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RELATÓRIO ANUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA TRANSMISSORA SUL LITORÂNEA DE ENERGIA S.A. - TSLE 2017

TRANSMISSORA SUL LITORÂNEA DE ENERGIA S.A. - TSLE ... · DECLARAÇÃO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ... Litoral sul do Rio Grande do Sul: integração saudável com a geração de

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RELATÓRIO ANUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA

TRANSMISSORA SUL LITORÂNEA DE ENERGIA S.A. - TSLE

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LT 525 kV Povo Novo - Marmeleiro 2 - Trecho Taim.

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RELATÓRIO ANUAL DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DAS EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA

TRANSMISSORA SUL LITORÂNEA DE ENERGIA S.A. - TSLE

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EMPRESAS CONTROLADORAS

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Durante o ano de 2017, o foco da TSLE foi a obra de ampliação da Subestação Povo Novo, que graças a uma boa gestão e à disponibilidade de recursos financeiros, foi concluída dentro do prazo programado. Este reforço de transmissão duplica a capacidade de transformação da Subestação, evitando desta forma a geração de energia térmica à carvão nos casos da perda de um dos transformadores. Além disto, contribui para a confiabilidade do Sistema na Região e principalmente aumenta a capacidade de integração e escoamento de futuros parques eólicos no Sul do Rio Grande do Sul.

Com o ingresso das debêntures no caixa da TSLE, a gestão financeira pode resolver a quitação dos passivos ainda existentes da obra principal, objeto da concessão, e devolver aos acionistas, Eletrosul (51%) e CEEE-GT (49%), parte dos adiantamentos de recursos, no total de R$ 71.500.000,00 (setenta e um milhões e quinhentos mil reais).

No exercício de 2017, as linhas de transmissão da TSLE apresentaram índice médio final de 100,00% de disponibilidade de transmissão de energia. Os transformadores e reatores das subestações da TSLE obtiveram, respectivamente, índices de 99,96% e 99,99% de disponibilidade junto ao Sistema Nacional. E os compensadores síncronos 15 kV registraram disponibilidade média anual de 99,94%. Os dados demonstram os esforços realizados pela equipe de manutenção e operação dos empreendimentos da empresa no sentido de assegurar elevadas taxas de disponibilidade aos clientes nos serviços de transmissão de energia elétrica, e atendendo às exigências contratuais.

LT 525 kV Santa Vitória do Palmar 2 - Marmeleiro 2 – Povo Novo.

MENSAGEM DA DIRETORIA

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O ano de 2017 também marcou o começo do programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da TSLE, dentro de sua obrigação legal de destinar 0,8% da Receita Operacional Líquida (ROL) em projetos de P&D. Para tal, foi firmado um contrato de 14 meses com o Instituto de Estudos e Gestão Energética (INERGE), no valor de R$ 1.825.500,00. O sucesso deste projeto terá repercussão na melhora da manutenção das linhas da TSLE, podendo gerar ainda uma patente e futuros royalties.

No que tange às ações de responsabilidade social, a TSLE realizou, em 2017, Projetos Sociais vinculados ao empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A aplicação da empresa atingirá, em 2018, um total de R$ 2.471.646,00, abrangendo três municípios de sua área de atuação: Camaquã, Cristal e Chuvisca. Os projetos se encontram em plena realização e deverão estar concluídos em agosto de 2018. As diretrizes que balizaram os projetos contemplam: ações para a geração de emprego e renda; capacitação/qualificação de mão-de-obra local; e infraestrutura econômica, urbana e social, incluindo educação e saúde.

A TSLE, ciente do seu papel como prestadora de um serviço essencial e de qualidade para o desenvolvimento socioeconômico e o bem-estar das comunidades, reitera seu processo de consolidação como empresa transmissora de energia elétrica limpa e renovável, respeitando e valorizando as dimensões socioambientais do seu empreendimento.

A Direção

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Sumário1 - DIMENSÃO GERAL 1.1 - A Empresa ............................................................................................................................................................................................10 1.1.1 - Perfil ............................................................................................................................................................................................10 1.1.2 - Identidade organizacional ...................................................................................................................................................11 1.1.3 - Linha do Tempo ......................................................................................................................................................................12 1.2 - Responsabilidade com Partes Interessadas ............................................................................................................................14 1.3 - Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade ........................................................................................16

2 - DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA 2.1 - Estrutura Administrativa ................................................................................................................................................................22 2.2 - Auditoria Independente .................................................................................................................................................................22 2.3 - Organograma .....................................................................................................................................................................................23

3. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 3.1 - Demonstração do Valor Adicionado .........................................................................................................................................26 3.2 - Investimento na Concessão ..........................................................................................................................................................27

4. DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL 4.1 - Indicadores Sociais Internos ..........................................................................................................................................................30 4.2 – Outras informações sociais relevantes .....................................................................................................................................31 4.2.1 – Clientes/Consumidores ......................................................................................................................................................31 4.2.2 – Mapa da região abrangida pela Linhas de Transmissão e Subestações ............................................................31 4.2.2.1 - Breve perfil dos 16 municípios ...............................................................................................................................32 4.2.3 – Importância e benefícios do empreendimento .........................................................................................................36  4.2.4 - Geração eólica e o papel integrador das Linhas de Transmissão ..........................................................................37 4.2.5 - Relação com os proprietários de terras ..........................................................................................................................39 4.2.6 - Projetos Sociais - BNDES ......................................................................................................................................................40

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5 - DIMENSÃO AMBIENTAL ...................................................................................................................................................................43 5.1 Indicadores Ambientais ...................................................................................................................................................................45 5.2 - Indicadores de Desempenho Ambiental para Empresas de Distribuição e/ou Transmissão de Energia Elétrica. .....................................................................................................................................47 5.3 – Licenças ambientais ....................................................................................................................................................................48 5.4 - Programas Ambientais...................................................................................................................................................................49 5.4.1 - Acompanhamento Ambiental .............................................................................................................................................49 5.4.1.1 - Controle de poluição do ar: controle da emissão de poeira e fumaça ....................................................49 5.4.1.2 - Controle do ruído e restrições de horários ........................................................................................................49 5.4.1.3 - Controle de fontes de contaminação do solo e da água ...........................................................................49 5.4.1.4 - Minimização dos riscos de acidentes com a população local durante as atividades de lançamento dos cabos e Medidas de Segurança para proteção das rodovias transpassadas pela Linha de Transmissão .....................................................................................................................................50 5.4.1.5 - Integração e educação ambiental da mão de obra das construtoras ......................................................50 5.4.1.6 - Relatórios de Supervisão Ambiental ...................................................................................................................50 5.4.2 - Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) .........................................................................................50 5.4.3 - Programa de Manejo e Conservação da Vegetação Nativa ......................................................................................50 5.4.3.1 - Levantamento das áreas de vegetação nativa passíveis de intervenção ..............................................51 5.4.3.2 - Podas e Transplantes de espécimes imunes ao corte .................................................................................51 5.4.3.4 - Acompanhamento da supressão vegetal ..........................................................................................................51 5.4.4 - Programa de Gestão de Resíduos ....................................................................................................................................51 5.4.5 - Monitoramento da Fauna ....................................................................................................................................................51 5.4.6 - Educação Ambiental ..............................................................................................................................................................52 5.4.7 - Patrimônio Arqueológico e Paleontológico ...................................................................................................................52 6. BALANÇO SOCIAL .................................................................................................................................................................................55

7. DECLARAÇÃO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ......................................................................................................................62

8. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...............................................................................................................................................65

LT Nova Santa Rita – Povo Novo: transmissão de energia integrada com a preservação ambiental dos corpos hídricos.

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DIMENSÃO GERAL1

Litoral sul do Rio Grande do Sul: integração saudável com a geração de energia eólica.

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1.1 - A Empresa

1.1.1 - Perfil

A Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. – TSLE foi constituída em 10 de julho de 2012 com o propósito específico de construção, operação e manutenção das instalações de transmissão caracterizadas no Anexo 6 do Edital do Leilão nº 05/2012 – ANEEL. A empresa tem seu capital social formado em 51% por ações da Eletrosul – Centrais Elétricas S. A. e 49% pela CEEE - GT (Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica). As instalações da TSLE são compostas por: • Linha de Transmissão Nova Santa Rita - Povo

Novo, em 525 kV circuito simples, com extensão de 268 km, com origem na SE Nova Santa Rita e término na SE Povo Novo;

• Linha de Transmissão Povo Novo – Marmeleiro 2, em 525 kV circuito simples, com extensão de 152 km, com origem na SE Povo Novo e término na SE Marmeleiro 2, sendo 15 km em circuito duplo, localizados no entorno da estação Ecológica do Taim, com 16 das 28 torres da linha dentro da Lagoa Mirim;

• Linha de Transmissão Marmeleiro 2 - Santa Vitória do Palmar 2, em 525 kV circuito simples, com extensão de 48 km, com origem na SE Marmeleiro 2 e término na SE Santa Vitória do Palmar 2;

• Subestação 525/230 kV Povo Novo (PNO) com dois bancos de atuotransformadores de 672 MVA, totalizando 1344 MVA, incluindo os módulos de conexão de duas Linhas de Transmissão 230 kV da TSBE (Camaquã 3 e Quinta);

• Subestação 525 kV Marmeleiro 2 (MRO2), com dois compensadores síncronos de 100 Mvar, totalizando 200 MVAr;

• Subestação 525/138 kV Santa Vitória do Palmar 2 (SPA2) com um transformador trifásico de 75 MVA, incluindo os módulos de conexões de duas linhas de distribuição 138 kV da CEEE-D (Marmeleiro e Santa Vitória do Palmar);

• Subestação Nova Santa Rita 525 kV (NSR), um módulo de conexão da saída da LT 525 kV para Povo Novo.

1. DIMENSÃO GERAL

1 Para o licenciamento ambiental, após a Licença Ambiental de Operação – LO (emitida

pela FEPAM em 15/12/2014), entende-se como empreendimento único a LT 525 kV Povo

Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitória do Palmar 2, integrando conceitualmente as LTs

“Povo Novo-Marmeleiro” e “Marmeleiro-Santa Vitoria do Palmar” e as três subestações:

PNO, MRO2 e SPA2.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica10

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1.1.2 - Identidade Organizacional

MissãoSer referência entre as transmissoras de energia elé-trica do sul do Brasil.

VisãoEstimular o desenvolvimento regional através da transmissão de energia elétrica de forma sustentá-vel e perene.

Valores• Acionistas: atender com agilidade, qualidade e

transparência.• Colaboradores e parceiros: valorização, qualifica-

ção e segurança.• Ética: valores morais que orientam o comporta-

mento humano em sociedade.• Sustentabilidade: compromisso social, econômico

e ambiental.

Abreviaturas

ANEEL – Agência Nacional de Energia ElétricaEIA/RIMA – Estudo e Relatório de Impacto AmbientalFEPAM/RS – Fundação Estadual de Proteção Am-biental Henrique Luiz Roessler – RSLO – Licença Ambiental de OperaçãoLI – Licença Ambiental de InstalaçãoLP – Licença Ambiental PréviaLT – Linha de TransmissãoMRO2 – Marmeleiro 2NSR – Nova Santa Rita PNO – Porto Novo SPA2 – Santa Vitória do Palmar 2RAS – Relatório Ambiental SimplificadoSE – Subestação TSLE - Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A.

Exemplo de transmissão de energia integrada com a preservação ambiental dos remanescentes florestais na LT Nova Santa Rita – Povo Novo.

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Subestação Marmeleiro 2.

• Criação da TSLE.

• Assinatura do contrato de concessão ANEEL nº 020/2012, lote A do leilão ANEEL 005/2012.

• Abertura de processo junto à FEPAM/RS para solicitação da LP do Trecho Norte da LT (Nova Santa Rita – Povo Novo), processo RAS e da LP do Trecho Sul da LT (Povo Novo – Marmeleiro e Marmeleiro – Santa Vitória do Palmar), processo de EIA/RIMA com entrega dos Estudos Ambientais.

• Recebimento da Autorização Geral das SE PNO, MRO2 e SPA2.

• Realização das Audiências Públicas para a comunidade.

• Recebimento da FEPAM das Licenças Ambientais Prévias: LP 123/2013 (LT Trecho Norte) e LP 227/2013 (Trecho Sul).

• Início das indenizações (faixa de servidão/subestações).

• Recebimento da FEPAM das Autorizações Gerais das Subestações: Povo Novo (PNO), Marmeleiro (MRO2), Santa Vitória do Palmar (SPA2) e Nova Santa Rita (Ampliação G).

• Recebimento das Licenças Ambientais de Instalação: LI 784/2013-DL (LT Trecho Norte) e LI 814/2013-DL (LT Trecho Sul).

• Início das obras / Programas Ambientais nas Subestações e nas Linhas de Transmissão.

• Recebimento da Renovação das Autorizações Gerais (emitidas pela FEPAM) das subestações Santa Vitoria do Palmar 2 (nº 459/2014-DL); Marmeleiro 2 (nº 460/2014-DL) e Povo Novo (nº 461/2014-DL).

• Recebimento da FEPAM da “retificação” da Licença Ambiental de Instalação da LT Trecho Norte (LI nº. 896/2014).

• Realização dos Testes Pré-operacionais da LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitoria do Palmar2 entre 08 e 12/dezembro/2014.

• Recebimento da FEPAM da Licença Ambiental de Operação (LO 7181/2014) da LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitoria do Palmar2 (15/12/2014). Entrou em operação comercial em 19/12/2014.

• Conclusão das obras das subestações PNO, SPA2 e MRO2 e Ampliação G da SE-NSR (Nova Santa Rita).

• Recebimento da Resolução Autorizativa ANEEL nº 4.916/2014, de 19/11/2014 para execução do reforço de transmissão do 2º banco de autotransformadores 525/230 kV, 672 MVA e suas conexões da Subestação Povo Novo.

20122013

2014

1.1.3 - Linha do Tempo

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• Solicitação à FEPAM da Licença Ambiental de Operação (LO) da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo.

• Realização dos Testes Pré-operacionais da LT LT 525 kV Nova Santa Rita - Povo Novo.

• Recebimento da FEPAM da Licença Ambiental de Operação da LT 525 kV Nova Santa Rita - Povo Novo (LO 1464/2015-DL).

• Solicitação à FEPAM da Autorização da “Ampliação B” da Subestação Povo Novo.

• Recebimento da FEPAM da Autorização Geral da “Ampliação B” da Subestação Povo Novo. (AutGer nº 389/2015).

• Transferência dos Ativos do “Seccionamento da LT 230 kV Camaquã 3 – Quinta” à Transmissora Sul Brasileira de Energia S.A. (TSBE), através do Termo de Transferência TSLE nº. 01/2015 (de 30/09/2015).

• Atendimento das Condicionantes da Licença Ambiental de Operação (LO 1464/2015-DL) da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo (LT Trecho Norte).

