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Anais Eletrônicos do IX Congresso Brasileiro de História da Educação João Pessoa – Universidade Federal da Paraíba – 15 a 18 de agosto de 2017
ISSN 2236-1855 1042
TRAJETÓRIA DAS ESCOLAS DE CONTABILIDADE NO ESTADO DE SERGIPE (1923-1972)
Gilvânia Andrade do Nascimento1
Gleidson Santos da Silva2
Simone Silveira Amorim3
Introdução
Pesquisar sobre a história das escolas de Contabilidade traz contribuições significativas
para o conhecimento histórico da Educação em Sergipe, no campo das Ciências Contábeis.
Assim sendo, o objetivo deste artigo é explicitar a trajetória das escolas de contabilidade no
Estado de Sergipe, tendo como fontes as legislações4, Jornais, Atas, Diplomas e outros textos
normativos que se relacionem com o objeto de estudo da pesquisa. Essas fontes possibilitam
a compreensão do processo histórico em articulação com contextos mais amplos, culturais.
Para tanto, diversas fontes têm sido utilizadas em estudos mais recentes, especialmente
no campo da História da Educação, a fim de situar a participação do conjunto de agentes
criadores desse conhecimento. Quanto às fontes, relata Burke:
Os maiores problemas para os novos historiadores, no entanto, são certamente aqueles das fontes e dos métodos. Já foi sugerido que quando os historiadores começaram a fazer novos tipos de perguntas sobre o passado, para escolher novos objetos de pesquisa, tiveram de buscar novos tipos de fontes, para suplementar os documentos oficiais. (BURKE 2011, p. 25)
Neste sentido, passou-se a utilizar como fontes, no sentido de suplementar os
documentos oficiais, a história oral, as imagens, estatística. Até mesmo uma releitura de
alguns documentos oficiais evidenciando aspectos anteriormente ignorados, como o contexto
de elaboração e a intencionalidade deles.
Deve-se ressaltar que o papel do pesquisador na construção desse conhecimento
histórico é de grande importância, pois ele tem a responsabilidade de construir uma versão
1 Mestranda em Educação (Bolsista CAPES/PROSUP TAXA/UNIT ) pela Universidade Tiradentes/Unit. E-mail: <[email protected]>.
2 Mestrando em Educação (CAPES/FAPITEC-UNIT) pela Universidade Tiradentes/Unit. E-mail: <[email protected]>.
3 Docente da Universidade Tiradentes/UNIT no Programa de Pós-Graduação em Educação. Doutora em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (2012). E-mail: <[email protected]>.
4 Legislações utilizadas: Leis, Decretos, Decretos-Leis, Resoluções.
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mais próxima possível da verdade. Assim, a “[...] narrativa dentre outras narrativas, a história
singulariza-se, entretanto, pelo fato de que mantém uma relação específica com a verdade ou,
antes, de que suas construções narrativas pretendem ser a reconstrução de um passado que
existiu”. (CHARTIER, 2002, p. 237). Portanto, busca-se reconstituir, com este texto, a
história das escolas de Contabilidade no Estado de Sergipe, tendo em vista fazer uma reflexão
sobre a trajetória dessas escolas de Contabilidade, em nosso estado, reconstruindo sua
memória e sua evolução.
Ressalta-se, também, as redes de interdependência, pois “[...] cada pessoa que passa
por outra, como estranhos aparentemente desvinculados na rua, está ligada a outras por
laços invisíveis, sejam estes laços de trabalho e propriedade, sejam de instintos e afetos”
(ELIAS, 1994, p. 22). Neste sentido, os variados tipos de funções, por mais díspares que
possam demonstrar ser, tornam-se dependentes, imbricadas, vivendo em uma rede de
interdependências.
Essa compreensão é necessária, pois assim como ocorrem alterações e permanências,
altera-se também a história das ideias educacionais, profissionais e pedagógicas e é preciso
compreender não somente como alguns grupos particulares – professores, intelectuais,
políticos, bacharéis – têm autoridade suficiente para introduzir mudanças, mas também em
que medida as ações desses professores, intelectuais, políticos, bacharéis interferem no
quadro geral da educação e da cultura em uma determinada época, repercutindo suas ações,
muitas vezes, por um longo período.
A reescrita da trajetória das escolas de contabilidade no estado de Sergipe foi feita a
partir dos pressupostos da História Cultural, a qual, segundo Chartier (1988, p. 17), “tem por
principal objetivo identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma
determinada realidade social é construída, pensada e dada a ler”, permitindo recuperar fatos
importantes ocorridos através de documentos oficiais, depoimentos, fotografias
contribuindo, assim, para uma melhor compreensão do fato ocorrido.
