37
TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO

TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

TRANSTORNOS

MENTAIS E DE

COMPORTAMENTO

Page 2: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

2

GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL

Rodrigo Sobral Rollemberg

SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL E

PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA

SAÚDE – FEPECS

João Batista de Sousa

DIRETOR–EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM

CIÊNCIAS DA SAÚDE – FEPECS

Maria Dilma Alves Teodoro - Respondendo

DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESCS

Maria Dilma Alves Teodoro

COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA

Paulo Roberto Silva

Page 3: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

3

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde – FEPECS

Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS

TRANSTORNOS MENTAIS E DE

COMPORTAMENTO

Módulo 401

Manual do Estudante

Planejamento:

Cláudia da Costa Guimarães

Márcia Cardoso Rodrigues

Brasília - DF

FEPECS/ ESCS

2015

Page 4: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

4

Copyright© 2015 - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS

Curso de Medicina – 4ª série

Módulo 401: Transtornos mentais e de comportamento

Período: 16/03 a 24/04/2015

A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/

ESCS.

Impresso no Brasil

Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/UAG/FEPECS

Editoração gráfica: Núcleo de Informática Médica – NIM/GEM/CCM/ESCS

Normalização Bibliográfica: Núcleo de Atendimento ao Usuário – NAU/BCE/FEPECS

Coordenador do Curso de Medicina: Paulo Roberto da Silva

Coordenador da 1ª Série: André Luiz Afonso de Almeida

Coordenador da 2ª Série: Getúlio Bernardo Morato Filho

Coordenador da 3ª Série: Francisco Diogo Rios Mendes

Coordenador da 4ª Série: Márcia Cardoso Rodrigues

Grupo de planejamento:

Coordenador: Cláudia da Costa Guimarães

Vice-coordenadora: Márcia Cardoso Rodrigues

Tutores

Ana Cláudia Cavalcante Nogueira

Carmélia Matos Santiago Reis

Cláudia da Costa Guimarães

Cristiane Paiva Gadelha de Andrade

Frederico Jorge Nitão

Glécia Rocha

Luciana Buosi

Nancy Luiza Collareda Oliveira

Pedro Alessandro Leite de Oliveira

Rosângeles Konrad Brito

Sérgio Henrique Veiga

Simone Karst Passos

Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP)

NAU/BCE/FEPECS

SMHN Quadra 03 Conjunto A Bloco 1 – CEP.: 70710-700 – Brasília – DF

Fone/Fax: 3326.0433 Fones: 3325.4956

Endereço eletrônico: http://www.escs.edu.br

E.mail: [email protected]

Transtornos mentais e de comportamento : módulo 401 : manual do estudante /

Planejamento: Cláudia da Costa Guimarães, Márcia Cardoso Rodrigues. --

Brasília: Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde / Escola

Superior de Ciências da Saúde, 2015.

37 p. : il. (Curso de Medicina, módulo 401, 2015).

4ª série do Curso de Medicina

1. Psiquiatria. 2. Psicologia. 3. Distúrbios do comportamento. I.

Guimarães, Cláudia da Costa. II. Rodrigues, Márcia Cardoso. III. Escola Superior de

Ciências da Saúde - ESCS.

CDU - 616.895

Page 5: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 7

2 ÁRVORE TEMÁTICA 8

3 OBJETIVOS 9

4 SEMANA PADRÃO DO MÓDULO 401 10

5 PALESTRAS 10

6 GRUPOS DAS PRÁTICAS 11

7 CRONOGRAMA 13

8 DINÂMICA DOS TUTORIAIS 15 8.1 “Os sete passos” 15

8.2 Papel do tutor 15

8.3 Papel do coordenador 15

8.4 Papel do secretário 16

8.5 Papel do consultor 16

9 AVALIAÇÃO DO MÓDULO 17 9.1 Avaliação do Estudante 17

9.2 Avaliação dos Docentes 17

9.3 Avaliação do Módulo 401 17

9.4 Critérios para obtenção de conceito satisfatório no Módulo 401. 17

10 PROBLEMAS 18 10.1 Problema 01 18

10.2 Problema 02 20

10.3 Problema 03 21

10.4 Problema 04 22

10.5 Problema 05 23

10.6 Problema 06 24

10.7 Problema 07 25

10.8 Problema 08 26

10.9 Problema 09 27

10.10 Problema 10 28

REFERÊNCIAS 31

Page 6: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

6

Autorretrato de um paciente portador de esquizofrenia

Fonte: WIKIPÉDIA

O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir

a realidade, desorganizar o pensamento, romper com a consciência de si mesmo e do mundo

angustia milhões de pessoas de todas as eras e todas as sociedades.

Augusto Cury – O futuro da humanidade

Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.

Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura.

Sem essas virtudes, a vida será de violência

E tudo será perdido.

Charles Chaplin

O homem que sofre antes do necessário sofre mais que o necessário.

Sêneca, filósofo romano do séc.1

Page 7: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

7

1 INTRODUÇÃO

Para além da capacidade de expressar

sentimentos e emoções, o homem realmente

se diferencia dos demais animais pela sua

capacidade de se projetar em um futuro e

poder planejá-lo.

No imaginário, a loucura significa a

perda da identidade, do controle de si

mesmo, do não saber-se, do ficar diferente

de todos os demais.

A reação mais comum da sociedade é

de exclusão, pois a “loucura” ainda carrega

o peso da história que sempre correlacionou

este adoecimento com a irresponsabilidade,

agressividade e incapacidade total –

gerando o maior distanciamento dos

aspectos médicos e o intenso preconceito.

Com o avanço da neurociência, a

psiquiatria volta a se aproximar da medicina

com a compreensão sobre o funcionamento

cerebral, sendo possível analisar o

comportamento humano até mesmo a nível

molecular.

De acordo com o Ministério da Saúde

3% da população geral apresenta algum

transtorno mental severo, 6% da população

apresenta algum transtorno mental grave

em decorrência do uso de álcool e drogas

ilícitas, 12% da população necessita de

algum atendimento em saúde mental

contínuo ou eventual.

Uma pesquisa realizada pela

Universidade Federal de São Paulo e

Ministério da Saúde constatou que entre as

10 principais causas de afastamento do

trabalho, cinco estão relacionadas a

transtornos mentais.

O Módulo Transtornos Mentais e do

Comportamento tem como objetivo

principal proporcionar ao estudante o

conhecimento dos transtornos mentais mais

prevalentes na prática médica dentro de

uma perspectiva integrada, buscando a

compreensão do homem como um ser

biopsicossocial.

Page 8: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

8

2 ÁRVORE TEMÁTICA

Page 9: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

9

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Possibilitar ao estudante a

compreensão do funcionamento do aparelho

psíquico e dos transtornos mentais mais

prevalentes na prática clínica geral.

3.2 Objetivos específicos

Caracterizar as funções psíquicas

superiores e suas alterações,

sistematizando o exame do estado

psíquico do indivíduo.

Correlacionar às estruturas anatômicas

do Sistema Nervoso Central ao

comportamento humano;

Descrever os mecanismos da

neurotransmissão química relacionada

com o funcionamento psíquico;

Identificar e caracterizar os principais

transtornos mentais e de

comportamento considerando os

aspectos epidemiológicos, etiológicos,

quadro clínico, diagnóstico, evolução,

tratamento, reabilitação e aspectos

psicossociais;

Explicar a relação entre o biológico, o

psicológico e o social nos diferentes

transtornos mentais e de

comportamento;

Discutir o manejo de situações de crise

e de urgência mais frequente na prática

clínica;

Descrever os recursos laboratoriais e de

imagem importantes para elucidação do

diagnóstico de transtornos mentais e de

comportamento;

Descrever os princípios básicos da

Psicofarmacologia;

Compreender as principais classes dos

psicotrópicos e os representantes mais

comuns na prescrição médica

Identificar os principais recursos

psicoterápicos e suas indicações

clínicas

Discutir as atitudes básicas necessárias

ao profissional de saúde em relação ao

paciente, a família, comunidade e a

equipe de saúde mental.

Page 10: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

10

4 SEMANA PADRÃO DO MÓDULO 401

Segunda-Feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira

08h-12h Tutorial

Prática ou horário

protegido para

estudo

Prática ou horário

protegido para

estudo

Tutorial

Prática ou horário

protegido para

estudo

14h-16h H.A/IESC H.A/IESC H.A/IESC H.A/IESC

16h-18h Palestra H.A/IESC H.A/IESC H.A/IESC H.A/IESC

5 PALESTRAS

DATA HORÁRIO TEMA PALESTRANTE

16/03/15

10h-12h Apresentação do módulo e noções da história da psiquiatria Cláudia da Costa Guimarães

16h-18h Abordagem do paciente e exame psíquico

Neurodesenvolvimento e Adoecimento da criança e adolescente

Cláudia da Costa Guimarães

Thiago Blanco Vieira

23/03/15 16h-18h Diagnóstico psiquiátrico e psicoterapias Cláudia da Costa Guimarães

30/03/15 16h-18h Tratamento em psiquiatria e Noções de Psicofarmacologia

(antidepressivos) Cláudia da Costa Guimarães

13/04/15 16h-18h Emergências psiquiátricas Marcelo Henrique de Sousa e

Silva Martins

20/04/15 16h-18h Estabilizadores do humor e Antipsicóticos Cláudia da Costa Guimarães

PRÁTICAS

LOCAL: Unidade de Psiquiatria – Hospital de Base do Distrito Federal

HORÁRIO: 08h às 12h

GRUPOS: Relacionados abaixo e divulgados no quadro da série

VESTUÁRIO: Roupa Branca ou jaleco, sendo obrigatório o uso do crachá.

