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panorama inforegio 38 Verão de 2011 pt Ligar a Europa Política Regional e de Transportes

Transporte Publico - Valente

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Uma excelente discussão sobre transporte

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  • panoramainforegio

    38Vero de 2011

    pt

    Ligar a EuropaPoltica Regional e de Transportes

  • contents

    12-13

    8-11

    4-7

    3

    Fotografias (pginas): Crditos: Capa: CE Interior: todas as fotografias CE, excepo de: Pgina 10: a-urba Pgina 11: TransBaltic Pgina 17: Porto de Rostock /Nordlicht Pgina 18: CCTMC - Centro de Controlo de Trfego Martimo do Continente Pgina 19: Empresa metropolitana de Sofia Pgina 21: DARS, Empresa de auto-estradas da Eslovnia Pgina 22: Filip Hainall, Ministrio dos Transportes da Repblica Checa

    Esta revista impressa em papel reciclado em alemo, ingls e francs. As opinies expressas na presente publicao vinculam apenas os seus autores e no reflectem, necessariamente, os pontos de vista da Comisso.

    O contedo desta revista foi finalizado em Maio de 2011.

    16-22

    27 Datas e eventos28

    D-nos a sua opinio

    24-25 a forma como as ligaes De transporte esto a contribuir para molDar a ue

    23 repensar a mobiliDaDe urbanaA Rede de Deslocaes Activas

    por essa europa foraCriao de melhores ligaes com o sudeste da Europa

    Scandria aproximao do Bltico ao Adritico

    Portugal O Sistema de Controlo de Trfego Martimo o novo sistema inteligente de controlo de navios

    Prolongamento do metro de Sofia representa uma lufada de ar para o corao da cidade

    Novas instalaes no Porto de La Rochelle que permitiro fazer face a um mercado em crescimento

    Criao de uma auto-estrada de maior qualidade na Eslovnia

    Melhoria da via-frrea com benefcios a nvel internacional Repblica Checa

    14-15

    a poltica rte-tUma rede de transporte multimodal para a Europa

    transportes mais limpos e ecolgicos a pensar no futuro

    entrevistasMatthias Ruete Luis Valente de Oliveira Jean-Marc Offner Horst Sauer

    viso geralSistema de transporte competitivo e sustentvel para a Europa

    eDitorialDirk Ahner

    26 assuntos regioResultados da Consulta pblica sobre as Concluses do Quinto relatrio sobre a coeso econmica

    ndice

  • panorama 38 3panorama 38

    editorial

    3

    O transporte muito mais do que a simples deslocao de um determinado local para outro, na verdade falar de redes apoiadas e desenvolvidas graas a fundos da UE que contribuem para promover o crescimento econmico, a sustentabilidade e o acesso a servios vitais. Nesta edio da Panorama faremos uma anlise da situao geral, desde as ligaes ferrovirias de alta velocidade entre pases aos sistemas de transporte urbanos amigos do ambiente.

    As medidas tomadas na UE contriburam de forma decisiva para os resultados positivos no domnio do sistema de transporte, nestes dez ltimos anos. Os fundos estruturais e o Fundo de Coeso tm sido historicamente uma importante fonte de financiamento da melhoria das ligaes de transporte nas regies menos desenvolvidas da UE. As recentes estratgias macro-regionais na regio do Mar Bltico e do Danbio representam novos instrumentos que servem para ligar os desenvolvimentos no domnio dos transportes a nvel transfronteirio.

    Relativamente ao futuro, o Livro Branco sobre o Transporte Urbano, um Roteiro para uma rea nica Europeia de Transportes, recentemente publicado, anuncia um pacote importante de novas iniciativas polticas. O objectivo? A criao de um sistema de transportes mais competitivo e integrado, capaz de promover a mobilidade e reduzir as emisses at 2050. As iniciativas abrangem 40 reas imprescindveis transformao do sistema de transporte europeu, para alm de se referirem resposta aos desafios, que vo desde a reduo da dependncia do petrleo, gesto do congestionamento e melhoria da infra-estrutura.

    As entrevistas includas nesta edio referem-se a opinies sobre os ensinamentos, os desafios futuros e a forma como a coeso econmica e territorial podem ser promovidas atravs de uma poltica de transporte efectiva. As concluses do ltimo estudo de avaliao da poltica regional evidenciam as metas que foram atingidas at hoje e o que ainda precisa de ser feito no sentido de se melhorarem as redes de transporte a nvel da UE. No captulo Por essa Europa fora so descritos sete projectos que abrangem uma srie de meios de transporte, que permitem aos leitores terem uma ideia da situao actual no terreno nos diferentes pases.

    A Poltica Regional pode responder s necessidades especficas das comunidades nas suas regies, graas sua aposta em abordagens integradas de resposta aos desafios com que se deparam determinadas regies. Certo que a resposta dada a nvel regional para que o transporte possa contribuir mais para a coeso, impulsionar o crescimento e tornar-se mais sustentvel, ser imprescindvel para se atingirem os objectivos do Livro Branco.

    Boa leitura!

    Dirk AhnerDirector-GeralDireco-Geral da Poltica RegionalComisso Europeia

    editorial

  • panorama 384

    Transporte vector de crescimento, desafio ambiental, questo internacional. O Livro Branco publicado em 2011 Roteiro para uma rea nica Europeia de Transportes, adoptado pela Comisso Europeia em 28 de Maro de 2011, tem por objectivo criar um equilbrio dos factores supra-referidos e assegurar que as regies europeias continuem a estar totalmente integradas na economia mundial em termos competitivos. O documento determina as aces a serem realizadas, analisa o que foi feito at hoje e descreve os desafios futuros. As propostas apresentadas so de particular importncia para as regies europeias e para a Poltica Regional da UE, numa altura em que a infra-estrutura de transportes sustentveis dispe de melhores ligaes e beneficia o mercado interno.

    Um dos principais desafios o alinhamento de um sistema de transporte completo com o compromisso assumido pela Comisso em reduzir as emisses de gases com efeito de estufa no total, a UE ter que reduzir as emisses at 2050 em 80-95%, comparativamente a nveis de 1990. O sector dos transportes ter que contribuir com sessenta por cento da referida reduo. Apesar de os transportes serem hoje mais limpos, h mais trnsito do que no passado e 96% da energia

    usada ainda tem origem nos combustveis fsseis. Um atraso na implementao das iniciativas ou movimentos tmidos no sentido de se adoptarem tecnologias mais recentes iro impedir a UE de estar ao mesmo nvel dos que optarem por inovar.

    Apesar de haver uma nfase clara na inovao tecnolgica conducente a uma infra-estrutura e sistema mais limpos e inteligentes, tambm dada prioridade ao reforo da necessria capacidade dos recursos humanos para poderem realizar essa inovao.

    Maior mobilidade menos emissesNo restam dvidas de que a infra-estrutura de transporte um motor de crescimento e refora o comrcio e a criao de riqueza. Sem redes efectivas, os habitantes de regies remotas ou de zonas de geografia difcil correm o risco de ficar afastados dos servios e dos empregos.

    O Roteiro identifica formas de limitar a dependncia do sistema de transporte do petrleo sem comprometer a eficincia ou a mobilidade e, assim, se encontrar um equilbrio para o que pode ser visto como sendo exigncias contraditrias, e inclusive:

    melhorar a eficincia energtica dos tipos de veculos actuais relativamente a todos os tipos, ou modos de transporte;

    desenvolver e criar novos combustveis sustentveis e sistemas de propulso;

    optimizar o desempenho das cadeias logsticas multimodais, tornando-as mais eficientes em termos energticos atravs de, por exemplo, melhores ligaes entre a opo ferroviria e martima no caso do transporte de mercadorias de longa distncia;

    utilizar sistemas de gesto de trfego inovadores e medidas de mercado, tal como a abolio das barreiras existentes para o transporte martimo de curta distncia.

    Outras regies do mundo esto a lanar programas de investimento ambiciosos e de grande envergadura, apostando na modernizao dos transportes e na sua

    infra-estrutura; vital que o sector europeu dos transportes continue

    a desenvolver-se e a investir na preservao da sua posio competitiva.

    Roteiro para uma rea nica Europeia de Transportes Livro Branco sobre transporte competitivo

    e sustentvel

    SiSTEma dE TRanSpoRTE cOMPeTiTivO e susTenTvelpaRa a EuRopa

    Viso geral

  • panorama 38 5

    um Roteiro de acoNos dez ltimos anos o transporte areo, rodovirio e, em certa medida, ferrovirio, abriram-se ao mercado, e a segurana nos pases aumentou. Nasceu tambm o Espao Areo nico Europeu, que faz a coordenao do planeamento e da gesto do espao areo. Os passageiros hoje gozam de direitos legais, e foram igualmente adoptadas novas regras no domnio das condies de trabalho para os que trabalham no sector.

    A Rede Transeuropeia de Transporte, RTE-T tem vindo a contribuir para a coeso territorial, designadamente atravs da promoo das ligaes ferrovirias de alta velocidade. Por ltimo, foi colocada uma nfase muito grande na melhoria do desempenho ambiental do sector do transporte.

    A continuao do desenvolvimento da infra-estrutura de transporte na Europa deve ser orientada para a promoo de sistemas de transporte eficientes em termos de utilizao de recursos, assente na inovao e que contribua para resolver os problemas relacionados com as mudanas climticas e os desafios ambientais, bem como com a coeso territorial.

    O Livro Branco 2011 enumera as iniciativas que sero realizadas com base nos resultados do passado e que ajudaro a Europa a avanar de forma a responder s necessidades desta nova dcada, assim como das futuras. So seguidamente enumeradas algumas ideias propostas:

    Os veculos elctricos representam uma das principais formas para se alcanar os objectivos relativos s emisses.

