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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno II n 235 Porto Alegre, quarta-feira, 10 de outubro de 2007
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
PUBLICAES JUDICIAIS
SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEES
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOBoletim Nro 140/2007
Secretaria do Plenrio, Corte Especial e Sees
00001 EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2001.04.01.017995-5/SC
RELATOR : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REL. ACRDO : Des. Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira
EMBARGANTE : MARIA DA GLORIA MICHEI
ADVOGADO : Afonso Zago e outro
EMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
EMENTA
PREVIDENCIRIO. REVISIONAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIO. TEMPO DE SERVIO RURAL.
COMPROVAO.
1. O tempo de servio rural pode ser comprovado mediante a produo de prova material suficiente, ainda que inicial,
complementada por prova testemunhal idnea.
2. Os documentos em nome de terceiros (pais/cnjuge) consubstanciam incio de prova material do trabalho rural desenvolvido em
regime de economia familiar.
3. No h previso constitucional ou infraconstitucional que condicione, de forma objetiva e absoluta, a condio de segurado
especial dimenso do imvel. A extenso da propriedade apenas um aspecto a ser analisado juntamente com o restante do
conjunto probatrio, no constituindo, por si s, bice ao reconhecimento da condio de segurado especial.
4. Comprovado o exerccio de atividade rural em regime de economia familiar, a despeito do tamanho reduzido da propriedade, tem
a autora direito reviso de sua aposentadoria proporcional, passando a receb-la de forma integral a contar da data do requerimento
administrativo, formulado em data anterior a 16/12/98 (EC 20/98).
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por maioria, vencido o Relator, dar provimento aos embargos infringentes, nos termos do relatrio, votos e notas
taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00002 EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2001.04.01.006200-6/RS
RELATOR : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 2685
http://www.trf4.gov.br/REL. ACRDO : Des. Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira
EMBARGANTE : LAIR MARIA DALCIN DOTTO
ADVOGADO : Gustavo Cervo
: Jaime Fortunato Cervo
EMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
EMENTA
PREVIDENCIRIO. EMBARGOS INFRINGENTES. TEMPO DE SERVIO RURAL. COMPROVAO. INCIO DE PROVA
MATERIAL. EXTENSO DA EFICCIA TEMPORAL COM BASE NA PROVA TESTEMUNHAL. CERTIDO DE TEMPO
DE SERVIO. CONTAGEM RECPROCA EM REGIMES DISTINTOS. INDENIZAO DO TEMPO RURAL
RECONHECIDO.
1. O tempo de servio rural deve ser demonstrado mediante incio de prova material contemporneo ao perodo a ser comprovado,
complementado por prova testemunhal idnea, no sendo esta admitida exclusivamente, em princpio, a teor do art. 55, 3, da Lei
n. 8.213/91, e Smula 149 do STJ.
2. No se exige a apresentao de documentos que faam prova plena da atividade rural em relao a todo o perodo a comprovar,
mas apenas incio de prova material que cubra boa parte do tempo em discusso, de modo a viabilizar, em conjunto com a prova
oral, um juzo de valor seguro acerca da situao ftica.
3. A contagem recproca de tempo de servio d-se mediante a compensao financeira entre os regimes previdencirios envolvidos,
consoante os arts. 201, 9, da CF/88, e 94 da Lei n. 8.213/91.
4. Para fins de averbao junto ao servio pblico, o cmputo do tempo de servio rural somente admitido se houver a
comprovao do recolhimento das respectivas contribuies, mesmo referente ao perodo anterior ao da vigncia da Lei n. 8.213/91,
porque se trata de soma de tempo trabalhado sob regimes previdencirios distintos, conforme jurisprudncia do STJ e deste Tribunal.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por maioria, vencido o Relator, dar parcial provimento aos embargos infringentes, nos termos do relatrio, votos e notas
taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00003 CONFLITO DE COMPETNCIA N 2007.04.00.026964-0/PR
RELATOR : Des. Federal LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO
PARTE AUTORA : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SECCAO DO PARANA
ADVOGADO : Antonio Raul Valente
PARTE R : MARILZA TAVARES MARTINELLI
SUSCITANTE : JUZO SUBSTITUTO DA 03A VF DE CURITIBA
SUSCITADO : JUZO FEDERAL DA 02A VF EXECUCOES FISCAIS DE CURITIBA
EMENTA
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA. ANUIDADES OAB. NATUREZA JURDICA. PRECEDENTES DO STJ.
A Ordem dos Advogados do Brasil - OAB considerada autarquia sui generis, no tendo suas anuidades natureza jurdica tributria.
As execues de ttulo extrajudicial relativas s anuidades devidas a entidade de classe regem-se pelas normas do CPC, conforme
entendimento firmado pelo STJ.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Egrgia Corte Especial do Tribunal Regional Federal
da 4 Regio, por maioria, vencido o desembargador Luiz Carlos de Castro Lugon, declarar competente o Juzo da 3 Vara Federal
de Curitiba/PR, o Suscitante, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parte do presente julgado.
Porto Alegre, 27 de setembro de 2007.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 2685
http://www.trf4.gov.br/00004 AGRAVO REGIMENTAL EM MEDIDA CAUTELAR INOMINADA N 2007.04.00.025395-4/PR
RELATOR : Des. Federal JOO SURREAUX CHAGAS
AUTOR : FUNDAO GAIA
ADVOGADO : Antonio D'Amico e outros
: Jose Ricardo Biazzo Simon e outro
REU : UNIO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Antonio Alcoba de Freitas
REU :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVAVEIS - IBAMA
PROCURADOR : Maria Alejandra Riera Bing
REU : PAULO BERNARDO SILVA e outros
AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. MEDIDA CAUTELAR VISANDO ATRIBUIO DE EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO
ESPECIAL, CUJA ADMISSIBILIDADE AINDA NO TENHA SIDO APRECIADA. CABIMENTO DE AGRAVO
REGIMENTAL CONTRA A DECISO DEFERITRIA OU NO DA MEDIDA CAUTELAR .