MÉDICO RESPONSÁVEL: Dr. Marcelo Henrique de Sousa e Silva Martins

DATA GRUPO

20/03/15 sexta-feira 1

24/03/15 terça-feira 2

27/03/15 sexta-feira 3

31/03/15 terça-feira 4

07/04/15 terça-feira 5

10/04/15 sexta-feira 6

14/04/14 terça-feira 7

17/04/14 sexta-feira 8

Page 11: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

11

6 GRUPOS DAS PRÁTICAS

Período: 16/03/2014 a 24/04/2015

Coordenadora: Drª Cláudia da Costa Guimarães

Psiquiatra responsável: Dr. Marcelo Henrique de Sousa e Silva Martins

MOD401 - Transtornos Mentais e de Comportamento

Período: De 16/03/2015 a 24/04/2015

Coordenação: Drª Cláudia Guimarães

PRÁTICA Local: HBDF - Unidade de Psiquiatria

Horário: Das 08h00 às 12h00

GRUPO 1 (20/03/2015)

GRUPO 2 (24/03/2015)

Grupo 3 (27/03/2015)

12/0017 Abel de Castro Vieira

12/0013 Carolina Beatriz Ferreira Mesquita

11/0027 Fabiana Silva de Sousa

12/0027 Alexandre Dalla Vechia Luciano

12/0014 Danilla Augusto Queiroz Azevedo

12/0026 Fernanda Vilas Bôas Araújo

12/0031 Aline Oliveira Lima

12/0153 David Valadão de Souza Lima

12/0028 Flávio Henrique de Queiroz

12/0034 Ana Carolina de Souza Leite

12/0020 Déborah Morena Santarém da Silva

12/0016 Geison Santos Machado

12/0038 Ana Cláudia Pires Carvalho

12/0167 Derick Henrique de Souza Cardoso

12/0004 Giovanna Patriarcha Borges dos Santos

12/0062 Andrew Araujo Tavares

10/0030 Douglas da Silva Fernandes

11/0033 Gisele Cosmo dos Santos

12/0139 Anny Priscila Gutemberg Pinto

11/0073 Eder de Lima Paula Junior

12/0021 Guilherme Vasques Bertoncini

11/0032 Bárbara Magalhães Menezes

12/0147 Emanuel Costa Moreira Arruda

12/0023 Halisson Rodrigues de Andrade

11/0002 Bruno Bessa Macedo de Castro

10/0036 Erick Allison Fernandes Ribeiro

12/0025 Hannah Ludimila Dias Silva

12/0134 Carlos Henrique Melato Gois de Brito

12/0024 Evaldo Rodrigues Soares Júnior

12/0035 Hugo de souza Motta Moreira

Page 12: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

12

GRUPO 4 (31/03/2015) GRUPO 5 (07/04/2015) GRUPO 6 (10/04/2015)

12/0018 Isabel Oliveira de Araújo 12/0056 Jorge Henrique Carlos Aires 12/0127 Marco Matheus de Azevedo Barja

12/0054 Isadora Pastrana Rabelo 12/0006 José Antonio da Silva Feitosa 11/0011 Maressa Adle da Silva Lima

12/0022 Ivan Pontes Aguiar 11/0169 Kátia Crys Moura Ogliari 12/0163 Mariana Magalhães Rodrigues dos Santos

11/0043 Janara Cristine Alves Bezerra

12/0005 Laís Gomes 12/0130 Mariana Pinheiro Barbosa de Araújo

12/0019 Jaqueline Lima de Souza

12/0061 Leandro Martins Gontijo 120132 Marília Mendes Silva Azevedo

12/0033 Jéssica Silva Silvério

12/0063 Louise Cristhine de Carvalho Santos 12/0170 Matheus Andrade Garcez Henrique

12/0039 João Carlos Geber Júnior

12/0009 Luana Letiza Discaccciati 12/0128 Mayara Soares Martin da Silva

11/0041 João Luiz Soares Cumaru

12/0064 Luíza da Costa Real Martins 12/0129 Mony Rayssa Ferreira Nascimento

12/0036 João Paulo Meireles Vieira

10/0023 Manoel Dias Ribeiro Júnior 12/0133 Murilo Neves de Queiroz

12/0037 João Paulo Silva Cezar

12/0119 Marcelo Alves de Oliveira 12/0171 Mylena Kerolaine de Aquino Silva

10/0056 Newton de Sousa Silva

GRUPO 7 (14/04/2015) GRUPO 8 (17/04/2015)