    Um sistema de mobilidade eficiente e integrado Um Espao Areo nico Europeu

    Promoo das condies de trabalho e de empregos de qualidade

    Transporte seguro

    Medidas a nvel da segurana do transporte: salvar milhares de vidas

    Qualidade e fiabilidade do servio

    Inovao a pensar no futuro: tecnologia e comportamento Poltica Europeia de Investigao e Inovao

    no domnio dos transportes

    Promoo de procedimentos mais sustentveis

    Mobilidade urbana integrada

    Infra-estrutura moderna e financiamento inteligente Infra-estrutura de transporte: coeso

    territorial e crescimento econmico

    Quadro de financiamento coerente

    Acertar os preos e evitar distores

    A dimenso externa Promoo das metas relativas s mudanas

    climticas e eficincia energtica

    Desenvolvimento de um quadro de cooperao no sentido de alargar a nossa poltica de transportes e de infra-estruturas junto com os nossos vizinhos

  • panorama 386

    O que a RTe-T?A Rede Transeuropeia de Transporte, RTE-T a base do fluxo de mercadorias e o meio para as pessoas se deslocarem livremente por toda a Unio Europeia. , na verdade, uma Poltica essencial que une as regies do leste e do oeste da Europa e ajuda a moldar o futuro Espao Areo nico Europeu.

    Melhor integrao, luz de um mercado interno maior, descarbonizao dos transportes, o papel da UE na luta contra as mudanas climticas a nvel mundial so os desafios que exigiram a reviso da Poltica lanada em 2009.

    A RTE-T apoiada pela UE atravs do programa RTE-T e do Desenvolvimento Regional Europeu e dos Fundos de Coeso, j que uma melhor acessibilidade fundamental para assegurar uma Europa mais competitiva e coesa.

    Alm da RTe-TA RTE-T recebe actualmente mais ou menos metade das dotaes no domnio da poltica de transporte. As outras prioridades incidem nas redes nacionais, regionais e locais e nos transportes urbanos limpos. A forma de orientar melhor estas verbas no futuro ser alvo de discusses complexas. Certo que a presso para descarbonizar os sistemas de transportes e em concentrar o apoio da UE em investimentos que contribuam claramente para as prioridades comuns ir subentender uma maior nfase nos estrangulamentos em termos de infra-estruturas, nas redes inteligentes e no transporte pblico urbano.

    Redes de transporte efectivas impulsionam a coeso territorialAs medidas tomadas a nvel da UE contriburam de forma decisiva para os resultados positivos no sistema de transporte europeu nestes dez ltimos anos. Os Fundos Estruturais e o Fundo de Coeso tm sido, historicamente, uma das principais fontes de financiamento do investimento necessrio para melhorar as ligaes de transporte nas regies mais atrasadas em toda a Europa.

    A Poltica de Coeso estimula activamente as iniciativas regionais e nacionais, em termos de prioridades de transporte e cooperao transfronteiria. As recentes estratgias macro-regionais a Estratgia do Danbio e a Estratgia da Regio do Mar Bltico contriburam para a criao de quadros de planeamento transfronteirio reforados e representam um potencial de desenvolvimento do transporte integrado.

    O impacto da crise econmica ainda se sente por toda a UE taxas de desemprego a aumentar e diminuio das despesas pblicas significam que existe hoje, mais do que nunca, a necessidade de uma mobilidade mais eficiente em termos de custos, numa altura em que os meios para assegurar a referida mobilidade so cada vez menos. Deve ser feito mais com menos meios. Os sistemas existentes e com provas dadas, como o caso da Poltica de Coeso, esto bem posicionados para ajudar a melhorar a qualidade das diversas iniciativas lanadas nas regies e nos pases, tal como o apoio ao sector ferrovirio europeu.

    O sector ferrovirio europeu Quando comearam as obras da primeira linha de alta velocidade em 1986, a Espanha era um dos pases mais pobres da Unio Europeia, e a Andaluzia uma das regies espanholas mais pobres. Apesar disso, o Governo espanhol decidiu avanar com a construo de uma nova ligao ferroviria de alta velocidade entre a sua capital, Madrid, e a principal cidade da regio, Sevilha, utilizando a mais avanada tecnologia existente. Desde ento, o pas cresceu de forma acentuada e a Andaluzia tornou-se n uma regio muito mais competitiva do que no passado. Estes desenvolvimentos nunca teriam sido possveis sem a existncia da Poltica de Coeso e do seu impacto a nvel territorial.

    O que est abrangido?Em termos gerais, a contribuio da UE para os transportes durante o perodo de programao 2007-2013 inclui:

    RTE-T, as estradas nacionais, regionais e locais representam mais de 41 mil milhes

    o transporte ferrovirio, incluindo RTE-T e outros projectos representam cerca de 24 mil milhes.

    transporte urbano 8,1 mil milhes;

    portos e vias fluviais internas 4,3 mil milhes;

    transporte multimodal e sistemas inteligentes 3,3 mil milhes;

    aeroportos: 1,84 mil milhes

    SiSTEma dE TRanSpoRTE cOMPeTiTivO e susTenTvelpaRa a EuRopa

    Viso geral

  • panorama 38 7

    Transporte urbanoAs cidades so os motores de crescimento de toda a zona que as rodeia. onde se encontram os servios, o trabalho e as actividades de lazer para toda a regio onde se encontram. essencial que o sistema de transportes urbanos seja completamente integrado nos servios de transportes da regio como um todo. Contudo, as cidades sofrem sobretudo de congestionamento e de poluio sonora e atmosfrica. Um quarto das emisses de CO2 no sector dos transportes no seu todo provm da circulao automvel nas pequenas e grandes cidades, ao passo que 69% dos acidentes acontecem nas cidades. Ser necessrio uma retirada faseada gradual dos veculos convencionais das nossas cidades se quisermos atingir as metas relativas s emisses de gases com efeito de estufa e reduzir a nossa dependncia do petrleo.

    Quantas mais pessoas utilizarem os meios de transporte colectivos mais possibilidades haver de se criar um crculo virtuoso de transportes pblicos que, em combinao com um esforo no sentido de tornar a bicicleta e o andar a p algo agradvel e seguro, far com que as pessoas estejam menos dependentes dos seus automveis.

    As pessoas que dependem do seu automvel sero encorajadas a utilizar veculos mais pequenos, leves e especiais. Grandes frotas de autocarros e de txis, camies e carrinhas de entregas mais pequenos e limpos esto todos idealmente posicionados para servir de precursores de mtodos de propulso e combustveis alternativos, servindo de cmara de ensaio da inovao. O transporte pblico pode ser promovido atravs da imposio de taxas rodovirias e de sistemas de tributao transparentes e da introduo de novas tecnologias.

    7

    As aces no podem ser atrasadas. As infra-estruturas demoram muitos anos

    a ser planeadas, construdas e equipadas e os comboios, os avies e os barcos duram

    dcadas as escolhas que fizermos hoje iro determinar a situao do sector do transporte em 2050. Precisamos de agir

    a nvel europeu para assegurar que a transformao dos transportes definida em conjunto com os nossos parceiros, e no

    deixar que essas decises sejam tomadas noutra qualquer parte do mundo.

    Roteiro para uma rea nica Europeia de Transportes Livro Branco sobre transporte competitivo

    e sustentvel

  • panorama 388 panorama 388

    MATTHIAS RUETEEntrevista com o Director-geral da DG Transporte e Mobilidade, Matthias Ruete

    Antes de ter assumido as suas funes na DG Transporte e Mobilidade, em 2010, Matthias Ruete foi Director-geral da DG Energia e Transportes na Comisso Europeia.

    Quais so as principais lies do passado e os principais desafios para o futuro, tendo por horizonte 2020, para o sector dos transportes?O nosso grande desafio ajudar o sector dos transportes a superar futuros constrangimentos sem sacrificar a sua eficincia e simultaneamente manter ou at melhorar a competitividade do sector.

    Na ltima dcada, a Europa avanou muito. Temos hoje mercados abertos no domnio do transporte areo, rodovirio e ferrovirio e conseguimos melhorar a segurana de todos os meios de transporte. Mas o sistema no sustentvel. Seria um enorme erro negligenciar ou subestimar os futuros constrangimentos e adiar as mudanas necessrias.

    A dependncia do petrleo, o congestionamento e a reduo das emisses de gases com efeito de estufa so desafios imediatos. A Unio Europeia comprometeu-se a reduzir as emisses em 80% at 2050. O sector do transporte ter que diminuir as suas emisses em, pelo menos, 60% em relao a 1990 (70% menos do que hoje). O Livro Branco adoptado pela Comisso Europeia, em 28 de Maro passado, apresenta uma reflexo sobre estes desafios e define a estratgia que permitir Unio enfrent-los de maneira efectiva.

    No seu entender, como que a poltica de transporte da UE pode contribuir para a coeso econmica e territorial da Unio?O Livro Branco prope o desenvolvimento de uma rede transeuropeia de corredores estratgica, com um fluxo intenso e consolidado de volumes de trfego de mercadorias e passageiros com elevada eficincia e emisses reduzidas, abrangendo todo o continente.

    Este projecto ir assegurar conexes multimodais eficientes entre as capitais da UE e outras cidades importantes, centros econmicos, portos e as principais zonas fronteirias terrestres. Ser a coluna vertebral da rea nica Europeia de Transportes e contribuir para o reforo da coeso entre as regies.