• Atendimento das Condicionantes Ambientais da LO 7181/2014-DL da LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitoria do Palmar 2 (LT Trecho Sul).

• FEPAM emite Autorização Geral nº 387 / 2016-DL permitindo a instalação da “Ampliação B” da Subestação Povo Novo.

• Atendimento das Condicionantes da Licença Ambiental de Operação (LO 1464/2015-DL) da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo (LT Trecho Norte).

• Atendimento das Condicionantes Ambientais da LO 7181/2014-DL da LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitoria do Palmar 2 (LT Trecho Sul).

• Realização das obras da Ampliação B da Subestação Povo Novo, da instalação do 2º banco de autotransformadores 525/230 kV – 3 x 224 MVA e conexões. Os testes de operação foram programados para conclusão em janeiro de 2018.

20152016

2017

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 13

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1.2. Responsabilidade com Partes interessadas

PARTES INTERESSADAS DETALHAMENTO CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Acionistas e investidores

- Eletrosul Centrais Elétricas S.A.- Companhia Estadual de Geração e Transmissão de

Energia Elétrica - CEEE - GT

A Comuniação é feita entre os representantes da Diretoria, por meio de reuniões, telefonemas, e-mails e oficios.

ClientesA concessionária atende ao SIN - Sistema Integrado Nacional, gerenciado pela ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.

Website com informações institucionais, disponibilização de faturas e campos para contato por email ou telefone.

Fornecedores

- Eletrosul Centrais Elétricas S.A.- Elecnor do Brasil Ltda.- Consórcio Alstom/Weg/

Santa Rita – Marmeleiro e Santa Vitória do Palmar

- Cotesa Engenharia Ltda.

Reuniões, correspondências, e-mail, telefone.

Empregados, colaboradores, estagiários, parceiros

A empresa não possui funcionáriospróprios. São todos tercerizados.

São realizadas reuniões semanais ou quando houver necessidade. A comuni-cação é permanente, direta ou via e-mail.

Órgãos e programas públicos

- ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica.- ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico. - MME - Ministério de Minas e Energia.- BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social

O relacionamento é formal, por meio de correspondência protocolada. Em alguns casos utiliza-se e-mail e, em seguida, as dúvidas ou comunicações são formalizadas por documento oficial.

Organizações sociais, ambientais e comunidades

Não há nenhum compromisso direto com associações ou ONGs. Os contratos são feitos especificamente para o desenvolvimento de alguns projetos, visando atender às condicionantes ambientais da LO - Licença de Operação.

Ofícios, e-mails, reuniões esporádicas, de acordo com o desenvolvimento do projeto. Entrega dos documentos necessários para a obtenção e manutenção das licenças ambientais.

Seguradoras Seguro Patrimonial Tokio Marine. Ofícios e outros documentos.

Entidades de Pesquisa

Parceria com a Eletrosul para a elaboração e execução de projetos de pesquisa em P&D. No ano de 2017, a TSLE iniciou seu programa de P&D, firmando um contrato de 14 meses com o INERGE - Instituto de Estudos e Gestão Energética, no valor de R$ 1.825.500,00.

Reuniões, e-mail, ofícios, documentos necessários para a execução dos projetos.

LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitória do Palmar 2 (Trecho Taim): vizinhança com a preservação ambiental da Estação Ecológica do Taim.

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Linhas de Transmissão TSLE.

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1.3. Indicadores de Desempenho Operacional e de Produtividade

As instalações de transmissão são compostas por:

INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E DE PRODUTIVIDADE

Dados Técnicos (insumos, capacidade de produção, vendas, perdas) 2017 2016 2015 2014

Número de Empregados Próprios - - - -

Número de Empregados Tercerizados 104 42 500 4.200

Número de Escritórios Comerciais 4 2 2 2

Subestações (em unidades) - - -

Em construção - - - -

Em ampliação - - -

Construídas 3 3 3 3

Ampliadas 2 1 1 1

Com autorização para ampliação - 1 1 1

Capacidade Instalada (MVA) 3.300 3.300 3.300 3.300

Linhas de Transmissão (em km) 468 468 468 468

Linhas de Transmissão construídas 468 468 468 200

Linhas de Transmissão em construção - - - 268

Linha de Transmissão do Trecho Norte, Nova Santa Rita - Povo Novo, em 525 kV circuito simples, com extensão de 268 km, origem na Subestação Nova Santa Rita e término na Subestação Povo Novo. Atravessa os municípios de Nova Santa Rita, Triunfo, Charqueadas, Eldorado do Sul, Guaíba, Mariana Pimentel, Barão do Triunfo, Cerro Grande do Sul, Camaquã, Chuvisca, Cristal, São Lourenço do Sul, Pelotas, Capão do Leão e Rio Grande, todos no Estado do Rio Grande do Sul. As obras da Linha iniciaram em novembro de 2013 e sua conclusão ocorreu em fevereiro/2015. Entrou em operação comercial em 13 de abril de 2015.

Subestação Nova Santa Rita.

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Linha de Transmissão do Trecho Sul, Povo Novo – Marmeleiro, em 525 kV circuito simples, com extensão de 152 km, origem na Subestação Povo Novo e término na Subestação Marmeleiro 2, sendo os 15 km nas proximidades da Estação Ecológica do Taim, em circuito duplo. Abrange os municípios de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. A linha teve as obras iniciadas em outubro de 2013 e sua conclusão ocorreu em dezembro de 2014. Entrou em operação comercial em 19 de dezembro de 2014.

Linha de Transmissão do Trecho Sul Marmeleiro 2 - Santa Vitória do Palmar 2, em 525 kV circuito simples, com extensão de 48 km, com origem na Subestação Marmeleiro 2 e término na Subestação Santa Vitória do Palmar 2. Situa-se integralmente no município de Santa Vitória do Palmar. A linha teve as obras iniciadas em outubro de 2013 e sua conclusão ocorreu em dezembro de 2014. Entrou em operação comercial em 19 de dezembro de 2014.

Subestação Marmeleiro 2.

Subestação Povo Novo após a ampliação.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 17

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As subestações do empreendimento são compostas por:

Subestação 525/230 kV Povo Novo, com pátio de 525 kV , no arranjo disjuntor e meio, com seis vãos para conexão; da LT para Nova Santa Rita com reator 150 MVAr, da LT para Marmeleiro 2 com reator manobrável de 50 MVAr, de dois banco de autotransformadores 525/230 kV de 672 MVA e de duas interligações de barras, e com pátio de 230 kV, no arranjo barra dupla a quatro chaves, com cinco vãos para conexões; da LT Camaquã 3, da LT Quinta, dos dois banco de autotransformadores e para interligação de barras. Localiza-se no município de Rio Grande. Suas obras foram iniciadas em março de 2013 e concluídas em dezembro de 2014.

Subestação 525/138 kV Santa Vitória do Palmar 2, com pátio de 525 kV no arranjo disjuntor e meio, com três vão para conexão; da LT para Marmeleiro 2 com reator manobrável 50 MVAr, do transformador trifásico 525/138 kV de 75 MVA e de interligação de barras, e do pátio 138 kV no arranjo barra dupla a quatro chaves, com quatro vãos para conexão; do transformador trifásico, da interligação de barras e duas saídas para as LTs 138 kV Santa Vitória do Palmar e Marmeleiro da CEEE-D. Teve as obras iniciadas em março de 2013 e concluídas em dezembro de 2014.

Subestação 525 kV Nova Santa Rita da Eletrosul (Ampliação G), no pátio de 525 kV em arranjo disjuntor e meio, com conexão; da LT Povo Novo com reator de 50 MVAr. A subestação localizada no munícipio de Nova Santa Rita teve as obras iniciadas em março de 2013 e concluídas em dezembro de 2014.

Subestação 525 kV Marmeleiro 2, com pátio de 525 kV no arranjo disjuntor e meio, com seis vão para conexão; da LT para Povo Novo com reator 100 MVAr, da LT para Santa Vitória do Palmar 2, do reator de barra de 100 MVAr e do banco de transformadores 525/15 kV, 210 MVA, para conexão de dois compensadores síncronos, cada um com 100 MVAr. A subestação localiza-se no munícipio de Santa Vitória do Palmar. Suas obras foram iniciadas em março de 2013 e concluídas em dezembro de 2014, sendo que os testes dos compensadores síncronos foram concluídos em março de 2015.

Subestação Santa Vitória do Palmar 2.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica18

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LT 525 kV Santa Vitória do Palmar 2 - Marmeleiro 2 – Povo Novo.

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DIMENSÃO GOVERNANÇACORPORATIVA2

LT Trecho Norte - Travessia do Rio Jacui.

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2. DIMENSÃO GOVERNANÇA CORPORATIVA

A estrutura da Administração da TSLE S/A é formada pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal e pela Diretoria. O Conselho de Administração é composto por quatro membros efetivos e quatro suplentes, eleitos na Assembleia Geral, com mandato de três anos, admitida a reeleição por igual período. Terminado o prazo do mandato, os membros do Conselho de Administração permanecerão nos cargos até a posse dos sucessores. A escolha do seu Presidente dar-se-á pela maioria de seus membros, não cabendo a quaisquer dos conselheiros voto de qualidade. O Conselho Fiscal integra a sociedade em caráter permanente, o qual exercerá as atribuições impostas por lei. É composto por quatro membros

efetivos e quatro suplentes, sendo admitida a reeleição.

A Diretoria é composta por dois membros, acionistas ou não, eleitos pelo Conselho de Administração, residentes no País, sendo um Diretor Administrativo/Financeiro e um Diretor Técnico. O mandato dos membros da Diretoria é de três anos, sendo admitida a reeleição. A TSLE é uma sociedade anônima de capital fechado, composta integralmente por ações ordinárias nominativas subscritas pelos referidos acionistas, tendo como acionista majoritária a Eletrosul Centrais Elétricas S.A., como demonstrado na tabela a seguir.

A auditoria independente é selecionada anualmente por meio de cotações e mediante a escolha da melhor proposta. O auditor que atestou a fidedignidade das

Demonstrações Contábeis da TSLE, no ano de 2017, foi a KPMG Auditores Independentes.

CAPITAL SOCIAL

Acionista Ações ordinárias subscritas R$ %

Eletrosul Centrais Elétricas S. A. 193.729.000 193.729.000,00 51

Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE - GT 186.132.000 186.132.000,00 49

Total 379.861.000 379.861.000,00 100

2.1 - Estrutura Administrativa

2.2 - Auditoria Independente

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica22

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Atualmente a empresa conta com uma estrutura interna composta por dois diretores, Administrativo/Financeiro e Técnico, conforme o organograma

apresentado a seguir, sendo que o setor Financeiro/Contábil, Secretaria e Engenharia são terceirizados.

2.3 – Organograma

Diretor Administrativo / Financeiro

Secretaria

Setor Financeiro / Contábil

Diretor Técnico

Engenharia

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 23

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DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA3

Exemplo de transmissão de energia integrada com a preservação ambiental, na LT Nova Santa Rita – Povo Novo.

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3. DIMENSÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA3.1 - Demonstração do Valor Adicionado (ECI)

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS - DETALHAMENTO DA DVA

Geração de Riqueza ( em Milhares de Reais) 2017 2016 2015 2014RECEITA OPERACIONAL (Receita bruta de vendas de energia e serviços) 131.066 117.976 160.664 495.343

Receita de O&M 13.395 11.101 19.234 259

Receita com Ativo Financeiro 92.686 97.494 72.817 54.314

Receita de Construção 24.985 9.381 68.613 440.770

(-) INSUMOS (insumos adquiridos de terceiros: compra de energia, material, serviços de terceiros etc.) 38.425 7.819 107.722 446.234

Resultado Não Operacional   = VALOR ADICIONADO BRUTO 92.641 110.157 52.942 49.109( - ) QUOTAS DE REINTEGRAÇÃO (depreciação, amortização)   1

= VALOR ADICIONADO LÍQUIDO 92.641 110.157 52.942 49.108+ VALOR ADICIONADO TRANSFERIDO (Receitas financeiras) 6.602 3.222 2.077 5.705

= VALOR ADICIONADO A DISTRIBUIR 99.243 113.379 55.019 54.813

Distribuição da Riqueza - Por Partes Interessadas 2017 2016 2015 2014PESSOAL 936 850 1.177 1.176

GOVERNO (impostos, taxas e contribuições e encargos setoriais) 17.281 32.688 9.249 1.595

FINANCIADORES 64.654 68.980 63.619 49.225

ACIONISTAS 16.372 10.861 - 19.026 2.817

= VALOR ADICIONADO DISTRIBUÍDO (TOTAL) 99.243 113.379 55.019 54.813

Em função da adoção da ICPC-01 - Contratos de Concessão, a TSLE passou a reconhecer os custos e receitas de construção, conforme requerido pela ICPC-01, OCPC-05 e CPC 17, da receita de operação e manutenção e da receita com o ativo financeiro, visando o atendimento das Normas Internacionais de Contabilidade IFRS (Internacional Financial Reporting Standards), conforme as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09.

A Demonstração do Valor Adicionado tem como principal atribuição a identificação e divulgação do valor da riqueza gerada por uma entidade, e como essa riqueza foi distribuída entre os diversos

elementos/setores que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua geração, como uma remuneração aos esforços dos empregados pelo fornecimento da mão-de-obra, dos investidores pelo fornecimento do capital, dos financiadores pelo empréstimo dos recursos e do governo pelo fornecimento da lei e da ordem, infraestrutura socioeconômica e serviços de apoio.

Constitui-se, portanto, em uma fonte rica em informações, permitindo vislumbrar as relações intersociais e apontar como determinada entidade agrega valor a economia do país ou da região onde está inserida.

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3.2 - Investimento na Concessão

Em 19 de novembro de 2014 a ANEEL emitiu a resolução nº 4.916, autorizando a TSLE a implantar reforços nas instalações de transmissão na Subestação Povo Novo – 2º banco de autotransformadores 525/230 kV, 672MVA e conexões em 525 kV e 230 kV, como

aditivo ao Contrato de Concessão nº 020/2012, com previsão de entrada em operação comercial para janeiro de 2018.

Investimentos2017 2016 2015

R$ Mil Δ% R$ Mil Δ% R$ Mil Δ%

2º Banco de Autotrans-formadores - SE PNO (Ampliação)

24.985 296% 8.449 19.649% 43 100%

Conexão com a Linha de Transmissão da TSBE (Camaquã – Quinta).

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 27

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DIMENSÃO SOCIAL ESETORIAL4

LT 525 kV Santa Vitória do Palmar 2 - Marmeleiro 2 – Povo Novo.

