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TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS IMPACTO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS NO SETOR Junho 2018

TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS IMPACTO DA - Impacto... · 7.2. O caso do BRT no Rio de Janeiro-RJ Durante a paralisação dos caminhoneiros, o serviço do Sistema BRT na cidade do

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TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS

IMPACTO DA GREVE DOS CAMINHONEIROS NO SETOR

Junho 2018

1. Introdução

2. Método

3. Impacto da Oferta dos Serviços

4. Impacto na Demanda de Passageiros Transportados

5. Impacto no Faturamento

6. Impacto na Produtividade do Mercado de Trabalho

7. Outro Impactos: 7.1 Ônibus incendiados 7.2 Sistemas BRT no Rio de Janeiro-RJ

8. Impacto Total

Referências

Ficha Técnica

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Sumário

9. Impactos Indiretos 14

A greve dos caminhoneiros, ocorrida no período de 21 a 30 de maio de 2018, afetou direta e indiretamente vários setores da economia brasileira. Particularmente os serviços de transporte público por ônibus foram seriamente comprometidos durante os dez dias de paralisação. Os principais impactos observados afetaram a vida de mais de 39 milhões de usuários em um total de 3.313 municípios atendidos por serviços organizados de transporte público por ônibus.

Introdução

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Entre os principais prejuízos diretos identificados destacam-se a redução da oferta de serviços, a perda da demanda de passageiros transportados, a queda da arrecadação das empresas operadoras, a perda de produtividade no mercado de trabalho. Além disso, outros impactos também foram verificados em várias cidades, principalmente os incêndios de ônibus e vandalismo em estações e terminais.

Impactos indiretos também ocorreram. Como o transporte público é uma atividade meio, ou seja, responsável pelo deslocamento de pessoas e mercadorias que encontram-se inseridas em uma lógica de funcionamento da indústria, agricultura, serviços, educação, entre outros, a economia do país foi seriamente impactada. As maiores consequências observadas foram o desabastecimento de insumos básicos, a paralisação da prestação de serviços e a ausência da mão de obra nos postos de trabalho. Nesse sentido, é essencial compreendermos que o impacto financeiro desta greve no segmento de transporte público por ônibus produz uma perda exponencial para toda a economia do país.

Este relatório tem por objetivo estimar e apresentar os impactos à sociedade e economia brasileiras causados pela greve dos caminhoneiros. As próximas seções destacam o método utilizado para mensuração dos resultados, o detalhamento de cada um desses impactos e o prejuízo total para o setor de transporte público por ônibus.

Durante a greve dos caminhoneiros, a NTU monitorou, com o apoio das entidades filiadas e empresas associadas, a situação da oferta de transporte público por ônibus nas cidades brasileiras. Adicionalmente, foram coletadas informações oficiais divulgadas por órgãos gestores e pelas prefeituras municipais. O serviço foi afetado com o desabastecimento de óleo diesel a partir do dia 23/05/2018, com reflexos até o dia 30/05/2018. Com base nas informações recebidas, foi construído um quadro de acompanhamento da situação da operação do transporte público por ônibus para o período de 23 até 30 de maio de 2017, conforme destacado na Tabela 1. Ao todo, foram reunidas informações de um total de 23 sistemas de transporte, entre capitais e regiões metropolitanas. Juntos, esses sistemas representam 46% da frota total de ônibus e da demanda diária de passageiros equivalentes transportados em todo o país. Além do percentual da oferta adotado por cada sistema durante a greve, os dados referentes a frota total, a demanda equivalente de passageiros transportados, o percurso médio mensal e os valores de tarifas para cada um dos sistemas (Tabela 1) foram obtidos do banco de dados da NTU. A partir dessas informações foram estimados os reais impactos para cada um dos aspetos já apontados na introdução deste trabalho.