    Quais so os principais elementos da Estratgia da UE para o futuro desenvolvimento do sistema de transporte propostos no Livro Branco?As quatro fases principais so:

    uma rea nica Europeia de Transportes para facilitar o movimento dos cidados e das mercadorias, reduzir custos e aumentar a sustentabilidade do sector dos transportes europeu;

    articulao mais estreita entre o desenvolvimento da inovao tecnolgica e a sua aplicao atravs de uma poltica de investigao integrada;

    planeamento da infra-estrutura no sentido de maximizar o crescimento e minimizar o impacto ambiental; e

    desenvolvimento de conexes de infra-estrutura com os pases vizinhos com o objectivo de abrir os mercados de pases terceiros no domnio dos servios de transporte, produtos e investimentos de apoio ao desenvolvimento do comrcio.

    O nosso grande desafio ajudar o sector dos transportes a superar futuros constrangimentos

    sem sacrificar a sua eficincia.

    entreVista

  • panorama 38 9

    LUIS VALEnTE DE OLIVEIRACoordenador Europeu para as Auto-estradas do Mar

    Lus Valente de Oliveira reuniu-se at data com mais de 400 interessados dos pases da UE com uma vertente martima e apresentou trs relatrios anuais de actividade.

    Quais so as principais lies do passado e os principais desafios para o futuro, tendo por horizonte 2020, para o sector dos transportes?A coordenao entre os diferentes meios de transporte constitui o maior desafio o problema est em saber como se podem transportar mercadorias de um ponto para outro da forma mais rpida, mais econmica, mais cmoda e menos poluente. Se nos limitarmos a um nico modo de transporte, o leque das respostas ser rgido em termos de funo ou irracional em termos de custos.

    Para encontrar as respostas, temos de conhecer as caractersticas de cada modo de transporte e a regra deve passar pelas solues multimodais.

    No seu entender, como que a poltica de transporte da UE pode contribuir para a coeso econmica e territorial da Unio?O nvel de actividade de uma determinada regio essencial para assegurar o bem-estar dos seus habitantes: produo e consumo exigem meios de transporte. Para promover o desenvolvimento e a coeso, importa reforar as ligaes entre regies complementares.

    Mais de 90% das importaes e exportaes da UE feita por via martima de e para os portos europeus. O primeiro passo passa pois pela existncia dos melhores portos possveis e das conexes mais adequadas entre estes e o interior.

    Alguns modos tm de atingir um limiar de transporte de carga para serem econmicos, pelo que as escolhas tm de ser viveis. A concentrao do transporte de carga em certos eixos pode fazer com que as ligaes sejam economicamente sustentveis. preciso reduzir ao mnimo os custos e o tempo, o que s pode ser alcanado se combinarmos e optimi-zarmos cada modo de transporte. A Poltica de Transportes da UE dever abranger todos os modos de transporte, tornando-os mais eficientes e coerentes.

    Quais so as ilaes que retira da sua experincia como Coordenador Europeu de um Projecto Prioritrio da RTE-T?O Projecto Prioritrio em matria de Auto-estradas do Mar est agora em pleno andamento: os oito projectos recentemente aprovados abrangem o Espao Martimo Europeu. So o resultado de ideias trocadas com pessoas de toda a Europa.

    O envolvimento de vrios pases num mesmo projecto ideal para partilhar boas prticas e resultados dos estudos. As trocas de pontos de vista colectivas levam criao de solues adaptveis.

    Insisti no reforo dos programas de formao na rea da logstica destinados ao pessoal e a todos aqueles que, a nvel das empresas, so responsveis pelo movimento de carga com o objectivo de fazer face logstica complexa com que nos deparamos.

    Mais de 90% das importaes e exportaes da ue

    feita por via martima de e para os portos europeus.

  • panorama 3810 panorama 38

    entreVista

    Urbanista e analista poltico, Jean-Marc Offner tambm Director-geral do gabinete de plane-amento urbano da rea metropolitana de Bordus Aquitaine.

    Quais so as principais lies do passado e os principais desafios para o futuro, tendo por horizonte 2020, para o sector dos transportes?Desde h dcadas que a reduo do trfego rodovirio, urbano e interurbano tem vindo a ser um dos principais objectivos da poltica de transporte pblico em muitos pases da UE.

    O transporte pblico no foi capaz de travar o aumento do trnsito e um dos principais desafios para o sector do transporte at 2020 ser a criao de um servio de transporte pblico que acompanhe o evoluir dos estilos de vida: horrios mais flexveis, servios adequados e de alta qualidade, e tempo de transporte razovel.

    No seu entender, como que a poltica de transporte da UE pode contribuir para a coeso econmica e territorial da Unio?Ao longo de dcadas, o desenvolvimento das redes de alta velocidade foi o meio privilegiado para aproximar regies europeias dos dois lados da fronteira, promovendo assim um determinado nvel de coeso econmica e social. H que dar continuidade a estes esforos.

    Tambm importante no esquecer os investimentos a nvel regional que so essenciais para assegurar o bom funcionamento das reas metropolitanas. As autoridades pblicas e os gestores de redes tm sido frequentemente criticados por negligenciarem a infra-estrutura regional em prol de linhas de alta velocidade mais lucrativas. No nosso entender, ambos os nveis so importantes.

    Atendendo aos desafios ambientais, precisamos de encontrar um bom compromisso entre o objectivo de criar redes que cubram todas as reas e a necessidade de regular os fluxos de trfego.

    Qual pensa que vai ser o papel do transporte no desenvolvimento urbano integrado? igualmente necessria uma coordenao reforada entre a poltica de transporte e o planeamento urbano. As conurbaes mais compactas so preferveis porque facilitam os trajectos curtos. Uma poltica de ordenamento que permita reservar superfcies, antecipar a valorizao associada s novas infra- -estruturas e construir habitaes sociais.

    Devia ser obrigatrio aumentar a densidade dos servios, acima de certos nveis mnimos, naquelas zonas que so melhor servidas pelo transporte pblico, aplicando simultaneamente polticas de estacionamento restritivas.

    Teremos de fazer com que as organizaes urbanas existentes funcionem de uma forma mais sustentvel. Em especial, teremos de encontrar novas alternativas para a utilizao dos automveis: carpooling, car sharing e a integrao do automvel com os transportes pblicos. De um ponto de vista ambiental, a multiplicao da taxa de ocupao dos veculos e a diviso em dois da distncia dos trajectos teria o mesmo valor que todas as polticas de desenvolvimento do transporte pblico!

    JEAn-MARC OFFnERDirector-geral do gabinete de planeamento urbano da rea metropolitana de Bordus Aquitaine

    Desde h dcadas que a reduo do trfego rodovirio, urbano e interurbano tem vindo

    a ser um dos principais objectivos da poltica de transporte pblico em muitos pases da ue.

  • panorama 38 11

    Na sua qualidade de Chefe de Diviso dos Assuntos Europeus, Departamento de Planea-mento Territorial Conjunto, Horst Sauer responsvel pela integrao da Regio Capital Berlim-Brandemburgo no desenvolvimento territorial da UE. Horst Sauer est actualmente con-centrado no impacto a nvel regional da rede RTE-T, em particular na regio que se situa entre a Escandinvia e o Mar Adritico.

    Quais so as principais lies do passado e os principais desafios para o futuro, tendo por horizonte 2020, para o sector dos transportes?Era cada vez mais bvio que a criao de novas infra-estruturas s se justificava quando as vantagens econmicas para a regio fossem evidentes. Trabalhamos em conjunto com mais de 30 parceiros para a realizao do corredor SCANDRIA que ligar a Escandinvia ao Mar Adritico com passagem por Berlim. O nosso objectivo criar uma melhor ligao entre os centros de inovao e as regies-capitais ao longo deste corredor. H um enorme potencial de crescimento nesta parte da Europa. Estamos sobretudo interessados em optimizar a utilizao da infra-estrutura existente e em reduzir as emisses dos transportes, e no tanto em pedir novos investi-mentos avultados em infra-estruturas.

    No seu entender, como que a poltica de transporte da UE pode contribuir para a coeso econmica e territorial da Unio?A futura rede estratgica que constituir a coluna vertebral da Poltica de Transportes da UE assenta nas conexes dos principais ns. Estes ns, tal como a regio-capital Berlim-Brandemburgo, deviam incluir todos os modos de transporte e estar conectados a outros hubs, tais como portos ou importantes centros econmicos.

    Uma melhor acessibilidade na Europa Central ir conduzir ao aumento da actividade econmica nesta regio e, por conseguinte, contribuir para a coeso territorial. Uma rede estratgica forte ir igualmente servir aquelas regies que possuem boas ligaes s principais rotas de transporte.

    No seu entender, como que se define um bom sistema de governana ao planear a infra-estrutura de transportes?No meu ponto de vista, o planeamento regional/poltica regional devem estar estritamente ligados ao planeamento de transportes. O transporte no um fim em si prprio, mas deve atender s necessidades das pessoas e das empresas.

    Em Berlim-Brandemburgo tivemos experincias muito positivas no s a nvel de planeamento transfronteirio que abrange a cidade de Berlim e o estado em redor de Brandemburgo mas

    tambm em termos de harmonizao do planeamento territorial e de transporte. Isto tanto mais vlido para

    os servios de transportes pblicos que h mais de uma dcada foram organizados de forma

    coordenada pelo Verkehrsverbund Berlim Brandemburgo (VBB).

    HORST SAUERChefe de Diviso dos Assuntos Europeus, Departamento de Planeamento Territorial Conjunto, Berlim-Brandemburgo

    O transporte no um fim em si prprio, mas deve atender s

    necessidades das pessoas e das empresas.