1. No mbito da 4 Regio, compete ao Vice-Presidente do Tribunal, mediante delegao de poderes, na forma do Regimento
Interno, decidir sobre medida cautelar em recurso extraordinrio ou especial (CPC, art. 541 c/c 543), na pendncia do respectivo
juzo de admissibilidade.
2. Da deciso na medida cautelar, deferitria ou no, no cabe agravo regimental a rgo do Tribunal (Plenrio ou Corte Especial).
3. A deciso exclusiva do Vice-Presidente e se exaure no seu mbito de competncia.
4. Agravo regimental no conhecido.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por maioria, no conhecer do agravo regimental, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 27 de setembro de 2007.
00005 EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2000.72.05.005030-3/SC
RELATOR : Des. Federal LUIZ CARLOS DE CASTRO LUGON
REL. ACRDO : Des. Federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz
EMBARGANTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : Edmundo Cavalcanti Eichenberg e outros
EMBARGADO : ILDEMAR BAUER
ADVOGADO : Ivan Naatz e outro
EMENTA
ADMINISTRATIVO. INDENIZAO POR ABALO DE CRDITO. DANO MORAL. AUSNCIA DOS PRESSUPOSTOS
PARA CONFIGURAO DA OBRIGAO DE INDENIZAR.
Provimento dos embargos infringentes.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Egrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por maioria, vencidos os Des. Federal Luiz Carlos de Castro Lugon e Valdemar Capeletti, dar provimento aos embargos
infringentes, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00006 EMBARGOS DE DECLARAO EM EMBARGOS INFRINGENTES EM AC N 2000.71.00.003821-4/RS
RELATOR : Des. Federal CARLOS EDUARDO THOMPSON FLORES LENZ
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 2685
http://www.trf4.gov.br/INTERESSADO : UNIO FEDERAL
ADVOGADO : Luis Henrique Martins dos Anjos
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.
EMBARGANTE : GILMAR LEONEL KONZEN e outros
ADVOGADO : Felipe Neri Dresch da Silveira e outros
: Rui Fernando Hubner e outros
EMENTA
EMBARGOS INFRINGENTES. EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSES. 28,86%. REDISTRIBUIO DA
SUCUMBNCIA. PORTARIA MARE.
1. Quanto redistribuio da sucumbncia: apesar do provimento dos embargos infringentes, de modo a restar mnima a
sucumbncia dos recorrentes, considerada a natureza e a singeleza das questes ora discutidas (apenas incidncia ou no da RAV e
limitao dos pagamentos a julho de 1998), o valor fixado pela sentena -- honorrios de 5% sobre o valor da causa -- se encontra
adequado ao entendimento desta Corte em casos da espcie. Precedentes.
2. Em tese, sem a anlise em concreto daquilo que foi pago aos embargados em suas fichas financeiras, no se pode afastar ou adotar
de pronto em no todo os ndices constantes na citada Portaria. Pois dependendo daquilo que for apurado nas fichas, a Portaria pode
ser aplicada parcialmente, totalmente ou no aplicada.
3. Provimento dos embargos declaratrios.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Egrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por maioria, dar provimento aos embargos declaratrios, nos termos do relatrio, voto e notas taquigrficas que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00007 CONFLITO DE COMPETNCIA N 2007.04.00.016796-0/PR
RELATOR : Des. Federal AMAURY CHAVES DE ATHAYDE
PARTE AUTORA : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
SUSCITANTE : JUZO SUBSTITUTO DA VF CRIMINAL E JEF CRIMINAL DE LONDRINA
SUSCITADO : JUZO SUBSTITUTO DA VF E JEF CRIMINAL DE JARAGU DO SUL
EMENTA
CONFLITO DE COMPETNCIA. TRANSFERNCIA BANCRIA FRAUDULENTA VIA INTERNET. FURTOQUALIFICADO. COMPETNCIA - LOCAL DA CONSUMAO.1. A transferncia bancria fraudulenta operada por via virtual constitui crime de furto qualificado, previsto no artigo 155, 4, do
Cdigo Penal.
2. D-se a consumao do delito quando o bem subtrado sai da esfera de disponibilidade da vtima, mediante o dbito lanado na
conta em poder da instituio financeira depositria.
3. A competncia definida pelo juzo com jurisdio no local em que situada a agncia bancria detentora da conta alcanada.
4. Precedentes (STJ e TRF4R).
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Egrgia Quarta Seo do Tribunal Regional Federal da
4 Regio, por unanimidade, julgar procedente o conflito, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 24 de setembro de 2007.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Boletim Nro 141/2007Secretaria do Plenrio, Corte Especial e Sees
00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM AO RESCISRIA N 2006.04.00.007391-1/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.143/149
INTERESSADO : VALDIR MENIN
ADVOGADO : Ivo Signor
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. CONTRADIO. INOCORRNCIA. DESNECESSIDADE DE
CITAO EXPRESSA DOS DISPOSITIVOS LEGAIS E CONSTITUCIONAIS.
1. A natureza reparadora dos embargos de declarao s permite a sua oposio contra sentena ou acrdo acoimado de
obscuridade ou contradio, bem como nos casos de omisso do Juiz ou Tribunal. No ocorrendo qualquer uma das hipteses,
descabe o manejo do recurso em apreo.
2. Se o acrdo decidiu contrariamente s pretenses do autor, no ser na via dos embargos declaratrios que buscar reformar o
decisum, sob pena de se lhes atribuir efeitos infringentes, hiptese s admitida excepcionalmente.
3. A citao expressa dos dispositivos legais e constitucionais no corpo do acrdo desnecessria, pois o Juiz no est obrigado a
responder todas as alegaes da parte, quando encontrar fundamento suficiente para embasar a sua deciso.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, negar provimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, voto e notas taquigrficas que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00002 EMBARGOS DE DECLARAO EM AO RESCISRIA N 2007.04.00.009111-5/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.