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4. DIMENSÃO SOCIAL E SETORIAL

4.1 - Indicadores Sociais Internos

d) Perfil da remuneração – Identificar a percentagem de empregados em cada faixa de salários Faixas (R$) 2017 2016 2015

Até R$ 1.000,00 - - -

De R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00 - - -

De R$ 2.000,01 a R$ 3.000,00 - - -

Acima de R$ 3.000,00 - - -

Por Categorias (salário médio no ano corrente) – R$Cargos de diretoria 22.238 17.392 25.723

Cargos gerenciais - - -

Cargos administrativos - - -

Cargos de produção - - -

Os seguintes itens da tabela padrão da ANEEL sobre “Indicadores Sociais Internas” não estão contemplados, a seguir, porque as respectivas informações não se aplicam no que concerne à TSLE:

a) Informações gerais, b) Remuneração, benefícios e carreira, c) Participação nos resultados, e) Saúde e segurança no trabalho, f) Desenvolvimento profissional, g) Comportamento frente a demissões e h) Preparação para aposentadoria.

A empresa TSLE não tem funcionários próprios, são todos terceirizados, por meio de contratos de empreitada global com um grande fornecedor na

parte da obra de ampliação e mais três contratos nos setores administrativo/financeiro/contábil e ambiental.

Linhas de Transmissão da TSLE garantindo o acesso à energia elétrica em Santa Vitória do Palmar e Chui.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica30

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Fonte: Departamento de Operação do Sistema – DOS da Eletrosul.

4.2 – Outras informações sociais relevantes

No ano de 2017, as linhas de transmissão da TSLE apresentaram índice médio final de 100,00% de disponibilidade de transmissão de energia. Os transformadores e reatores das subestações da TSLE obtiveram, respectivamente, índices de 99,96% e 99,99% de disponibilidade junto ao Sistema Nacional. E os compensadores síncronos 15 kV registraram disponibilidade média anual de 99,94%.

Os dados demonstram os esforços realizados pela equipe de manutenção e operação dos empreendimentos da TSLE no sentido de assegurar elevadas taxas de disponibilidade aos clientes nos serviços de transmissão de energia elétrica, superando em 2017, em três indicadores, os índices do ano anterior, conforme demonstrado no quadro abaixo.

A Linha de Transmissão e as Subestações da TSLE estão localizadas nos seguintes municípios (16): Nova Santa Rita, Triunfo, Charqueadas, Eldorado do Sul, Guaíba, Mariana Pimentel, Barão do Triunfo,

Cerro Grande do Sul, Camaquã, Chuvisca, Cristal, São Lourenço do Sul, Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.

4.2.1 – Clientes / Consumidores

4.2.2 – Mapa da região abrangida pela Linha de Transmissão e Subestações

PRESTAÇÃO DE SERVIÇO REDE BÁSICA Disponibilidade Ano (%)

TSLE - Considerando desligamentos apenas penalizados por Parcela Variável

Conjunto de FT Acumulado ano 2016%

Acumulado ano 2017%

Total Linhas 525 kV 99,93 100

Total Transformador 525 kV 99,79 99,96

Total Reatores 525 kV 99,83 99,99

Total Compensadores Síncronos 15 kV 99,95 99,94

Nova Santa Rita TriunfoCharqueadasEldorado do Sul GuaíbaMariana Pimentel Barão do Triunfo Cerro Grande do SulCamaquãChuviscaCristalSão Lourenço do Sul PelotasCapão do Leão Rio Grande Santa Vitória do Palmar

Nova Santa Rita TriunfoCharqueadasEldorado do Sul GuaíbaMariana Pimentel Barão do Triunfo Cerro Grande do SulCamaquãChuviscaCristalSão Lourenço do Sul PelotasCapão do Leão Rio Grande Santa Vitória do Palmar

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A seguir, apresenta-se uma sinopse dos 16 municípios abrangidos pelos empreendimentos da TSLE. As informações foram compiladas e editadas a partir de fontes como: websites das Prefeituras dos respectivos municípios; Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Riograndense Arroz (IRGA), Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul e Wikipédia.

Nova Santa RitaA indústria do município destaca-se pela produção de cimento, alto-falantes, móveis vergados e tecidos. Na pecuária, o destaque é a criação de bovinos, suínos e frangos. Na produção agrícola, é o maior produtor de melão do Rio Grande do Sul, além de cultivar também arroz, melancia, mandioca e verduras. Nova Santa Rita abriga também o Velopark, um dos maiores autódromos da América Latina, onde se realizam competições de nível internacional.

TriunfoO município é sede do Polo Petroquímico do Sul, que constitui-se num empreendimento econômico e tecnológico de destaque no Rio Grande do Sul. O Polo é responsável por cerca de 95% do total da riqueza gerada em Triunfo e 3,5% da riqueza do Estado. Sua implementação no extremo sul do Brasil ocorreu no início da década de 1980, e tinha como objetivo a retomada da industrialização no RS. O Polo é formado por empresas de primeira geração, segunda geração e gases industriais.

CharqueadasA origem e o nome do município estão ligados ao charque (carne bovina seca e salgada) que era produzido no local até o final do século XIX e início do século XX, e que foi durante muito tempo a principal atividade econômica dos colonizadores da região. Na década de 1950, a localidade passou a explorar novas atividades produtivas, destacando-se a extração de carvão mineral. A mineração,

4.2.2.1 - Breve perfil dos 16 municípios

LT Nova Santa Rita – Povo Novo: transmissão de energia integrada com a preservação ambiental.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica32

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portanto, promoveu o povoamento mais acelerado de Triunfo, inaugurando um novo ciclo econômico que evoluiu para a siderurgia e a implantação de um pólo metalmecânico.

Eldorado do SulSituado a 12 km de Porto Alegre, Eldorado do Sul integra a área de preservação ambiental do Delta do Jacuí e apresenta uma vocação natural para o turismo, especialmente o rural, com a presença de fazendas, pousadas, sítios e parques. Também tem atraído empreendimentos no setor imobiliário, pois alia as facilidades decorrentes de sua proximidade com a Capital, Porto Alegre, a fatores como tranqüilidade e qualidade de vida. No setor primário, destacam-se o cultivo do arroz e a pecuária, além da produção de hortifrutigranjeiros.

GuaíbaO município de Guaíba tem condições singulares de logística para empreendimentos que visam atender aos mercados do Mercosul com produtos e serviços de qualidade internacional. Localizado na margem direita do Guaíba, um lago em que cinco rios desembocam daí para o Oceano Atlântico, após passar pela Lagoa dos Patos, é ponto de encontro das duas rodovias federais que ligam o Brasil à Argentina e ao Uruguai. Conta com ampla infraestrutura de energia, serviços de comunicação, rede de ensino e serviços de saúde, complementados por adequada disponibilidade de mão-de-obra qualificada e a presença de importante indústrias exportadoras certificadas pelas normas ISO 9000 e 14000.

Mariana PimentelSituada num pequeno vale e circundada por morros e encostas, a vila foi criada em 31 de março de 1938, através do Decreto n.º 7199. Localizada a 18km da BR 116, com uma área de 338km² e uma população de 4.077 habitantes - descendentes de poloneses, italianos e alemães -, Mariana Pimentel é um município voltado para a produção agropecuária e turística. Entre seus atrativos, incluem-se cascatas, cachoeiras e o Cerro Negro, o ponto culminante do município, com 341 metros de altura, cobertura vegetal exuberante e cavernas.

Barão do TriunfoCom uma população de 7.415 habitantes, em 2016, o PIB do município totalizava R$ 95, 8 milhões, em 2014. O cultivo da uva é uma das atividades agrícolas mais antigas de Barão do Triunfo, tendo surgido com os imigrantes italianos que colonizaram a região, em 1889, e tornaram a viticultura uma das principais alternativas de renda para a população. Para celebrar a tradição, o município realiza anualmente uma Festa da Uva. Embora a maior parte dos produtores agrícolas, atualmente, dedique-se ao cultivo do fumo, Barão do Triunfo tem incentivado também a produção de outras culturas como forma de agregar renda.

Cerro Grande do SulCerro Grande Sul foi criado em 12 de maio de 1988 e era originalmente vinculado ao município de Tapes. Está localizado na região das Serras de Sudeste, a 117 km de Porto Alegre. Sua economia tem como principal pilar a agropecuária, sendo que o PIB, em 2014, totalizou R$ 142,4 milhões. A origem étnica do município é bastante diversificada, com uma população de 10.404 habitantes (2015) composta por cerca de: 40% de portugueses, 20% de alemães, 10% de negros, 10% de italianos, 10% de espanhóis, 5% de poloneses e 5% entre franceses, austríacos, suecos, russos.

Camaquã Município criado em 1864, integra a mesorregião metropolitana de Porto Alegre. É cortado pela BR 116 e possui duas áreas de topografias distintas: a zona da várzea, onde predominam as grandes e médias propriedades, dedicadas à pecuária e às lavouras de arroz e soja; e a zona da serra, onde predominam as pequenas e médias propriedades dedicadas ao plantio da soja, milho, feijão, fumo e mandioca. Com uma população de 66.407 habitantes (2015), tem um PIB de R$ 1,651 bilhão (2014). É um dos três municípios beneficiados por projetos sociais da TSLE – “Procurando novos caminhos com sustentabilidade social e econômica” – vinculados ao BNDES. O objetivo é promover o desenvolvimento rural sustentável por meio de ações, processos educativos e participativos visando o fortalecimento da agricultura familiar e das comunidades urbanas, o pleno exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida. Em Camaquã, são seis projetos no valor total de R$ 1.038.487,99,

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que vão desde a construção de casas a melhorias sanitárias, construção de cisternas e fortalecimento da agricultura familiar, aquisição de kits de irrigação, equipamentos, insumos e sementes.

ChuviscaA economia do município está baseada na agricul-tura familiar e cerca de 95% da população é com-posta por agricultores. A principal fonte de renda é a produção de tabaco. As culturas do milho, feijão, mandioca e batata são produzidas para a subsistên-cia da família e servem de alimento para pequenos animais. Buscando novas alternativas de geração de renda, investimentos têm sido feitos também na cultura do trigo, da uva, da cana-de-açúcar e do girassol. Na localidade da Costa do Sutil, foi im-plantada a Estância de Água Mineral. É outro dos três municípios beneficiados por projetos sociais da TSLE vinculados ao BNDES. O objetivo é promover o desenvolvimento rural sustentável por meio de ações estruturais e educativas com foco na valoriza-ção e fortalecimento da agricultura familiar, visando à fixação das famílias no campo. Em Chuvisca, são quatro projetos, no valor de R$ 616.687,99, incluindo abastecimento de água, melhorias sanitárias, obras de infraestrutura em vias de acesso a pequenas pro-priedades rurais e oficinas de educação ambiental.

Cristal É um município às margens do rio Camaquã, com uma população de 7.841 habitantes, em 2015. Seu PIB atingia o valor de R$ 152 milhões, em 2014. As principais atividades são a agricultura, sendo que as pequenas propriedades constituem a base da economia do município, além de algumas outras propriedades de grande extensão, onde, no conjunto, cultivam-se grãos como o arroz irrigado, milho, soja e feijão, além da batata inglesa, do fumo e da laranja. Na pecuária, Cristal conta com um rebanho de 36.179 cabeças de gado, 2.893 ovinos, 500 suínos e 1.000 aves. É o terceiro município dos beneficiados por projetos sociais da TSLE vinculados ao BNDES. O objetivo também é o de promover o desenvolvimento rural sustentável, fortalecer a agricultura familiar e das comunidades urbanas, promover a cidadania e a melhoria da qualidade de vida da população. No total, são seis projetos neste município, no valor global de R$ 816.470,03.

Incluem a implantação de rede de abastecimentos de água em comunidades rurais, drenagem fluvial, esgotamento sanitário, infraestrutura em galpão para triagem de resíduos sólidos e treinamento de jovens empreendedores rurais.

São Lourenço do SulCriado em 1884, o município foi colonizado por alemães, que ocuparam as terras do interior, dedicando-se à agricultura, enquanto os portugueses permaneceram no povoado, desenvolvendo as atividades de comércio. A localidade tem várias praias de água doce, à beira da Lagoa dos Patos, com belas paisagens que se tornaram reconhecido foco de atração turística. Sua economia sustenta-se também na agricultura e na pesca, além de um setor terciário bem desenvolvido no comércio e nos serviços. Sua população era de 43.390 habitantes em 2015. E seu PIB totalizava R$ 893,4 milhões em 2014.

PelotasO município está situado às margens do Canal São Gonçalo, que liga as Lagoas dos Patos e Mirim, as maiores do Brasil. As bacias contribuintes de ambas recebem 70% do volume de águas fluviais do Rio Grande do Sul. Esta localização tem importantes reflexos sobre aspectos físicos e econômicos de Pelotas, que é uma referência econômica e cultural no sul do País. Tornou-se município em 1835, e absorveu a cultura européia devido ao constante contato possibilitado pela exportação do charque. A grande expansão das charqueadas fez com que Pelotas fosse considerada a capital econômica da província de São Pedro do Sul, vindo a se envolver, também, em todas as grandes causas cívicas. A renda per capita de Pelotas era a mnaior da Províncida, em 1872, com 212,83 mil réis. O título de Capital Nacional do Doce veio posteriormente, e provém da influência portuguesa, além de outras etnias. A região é a maior produtora de pêssego para a indústria de conservas do País, além de outros produtos como aspargo, pepino, figo e morango. O município reponde por aproximadamente 28% da produção de arroz beneficiado do Estado, 10% da produção de grãos, 16% do rebanho bovino de corte, e detém a maior bacia leiteira, com a produção de 30 milhões de litro/ano, além de possuir expressiva

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criação de cavalos e ovelhas (28% do rebanho e eqüinos e 30% da produção de lãs). Na indústria, o destaque são os serviços avançados de montagem de estruturas, transporte e logística. A diversidade da matriz econômica também se dá pela presença da indústria têxtil, metal mecânica, curtimento de couro e de pele, panificação e muitas outras. Possui 7.507 estabelecimentos comerciais e de serviços. Sua população era de 342.649 habitantes em 2015, e seu PIB totalizava R$ 6,7 bilhões em 2014.

Capão do LeãoO município tinha uma população total de 25.462 habitantes em 2015, e seu PIB totalizava R$ 415 milhões em 2014. A base da economia é a agricultura, seguida do extrativismo mineral em geral, do comércio, da indústria (de pequeno, médio e grande porte) e da prestação de serviços. Na agricultura, sobressaem as plantações de arroz, soja, milho, melancia, sorgo, batatas, feijão, e fumo, seguidas pelos cultivares de laranjas e tangerinas, noz e pêssego. A pecuária abrange a criação de bovinos, equinos, bubalinos, caprinos, ovinos e galinhas; na piscicultura, destaca-se a criação de carpas; registra-se ainda a produção de mel e lã.