Neste sentido, o interesse pela temática deste artigo surgiu após algumas leituras sobre
as escolas de contabilidade em Sergipe e pelo fato de existir poucos textos sobre o tema5.
Iniciaram-se, assim, os primeiros passos para a pesquisa tendo como foco o interesse acerca
da história das escolas de contabilidade e sua evolução.
Para este estudo foi selecionado como marco temporal inicial o ano de 1923, período da
criação da Escola de Comércio Conselheiro Orlando, na cidade de Aracaju, regulamentada
5 Escola Técnica de Comércio de Itabaiana: a formação de profissionais contabilistas (1967-1978) de ANDRADE, José Paulo de.
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três anos depois, através do Decreto nº 17.329, de 28 de maio de 1926. No ano de 1972 o
MEC- Ministério da Educação oficializou a implantação dos cursos superiores de Ciências
Econômicas, Administrativas e Contábeis no colégio Tiradentes, momento escolhido como
marco final. Para alcançar o objetivo proposto para este texto, far-se-á a apresentação do
contexto educacional em que a Escola e a Faculdade mencionadas foram criadas,
evidenciando a importância das mesmas para as Ciências Contábeis no Estado de Sergipe.
Da Escola de Comércio à Universidade
A trajetória das escolas de Contabilidade em Sergipe se inicia com a criação das escolas
de aprendizes na administração do Presidente da República, Nilo Peçanha,6 que baixou o
Decreto 7.566, de 23 de setembro de 1909, criando 19 Escolas de Aprendizes e Artífices que
tinham como objetivo oferecer ensino profissionalizante gratuito aos menos afortunados.
A Escola de Comércio Conselheiro Orlando, foi criada no ano de 1923, na cidade de
Aracaju. Outras escolas Técnicas também foram criadas nas cidades interioranas do estado
de Sergipe, podendo-se destacar a Escola Técnica de Comércio de Itabaiana, criada em um
dos maiores pólos empresariais do estado de Sergipe e que nasceu da necessidade de
remodelação social-econômica pela qual vinha passando a cidade de Itabaiana.
Já nos fins da década de 40 foi a vez da cidade de Estância criar a Escola Técnica de
Comércio e teve como objetivo formar auxiliares e técnicos em contabilidade. A fundação
dessa escola beneficiou seus jovens e elevou ainda mais o nome da cidade. Convém registrar
que era uma cidade dotada de serviços farmacêuticos, hospitalares e médicos, porém, quando
se tratava da educação, restringia-se a proporcionar educação primária e os pais possuidores
de recursos suficientes enviavam seus filhos para estudar em cidades mais desenvolvidas.
O interesse pela educação partiu da classe dominante, em Sergipe, que tinha o intuito
de assegurar aos seus filhos cargos na administração, no legislativo e no poder judiciário.
Com isso pode-se conjecturar que seria esse o maior motivo para a falta de interesse na
implantação de um ensino profissionalizante que permitisse o acesso da população mais
carente.
6 Nilo Procópio Peçanha foi responsável por concluir o quinto período de governo republicano, de 14/06/1909 a 15/11/1910. Advogado, nasceu na cidade de Campos, estado do Rio de Janeiro, em 1867. Era presidente do estado do Rio de Janeiro quando, em 1906 foi um dos signatários do Convênio de Taubaté-SP, assim como os presidentes de São Paulo e Minas Gerais. Eleito vice-presidente, e acaba por assumir o cargo a 14 de junho de 1909, com a morte do titular, Afonso Pena. Embora seu mandato tenha se dado em um espaço de tempo tão breve, Nilo Peçanha foi responsável, entre outras coisas, pela reorganização do Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI - sob a direção do tenente-coronel Cândido Rondon), além de dar impulso ao ensino técnico-profissional.
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Para explicar a situação mencionada anteriormente, é preciso voltar no tempo, ao ano
de 1915, pois foi quando, no governo de Graccho Cardoso, foi fundado o Colégio Nossa
Senhora das Graças na cidade de Propriá, destinado ao ensino primário para as meninas,
pela congregação das Irmãs Hospitaleiras da Imaculada Conceição, mas que só em 1932 foi
equiparado à escola Normal Rui Barbosa. No ano de 1929 surgiu o colégio Imaculada
Conceição na cidade de Capela, também com o objetivo do ensino primário para as meninas.
A criação desses dois colégios seriam as medidas iniciais tomadas para a implantação do
curso profissionalizante no estado.
Assim, o governador Graccho Cardoso7 foi considerado como inovador na Educação
Sergipana, por ter dado autonomia ao já existente curso comercial que funcionava no Colégio
Atheneu e com isso implantou o ensino comercial denominado de escola do Comércio
Conselheiro Orlando8. O curso foi implantado com uma duração de três anos, concedendo
àqueles alunos concludentes o diploma de Perito em Comércio e Contabilidade.