  • panorama 3812

    A Unio Europeia tem defendido a existncia de uma Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) desde assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992. A RTE-T serve de apoio ao desenvolvimento do mercado interno da UE, refora a coeso econmica e social e estabelece ligaes entre ilhas e regies isoladas e perifricas com as regies centrais da Unio. Esta Rede servir ainda para aproximar mais a UE dos pases vizinhos e dos mercados mundiais.

    As primeiras Directrizes de apoio aos Estados-Membros no desenvolvimento da RTE-T foram adoptadas em 1996, por via de uma Deciso do Parlamento Europeu e do Conselho. Estas Directrizes foram alvo de uma reviso aprofundada e foram actualizadas no seguimento do alargamento em 2004.

    O quadro da Poltica RTE-T j inclui algumas histrias de sucesso dignas de nota, tal como o eixo ferrovirio de alta velocidade Paris-Bruxelas-Colnia-Amesterdo-Londres ou a ligao por via rodoviria e ferroviria (resund) entre a Dinamarca e a Sucia. Mas h ainda a ligao ferroviria de alta velocidade entre Madrid-Barcelona, Aeroporto de Malpensa em Milo, a ligao ferroviria Cork-Dublin-Belfast-Larne-Stranraer e muitos outros projectos em curso.

    A melhor adequao ao futuroA Comisso Europeia aproveitou a experincia destes quinze ltimos anos para fazer uma reviso aprofundada da Poltica da RTE-T e props novas Directrizes no mbito do planeamento e da execuo. Estas novas Directrizes, que devero ser colocadas considerao para adopo pelo Parlamento Europeu e o Conselho a partir do segundo semestre de 2011, do conta de uma reviso profunda da abordagem poltica que passar a assentar nos pontos fortes, e cujo objectivo identificar as falhas e dar resposta aos novos desafios.

    At hoje, o desenvolvimento da RTE-T baseou-se na identificao gradual e na execuo dos Projectos Prioritrios por cada um dos Estados-Membros, numa abordagem de baixo para cima e por etapas. Esta abordagem tem contribudo para identificar e desenvolver projectos importantes em toda a RTE-T, tal como exemplificado anteriormente, mas no foi possvel atravs da mesma realizar uma rede transeuropeia totalmente integrada e multimodal.

    Duas redes que se complementamO novo quadro de planeamento ser constitudo por duas camadas: uma rede completa, a camada de base, e uma rede que serve de coluna vertebral, sobreposta rede completa e constituda pelas partes estrategicamente mais importantes da RTE-T.

    A rede completa ser o resultado de uma actualizao e ajustamento da actual RTE-T e inclui a infra-estrutura existente importante e a que est planeada pelos Estados-Membros. A rede que serve de coluna vertebral ser formada por aquelas seces da RTE-T que transportam a principal concentrao de fluxos de trfego transnacional, tanto de passageiros como de mercadorias, e que asseguram a ligao efectiva das regies este e oeste da Unio Europeia e as regies perifricas s regies centrais.

    A conjugao das duas constituir a base da infra-estrutura de uma rea nica Europeia de Transportes, com pontos de conexo multimodais eficientes entre, as capitais da UE e os principais centros econmicos da UE, e os pontos de entrada no sistema europeu de transporte.

    Planeamento e desenvolvimento coordenadosA nova Poltica da RTE-T comear por estabelecer uma melhor coordenao do planeamento e desenvolvimento a nvel europeu. Passar a assentar numa metodologia de planeamento europeia coerente e transparente, supervisionada pela Comisso e desenvolvida de acordo com uma consulta alargada das partes interessadas.

    uma ReDe De TRAnsPORTe MulTiMODAl paRa a EuRopa

    Investimento total na RTE-T at data (1996-2013)

    aprox. 800 mil milhes

    Fontes de financiamento da UE at data*

    aprox. 230 mil

    milhes

    Futuras necessidades de investimento (at 2020)

    aprox. 550 mil milhes

    * programa RTE-T, Fundo de Coeso, FEdER, emprstimos BEi & garantias

    de crdito.

    a Poltica da rte-t

  • panorama 38 13panorama 38 13

    execuo coordenadaAlm disso, ser reforada a coordenao da execuo da nova Poltica da RTE-T. Sero identificados e desenvolvidos uma srie de corredores, a partir da rede que forma a coluna vertebral, em linha com as necessidades evolutivas em termos de capacidade. A concretizao dos corredores ser acompanhada por um Coordenador Europeu, enquanto que os Planos Anuais de Desenvolvimento de Corredores serviro para identificar, dentro de prazos definidos, as maiores necessidades de investimento e as pequenas melhorias a curto prazo.

    Por ltimo, esta nova abordagem poltica ir colocar uma maior nfase nas condicionalidades e coordenao do envolvimento financeiro da UE. O co-financiamento de projectos ficar con-dicionado necessidade destes darem resposta s ligaes inexistentes e aos estrangulamentos nas redes estra-tgicas identificadas, e assegurarem uma verda-deira co-modalidade. Ser ainda dada prioridade aos projectos que representem um maior valor acrescentado a nvel eu-ropeu (por exemplo, que completem as conexes transfronteirias). Simultaneamente, a existncia de um quadro de financiamento in-tegrado para os transportes ir assegurar uma melhor coorde-nao dos objectivos da Poltica da RTE-T com o Fundo de Coeso e os fun-dos estruturais, criando um efeito de alavanca relativa-mente velocidade e efi-cincia da sua realizao.

    Assegurar a multi-modalidade crucial para as regies industrializadas.

  • panorama 3814

    solues sustentveisTornar o transporte mais eficiente para assegurar a prosperidade futura da Europa tambm um tema chave do novo Livro Branco, Roteiro do Espao nico Europeu dos Transportes, adoptado pela Comisso a 28 de Maro de 2011.

    O Livro Branco apresenta a viso de um sistema de transportes europeu competitivo e sustentvel, com uma gesto eficiente dos recursos. O Livro d uma grande prioridade ao transporte urbano limpo, referindo o exemplo da descarbonizao.

    O transporte deve ser mais sustentvel luz dos novos e crescentes desafios. Em primeiro lugar, o petrleo ser cada vez mais escasso e caro nas prximas dcadas j que tambm existem maiores incertezas em relao s fontes.

    Em segundo lugar, para se atingir o objectivo de limitar a 2C o aumento da temperatura mundial por efeito das alteraes climticas, a UE deve reduzir at 2050 as emisses de gases com efeito de estufa um nvel 80-95% abaixo do nvel de 1990. O sector dos transportes ser forado a reduzir as emisses de gases com efeito de estufa em pelo menos 60%.

    A eficincia e sustentabilidade dos recursos so elementos vitais da Poltica de Transporte da Unio Europeia, de acordo com a Estratgia Europa 2020 para o crescimento econmico e o Livro Branco sobre os transportes, recentemente publicado pela Comisso. A descarbonizao dos transportes que implicar uma diminuio acentuada das emisses de gases com efeito de estufa do sector tornou-se numa das principais prioridades da agenda econmica e ambiental europeia.

    A Estratgia Europa 2020 define as prioridades em termos econmicos para a prxima dcada e concentra-se na promoo de um crescimento inteligente, sustentvel e inclusivo. O objectivo criar uma economia hipocarbnica baseada no conhecimento e na inovao, com uma utilizao mais eficiente dos recursos, tendo como pano de fundo a coeso social e territorial.

    O sector dos transportes vital para o futuro da economia europeia e tem, por essa razo, um papel chave no contexto da prossecuo dos objectivos da Estratgia Europa 2020. A Comisso Europeia lanou, em Janeiro de 2011, um documento intitulado Uma Europa eficiente em termos de recursos, que uma das iniciativas emblemticas da Estratgia Europa 2020. O documento refere claramente que a poltica de transporte da UE se deve pautar sempre pela utilizao eficiente dos recursos.

    TRanSpoRTES maiS liMPOs e ecOlgicOs

    Laukaantie Road construo de uma estrada Jyvskyl, Finlndia.

    Construo de uma passagem inferior para bicicletas e pees.

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    Reduzir a pegada carbnicaA questo que o transporte representa uma fonte significativa e em crescimento das emisses de gases com efeito de estufa. Esta a razo pela qual a descarbonizao um tema central do Livro Branco.

    Devem ser desenvolvidos e comercializados combustveis sustentveis e veculos menos poluentes se quisermos que a Europa melhore o seu desempenho em termos de eficincia energtica de todos os veculos. A Europa deve substituir gradualmente as fontes de energia fsseis que geram CO2 por alternativas mais ecolgicas.

    Neste sentido, a Comisso pretende desenvolver uma estratgia de combustveis alternativos que ir ajudar o sector dos transportes a estar menos dependente do petrleo e, por consequncia, a caminhar para uma descarbonizao total.

    Relativamente ao cumprimento das metas de reduo dos gases com efeito de estufa da UE, a Comisso est a concentrar a sua ateno nos transportes urbanos. Muitas das pequenas e grandes cidades europeias sofrem do problema de congestionamento, para alm de se debaterem com elevados ndices de poluio sonora e atmosfrica. Os automveis, camies e autocarros que circulam nas reas urbanas por essa por essa Europa fora so responsveis por cerca de um quarto das emisses de CO2 do sector dos transportes.

    A Comisso pretende que seja feita uma retirada faseada gradual dos veculos com motores convencionais das cidades o objectivo a reduo de 50% at 2030, passando para 100% at 2050. Esta medida iria reduzir significativamente a dependncia da Europa do petrleo e ajudar a atingir o

    objectivo do sector dos transportes de reduo das emisses de gases com efeito de estufa.