Rio Grande Um dos mais antigos municípios do Rio Grande do Sul, está situado no extremo sul do Estado, entre a Lagoa Mirim, a Lagoa dos Patos (a maior laguna do Brasil) e o Oceano Atlântico. Devido à sua posição geográfica estratégica, consolidou-se como único porto marítimo do Estado, por onde passavam todos os imigrantes e, ainda hoje, todo o comércio internacional. A riqueza pesqueira e agropecuária da região atraíram os colonizadores europeus e definiram as bases da economia atual: atividades portuárias e pesqueiras, refinação de petróleo, indústria, comércio, turismo e serviços. Em Rio Grande estão localizados a Estação de Apoio Antártico, a atual Refinaria de Petróleo Riograndense (antiga Ipiranga) e um moderno e movimentado porto internacional de águas profundas (o segundo em movimentação de cargas do Brasil), com importantíssimo papel no Mercosul. A Estação Ecológica do Taim tem 30% de sua área dentro do município. O município é considerado o principal pólo turístico da metade sul do Estado. Sua

população era de 213.166 habitantes em 2015, seu PIB totalizava R$ 7,4 bilhões e as exportações U$ 2,9 bilhões (2014).

Santa Vitória do PalmarÉ banhada por duas grandes lagoas, a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira, além de outras lagoas de pequeno porte. Estas duas, somadas à Lagoa dos Patos e ao Lago Guaíba, compõem o maior complexo lagunar da América Latina. É o município mais meridional do país, localizado no extremo sul do Brasil, na fronteira com Uruguai. Junto com o município de Rio Grande, abriga a mais importante estação ecológica do Estado, a do Taim, que tem 70% de sua área em Santa Vitória do Palmar. Conjuntamente ao município de Chuí, abriga o Complexo Eólico Campos Neutrais, para cujas empresas a TSLE faz a transmissão de energia limpa e renovável ao Sistema Integrado Nacional (SIN). O termo “Campos Neutrais” origina-se dos conflitos históricos entre Portugal e Espanha, no tempo do Brasil Colônia, na luta para definir a posse dos territórios da região. As atividades econômicas mais importantes no município são a pecuária bovina de corte, a pecuária ovina de lã e o plantio de arroz, maior responsável pelo desenvolvimento e arrecadação. Santa Vitória do Palmar foi o segundo maior produtor de arroz no Estado na safra 2015/2016, abaixo abenas de Uruguaiana, segundo o Instituto Riograndense Arroz (IRGA). Sua população era de 32.697 habitantes em 2015, e o PIB totalizava R$ 787, 2 milhões em 2014.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 35

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4.2.3 – Importância e benefícios do empreendimento

A região sudeste do Estado do Rio Grande do Sul apresenta um potencial eólico de grande magnitude, notadamente nos municípios de Chuí, Santa Vitória do Palmar e Rio Grande. Essa região é sensível do ponto de vista ambiental e apresenta desafios para a integração dos potenciais eólicos ali existentes, por abranger ecossistemas de grande expressão no contexto ambiental do extremo sul do Brasil.

Neste ambiente, a TSLE implantou um conjunto de obras de Linhas de Transmissão e Subestações (de 525 kV) de grande importância para o transporte de grandes blocos de energia elétrica gerados pelos parques eólicos de Santa Vitória do Palmar, Chuí e Rio Grande, que já estão em operação comercial, e também para os futuros parque eólicos da região. Tais realizações permitem o aumento do intercâmbio eletroenergético entre as regiões Sul–Sudeste do Brasil e contribuem para a melhoria da qualidade do abastecimento de energia elétrica nos referidos municípios.

Pelas Linhas de Transmissão da TSLE, passa atualmente a energia eólica produzida pelo “Complexo Eólico Campos Neutrais” (Geribatu, Chuí e Hermenegildo) e pelo “Complexo Atlantic” (Aura Mirim e Aura Mangueira), localizados nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí.

No ano 2017, as principais atividades da TSLE estiveram relacionadas com a manutenção, a operação, os programas ambientais e fundiários do empreendimento, atividades estas que exigiram profissionais, técnicos e engenheiros com diferentes habilitações e competências.

O infograma apresentado a seguir ilustra a integração dos parques eólicos ao sistema de transmissão da TSLE.

DADOS GERAIS DAS LINHASExtensão Total: 468kmQuantidade de Torres: 1.042Peso das Torres: 12.000tCabos condutores: 5.800kmPeso dos cabos: 8.000tCabo condutors: CAL 993MCMCapacidade da LT 525kV: 3.300MVA

268kmLT 525kV NSR-PNO

152km

525kV230kV138kV

Eólicas Chuí 162MW

EOL Geribatú 258MW

EOL Hermenegildo 181MWEOL Atlantic 210MW

48km

LT 525kV MRO2-PNO

LT 525kV MRO2-SPA2

EOL CEEE-GT 52MW (2019)

ETE Rio Grande 1250MW (2021)

SE NOVA SANTA RITA525kV (Eletrosul)

SE MARMELEIRO 2, 525/15kV, 210MVA+ 2 compensadores Síncronos 100MVAr, cada

SE POVO NOVO 525/230kV, 672MVA + 672MVA (reforço)

SE SANTA VITÓRIA DO PALMAR 2,525/138kV, 75MVA

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica36

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4.2.4 - Geração eólica e o papel integrador das Linhas de Transmissão

A energia produzida pelos ventos é limpa, abundante e renovável, e é obtida por meio de aerogeradores instalados em torres pré-moldadas de concreto − a força do vento é captada por hélices ligadas a uma turbina, que aciona um gerador elétrico. A quantidade de energia transferida aria em função da densidade do ar, da área coberta pela rotação das hélices e da velocidade do vento.

No ano de 2017, a geração de energia eólica média (MWmed) dos parques eólicos conectados aos sistemas de transmissão da TSLE foi abaixo da geração física garantida pelos empreendedores, devido principalmente à redução dos ventos médios na região durante este ano. A capacidade instalada dos parques eólicos da região é de 789,8 MW, e a garantia física de geração de energia é de 349,6 MW, com fator de capacidade de geração de 44,3%. A geração média de energia dos referidos parques eólicos em 2017 foi de 296,2 MW, resultando no fator de capacidade médio de geração de 37,5% (fonte: ONS - Boletim de Geração Eólicas de dezembro/2017) As Linhas de Transmissão e Subestações fazem parte do Sistema Integrado Nacional (SIN) brasileiro, considerado um dos mais avançados do mundo. Isto é possível porque o SIN utiliza os benefícios da diversidade energética entre as regiões brasileiras, permitindo transferir excedentes de energia elétrica gerados em uma região para outras regiões com deficiência energética.

O Sistema Interligado Nacional é formado por empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte. Com tamanho e características que permitem considerá-lo único em âmbito mundial, segundo a ANEEL, o sistema de geração e transmissão de energia elétrica do Brasil é caracterizado pela forte predominância de fontes hídricas (60,77%) e fósseis (16,20%), seguidas de biomassa (8,73%), eólica (7,52%), nuclear (1,20%), solar (0,68%) e importada (4,90%). Fonte: http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.cfm, consultado em 09/04/2018).

O mapa a seguir ilustra a integração entre os sistemas de produção e transmissão para o suprimento do mercado consumidor de energia elétrica do Brasil. O mapa geral do Sistema de Transmissão publicado é o disponibilizado pelo Organizador Nacional do Sistema - ONS, com o “Horizonte 2017”. Outras variações de mapas mais detalhados podem ser consultadas na página do ONS: http://ons.org.br/pt/paginas/sobre-o-sin/mapas .

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 37

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Fonte: Operador Nacional do Sistema – ONS.http://ons.org.br/_layouts/download.aspx?SourceUrl=http://ons.org.br/Mapas/SistemadeTransmissao_Horizonte2017.pdf

Peru

Argentina

Bolivia

Uruguai

Chile Paraguai

Colômbia

Fortaleza

Teresina

S.Luís

Natal

JoãoPessoa

Recife

Maceió

Aracaju

Salvador

Curitiba

Florianópolis

Rivera70 MW

Uruguaiana50 MW

Garabi2000 MW

Cuiabá

Manaus

C.Grande

Itaipu

Vitória

R.JaneiroSão Paulo

P.Alegre

Goiânia

GuianaFrancesa

Venezuela

GuianaSuriname

B.Horizonte

Rio Branco

Legenda

Número de circuitos existentesN

Horizonte 2017

A

33

3

4

25

22

2

4

2

8

2 2

22

2

2

2

22

22

26

2

3

2

2

2

2

32

22

2

2

2

2

2

2

2

3

3

2

3

23

2

2

2

22

22

2

2

2

2

2

2

2

2

2

22

2

2

33

3

3

3

3

3

2

4

2

2

2

22

2

2

4

3

32

4

3

2

2

2 3

3

3

2

2

2

7

D

2

32

22

2

2

2

2

2

2

B

4

22

2

2

2

2

2

2

2

2

2

22

Melo500 MW

2

3

2

2

Brasília

A

B

CD

E

Existente Futuro Complexo

Paraná

Paranapanema

Grande

Paranaíba

Paulo Afonso

138 kV 230 kV 345 kV 440 kV 500 kV 750 kV 600 kV cc 800 kV cc+-

+-

Boa Vista

Macapá

Belém

Porto Velho

Palmas

2

2

C

E

5

2Tucuruí

2

Eólicas 207MWEólicas 582,8MW

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica38

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4.2.5 - Relação com os proprietários de terras

A TSLE priorizou, desde o começo de suas atividades, um relacionamento atento, sensível e respeitoso para com as comunidades residentes nas áreas onde viriam a ser construídas a sua Linha de Transmissão e as Subestações. A chamada faixa de servidão – a área de 60 metros por onde passa a LT – abrange uma quantidade grande de propriedades privadas com diferentes tipos de benfeitorias, costumes e cultura.

Apesar dos benefícios socioeconômicos decorren-tes da implantação de uma LT para determinada comunidade e para o Sistema Interligado Nacional como um todo, há sempre um impacto e reação inicial dos moradores potencialmente atingidos por qualquer interferência em suas propriedades: seja pelo traçado da linha, pelas obras de cons-trução, ou mesmo pela alteração provocada em benfeitorias e que exijam reparo ou compensação de danos.

Em 2017 além das atividades de manutenção e operação, atividades no setor fundiário da empresa, sendo sua maioria relativas ao acompanhamento/instrução de processos judiciais e de manutenção da posse. A regularização fundiária apresenta resultados plenamente satisfatórios, pois atinge 100% das áreas afetadas pela implantação/operação/manutenção dos empreendimentos da TSLE. Todas as negociações e processos judiciais encontram-se equacionados.

LT Nova Santa Rita – Povo Novo: transmissão de energia integrada com o desenvolvimento regional.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 39

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4.2.6 - Projetos Sociais - BNDES

No que tange às ações de responsabilidade social, a TSLE realizou, em 2017, Projetos Sociais vincula-dos ao empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A aplicação da empresa atingirá um total de R$ 2.471.646,00, abrangendo três municípios de sua área de atuação: Camaquã, Cristal e Chuvisca. Os projetos se encon-tram em plena realização.

Em Camaquã, são seis projetos no valor total de R$ 1.038.487,99, que vão desde a construção de casas a melhorias sanitárias, construção de cisternas e fortalecimento da agricultura familiar, aquisição de kits de irrigação, equipamentos, insumos e sementes. No município de Chuvisca, são quatro projetos, no valor de R$ 616.687,99, abrangendo: abastecimento de água, melhorias sanitárias, obras de infraestrutura

em vias de acesso a pequenas propriedades rurais e oficinas de educação ambiental. Estes projetos deverão estar finalizados até agosto do próximo ano (2018).

Já em Cristal, são outros seis projetos, no valor de R$ 816.470,03, e que incluem: implantação de rede de abastecimentos de água em comunidades rurais, drenagem fluvial, esgotamento sanitário, infraestrutura em galpão para triagem de resíduos sólidos e treinamento de jovens empreendedores rurais.

Pastagens e vegetação nativa situadas nas proximidades da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica40

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Aspecto da Linha de Transmissão Nova Santa Rita – Povo Novo e sua integração com o ambientel regional.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 41

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DIMENSÃO AMBIENTAL5

LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitória do Palmar 2 (Trecho Taim): transmitindo energia integrada com o desenvolvimento da região.

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A TSLE integra a dimensão ambiental na transmissão de energia elétrica gerada pelos Parques Eólicos situados no Litoral Sul do Rio Grande do Sul. Desta forma, houve responsabilidade social e ambiental em todas as etapas de construção, implantação e operação das linhas de transmissão e das subestações da TSLE.

A principal marca da consciência ambiental da TSLE registrou-se na definição dos traçados das linhas de

transmissão, cuja diretriz foi desviar remanescentes de florestas nativas e cursos hídricos, objetivando diminuir ao máximo os impactos ambientais sobre estas áreas. De forma equivalente, durante o planejamento da locação dos empreendimentos foram tomados cuidados especiais com as ocupações urbanas e indígenas, visando preservar estes territórios.