O Presidente da República, de acordo com o parágrafo 1º do art. 48 da Constituição
Federal e tendo em vista os Decretos Legislativos nº 1.339, de 9 de janeiro de 1905, declarou
como instituição de utilidade pública a Academia de Comércio do Rio de Janeiro,
reconhecendo os diplomas por ela conferidos como de caráter oficial; e o Decreto legislativo
de nº 4.724 A, de 23 de agosto de 1923, que autorizou o Poder Executivo a relevar a
prescrição em que caíram os saldos das subvenções votadas em 1913 e 1914 para a Faculdade
de Direito de Recife, que criou o Decreto nº 17.329, de 28 de Maio de 1926 que approvou o
regulamento para os estabelecimentos de ensino técnico comercial reconhecidos oficialmente
pelo Governo Federal.
O Decreto nº 17.329/26 registra, no Art. 2º, as matérias a serem ministradas pelas
escolas de ensino de comércio, oficialmente reconhecidas pelo Governo Federal, no curso
geral que deveria ser concluído em quatro anos:
a) propedeuticas: lingua portugueza, franceza e ingleza; noções de sciencias naturaes (physica; chimica e historia natural); mathematicas (arithmetica, algebra e geometria); geographia physica e politica, chorographia do Brasil; historia geral e do Brasil; instrucção moral e civica, calligraphia; dactylographia e desenho. b) technicas: noções de geographia economica e da historia do commercio, agricultura e industria; merceologia e technologia merceologica; mathematicas applicadas (operações financeiras a curto e a longo prazo); noções de direito constitucional, civil e commercial; legislação de fazenda e
7 Foi presidente do Estado de Sergipe, no período de 1922 a 1926. 8 O eminente sergipano e consagrado jurista foi um dos mais brilhantes expoentes da cultura jurídica, no Brasil,
nos dias do império, notabilizando-se, sobretudo, ao comentário ao direito comercial pátrio então codificado (NUNES, 2008, p. 261).
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aduaneira; pratica juridico-commercial; contabilidade (integral); complementos de sciencias naturaes applicadas ao commercio; estenographia; mecanographia; pratica de commercio. (BRASIL, 1926)
Convém registrar que o curso estava dividido em propedêutico, que se tratava de um
aprendizado prévio de uma disciplina ou matéria, etapa inicial do processo de aprendizagem
e dos cursos técnicos também. Essas disciplinas correspondiam apenas ao curso geral,
obrigatórias a todos os estabelecimentos de ensino do comércio e eram distribuídas entre o
primeiro e o quarto ano, período estabelecido para conclusão do curso. Já o Decreto nº
20.158 de 30 de junho de 1931, relata em seu Art. 2º que:
O ensino comercial constará de um curso propedêutico e dos seguintes cursos técnicos: de secretário, guarda-livros, administrador-vendedor, atuário e de perito-contador e, ainda, de um curso superior de administração e finanças e de um curso elementar de auxiliar do comércio. (BRASIL, 1931)
Como se vê, o Decreto nº 20.158/31 foi criado para organizar o ensino de comércio,
antes dividido em curso geral e superior, que era facultativo. O curso geral estava dividido em
propedêutico e técnico. Com o novo Decreto a estrutura o curso técnico ficou dividido em: de
secretário, guarda-livros, administrador-vendedor, atuário e de perito-contador e o curso
superior em Administração e finanças. Também foi criado um curso de auxiliar de comércio.
A Escola do Comércio Conselheiro Orlando, que foi criada no ano de 1923, até o ano de
1931 manteve suas aulas de Comércio de acordo com o Decreto nº 17.329, de 28 de Maio de
1926, aprovado pelo Ministro Miguel Calmon. Naquele mesmo ano foi também aproado o
Decreto nº. 20.158/1931 que organizou o ensino comercial, regulamentando a profissão de
contador e dando outras providências. No dia 8 de agosto de 1932, o Interventor Federal no
estado de Sergipe, considerou que a escola de comércio Conselheiro Orlando não estava
organizada de acordo com Decreto nº. 20.158/1931, ficando, assim, impossibilitada de ser
reconhecida pelo Governo da República.
A Escola de Comércio, não sendo reconhecida pelo governo, teve como implicação o
fato de que os diplomas por ela expedidos não habilitavam, oficialmente, seus portadores.
Para que fosse reconhecida pelo Governo da República, foi criado o Decreto Estadual nº 118
de 8 de agosto de 1932, organizando a escola de acordo com o Decreto nº. 20.158/1931.