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Método 2

23/mai 24/mai 25/mai 26/mai 27/mai 28/mai 29/mai 30/mai

1 Aracaju-SE 5.515.313 596 7.234 3,50R$ 100% 70% 70% 50% 50% 70% 70% 70%

2 Belo Horizonte-MG 23.264.703 2.849 7.005 4,05R$ 75% 75% 40% 40% 0% 75% 100% 100%

3 Brasília-DF 12.100.000 2.720 6.406 3,50R$ 100% 100% 88% 100% 100% 100% 100% 100%

4 Campo Grande-MS 4.678.407 536 6.022 3,70R$ 100% 100% 85% 85% 85% 85% 100% 100%

5 Cuiabá-MT ND 437 6.195 3,85R$ 100% 100% 50% 50% 50% 50% 50% 80%

6 Curitiba-PR 15.304.369 1.489 6.394 4,25R$ 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

7 Fortaleza-CE 18.646.172 2.014 6.405 3,40R$ 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

8 Goiânia-GO 10.196.714 1.504 4.716 4,00R$ 100% 100% 70% 70% 70% 80% 60% 100%

9 João Pessoa-PB 6.886.261 531 6.350 3,35R$ 75% 75% 50% 50% 70% 70% 70% 100%

10 Macapá-AP 1.880.287 148 6.711 3,25R$ 100% 40% 40% 40% 40% 100% 100% 100%

11 Maceió-AL 5.723.639 673 6.455 3,65R$ 100% 90% 90% 40% 40% 100% 100% 100%

12 Manaus-AM 13.825.328 1.481 7.090 3,80R$ 100% 100% 60% 60% 50% 100% 100% 100%

13 Natal-RN 5.726.409 707 5.730 3,65R$ 100% 100% 70% 70% 70% 70% 70% 100%

14 Palmas-TO 1.292.082 151 6.406 3,75R$ 100% 95% 95% 100% 100% 100% 100% 100%

15 Porto Alegre-RS 14.632.242 1.680 4.591 4,30R$ 100% 100% 100% 50% 0% 80% 90% 100%

16 Porto Velho-RO 1.959.740 160 6.900 3,80R$ 100% 100% 70% 40% 40% 100% 100% 100%

17 Recife-PE 26.055.493 2.610 7.111 3,20R$ 92% 50% 50% 50% 50% 100% 100% 100%

18 Rio de Janeiro-RJ 67.214.889 8.019 7.887 3,60R$ 60% 58% 50% 50% 13% 35% 100% 100%

19 Salvador-BA 22.204.214 2.542 6.789 3,70R$ 100% 100% 80% 40% 70% 80% 100% 100%

20 São Luís-MA 8.963.112 948 6.003 3,10R$ 100% 100% 50% 70% 50% 70% 90% 100%

21 São Paulo-SP 103.730.295 14.425 5.228 4,00R$ 60% 79% 46% 40% 40% 50% 70% 70%

22 Teresina-PI 4.220.190 464 6.135 3,60R$ 100% 100% 30% 50% 50% 50% 50% 100%

23 Vitória-ES 13.159.182 1.573 6.348 3,35R$ 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

387.179.041 48.257

Fonte: Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos-NTU /Órgãos gestores/Prefeituras Municipais.

ND: Não Disponibilizado.

Sábados, domingos, feriados

Transporte público por ônibus: Impacto da crise dos caminhoneiros no setorAtualizado em 04/06/2018

Nº PMM Tarifa

Total -

Cidade-UFSituação da frota em operaçãoFrota

total

Demanda

equivalente

(mês)

Tabela 1 Transporte público por ônibus: Dados operacionais e situação da operação durante a greve dos caminhoneiros. (23/05/2018 a 30/05/2018)

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Método 2

Frota em operação

Em média, houve uma redução diária de 18,2% da oferta planejada e esperada pelos usuários do transporte público por ônibus. O percentual foi calculado a partir da quilometragem que não foi ofertada nos 23 sistemas avaliados (Figura 1). Um total de 111,4 milhões de quilômetros deixaram de ser percorridos pela frota de ônibus em todo o país, com base na extrapolação realizada.

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Figura 1 Transporte público por ônibus: Impacto na oferta dos serviços (23/05/2018 a 30/05/2018)

Impacto da Oferta dos Serviços 3

Figura 2 Transporte público por ônibus: Impacto na demanda de passageiros transportados (23/05/2018 a 30/05/2018)

Em todo o país, um total de 51,9 milhões de viagens deixaram de ser realizadas durante os oito dias da paralisação dos caminhoneiros. A estimativa foi realizada a partir dos dados destacados na Figura 2, onde é possível observar que somente nos 23 sistemas analisados, 28,2 milhões de usuários não realizaram deslocamentos.

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Impacto na Demanda de Passageiros Transportados 4

O impacto médio no faturamento nacional do setor foi da ordem de 20,0%, nos oito dias de duração da greve. Esse foi o percentual da receita que deixou de ser arrecadado devido ao total de passageiros não transportados no período, que corresponde a R$ 190,7 milhões. A Figura 3 destaca a relação entre a receita que deveria ser arrecadada e aquela que realmente foi obtida.

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Figura 3 Transporte público por ônibus: Impacto no faturamento do setor (23/05/2018 a 30/05/2018)

Impacto no Faturamento 5

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O impacto na produtividade do mercado de trabalho em todo país foi de R$ 5,6 bilhões. Esse valor considera o custo médio R$ 8,98 pela hora de trabalho do brasileiro (IBGE, 2018). Assume-se que durante a paralisação, a demanda não transportada não conseguiu se deslocar até os postos de trabalho. De acordo com a Figura 4, somente nos 23 sistemas de transporte monitorados, houve uma perda de R$ 1,01 bilhão* devido as horas não trabalhadas.