INTERESSADO : ELIANE DE SOUZA SOARES
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. OBSCURIDADE. CONTRADIO. INOCORRNCIA.
A interposio de embargos de declarao, ainda que tenham em vista o prequestionamento, deve observar os lindes traados no art.
535 do CPC (obscuridade, contradio, omisso). No ocorrendo qualquer uma dessas hipteses, descabe o manejo do recurso em
apreo.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, negar provimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 5 / 2685
http://www.trf4.gov.br/ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00003 AO RESCISRIA N 2007.04.00.017542-6/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
REU : SOELI PRZEPIURA DEBATIN
ADVOGADO : Giovanna Price de Melo
EMENTA
PREVIDENCIRIO. AO RESCISRIA. REVISO. PENSO POR MORTE. ART. 75 DA LEI 8.213/91. REDAO DADA
PELA LEI 9032/95. ART. 485, V, CPC. OCORRNCIA DE VIOLAO A TEXTO DE LEI. PRECEDENTES DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. Consoante entendimento do plenrio do STF (RE 416.827/SC e RE 415454/SC, julgados em 08/02/07), as Leis ns 8.213/91 e
9.032/95 no incidem sobre os benefcios de penso por morte concedidos anteriormente s suas respectivas vigncias.
2. Necessidade de observncia do princpio tempus regit actum, devendo os benefcios deferidos em momento pretrito ser
regulados pela legislao vigente ao momento da concesso (art. 5, XXXVI da CF), at pela inexistncia de previso legal expressa
determinando a retroao.
3. Inocorrncia de ofensa literalidade do regramento insculpido no art. 75 da Lei 8.213/91 (com a nova redao estipulada pelo art.
3 da Lei 9.032/95).
4. incabvel a devoluo de eventuais valores percebidos pelo segurado em razo da deciso rescindenda, visto tratar-se de quantia
recebida de absoluta boa-f, por intermdio de deciso transitada em julgada, devendo ser levado em conta, tambm, o cunho
alimentar dos beneficios previdencirios e o carter social das respectivas prestaes pagas.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, julgar procedente a ao rescisria e indeferir o pedido de restituio de valores, nos termos do relatrio,
voto e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00004 AO RESCISRIA N 2007.04.00.009171-1/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
REU : ADILES MARIA LORENSINI
ADVOGADO : Karen Guinot
EMENTA
PREVIDENCIRIO. AO RESCISRIA. REVISO. PENSO POR MORTE. ART. 75 DA LEI 8.213/91. REDAO DADA
PELA LEI 9032/95. ART. 485, V, CPC. OCORRNCIA DE VIOLAO A TEXTO DE LEI. PRECEDENTES DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 6 / 2685
http://www.trf4.gov.br/1. Consoante entendimento do plenrio do STF (RE 416.827/SC e RE 415454/SC, julgados em 08/02/07), as Leis ns 8.213/91 e
9.032/95 no incidem sobre os benefcios de penso por morte concedidos anteriormente s suas respectivas vigncias.
2. Necessidade de observncia do princpio tempus regit actum, devendo os benefcios deferidos em momento pretrito ser
regulados pela legislao vigente ao momento da concesso (art. 5, XXXVI da CF), at pela inexistncia de previso legal expressa
determinando a retroao.
3. Inocorrncia de ofensa literalidade do regramento insculpido no art. 75 da Lei 8.213/91 (com a nova redao estipulada pelo art.
3 da Lei 9.032/95).
4. incabvel a devoluo de eventuais valores percebidos pelo segurado em razo da deciso rescindenda, visto tratar-se de quantia
recebida de absoluta boa-f, por intermdio de deciso transitada em julgada, devendo ser levado em conta, tambm, o cunho
alimentar dos beneficios previdencirios e o carter social das respectivas prestaes pagas.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, julgar procedente a ao rescisria e indeferir o pedido de restituio de valores, nos termos do relatrio,
voto e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00005 AO RESCISRIA N 2006.04.00.038648-2/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
REU : ENEDINA DORACI AMARAL IGNACIO
ADVOGADO : Vilson Trapp Lanzarini e outros
EMENTA
PREVIDENCIRIO. AO RESCISRIA. REVISO. PENSO POR MORTE. ART. 75 DA LEI 8.213/91. REDAO DADA
PELA LEI 9032/95. ART. 485, V, CPC. OCORRNCIA DE VIOLAO A TEXTO DE LEI. PRECEDENTES DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. Consoante entendimento do plenrio do STF (RE 416.827/SC e RE 415454/SC, julgados em 08/02/07), as Leis ns 8.213/91 e
9.032/95 no incidem sobre os benefcios de penso por morte concedidos anteriormente s suas respectivas vigncias.
2. Necessidade de observncia do princpio tempus regit actum, devendo os benefcios deferidos em momento pretrito ser
regulados pela legislao vigente ao momento da concesso (art. 5, XXXVI da CF), at pela inexistncia de previso legal expressa
determinando a retroao.
3. Inocorrncia de ofensa literalidade do regramento insculpido no art. 75 da Lei 8.213/91 (com a nova redao estipulada pelo art.
3 da Lei 9.032/95).
4. incabvel a devoluo de eventuais valores percebidos pelo segurado em razo da deciso rescindenda, visto tratar-se de quantia
recebida de absoluta boa-f, por intermdio de deciso transitada em julgada, devendo ser levado em conta, tambm, o cunho
alimentar dos beneficios previdencirios e o carter social das respectivas prestaes pagas.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 2685
http://www.trf4.gov.br/ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, julgar procedente a ao rescisria e indeferir o pedido de restituio de valores, nos termos do relatrio,
voto e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00006 AO RESCISRIA N 2007.04.00.013283-0/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
REU : ODILA ZANOTTO SARTORI
ADVOGADO : Diversino Capelari e outro
EMENTA
PREVIDENCIRIO. AO RESCISRIA. REVISO. PENSO POR MORTE. ART. 75 DA LEI 8.213/91. REDAO DADA
PELA LEI 9032/95. ART. 485, V, CPC. OCORRNCIA DE VIOLAO A TEXTO DE LEI. PRECEDENTES DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. Consoante entendimento do plenrio do STF (RE 416.827/SC e RE 415454/SC, julgados em 08/02/07), as Leis ns 8.213/91 e
9.032/95 no incidem sobre os benefcios de penso por morte concedidos anteriormente s suas respectivas vigncias.