Assim, iniciou-se o ensino de contabilidade no estado de Sergipe. Segundo Thetis Nunes
(2008), a Escola de Comércio Conselheiro Orlando, no ano de 1926, apresentou um registro
de 31 alunos matriculados, consolidando o ensino de Contabilidade em nosso Estado. Este
fato foi registrado conforme mensagem apresentada a Assembleia Legislativa:
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Apesar de sua curta existência, importante tem sido os seus serviços prestados por esse instituto à instrução e educação profissional da mocidade sergipana. Os seus benefícios refletem-se, de modo auspicioso, nos meios comerciais do estado, onde já se contam hábeis auxiliares por ele diplomados. (Presidente do Estado, Aracaju, Imprensa oficial, p. 13).
Esse desempenho era causado pela absorção dos seus egressos no comércio local, o que
mereceu uma mensagem do Manuel Correia Dantas9, à Assembleia Legislativa, reconhecendo
os serviços prestados por aquela instituição em favor do ensino profissional para a juventude
sergipana.
No ano de 1948, conforme a Lei Estadual nº 73 de 12 de novembro, foi implantada a
Faculdade de Ecomonia do estado de Sergipe para funcionar sob o regime da legislação-
federal relativa ao Ensino Superior, sendo mantida pelo governo, mas também recebendo
doações e subvenções de entidades diversas. Foi criada para funcionar os cursos de
Administração, Ciências Contábeis e Atuariais.
Ainda assim, de acordo com Thetis Nunes (2008), até o começo de 1950, ante a
ausência do ensino superior no estado de Sergipe, e sendo a Bahia o estado mais próximo, era
para lá que seguiam a maioria dos sergipanos, com isso, a formação educacional sergipana
sofreu grande influência da cultura baiana. Essa busca pelo ensino superior pode ser
justificada pela evolução econômica que a sociedade sergipana sofreu naquela época,
valorizando-se a busca por uma educação de nível superior.
Entendo a educação como um fato social, e, assim, ligada a estrutura socioeconômica vigente, o que, porém, não impede que com ela entre em confronto e a possa superar no decorrer do processo histórico. Não a encaro como um dado preestabelecido, mas variando segundo as condições sócio-político-econômicas vividas por um povo no decorrer de sua evolução. (NUNES, 2008, p. 15)
Foi nos fins da década de 1940, na cidade de Estância, localizada no interior do estado
de Sergipe, também chamada de “cidade jardim de Sergipe” que Oscar Fontes de Faria10 se
estabeleceu com sua esposa e sete filhos. A pequena cidade do interior de Sergipe possuía um
bom comércio, fábricas de tecido, uma fábrica de vidro, uma fábrica de charutos, usinas de
9 Manuel Correia Dantas, usineiro e político sergipano da República Velha, foi presidente do Estado de Sergipe de 30 de janeiro de 1927 a 17 de outubro de 1930. Antes havia sido deputado estadual, e presidente da Assembléia Legislativa, quando assumiu interinamente o governo do Estado antes da eleição de Ciro Franklin de Azevedo e de novo após sua morte. Manuel Dantas foi deposto já no final do mandato quando da Revolução de 1930. Era pai do jornalista e empresário Orlando Vieira Dantas.
10 Oscar Fontes de Faria foi o décimo quinto da prole. Nasceu no engenho Cruzeiro em Cristinápolis-Sergipe, em 03-06-1910. Entre os anos de 1922 e 1925, Oscar Fontes de Faria cursou o primário nas cidades do Conde e Esplanada, no estado da Bahia. De 1927 a 1930 fez o secundário no Ginásio da Bahia em Salvador. Formou-se perito contador e bacharel em ciências econômicas vindo a ser o primeiro economista do quadro do governo do Distrito Federal em 1960. Foi também advogado provisionado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 1952.
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açúcar, entre outros. Possuía serviços médicos, hospitalares e farmacêuticos. Os artistas e
intelectuais da pequena cidade tinham o hábito de se reunirem na Papelaria Modelo.
(ESCOLA TÉCNICA..., 2010)
Aqueles pais que tinham recursos enviavam seus filhos para outros centros
desenvolvidos, enquanto os filhos dos operários, da classe média e dos pobres, não davam
continuidade aos seus estudos. Diante destes fatos, Oscar Fontes de Faria sugeriu aos
intelectuais e aos homens de prestígio da cidade a criação da Associação Comercial de
Estância e a fundação da Escola Técnica de Comércio com o objetivo de formar auxiliares e
técnicos em contabilidade. A fundação da escola técnica do comércio de Estância beneficiou
os jovens e elevou ainda mais o nome da cidade. Com a comunidade estanciana e sem ajuda
política, Oscar Fontes de Faria lançou a pedra fundamental para a construção da sede própria
da escola.