Figura 4 Transporte público por ônibus: Impacto da greve dos caminhoneiros na produtividade do mercado de trabalho (23/05/2018 a 30/05/2018)

Impacto na Produtividade do Mercado de Trabalho 6

* Toda demanda equivalente não transportado foi considerada como trabalhadores.

7.1 Ônibus Incendiados Foram incendiados três ônibus durante a paralisação dos caminhoneiros. Preliminarmente, as investigações indicam que a motivação foi a insatisfação da população com as consequências da greve. As ocorrências foram registradas na cidade de Campinas-SP. O custo total para reposição desses veículos é de R$ 1,05 milhão. 7.2. O caso do BRT no Rio de Janeiro-RJ Durante a paralisação dos caminhoneiros, o serviço do Sistema BRT na cidade do Rio de Janeiro-RJ foi interrompido. Por isso, várias estações do corredor expresso de ônibus, que são utilizadas por milhões de usuários, ficaram vazias e inoperantes. Essa situação, aliada a ausência de segurança pública nos locais, permitiu que o tráfico de drogas assumisse o controle das estações do BRT entre as estações Cesarão 1 e Campo Grande. Segundo Messina, Secretário da Casa Civil da Prefeitura do Rio, após a falta de combustíveis provocada pela greve de caminhoneiros, o BRT não conseguiu voltar a circular normalmente na Zona Oeste por problemas de segurança. O secretário afirmou que as estações viraram "quiosques do tráfico de drogas". O problema afetou ao todo cinco estações. A infraestrutura das estações também sofreu com constantes atos de vandalismo. Equipamentos utilizados no dia a dia da operação das estações para atendimento aos usuários foram furtados, como destacado nas imagens a seguir.

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Outros Impactos 7

7. Outros impactos

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Estação Cesarão II do Sistema BRT do Rio de Janeiro-RJ.

Os computadores das estações foram alvos dos ladrões.

7.2. O caso do BRT no Rio de Janeiro-RJ

Estações do BRT foram alvos constantes de vandalismo no bairro de Madureira, no Rio de Janeiro-RJ.

Outros Impactos 7

Fonte: O Globo

8. Impacto total

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A greve dos caminhoneiros produziu impactos sociais e econômicos para o setor do transporte público por ônibus durante os oito dias de paralisação. Como indicado anteriormente, 51,9 milhões de viagens deixaram de ser realizadas em todo o país. Por causa da falta de combustível para realizar o abastecimento da frota de ônibus, a redução da oferta foi de 111,4 milhões de quilômetros. Além desses impactos sociais, as empresas operadoras e o país sofreram perdas econômicas significativas. O setor de transporte público por ônibus foi impactado em R$ 191,8 milhões de reais, considerando o impacto no faturamento do setor, resultante da demanda de passageiros não transportados e o custo para reposição dos três ônibus incendiados na cidade de Campinas-SP. Já o impacto na produtividade do mercado de trabalho foi de R$ 5,6 bilhões. Esse é o custo resultante das horas não trabalhadas por aqueles usuários que não acessaram os postos de trabalhos por falta de transporte público. Na página seguinte está apresentado o resumo de todos os impactos gerados.

Impacto Total 8

Impacto total no setor de transporte público por ônibus:

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111,4 milhões de km

deixaram de ser rodados OFERTA 18,2 % por dia

51,9 milhões

de viagens não realizadas DEMANDA Redução em relação à demanda prevista

R$ 190,7 milhões

de impacto na arrecadação

FATURAMENTO 20,0 % durante os 8 dias de duração da greve

R$ 191,8 milhões

Impacto na produtividade do mercado de trabalho:

R$ 5,6 bilhões

R$ 1,1 milhão

de impacto na arrecadação

REPOSIÇÃO DE ÔNIBUS INCENDIADOS

Baixa de 3 ônibus que foram incendiados em Campinas-SP

Impacto Total 8

8. Impacto total

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A partir do entendimento dos efeitos do transporte público na economia, conclui-se que o comprometimento da oferta deste serviço essencial causa impactos amplos no setor econômico. Com base nos valores apresentados neste relatório, estima-se um prejuízo de R$ 5,8 bilhões devido às viagens não realizadas durante a greve dos caminhoneiros, resultante do impacto da arrecadação das empresas operadoras e horas não trabalhadas. Quando os serviços de transporte público deixam de ser ofertados, os usuários não conseguem ter acesso às atividades básicas diárias, como ir à faculdade, ao supermercado ou à academia. Logo, além dos impactos diretos na economia, a greve dos caminhoneiros também implicou na interrupção da cadeia produtiva dos brasileiros (impactos indiretos). Esse impacto acontece fundamentalmente, pois o transporte público é uma atividade meio. O funcionamento do sistema de transporte público por ônibus é imprescindível para o aquecimento da economia, pois permite e fomenta a cadeia de consumo de produtos e serviços. Nesse sentido, para diagnóstico geral da greve dos caminhoneiros, deve-se considerar além dos impactos diretos, os impactos indiretos na cadeia.