12/0137 Patrícia dos Santos Massanaro 12/0144 Rogério Castilho Gonçalves

12/0140 Paula de Souza Pereira 12/0164 Sarah Pires Domingues

12/0141 Pedro Gabriel Trancoso Cortêz 12/0168 Sávio Arlindo Coelho Barbosa

12/0142 Pedro Thiago Hideyuki Takagi 10/0071 Sávio Ribeiro da Cruz

12/0126 Rafael Figueiredo Vilela 12/0145 Silvia Helena Moreira Pinto

12/0136 Rafael Sanches Ferreira 12/0146 Suellen Ferreira Guimarães

12/0138 Rauany Fiúza Braga Pires de Melo 12/0148 Taíza Camilo Pacheco

11/0066 Rhona Castro Ferreira 12/0159 Tiago Toshimi Abe Barros

12/0012 Robercon Alves do Carmo 12/0154 Tulio Romano Troncoso Chaves

12/0143 Roberto Heber Lopes de Carvalho 12/0156 Victor Alberto de Aviz Nicacio

09/0023 Roberto Tsuneo Seki

12/0158 Vitor Garcez Clapp

Page 13: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

13

7 CRONOGRAMA

Primeira Semana: 16/03 a 20/03/2015 DATA HORÁRIO ATIVIDADE

16/03

Segunda-feira

08h às 10h Abertura do problema 1

10h às 12h Apresentação do Módulo e Palestra 1

16h às 18h Palestra 2

17/03

Terça-feira

08h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h HA/IESCS

18/03

Quarta-feira

08h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h HA/IESCS

19/03

Quinta-feira

08h às 12h Fechamento do problema 1 e Abertura do problema 2

14h ás 18h HA/IESCS

20/03

Sexta-feira

08h ás 12h Prática do Grupo 1

14h ás 18h HA/IESCS

Segunda Semana: 23/03 a 27/03/2015 DATA HORÁRIO ATIVIDADE

23/03

Segunda-feira

08h às 12h Fechamento do problema 2 e Abertura do problema 3

16h às 18h Palestra 3

24/03

Terça-feira

08h às 12h Prática do Grupo 2

14h às 18h HA/IESCS

25/03

Quarta-feira

08h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h HA/IESCS

26/03

Quinta-feira

08h às 12h Fechamento do problema 3 e Abertura do problema 4

14h às 18h HA/IESCS

27/03

Sexta-feira

08h às 12h Prática do Grupo 3

14h às 18h HA/IESCS

Terceira Semana: 30/03 a 03/04/2015 DATA HORÁRIO ATIVIDADE

30/03

Segunda-feira

08h às 12h Fechamento do problema 4 e Abertura do problema 5

16h às 18h Palestra 4

31/03

Terça-feira

08h às 12h Prática para o Grupo 4

14h às 18h HA/IESCS

01/04

Quarta-feira

08h às 12h Horário protegido para estudo

14h às 18h HA/IESCS

02/04

Quinta-feira

08h às 12h Fechamento do problema 5 Abertura do problema 6

14h às 18h HA/IESCS

03/04

Sexta-feira

08h às 12h FERIADO

14h às 18h FERIADO

Quarta Semana: 06/04 a 10/04/2014

DATA HORÁRIO ATIVIDADE

06/04

Segunda- feira

08h às 12h Fechamento do problema 6 e Abertura do problema 7

14h às 18h !ª Reavaliação do Módulo 402

07/04

Terça-feira

08h às 12h Prática do Grupo 5

14h às 18h HA/IESCS

08/04

Quarta-feira

08h ás 12h Horário protegido para estudo

14h ás 18h HA/IESCS

09/04

Quinta-feira

08h ás 12h Fechamento do problema 7 e Abertura do problema 8

14h ás 18h HA/IESCS

10/04

Sexta-feira

08h ás 12h Prática do grupo 6

14h ás 18h HA/IESCS

Page 14: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

14

Quinta Semana: 13/04 a 17/04/2015 DATA HORÁRIO ATIVIDADE

13/04

Segunda- feira

08h às 12h Fechamento do problema 8 e Abertura do problema 9

16h às 18 h Palestra 5

14/04

Terça-feira

08h às 12 h Prática do Grupo 7

14h às 18 h HA/IESCS

15/04

Quarta-feira

08h ás 12 h Horário protegido para estudo

14h ás 18 h HA/IESCS

16/04

Quinta-feira

08h ás 12 h Fechamento do problema 9 e Abertura do problema 10

14h ás 18 h HA/IESCS

17/04

Sexta-feira

08h ás 12 h Prática do Grupo 8

14h ás 18 h HA/IESCS

Sexta Semana: 20/04 a 23/04 DATA HORÁRIO ATIVIDADE

20/04

Segunda- feira

08 às 10 h Fechamento do problema 10

16h às 18 h Palestra 6

21/04

Terça-feira 08 às 12 h FERIADO

22/04

Quarta-feira

08 ás 12 h Horário protegido para estudo

14 ás 18 h HA/IESCS

23/04

Quinta-feira

08 ás 12 h EAC

14 ás 18 h HA/IESCS

24/04

Sexta-feira

08 ás 12 h Horário protegido para estudo

14 ás 18 h HA/IESCS

Page 15: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

15

8 DINÂMICA DOS TUTORIAIS

8.1 “Os sete passos”

1. Esclarecer termos e conceitos

desconhecidos;

2. Identificar no problema as questões de

aprendizagem;

3. Oferecer explicações para estas questões

com base no conhecimento prévio;

4. Resumir estas explicações identificando

as lacunas de conhecimento;

5. Estabelecer objetivos de aprendizagem;

6. Auto-aprendizado;

7. Sintetizar conhecimentos e revisar

hipóteses iniciais para o problema.

8.2 Papel do tutor

1. Conhecer os objetivos e a estrutura do

módulo temático.

2. Ter sempre em mente que a metodologia

de ensino-aprendizagem adotada pela

escola é centrada no aluno e não no

professor.

3. Assumir a responsabilidade pedagógica

no processo de aprendizagem.

4. Orientar na escolha do aluno líder

(coordenador) e do secretário em cada

grupo tutorial.

5. Estimular a participação ativa de todos os

estudantes do grupo.

6. Estimular uma cuidadosa e minuciosa

análise do problema.

7. Estimular os estudantes a distinguir as

questões principais das questões

secundárias do problema.

8. Inspirar confiança nos alunos e facilitar o

relacionamento entre os membros do grupo.

9. Não ensinar o aluno, ajudar o aluno a

aprender.

10. Orientar o grupo preferencialmente

através da formulação de questões

apropriadas e não do fornecimento de

explicações, a menos que seja solicitado

explicitamente pelo grupo. Nesses casos,

estas explicações deverão ser bem avaliadas

e nunca consistir de aula teórica abrangente.

11. Não intimidar os alunos com

demonstração de conhecimentos.

12. Ativar os conhecimentos prévios dos

alunos e estimular o uso destes

conhecimentos.

13. Contribuir para uma melhor

compreensão das questões levantadas.

14. Sumarizar a discussão somente quando

necessário.

15. Estimular a geração de metas

específicas para a auto-aprendizagem

(estudo individual).

16. Avaliar o processo (participação,

interesse) e o conteúdo (resultados

alcançados).

17. Conhecer a estrutura da escola e os

recursos disponíveis para facilitar a

aprendizagem.

18. Orientar o aluno para o acesso a estes

recursos.

19. Estar alerta para problemas individuais

dos alunos e disponível para discuti-los

quando interferirem no processo de

aprendizagem.

20. Oferecer retroalimentação da

experiência vivenciada nos grupos tutoriais

para as comissões apropriadas e sugestões

para aprimoramento do currículo, quando

pertinente.

8.3 Papel do coordenador

1. Orientar os colegas na discussão do

problema, segundo a metodologia dos 7

passos e mantendo o foco das discussões no

problema.

2. Favorecer a participação de todos,

desestimulando a monopolização ou a

polarização das discussões entre poucos

membros do grupo.

3. Apoiar as atividades do secretário.

4. Estimular a apresentação de hipóteses e o

aprofundamento das discussões pelos

colegas.

5. Respeitar posições individuais e garantir

que estas sejam discutidas pelo grupo com

seriedade e que tenham representação nos

objetivos de aprendizagem, sempre que o

grupo não conseguir refutá-las

adequadamente.

6. Resumir as discussões quando pertinente.

7. Exigir que os objetivos de aprendizagem

sejam apresentados pelo grupo de forma

clara, objetiva e compreensível para todos e

que sejam específicos e não amplos e

generalizados.

8. Solicitar auxílio do tutor quando

pertinente.

Page 16: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

16

9. Estar atento às orientações do tutor,

quando estas forem oferecidas

espontaneamente.

8.4 Papel do secretário

1. Anotar no quadro, de forma legível e

compreensível, as discussões e os eventos

ocorridos no grupo tutorial de modo a

facilitar uma boa visão dos trabalhos por

parte de todos os envolvidos.

2. Ser fiel às discussões ocorridas, claro e

conciso em suas anotações – para isso

solicitar a ajuda do coordenador e do tutor.

3. Respeitar as opiniões do grupo e evitar

privilegiar suas próprias opiniões ou

aquelas com as quais concorde.

4. Anotar com rigor os objetivos de

aprendizagem apontados pelo grupo.

8.5 Papel do consultor

Criar oportunidades para esclarecimentos

das dúvidas oriundas dos estudos

individuais e das discussões em grupos.

Page 17: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

17

9 AVALIAÇÃO DO MÓDULO

9.1 Avaliação do Estudante

Da mesma forma que ocorre com os demais

módulos verticais, a avaliação do estudante

no Módulo 401 será formativa e somativa.

Avaliação Formativa

Serão formativas a auto-avaliação, a

avaliação inter pares e a avaliação do

estudante pelo tutor, realizadas oralmente

ao final de cada sessão de tutoria.

Avaliação Somativa

Serão somativas as avaliações do estudante

feitas a partir dos seguintes formatos e

instrumentos:

Formato 3:

Avaliação do desempenho nas sessões de

tutoria.

Instrumento1:

O EAC (Exercício de Avaliação Cognitiva)

do Módulo 401 poderá incluir, além do

conteúdo relacionado diretamente aos

problemas, conteúdos das práticas e

palestras.

Datas das Avaliações Cognitivas:

EAC: 23/04/15 das 08h às 12h

Local: Salas de Tutorial

1ª Reavaliação: 18/05/2015 das 14h às 18h

Local: Grande Auditório

2ª Reavaliação: 09/11/2015 das 14h às 18h

Local: Salas de Tutorial

9.2 Avaliação dos Docentes

Os estudantes avaliarão os docentes

utilizando-se do formato 4.

9.3 Avaliação do Módulo 401

Docentes e estudantes avaliarão o

módulo 401 utilizando-se do formato

9.4 Critérios para obtenção de conceito

satisfatório no Módulo 401.

Ao final do Módulo 401, obterá

conceito satisfatório o estudante que:

a) Tiver frequência mínima obrigatória

de 75%, incluindo sessões de tutoria,

palestras e atividades práticas.

b) Tiver conceito satisfatório em todas

as avaliações somativas do módulo

(Formato F3 e Instrumento)

Page 18: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

18

10 PROBLEMAS

10.1 Problema 01

Evaldo, R1 de psiquiatria, está

excitado para iniciar o seu primeiro

atendimento no ambulatório de transtornos

ansiosos.

O preceptor reforça a importância

da entrevista psiquiátrica para também

servir de avaliação do exame psíquico.

Primeiro antendimento:

Marcos (16 anos) entra no

consultório com a mãe, mas concorda em

conversar sozinho com o médico.

Trata-se de jovem de alta estatura,

longilíneo, de cabelos negros,

encaracolados e curtos, sobrancelhas

grossas, barba muito fina e de pouco

volume acima dos lábios e queixo, com

algumas cicatrizes de acne em face.

Apresenta-se com roupas limpas e

adequadas para a idade.

Senta-se com as mãos cruzadas e

braços apoiados sobre os joelhos e

permanece a maior parte da entrevista

olhando para o chão.

De imediato, reclama que não quer

falar do episódio da invasão dos bandidos

na sua casa, pois “já esqueceu” quase tudo.