Assim, a criação das escolas técnicas nos nossos municípios baseava-se nas
necessidades de haver profissionais preparados para o crescimento de um município
moderno. Em seu texto sobre a criação da Escola Técnica do Comércio de Itabaiana, Andrade
(2012) descreve bem esse fato:
[...] ensino profissionalizante na cidade de Itabaiana/SE, nasce acompanhado da crença da necessidade de remodelação da ordem social e econômica, e da convicção de que a educação seria o mais forte instrumento para a consolidação de um povo trabalhador, e, para a construção de um município moderno, capaz de oferecer ao seu povo as condições de inserção mais democrática e representativa no mercado de trabalho. (ANDRADE, 2012, p. 1199)
No ano de 1943, a escola de comércio Conselheiro Orlando apresentou um novo
Regulamento, conforme o Decreto Estadual de nº 103 de 8 de abril deste mesmo ano. Ficou
definido, no artigo 5º, que o curso compreenderia três áreas distintas: propedêutico, de
contador e o superior de Administração e finanças.
Outra legislação que merece ser mencionada é o Decreto Lei nº. 6.141 de 28 de
Dezembro de 1943 – Lei Orgânica do Ensino Comercial. Em seu capítulo primeiro, das
Finalidades do Ensino Comercial, estabeleceu que:
Art. 1º. Esta lei estabelece as bases de organização e de regime do ensino comercial, que é o ramo de ensino de segundo grau, destinado às seguintes finalidades: 1. Formar profissionais aptos ao exercício de atividades específicas no comércio e bem assim de funções auxiliares de caráter administrativo nos negócios públicos e privados. 2. Dar a candidatos ao exercício das mais simples ou correntes atividades no comércio e na administração uma sumária preparação profissional.
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3. Aperfeiçoar os conhecimentos e capacidades técnicas de profissionais diplomados na forma desta lei. (DECRETO LEI Nº. 6.141 de 28.12.43)
Podemos perceber que, desde sua criação, o ensino comercial sempre teve como
objetivo principal preparar as pessoas para trabalhar nos setores administrativos das fábricas
e dos comércios. Sendo esse um curso voltado diretamente para a possibilidade de trabalho,
atingia principalmente os menos afortunados, pois aqueles cujos pais possuíssem recursos,
buscavam o ensino superior.
O marco inicial do ensino profissional, científico e tecnológico no Brasil foi identificado
pelo Decreto 7.566/1909, assinado pelo presidente Nilo Peçanha. O ato criou Escolas de
Aprendizes Artífices que tinham como objetivo oferecer ensino profissional primário e
gratuito para pessoas que o governo chamava de “desafortunadas” à época. Essas escolas
tinham muito mais a função de inclusão social de jovens carentes do que de formadora de
mão de obra qualificada. Essa marca acompanhou e moveu a existência e os fins das escolas
comerciais no Estado de Sergipe, proporcionando oportunidades de inserção profissional
para diversos jovens sergipanos.
Quanto ao ensino superior, iniciou-se em 1920 no Estado de Sergipe, com a primeira
Faculdade implantada em nosso Estado, a Faculdade de Farmácia e Odontologia Aníbal
Freire. Regulamentada pelo Decreto de 20/02/1926, com duração de quatro anos, iniciou
com 22 alunos. Com o abandono dos alunos o Presidente, Dr. Ciro Franklin de Azevedo11, por
medidas econômicas, suspendeu seu funcionamento.
O ensino superior voltou a funcionar, em 1948, com a criação da Faculdade de Ciências
Econômicas e de Química, a Faculdade de Direito e a Faculdade Católica de Filosofia em
1950. Em 1954 foi criada a Escola de Serviço Social e em 1961 a Faculdade de Ciências
Médicas.
A partir do ano de 1948, com a assinatura da Lei nº 73 de 12 de novembro daquele
mesmo ano, pelo governo do estado de Sergipe, foi criada a Faculdade de Ciências
Econômicas de Sergipe para funcionar sob o regime da legislação-federal relativa ao Ensino
Superior, sendo mantida pelo governo, mas também recebendo doações e subvenções de
entidades diversas. A chegada da Faculdade de Economia do estado de Sergipe mereceu
destaque no Diário de Sergipe de 1948. A sua criação foi considerada um grande passo no
ensino em Sergipe. A Faculdade de Ciências Econômica de Sergipe iniciou funcionamento em
11 Ciro Franklin de Azevedo foi governador do estado de Sergipe no período de 06 de novembro de 1926 a 05 de dezembro de 1926.
