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INTRODUÇÃO Século XX Diversos acidentes industriais envolvendo a armazenagem, manuseio e transporte de produtos perigosos A necessidade de se criar uma regulamentação específica para o transporte de produtos perigosos, em função dos riscos desta atividade estarem presentes em todos os segmentos da sociedade Século XXI – Aplicar os modelos de gerenciamento de segurança, saúde e meio ambiente, visando a melhoria continua das

Transporte de produtos perigosos 1

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INTRODUÇÃO

• Século XX – Diversos acidentes industriais envolvendo a armazenagem, manuseio e transporte de produtos perigosos

• A necessidade de se criar uma regulamentação específica para o transporte de produtos perigosos, em função dos riscos desta atividade estarem presentes em todos os segmentos da sociedade

• Século XXI – Aplicar os modelos de gerenciamento de segurança, saúde e meio ambiente, visando a melhoria continua das operações e condições de trabalho, contribuindo para minimizar os impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida da sociedade

PRODUTO PERIGOSO ?

RISCO

SEGURANÇA

PÚBLICA

SER

HUMANO

MEIO

AMBIENTE

DEFINIÇÃODEFINIÇÃO

Substâncias encontradas na natureza ou produzidas por qualquer processo que possuam propriedades

físico-químicas, biológicas ou radioativas que coloquem em risco a saúde, a segurança pública e ao

meio ambiente

Substâncias encontradas na natureza ou produzidas por qualquer processo que possuam propriedades

físico-químicas, biológicas ou radioativas que coloquem em risco a saúde, a segurança pública e ao

meio ambiente

Considera-se produto perigoso aquele classificado e definido pelas portarias do Ministério dos transportes

Propriedades Físico-químicas

Temperatura Inflamabilidade

Pressão Potencial de Oxidação

Toxicidade Explosividade

Corrosividade Reação Espontânea

Histórico – Acidentes no exterior

• Oppau/Alemanha – 1921 : explosão 4.000 ton de nitrato de amônio – 561 mortes

• Mississauga/ Canadá : acidente com cloro e butano – 200.000 pessoas evacuadas

• Ixhuatepec/ México : explosão GLP em refinaria – 452 mortos, 4300 feridos e 300.000 pessoas evacuadas

• Chernobyl/ Rússia : vazamento de material radioativo em reator nuclear – 31 mortos, 500 feridos e 410.000 pessoas evacuadas

• Bhopal/ Índia : vazamento de metilisocianato – 4000 mortos, 10.000 feridos e 300.000 pessoas evacuadas

• Rio de janeiro/ Pó da China : transbordo de pentaclorofenato de sódio – 3 mortos

• Pojuca/ Bahia : vazamento de trem com gasolina e álcool – 100 mortos

• Cubatão/ São Paulo : vazamento de duto da Petrobrás – 500 mortos

• Osasco/ São Paulo : vazamento de GLP no shopping – 40 mortos

Histórico – Acidentes no Brasil

• Passo Fundo/ Vila Isler : Tanque com propeno invade vila – sem vítimas

• Tramandaí/ Monobóia: vazamento de 16000 L de petróleo – contaminação de 24km de praias

• Rio Grande/ Porto : vazamento do navio Bahamas de 12500 ton ác. Sulfúrico 98%

• Canoas/ Rio Branco: incêndio de GLP na distribuidora – sem vítimas

Histórico – Acidentes no Rio Grande do Sul

Legislação Nacional

Constituição da República Federativa do Brasil

Cap. VI – Art. 225

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”

Legislação Nacional

Lei Federal nº 6.938/81

Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente

Decreto-Lei nº 2.063/83

Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação para a execução do serviço de transporte rodoviário de produtos perigosos

Decreto Federal nº 96.044/88

Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos

Portaria MT nº 204/97

Aprova as Anexas Instruções Complementares ao Regulamento dos Transportes Rodoviário e Ferroviário de Produtos Perigosos

Decreto 96044/88

Dos Veículos e dos Equipamentos

• Devem garantir a segurança compatível com os riscos transportados

• Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminação, os veículos e equipamentos utilizados deverão portar os rótulos de risco e painéis de segurança

• Os veículos deverão portar o conjunto de equipamentos para situações de emergência indicado em norma e tacógrafo

• Todos os veículos e equipamentos (tanques) destinado ao transporte a granel devem possuir o Certificado de Capacitação fornecido pelo INMETRO

Decreto 96044/88

Da Carga e seu Acondicionamento

• O produto fracionado deverá ser acondicionado de forma a suportar os riscos de carregamento, transporte, descarregamento e transbordo. O Expedidor ou Importador é o responsável pelo acondicionamento dos produtos perigosos nos veículos

• No transporte fracionado, também as embalagens externas deverão estar rotuladas, etiquetadas e marcadas de acordo com a classificação e o tipo de risco