2. Necessidade de observncia do princpio tempus regit actum, devendo os benefcios deferidos em momento pretrito ser
regulados pela legislao vigente ao momento da concesso (art. 5, XXXVI da CF), at pela inexistncia de previso legal expressa
determinando a retroao.
3. Inocorrncia de ofensa literalidade do regramento insculpido no art. 75 da Lei 8.213/91 (com a nova redao estipulada pelo art.
3 da Lei 9.032/95).
4. incabvel a devoluo de eventuais valores percebidos pelo segurado em razo da deciso rescindenda, visto tratar-se de quantia
recebida de absoluta boa-f, por intermdio de deciso transitada em julgada, devendo ser levado em conta, tambm, o cunho
alimentar dos beneficios previdencirios e o carter social das respectivas prestaes pagas.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, julgar procedente a ao rescisria e indeferir o pedido de restituio de valores, nos termos do relatrio,
voto e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00007 AO RESCISRIA N 2007.04.00.009106-1/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
REU : CARMELINA BARBAGALLO VION
ADVOGADO : Joao Carlos Martins
EMENTA
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 2685
http://www.trf4.gov.br/PREVIDENCIRIO. AO RESCISRIA. REVISO. PENSO POR MORTE. ART. 75 DA LEI 8.213/91. REDAO DADA
PELA LEI 9032/95. ART. 485, V, CPC. OCORRNCIA DE VIOLAO A TEXTO DE LEI. PRECEDENTES DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL.
1. Consoante entendimento do plenrio do STF (RE 416.827/SC e RE 415454/SC, julgados em 08/02/07), as Leis ns 8.213/91 e
9.032/95 no incidem sobre os benefcios de penso por morte concedidos anteriormente s suas respectivas vigncias.
2. Necessidade de observncia do princpio tempus regit actum, devendo os benefcios deferidos em momento pretrito ser
regulados pela legislao vigente ao momento da concesso (art. 5, XXXVI da CF), at pela inexistncia de previso legal expressa
determinando a retroao.
3. Inocorrncia de ofensa literalidade do regramento insculpido no art. 75 da Lei 8.213/91 (com a nova redao estipulada pelo art.
3 da Lei 9.032/95).
4. incabvel a devoluo de eventuais valores percebidos pelo segurado em razo da deciso rescindenda, visto tratar-se de quantia
recebida de absoluta boa-f, por intermdio de deciso transitada em julgada, devendo ser levado em conta, tambm, o cunho
alimentar dos beneficios previdencirios e o carter social das respectivas prestaes pagas.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, julgar procedente a ao rescisria e indeferir o pedido de devoluo de valores, nos termos do relatrio,
voto e notas taquigrficas que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00008 EMBARGOS DE DECLARAO EM AO RESCISRIA N 2007.04.00.007551-1/RS
RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.
INTERESSADO : AVELINA RUCINSKI
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. OBSCURIDADE. CONTRADIO. INOCORRNCIA.
A interposio de embargos de declarao, ainda que tenham em vista o prequestionamento, deve observar os lindes traados no art.
535 do CPC (obscuridade, contradio, omisso). No ocorrendo qualquer uma dessas hipteses, descabe o manejo do recurso em
apreo.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, negar provimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
00009 EMBARGOS DE DECLARAO EM AO RESCISRIA N 2003.04.01.015421-9/SC
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 2685
http://www.trf4.gov.br/RELATOR : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.
INTERESSADO : ARY OSVALDO LUCIANO
ADVOGADO : Carlos Santos Maria
INTERESSADO : ADILIO BALDOINO e outro
ADVOGADO : DEFENSORIA PBLICA DA UNIO
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSO. INOCORRNCIA.
A interposio de embargos de declarao, ainda que tenham em vista o prequestionamento, deve observar os lindes traados no art.
535 do CPC (obscuridade, contradio, omisso). No ocorrendo qualquer uma dessas hipteses, descabe o manejo do recurso em
apreo.
ACRDO
Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a Colenda 3 Seo do Tribunal Regional Federal da 4
Regio, por unanimidade, negar provimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que
ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2007.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente SPLE Nro 184/2007
Secretaria do Plenrio, Corte Especial e Sees
AUTOS COM DESPACHOAO PENAL N 2004.04.01.011402-0/PR
RELATOR : Des. Federal AMAURY CHAVES DE ATHAYDE
AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
REU : APARECIDO FARIAS SPADA
ADV. (DT) : Marcelo Bidone de Castro
ADVOGADO : Rogerio Calazans da Silva e outro
DESPACHO
Presente o decurso do prazo recursal, expea-se carta de ordem ao MM. Juzo Federal competente da Subseo Judiciria de
Maring/PR, para execuo da pena pecuniria e das substitutivas penas restritivas de direito.
Porto Alegre, 24 de setembro de 2007.
AO PENAL N 2004.04.01.019744-2/RS
RELATOR : Des. Federal LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO
AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
REU : JAIME GUEDES SILVEIRA
ADVOGADO : Imara Parise e outros
REU : SRGIO INCIO UCHASKI
ADVOGADO : Maria Nazarete Leite dos Santos
REU : FERNANDO LO DE LA RUE
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 2685
http://www.trf4.gov.br/ADVOGADO : Andre Felkl Senger e outros
: Joao Antonio Pinto de Moraes e outros
DESPACHO
Requer a defesa do indiciado Fernando De La Rue a expedio de nova carta de ordem Vara Criminal Federal de Caxias do Sul,
para que seja designada nova audincia para inquirio da testemunha Raquel Sganzerla Germano, pois no houve a sua intimao.