    Devia ser encorajado o uso de veculos de passageiros mais leves e pequenos. Simultaneamente, devem ser

    envidados novos esforos para apetrechar os autocarros, txis e carrinhas de entregas que circulam nos centros das cidades com motores e combustveis alternativos e diminuir, desta forma, a poluio e as emisses causadas pelo transporte urbano.

    Abordagens integradasA Comisso gostaria que o sector da logstica urbana chegasse a um nvel de emisses de gases com efeito de estufa de quase zero nas principais cidades, at 2030. Ao explorar as solues de transporte inteligente, os centros urbanos podem desenvolver sistemas de entrega eficientes denominados de ltima milha.

    Carrinhas com motores elctricos, a hidrognio e hbridos podiam fazer as entregas s lojas e aos escritrios situados nas cidades. Uma frota de veculos ecolgicos iria igualmente reduzir a poluio sonora e atmosfrica. Alm disso, devem ser envidados esforos no sentido de encorajar as pessoas a utilizar os transportes pblicos e optarem por andar mais a p e de bicicleta.

    Uma abordagem integrada a melhor maneira de enfrentar os desafios relacionados com o transporte urbano e desenvolver infra-estruturas e servios de transporte. Por consequncia, as polticas devem estabelecer uma ligao melhor do transporte s questes de utilizao do espao, planeamento, proteco ambiental, habitao, acessibilidade, mobilidade e necessidades da indstria.

    SAIBA MAIS EM:

    http://ec.europa.eu/transport/urban/index_en.htm

    15

    http://ec.europa.eu/transport/urban/index_en.htm

  • panorama 3816

    Uma recolha recente de informaes permitiu aos parceiros criar uma base de dados que servir para terem uma viso actual das redes rodovirias, ferrovirias e martimas, na regio. Nos prximos meses os parceiros iro definir um modelo de futuros cenrios relacionado com os projectos prioritrios no domnio do transporte, tal como a auto-estrada entre Liubliana e Belgrado.

    Em Novembro de 2011, realizou-se em Tirana, na Albnia, uma conferncia sobre o projecto que reuniu altos representantes ministeriais que analisaram algumas das principais questes. Entre elas, os investimentos, o desenvolvimento integrado da acessibilidade da regio, e as medidas a tomar no sentido de se criar um sistema de transportes nesta regio, a mdio prazo, em linha com a Estratgia da UE.

    O sudeste da Europa uma rea de trnsito essencial para a UE, mas o seu desenvolvimento est atrasado em relao ao resto do continente devido insuficincia de investimentos e falta de cooperao internacional. A resposta a estes desafios dada atravs da SEETAC (Cooperao Eixo de Transportes do Sudeste Europeu), umprojecto de trs anos cujo objectivo o estabe-lecimento de uma cooperao mais forte entre a UE e os pases terceiros desta regio designa-damente no domnio do transporte.

    O projecto conta com 17 parceiros (sobretudo ministrios de transportes nacionais) de nove pases da regio e co-financiado pelo Programa do Sudoeste Europeu da UE. O projecto tem ainda quatro observadores vindos da Bsnia e Herzegovina, Hungria, Eslovquia e Ucrnia.

    As infra-estruturas de transporte so muito dspares nesta regio. Por exemplo, pases como a ustria, Eslovnia, Hungria e Crocia dispem de auto-estradas modernas e extensas, o mesmo no se podendo afirmar em relao a muitos dos pases vizinhos. As ligaes rodovirias e ferrovirias transfronteirias entre os pases mais pequenos da regio so muitas vezes insuficientes ou inexistentes. Esta situao prejudica o fluxo livre de mercadorias, servios e pessoas, mas tambm o desenvolvimento sustentvel de toda a regio.

    A RTe-T em destaqueO objectivo do nosso projecto aproximar pases da UE e pases terceiros e criar uma melhor integrao do espao e conexes de transporte na regio, afirma Carlo Fortuna, do Secretariado de Iniciativa da Europa Central, com sede em Triste, Itlia, que coordena o SEETAC. Este tipo de aces contribui para o debate sobre as infra-estruturas de transporte nos pases candidatos UE e potenciais pases candidatos, bem como para o alargamento planeado dos projectos prioritrios no mbito da RTE-T (Rede Transeuropeia de Transportes) para os Balcs Ocidentais. Carlo Fortuna acredita que os projectos iro servir para promover uma maior coeso da UE no sudeste europeu.

    CRiao dE mELhoRES LigaES Com O suDesTe DA euROPA

    Durao do projecto: 2009-2012

    O apoio do FEDER para este projecto eleva-se a 1,7 milhes

    Oramento total: 2,38 milhes

    SAIBA MAIS EM:

    SEETAC: www.seetac.eu

    Programa Sudoeste Europeu (SEE): www.southeast-europe.net

    Iniciativa Europa Central: www.ceinet.org

    Renovao dos trilhos e recorte em Krizno, no troo de Liubliana para Maribor.

    Por essa euroPa fora

    www.seetac.euhttp://www.southeast-europe.net/hu/www.ceinet.org

  • panorama 38 17

    O corredor Scandria que liga a Escandinvia ao Mar Adritico desempenha um papel vital nas regies ao longo do eixo Norte-Sul. Para alm de facilitar o transporte, o valor acrescentado de melhores conexes tem aspectos econmicos, sociais e ambientais.

    No se trata de um projecto apenas no domnio do transporte, sublinha Jrgen Neumller, gestor de projecto Scandria. O objectivo trazer desenvolvimento econmico para a regio como um todo. Queremos ligar o potencial inovador da Escandinvia s outras regies da Europa Central como Berlim, Praga e Viena, atravs da promoo do crescimento.

    A pensar no objectivo da UE de querer um transporte mais ecolgico, o projecto tambm inclui actividades cuja finalidade atingir as metas relativas s mudanas climticas. Um exemplo concreto disso o esforo envidado de estmulo do uso de biogs nos veculos de transporte de mercadorias.

    SCandRia apRoximao do BlTicO AO ADRiTicO

    envolvimento de todas as partes relevantes para o sucessoOs 19 parceiros do projecto da Alemanha, Dinamarca, Sucia, Finlndia e Noruega podem ser divididos em trs grupos: instituies de investigao, regies e portos. O parceiro lder o Departamento de Planeamento Territorial Conjunto de Berlim-Brandemburgo.

    Embora as instituies de investigao forneam a base cientfica necessria para as decises, as regies tm um papel mais estratgico a desempenhar. Uma parte importante do trabalho destas conseguir a realizao dos projectos de infra- -estrutura atravs do estabelecimento de ligaes com actores, tais como os ministrios nacionais.

    A cooperao directa entre os portos de Halmstad (Sucia) e Rostock (Alemanha) concentra-se no desenvolvimento de novos servios. O projecto Scandria tambm serviu de impulso incluso da linha de ferry entre Rostock e Gedser (Dinamarca) no Programa Auto-estradas do Mar da UE, que permitiu que tivesse recebido financiamento para a modernizao das infra-estruturas porturias e aquisio de novos ferries.

    O envolvimento de empresas nesta cooperao continua a ser um dos objectivos principais: os imperativos de curto prazo tornam difcil inclu-las no conceito estratgico de longo prazo. J se realizaram vrios workshops e actividades de comunicao a nvel local no sentido de sensibilizar todas as partes para os benefcios econmicos do projecto, diz Jrgen Neumller.

    O projecto Scandria foi elaborado em 2009 no seguimento da Declarao de Berlim de Novembro de 2007, alertando para a necessidade de criao de uma infra-estrutura de transporte mais atraente e meios de transporte mais competitivos no interior do Corredor Escandinvia-Adritico. Enquanto o projecto Scandria est orientado para o norte da regio, o projecto-irmo SoNorA realiza aces similares a sul.

    SAIBA MAIS EM:

    www.scandriaproject.eu

    Durao do projecto: 2009-2012

    Contribuio do FEDER: 2,8 milhes

    Oramento total do projecto: 3,8 milhes

    Porto de Rostock.

    www.scandriaproject.eu

  • panorama 3818

    As vantagens dos melhores sistemas a nvel nacional O sistema consiste num VTS costeiro, e cinco VTS instalados em portos, estando todos sob a responsabilidade da Autoridade Nacional de Controlo do Trfego Martimo.

    Vantagens:

    actualizar os sistemas em Portugal com tecnologia de ponta no domnio do transporte martimo e da oferta existente;

    assegurar o potencial comercial dos seus portos no futuro;

    colocar a qualidade ambiental das guas portuguesas em destaque na agenda e apoiar esta poltica com informao disponvel atravs do VTS;

    facilitar o policiamento da zona costeira atravs de um fluxo de informao, nos dois sentidos, entre os navios e as autoridades costeiras. As medidas referentes ao controlo do contrabando e da imigrao ilegal no fazem verdadeiramente parte do trabalho dirio dos servios costeiros.

    A nvel internacional, Portugal est agora plenamente integrado no SafeSeaNet, sistema europeu de intercmbio de informaes. Todas as informaes que alimentam o VTS costeiro podem agora passar a alimentar directamente o SafeSeaNet, o que permite a Portugal receber tipos de informao semelhantes de outros Estados-Membros.

    A longa costa martima portuguesa sinnimo de inmeros desafios para o controlo do trfego de navios, desde a monitorizao dos fluxos de navios em zonas de grande afluncia, fiscalizao das normas internacionais de segurana. O moderno sistema informtico permite s autoridades seguir todos os movimentos e reuni-los numa base de dados nacional sobre trfego martimo.