Subestação Povo Novo.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica44

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5.1 – Indicadores Ambientais

5.1 – Indicadores AmbientaisRECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS META 2016 2015 2014 2013

Área preservada e/ou recuperada por manejo sustentável de vegetação sob as linhas de trans-missão (em ha) = encerrado em 2016 – em 2017 somentemonitoramento

222 ha Meta realizada

22,2 ha (10%)/ Meta

realizada

155,4 ha (70%)

44,4 ha (20%)

Área preservada / total da área preservada na área de concessão exigida por lei (%)= encerrado em 2016 – em 2017 somentemonitoramento

140ha Meta realizada

Meta realizada

Total (100%) Total

Quantidade de acidentes por violação das normas de segurança ambiental Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum

Número de atuações e/ou multas por violação de normas ambientais Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum

GERAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS META 2016 2015 2014 2013

Efluentes

Volume total de efluentes (estimativa total de toda obra)

277.120 litros

Meta realizada

Meta realizada

207.814 litros (75% do total)

69.280 litros (25% do total)

Volume total de efluentes com tratamento 100% Meta realizada

Meta realizada

75% (do total) finalizado

25% (do total)

Percentual de efluentes tratados (%) 100% Meta realizada

Meta realizada

75% (do total)

25% (do total)

SólidosQuantidade anual (em toneladas) de resíduos sólidos gerados (lixo, dejetos, entulho, etc.) – Fase de instalação

134.000kg Meta realizada

Meta realizada

100.500kg (75% do

total)

33.500kg (25% do

total)

Percentual de resíduos encaminhados para reciclagem sem vínculo com a empresa % 26.800kg Meta

realizadaMeta

realizada

20.100kg (75% do

total)

6.700kg (25% do

total)

Percentual de resíduos reciclados por unidade ou entidade vinculada à empresa (projeto específico) %

Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum

USO DE RECURSOS NO PROCESSO PRODUTIVO E EM PROCESSOS GERENCIAIS DA ORGANIZAÇÃO

META 2016 2015 2014 2013

Consumo total de energia do empreendimento (fase instalação)

- hidrelétrica (em kWh) 15% do total

Meta realizada

Meta realizada

10% do total 5% do total

- combustíveis fósseis 85% do total

Meta realizada

Meta realizada

65% do total

20% do total

Consumo total de água – fase de instalação (em m³)

- abastecimento (rede pública) 8.000 m³ Meta realizada

Meta realizada

75% do total

25% (do total)

- fonte subterrânea (poço) Nenhum Meta realizada

Meta realizada Nenhum Nenhum

- captação superficial (cursos d’água) Nenhum Meta realizada

Meta realizada Nenhum Nenhum

Consumo total de água (em m³) 8.000 m³ Meta realizada

Meta realizada

75% do total

25% (do total)

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 45

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EDUCAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL – TRABALHADORES FASE DE IMPLANTAÇÃO

META 2016 2015 2014 2013

Número de empregados treinados nos programas de educação ambiental

1.520 funcionários

Meta realizada

Meta realizada

75% do total

25% do total

Percentual de empregados treinados nos programas de educação ambiental / total de empregados

100 % Meta realizada

Meta realizada

75% do total

25% do total

Número de horas de treinamento ambiental / total de horas de treinamento 3.040 horas Meta

realizadaMeta

realizada75% do

total25% do

total

Educação ambiental - ComunidadeNúmero de unidades de ensino fundamental e médio atendidas 05 escolas Meta

realizadaMeta

realizada 04 escolas 01 escola

Número de alunos atendidos 120 Meta realizada

Meta realizada 100 20

Todo o processo de construção e manutenção do empreendimento da TSLE é realizado por empresas terceirizadas, por meio de contratos de EPC (Engineering, Procurement and Construction Contracts), onde estão inclusos o consumo de

combustível, energia, água, a destinação correta de resíduos sólidos e dos efluentes gerados. As empresas contratadas possuiam conhecimento da importância desse fator e monitoraram todo o processo construtivo.

Ambientes situados na vizinhança da linha de Transmissão da TSLE (Trecho Sul).

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica46

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A seguir são apresentados os Indicadores de Desempenho Ambiental utilizados na gestão do empreendimento da TSLE.

5.2 – Indicadores de Desempenho Ambiental para Empresas de Distribuição e/ou Transmissão de Energia Elétrica.

INDICADORES DE DESEMPENHO UNIDADES DE MEDIDA OBJETIVO DO

INDICADOR AÇÕES DA EMPRESA

Supressão vegetal - Fase de implantação m² de área suprimida.

Medir as áreas, objeto de supressão vegetal, seja para a construção de subestações, seja para abertura de faixa

de servidão.

403 ha referente à supressão necessária para implantação

de acessos, praças de torres e vão de lançamento

de cabos da Linha de Transmissão.

Vazamento de óleo Pontos de vazamento por mês.

Medir a eficiência das ações preventivas e corretivas dos

vazamentos de óleos de equipamentos.

Nenhuma ocorrência.

LT Povo Novo – Marmeleiro 2 – Santa Vitória do Palmar 2 (Trecho Taim).

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 47

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5.3 – Licenças ambientais

A estrutura geral do licenciamento ambiental do empreendimento da TSLE está alicerçada nos seguintes documentos:

• Linha de Transmissão 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo (Trecho Norte): a instalação deste setor do empreendimento foi autorizada pela Licença de Instalação 784/2013-DL, emitida pela FEPAM/ RS em 08/11/2013. Em 03/12/2014 a FEPAM/ RS emitiu a Licença Ambiental de Instalação (LI) 896/2014-DL, retificando alguns termos da LI anterior e incluindo autorização para manejo das espécies imunes ao corte no RS. Em março de 2015 foi emitida a Licença Ambiental de Operação (LO 1464/2015-DL), autorizando a operação comercial deste empreendimento. Validade desta licença: março/2019.

• Linha de Transmissão 525 kV Povo Novo – SE-MRO2 – SE- SPA2 (Trecho Sul): a instalação deste setor do empreendimento foi autorizada pela LI 814/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 30 de setembro de 2013. Em 15/12/2014 foi emitida a Licença Ambiental de Operação (LO 7181/2014- DL), valida até 15/12/2018.

• Subestação Povo Novo – PNO (município de

Rio Grande): a instalação desta subestação foi autorizada pela Autorização Ambiental nº 424/2013-DL, emitida pela FEPAM/RS em 04/07/2013, renovada pela AutGer 461/2014-DL. Sua Licença de Operação foi vinculada à LO 7181/2014-DL.

• Ampliação B da SE-PNO (Munícipio de Rio Grande): a instalação da “Ampliação B” desta subestação está autorizada pela Autorização Ambiental nº 389/2015-DL (emitida pela FEPAM/RS em 11/12/2015), renovada pela AutGer 387/2016-DL. Sua Licença de Operação foi vinculada à LO 7181/2014-DL.

• Subestação Santa Vitória do Palmar – SPA2 (município de Santa Vitória de Palmar): a instalação desta Subestação foi autorizada pela Autorização Ambiental nº496/2013-DL, emitida

pela FEPAM/ RS em 21/08/2013, renovada pela AutGer 459/2014-DL. Sua Licença de Operação foi vinculada à LO 7181/2014-DL.

• Subestação Marmeleiro – MRO2 (município de Santa Vitória do Palmar): a instalação desta subestação tem como base a Autorização Ambiental nº 501/2013-DL, emitida pela FEPAM/ RS em 22/08/2013, renovada pela AutGer 460 / 2014-DL. Sua Licença de Operação foi vinculada à LO 7181/2014-DL.

• Subestação Nova Santa Rita – NSR (Ampliação G – município de Nova Santa Rita): a ampliação desta subestação é decorrente da Autorização Ambiental nº 741/2013-DL, emitida pela FEPAM/ RS em 10/12/2013. Sua Licença de Operação foi vinculada à LO 1464/2015-DL.

As condicionantes das licenças ambientais são desenvolvidas complementarmente aos Programas Ambientais de Operação. Destaca-se como parte dos compromissos as “Compensações Ambientais” destinadas para apoio das unidades de conservação do RS. No Trecho Norte estão sendo adquiridos equipamentos e serviços no Parque Estadual do Delta do Jacuí (PEDJ) e no Trecho Sul estão sendo adquiridos equipamentos/serviços na Estação Ecológica do TAIM e terrenos no Parque Estadual de Itapeva.

Síncrono – SE Marmeleiro 2.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica48

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5.4 - Programas Ambientais

A seguir descreve-se o escopo básico dos programas ambientais desenvolvidos na implantação da Linha de Transmissão – Trechos Norte e Sul – e das Su-bestações Povo Novo (PNO), Marmeleiro (MRO2) e Santa Vitória do Palmar (SPA2) e Ampliação B da Nova Santa Rita (NSR). A maior parte das ativida-des foi desenvolvida durante a implantação dos em-preendimentos.

5.4.1 - Acompanhamento AmbientalEste programa, também denominado de Super-visão Ambiental, realiza inspeções diárias em todas as frentes de obras, objetivando acompa-nhar e orientar os responsáveis pela construção do empreendimento – e demais prestadores de serviços envolvidos – sobre os aspectos técni-cos e ambientais previstos no PBA, nas condi-cionantes das Licenças de Instalação, bem como outras normativas legais pertinentes à temáti-ca ambiental. É o instrumento gerencial para o monitoramento de todas as atividades das obras, contendo as diretrizes técnicas relacio-nadas com toda a implantação e operação do empreendimento.O Acompanhamento Ambiental utiliza a seguin-te metodologia: Detalhamento dos Programas Ambientais propostos; Elaboração de diretrizes e procedimentos para a contratação da im-plantação dos programas ambientais; Acom-panhamento das ações/programas ambientais relacionadas ao desenvolvimento das obras de implantação do empreendimento; e Elabora-ção e aplicação de treinamento e conscientiza-ção ambiental para os trabalhadores (detalha-do a seguir, em “Programa de Conscientização Ambiental”). Os treinamentos contemplam os profissionais responsáveis diretamente pelo Programa de Acompanhamento Ambiental e também os demais colaboradores das obras de instalação da Linha de Transmissão.

5.4.1.1 - Controle de poluição do ar: controle da emissão de poeira e fumaçaAs empreiteiras responsáveis pela implan-tação do empreendimento da TSLE devem controlar as emissões decorrentes da quei-

ma de combustíveis fósseis e o nível de poeira em suspensão durante todas as eta-pas das obras. Este Programa visa diminuir os impactos negativos na qualidade do ar em áreas próximas ocupadas, proporcionar conforto aos trabalhadores, colaborar na manutenção da qualidade do ar e prevenir acidentes no interior das obras. Durante a etapa de implantação do empreendimen-to, os trabalhadores da obra são orientados sobre as medidas mitigadoras e de controle relacionadas à qualidade do ar, constantes no Programa. A metodologia empregada nos treinamen-tos está descrita no item Treinamento e Capacitação Ambiental da Mão de Obra das Construtoras. As construtoras e empreitei-ras contratadas pela TSLE são orientadas a minimizar as emissões, através de utilização de veículos novos e/ou com procedimentos frequentes de manutenção. Também de-vem ser observadas as condições atmosfé-ricas favoráveis à dispersão dos poluentes e de poeira, e sempre atender reclamações oriundas da população vizinha ao empreen-dimento.

5.4.1.2 - Controle do ruído e restrições de horáriosA execução das obras atende às exigências de controle de ruído existentes na Legisla-ção Brasileira, respeitando as restrições de horário definidas em diplomas municipais. Na ausência de legislação municipal mais restritiva sobre o assunto, define-se o pe-ríodo entre as 8h e as 20h como o horário--limite para operação de máquinas e equi-pamentos a serviço das obras.

5.4.1.3 - Controle de fontes de contaminação do solo e da águaEste Programa tem como objetivo evitar a contaminação do solo e da água por óleos e graxas, oriundos da utilização de equi-pamentos como geradores, compressores e bombas, por produtos químicos diversos

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e por águas residuais, não só de efluentes domésticos, mas também de atividades de concretagem e lavagem de caminhões be-toneiras. O controle de fontes de contami-nação do solo e água também é realizado através de acompanhamento dos procedi-mentos de abastecimento de combustível e manutenção de equipamentos e do moni-toramento dos locais com possível presen-ça de óleos, graxas, demais produtos quí-micos, observando-se também alterações nas águas residuais situadas no entorno das obras.

5.4.1.4 - Minimização dos riscos de acidentes com a população local durante as atividades de lançamento dos cabos e Medidas de Segurança para proteção das rodovias transpassadas pela Linha de TransmissãoEsta medida compreende o conjunto de providências e procedimentos destinados a garantir a segurança da população residen-te ou que transita nos locais de execução das obras quanto aos eventuais riscos de acidentes envolvendo o lançamento dos cabos. Compreende o acompanhamento de profissionais durante o lançamento de cabos e a comunicação (rádio e direta) com as comunidades rurais localizadas próximas das áreas das torres durante todo o proces-so de lançamento dos cabos.

5.4.1.5 - Integração e educação ambiental da mão de obra das construtorasA Educação Ambiental aos trabalhadores envolvidos assegura que estes realizem as suas atividades adotando procedimentos adequados, considerando cuidados necessá-rios com o meio ambiente, com as relações com as comunidades e com a preservação dos Patrimônios Arqueológicos, Cultural e Histórico. A integração realizada ocorre no início das atividades e abrange conteúdos técnicos e didáticos específicos. Os diálogos ambientais periódicos são direcionados a todos os trabalhadores e equipes gerenciais das construtoras contratadas e enfatiza as-

pectos e/ou procedimentos identificados como problemáticos nas frentes de obras.

5.4.1.6 - Relatórios de Supervisão AmbientalDurante a fase de implantação e operação dos empreendimentos da TSLE foram gera-dos “Relatórios de Supervisão Ambiental” integrando registros do andamento dos Programas Ambientais e das Condicionan-tes das Licenças Ambientais. A entrega periódica destes relatórios ao órgão am-biental licenciador (FEPAM/RS) ocorreu bi-mestralmente durante a implantação dos empreendimentos e anualmente na fase de operação.

5.4.2 – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRDA)O objetivo deste Programa é a recuperação e/ou recomposição das áreas degradadas pelas obras de implantação da Linha de Transmissão, de for-ma a se obter a revegetação das áreas utilizadas durante as obras de construção, visando à pro-teção dos solos e dos corpos d’água contra os processos erosivos e o assoreamento. As obras de implantação do empreendimento promovem algumas modificações (temporárias) nas condi-ções ambientais junto à base de torres e acessos, promovidas pelo trânsito de máquinas e a ocu-pação das áreas dos canteiros de obras. Portan-to, a recuperação ambiental evita a formação de processos erosivos, possibilitando a retomada do uso original das áreas afetadas parcialmente pela implantação do empreendimento.

5.4.3 - Programa de Manejo e Conservação da Vegetação NativaDurante a implantação da Linha de Transmissão e as suas estruturas associadas - canteiro de obras, acessos etc. - é necessária a supressão de vegetação de porte florestal (natural ou implantada). De forma a mitigar este impacto, foi gerado o Programa de Manejo e Conservação da Flora, que inclui procedimentos a serem observados durante a etapa de intervenção em vegetação nativa situada na área destinada para construção do empreendimento (acessos, praças de torres, lançamento de cabos, canteiro de

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obras e das subestações), propondo alternativas sustentáveis para o manejo da vegetação presente nestes locais.

5.4.3.1 - Levantamento das áreas de vegetação nativa passíveis de intervençãoDe posse do projeto final das áreas de inter-venção (torres, subestações e passagem de cabos), foi realizado o levantamento da ve-getação nativa a ser impactada diretamente pelo empreendimento através do Inventário Florestal. Este levantamento foi realizado tendo em vista a solicitação de autorização de supressão vegetal e a estimativa de reposição florestal, definida pela FEPAM/RS. Durante a fase de operação ocorrem apenas manejos de manutenção, visando manter a distância Ca-bo-árvore (que é de 07 metros) e a operação segura do sistema de transmissão.