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um prédio do grupo escolar Barão de Maruim, cedido pelo governo. De acordo com a Lei nº
73/48, nos seu art. 2º:
Art. 2º A Faculdade de Ciências Econômica de Sergipe funcionará sob regime da legislação federal relativa ao ensino superior. § 1º Será mantida pelo Govêrno e receberá doações e subvenções de entidades diversas. § 2º O Govêrno do Estado porá á disposição o prédio do grupo escolar “Barão de Maruim” bem como providenciará a aquisição de aparelhagem necessária ao seu funcionamento dentro nas exigências da legislação que regula a espécie. § O Diretor geral do departamento de educação providenciará, oportunamente a transferência dos estabelecimentos de ensino que funcionam no prédio referido no parágrafo anterior para outros próprios do estado.
É importante frisar que a Faculdade apresentou, em sua proposta original, a matriz
curricular (1956/1963) constituída das seguintes disciplinas: Economia Política, Direito
Público, Direito Privado, Direito Social, Prática de Processo Civil e Comercial, Prática
Comercial, Estatística Geral, Geografia Econômica, Análise Matemática, Matemática
Financeira e Atuarial, Contabilidade Geral, Organização e Contabilidade Comercial,
Organização e Contabilidade Industrial, Contabilidade Bancária, Contabilidade Pública,
Auditoria, Perícia e Revisão Contábil e, Elementos de Administração.
O corpo docente e administrativo foi constituído de acordo com a lei federal relativa ao
ensino superior, assim como a remuneração dos seus professores que era feita através de
gratificação por aula dada, como é possível identificar em seu art.:
Art. 7º Os corpos docentes e administrativos serão constituídos na forma da Lei Federal. § Único A remuneração dos professores será feita mediante gratificação por aula dada. Art. 8º O Govêrno do Estado poderá criar qualquer curso pré-vestibular que venha facilitar a formação de candidatos ao ingresso na faculdade de Ciências econômicas de Sergipe. (Lei nº 73 de 12 de novembro de 1048)
Desta forma, caso o governo entendesse que a criação de um curso pré-vestibular
ajudaria à formação de candidatos ao ingresso à Faculdade, ele o poderia fazer na própria
Faculdade. No art. 10º da lei 73 de 12 de novembro de 1948, o governo do estado ficou
autorizado a regulamentar as atividades e funcionamento da Faculdade de Ciências
Econômicas de Sergipe, bem como resolver os casos omissos. Assim sendo, a Faculdade foi
criada para ministrar os cursos de Ciências Econômicas e Ciências Contábeis e Atuariais, de
acordo com seu Art. 4º.
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Apesar dos cursos estarem sobre a responsabilidade de uma mesma Faculdade, eles
tiveram momentos diferentes para o seu desenvolvimento. A Faculdade de Economia de
Sergipe, não tinha apenas a função de ministrar o ensino superior, ela seria também o órgão
consultivo dos poderes executivos e legislativos em assuntos econômicos e financeiros. De
acordo com o Art. 3º, da Lei nº 73 de 12 de novembro de 1948, “além de ministrar o Ensino
Superior, a Faculdade de Ciências Econômica de Sergipe, será órgão consultivo dos poderes
Executivos e Legislativos, em assuntos econômicos e financeiros.” (Lei Estadual nº 73 de
1948)
Neste sentido, podemos entender que a da Faculdade de Economia não foi criada
apenas para ministrar o Ensino Superior, mas também para tratar de assuntos econômicos
financeiros como um órgão consultivo dos poderes Executivo e Legislativo. A Faculdade de
Economia do Estado de Sergipe funcionou até o ano de 1968, passando a fazer parte, a partir
daquele ano, da Fundação Universidade Federal de Sergipe – FUFS.
Assim, no ano de 1963, o estado de Sergipe já possuía 6 Faculdades Isoladas. A
Faculdade de Ciências Econômicas e de Química, criadas em 1948, a Faculdade de Direito e a
Faculdade Católica de Filosofia em 1950. Em 1954 foi criada a Escola de Serviço Social e, em
1961, a Faculdade de Ciências Médicas. Naquele mesmo ano deu-se início a todo o processo
de criação da Universidade Federal de Sergipe.
Como o estado apresentava um número considerável de escolas e faculdades
superiores, foi possível pleitear a criação de uma Universidade em Sergipe. Mas, mesmo com
um número considerado de faculdades isoladas, não foi fácil o processo de criação da
Universidade Federal de Sergipe – UFS. Acreditava-se que a criação da UFS era de interesse
de um grupo restrito, conforme publicação no Jornal Diário de Sergipe de 30 de maio de
1968, já que o projeto da criação da Universidade, não foi apresentado e assim não houve
participação de estudantes e professores.