• É proibido o transporte no mesmo veículo com outro tipo de mercadoria ou com outro produto perigoso, salvo se houver compatibilidade (decreto nº 4.097/2002)

• É proibido o transporte juntamente com alimentos, medicamentos, animais ou objetos de uso humano ou animal, salvo se os produtos estiverem em pequenos cofres distintos

• Evitar o uso de vias em áreas densamente povoadas, reservatórios de água ou reservas florestais

• Verificar a existência de restrições ao tráfego de veículos

• Estacionamento somente em áreas previamente determinadas pelas autoridades competentes

• Evitar o estacionamento em zonas residenciais e logradouros públicos

• Por motivo de emergência, o veículo deverá permanecer sinalizado e sob vigilância do condutor ou da autoridade local

Decreto 96044/88

Do Itinerário e do Estacionamento

Decreto 96044/88

Do Pessoal envolvido no Transporte

• O condutor deverá possuir um certificado de habilitação, através de um curso de treinamento específico (MOPP)

• O condutor, durante viagem, é o responsável pela guarda, conservação e bom uso dos equipamentos e acessórios do veículo

• O condutor não participará das operações de carregamento, descarregamento e transbordo da carga, salvo se devidamente orientado pelo expedidor/destinatário e com anuência do transportador

• Todos que participam destas atividades devem utilizar os equipamentos de proteção individual

Resolução n° 91/99 - Contran/MJ

Movimentação de Produtos Perigosos - MOPP

• Direção Defensiva

• Prevenção de Incêndio

• Elementos Básicos de Legislação

• Movimentação de Produtos Perigosos

• Meio Ambiente

Curso de 40 h - Reciclagem em 5 anos

Decreto 96044/88

Da Documentação

a) Documento Fiscal contendo as seguintes informações sobre o produto perigoso:

• número e nome apropriado para embarque

• classe ou subclasse

• declaração do expedidor de que o produto está adequadamente acondicionado para suportar os riscos normais de carregamento, descarregamento e transporte

b) Ficha de Emergência e Envelope para o transporte (NBR 7503)

c) Original do documento que comprove o treinamento específico atualizado do condutor (carteira do MOPP)

d) Certificado de Capacitação para o transporte a granel, emitido pelo INMETRO

Decreto 96044/88

Dos Procedimentos em caso de Emergência

• Adotar as medidas indicadas na ficha de emergência e no envelope para o transporte

• Avisar a autoridade de trânsito, detalhando a ocorrência, local, classes e quantidades dos materiais transportados

• O fabricante, o transportador, o expedidor e o destinatário darão o apoio no atendimento

• Todo manuseio do produto deve ser realizado com equipamento de proteção individual e por pessoal qualificado

Decreto 96044/88

Dos deveres, obrigações e responsabilidades

FABRICANTE E IMPORTADOR

Fornecer ao expedidorFornecer ao expedidor

• as informações relativas aos cuidados a serem tomados no transporte e manuseio do produto, assim como as necessárias ao preenchimento da Ficha de Emergência

• especificações para o acondicionamento do produto

Decreto 96044/88

Dos deveres, obrigações e responsabilidades

EXPEDIDOR• Responsável pelo acondicionamento do produto, adotando todas as precauções quanto à compatibilidade

• Exigirá do transportador o emprego dos rótulos de risco e painéis de segurança

• Entregará ao transportador os produtos devidamente rotulados, etiquetados e marcados, bem assim como os rótulos de risco e os painéis de segurança

Decreto 96044/88

Dos deveres, obrigações e responsabilidades

TRANSPORTADOR• Dar adequada manutenção e utilização aos veículos e equipamentos

• Fazer acompanhar as operações executadas pelo expedidor

• Providenciar e Instruir o uso do conjunto de equipamentos necessários às situações de emergência (KIT)

• Zelar pela qualificação do pessoal envolvido, proporcionando treinamentos, exames de saúde e condições de trabalho

• Providenciar a correta utilização dos rótulos de risco e painéis de segurança

Decreto 96044/88

Da Fiscalização

• Exame dos documentos de porte obrigatório

• Adequação dos rótulos de risco e painéis de segurança, bem assim como rótulos e etiquetas das embalagens

• Verificação da existência de vazamento

• Estado de conservação e acondicionamento da carga

• Verificação dos veículos e equipamentos

• Conjunto de equipamentos de emergência (kit)

Portaria MT n° 349/2002

Regulamenta novas regras de Fiscalização

Tem por objetivo harmonizar os procedimentos de fiscalização, estabelecendo precauções e recomendações a serem observadas pelos agentes de fiscalização

Padroniza modelos de fiscalização, produtos sujeitos a licença especial, sinalização de veículos, infrações e penalidades