5.4.3.2 - Podas e Transplantes de espécimes imunes ao corte Durante o levantamento das áreas a serem suprimidas, foi realizada Vistoria Técnica bus-cando identificar indivíduos de espécies imu-nes ao corte pela Legislação Ambiental do RS (figueiras, corticeiras e butiás) e espécies com o transplante recomendado, como palmeiras e epífitas. Durante os transplantes são adota-das medidas visando aumentar a possibilida-de de sucesso. Visando o menor impacto sobre estes espé-cimes da flora nativa, priorizou-se (quando possível e compatível com a construção/ope-ração da Linha de Transmissão) as ações de poda, retirando parte do vegetal incompatível com o empreendimento e mantendo o res-tante dos vegetais. Todos os indivíduos foram observados e monitorados periodicamente, durante alguns meses, visando avaliar a efi-ciência das ações e, quando necessário, ações de reforço foram realizadas. Durante a fase de operação, são realizados monitoramentos semestrais nos locais de poda e transplante das espécies imunes, visando avaliar o estágio de desenvolvimento e/ou necessidade de manutenção destes vegetais. Relatórios técnicos são enviados ao

órgão ambiental anualmente (acumulando duas campanhas).

5.4.3.4 - Acompanhamento da supressão vegetalDurante a implantação do empreendimen-to as atividades de supressão vegetal foram realizadas vistorias de modo a certificar o cumprimento da Autorização de Supressão Vegetal, garantindo a supressão somente das áreas demarcadas e o correto transplante dos indivíduos imunes ao corte ou com transplan-te sugerido. Na fase de operação, são reali-zadas vistorias semestrais na faixa de servi-dão, visando avaliar a distância cabo-árvore (07 metros). Nos locais onde identificou-se a necessidade de podas de manutenção são realizadas atividades de supressão utilizando os mesmos procedimentos metodológicos da fase de implantação (incluindo solicitação de “Autorização de Supressão” ao órgão ambien-tal). Posteriormente ao manejo (autorizado pela FEPAM) são emitidos os “Relatórios Téc-nicos Pós-Corte” e entregues ao órgão am-biental licenciador.

5.4.4 - Programa de Gestão de Resíduos A gestão dos resíduos sólidos gerados durante a implantação e operação da Linha de Trans-missão é necessária, visando evitar os riscos de contaminação do solo e dos recursos hídricos. O gerenciamento dos resíduos sólidos consiste em um conjunto de procedimentos de gestão, planejamento e implantação a partir de bases técnicas e científicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos, maximizar a reutilização/reciclagem, e possibi-litar o devido encaminhamento dos mesmos, de forma adequada, para destinação final.

5.4.5 - Monitoramento Fauna O monitoramento da fauna visa o reconheci-mento da diversidade local e a definição de seus padrões de distribuição espacial ao longo das áreas de influência deste empreendimento. Os métodos aplicados objetivam identificar a pre-sença de espécies bioindicadoras raras, endêmi-cas ou ameaçadas de extinção, bem como iden-

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 51

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tificar as principais rotas de movimentação da avifauna através das diferentes fitofisionomias das áreas próximas da LT. Esta ação-base visa contribuir para a correta gestão ambiental do empreendimento, evitando prejuízos ecológicos desnecessários. As informações geradas através deste programa são destinadas prioritariamente ao empreendedor, à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (FEPAM/RS), à Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA-RS), ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – especialmente a Estação Ecológica do Taim (ESEC Taim) – e à comunidade residente próxima à área do empreendimento. Como resultado adicional, estes dados são de grande valia ao meio acadêmico-científico, pois acrescenta informações preciosas sobre a fauna local. As atividades de monitoramento iniciaram antes do início das obras e se estenderão por um período de um ano (após a operação) visando favorecer a comparação do cenário com e sem o empreendimento. Durante os monitoramentos sazonais são gerados relatórios técnicos parciais e, ao final do monitoramento, será elaborado um Relatório Técnico final analisando a possível interferência da Linha de Transmissão na fauna local.

5.4.6 - Educação AmbientalEste Programa objetiva desenvolver a prática de Educação Ambiental (EA) nas áreas atravessadas pela LT, difundindo nas comunidades localizadas em sua Área de Influência Direta (AID) conhecimentos e hábitos sustentáveis, de acordo com suas atividades e com o ambiente onde vivem. Sempre que possível, deve promover a integração com o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), com o Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental (SIBEA), com o Órgão Gestor da Política Estadual de Educação Ambiental e Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente dos 16 municípios localizados próximos deste empreendimento. Para tal, foi realizado um conjunto de ações e atividades visando promover ao público-alvo do programa a construção e reflexão, de forma

individual ou coletiva, de valores, atitudes e competências voltadas: à conservação dos meios biótico e físico associados; à melhoria da qualidade ambiental; à boa convivência com o empreendimento; e para a minimização dos impactos previstos pelos estudos ambientais. Visa também promover ações de educação ambiental junto aos trabalhadores da obra e às comunidades do entorno do empreendimento, para a construção de noções sobre cuidados ambientais e convivência adequada com a Linha de Transmissão da TSLE.

5.4.7 Patrimônio Arqueológico e PaleontológicoAs prospecções arqueológicas visam estudar e preservar os registros e informações da ocupação humana do período pré-colonial. Já as prospecções paleontológicas visam avaliar e preservar registros fossilíferos (de vidas existentes no passado geológico) presentes no subsolo dos locais afetados diretamente pelo empreendimento da TSLE. Parte do conhecimento gerado nestas investigações é compartilhado com as comunidades residentes na área de influência do empreendimento, através da denominada Educação Patrimonial. No Trecho Norte da Linha de Transmissão foram concluídas as prospecções arqueológicas em todas as bases das torres e vãos de lançamento de cabos, com identificação de 12 sítios arqueológicos. O relatório foi entregue e aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O salvamento destes sítios ocorreu entre fevereiro e maio de 2014 e atestou registros de baixa magnitude, todos relatados ao IPHAN, que emitiu a aprovação do Relatório Final deste Programa. No Trecho Norte não foram necessárias prospecções paleontológicas. No Trecho Sul da Linha de Transmissão, foram concluídas as prospecções arqueológicas em todas as bases das torres e vãos, sem a identifi-cação de sítios arqueológicos. O relatório foi en-tregue e aprovado pelo IPHAN. As prospecções paleontológicas foram realizadas neste setor do empreendimento, atestando a ausência de re-gistros fossilíferos nos ambientes perpassados pela LT. O Relatório Final foi entregue e apro-

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica52

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vado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), instituição responsável pela tu-tela do subsolo nacional. Nas subestações Santa Vitória do Palmar (SPA2), Marmeleiro (MRO2), Povo Novo (PNO) e Nova Santa Rita (NSR) foram também concluídas as

prospecções arqueológicas, sem a identificação de sítios arqueológicos. Os relatórios foram en-tregues e aprovados pelo IPHAN. As prospec-ções paleontológicas não foram necessárias neste setor do empreendimento.

Ambientes situados na vizinhança da linha de Transmissão da TSLE (Trecho Sul).

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 53

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BALANÇOSOCIAL6

Subestação Nova Santa Rita.

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6 – BALANÇO SOCIALBalanço Social modelo IBASEEmpresa Transmissora Sul Litorânea de Energia S. A. CNPJ Nº 16.383.969/0001-29DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO SOCIALEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 2016, 2015 e 2014 (em milhares de reais)

1 - BASE DE CÁLCULO 2017 2016 2015 2014

Receita líquida (RL) 115.858 103.329 150.922 495.162

Resultado operacional (RO) 76.498 (94.660) (42.021) 47.751

Folha de pagamento bruta (FPB) 936 850 1.177 1.176

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS

VALOR (MIL)

% SOBRE

FPB

%SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

FPB

%SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

FPB

%SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

FPB

%SOBRE

RL

Alimentação - - - - - - - - - - - -

Encargos sociais compulsórios 145 15,49% 0,13% 139 16,35% 0,13% 200 16,99% 0,13% 196 16,67% 0,04%

Previdência privada - - - - - - - - - - - -

Saúde - - - - - - - - - - - -

Segurança e saúde no trabalho - - - - - - - - - - - -

Educação - - - - - - - - - - - -

Cultura - - - - - - - - - - - -

Capacitação e desenvolvimento profissional - - - - - - - - - - - -

Creches ou auxílio-creche - - - - - - - - - - - -

Participação nos lucros ou resultados

- - - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - - - -

Total - Indicadores sociais internos - - - - - - - - - - - -

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

Educação - - - - - - - - - - - -

Cultura - - - - - - - - - - - -

Saúde e saneamento - - - - - - - - - - - -

Esporte - - - - - - - - - - - -

Combate à fome e segurança alimentar - - - - - - - - - - - -

Outros - - - - - - - - - - - -

Total das contribuições para a sociedade - - - - - - - - - - - -

Tributos (excluídos encargos sociais) - - - - - - - - - - - -

Total - Indicadores sociais externos - - - - - - - - - - - -

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica56

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5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 2017 2016 2015 2014

Nº de empregados(as) ao final do período

Nº de admissões durante o período

Nº de empregados(as) terceirizados(as) 104 42 500 4.200

Nº de estagiários(as)

Nº de empregados(as) acima de 45 anos

Nº de mulheres que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por mulheres

Nº de negros(as) que trabalham na empresa

% de cargos de chefia ocupados por negros(as)

Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais

4 - INDICADORES AMBIENTAIS

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

VALOR (MIL)

% SOBRE

RO

% SOBRE

RL

Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa - - - - - - - - - - - -

Investimentos em programas e/ou projetos externos - - - - - - - - - - - -

Total dos investimentos em meio ambiente - - - - - - - - - - - -

Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50%

( ) cumpre de 76 a 100%

2017 2016 2015 2014

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL

2017 2016 2015 2016

Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa - - - -

Número total de acidentes de trabalho - - - -

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 57

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Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por:

(X) direção

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

(X) direção

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

(X) direção

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

(X ) direção

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) empre-

gados(as)

Os pradrões de segurança e salubri-dade no ambiente de trabalho foram definidos por:

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) todos(as) +

Cipa

Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( ) incenti-va e segue

a OIT

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( ) incenti-va e segue

a OIT

( ) não se envolve

( ) segue as normas

da OIT

( ) incenti-va e segue

a OIT

( ) não se envolverá

( ) seguirá as normas

da OIT

( ) incen-tivará e

seguirá a OIT

A previdência privada contempla: ( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) empre-

gados(as)

A participação dos lucros ou resulta-dos contempla:

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) emprega-

dos(as)

( ) direção( ) direção e gerên-

cias

( ) todos(as) empre-

gados(as)

Na seleção dos fornecedores, os mes-mos padrões éticos e de responsab-ilidade social e ambiental adotados pela empresa:

( ) não são considera-

dos

( ) são sugeridos

(X) são exigidos

( ) não são

considera-dos

( ) são sugeridos

(X) são exigidos

( ) não são considera-

dos

( ) são sugeridos

(X) são exigidos

( ) não são considera-

dos

( ) são sugeridos

(X) são exigidos

Quanto à participação de empre-gados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

( ) não se envolve ( ) apóia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolve ( ) apóia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolve ( ) apóia

( ) organiza e incentiva

( ) não se envolverá ( ) apoiará

( ) orga-nizará e incenti-

vará

Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na empre-sa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empre-sa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empre-sa ______

no Procon ______

na Justiça ______

na empre-sa _____

no Procon ______

na Justiça ______

% de reclamações e críticas atendi-das ou solucionadas:

na empresa _______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa _______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa _______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

na empresa _______%

no Procon _______%

na Justiça _______%

VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (EM MIL R$):

EM 2017: R$99.243 EM 2016: R$113.379 EM 2015: R$ 55.019 EM 2014: R$ 54.813

Distribuição do Valor Adicionado (DVA):

17,41% governo 0,94% colaboradores(as)

16,50% acionistas 65,15% terceiros

28,83% governo 0,75% colaboradores(as)

9,58% acionistas 60,84% terceiros

8,16% governo 1,04% colaboradores(as)

(16,78)% acionistas 56,11 % terceiros

2,91% governo 2,15% colaboradores(as)

5,14% acionistas 89,80 % terceiros

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL

2017 2016 2015 2016

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica58

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Vista do Pátio 525 kV da Subestação Santa Vitória do Palmar.Vista do Pátio 525 kV da Subestação Santa Vitória do Palmar.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 59

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DECLARAÇÃODE VALIDAÇÃODO RELATÓRIO7

Linhas de Transmissão da TSLE.

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7. DECLARAÇÃO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIOA Transmissora Sul Litorânea de Energia S. A. - TSLE , com sede em Florianópolis, capital do Estado de Santa

Catarina, à Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº 999, bairro Pantanal, Contratos de Concessão de Serviço

Público de Transmissão de Energria Elétrica nº 020/2012 – ANEEL, referente ao lote A do Leilão 005/2012,

inscrita no CNPJ sob o n° 16.383.969/0001-29, por meio dos representantes legais eleitos pelo Conselho de

Administração, declara para os devidos fins que são válidas as informações constantes no Relatório Anual de

Responsabilidade Socioambiental da TSLE, relativas ao ano de 2017.

Por ser verdade e para que se produzam os efeitos legais, firma a presente declaração.

Florianópolis, abril de 2018.

Sérgio Camps de Morais Diretor Administrativo/Financeiro

Adilson Teixeira LimaDiretor Técnico

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica62

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FICHA TÉCNICA

Diretor Administrativo/Financeiro: Sérgio Camps de MoraisDiretor Técnico: Adilson Teixeira LimaCoordenação Geral: Luiz BúrigoCoordenação Ambiental: Marco PerottoCoordenação Técnica do Empreendimento: Luiz NettoCoordenação Fundiário: Danielle Nataly dos SantosProdução Editorial e Gráfica: IMIA Consultoria e Projetos e Redactor Comunicação Fotografias: Leonid Streliav

Rua Deputado Antônio Edu Vieira, nº 999 - sala Z - Pantanal - CEP 88040-901- Florianópolis - SC

Subestação TSLE.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 63

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DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS8

LT 525 kV Santa Vitória do Palmar 2 - Marmeleiro 2 – Povo Novo.

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Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras

Administradores e aos acionistas daTransmissora Sul Litorânea de Energia S.A. - TSLEFlorianópolis - SC

OpiniãoExaminamos as demonstrações financeiras da

Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. - TSLE (“Companhia”), que compreendem o balanço patri-monial em 31 de dezembro de 2017 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abran-gente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas.

Em nossa opinião, as demonstrações finan-ceiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimo-nial e financeira da Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. - TSLE em 31 de dezembro de 2017, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opiniãoNossa auditoria foi conduzida de acordo com

as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e

cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financei-ras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relaciona-dos com a sua continuidade operacional e o uso des-sa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais

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de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam

levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com a administração a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Florianópolis, fevereiro de 2018.

KPMG Auditores IndependentesCRC SC-000071/F-8

Claudio Henrique Damasceno ReisContador CRC SC-024494/O-1

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Notas explicativas às demonstrações financeiras (Em milhares de Reais)

1. CONTEXTO OPERACIONALA Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. (“Companhia”), constituída em 10 de julho de 2012, com sede em Florianópolis no Estado de Santa Catarina, tem como objeto social principal a prestação de serviços de planejamento, implantação, construção, operação e manutenção de instalações de transmissão de energia elétrica, compostas pelos empreendimentos mencionados na Nota 2. As instalações incluem os serviços de apoio e administrativos, os equipamentos e materiais de reserva, programações, medições e demais serviços complementares necessários à transmissão de energia elétrica, segundo os padrões estabelecidos no contrato de concessão no 020/2012, na legislação e regulamentos aplicáveis.