Salienta que esta Relatoria j determinou a suspenso de audincia para a qual no estava intimada a defesa do indiciado Jaime
Guedes da Silveira.
Verifico nos autos que a audincia designada foi para a oitiva da testemunha da defesa do indiciado Jaime Guedes da Silveira e no
do requerente.
Por outro lado, o termo de depoimento dessa testemunha refere que "no conhece o ru Fernando" (fls. 482), portanto, no h
qualquer prejuzo defesa do requerente. De mais a mais, foi-lhe designado defensor dativo para o ato.
Quanto a ter este Relator suspendido anterior audincia para oitiva de testemunhas, o fez por no ter a defesa do ru Jaime sido
intimado da expedio de carta de ordem para a audincia de uma testemunha sua arrolada, o que no o caso vertente.
Assim, por no vislumbrar prejuzo defesa do ru Fernando, indefiro o requerido nas fls. 492/493.
Atenda-se a promoo do Ministrio Pblico Federal da fl. 489.
Intime-se.
Publique-se.
Porto Alegre, 02 de outubro de 2007.
SECRETARIA DA 1 TURMA
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIOExpediente Nro 248/2007
Secretaria da Primeira Turma
00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.025040-0/RS
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
EMBARGANTE : PRODUTOS ALIMENTICIOS CORSETTI S/A IND/ E COM/
ADVOGADO : Rafael Frainer e outros
EMBARGADA : DECISO DE FOLHAS
INTERESSADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Trata-se de embargos de declarao aviados por Produtos Alimentcios Corsetti S/A Indstria e Comrcio contra deciso que
indeferiu a antecipao da tutela recursal, para negar o pedido de efeito suspensivo aos embargos do devedor.
Alega a embargante que ao indeferir a antecipao de tutela, a deciso incorreu em obscuridade quanto suposta falta de risco de
dano de difcil ou incerta reparao. Ressalta que os bens penhorados tratam-se de maquinrio essencial as suas atividades, e que a
"expropriao" forada importar em diminuio, ou mesmo paralisao das atividades da empresa. Refere que o ressarcimento de
que trata o art. 694, 2, do CPC, para o caso de improcedncia dos embargos, trata apenas da devoluo do produto arrecadado
com a "expropriao" dos bens, sendo que os danos decorrentes da paralisao das atividades por falta de maquinrio essencial no
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http://www.trf4.gov.br/sero indenizados ou ressarciados, por no haver previso legal para tanto. Requer seja sanada a omisso quanto essencialidade
dos bens penhorados, e conferidos efeitos infringentes ao recurso, para que seja deferida a antecipao da tutela recursal pleiteada.
o relatrio.
Decido.
Irresignada com a deciso que indeferiu a antecipao de tutela, requer a agravante seja feita apreciao sobre omisso que alega ter
havido quanto essencialidade dos bens penhorados.
Tenho, contudo, que a matria deduzida nos presentes embargos de declarao dirige-se ao contedo da deciso e no a eventuais
contradies, omisses ou obscuridades, de forma que no sendo o caso de reconsiderar o entendimento j lanado, dever a
embargante aguardar o julgamento do agravo, oportunidade em que, se remanecer interesse, poder manejar recurso prprio s
instncias superiores, com naturais efeitos infringentes.
A omisso suprvel por meio de embargos de declarao apenas aquela considerada em relao aos fundamentos deduzidos pelas
partes, no examinados nem prejudicados pelas razes de decidir. Neste aspecto, a deciso no foi omissa, pois houve
pronunciamento sobre todas as questes relevantes e pertinentes, argidas pela parte.
O livre convencimento implica na escolha fundamentada das razes capazes de inform-lo, que nem sempre correspondero s que
as prprias partes elegeriam como suficientes para justificar suas pretenses.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declarao.
Porto Alegre, 03 de outubro de 2007.
00002 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.028578-5/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : SADA RACHEL CURI DE MACEDO
ADVOGADO : Carlos Alberto Farracha de Castro e outro
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
INTERESSADO : ELIAS J CURI S/A e outros
DECISO
Sada Rachel Curi de Macedo interpe agravo de instrumento contra deciso que rejeitou a exceo de pr-executividade, afastando
as alegaes de prescrio e ilegitimidade passiva.
Entendeu o juzo a quo que o prazo prescricional restou interrompido pelos parcelamentos judiciais dos quais foi excluda em
17.12.01 e 13.12.05. Quanto possibilidade de incluso dos scios no polo passivo da execuo, ratificou deciso anterior no
sentido de que parte legtima pelo simples fato de constar seu nome na CDA.
A agravante defende a ocorrncia da prescrio tendo em vista que se passaram mais de cinco anos entre a data dos fatos geradores
(jan/95 a jun/96) inscritos em dvida ativa em 13.06.97 ou da citao da empresa em 09.10.97 e a data do despacho que determinou a
sua citao como scia em set/06, vindo a citao ocorrer somente em meados de mai/07. Alega que o redirecionamento contra os
scios somente possvel se realizado antes de cinco anos aps a citao da pessoa jurdica. Afirma que equivocada a aplicao da
solidariedade prevista no art. 125, III, do CTN em relao ao parcelamento a que aderiu a empresa porque referido dispositivo s se
aplicaria caso comprovada a m-f decorrente do exerccio com excesso de poderes ou infrao penal. Sustenta que no solidria
no pagamento do tributo, sendo que a interrupo no gerou os efeitos do art. 125, III e o parcelamento por parte da empresa
somente geraram efeitos entre a agravada e a referida empresa. Aduz que, alm de no ter qualquer responsabilidade solidria, uma
vez que no foi culpada pela administrao da empresa, era, tambm, mera figura decorativa no quadro de diretores da empresa e
que a solidariedade ocorre somente nos casos de administrao temerria. Requer seja provido o agravo para ser reformada a
deciso.
o relatrio. Decido.
firme na jurisprudncia o entendimento no sentido de que a interrupo da prescrio pela citao da pessoa jurdica projeta seus
efeitos em relao aos co-responsveis, nos termos do art. 125, III, c/c art. 135, III, ambos do CTN.