Decreto 96044/88

Das Infrações e Penalidades

• As penalidades por infração consistem: MULTA e CANCELAMENTO do registro

• As multas classificam-se em três grupos, de acordo com sua gravidade

• Duas ou mais infrações simultâneas: soma-se os valores correspondentes de cada

• Reincidência:a multa será aplicada em dobro, tendo prazo não superior a um ano para cálculo de reincidência

• Tanto o transportador quanto o expedidor recebem a multa

Disposições Gerais

• A documentação, rótulos, etiquetas e outras inscrições

serão válidas e aceitas no idioma oficial dos países de

origem ou destino

• As instruções das Fichas de Emergências serão

redigidas nos idiomas oficiais dos países de origem,

trânsito e destino, no âmbito do Mercosul

Portaria MT n° 204/97 &Portaria MT n° 204/97 &

NORMAS TÉCNICASNORMAS TÉCNICAS

CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

CLASSE 1 - EXPLOSIVOS

• Substâncias explosivas

• Artigos explosivos

• Substâncias que produzem um efeito explosivo ou pirotécnico

• São divididas em seis subclasses e treze grupos de compatibilidade

CLASSE 2 - GASES

Nas CNTP o produto é completamente gasoso

Esta classe está dividida em:

• Subclasse 2.1 - GASES INFLAMÁVEIS

• Subclasse 2.2 - GASES NÃO-INFLAMÁVEIS, NÃO-

TÓXICOS

• Subclasse 2.3 - GASES TÓXICOS

CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS

Líquidos que produzem vapores inflamáveis a temperaturas de até 60,5°C, em teste de vaso

fechado, e 65,6°C em teste de vaso aberto

GRUPO DEEMBALAGEM

PONTO DEFULGOR

PONTO DEEBULIÇÃO

I --- < 35°C

II < 23°C > 35°C

III >23°C e < 60,5°C > 35°C

CLASSE 4

Subclasse 4.1 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS

Subclasse 4.2 - SUBSTÂNCIAS SUJEITAS A COMBUSTÃO

ESPONTÂNEA

Subclasse 4.3 - SUBSTÂNCIAS QUE, EM CONTATO COM A

ÁGUA, EMITEM GASES INFLAMÁVEIS

CLASSE 5

Subclasse 5.1 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES

Subclasse 5.2 - PERÓXIDOS ORGÂNICOS

CLASSE 6

Subclasse 6.1 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

Subclasse 6.2 - SUBSTÂNCIAS INFECTANTES

CLASSE 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS

Para efeito de transporte, material radioativo é qualquer material cuja atividade específica seja superior a 70 KBq/Kg

CLASSE 8 - CORROSIVOS

São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem outras cargas ou o veículo

CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS

PRESCRIÇÕES GERAIS PARA O TRANSPORTE

VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS

• Extintores de incêndio portáteis e com capacidade suficiente para

combater princípio de incêndio do motor e do carregamento

• Jogo de ferramentas adequado para reparos em situações de

emergência durante a viagem

• No mínimo dois calços de dimensões apropriadas ao peso do

veículo e ao diâmetro das rodas e compatíveis com o material

transportado

RELAÇÃO DOS PRODUTOS PERIGOSOS

• Existem duas relações: numérica e alfabética

• Nome apropriado para embarque

• Número da ONU

• Classe ou Subclasse

• Riscos subsidiários

• Número de risco

• Grupo de embalagem

• Provisões especiais

• Quantidade máxima (peso bruto) permitido para isenções

NÚMERO DE RISCO

2 Emissão de gás devido a pressão ou reação química

3 Inflamabilidade de líquidos e gases ou líquido sujeito a auto-aquecimento

4 Inflamabilidade de sólidos ou sólidos sujeitos a auto-aquecimento

5 Efeito oxidante (favorece incêndio)

6 Toxicidade

7 Radioatividade

8 Corrosividade

9 Risco de violenta reação espontânea

X A substância reage perigosamente com água (prefixo)

Ex: 23, X323, 59, 663

Condições Especiais para quantidades limitadas

Dispensam-se as seguintes exigências

• Rótulos de risco e Painéis de segurança

• Kit de emergência

• Limitações quanto ao itinerário e ao estacionamento

• Treinamento específico do motorista (MOPP)

• Ficha de emergência e envelope para o transporte

• Proibição de conduzir passageiros no veículo

Condições Especiais para quantidades limitadas

Permanecem válidas as demais exigências

• Precauções de manuseio

• Disposições relativas à embalagem dos produtos e sua marcação e rotulagem

• Inclusão no documento de transporte indicação de que se trata de quantidade isenta

Elementos indicativos de risco

• Tornar os produtos facilmente reconhecíveis à distância, pela aparência geral dos símbolos (como forma e cor)

• Permitir a identificação rápida dos riscos que apresentam

• Prover, por meio das cores dos rótulos, uma primeira indicação quanto aos cuidados a observar no manuseio