Os recursos necessários para a construção da linha de transmissão foram obtidos, através de uma estrutura de “Project Finance”, envolvendo aporte de capital e captação nos mercados financeiros. Em 31 de dezembro de 2017, a Companhia apresenta capital circulante líquido positivo no valor de R$ 49.124 (capital circulante negativo no valor de R$ 33.882 em 31 de dezembro de 2016), principalmente devido ao registro no passivo circulante de provisões contratuais oriundas da conclusão da construção dos ativos de concessão.

Conforme descrtito na nota explicativa nº 23, em janeiro de 2017 a Companhia emitiu 150.000 mil debêntures, equivalente a R$151.283. O valor de emissão destas constitui peça fundamental na estruturação de dívida de longo prazo e estava prevista no plano de negócios da Companhia elaborado para participação no leilão de energia em 2012.

O atraso na emissão das debêntures ocasionou inadimplência por parte da Companhia, para com fornecedores diretamente ligados ao investimento realizado. Com a emissão das debêntures, a inadimplência deverá ser equacionada e o endividamento de curto prazo reduzido.

2. CONCESSÕESPor meio do Contrato de Concessão do Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica n° 020/2012 - ANEEL, datado de 27 de agosto de 2012, foi outorgada à Companhia a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica pelo prazo de 30 anos, que consiste na construção, operação, manutenção e pelas demais instalações necessárias às funções de medição, supervisão, proteção, comando, controle, telecomunicação, administração e apoio dos seguintes empreendimentos:

• LT 525 kV Nova Santa Rita - Povo Novo; CS, 281 km;• LT 525 kV Povo Novo - Marmeleiro; CS, 154 km; sendo os 15 km dentro da Estação Ecológica do Taim

em CD;• LT 525 kV Marmeleiro - Santa Vitória do Palmar; CS, 52 km;• SE Nova Santa Rita 525 kV; • SE Povo Novo 525/230 kV - 672 MVA;• SE Marmeleiro 525 kV, com compensador síncrono de +- 200MVAr;• SE Santa Vitória do Palmar 525/138 kV - 75MVA;

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3. BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃOAs demonstrações financeiras foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), conjugada com a legislação específica aplicada às concessionárias do serviço público de energia elétrica, emanada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).As presentes demonstrações foram aprovadas pela Diretoria Executiva em 01 de fevereiro de 2018.

a. Base de mensuraçãoAs demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico.

b. Moeda funcional e de apresentaçãoEssas demonstrações financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.

c. Uso de estimativas e julgamentosA preparação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.

4. SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEISAs políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nessas demonstrações financeiras.

a. Instrumentos financeiros

(i) Ativos financeiros não derivativosA Companhia reconhece os empréstimos e recebíveis e depósitos inicialmente na data em que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento.

A Companhia deixa de reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia e transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação no qual essencialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do ativo financeiro são transferidos.

Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, somente quando, a Companhia tenha o direito legal de compensar os valores e tenha a intenção de liquidar em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

Em 19/11/2014, foi emitida pela ANEEL a Resolução Autorizativa de nº 4.916, autorizando a TSLE a implantar reforços nas instalações de transmissão, especificamente na SE Povo Novo. A RAP anual para este projeto é de R$5.239 e o prazo para entrada em operação comercial é de 24 meses. Iniciou-se as operações comerciais destas instalações em janeiro de 2018.

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A Companhia têm os seguintes ativos financeiros não derivativos: empréstimos e recebíveis.

Empréstimos e recebíveisEmpréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreende “Caixa e equivalentes de caixa”, “contas a receber” e “ativos financeiros de concessão”.

Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável.

Caixa e equivalentes de caixaCaixa e equivalentes de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros com vencimento original de três meses ou menos a partir da data da contratação. Os quais são sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor, e são utilizadas na gestão das obrigações de curto prazo.

(ii) Passivos financeiros não derivativosA Companhia reconhece passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou pagas.

A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: empréstimos, financiamentos, fornecedores e outras contas a pagar.

Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.

b. Contas a receber - Concessionárias e permissionáriasEngloba as contas a receber por transmissão de energia faturada, acrescidas das variações monetárias, quando contratadas.

c. Concessões A Companhia possui contratos de concessão pública de serviços de transmissão de energia elétrica. Os contratos de concessão foram reconhecidos conforme requerimentos da ICPC 01 e OCPC 05. Os contratos de concessão representam um direito de cobrar os usuários dos serviços públicos, via tarifação controlada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, pelo período de tempo estabelecido nos contratos de concessão. A Companhia reconhece como um ativo financeiro este direito de cobrar os usuários durante período de concessão, sendo o valor realizado conforme divulgado no item (i).Adicionalmente, a Companhia possui em seus contratos, um direito incondicional de receber caixa ao final da concessão como forma de indenização pela devolução dos ativos ao poder concedente. Nestes casos, a Companhia reconhece outro ativo financeiro, descontado a valor presente, considerando a melhor estimativa de recebimento ao final da concessão.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica70

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Maiores informações sobre os contratos de concessão estão incluídos na nota explicativa nº 2.

(i) Dos usuáriosA Companhia reconhece como um recebível o direito de cobrar os usuários pela disponibilização das instalações do sistema de transmissão de energia elétrica em linha com a interpretação ICPC 01 - Contratos de Concessão. O recebível é determinado como sendo o valor residual da receita de construção auferida para a construção ou aquisição da infraestrutura realizada pela Companhia, reconhecidos conforme nota 4.e, e o valor do ativo financeiro referente ao direito incondicional de receber caixa ao final da concessão a título de indenização, reconhecido conforme descrito abaixo.

O recebível tem sua amortização iniciada quando este está disponível para uso, em seu local e na condição necessária para que seja capaz de operar da forma pretendida pela Companhia.

A amortização do recebível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia, ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro. O padrão de consumo dos ativos tem relação com sua vida útil econômica nas quais os ativos construídos pela Companhia integram a base de cálculo para mensuração da tarifa de prestação dos serviços de concessão.

A amortização do recebível é cessada quando o ativo tiver sido totalmente consumido ou baixado, deixando de integrar a base de cálculo da tarifa de prestação de serviços de concessão, o que ocorrer primeiro.

Estas contas a receber são classificadas entre circulante e não circulante considerando a expectativa de recebimento destes valores, tendo como base a data de encerramento das concessões. Engloba o contas a receber por transmissão de energia faturada, acrescido das variações monetárias, quando contratadas.

(ii) Poder concedente - IndenizaçãoA Companhia reconhece um crédito a receber do poder concedente (União) quando possui direito incondicional de receber caixa ao final da concessão a título de indenização pelos investimentos efetuados e não recuperados por meio da prestação de serviços relacionados à concessão. Estes ativos financeiros estão registrados pelo valor presente do direito e são calculados com base no valor líquido dos ativos construídos pertencentes à infraestrutura que serão indenizados pelo poder concedente.

(iii) Redução ao valor recuperável (impairment) de ativos financeiros A Companhia verifica se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um “evento de perda”) e aquele evento (ou eventos) de perda tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de venda e o valor em uso de um ativo.

Para fins de avaliação, os ativos são agrupados em grupos de ativos para os quais existem fluxos de caixa identificáveis separadamente (unidade geradora de caixa).O ativo financeiro é apresentado líquido da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável (impairment), quando aplicável.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 71

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A Companhia efetua, anualmente, o teste de recuperabilidade dos seus ativos financeiros (impairment), utilizando o método do valor presente dos fluxos de caixa futuros gerados pelos ativos. Os testes de impairment e os impactos no resultado do exercício estão apresentados na nota 8.

d. Taxas regulamentaresTrata-se de encargos do setor elétrico brasileiro, pagos mensalmente pelas empresas concessionárias de energia elétrica, exceto os projetos de pesquisa e desenvolvimento, com a finalidade de prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica.

e. ReceitasA receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber principalmente pela prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.

(i) Receita de operação e manutenção (O & M)A receita de operação e manutenção compreende a parcela da receita que cobre os custos da empresa com a operação e manutenção, necessários à continuidade de suas atividades. Estão incluídos os encargos sobre a receita, pis e cofins, custos de pessoal, material, serviços e outros, incluindo os gastos administrativos.

(ii) Contratos de construçãoA receita do contrato compreende o valor inicial acordado no contrato acrescido de variações decorrentes de solicitações adicionais, reclamações e pagamentos de incentivo contratuais, na condição em que seja provável que elas resultem em receita e possam ser mensuradas de forma confiável. Tão logo o resultado de um contrato de construção possa ser estimado de maneira confiável, a receita do contrato é reconhecida no resultado na medida do estágio de conclusão do contrato. Despesas de contrato são reconhecidas quando incorridas, a menos que elas criem um ativo relacionado à atividade do contrato futuro.

O estágio de conclusão é avaliado pela referência do levantamento dos trabalhos realizados. Quando o resultado de um contrato de construção não pode ser medido de maneira confiável, a receita do contrato é reconhecida até o limite dos custos reconhecidos na condição de que os custos incorridos possam ser recuperados. Perdas em um contrato são reconhecidas imediatamente no resultado.

(iii) Receita com ativo financeiroA receita financeira, decorrente do ativo financeiro, é reconhecida na medida em que o ativo financeiro amortizável registrado no ativo circulante e não circulante é realizado, conforme prazo da concessão estipulado em contrato. O cálculo desta receita é baseado na taxa interna de retorno calculada internamente, conforme premissas definidas pela administração.

Uma pequena parte desta receita é referente à construção, sendo registrada em contrapartida ao custo de construção, que são os investimento feitos neste ativo financeiro. A receita é igual ao custo devido à decisão da empresa por trabalhar com margem de lucro de construção “zero”.

f. Imposto de renda e contribuição socialO imposto de renda e a contribuição social do exercício correntes são calculados com base nas alíquotas anuais de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente de R$ 240 (base anual) para imposto de renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real do

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica72

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exercício.

A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os impostos de renda e contribuição social correntes e diferidos.O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a menos que estejam relacionados a combinação de negócios ou a itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido ou em outros resultados abrangentes.

g. Novas normas e interpretações ainda não efetivas Uma série de novas normas ou alterações de normas e interpretações serão efetivas para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2018. A Companhia não adotou essas alterações na preparação destas demonstrações financeiras. A Companhia não planeja adotar estas normas de forma antecipada.

A Companhia está avaliando o potencial impacto em suas demonstrações financeiras. Até agora, a Companhia não espera qualquer impacto significativo.

As Aplicações financeiras são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e consistem em investimentos de baixo risco, possuindo liquidez diária e com rentabilidade atrelada à variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), cujos rendimentos são de 100% do CDI.

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

6. CONCESSIONÁRIOS E PERMISSIONÁRIOSReferem-se a valores a receber de concessionárias e permissionárias relativas ao serviço de transmissão de energia elétrica e estão garantidas por estruturas de fianças e/ou acessos a contas-correntes operacionalizadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ou diretamente pela Companhia. Dessa forma, não foi constituída provisão para créditos de liquidação duvidosa.

31/12/2017 31/12/2016

Caixas e depósitos bancários à vista 7 24

Aplicações financeiras 6.716 6.184

6.723 6.208

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 73

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7. IMPOSTOS A RECUPERAR

31/12/2017 31/12/2016

IRRF sobre aplicações financeiras 1.172 480

IRRF sobre faturamento 292 339

CSRF sobre faturamento 181 217

Outros 3 3

1.648 1.039

Circulante 1.645 1.036

Não circulante 3 3

8. ATIVO FINANCEIROA Companhia possui um Contrato de Concessão de Serviço Público de Transmissão de Energia Elétrica no 020/2012- ANEEL, datado de 27 de agosto de 2012, celebrado com a União, por intermédio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), onde foi outorgada à Companhia a concessão de Serviço de Transmissão de Energia Elétrica pelo prazo de 30 anos.

Em 31 de Dezembro de 2017 a empresa possui R$ 175.399 (R$ 150.413 em 31 de dezembro de 2016) como contas a receber do poder concedente, referentes ao montante indenizável ao final da concessão. Estes valores foram ajustados aos respectivos valores presentes no reconhecimento inicial. Como esse valor será indenizável apenas em 2042, o montante está registrado no ativo não circulante.

A Companhia possui também o ativo financeiro amortizável pela Receita Anual Permitida (RAP), que é atualizado pela receita financeira, e amortizado pela receita definida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), dos usuários do sistema, descontada da receita de operação e manutenção. Este montante está segregado entre ativo circulante e ativo não circulante. Em 31 de dezembro de 2017, o saldo do circulante é R$97.704 e, não circulante, R$862.549 (em 31 de dezembro de 2016 era de R$30.249 no circulante e R$746.136 no não circulante).

ATIVO FINANCEIRO 31/12/2017 31/12/2016

Ativo financeiro amortizável - RAP 97.704 30.249

Total circulante 97.704 30.249

Ativo financeiro amortizável - RAP 671.259 746.136

Ativo financeiro indenizável 175.399 150.413

(-) Impairment - -

Total não circulante 862.346 896.549

Total 944.362 926.798

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica74

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Em 2015 a Companhia concluiu o processo de unitização dos bens perante a ANEEL e com isso reavaliou a estimativa de ativo financeiro indenizável.

Impairment A Companhia realizou em 31 de dezembro de 2017, avaliação individual de todas as suas unidades geradoras de caixa (UGC) quanto aos aspectos do impairment. Como a Companhia possui somente uma única concessão (nº 020/2012-ANEEL), foi considerado o teste para uma unidade geradora de caixa - UGC.

O valor recuperável da UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso, através de fluxos de caixas projetados, após o imposto de renda e a contribuição social, baseados nos orçamentos financeiros aprovados pela Administração.