    A linha costeira, com os seus mais de 800km, representa uma rota estratgica entre os portos do Norte da Europa e os portos do Mediterrneo e do Norte de frica. Cerca de 70 000 navios cruzam estas guas todos os anos nestes corredores encontram-se em permanncia 250 a 300 navios, juntamente com um nmero idntico de embarcaes de pesca e de lazer. O Sistema de Controlo de Trfego Martimo (VTS) uma resposta ao desafio de fiscalizao de todos estes movimentos, cujo objectivo a manuteno da segurana e a gesto do congestionamento.

    como funciona?A partir de Janeiro de 2008, o Centro de Controlo de Trfego Martimo passou a dispor de um VTS para fazer a monitorizao dos fluxos de navios. Cerca de 300 navios podem ser identificados simultaneamente e a informao enviada para a base de dados nacional de navegao martima (BDNNM).

    O sistema conta ainda com dois Esquemas de Separao de Trfego (EST), um localizado no Cabo da Roca e outro no Cabo de So Vicente. Ambos os Esquemas gerem os movimentos em duas conhecidas zonas de estrangulamento, perto da costa, e fazem parte dos servios de manuteno da segurana. Aplicam-se regras internacionais rigorosas relativas a navios de carga perigosos, tipos de navios, segurana dos passageiros e requisitos atinentes s embarcaes de pesca. Os dois EST fazem parte do Sistema de Informao Obrigatrio da Costa Portuguesa (COPREP), a funcionar desde 1 de Junho de 2010.

    PORTugAl o SiSTEma dE ConTRoLo dE TRFEgo maRTimo o novo SiSTEma inTELigEnTE nESTE domnio

    Este projecto foi lanado em 2008 e est ainda em curso

    Contribuio do FEDER: 53 milhes

    Co-financiamento nacional: 57 milhes

    SAIBA MAIS EM:

    http://www.innovative-navigation.de/in_htm/Presse/inPRESSRELEASE_VTCS_Portugal.pdf

    Centro de Controlo de Trfego Martimo do Continente.

    Por essa euroPa fora

    http://www.innovative-navigation.de/in_htm/Presse/inPRESSRELEASE_VTCS_Portugal.pdfhttp://www.innovative-navigation.de/in_htm/Presse/inPRESSRELEASE_VTCS_Portugal.pdf

  • panorama 38 19

    A Bulgria est a confrontar os problemas de congestionamento do trfego e de poluio atravs do seu Plano Geral e, em especial, dos projectos de prolongamento do metro de Sofia, estando prevista a construo do principal ramal que ainda falta no corao da cidade.

    Na cidade de Sofia vivem apinhadas um milho e meio de pessoas, quase um quinto da populao do pas. O centro histrico animado e possui uma densidade combinada de reas residncias e comerciais e a afluncia rpida nos dezltimos anos criou um problema, em espiral, de congestiona-mento de trnsito e de poluio. Os habitantes esto muito dependentes do automvel, e, simultaneamente, autocarros e elctricos tm que competir por espao nas ruas. Uma anlise aprofundada das solues de transporte apontou o metro como a melhor opo para a grande parte dos trajectos realizados no centro da cidade.

    Melhoria de vidaA actual primeira fase representa um passo importante na melhoria da vida quotidiana dos habitantes e dos viajantes dirios. As deslocaes por via rodoviria nesta parte da cidade so lentas e frustrantes; a velocidade do trnsito situa-se actualmente nos cerca de 8-10km/h e a poluio produzida tambm inevitavelmente uma grande preocupao.

    Em incios de 2012, depois de a Fase I ter terminado, o transporte ferrovirio ir representar quase 25% de todas as deslocaes, o que por sua vez permitir aumentar a velocidade do trfego rodovirio para os 40-50km/h. Esta mudana ter um grande impacto na poluio atmosfrica, j para no referir a diminuio da poluio sonora e dos nveis de vibrao.

    uma rede mais integrada e rpida a pensar no futuroTendo como perspectiva 2020, a Fase II ir criar uma rede de transportes muito mais integrada. Aps ter ligado as estaes centrais ferrovirias e rodovirias, o passo seguinte ser a construo da ligao ao aeroporto e, com todas estas obras, chegar a um sistema de transporte adaptado ao sculo XXI.

    Os progressos realizados at data so encorajadores. Todos os aspectos relativos ao projecto respeitam o calendrio e o oramento prova de uma boa gesto ao abrigo do Programa Operacional de Transporte. S por si, este aspecto contribui para um clima econmico positivo e deixa perspectivar uma renovao urbana mais abrangente no corao da cidade.

    pRoLongamEnTo do mETRo dE sOfiA REpRESEnTauma LuFada dE aR paRa o CoRao da CidadE

    Este projecto faz parte do programa operacional de transporte da Bulgria, 2007-2013

    Contribuio do FEDER: 157 milhes

    Co-financiamento nacional: 139 milhes

    SAIBA MAIS EM:

    http://metropolitan.bg/enMelhor transporte cria uma nova dimenso para a vida no centroO novo troo entre o n rodovirio de Nadejda, a norte do centro, e a Avenida Cherni Vrah na rea residencial a sul da cidade, o projecto emblemtico ao abrigo do Programa Operacional de Transporte 2007-2013.

    Este troo ir estender-se por 6,5km ao longo dos quais sero construdas sete estaes de metro, criando desta forma a seco da Linha II que falta e que ligar os pontos norte e sul da Estao de Comboios Central e a Estao de Autocarros Central. Cinco estaes de metro sero completamente novas e as duas restantes sero alvo de uma reabilitao total.

    Modernizao da linha de metro de Sofia - melhoria de vida para os habitantes, empresas ganham novo impulso.

    http://metropolitan.bg/en

  • panorama 3820 panorama 3820

    O enfoque no desenvolvimento sustentvel aqui muito importante: sempre que possvel so utilizados materiais de origem local e as grandes quantidades de materiais pesados necessrios so produtos reciclados de outras instalaes na regio.

    Acesso por via ferroviria e rodoviriaMelhores acessos por via rodoviria e ferroviria e equipamentos actualizados so outro aspecto importante dos investimentos a serem feitos. O Porto proprietrio de 45km de via-frrea que ligam todos os terminais. Foi realizado um investimento de 4 milhes para o aumento da capacidade ferroviria, em especial no domnio da carga. O desenvolvimento da infra-estrutura rodoviria volta de Jeumont, o principal acesso ao porto, a prova de como o porto pode ser mais atraente e mais funcional. Estes grandes investimentos no aumento da capacidade e nas instalaes deixam antever um bom crescimento para a regio de Poitou-Charentes. De igual forma, as perspectivas de emprego em Charentes-Maritime relacionadas com o porto continuam a crescer e toda a regio est confiante no futuro.

    O porto de La Rocehelle descrito pelo Lloyds de Londres como o melhor porto do Atlntico, capaz de receber navios de mais de 100 000 toneladas de peso morto. La Rochelle tem vindo a expandir- -se graas a esta posio de dominncia, e tenta dar resposta procura crescente de transporte e comrcio por via martima. O novo porto de St. Marc est pronto e a funcionar, ao mesmo tempo que est a ser construda uma nova barra em La Repentie, no sentido de aumentar ainda mais a capacidade.

    Os recursos naturais de la RochelleEste o nico porto de guas profundas na costa Atlntica, para alm de estar protegido de forma natural por ilhas. o principal porto francs em matria de comrcio de produtos florestais e agrcolas, em especial cereais, e a procura continua a aumentar. O objectivo estratgico do porto atingir um movimento de 10 mil toneladas/ano at 2015. O planeamento e extenso do porto comearam em 2000 e o mesmo dever estar pronto, tal como previsto, em 2012, altura em que o espao passar a dispor de instalaes modernas, seguindo as normas ambientais ao mais alto nvel.

    Porto de st MarcO Porto de St Marc, cuja construo terminou em Maro de 2011, e que entrou em funcionamento na mesma altura, especialmente concebido para o transporte martimo de produtos a granel. A sua profundidade significa que at os navios mais pesados podem entrar sem correrem riscos e as perspectivas comerciais do porto so multiplicadas em grande medida graas possibilidade de serem prestados servios a navios deste porte.

    Porto de la RepentieAs obras comearam em Setembro de 2010 e o objectivo criar uma extenso do porto em guas profundas de 1,4km. Depois de terminado, o Porto de St Marc ir permitir a La Rochelle atender procura por parte dos navios de carga de todas as categorias.

    novaS inSTaLaES no poRTo dE lA ROchelle quE pERmiTiRo FazER FaCE a um mERCado Em CRESCimEnTo

    Diversos projectos, com duraes variadas, contriburam para o desenvolvimento do porto.

    Programa de Investimento Regional 2007-2013: 52 m

    Contribuio do FEDER: 12,48 milhes

    Co-financiamento nacional: 39,52 milhes

    SAIBA MAIS EM:

    http://www.larochelle.port.fr/en

    O Melhor porto do Atlntico ganha ainda mais vida. Modernizao do porto de La Rochelle.

    Por essa euroPa fora

    http://www.larochelle.port.fr/en

  • panorama 38 21

    Os trajectos por estrada entre a Eslovnia e a Crocia so mais fceis desde que terminou a construo dos dois ltimos troos da Auto- -estrada A2 na regio de Dolenjska. Esta nova infra-estrutura com 15km traz vantagens para o transporte em termos de velocidade, tempo e segurana a nvel local, regional e internacional.