Bretas (2014, p. 37) relata que não foi fácil instalar a primeira Universidade Federal do
Estado, para isso, Dom Luciano Duarte12, relator do processo, apresentou dois argumentos
para justificar o requerimento a sua instalação. Um dos argumentos foi que:
O ensino superior teve seu início em SE no ano de 1950 quando começou a funcionar a Faculdade Ciências Econômicas de SE e a Escola de Química de SE, ambas pertencentes ao governo estadual. No ano de 1951 iniciaram suas atividades a Faculdade de Direito de SE e a Faculdade Católica de Filosofia
12 Nascido em 1925, cedo ordenou-se sacerdote, em 1948, foi o primeiro diretor da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe. Integrou o Conselho Diretor da Fundação Universidade Federal de Sergipe - UFS. Nomeado Conselheiro Federal de Educação, exerceu o mandato a partir de 1968, por mais dois períodos. Foi diretor do Jornal "A Cruzada".
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de SE. Em 1954 estava em funcionamento a Escola de Serviço Social de SE e finalmente em começava suas atividades a Faculdade de Medicina de SE. Essas quatro últimas escolas superiores foram iniciativas de entidades particulares. Além dessas seis faculdades, que imprimiram um grande impulso cultural ao Estado de Sergipe, está em via de organização a Faculdade de Odontologia de SE. (SERGIPE, 1965)
Mesmo com esse número de escolas e faculdades, ainda foi um processo longo até a
implantação da FUFS. Tendo sido um dos próceres13 do movimento que pleiteou a criação da
universidade em Sergipe, no período de 1963 a 1968, D. Luciano Cabral Duarte também
ocupou, durante todo processo de trâmite para a criação da universidade, posições
estratégicas.
O jornal A Cruzada, de 24 de setembro de 1966, trouxe entrevista com monsenhor
Luciano Duarte, que naquele momento ocupava o cargo de presidente da Câmara de Ensino
Superior do Conselho de Educação de Sergipe e o de Coordenador do movimento para a
criação da Universidade de Sergipe, sobre a visita do membro do Conselho Federal de
Educação e relator do processo da criação da Universidade Federal de Sergipe, o professor
Newton Sucupira.
Após os vários empecilhos para a não criação da Fundação Universidade Federal de
Sergipe - FUFS, finalmente, foi criada a Lei n. 1.194 de 11 de julho de 1963, do Governo do
Estado de Sergipe, que autorizou a transferência dos Estabelecimentos de Ensino Superior
existentes no Estado para a Fundação Universidade Federal de Sergipe, ora em organização
pelo Governo Federal.
Só após quatro anos foi instituída a Fundação Universidade Federal de Sergipe - FUFS,
em 28 de fevereiro de 1967, pelo Decreto-Lei n. 269, e instalada em 15 de maio de 1968, com
a incorporação de 6 Faculdades já existentes no estado, sendo mantida pelo Governo Federal.
Com a Reforma Universitária Brasileira, a UFS foi criada a partir de cinco Faculdades e cinco
Institutos 14.
Nesse mesmo Decreto, em seu Art. 3º, estabeleceu como finalidade para a Fundação
criar e manter a Universidade Federal de Sergipe. Finalmente o estado podia oferecer um
13 Os grandes de uma nação; as pessoas mais importantes de um estado, de uma localidade ou vilarejo. 14 O EUS de 1968 estruturava a UFS em institutos e faculdades (Art. 9º). Compunham a universidade 5 institutos e
5 faculdades, organizados em 4 áreas universitárias. Na Área Biomédica estavam o Instituto de Biologia e a Faculdade de Medicina (Art. 47). A Área das Ciências Físico-matemáticas seria constituída pelo Instituto de Física e Matemática e pelo Instituto de Química (Art. 48). A Área de Ciências Humanas compreenderia o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, a Faculdade de Ciências Econômicas, a Faculdade de Direito, a Faculdade de Educação e a Faculdade de Serviço Social (Art. 49). Na Área das Letras e Artes ficava o Instituto de Letras (Art. 50).
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curso superior em seu próprio estado, não mais precisando buscar o ensino superior em
outros estados, pois já possuía sua primeira Universidade Federal no Estado de Sergipe.
Com a incorporação da Faculdade de Ciências Econômicas pela UFS, o seu quadro
funcional e de professores foi agregado, através da Portaria nº 117, de 16 de dezembro de
1968, assinada pelo Magnífico Reitor, Dr. João Cardoso Nascimento Júnior, fato que
revigorou o funcionamento do Curso de Ciências Contábeis, cujo primeiro vestibular ocorreu
no ano de 1971. (HISTÓRICO..., 2017)
Após a criação da UFS, foi criado do curso de Administração pela Universidade Federal
de Sergipe, passando a denominação da Faculdade de Ciências Econômicas de Sergipe para
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas, com divisão em dois departamentos:
Departamento de Economia e Departamento de Administração e Ciências Contábeis. O
Departamento de Ciências Contábeis passou a ter personalidade própria a partir de 9 de
janeiro de 1990, através da Resolução nº 1º/1990/Consu, pela qual o Conselho Universitário
autorizou a formação de Departamentos para o funcionamento dos Cursos de Administração
e Ciências Contábeis.
