disso. Acho que via Jesus como um “passe livre”, alguém que estava lá para me apoiar, mas somente quando necessário.

    Era um relacionamento unidirecional, por assim dizer, e eu não me dava conta do que estava perdendo, até que, uma noite, quando eu tinha 14 anos, estava ouvindo música, e começou uma canção que eu nem me lembrava de fazer parte da minha playlist. A letra foi escrita para expressar a perspectiva de Jesus e dizia o seguinte:

    “Eu teria morrido por você, Mesmo se só houvesse você Eu teria chorado por você, Mesmo se só houvesse você, Eu teria ressuscitado,Mesmo se só houvesse você”.

    A canção falava de todas as coisas que Ele havia passado por mim e que está disposto a fazer por mim, como se só eu existisse. Lembro de ficar na cama pensando sobre a enormidade desse conceito. O Filho de Deus desceu à Terra e passou por um sofrimento tremendo, foi torturado, maltratado e até morreu por mim.

    Mesmo não sendo muito emotiva, afundei o rosto no travesseiro e chorei, pois só pensar em um amor assim era demais para mim. Seu coração estava de tal forma repleto de amor por mim que Ele Se permitiu ser transpassado pelos meus erros. Esse Homem, que sabia que seria rejeitado, desprezado e

    aviltado viu minha alma e a achou digna de tamanho sacrifício. Não foi uma tarefa fácil. Cada uma das experiências humilhantes e dolorosas que Ele vivenciou foi um sacrifício que fez por todos, individualmente, que viveram, vivem ou viverão neste planeta.

    É por isso que a Páscoa é tão especial para mim, porque conta a história de um Deus sempre presente e muito amoroso, e até que ponto Se dispôs a ir para ter um relacionamento comigo. Sei que jamais amarei como Ele, mas tentarei dar a Ele todo o amor que tenho.

    Amy Joy Mizrany nasceu e vive na África do Sul, onde é missionária em tempo integral com a organização Helping Hand. No seu tempo livre, estuda microbiologia e toca violino. ■

    A DÁDIVA DE DEUS PARA MIM

    Por Amy Joy Mizrany

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  • No último Domingo de Páscoa, assei um bolo de limão para um pequeno grupo de amigos e lemos juntos a história da Páscoa. Cada um acompanhava a leitura em seus exemplares da Bíblia e discutíamos os pontos interessantes conforme surgiam. Ao fim da leitura, demos as mãos e oramos por cura e perdão para nós mesmos, por nossos familiares e pelos amigos que não puderam estar conosco naquele dia.

    Depois que todos saíram, navegava pela Internet quando sem querer encontrei uma citação inédita para mim, que me impressionou muito:

    Para o cristão, o céu é onde Jesus está. Não temos de especular como é o céu. Basta sabermos que estaremos para sempre com Ele. Quando amamos alguém de todo o coração, a vida começa quando

    estamos com essa pessoa; só nos sentimos verdadeiramente vivos na companhia dela. O mesmo acontece com Cristo. Neste mundo, nosso contato com Ele é uma sombra, porque só conseguimos ver através de uma lente escura. [...] a melhor maneira de definir é dizer que sentir-se no céu é perceber a presença de Jesus e que nada nos separará dEle.1

    Sensibilizada, ocorreu-me do nada: Envie para seus amigos. Não sabia se iria impressionar os outros ou não, mas mandei para um grupo do qual faço parte, desejando a todos Feliz Páscoa e dizendo que estava orando por eles.

    A primeira resposta veio instantes depois. Uma amiga com quem eu não tinha contato fazia meses, agra-deceu-me por compartilhar a citação e disse que o texto havia chegado em um dia de fortes provações para ela.

    A alegria da Páscoa

    Por Lily Neve

    Fiquei pensando na resposta dela enquanto levei meu cachorro para caminhar à noite. Lembrei que, por muito pouco, escolhera não mandar aquela citação. É só uma citação. Provavelmente nem fará diferença para os outros. Lembro que muitas vezes pensei que as coisas que eu fazia não eram importantes, não eram grandes o bastante ou que teriam mais sentido se fossem mais espetaculares.

    Ao virar a esquina em uma rua quieta e residencial, deparei-me com uma lua cheia exuberante que surgia como se fosse o nosso destino. Meu coração se encheu de alegria. A Pás-coa é o momento para celebrarmos a ressurreição e a nova vida, e aquela noite tive a impressão que uma nova vida começava para mim.

    Lily Neve é membro da Família Internacional no sul da Ásia. ■1. William Barclay (1907–1978)

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  • véspera da Páscoa. Uma grande vela acesa sobre o altar representa Jesus como a luz do mundo e é usada para acender a vela de cada adorador. Essa tradição representa a propagação da luz de Jesus em todo o mundo.

    As crianças das igrejas ortodoxas na Grécia e no Leste Europeu são vistas batendo ovos decorados como se fossem instrumentos. Uma criança diz: “Cristo ressuscitou” e a outra responde: “Ressuscitou mesmo!”.

    Muitas pessoas ao redor do mundo encenam a história da Páscoa em peças sobre a Paixão de Cristo. Talvez a mais famosa seja a encenada pelos aldeões de Oberammergau, no sul da Alemanha. Foi realizada pela primeira vez em 1634, para pagar uma promessa feita pelos habitantes durante um surto de peste bubônica e, desde 1680, somente em três ocasiões não se realizou a festa que ocorre a cada dez anos.