Por outro lado, a responsabilidade dos scios, com fundamento no art. 135, III do CTN qualifica-se como solidria e subsidiria. Em
razo da solidariedade, interrompida a prescrio com a citao da pessoa jurdica, d-se por interrompida, tambm, frente aos
scios (art. 204, 1, do Cdigo Civil). Em razo da subsidiariedade, enquanto a execuo estiver sendo processada regularmente
em face da pessoa jurdica, no se pode cogitar de prescrio intercorrente, seja frente empresa, seja frente aos scios. No
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http://www.trf4.gov.br/exigvel nem seria permitido Fazenda Pblica a responsabilizao do scio antes da concluso de que o patrimnio da sociedade
ser insuficiente.
No caso, no h se falar em prescrio. Isso porque a pessoa jurdica, citada em 06.04.99, realizou parcelamentos dos dbitos,
interrompendo o fluxo de qualquer prazo prescricional.
Consoante art. 174, IV, do CTN, o parcelamento interrompe o prazo prescricional, o qual recomea a fluir por inteiro logo, aps o
inadimplemento das parcelas acordadas.
" Art. 174 - A ao para a cobrana do crdito tributrio prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituio
definitiva.
Pargrafo nico. A prescrio se interrompe:
IV - por qualquer ato inequvoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor.
Nos termos da smula n 248 do extinto TFR, "O prazo da prescrio interrompido pela confisso e parcelamento da dvida fiscal
recomea a fluir no dia em que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado", o que, in casu, ocorreu em 17.12.01 e, novamente,
em 13.12.05.
Nessa linha so os seguintes julgados do nosso Tribunal: Agravo de Instrumento n 2006.04.00.033061-0, Segunda Turma, Relator
Otvio Roberto Pamplona, D.E. 28/02/2007; Apelao Cvel 2006.72.13.001397-0, Primeira Turma, Relator lvaro Eduardo
Junqueira, D.E. 18/12/2006.
Assim, a contagem do prazo prescricional foi interrompida com a adeso da executada ao REFIS em 05.04.00 e jul/03 (art. 174, IV
do CTN), e reiniciou a partir da resciso dos acordos de parcelamentos em 17.12.01 e 13.12.05.
Assim, se no houve o reconhecimento da prescrio intercorrente em relao devedora principal, tambm no pode haver em
relao ao scio. No lcito supor que, enquanto estiver sendo processada a execuo fiscal no intuito de satisfazer o dbito com
bens da devedora principal, possa ser reconhecida a prescrio em relao ao scio pelo simples fato de ter decorrido mais de cinco
anos desde a citao da empresa. A prescrio intercorrente, por sua vez, depende da inrcia e, nesse caso, ocorreria em relao
prpria devedora principal.
Em relao responsabilidade solidria da agravante, embora por fundamentos diversos dos utilizados pelo juzo, entendo que est
configurada por hiptese caracterizadora de infrao lei.
Estabelece o art. 135 do CTN que "so pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes a obrigaes tributrias
resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos: ...) III - os diretores, gerentes
ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado."
Extrai-se desse dispositivo que, a responsabilidade do scio administrador pelos dbitos fiscais da empresa excepcional. A regra
geral, mesmo no mbito do direito tributrio, a de que no se confundem a esfera jurdica do scio com a da sociedade; a
responsabilidade do scio restrita integralizao do capital social, salvo nos casos de atuao dolosa ou ilegal.
Cuidando-se de sociedade por cotas de responsabilidade limitada, h responsabilidade solidria dos scios-gerentes somente pelo
excesso de mandato e pelos atos praticados com violao da lei ou do contrato. Nas sociedades annimas, os diretores no so
responsveis pelas obrigaes que contrarem em nome da empresa e em virtude de ato regular de gesto, porm respondem
civilmente pelos prejuzos que causarem, quando agirem com culpa ou dolo, dentro de suas atribuies ou poderes, ou com violao
da lei ou do estatuto.
Assim, em sendo proposta a execuo contra a empresa, o pedido de redirecionamento ao scio administrador deve ser motivado por
situao ftica que caracterize indcio de atuao dolosa ou irregular. O pleito dever apresentar, como causa de pedir, situao
concreta que, em tese, configure ato ilcito, a justificar a responsabilidade solidria do terceiro.
Segundo se infere da CDA (fls. 55/57), a executada deixou de recolher aos cofres pblicos as contribuies previdencirias
descontadas dos segurados empregados, previstas no art. 20 da Lei 8.212/91, a que estava obrigada a apurar e recolher, por fora do
art. 30, inciso I, "a" e "b" da Lei 8.212/91.
Caracterizado, assim, em tese, crime de apropriao indbita previdenciria em razo da falta de repasse Previdncia Social das
contribuies descontadas dos salrios dos empregados, no prazo e forma legal ou convencional, que se encontra tipificado no art.
168-A do CP, evidenciando-se a infrao lei, o que atrai a responsabilidade solidria dos scios, justificando-se o
redirecionamento do feito, nos termos do art. 135, III, do CTN.
Nesse sentido o entendimento desta Corte:
TRIBUTRIO. REDIRECIONAMENTO DA EXECUO CONTRA O SCIO-GERENTE. RECOLHIMENTO DE
CONTRIBUIES SEM O REPASSE PARA O INSS. ART. 168-A DO CDIGO PENAL.