Neste aspecto, Figueiredo nos relata que:
O Curso Superior de Ciências Contábeis da Universidade Federal de Sergipe foi estruturado com o objetivo de oferecer aprendizado na área da Contabilidade visando a formar bacharel em Ciências Contábeis para atuar nas áreas de auditoria, perícia contábil, assessoria contábil, consultoria empresarial e pública, formando profissionais voltados à interação com um conjunto variado de temas e habilitados para atuar em empresas públicas e privadas, organizações com e sem fins lucrativos e como profissional liberal. (FIGUEIREDO, 2016, p. 1014).
Vale ressaltar que em 1971 o corpo docente do curso de Ciências Contábeis da UFS era
formado da seguinte forma: bacharéis em outras áreas de ensino superior e técnicos em
Contabilidade.
Durante o ano de 1962, o Colégio Tiradentes, após receber a aprovação da Inspetoria
Seccional do Ensino Secundário, iniciou as suas atividades com as seguintes turmas: Infantil,
Primário, Ginasial, Contabilidade e Pedagógico. No ano de 1966 foi criado o curso Técnico de
Contabilidade, no turno noturno. No dia 11 de julho de 1972, o Ministério da Educação - MEC
oficializou a implantação dos cursos superiores de Ciências Econômicas, Administrativas e
Contábeis, dando início a uma nova fase para a formação de bacharéis em Ciências Contábeis
no Estado de Sergipe, pois oportunizou que um número maior de contadores com nível
superior fossem preparados para serem inseridos no mercado de trabalho e assumissem
postos significativos para o desenvolvimento, mais especificamente, da sociedade sergipana.
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Considerações Finais
Este trabalho buscou demonstrar historicamente a trajetória das escolas de
contabilidade no Estado de Sergipe através das fontes de pesquisa que foram as legislações,
anúncio de Jornal e bibliografia que se relacionaram com o objeto de estudo. É importante
ressaltar que muito pouco se encontra sobre a criação e funcionamento da Faculdade de
Economia de Sergipe que, a partir de 1956, através de decreto, passou a funcionar o curso de
ciências contábeis. Não foi possível encontrar informações com relação ao corpo docente,
mas o que sabemos é que, no inicio do funcionamento do curso na referida faculdade, os
alunos receberam ensinamentos de professores formados em economia e direito.
Atualmente, Sergipe conta com 7 instituições de ensino que ofertam o curso de Ciências
Contábeis, sendo 1 pública e 6 privadas. As privadas são: Universidade Tiradentes – UNIT,
Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe - Fanese, Faculdade Sergipana - Faser,
Faculdade Amadeus – FAMA, Faculdade Dom Pedro II e Faculdades Integradas de Sergipe -
FISE. A pública é a Universidade Federal de Sergipe - UFS.
Através dos resultados obtidos sugere-se a continuidade da pesquisa com foco na
formação do corpo docente do curso de ciências contábeis da Faculdade de Economia de
Sergipe que funcionou entre 1956 a 1968, ano em que foi incorporada à Universidade Federal
de Sergipe. Contribuindo, assim, com os estudos da historiografia do ensino contábil no
estado de Sergipe.
Referências
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ELIAS, Nobert. A Sociedade dos indivíduos. Organizado por Michael Schroter; tradução, Vera Ribeiro; revisão técnica e notas, Renato Janine Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. FIGUEIREDO, M. D. et al. Resgate da Memória Contábil nos Estados. In: Conselho Federal de Contabilidade (Org). Resgate Histórico da Contabilidade Sergipana. Brasília Conselho Federal de Contabilidade (CFC), 2016. V. 1 p. 869-918. NUNES, Maria Thetis. História da educação em Sergipe. Rio de Janeiro: Paz e Terra; Aracaju: Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Sergipe: Universidade Federal de Sergipe. 2008.
Fontes
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Legislação
BRASIL. Decreto nº 20.158 Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-20158-30-junho-1931-536778-republicacao-81246-pe.html>. Acesso em: 25 de mar. 2017. BRASIL. Decreto nº 17.329 Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1920-1929/decreto-17329-28-maio-1926-514068-republicacao-88142-pe.html>. Acesso em: 25 de mar. 2017. SERGIPE. Lei nº 73/48. Arquivo central da UFS. SERGIPE. Portaria nº 117/68. Arquivo central da UFS.