Principais premissas adotadas

Abaixo é apresentada a movimentação do ativo financeiro:

31/12/2017 31/12/2016

Saldo inicial do ativo financeiro 846.658 912.246

(+) Receita de construção (Nota 16) 24.985 9.381

(+) Receita dos serviços de O & M (Nota 16) 13.395 11.101

(+) Receita com ativo financeiro (Nota 16) 92.686 97.494

(-) Amortização - Receita anual permitida (RAP) (113.106) (115.295)

(+/-) Reversão/Provisão Impairment - 11.871

Saldo do ativo financeiro 864.618 926.798

2017

Taxa de desconto para o fluxo de caixa - Transmissão 5,85 pós-tax

Preço da receita anual permitida projetada De acordo com a resolução homologatória emitida pela ANEEL

PIS e Cofins 9,25% sobre a receita bruta

Pesquisa e desenvolvimento 1% da ROL

Taxa de fiscalização da ANEEL 0,4% da receita anual permitida

Depreciação Durante o prazo de concessão e/ou autorizações

Pessoal, materiais, serviços e outros Orçamento financeiro apurado por Unidade Geradora de Caixa (UGC)

Prazos do Fluxo de Caixa Prazos das concessões e/ou autorizações

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 75

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9. CAUÇÕES E DEPÓSITOS VINCULADOSEm 31 de Dezembro de 2017 a Companhia possui o valor de R$ 33.386, (R$ 18.214 em 31 de dezembro 2016) referente a aplicações em Fundos de Investimento do Bradesco S.A. (FIC FI REF DI Federal), com carteira formada por títulos de renda fixa públicos federais e rentabilidade atrelada à variação do CDI.

A aplicação possui finalidade de constituir Conta Reserva para troca das garantias atuais das obrigações dos contratos de empréstimos e financiamentos junto ao BNDES.

O saldo de fornecedores é relativo ao fornecimento de serviços, produtos e equipamentos usados na construção das linhas de transmissão. Os valores são reconhecidos quando ocorrem as respectivas medições e aceites de cada fase da obra, obedecendo ao cronograma físico/econômico, determinado em contrato com o empreiteiro. As medições/aceites são os instrumentos usados para reconhecer a obrigação e o respectivo ativo. Esses valores permanecem nessa conta até que os respectivos documentos fiscais sejam recebidos e os pagamentos sejam autorizados e realizados.

BNDESA Companhia utiliza recursos de empréstimos e financiamentos para financiar a implantação de seus empreendimentos. Em 31 de Dezembro de 2017 a Companhia possui contabilizados os montantes de R$ 39.124 e R$ 436.882 no passivo circulante e não circulante, respectivamente, referente ao financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que tem como garantia a totalidade das ações da Companhia, cessão fiduciária dos direitos creditórios (recebíveis) da concessão e carta fiança, calculada sobre o saldo devedor do financiamento.

10. FORNECEDORES E EMPREITEIROS

11. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

31/12/2017 31/12/2016

Materiais 9.985 8.611

Serviços 2.105 9.655

Provisões contratuais 16.981 31.361

29.071 49.627

Fornecedores e empreiteiros 12.090 18.266

Provisões contratuais 16.981 31.361

31/12/2017 31/12/2016

Empréstimo ponte - Cessão de crédito (a) -

BNDES (b) 436.882 454.852

436.882 454.852

Circulante 39.124 37.231

Não circulante 397.758 417.621

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica76

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12. TAXAS REGULAMENTARES

Covenants e garantiasO financiamento com o BNDES tem como garantia a caução do penhor dos direitos emergentes da concessão, a caução dos direitos creditórios decorrentes da prestação de serviços de transmissão e a caução da totalidade das ações ordinárias nominativas da Companhia de propriedade dos Acionistas.O referido contrato possui clausulas restritivas, como segue:

• Receber a receita decorrente da prestação de serviços de transmissão exclusivamente em uma “Conta Centralizadora” aberta para tal fim;

• Constituir em favor do BNDES, e manter até o final liquidação de todas as obrigações decorrentes do contrato, “Conta Reserva” com recursos no valor equivalente a, no mínimo, três meses de serviço da totalidade da dívida da concessionária e três meses de pagamento do Contrato de Operação e Manutenção, sendo que a movimentação da “Conta Reserva” só poderá ser realizada com autorização por escrito do BNDES;

• Não constituir, sem prévia autorização do BNDES, penhor ou gravame sobre os direitos creditórios dados em garantia;

• Manter o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida, apurado anualmente, igual a superior a 1,2 vezes;• Não firmar contratos de mútuo com seus acionistas e nem assumir novas dívidas sem prévia autorização do

BNDES, a não ser a emissão de debêntures previstas no contrato;• Não realizar, sem prévia e expressa autorização do BNDES, distribuição de dividendos, nem pagamento de

juros sobre o capital próprio, cujo valor, isolada ou conjuntamente, seja superior ao percentual estabelecido no §2° do art.202 da Lei 6.404/76.

Em 31 de dezembro de 2017, as cláusulas restritivas (Covenants) estabelecidas nos contratos de financiamento foram cumpridas pela Companhia.

DebênturesA Companhia constituiu a primeira emissão de debêntures e a data da liquidação financeira ocorreu no dia 12 de janeiro de 2017. Os valores envolvidos na transação são da ordem de R$ 147.362, sendo descontado deste valor R$ 13.841 a título de comissionamento. Sobre o valor da divida incidiram juros de 7.56% a.a mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado. O valor atualizado será amortizado em 28 parcelas semestrais e consecutivas sendo o primeiro pagamento para o dia 15 de junho de 2017. Em 31 de Dezembro de 2017 a Companhia possui contabilizados os montantes de R$ 2.714 e R$ 130.806 no passivo circulante e não circulante, respectivamente.

31/12/2017 31/12/2016

Reserva global de reversão (RGR) 1.835 1.707

Pesquisa e desenvolvimento (P&D) 1.045 835

Taxa de fiscalização - ANEEL 402 403

3.282 2.945

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 77

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Refere-se a encargos do setor elétrico brasileiro pagos pelas empresas concessionárias de energia elétrica, com a finalidade de prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços de energia elétrica.

• Reserva Global de Reversão - RGR - É um encargo do setor elétrico brasileiro pago mensalmente pelas empresas concessionárias de energia elétrica, com a finalidade de prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica. Seu valor anual equivale a 2,5% dos investimentos efetuados pela concessionária em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade, limitado a 3,0% de sua receita anual.

• Pesquisa e Desenvolvimento - P&D - A Lei nº. 9.991, de 24/07/2000, determina que as empresas transmissoras do setor elétrico apliquem, anualmente, o montante mínimo de 1% da sua Receita Operacional Líquida - ROL, em programas de Pesquisa e Desenvolvimento, sendo, 40% (quarenta por cento) dos recursos devem ser recolhidos ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT; 40% (quarenta por cento) dos recursos devem ser destinados à execução de projetos de P&D regulados pela ANEEL e 20% (vinte por cento) dos recursos devem ser recolhidos ao Ministério de Minas e Energia - MME.

• Taxa de Fiscalização do Serviço Público de Energia Elétrica (TFSEE) - Os valores da taxa de fiscalização incidentes sobre a transmissão de energia elétrica são equivalentes a 0,4% da RAP.

13. IMPOSTOS DIFERIDOSO imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.

14. ADIANTAMENTO PARA FUTURO AUMENTO DE CAPITALDurante o primeiro trimestre de 2017, a Companhia realizou a devolução para as acionistas no valor de R$ 71.500 em 26 de janeiro de 2017. Cada acionista recebeu o valor correspondente a sua participação, sendo R$ 36.465 para a acionista Eletrosul Centrais Elétricas S.A. e R$ 35.035 para a acionista Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE/GT. O saldo remanescente, R$ 99.861, foi integralizado ao capital social, conforme deliberado em ata de Assembleia Geral Extraordinária em 25 de janeiro de 2017.

31/12/2017 31/12/2016

Diferença ativo financeiro 22.968 20.894

Provisão para impairment (nota 8) - -

22.968 20.894

31/12/2017 31/12/2016

Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE/GT. - 83.967

Eletrosul Centrais Elétricas S.A - 87.394

- 171.361

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica78

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15. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a. Capital socialEm 31 de Dezembro de 2017 o capital autorizado é de R$ 450.000 (idem em 31 de dezembro de 2016), e o capital social subscrito e integralizado é de R$ 379.861 (R$ 280.000 em 31 de dezembro de 2016), o qual é representado por 379.861.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. A composição acionária da Companhia é a seguinte:

16. RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDAA conciliação entre receita operacional bruta e a receita operacional líquida em atendimento ao CPC 30 (R1) - Receitas é apresentada abaixo:

17. CUSTOS DE OPERAÇÃO

31/12/2017

QUANTIDADEDE AÇÕES

PERCENTUAL DO CAPITAL

SOCIALVALOR

Acionistas

Eletrosul Centrais Elétricas S.A. 193.729.000 51 193.729

Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE/GT 186.132.000 49 186.132

379.861.000 100 379.861

31/12/2017 31/12/2016

Receita de serviços de O & M 13.395 11.101

Receita com ativo financeiro 92.686 97.494

Receita de construção 24.985 9.381

Receita Operacional bruta 131.066 117.976

Dedução da receita bruta (15.208) (14.647)

Receita Operacional líquida 115.858 103.329

31/12/2017 31/12/2016

Materiais - -

Serviços de terceiros (6.210) (5.926)

Indisponibilidade de equipamento (4.611) (2.271)

Associação ONS (46) (39)

Seguros (262) (237)

Outros - -

(11.130) (8.473)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 79

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18. DESPESAS ADMINISTRATIVAS

19. RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

31/12/2017 31/12/2016

Honorários (935) (850)

Serviços de terceiros (2.132) (1.709)

Materiais (21) (17))

Depreciação (105) (52)

Outros (64) (58)

(3.257) (2.686)

31/12/2017 31/12/2016

Receitas financeirasReceita com aplicações financeiras 6.376 2.891

Outros 226 331

6.602 3.222

Despesas financeirasJuros de empréstimos e financiamentos (48.402) (59.705)

Encargos Selic (15.708) (784)

Variação monetária - (3.104)

Juros de mora - (4.920)

Outros (544) (467)

(64.654)) (68.980)

Resultado financeiro líquido (58.052) (65.758)

20. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADASa. Remuneração do pessoal-chave da administraçãoA remuneração do pessoal-chave da administração, que contempla a diretoria executiva, durante o período findo em 31 de dezembro de 2017, foi de R$ 935 (R$ 850 em 31 de dezembro de 2016 ).

b. Transações e saldosA acionista Eletrosul Centrais Elétricas S/A, parte relacionada, possui os seguintes contratos com a TSLE:

(i) Contrato de Prestação de Serviços de O & M: Valor de R$ 66 mensais. Com vigência de 4 anos a partir da entrada em operação comercial.(ii) Contrato de Compartilhamento de Instalações - SE NOVA SANTA RITA 525 kV: Valor de R$ 1.059 a título de ressarcimento de custos de análise de projetos, atualização de estudos, fornecimento de documentos técnicos, fiscalização da obra, acompanhamento da obra e comissionamento das instalações. E ainda, a quantia de R$ 2, a título de ressarcimento de custos de manutenção e conservação.

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica80

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21. CONTINGÊNCIAS A Companhia não possui contra si litígios trabalhistas, cíveis ou tributários classificados por seus assessores jurídicos como riscos prováveis ou possíveis de perda, portanto em 31 de dezembro de 2017 e 31 de dezembro de 2016 nenhuma provisão e ou divulgação é requerida.

22. GERENCIAMENTO DE RISCOS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS

a. Gestão de risco financeiro

Fatores de risco financeiro

Risco de liquidezA previsão de fluxo de caixa é realizada pela Companhia, sendo sua projeção monitorada continuamente, a fim de garantir e assegurar as exigências de liquidez.

Eventual excesso de caixa disponível pela Companhia é investido em aplicações financeiras.

Instrumentos financeiros por categoriaNo quadro a seguir realizamos a classificação dos instrumentos financeiros da Companhia por categoria em cada uma das datas apresentadas:

b. Análise de sensibilidade de variações nas taxas de juros

(i) Operações ativasAs operações da Companhia são indexadas a taxas prefixadas, sendo as taxas pós-fixadas por CDI. A Administração, de uma maneira geral, entende que qualquer oscilação nas taxas de juros não representaria nenhum impacto significativo nos resultados da Companhia.

31/12/2017 31/12/2016

Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa 6.723 6.208

Cauções e depósitos vinculados 41.416 18.214

Concessionárias e Permissonárias 11.069 12.242

Ativo financeiro amortizável pela RAP (circulante) 97.704 30.249

Ativo financeiro amortizável pela RAP (não circulante) 671.259 734.265

Ativo financeiro indenizável 175.399 150.413

1.003.570 951.591

Passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado Fornecedores e empreiteiros (12.090) (18.266)

Empréstimos e financiamentos (436.883) (454.852)

Adiantamento para futuro aumento de capital - (171.361)

Empréstimos e recebíveis (448.973) (644.479)

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

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(ii) Operações passivasA Companhia está sujeita ao risco de juros nos empréstimos pós-fixados indexados à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Em 31 de Dezembro de 2017, a Companhia possuía R$ 436.883 como sua dívida total indexada em TJLP. Dessa forma, eventual valorização desse indexador poderá impactar negativamente o resultado da Companhia.A Companhia para fins de referência, nos termos do CPC 40 (R1), preparou uma análise de sensilidade sobre seus instrumentos financeiros com taxas de juros pós-fixadas.

REDUÇÃO DESPESA FINANCEIRA - 12 MESES

AUMENTO DESPESA FINANCEIRA - 12 MESES

Índices Saldo Exposição Cenário I (-50%)

Cenário II (-25%)

Cenário Provável

Cenário I (+25%)

Cenário II (+50%)

AtivoAplicações financeiras 6.723 CDI 12,81% 430,60 215,30 861,21 1.076,52 2.521,12

Cauções e depósitos vinculados 41.416 CDI 12,81% 2.652,69 1.326,34 5.305,38 6.631,74

7.958,08

PassivoEmpréstimos e Financiamentos 436.883 TJLP 7,50% 16.383,11 8.191,55 32.766,22 40.957,78 49.149,34

23. EVENTOS SUBSEQUENTES

a. Entrada em operação comercial reforço de transmissão da SE POVO NOVOEm 22/01/2018, entrou em operação comercial o 2º Banco de autotransformadores 525/230-13,8 kV, com potencia de 672MVA. O orçamento previsto para este empreendimento é de R$ 42 Milhões com Receita Anual Permitida - RAP vinculada de R$ 6,4 Milhões à valores de 2017. Os recursos que viabilizaram a execução deste empreendimento são oriundos da emissão das debentures de infraestrutura.

24. DIVIDENDOS A PAGAR

O saldo dos dividendos a pagar em 31 de dezembro de 2017 é compostos pelos dividendos Destinados no exercício de 2016, que representam os dividendos mínimos obrigatórios (25%):

Cálculo dos dividendos

Lucro líquido do exercício 2017 11.429(-) Reserva legal (571)Base para dividendos 10.858 Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 2.714

Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017.

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica82

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DIRETORIA EXECUTIVA

Sérgio Camps de Morais Carlos Manuel Macedo de Matos Diretor Administrativo Financeiro Diretor Técnico

RESPONSÁVEL TÉCNICO PELAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Angela Maria LeiteContadora CRC-SC 026253/O-7

Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de Energia Elétrica 83

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Subestação TSLE.

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