1. Construdas evidncias no sentido da prtica de atos que denotem a utilizao fraudulenta da empresa para consecuo de fins
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http://www.trf4.gov.br/escusos e pessoais, de rematado rigor a aplicao do art. 135, III, do CTN.
2. A sistemtica da responsabilidade tributria implica, na espcie, depurar do no pagamento a infrao expressa determinao
legal, no em razo do mero inadimplemento, mas em virtude de cometimento, em tese, de infrao penal ( apropriao indbita de
contribuies previdencirias).
3. Inverte-se a presuno, cabendo aos co-responsveis tributrios o nus de desconstituir a presuno de responsabilidade a eles
atribuda, autorizando, portanto, o redirecionamento postulado.
4. Agravo de instrumento provido.
(TRF4, AGRAVO DE INSTRUMENTO, 2007.04.00.001487-0, Primeira Turma, Relator Joel Ilan Paciornik, D.E. 15/05/2007)
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. SUSPENSO. EXTINO. ENCERRAMENTO DE FALNCIA.
REDIRECIONAMENTO CONTRA OS SCIOS. CABIMENTO NA HIPTESE EM QUE CONFIGURADA, EM TESE, INFRAO
LEI.
...
2. O redirecionamento da execuo encontra bice na ausncia de causa justificadora, eis que fundada no simples fato de ter
havido o encerramento do processo falimentar sem o pagamento do crdito oriundo da falta de recolhimento de contribuies
previdencirias a cargo da empresa. assente na jurisprudncia que a responsabilidade dos scios, em relao s dvidas fiscais
contradas por esta, somente se afirma se aquele, no exerccio da gerncia ou de outro cargo na empresa, abusou do poder ou
infringiu a lei, o contrato social ou estatutos, a teor do que dispe a lei tributria, ou, ainda, se a sociedade foi dissolvida
irregularmente (artigo 135 do Cdigo Tributrio Nacional). Ademais, o 13 da Lei n 8.620/93 teve sua constitucionalidade afastada
pelo Plenrio desta Corte, em 28 de junho de 2000, por ocasio do julgamento da argio de inconstitucionalidade no Agravo de
Instrumento n 1999.04.01.096481-9/SC, em que foi relator o Desembargador Federal Amir Sarti.
3. Com relao ao dbito correspondente a reteno de valores devidos pelos empregados e no repassados aos cofres pblicos
pelo empregador, a situao diversa, pois tal proceder constitui conduta tipificada criminalmente, o que justifica o
redirecionamento pretendido pela exeqente, estando caracterizada, em tese, infrao lei (art. 95 da Lei n 8.212, revogado pela
Lei n 9.983, e art. 168-A do CP), a enquadrar-se na hiptese legal de responsabilizao tributria. A existncia efetiva de
responsabilidade matria a ser debatida e comprovada em sede de embargos, se houver.
(TRF4, APELAO CIVEL, 2005.04.01.025261-5, Primeira Turma, Relator Vivian Josete Pantaleo Caminha, DJ 17/05/2006)
Presente, no caso concreto, situao de no recolhimento de contribuies previdencirias descontadas dos salrios, o que caracteriza
infrao lei tributria e, em tese, infrao penal, fica caracterizada a causa justificadora do redirecionamento suficiente para que se
autorize a integrao dos scios ao plo passivo da execuo. Tem-se por efeito a inverso do nus da prova, que passa a recair
sobre os scios administradores, quanto eventual inocorrncia de violao lei.
Por fim, observo que, embora a agravante sustente que era mera figura decorativa nos quadros da empresa, poca dos dbitos, era a
sua Diretora Vice-Presidente (fl. 167), cabendo-lhe produzir provas, mediante embargos, de que no respondia de qualquer forma
pela gesto.
Ante o exposto, com fundamento no art. 557, do CPC, nego seguimento ao agravo de instrumento.
Intimem-se.
Preclusa a deciso, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 17 de setembro de 2007.
00003 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031089-5/SC
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : LA CLAUDIA COM/ E CONFECCOES LTDA/ ME
ADVOGADO : Jefferson Manarim
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
La Claudia Comrcio e Confeces Ltda. interpe agravo de instrumento contra deciso que, em execuo fiscal, indeferiu a
penhora dos bens nomeados pela executada, vazada nos seguintes termos:
"1- Fl. 46: Os bens nomeados pela executada so de difcil alienao, no podendo ser movimentada a mquina judiciria, com os
gastos inerentes a isto, para a realizao de hasta pblica que restar infrutfera ou, sendo positiva, provavelmente no satisfar o
dbito. Assim, indefiro a penhora pretendida.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 2685
http://www.trf4.gov.br/2- Abra-se vista dos autos ao() Exeqente para indicao de bens passveis de penhora.
3- No sendo encontrados bens passveis de penhora, comprovado nos autos (Negativa do RI, DETRAN e Declarao de Bens) ou,
no caso de imveis, comprovada a solicitao de pesquisa junto aos ofcios de Registro de Imveis, fica deferida a consulta ao
BACEN-JUD.
4- Sendo negativa a diligncia supra, estando a empresa em atividades, expea-se mandado de penhora sobre o faturamento bruto
mensal da executada, no montante de 05%, nomeando-se depositrio o seu representante legal, o qual dever trazer aos autos o
comprovante do depsito efetivamente realizado, juntamente com o balancete mensal da empresa, at o dia 15 de cada ms.
5- Estando a Executada desativada e no sendo localizados bens passveis de penhora, diga o(a) Exeqente sobre o prosseguimento
do feito. Na ausncia de manifestao os autos sero suspensos, nos termos do art. 40, da LEF."
A agravante afirma que no poderia o juzo, sem declarao de expert sobre os bens, sem vistoriar os bens, sem lev-los a leilo e
sem ouvir a credora, indeferir a nomeao penhora de 250 saias para senhora, no valor de R$100,00 cada uma. Alega que a deciso
contraria o disposto no art. 620 do CPC e que a forma prevista no art. 11 da Lef e 656 do CPC devem ser interpretados de maneira
menos rgida. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
O juzo determinou abertura de vista exeqente para que indique bens passveis de penhora. Tal ato demanda pesquisa de bens,
bem como indicao e submisso ao juzo.