Conta que sua vida mudou muito

desde este dia “... depois de duas semanas

comecei a ficar nervoso, com medo de

chegar ou mesmo de sair de casa ..não

durmo... de repente vem algumas imagens

do assalto e aí o coração dispara e começo a

suar frio ....mesmo quando estou estudando

vem a cena na minha cabeça....queria não

me importar.... mas estou sempre assustado

com qualquer barulho...não acredito que

vou recuperar a vida que tinha antes...então

prefiro morrer...” ( neste momento faz

menção de sair do consultório, mas sem

alterar o humor )

Convidado a fazer alguns “testes”,

aceita ficar. Perguntado o resultado da

subtração 100-7 e ele abre um sorriso e

responde rapidamente: “93”. Na sequência

das operações de “93-7” e “86-7”, também

responde corretamente, porém demanda

mais tempo e pergunta se pode “contar nos

dedos”.

É solicitado ainda que diga qual a

diferença de um anão e uma criança. Ele

volta a sorrir e, olhando para o médico e diz

meio envergonhado “bom, deixa eu

ver...acho que não tem muita diferença...os

dois são pequenos....”

È solicitado que soletra

corretamente a palavra MUNDO de traz

para frente e, na terceira tentativa o faz

corretamente. Depois consegue se lembrar

de duas das três palavras que o médico lhe

pede para memorizar minutos antes.

Fornece os dados da “curva vital”

sem muita precisão e acaba por se irritar

com a insistência de perguntas sobre seus

antecedentes familiares.

Evaldo concluiu a “suma

psicopatológica” com o preceptor e chama a

mãe para esclarecer alguns dados da

história.

Geralda conta que há dois meses

atrás sua casa foi assaltada, e toda família

foi mantida refém trancados nus em um

pequeno banheiro sobre ameaça de morte.

Após três horas de agonia os vizinhos

chamaram a polícia e, no meio de tiroteios,

conseguiram escapar sem ferimentos com a

prisão dos bandidos.

Pontua que, apesar de todos serem

vítimas da mesma violência, no decorrer

dos dias cada um parece ter memórias

diferentes do episódio e seqüelas muito

diversas. De imediato pergunta o porquê de

tanta diferença.

Exemplifica, contando que a filha

mais nova de 12 anos parece ter superado

logo a situação: “pouco falou sobre o

assunto e logo voltou ao normal”.

O marido passou quinze dias insone

e muito preocupado com todos, mas quando

voltou a trabalhar retornou a rotina habitual.

Ela ( Geralda) diz que precisou

“dobrar” o número de sessões de

psicoterapia pois não conseguia retirar a

cena da cabeça, e só depois um mês

conseguiu voltar a dormir melhor.

Lembra que Marcos, no momento

do assalto parecia calmo e não esboçava

qualquer emoção. Quando tudo acabou teve

crises de choro intenso, “ ficou desesperado

melhorou quando foi atendido em um

hospital e deram calmante para ele”. Nos

dias posteriores quando era comentado o

Page 19: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

19

ocorrido ele dizia não se lembrar de quase

nada e evitava falar sobre o assunto.

Mas, progressivamente foi

mudando seu comportamento, passando a

se isolar dos amigos e familiares, com

surtos de raiva e evitando adormecer.

Perdeu aulas e piorou nas notas escolares.

Até que, há três dias, tentou se matar

ingerindo todos os medicamentos que

encontrou no armário da casa “... fizeram

lavagem gástrica e na alta encaminharam

para a psiquiatria”.

Depois de conseguir mais dados da

história pregressa e familiar do paciente,

Evaldo pode perceber indícios que

justificariam o quadro de Marcos e discutiu

com o preceptor qual o melhor tratamento

para ele.

Sugestão de filmes:

- Nascido em 4 de julho

- Sem medo de viver

- Freud, além da alma.

Page 20: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

20

10.2 Problema 02

Talita, 28 anos, solteira, economista,

procurou o ambulatório de saúde mental,

com o encaminhamento do serviço médico

do trabalho.

Conta que foi sugerida uma avaliação

psíquica depois de ter tido várias crises de

choro motivada pela avaliação da chefia

que teria feito a seguinte observação “...

você perdeu em seu rendimento por se

preocupar com detalhes... procure

preocupar menos com as pulgas e mais com

os cachorros...”.

Conta, em consulta, que sempre fora

“escrava” da “ordem e simetria” e que,

apesar de estar trabalhando além do

expediente, tem deixado a demanda

acumular muito.

Compreende a observação do chefe,

mas se julga incapaz de mudar “... já tentei

pular etapas para agilizar, mas aí vêm uma

angústia tão grande que acabo por refazer

tudo várias vezes... sou escrava dos rituais...

acho que estou maluca mesmo!... sou

dominada pelos pensamentos e não tenho

força contra eles.... principalmente quando

me sinto pressionada...”.

Compara-se pai que sempre foi muito

exigente, perfeccionista e tinha algumas

manias. Porém reconhece que o

comportamento de seu pai, diferente do seu,

não trazia transtornos para a família ou

profissionalmente “muito pelo contrário,

sempre assumiu posição de destaque no

trabalho”.

Em entrevista, a mãe afirma que em

casa ela sempre foi muito rígida com seus

valores e tem mania de limpeza.

‘...caprichosa em tudo...seu quarto é

impecável...até em exagero, pois chega a

desinfetar o quarto quando acredita que

esteve próximos de pessoas doentes...já

passou álcool no corpo para tentar evitar

possível contaminação com o irmão

gripado...morre de medo de

doenças...depois que entrou no atual

escritório, não entra mais em casa de

sapatos. Nunca namorou...fala que tem nojo

da boca das pessoas”

Tem manias que a família até lidava

com humor, pois estas, não interferiam no

seu convívio doméstico. Entretanto no

último ano, após a morte do pai, esta

convivência tem ficado progressivamente

mais difícil, gasta muito tempo em

atividades corriqueiras (seu banho dura 4

horas) e está sempre "atrasada para tudo...e

já não interage com a família, pois para

tudo tem um ritual que os outros não

suportam ”.

Como antecedentes familiares refere

que o irmão mais velho, tem o diagnóstico

de TAG e faz tratamento psiquiátrico há

dois anos em uso de venlaflaxina.

O psiquiatra que a atendeu,

prescreveu uma medicação e a encaminhou

para o tratamento psicoterápico mais

indicado.

Sugestão de filmes:

- O aviador

- Melhor é impossível

Page 21: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

21

10.3 Problema 03

Hugo, residente de psiquiatria foi

convidado pelo preceptor para acompanhar

a avaliação de uma paciente na emergência

de cardiologia com o seguinte relato

“paciente recusa alta do PS”.

Trata-se de Roberta, 34 anos, solteira,

filha única, administradora de sucesso, com

mestrado e doutorado na área.

É a terceira vez na semana que

comparece ao Pronto Socorro, com queixa

de aperto no peito, palpitação, sudorese,

falta de ar, sensação de desmaio, mas, logo

após ser examinada “tem remissão

espontânea dos sintomas”. Agora recusa

alta por medo de ter os sintomas novamente

e não conseguir chegar ao PS. Segundo a

avaliação dos vários cardiologistas que a

examinaram nos atendimentos, os exames

sempre foram normais exceto pelo achado

de prolapso de válvula mitral que “não

justifica a sintomatologia apresentada”.

Na história clínica conta que nos

últimos três meses têm dormido menos,

pois ao ser promovida na empresa onde

trabalha há 10 anos, teve que assumir novas

responsabilidades. Nega que tenha medo do

novo cargo, pois sempre se dedicou muito a

profissão.

Ao ser questionada sobre o a primeira

crise conta com riqueza de detalhes “foi

exatamente há dois meses... tenho nítido na

memória: saia para uma viajem de férias ao

encontro de amigas, estava feliz e tranquila,

mas, minutos antes de embarcar, sem mais

nem menos, me aconteceu a crise! É uma

espécie de alarme, meu corpo e mente saem

do meu controle, e aí tenho a nítida

sensação que vou enlouquecer, ou que vai

acontecer algo pior que a morte...o meu

coração dispara a minha mente

escurece....parece que nunca mais vou

melhorar..” Refere que desde então não sai

de casa sozinha, com medo de passar mal e

“não ser socorrida a tempo”.

Depois de muito conversar com o

psiquiatra Flávia diz compreender “a

insistência dos cardiologistas” que visitou

nos últimos meses em insistirem para

procurar um psiquiatra: “... quando melhoro

consigo perceber que talvez tenha

exagerado, mas é impossível não

apavorar...”.

Contou que seu pai morreu após um

IAM e sua mãe sempre foi muito ansiosa e

rígida na sua criação. Nega antecedentes

familiares com problemas psiquiátricos

exceto a irmã que “ tem os mesmos

sintomas mas só quando fica de frente a

frente com bichos que tem penas “. Nunca

precisou de ajuda médica, mas ultimamente

tem usado “alguns ansiolíticos” da mãe.

Hugo ficou curioso em saber se

também tinha o mesmo transtorno da

paciente, pois identifica estes mesmos

sintomas sempre que tem que apresentar-se

em público.