    Em países do Leste Europeu, o cordeiro é um importante símbolo da Páscoa. Muitas pessoas servem

    TRADIÇÕES DA PÁSCOA

    cordeiro para a festa da Páscoa, ou fazem um bolo em forma de cordeiro. Jesus é referido na Bíblia várias vezes como o cordeiro de Deus. Por exemplo, ao ver Jesus, João Batista disse: “Eis aqui! O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!”1 No mesmo dia em que Jesus foi crucificado, o cordeiro da Páscoa foi sacrificado no templo judeu. Os cordeiros sacrificados na Páscoa dos Judeus precisavam ser sem defeito.2 Jesus era sem pecado e Sua morte comprou o perdão do pecado e a salvação para todos aqueles que o aceitarem como Salvador.

    A Páscoa é um momento para celebrar recomeços. Deixe Jesus tocar sua vida, se Ele já não o fez, e Ele lhe dará céu daqui por diante, bem como uma nova página para você escrever uma história maravilhosa aqui e agora.

    Curtis Peter van Gorder é roteirista e mímico3 na Alemanha. ■

    Por Curtis Peter van Gorder

    A Páscoa é uma das mais importantes celebrações cristãs, comemorando a ressur-reição de Jesus, três dias após Sua crucificação. Algumas tradições relacionadas a essa data em vários países podem ter se originado em outras fés ou costumes, mas continu-am imbuídas de significados com os quais podemos nos identificar.

    No Japão, lírios silvestres brotam em campos não cultivados a cada primavera, portanto, não é surpreen-dente que o lírio seja um símbolo favorito da Páscoa lá, assim como em muitas partes do mundo. Os brotos brancos e puros nos lembram como Jesus nos recebeu, sujos com o pecado e nos lavou. Como os lírios brotam depois de um longo inverno, Jesus nos dá nova vida por Sua ressurreição.

    Na Rússia, cristãos ortodoxos fazem uma vigília de oração na

    1. João 1:29

    2. Ver Êxodo 12:5.

    3. http://elixirmime.com

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  • Quando minha caçula tinha uns dois anos, eu a colocava para dormir em sua própria cama. Às vezes, quando ela estava cansada, era uma tarefa fácil que tomava apenas alguns minutos; quando não, a experiência era marcada por cenas de teimosia e resistência da vontade dela contra a minha. Mas ela sempre cedia e dormia pacificamente. (A mamãe venceu!)

    Aquele doce sono durava o bastante para eu ir para minha cama e adormecer. Então, infalivelmente, minha garotinha acordava e decidia que devia ir dormir com seus pais.

    Saía da cama, juntava toda a parafernália que julgava importante ser levada para nossa cama e cambaleava até nosso quarto. Chegando lá, acordava um de nós com tapinhas e uma vozinha mansa: “Vô dumi aqui com vocês”. E infalivelmente concordávamos e a ajudávamos a “se instalar”. Era

    PLENAMENTE AMADASPor Marie Alvero

    um processo. Primeiro ela nos entregava sua bagagem: copinho de beber água, travesseirinho, cobertor, boneca, animais de pelúcia, etc. Tão logo se estabelecia como ocupante principal do leito, ela caía no sono, geralmente com o rostinho encostado no meu ou no de meu marido. Essa foi a história todas as noites por muitos anos.

    Esse adorável rito era como uma ilustração diária do amor de Deus por mim. Eu podia me imaginar como uma criança, indefesa e sem noção, aconchegada nos braços de Deus. E tudo que Ele sentia era ter-nura para comigo e queria apenas me aninhar em Seus braços. Ele nunca Se irritava comigo, assim como eu nunca senti coisa alguma se não amor pela nossa invasora noturna.

    Ainda comparo aquelas noites em que dormíamos juntinhas com a maneira como Deus sussurra Seu amor para mim. Ele me mostrou que, assim como minha filha nunca

    hesitava em invadir nosso espaço e comunicar suas necessidades, eu também devo ir a Ele sem nenhum temor de rejeição.

    Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente vive com o marido e os filhos na Região Central do Texas, nos EUA. ■

    Quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão vasta é a soma deles! Se os contasse, seriam em maior

    número do que a areia. Quando acordo ainda estou contigo!

    — Salmo 139:17–18

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    Para vivenciar o amor de Deus, peça a Seu filho, Jesus,

    que entre em sua vida: Querido Jesus, obrigado por morrer por

    mim e perdoar meus pecados. Por favor, entre em meu coração e me ajude a conhecê-lO e a dividir Seu

    amor com os outros. Amém.

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  • A COISA REAL

    Com amor, Jesus

    Não sou uma invenção, fruto da imagi-nação de alguém nem uma fábula. Sou real e sou o que você precisa. Posso lhe trazer conforto, no lugar da ansiedade; fé, no lugar do temor; paz, para substituir a preocupação; felicidade, em vez de tristeza; e respostas para suas perguntas. Posso ser sua força, seu auxílio na hora da neces-sidade, seu amigo e companheiro. Isso não significa que você jamais terá outro problema ou desafio na vida, mas que posso ajudá-lo com os problemas da vida.

    Sua vida consiste de mais do que o físico e o material. Você também tem necessidades espirituais, às quais tenho o poder para atender e aplacar a fome do seu espírito. No Meu Espírito, você encontrará verdadeiro amor e satisfação. Posso encher sua vida com verdadeiro amor, tranquilidade, uma amizade infalível, respostas e forças para cada tarefa.

    Abra seu coração e receba Minhas bênçãos e Minha verdade. Estenda os braços, receba Meu amor e viva plenamente.