    At 2013 o programa de construo de auto-estradas da Eslovnia ter estado na origem da construo de cerca de 600km de auto-estradas modernas, vias rpidas e outras estradas pblicas. A A2, com os seus 175km, faz parte de uma rede importante que atravessa o pas, da fronteira de Karavanke ustria, atravs da capital Liubliana, at fronteira de Obrzje com a Crocia.

    nova infra-estruturaOs dois ltimos projectos foram realizados na A2 numa rea prxima de Novo mesto, entre Pluska e Ponikve (7,6km), e Ponikve a Hrastje (7,2km). Por estes troos passa o trnsito que anteriormente usava uma via rpida.

    As obras, levadas a cabo pela empresa DARS Motorway Company e parcialmente financiadas pelo Fundo de Coeso

    da Unio Europeia, incluram a construo de 20 peas de infra-estrutura. Entre estas est o tnel de Leevje com via nos dois sentidos, os viadutos em Dole, Ponikve e Trebnje, nove passagens inferiores, uma ponte para pees e quatro passagens superiores para automveis.

    CRiao dE uma auTo-ESTRada dE mELhoR quaLidadE na eslOvniA

    J se sentem os benefcios Os novos troos de auto-estrada foram inaugurados em Junho de 2010. Devero beneficiar essencialmente os habitantes do sudeste da Eslovnia, fomentar o comrcio regional e o turismo, bem como encurtar os trajectos dos que se deslocam diariamente para Liubliana. Aumentou ainda a segurana rodoviria e a capacidade, ao passo que as barreiras acsticas e outras novas infra-estruturas iro melhorar o ambiente local.

    A nova auto-estrada tambm contribui para melhorar as ligaes rodovirias em direco Crocia, ao mesmo tempo que tambm contribui para a concluso do corredor de transporte pan-europeu 10, que liga Salsburgo, na ustria, a Tessalnica, na Grcia. Representa assim uma extenso significativa da rede RTE-T em direco Europa Central e de Leste, a pensar j no prximo alargamento da UE.

    Outro troo importante (de 10km) da auto-estrada A2 abriu ao trfego em Setembro de 2008, e liga Vrba a Peraica no noroeste da Eslovnia, devendo a ltima parte da obra com 2,4km, entre Peraica e Podtabor, ficar concluda em Junho de 2011. Este projecto tambm foi co-financiado pela UE e serviu para melhorar o fluxo local, nacional e o trnsito de veculos nesta zona conhecida pelos seus estrangulamentos rodovirios.

    SAIBA MAIS EM:

    www.dars.si/Dokumenti/About_motorways/National_motorway_construction_programme_282.aspx

    Durao do projecto: 2007-2010

    Contribuio do Fundo de Coeso: 87,2 milhes

    Oramento total : 219 milhes

    A Empresa de Auto-estradas da Eslovnia atenta ao sistema.

    www.dars.si/Dokumenti/About_motorways/National_motorway_construction_programme_282.aspxwww.dars.si/Dokumenti/About_motorways/National_motorway_construction_programme_282.aspx

  • panorama 3822

    comboios mais rpidos e pesadosA partir de meados de 2008, as empresas contratadas levaram a cabo uma modernizao da super-estrutura das principais linhas tendo em vista as normas internacionais de transporte de mercadorias, para que os comboios pudessem alcanar 110km/h com cargas de 22,5 toneladas por eixo. Foram ainda modernizadas as prprias linhas, o equipamento de telecomunicao e de sinalizao, para alm de outros equipamentos. Foram tambm reconstrudas ou modificadas oito passagens de nvel.

    Graas nova infra-estrutura, os comboios mais rpidos com tecnologia pendular podero percorrer a linha a 140km/h, o equivalente a um aumento de 50km/h. Passaro assim a ser mais curtos os tempos de viagem para comboios internacionais e nacionais de passageiros e de mercadorias que usam a linha Praga-Cheb, entre a Repblica Checa e a Alemanha. Em termos de valor, as poupanas de tempo para o transporte ferrovirio esto estimadas em mais de 2 milhes por ano, afirma Filip Hainall, do Ministrio dos Transportes checo.

    infra-estrutura com normas da ueA maior capacidade de carga significa que as linhas podem ser utilizadas por comboios de transporte de contentores com normas internacionais, ao mesmo tempo que aumentada a fiabilidade do transporte de mercadorias. O servio est apetrechado com equipamento de segurana e comunicao que poder vir a ser ligado ao Sistema Europeu de Gesto do Trfego Ferrovirio / Sistema Europeu de Controlo Ferrovirio.

    Uma maior velocidade, segurana e conforto nesta linha iro beneficiar as pessoas nesta regio, mas tambm fora dela. Estes desenvolvimentos iro ainda servir para promover o trfego e o comrcio no eixo ferrovirio de longa distncia da RTE-T, entre Atenas, na Grcia, e Nuremberga, na Alemanha.

    As viagens de comboio na Repblica Checa so mais rpidas, confortveis e seguras, graas a grandes melhorias realizadas no terceiro corredor de trnsito ferrovirio entre a regio este e oeste do pas. A concluso deste troo de linha de 32km nesta seco do corredor mais a oeste representa um marco importante. Esta obra o incio de melhores ligaes com a Alemanha, e ir beneficiar de forma mais abrangente a rede transeuropeia de transportes (RTE-T).

    O projecto foi levado a cabo entre as cidades de Stbro e Plan u Marinskch Lzn. O objectivo era modernizar a via-frrea e as infra-estruturas atinentes com base nas normas europeias, e ao mesmo tempo melhorar a ligao entre Praga e Pilsen, uma pequena cidade prxima da fronteira Repblica Checa/Alemanha. Este um dos nove projectos individuais de modernizao dos caminhos-de-ferro, parcialmente financiados pela UE, ao longo da linha 170.

    mELhoRia da via-FRREa Com BEnEFCioS a nvEL inTERnaCionaL - RePBlicA checA

    Durao do projecto: 2008-2011

    Contribuio do Fundo de Coeso: 105 milhes

    Oramento total: 144,2 milhes

    SAIBA MAIS EM:

    Administrao da infra-estrutura ferroviria checa:

    www.szdc.cz

    Locomotiva na linha recentemente

    modernizada, em Stbro.

    Por essa euroPa fora

    www.szdc.cz

  • insights anD results

    panorama 38 23

    SAIBA MAIS EM:

    http://urbact.eu/en/projects/low-carbon-urban-environments/active-travel-network/

    Desafios comuns e especficosNuma primeira fase, os parceiros da rede completaram as auditorias s deslocaes activas com base no esquema existente de Auditoria da Poltica relativa s Bicicletas (BYPAD) lanando assim as bases para os intercmbios e as actividades de aprendizagem, as revises das experincias e o desen-volvimento dos Planos de Aco Locais. Contrariamente a outros esquemas de auditoria elaborados por peritos, as auditorias envolveram trs grupos de actores interessados: polticos, autoridades locais e responsveis de planeamento, bem como utilizadores que so agora membros do Grupo de Apoio Local URBACT em cada cidade parceira. Juntos definem os principais elementos do plano de aco, incluindo as prioridades, medidas essenciais e condies de aplicao, e as responsabilidades de cada um dos actores.

    Todos os parceiros enfrentam problemas comuns, como seja a falta de polticas integradas relativas bicicleta e a andar a p, um elevado potencial de substituio do automvel nas pequenas deslocaes pela caminhada ou a bicicleta, e a ausncia de um grupo de actores interessados. Mas os parceiros tambm se confrontam com desafios especficos, e esta a razo pela qual cada Plano de Aco Local se concentrar num domnio especfico (por exemplo, o impacto na sade com base na Directiva da UE sobre a reduo do rudo).

    O projecto liderado pela cidade da Weiz, na ustria. Os parceiros so Norderstedt (Alemanha), Skanderborg (Dinamarca), Serres (Grcia), Novara e Riccione (Itlia), Radzionkow (Polnia), Sebes (Romnia), Lugo (Espanha), Ljutomer (Eslovnia), mas tambm a Universidade de Graz (ustria).

    Mudar os padres de mobilidade urbana poder contribuir para a luta contra os problemas de transporte e para a reduo da dependncia dos combustveis fsseis. Esta mudana torna-se ainda mais pertinente face crise econmica e ao aumento sustentado do preo do petrleo. A Rede de Deslocaes Activas tem como objectivo a diminuio da utilizao do automvel por uma s pessoa, em cidades de pequena ou mdia dimenso, explorando para isso o potencial de uma mudana modal forte.

    Esta Rede, que est inserida no programa URBACT II, entende que o uso da bicicleta e o caminhar so verdadeiras alternativas em termos de deslocaes activas. A Rede concentra-se prioritariamente na gesto da mobilidade e na sensibilizao para as deslocaes.

    A sensibilizao um dos principais elementos do projecto. Visto j existirem um saber-fazer e conhecimentos documentados, tal como manuais ou guias sobre infra-estruturas e solues de planeamento, a Rede orienta-se agora claramente para a dimenso harmoniosa desta questo:

    promoo do comportamento desejado e imposio de limites a comportamento indesejados atravs de estratgias push & pull (de dissuaso e incentivo);

    marketing;

    mudana de comportamento (cidados) e a forma de pensar das pessoas (partes interessadas);

    organizao do transporte no motorizado e ligao ao transporte pblico; e

    desenvolvimento da educao e da formao.