Sugestão de filmes:

- Máfia no Divã

- Alguém tem que ceder

Page 22: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

22

10.4 Problema 04

Maria, 19 anos, doméstica, foi levada

ao Pronto Socorro pela patroa, com relato

de ter desmaiado. Recuperou a consciência

assim que chegou, mas dizia que não sentia

mais suas pernas, o que a impossibilitava de

andar.

A patroa conta que, conhece Maria há

dois anos, quando chegou do Piauí, para

trabalhar em sua casa. Acha que ela é muito

sensível já que se preocupa com qualquer

observação que a patroa faça “é preciso

muito jeito para falar com ela... parece

muito frágil”.

Ao exame encontrava-se em cadeira

de rodas, segurando a mão da patroa,

receptiva ao contato, colaborando com

exame. Respondeu de forma clara e

coerente a todas as perguntas, porém com

voz infantilizada.

Foi submetida a exames, incluindo o

neurológico, que foram normais.

Entretanto Maria insistia que não

poderia mais andar e comportava-se como

tal, embora não expressasse nenhum

sofrimento diante de uma paralisia súbita.

O médico a manteve em observação,

e explicou que não havia evidencias de

quadro grave e que provavelmente ela

recuperaria os movimentos a qualquer

momento.

Aproveitou para conhecer melhor a

paciente: em uma longa entrevista , esta

falou de sua infância pobre e o abuso que

sofreu na sua terra natal, lamentou as

saudades da mãe, mas não tinha condições

de visita-la, pois mandava quase todo

salário para ajudar no sustento dos seis

irmãos mais novos.

Acredita que pode ter “puxado” a mãe

que “tem mania de doença” e “até hoje vive

queixando de dores no corpo”.

Contou que momentos antes de

iniciar os sintomas da crise, soube que o

sua melhor amiga estava “tendo um caso”

com seu pretendente namorado (porteiro do

prédio).

Passadas duas horas, Maria informou

que os movimentos já estavam voltando e

que já conseguiria andar. Foi então liberada

para alta com encaminhamento à

psicoterapia.

Sugestão de filme: Dirigindo no escuro

Page 23: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

23

10.5 Problema 05

Adriana, 17 anos, estudante do

primeiro ano de educação física, procurou a

ginecologia por estar, há dois anos, sem

menstruar, apesar de nunca ter tido

qualquer envolvimento sexual.

Apresentou menarca aos 13 anos e

desde então começou a apresentar anemia,

episódios de hipotensões frequentes (teve

dois desmaios na faculdade). Há quatro

meses ficou internada por quadro de

desidratação grave.

Estranhou quando a ginecologista a

encaminhou à psiquiatria mediante

resultados “normais” dos exames, exceto

por alterações no ionograma (hiponatremia,

hipocalemia, hipofosfatemia)

Com a psiquiatra contou que pouco

antes da menarca observou ganho de peso

evidente. Então com 15 anos fez dieta

restritiva com retorno ao peso anterior.

Desde então passou a anotar tudo que come

e as calorias correspondentes “para vigiar o

meu corpo e nunca mais ter aquele peso”

Ainda acha que deveria estar com 5

quilos a menos apesar de ter perdido mais

de 10 quilos nos últimos seis meses.

A mãe de Adriana se diz preocupada,

pois a filha sempre foi muito magra e

preocupada com o peso. “... ela fazia balé e

colocou na cabeça que estava gorda para

dançar... aí começou a fazer corrida de rua

todos os dias e até duas vezes por dia”

Como antecedentes conta que é a filha

mais velha de 3 “ e nunca deu

trabalho...pelo contrário: se criou sozinha e

me ajudou muito nos cuidados dos irmão,

pois quando ela tinha 6 anos, descobri que o

pai dela abusava dela sexualmente...separei

e então fui trabalhar fora e era ela quem

cuidava dos irmãos ... sempre muito

responsável... a filha perfeita, preocupada

com todos...mas desde a adolescência

mudou muito, se fecha no quarto, evita

contato e está sempre irritada e cansada”.

Atualmente tem recusado a fazer

refeições com os familiares, deixa de ir

festas com amigas. Passa horas no banheiro

e diz que é “para escovar os dentes” e chora

muito quando se tenta impedi-la.

A mãe se diz portadora de TOC e

questiona se isso poderia ser um dos

sintomas da mesma doença. Pai é alcoolista

e tio materno teve diagnóstico de “TCAP”

quando jovem.

Mediante a apreensão da mãe,

Adriana confessa que desde entrou na

faculdade, tem provocado vômitos por dias

seguidos quando acha que comeu mais do

que devia.

Reconhece sua falta de controle

confessando: “não conseguir parar.”. Sente

muita vergonha e diz fazer de tudo para

esconder esta sua “fraqueza” dos amigos e

familiares. Refere insônia, e diz ter

momentos de tristeza “... por nunca

conseguir o peso que quero... queria ser

bonita... atraente”.

Ao exame físico: 1,57 m de altura,

42 kg, eupneica, levemente hipocorada pele

fria e seca, unhas e cabelos quebradiços,

abdome escavado, costelas torácicas

visíveis, bradicardia, PA 90 X 60 mmHg.

Exame mental: vigil, orientada,

pensamento coerente, atenção e motricidade

sem alteração. Humor depressivo ansioso.

Depois de relutar e chorar bastante

concordou em iniciar o tratamento indicado.

Page 24: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

24

10.6 Problema 06

Neuma, 38 anos, professora, casada

é trazida ao Pronto Socorro pelo CBDF,

após ser sido expulsa da câmara dos

deputados do DF. Eles informam que estava

muito agressiva e chegou a quebrar objetos

no local ao ser impedida de falar com o

governador.

Em entrevista com o marido este

informa que nas últimas três semanas, a

paciente não tem dormido: “passa a noite

preparando aulas, fazendo projetos para

melhorar a educação no DF.”

Há um mês “está diferente”: tem

feito gastos excessivos, compra livros,

revistas e objetos escolares e doa aos alunos

carentes. Trocou todo seu guarda roupa

“passou usar roupas mais provocantes e

coloridas”

Tem ficado irritada, agressiva,

cheia de planos, acredita que em breve será

secretária de educação. Hoje, quando saiu

de casa, falou que tinha uma audiência com

o governador para mostrar seu grande

projeto.

Há relato que adoeceu pela primeira

vez, aos 20 anos, após o nascimento de seu

primeiro filho. Traz o relatório da época

que descreve “quadro de abulia, anedonia,

hipersonia e ideação suicida”. Fez

acompanhamento psiquiátrico por um ano

com remissão completa dos sintomas,

porém abandonou o tratamento.

Aos 26 anos apresentou quadro

semelhante ao atual, que foi associado ao

uso de “fórmulas para emagrecer” . Nesta

ocasião ficou internada por 30 dias, saiu de

alta em uso de Carbonato de lítio , sendo

contra indicado o uso de anfetaminas.

Tem dificuldade de manter o

acompanhamento e sempre interrompe o

uso dos estabilizadores do humor com

alegação de estar boa ou de que os remédios

a deixam “gorda, inchada, com tremores”.

Nos períodos Inter crise consegue

melhorar na profissão, mas “ estraga tudo

quando adoece e acaba por perder os

empregos ... ela poderia estar muito melhor

financeiramente”.

Nos antecedentes familiares: o pai

alcoolista “morreu de cirrose”. O irmão se

matou “depois que começou o tratamento

para depressão” e uma tia materna tem

temperamento difícil, estando sempre de

mau humor “todos da família tem

dificuldade de relacionar com ela”.

Ao exame: encontra-se vestida com

roupas sensuais e de cores vivas. Fala alto e

rápido sendo difícil interrompe-la.

Hipervigil, logorreica, apresentando fuga de

ideias, sem crítica, diz estar ótima, que

ninguém consegue acompanhar seu

raciocínio por ser, “modéstia parte”, muito

inteligente. Repete trechos de autores da

literatura brasileira fazendo trocadilho por

assonância, elogia o médico e o convida

“para uma transadinha rápida”. Acredita

que está sendo vítima de um complô para

deixá-la internada por “incomodar os

incompetentes e invejosos”.

Após avaliação foi indicada a

internação, sendo reintroduzido o

estabilizador de humor e acrescentado

medicamento de outra classe.

Todos os membros da família

foram convidados para a reunião do grupo

de “abordagem das medidas

psicoeducacionais”, realizadas no hospital.

Sugestão de filmes:

- Mr. Jones

- Amadeus

Page 25: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

25

10.7 Problema 07

José, 32 anos, solteiro, foi trazido

pela mãe ao Serviço de Emergência. Estava

inquieto, angustiado, dizendo que assim

“era melhor morrer de uma vez” Falava

como se estivesse se dirigindo a alguém que

não que estava na sala. Às vezes, levava as

mãos às orelhas, cobrindo-as em atitude de

desespero.

A mãe informou que José teve a

primeira crise aos 20 anos e desde então já

foi internado em hospital psiquiátrico cerca

de 5 vezes por períodos que variaram de 2

até 8 meses. A última internação foi há 1

ano.