Impacto Total 8

8. Impacto total

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Impactos Indiretos 9

Durante o trajeto diário casa-trabalho, o trabalhador compromete parte da sua renda com o consumo de vários produtos e serviços (supermercado, padarias, bancas de jornais).

Após o trabalho, o trabalhador acessa, consome e compromete parcela de seus rendimentos com atividades educacionais, de lazer e culturais. Também deve ser considerado como é redirecionada toda a renda que é fruto da atuação do trabalhador no mercado de trabalho. Ou seja, o trabalhador é um consumidor que gasta no dia a dia com a compra de alimentos, roupas e habitação.

O acesso dos trabalhadores aos postos de trabalhos é essencial para o funcionamento dos setores da indústria, do comércio e de serviços. O pleno funcionamento desses setores implica na compra e consumo de insumos e materiais necessários para fabricar equipamentos e manter a prestação de serviços: alimentos e bebidas (restaurantes); aço, alumínio, plástico, borracha, concreto, tijolo, madeira e vidro (construção civil); peças e acessórios (oficina mecânica); produtos de limpeza e itens básicos para atividades domésticas, entre outros.

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Referências

G1 – PORTAL DE NOTÍCIAS. Três ônibus são incendiados, em Campinas. 2018. Disponível em: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/bom-dia-cidade/videos/t/edicoes/v/tres-onibus-sao-incendiados-em-campinas/6769441/. Acesso em: 29 de maio de 2018. ______. Tráfico assume o controle de estações do BRT, diz secretário. 2018. Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/trafico-assume-o-controle-de-estacoes-do-brt-diz-secretario.ghtml. Acesso em: 29 de maio de 2018. IBGE. Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) 2018. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/pesquisas/pesquisa_resultados.php?id_pesquisa=149. Acesso em: 29 de maio de 2018. REVISTA EXAME. Três ônibus são incendiados em Campinas, interior de SP. 2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br/brasil/tres-onibus-sao-incendiados-em-campinas/. Acesso em: 29 de maio de 2018.

EQUIPE RESPONSÁVEL Alessandra Batista Anderson Paniagua André Dantas (Editor) Camila de Sousa Santos Camila Mirella Clara Camargo Cinthia Moreira Alves Déborah Ferreira Débora Rita Filipe Cardoso Flávia Ximenes Hellen Tôrres Ivo Carlos Palmeira Júlio Eronides da Silva Larissa Saboia Leandro Santos Luciara Vilaça Vieira Maria Emília Monteiro Marileusa Oliveira Matheus Pinheiro Matteus Freitas Melissa Spíndola Rafaela Silva Souza Renata Nobre da Silva Simone Lima Ferreira Ulisses Bigaton William Azevedo

DIRETORIA EXECUTIVA Otávio Vieira da Cunha Filho Presidente da Diretoria Executiva Marcos Bicalho dos Santos Diretor Administrativo e Institucional André Dantas Diretor Técnico

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Clara Camargo Maria Emília Monteiro

BIÊNIO 2017-2019 – CONSELHO DIRETOR Região Nordeste Dimas Humberto Silva Barreira (CE) - titular Mário Jatahy de Albuquerque Júnior (CE) - suplente Luiz Fernando Bandeira de Mello (PE) - titular Paulo Fernando Chaves Júnior (PE) - suplente Região Centro-Oeste Edmundo de Carvalho Pinheiro (GO) - titular Marco Gulin (DF) - suplente Região Sudeste Albert Andrade (MG) - titular Rubens Lessa Carvalho (MG) - suplente Eurico Divon Galhardi (RJ) - presidente do Conselho Diretor Narciso Gonçalves dos Santos (RJ) - suplente Jorge Manuel Pereira Dias (RJ) - titular Francisco José Gavinho Geraldo (RJ) - suplente João Antonio Setti Braga (SP) - vice-presidente do Conselho Diretor Mauro Artur Herszkowicz (SP) - suplente Júlio Luiz Marques (SP) - titular Paulo Eduardo Zampol Pavani (SP) - suplente Região Sul Alexandre Biazus (RS) - titular João Paulo Marzotto (RS) - suplente

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CONSELHO FISCAL Fernando Manuel Mendes Nogueira (SP) - titular Paulo Fernandes Gomes (PA) - titular Murilo Soares Andrade Lara (ES) - titular Ana Carolina Dias Medeiros de Souza (MA) – suplente Alberlan Euclides Sousa (PI) - suplente

Ficha Técnica

Ficha técnica