    RePensAR A MOBiliDADe uRBAnA a REdE dE dESLoCaES aCTivaS

    transPorte urbano

    http://urbact.eu/en/projects/low-carbon-urban-environments/active-travel-network/http://urbact.eu/en/projects/low-carbon-urban-environments/active-travel-network/

  • insights anD results

    panorama 3824 panorama 3824

    Apesar de a UE-12 ter que continuar a modernizar as suas redes rodovirias existentes de acordo com as normas da UE, o investimento nos transportes dever orientar-se cada vez mais para a adopo de solues de transporte sustentveis, aos nveis nacional e regional. O investimento ter que apoiar os principais objectivos das polticas, tal como a reduo de CO e outras emisses originrias do transporte rodovirio, para poder aliviar o congestionamento e melhorar a segurana rodoviria. Estes objectivos tero que ser apoiados atravs de investimentos especficos concebidos para encorajar as mudanas nas opes modais, ou seja, de diminuio da utilizao do veculo privado e menos recurso aos transportes de mercadorias por via rodoviria.

    Relativamente ao transporte ferrovirio, e mais especificamente s linhas de alta velocidade, o papel dos fundos da UE deveria ser analisado e justificado caso a caso, devendo o financiamento s ser atribudo se ficar provado que ir contribuir para promover o desenvolvimento regional alm dos principais centros j servidos. Esto disponveis outras fontes de financiamento de desenvolvimento da rede ferroviria estratgica da UE (por exemplo, oramento para a RTE-T). Para alm disso, h provas de que o investimento nos caminhos-de-ferro tradicionais muitas vezes a melhor opo, podendo-se atingir um desenvolvimento regional com menos fundos, e em menos tempo.

    Relativamente a outros meios de transporte (areo e martimo), onde os resultados so menos visveis, o investimento devia servir para encorajar o desenvolvimento regional. O uso de fundos da UE devia estar dependente da existncia de outras fontes de financiamento para este tipo de investimento. Por exemplo, a capacidade das ligaes multimodais pode ser um investimento melhor do que o aumento da capacidade de um determinado porto.

    A infra-estrutura de transportes um vector importante de crescimento regional. Uma rede de transportes eficiente essencial para o crescimento econmico sustentvel, bem como para o equilbrio territorial. As regies maisatrasadas enfrentam problemas de desenvol-vimento econmico que se devem em parte ao sistema de transportes desadequado e s ms ligaes com outras regies nos pases em questo, mas tambm com outras regies da UE. No coincidncia o facto de a maioria das regies de Objectivo 1, na UE-15, estarem na periferia da UE, afastadas dos centros nacionais e da UE em termos de actividade econmica.

    Os Fundos Estruturais Europeus e o Fundo de Coeso tm sido, desde h muito, uma das principais fontes de financiamento para o investimento necessrio reduo dos desequilbrios, em termos de infra-estrutura dos transportes, nas regies mais atrasadas da UE. Apesar dos avultados investimentos nas regies de Objectivo 1 nos perodos de programao anteriores, continuaram a existir grandes disparidades nos legados por toda a UE no incio do perodo 2000-2006, no que respeita aos modos de transporte rpidos entre as regies, e as conexes eficientes no interior das mesmas.

    Os problemas de transporte nos pases da UE-12 eram ainda mais significativos. A principal deficincia na altura no era tanto as interrupes nas redes, mas era sobretudo o estado das estradas e das vias-frreas. Os tempos de percurso eram em geral maiores, porque muitas estradas e vias-frreas precisavam urgentemente de ser reparadas depois de anos ao abandono, e tambm porque no tinham sido concebidas para os volumes de trfego actuais.

    fundos orientados para a promoo da sustentabilidadeO Fundo de Coeso contribuiu para melhorar a rede de estradas na UE e a qualidade da infra-estrutura ferroviria, para alm de ter aumentado a capacidade dos principais portos e aeroportos. Estas melhorias contriburam para o desenvolvimento econmico das regies que recebem ainda assistncia financeira. Contudo, o enfoque nos projectos rodovirios no perodo 2000-2006 no facilitou a mudana em termos de modos de transporte, que continua a ser um desafio para a sustentabilidade ambiental, nem resolveu o problema de congestionamento ou outros problemas resultantes do aumento do trfego rodovirio.

    Concluses da Avaliao Ex Post de 2000-2006Durante o perodo de programao, o FEDER atribuiu dotaes em torno dos 33,8 mil milhes aos transportes. 17,2 mil milhes foram atribudos pelo Fundo de Coeso.

    Co-financiamento FEDER, 13% de todas as novas linhas de alta velocidade e 24% da extenso das auto-estradas.

    Co-financiamento FEDER, 26% dos 7734km de auto-estradas construdas na UE e modernizao de 3000km de vias-frreas.

    Co-financiamento Fundo de Coeso, 1281km de novas estradas e 3176km de estradas reconstrudas. (4457km de estradas no total (novas e reconstrudas).

    Co-financiamento Fundo de Coeso, 2010km de vias-frreas novas e 3840km de ferrovias reconstru-das (5850 km de vias-frreas no total (novas e reconstrudas)

    a forma como as ligaes de transPorte esto a contribuir Para moldar a ue

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  • panorama 3826

    entre as reas urbanas e rurais e o desenvolvimento de estratgias macro-regionais. Muitos inquiridos defenderam a ideia do reforo do princpio de parceria atravs de um maior envolvimento dos parceiros locais, visto que a Poltica de Coeso se baseia na participao de diferentes partes interessadas e em diferentes nveis de governana.

    sistema de resultados afinadoA maioria dos inquiridos da opinio que o sistema de resultado devia ser mais simples, e que o processo de auditoria precisa de ser renovado, para alm de que deve haver uma maior coordenao entre os fundos. H ainda um acordo relativamente ao alargamento das regras de autorizao N+2 pelo menos no primeiro ano, com possibilidade de extenso para N+3.

    A arquitectura da Poltica de coesoPara a maioria dos inquiridos, o FSE deve ser mantido como est, mas tambm consideram necessrias uma maior coordenao e mais sinergias com o FEDER. Por ltimo, grande parte dos inquiridos defendeu a criao de uma categoria de regies intermdias, substituindo o actual sistema de eliminao e introduo progressivas.

    Os resultados da consulta pblica iro servir para alimentar as reflexes do quadro legislativo ps-2013.

    Com mais de 444 contribuies recebidas entre 12 de Novembro de 2010 e 31 de Janeiro de 2011, a consulta pblica sobre as concluses do 5 Relatrio sobre a Coeso foi um verdadeiro sucesso, que permitiu a milhares de interessados expressar as suas opinies sobre o futuro da Poltica de Coeso.

    Aumentar o valor acrescentado da Poltica de coesoO papel da Poltica de Coeso na promoo dos objectivos da Estratgia Europa 2020 foi bem acolhido por todos os inquiridos, apesar de muitos terem sublinhado a necessidade de haver mais flexibilidade no sentido de se atender s necessidades e desafios especficos.

    Os inquiridos consideraram ainda importante que houvesse uma maior coordenao entre o FEDER, o FSE, o Fundo de Coeso e o Fundo Europeu Agrcola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e o Fundo Europeu das Pescas (FEP).

    Apesar de existir um consenso alargado sobre a necessidade de tornar a Poltica de Coeso mais eficaz, os inquiridos no chegaram a uma concluso sobre a forma de o fazer, se atravs da introduo de condicionalidades, incentivos, ou com base no desempenho.

    Reforo da governanaAs contribuies demonstraram que existe um consenso generalizado a respeito da necessidade de se elaborar uma agenda urbana ambiciosa, mas com uma melhor interligao

    QUEM RESPONDEU?

    26 Estados-Membros 225 autoridades regionais e locais66 parceiros econmicos e sociais

    37 grupos de interesse europeus em questes territoriais

    29 organizaes da sociedade civil 21 cidados

    15 empresas privadas8 instituies acadmicas e de investigao

    1 instituio da UE9 outros interessados

    RESuLTadoS da ConSuLTa pBLiCa SoBRE o QuinTO RelATRiO sOBRe A cOesO

    assuntos regio

    SAIBA MAIS EM:

    http://ec.europa.eu/regional_policy/consultation/5cr/answers_en.cfm

    http://ec.europa.eu/regional_policy/consultation/5cr/answers_en.cfmhttp://ec.europa.eu/regional_policy/consultation/5cr/answers_en.cfm

  • panorama 38 27

    DATAS 2011 EVENTO LOCAL

    15-16 de SetembroOs benefcios da cooperao transnacional: 13 programas - 1 objectivo: melhorar a qualidade de vida nas regies europeias atravs da cooperao transnacional!

    Katowice (Pl)

    10-13 de Outubro Open Days Bruxelas (Be)

    24-26 de Outubrofrum de Desenvolvimento do Bltico e 2. frum Anual das partes interessadas sobre a estratgia da ue para a regio do Mar Bltico.

    gdansk (Pl)

    27-28 de Outubro conferncia Jeremie-Jessica varsvia (Pl)

    24 de Novembroconferncia: abordagem integrada ao desenvolvimento a chave para um crescimento inteligente, sustentvel e inclusivo na europa.

    Poznan (Pl)

    25 de Novembro Reunio ministerial informal Poznan (Pl)

    28-29 de Novembro semana esPOn seminrio espon 2013 cracvia (Pl)

    Para mais informaes sobre estes eventos, consulte a seco Agenda no stio Web da Inforegio:

    http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/agenda/

    datas e eVentos

    http://ec.europa.eu/regional_policy/conferences/agenda

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    ISSN 1725-8154

    Unio Europeia, 2011 Reproduo autorizada mediante indicao da fonte.

    Comisso Europeia, Direco-Geral da Poltica RegionalComunicao, Informao e Relaes com Pases TerceirosRaphal GouletAvenue de Tervueren 41, B-1040 BruxelasCourriel: [email protected]: http://ec.europa.eu/regional_policy/index_en.htm

    mailto:[email protected]:[email protected]://ec.europa.eu/regional_policy/index_en.htm