Estava em uso de medicação, mas a

mãe desconfia que não estava ingerindo os

comprimidos “ ele não gosta dos remédios,

diz que estes o deixam preso e sem

pensamento”.

Há 6 meses não comparecia ao

ambulatório. Há 1 semana praticamente não

dorme, fica andando de um lado para o

outro e há 2 dias recusa a alimentar-se,

dizendo que a comida está envenenada com

gosto de chumbo.

A genitora refere que o filho sempre

foi “diferente”, ensimesmado, desconfiado,

solitário. Na escola, era um aluno mediano,

mas chegou até a universidade. Fazia

Filosofia, mas depois da segunda crise

abandonou os estudos. Desde então teve

pequenas ocupações, mas há dois anos “não

faz nada”. Junta recortes de revista e faz

colagens. Diz que “é o livro das revelações”

e que por isso querem matá-lo.

Já amputou o próprio dedo na ultima

crise e diz que “roubaram pedaços de seus

órgãos e querem retirar o restante”

Há relato que o tio materno, de 40

anos, que tem “problemas de cabeça” desde

os 16 anos, hoje tem o corpo disforme após

tentativa de suicídio ateando fogo no

próprio corpo.

Durante a entrevista, José disse ao

médico: “Eles falam sem parar, querem me

enfraquecer. Ficam me chamando de

falsário e ameaçam me exterminar. Tudo

porque eu tenho o mistério revelado. Eles

sabem tudo o que penso, colocaram cristais

na minha cabeça e roubaram minha alma...

Quando eu estava no ônibus, o cobrador

deixou cair moedas no chão. Isto quer dizer

que eles sabem onde estou e estão vindo

para cá. Você sabe, não sabe?”.

O médico procurou tranquilizá-lo,

dizendo calma e firmemente: “Eu entendo a

sua preocupação, mas aqui você estará

seguro.”

Avisou a mãe que a internação

deveria ser o mais breve possível e que

depois ele iria para um Centro de Atenção

Psicossocial, onde seria acompanhado por

equipe multidisciplinar.

Sugestão de filmes:

- Estamira

- Uma mente brilhante

Page 26: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

26

10.8 Problema 08

O Corpo de Bombeiros leva ao

Pronto Socorro Psiquiátrico, uma jovem de

aparentando 20 anos, com relato de ter sido

encontrada na rodovia, andando a esmo,

falando sozinha, gritando, e gesticulando

como se falasse com alguém ao seu lado.

Chega com forte contensão física, pois teria

tentado agredir quem se aproximasse.

Sua aparência era cuidada, com

roupas em bom estado, tênis de marca,

falando excessivamente, discurso de difícil

compreensão, parecendo uma salada de

palavras. Inquieta, parecia tentar tirar

alguma coisa de suas costas o que lhe

deixava bastante angustiada, repetia: “ tira,

tira, ... saiam daqui... vocês são todos

traidores”. Suas pupilas estavam bem

dilatadas, FC de 100 bat./min. e PA 140 X

90mmhg.

Quando foi encontrado os seus

documentos foi identificada como Sílvia,

21 anos. A família foi localizada e os pais

compareceram ao hospital.

De acordo com os pais, Sílvia foi uma

criança dócil, “parecia uma princesa”.

Iniciou a adolescência sem maiores

problemas, tranquila e estudiosa. Nos

últimos 12 meses, com namorado novo,

começou mudar progressivamente o

comportamento. O rendimento escolar caiu

significativamente, tornou-se agressiva,

pouco tolerante as frustrações, sempre

reclamando falta de dinheiro e

“emprestando” seus pertences de quarto

(som, computador...).

Sua mãe observou algumas vezes,

hiperemia conjuntival e dilatação de pupila,

chegou a questioná-la quanto ao uso de

drogas ilícitas, porém ela negou - somente

assumiu “uso e não abuso” de álcool.

Viajou para acampar com uns

amigos em Pirenópolis no ultimo final de

semana. Retornou com comportamento

estranho, desconfiada, parecendo ouvir

vozes, falando sozinha e parecendo

assustada. Subitamente iniciou um quadro

de agressividade verbal e física dirigida a

sua mãe, quebrou diversos objetos em casa,

destruiu todo seu quarto, saiu de casa e já

estava “desaparecida” há mais de 8 horas.

Pais negaram doença mental na família.

A família conta que tem buscado

ajuda profissional, porém tem encontrado

dificuldades,e não sabem o que mais podem

fazer para ajudar a filha.

Após 12hs na observação, já tranquila, sem

qualquer sintomatologia recebeu alta e foi

encaminhada para tratamento no CAPS-

AD.

Sugestão de filmes:

- Réquiem para um sonho

- Meu nome não é Johnny

Page 27: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

27

10.9 Problema 09

Pedro 41 anos, casado, trabalhador da

construção civil, foi atropelado quando

retornava para sua casa. Admitido no setor

de Politraumatizado do HBDF, com várias

escoriações em face e fratura de fêmur

direito.

Na admissão encontrava-se lúcido,

globalmente orientado, discurso claro,

coerente, informando a cerca do ocorrido.

Após avaliação, foi deixado em observação

aos cuidados da ortopedia.

Após 48 horas da admissão passou a

ficar inquieto, querendo levantar-se,

indiferente a sua impossibilidade de andar.

Parecendo confuso, falando frases sem

sentido, assustado, dizendo que tinha

“monstrinhos” na parede. Durante a

avaliação física implorou que o ajudassem a

tirar as formigas no seu corpo.

Ao exame físico apresentava

sudorese, FC 120 bat./min, PA

150/90mmhg. Durante a última madrugada

teve crise convulsiva com liberação de

esfíncteres.

Solicitado avaliação neurocirúrgica,

que não evidenciou sinais de lesão

neurológica. Realizado CT de crânio que se

mostrou normal.

Durante a visita, a esposa referiu que

este nunca apresentou alteração psíquica,

desconhecia antecedentes familiares de

doença mental, mas relatou uso de etílicos

em excesso.

Conta que há 10 anos iniciou o uso de

etílicos “quase que meia garrafa de pinga

diariamente”, gerando dificuldades em se

manter nos empregos e vários conflitos

familiares. Já foi encaminhado para o

AA,porém sempre negou ser “dependente”.

Foi então solicitado parecer

psiquiátrico para elaborar o esquema

terapêutico enquanto aguarda uma provável

cirurgia do fêmur.·.

Sugestão de filmes: - Johnny e June

- Quando um homem ama uma mulher

Page 28: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

28

10.10 Problema 10

Um psiquiatra é chamado para

avaliar um paciente de 46 anos que se

encontra internado na enfermaria de

nefrologia, com relato de ter agitado muito

na última noite.

Aceitou caminhar até o consultório

de psiquiatria, somente se o pai fosse junto.

Paciente adentra o consultório junto

com o pai, mas depois aceita ser

entrevistado sozinho.

Inicia relato espontâneo onde conta

que esteve agitado porque "...eles estavam

colocando alguma substância no soro para

me prejudicar...". Refere que isso já tinha

acontecido antes e quando essa substância é

adicionada "... o olho muda de cor, fico

tremendo, a substância sai no suor e ela vai

direto ao coração...".

Insiste que os guardas e bombeiros,

além da psicóloga têm conhecimento de que

estão colocando a substância para matá-lo.

Acredita que o pai seja conivente com essa

situação, pois não o defende "...ele foi para

cima de mim. Bati o cotovelo e não estou

conseguindo dobrar o braço direito...acho

que colocaram uma substancia paralisante e

me aplicaram quando tentei fugir...".

Quando questionado qual o motivo

dessa perseguição, com ar de surpresa, diz:

"... também não sei. Só se for para ganhar

dinheiro. Cada paciente assina uma folha de

frequência e se morrer... eles devem ficar

com tudo dele".

Reclama que esteve o dia todo

esperando o "analista" e que teria exigido

que toda a equipe fosse "analisada e

investigada... tem gente fingindo que é da

equipe...".

Confirma que não tem conseguido

dormir há três dias “...porque senão eles me

matam dormindo...”.

No dia anterior foi avaliado pela

equipe que solicitou exames laboratoriais

de rotina e CT de crânio.

A tomografia e os exames

laboratoriais estavam normais.

Familiares informam que no final

da tarde do dia anterior, inicialmente

parecia sonolento e até pouco responsivo.

Porém, abruptamente ficou ansioso e

inquieto gritando que estavam todos

cercados pelos bandidos e que deveriam

todos fugir. Negam alteração psiquiátrica

prévia e nunca fez uso de bebida alcoólica.

Permitiu o exame físico, reconheceu o

médico, mas não sabia onde estava. Apesar

de ser início da manhã, dizia para o pai que

logo iria escurecer e deveriam voltar para

casa, pois era perigoso.

O psiquiatra avaliou os exames e

prescrição junto à equipe que assistia o

paciente e orientou a conduta.

Um mês após recebeu alta

hospitalar, completamente recuperado, dizia

não ter qualquer lembrança do quadro

psíquico apresentado.

Sugestão de filmes:

- Memórias Póstumas

- Farrapo Humano

Page 29: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

29

FORMATO 5 MT

AVALIAÇÃO DE MÓDULO TEMÁTICO

1 – Avalie os objetivos educacionais, quanto à clareza, pertinência e adequação? Justifique.

Os objetivos educacionais foram alcançados? Justifique.

Conceito: Satisfatório Insatisfatório

2.1–Título do 1º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.2–Título do 2º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.3–Título do 3º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.4–Título do 4º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.5–Título do 5º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.6–Título do 6º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.7–Título do 7º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.8–Título do 8º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Page 30: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

30

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.9–Título do 9º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

2.10–Título do 10º problema:

Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

3 – Comentários adicionais e/ou recomendações sobre objetivos educacionais e problemas:

4 – Como foram as atividades práticas no processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

5 – Como foram as palestras, mesas redondas ou conferências no processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

6 – Como foram os recursos educacionais no processo de aprendizagem? Justifique.

Conceito Satisfatório Insatisfatório

7 – Comentários adicionais e/ou recomendações:

Conceito Final Satisfatório Insatisfatório

Page 31: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

31

REFERÊNCIAS

BOTEGA, N. J. Prática psiquiátrica no hospital geral. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.

720 p.

CORDIOLI, A. V. et col. Psicoterapias. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 800 p.

DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. ed. Porto

Alegre: Artmed, 2008. 440 p.

FERNANDEZ, J. L.; CHENIAUX, E. Cinema e loucura. Porto Alegre: Artmed, 2010. 288 p.

FORTENZA, O. V.; MIGUEL, E. C. Compendio de clínica psiquiátrica. Barueri: Manole,

2012. 708 p.

GABBARD, GO. Tratamento dos transtornos psiquiátricos. 4. ed. Porto Alegre: Artmed,

2009. 912 p.

KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. J.; SADDOCK, V. A. Compêndio de psiquiatria. 9. ed. Porto

Alegre: Artmed, 2007. 1584 p.

MIGUEL, E. C; GENTIL, V.; GATTAZ, W. F; Clínica psiquiátrica. São Paulo: Manole, 2011.

2500 p.

QUEVEDO, J.; CARVALHO, A. F. Emergências psiquiátricas. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,

2014. 336 p.

SÁ JÚNIOR, L. S. M. Compêndio de psicopatologia e semiologia psiquiátrica. Porto Alegre:

Artmed, 2000. 479 p.

SADDOCK, B. J.; SADDOCK, V. A.; SUSSMAN, N. Manual de farmacologia psiquiátrica

de Kaplan e Saddock. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 350 p.

STAHL, S. M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficos e aplicações clínicas. 3. ed. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 716 p.

STAHL, S. M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficos e aplicações clínicas. 4. ed. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

YUDOFSKY, S. C.; HALES, R. E. Neuropsiquiatria e neurociências na prática clínica. 4ª

ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 1120 p.

YUDOFSKY, S. C.; HALES, R. E.; GABBARD, G.O. Tratado de psiquiatria clínica. 5. ed.

Porto Alegre: Artmed, 2012. 1820 p.

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS DE PSIQUIATRIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Disponível em: <http://www.abp.org.br>.

Acesso em: 19 fev. 2015.

THE NATIONAL INSTITUTE OF MENTAL HEALTH. Disponível em:

<http://www.nimh.nih.gov>. Acesso em: 19 fev. 2015.

PSIQWEB. Disponível em: < http://www.psiqweb.med.br>. Acesso em: 19 fev. 2015.

Page 32: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

32

PSYCHIATRY ON LINE BRAZIL. Disponível em: <http://www.priory.com/brazil.htm>.

Acesso em: 19 fev. 2015.

REVISTAS DE PSIQUIATRIA (on-line)

BRITISH JOURNAL OF PSYCHIATRY. Disponível em: <http://bjp.rcpsych.org>. Acesso em:

19 fev. 2015.

PSIQUIATRIA NA PRÁTICA MÉDICA, São Paulo, Centro de Estudos, Departamento de

Psiquiatria, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em:

<http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm>. Acesso em: 19 fev. 2015.

REVISTA BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Disponível em: < www.rbppsychiatry.org.br >.

Acesso em: 19 fev. 2015.

REVISTA CÉREBRO & MENTE, Campinas, Universidade Estadual de Campinas. Disponível

em: <http://www.epub.org.br/cm/home.htm>. Acesso em: 19 fev. 2015.

REVISTA DE PSIQUIATRIA CLÍNICA, São Paulo, Instituto de Psiquiatria, Universiade de

São Paulo. Disponível em: <http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista>. Acesso em: 19 fev. 2015.

REVISTA DE PSIQUIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0101-8108&lng=en&nrm=iso>.

Acesso em: 19 fev. 2015.

Page 33: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

33

GLOSSÁRIO PSIQUIÁTRICO

ABULIA – Falta de vontade ou motivação

ACATISIA – Inquietação motora que vai desde uma sensação de inquietação interior,

geralmente localizada nos músculos, até a incapacidade para sentar ou deitar. Efeito colateral de

alguns medicamentos.

AFETO – Sentimento, emoção ou humor

AFETO EMBOTADO – Transtorno do afeto manifestado por uma redução grave na

intensidade do tom sentimental externalizado.

AFROUXAMENTO DE ASSOCIAÇÕES – As ideias mudam de um tema para outro de

forma não relacionada. Quando o afrouxamento é severo a fala fica incoerente

AGITAÇÃO – Atividade motora excessiva, geralmente sem finalidade e associada com tensão

interna.

ALEXITIMIA – Perturbação da função afetiva e cognitiva que superpõe entidades

diagnósticas. A manifestação principal é dificuldade para descrever ou reconhecer as próprias

emoções

ALUCINAÇÃO – Percepção sensorial na ausência de um estímulo externo real.

ALUCINAÇÃO HIPNAGÓGICA – Percepção sensorial falsa que ocorre ao pegar no sono,

geralmente considerada não patológica.

ALUCINAÇÃO HIPNOPÔMPICA – Falsa percepção que ocorre ao despertar do sono,

geralmente considerada não patológica.

ALUCINOSE – Uma condição na qual o paciente sofre alucinações em um estado de clara

consciência

AMBIVALÊNCIA – Coexistência de emoções, atitudes, ideias ou desejos contraditórios, com

relação a uma pessoa, objeto ou situação particular.

ANEDONIA – Incapacidade para experimentar prazer em atividades que geralmente produzem

sensações agradáveis

ANSIEDADE – Apreensão, tensão ou inquietação pela antecipação de perigo de fonte

grandemente desconhecida ou não reconhecida.

ANSIEDADE FLUTUANTE – Ansiedade severa, generalizada, persistente, não

especificamente relacionada com um objeto ou evento particular e sendo, frequentemente,

precursora do pânico.

ANULAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, no qual algo inaceitável e

já feito é simbolicamente atuado ao contrário, geralmente de forma repetida, na esperança de se

obter alívio da ansiedade.

BINGE - Consumo de doses altas e repetidas de substâncias psicoativas, em geral estimulantes

para manutenção do estado de euforia causado por tais substâncias.

Page 34: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

34

CARÁTER – Soma dos traços de personalidade relativamente fixos e modos habituais de

resposta de uma pessoa.

CATARSE – Liberação saudável (terapêutica de ideias através de “por para fora” da

consciência materiais acompanhados por uma reação emocional apropriada).

CATATONIA – Imobilidade com rigidez muscular ou inflexibilidade e, às vezes,

excitabilidade.

COMPULSÃO – Uma ânsia insistente, repetitiva, intrusiva e indesejada para realizar um ato

que é contrário aos padrões ou desejos comuns da pessoa.

CONFABULAÇÃO – Criação de histórias em resposta a questões sobre situações ou eventos

que não são recordados.

CONSCIENCIA – Parte moralmente autocrítica dos padrões próprios de comportamento,

desempenho e juízo crítico. Comumente igualada a superego.

CONVERSÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente a fim de evitar a

ansiedade derivada de conflitos psíquicos. As ideias e impulsos reprimidos são convertidos em

uma variedade de sintomas somáticos envolvendo o sistema nervoso.

CRASH – É a diminuição da euforia durante um episódio de consumo de doses altas e repetidas

de estimulante. Com aumento de ansiedade.

CRAVING – Fenômeno de natureza subjetiva que corresponde à experiência da necessidade de

obtenção dos efeitos de uma substância psicoativa. (Fissura).

DÉJÀ VU – Sensação ou ilusão de que está vendo o que já foi visto antes.

DELÍRIO – Falsa crença firmemente sustentada, apesar de provas óbvias ou evidências do

contrário. Pode ser de perseguição, de grandeza, de ciúme.

DESLOCAMENTO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente no qual emoções,

idéias ou desejos são transferidos de um objeto original para um mais aceitável. Frequentemente

utilizado para alivio da ansiedade.

DESORIENTAÇÃO – Perda da percepção da posição do self em relação a espaço, tempo ou

outras pessoas.

DESPERSONALIZAÇÃO – Sentimento de irrealidade ou estranheza envolvendo tanto o

ambiente, o self ou ambos.

DESREALIZAÇÃO – Sentimento de distanciamento do próprio ambiente.

DISFORIA – Humor desanimado.

DISSOCIAÇÃO – Divisão e separação de grupos de conteúdos mentais da consciência, um

mecanismo central para a conversão histérica e transtornos dissociativos.

DISTRAIBILIDADE – Incapacidade para manter a atenção; mudança de uma área ou tópico

para outro com mínimo estímulo.

ECOLALIA – Repetição como um eco, das últimas palavras escutadas pelo paciente.

ECOPRAXIA – Repetição imitativa dos movimentos de uma outra pessoa.

Page 35: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

35

EGO – Na teoria psicanalítica, uma das três divisões no modelo do aparelho psíquico, sendo as

outras o id e o superego. O ego representa a soma de certos mecanismos mentais, tais como

percepção e memória, e mecanismos de defesa específicos. Serve para mediar entre as

demandas das pulsões instintivas primitivas (Id) e proibições parentais e sociais internalizadas

(superego) e a realidade. Os compromissos entre essas forças tendem a resolver o conflito

intrapsíquico e servir a uma função adaptativa e executiva.

EGODISTÔNICO – Aspectos do comportamento, pensamentos e atitudes de uma pessoa

visualizados como repugnantes ou inconsistentes com a personalidade.

EGOSINTÔNICO – Aspectos do comportamento, pensamentos e atitudes de uma pessoa

vistos como aceitáveis e consistentes com a personalidade total.

ESTERIOTIPIA – Repetição persistente e mecânica da fala ou atitude motora. Observado na

esquizofrenia.

EUFORIA – Sensação exagerada de bem estar físico e emocional geralmente de origem

psicológica.

FANTASIA – Sequência imaginativa de eventos ou imagens mentais.

FLEXIBILIDADE CÉREA – A pessoa pode ser moldada e depois mantida em uma posição,

parecendo ser feita de cera.

FOBIA – Medo intenso, obsessivo, persistente, irrealista, de um objeto ou situação.

FORMAÇÃO REATIVA – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente e no qual uma

pessoa adota afetos, ideias, atitudes e comportamentos que são opostos aos impulsos que guarda

consciente e inconscientemente (por ex. zelo moral excessivo pode ser uma reação a impulsos

associais fortes, mas reprimidos).

FRANGOFILIA – Impulso ao estraçalhamento de objetos, deixando tudo em frangalhos.

FUGA DE IDÉIAS – Salto verbal de uma ideia para outra. As ideias parecem ser contínuas,

mas são fragmentárias e determinadas pelo acaso ou associações temporais.

GLOSSOLALIA – Expressão de uma mensagem reveladora por meio de palavras ininteligíveis

(falar em línguas).

HIPNAGÓGICO – Refere-se ao estado semiconsciente imediatamente anterior ao sono, pode

incluir alucinações, que não possui significado patológico.

HIPOMANIA – Estado psicopatológico e anormalidade do humor que fica em algum ponto

entre a euforia normal e a mania. É caracterizado por otimismo irrealista, pressão da fala e

atividade e necessidade diminuída do sono.

HUMOR – Emoção global e constante que, ao extremo, colore acentuadamente a percepção do

individuo a cerca do mundo.

HUMOR EXPANSIVO – Expressão de sentimento sem limitações, frequentemente com

superestimação de seu significado ou importância.

IDENTIFICAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente pelo qual uma pessoa

padroniza suas ações de acordo com outra pessoa. Deve ser diferenciado da imitação que é um

processo consciente.

Page 36: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

Módulo 401 – Transtornos Mentais e de Comportamento

36

ILUSÃO – Percepção errônea de um estímulo externo real.

INSIGHT EMOCIONAL – Nível profundo de entendimento ou consciência que pode levar a

mudanças positivas na personalidade e no comportamento.

INTROJEÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente através do qual objetos

externos amados ou odiados são simbolicamente incorporados pelo indivíduo.

ISOLAMENTO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente e é central nos

fenômenos obsessivo-compulsivos, nos quais o afeto vinculado a uma ideia é tornado

inconsciente, deixando a ideia consciente sem cores e emocionalmente neutra.

JULGAMENTO – Capacidade de avaliar corretamente uma situação e de agir de forma

adequada em relação a ela.

LA BELLE INDIFÉRENCE – Literalmente, “a bela indiferença”. Visto em certos pacientes

com transtorno de conversão que mostram uma falta inapropriada de preocupação a cerca de

suas deficiências.

LOGORRÉIA – Fala incontrolável, excessiva.

MECANISMO DE DEFESA – Processos intrapsíquicos inconscientes que servem para aliviar

conflito emocional.

MUSSITAÇÃO – É a expressão da linguagem em voz muito baixa, o doente movimenta os

lábios de maneira automática produzindo murmúrio ou som confuso.

MUTISMO – Recusa de falar por razões conscientes ou inconscientes.

NEGAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, utilizado para resolução de

conflito emocional e alívio da ansiedade, pela desconsideração de pensamento, sentimentos,

desejos e necessidades que são conscientemente intoleráveis.

NEGATIVISMO – Oposição ou resistência, encoberta ou manifesta, a sugestão ou conselhos

externos.

NEOLOGISMO – Uma nova palavra ou combinação condensada de várias palavras criada por

uma pessoa para expressar uma ideia altamente complexa não prontamente compreendida por

outros.

NEUROSE – Estrutura psíquica, na qual o paciente não perde o contato com a realidade e os

sintomas são experimentados como egodistônicos; o comportamento não viola as regras sociais.

OBSESSÃO – Uma ideia ou impulso persistente e indesejado que não pode ser expurgado pela

lógica e raciocínio.

ORIENTAÇÃO - Consciência de si mesmo em relação a tempo, lugar e pessoa.

ORIENTAÇÃO ALOPSIQUICA – Orientação no tempo e espaço.

ORIENTAÇÃO AUTOPSIQUICA- Orientação quanto a si mesmo.

PENSAMENTO ABSTRATO – Capacidade de apreciar as nuances do significado;

pensamento multidimensional com capacidade de usar metáforas e hipóteses de forma

adequada.

Page 37: TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO · O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper

ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde

37

PENSAMENTO CONCRETO – Pensamento caracterizado pela experiência imediata e não

por abstração.

PENSAMENTO MÁGICO – Convicção de que o pensamento equaciona-se pela ação.Ocorre

em crianças, em sonhos, em pessoas primitivas.

PERCEPÇÃO – Processos mentais pelos quais os dados intelectuais, sensoriais e emocionais

são organizados logicamente ou de modo significativo.

PERSEVERAÇÃO – Tendência para emitir a mesma resposta verbal ou motora a variados

estímulos, vezes sem conta.

PROJEÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, no qual o que é

emocionalmente inaceitável no self é inconscientemente rejeitado e atribuído a outros.

PSICOSE – Transtorno no qual a capacidade da pessoa para pensar, responder

emocionalmente, recordar, comunicar, interpretar a realidade e comportar-se apropriadamente

está bastante prejudicada de modo a interferir amplamente com a capacidade para satisfazer as

demandas comuns da vida.

RACIONALIZAÇÃO – Mecanismo de defesa pelo qual um indivíduo tenta justificar ou tornar

conscientemente toleráveis os sentimentos, comportamentos ou motivos que, de outro modo,

seriam intoleráveis.

REGRESSÃO – Retorno parcial ou simbólico a padrões mais infantis de reação ou

pensamento.

REPRESSÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, que bane ideias, fantasias,

afetos, e impulsos inaceitáveis da consciência ou que mantém fora desta o que jamais esteve

consciente.

RUMINAÇÃO – Preocupação obsessiva com ideias e recordações.

SIMBOLIZAÇÃO – Mecanismo geral em todo o pensamento humano pelo qual alguma

representação mental representa uma outra coisa, classe de coisas ou atributo de algo é

subjacente à formação dos sonhos e de alguns sintomas, como reações de conversão, obsessões

e compulsões. A ligação entre o significado latente do sintoma e o símbolo é geralmente

inconsciente.

SUBLIMAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente pelo qual os impulsos

instintivos, conscientemente inaceitáveis, são desviados para canais pessoal e socialmente

aceitáveis.

TANGENCIALIDADE – Resposta a uma pergunta de modo oblíquo ou irrelevante.

TEMPERAMENTO – Predisposição constitucional para reagir de determinada maneira aos

estímulos

TRANSE – Estado de atenção focalizada e atividade sensorial e motora diminuída.

VERBIGERAÇÃO – Repetição estereotipada e aparentemente sem sentido de palavras ou

sentenças.