Logo, inexiste perigo de leso grave e de difcil reparao a justificar a concesso da tutela jurisdicional liminarmente, sem prvio
contraditrio.
Ausente um dos requisitos previstos no art. 558 do CPC, indefiro, por ora, o pedido de atribuio de efeito suspensivo at
manifestao da Unio.
Intime-se, com urgncia, a agravada para contraminutar e, especialmente, para dizer se persiste o interesse na referida penhora,
conforme manifestado fl. 60.
Aps, voltem conclusos.
Porto Alegre, 03 de outubro de 2007.
00004 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031437-2/RS
RELATOR : Des. Federal VILSON DARS
AGRAVANTE : IRMAOS BILHALVA LTDA/
ADVOGADO : Vanderlei Jose Bobrowski
: Lara Rejane Farias Centeno
AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Milton Drumond Carvalho
: Terezinha Clotildes Neves Ayala
DECISO
IRMOS BILHALVA LTDA. interps agravo de instrumento da deciso do juzo a quo constante na Execuo Fiscal n
9919044903 que no acolheu a exceo de pr-executividade apresentada.
Pleiteou a concesso do efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
Na lio do emrito JOS CARLOS BARBOSA MOREIRA, so requisitos extrnsecos de admissibilidade de um recurso a
tempestividade, a regularidade formal e o preparo (in O Novo Processo Civil Brasileiro, ed. Forense, 18 ed., p. 137/138).
Na espcie, a agravante, ao trazer a Juzo suas razes, esbarrou no segundo requisito de admissibilidade, uma vez que, de acordo
com os documentos juntados, verifica-se no constar nos autos a cpia da procurao do subscritor do recurso.
O artigo 525, inciso I, do CPC, na redao que lhe deu a Lei n 9.139/95, prescreve que cabe ao agravante instruir o recurso "
obrigatoriamente, com a cpia da deciso agravada, da certido da respectiva intimao e das procuraes outorgadas aosadvogados do agravante e do agravado."
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 15 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Nesse sentido, veja-se a jurisprudncia a seguir ementada:
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSNCIA DE PEA OBRIGATRIA. NO PREENCHIMENTO DO
PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE. AGRAVO INTERNO. -
indispensvel o traslado de todas as peas obrigatrias formao do agravo, importando a ausncia de quaisquer delas no no
conhecimento do recurso, sendo responsabilidade do agravante zelar pela completa formao do instrumento. (AGTAG
200404010260747, DJU 11/08/2004 p. 448, Relator VALDEMAR CAPELETTI)
"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSNCIA DE PEA OBRIGATRIA. NO-CONHECIMENTO.
INOVAO EM SEDE RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSO CONSUMATIVA.
1. A agravante no aparelhou a sua pea recursal com cpia da procurao outorgada aos advogados, pea cuja juntada
obrigatria, a teor do art. 525, I, do CPC. Assim, imps-se o no-conhecimento do recurso manejado, ante a sua inadmissibilidade.
Impossibilidade de se inovar em sede recursal, aproveitando-se da interposio de novo recurso para complementar o anterior.
Ocorrncia da precluso consumativa. Agravo legal improvido.
AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.017816-6/RS - DJU: 11/07/07 - RELATOR : Des. Federal
JOEL ILAN PACIORNIK "
Isso posto, considerando que o recurso no est formalmente regular, nego seguimento ao presente agravo de instrumento, nos
termos do artigo 557 do Cdigo de Processo Civil.
Com as cautelas legais, d-se baixa na distribuio e remetam-se os autos a Juzo a quo.
Porto Alegre, 05 de outubro de 2007.
00005 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031587-0/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : MARIA DE LURDES TRELLES NIENDICKER
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi e outros
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Maria de Lurdes Trelles Niendicker interpe agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de
sentena originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria
ajuizada pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
A agravante alega que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 2685
http://www.trf4.gov.br/regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
Gilmar Mendes)
Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR, Ministro Jos Delgado, DJU de 29/09/2005).
4. Apelao parcialmente provida. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.13.000082-2/PR, Primeira Turma, Relator Desembargador
Federal lvaro Eduardo Junqueira, DE de 16/05/2007).
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELA APADECO. SENTENA DESCONSTITUDA PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSPENSO DA EXECUO. - Tendo em vista a deciso do Supremo Tribunal Federal no
agravo regimental no AI 382.298, rescindindo a sentena exeqenda por ilegitimidade da Associao Paranaense dos Direitos de
Defesa do Consumidor para o ajuizamento de ao civil pblica em matria tributria, mostra-se razovel a suspenso da execuo
at o trnsito em julgado do referido acrdo, a fim de evitar-se pagamento de valores com base em ttulo judicial que est sendo
rescindido. (TRF4, AG 2005.04.01.048976-7, Segunda Turma, Relator Sebastio Og Muniz, DJ 01/02/2006)
PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. SUSPENSO . AO RESCISRIA. PROCEDNCIA.
A fim de evitar o pagamento de valores fundados em ttulo judicial rescindido, devem ser suspensas as execues de sentena
relativas Ao Civil Pblica 93.0013933-9, ajuizada pela APADECO. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.05.001828-7/PR,
Segunda Turma, Relator Leandro Paulsen, D.E. de 11/04/2007).
A deciso ora lanada no afronta nem nega vigncia ao art. 489 do CPC nem tampouco importa em usurpao da competncia do
STF.
Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, fulcro no art. 557 do CPC.
Intimem-se.
Oportunamente, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 04 de outubro de 2007.
00006 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031589-3/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : MARIA TEREZINHA BORDIN e outros
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Maria Terezinha Bordin e outros interpem agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de
sentena originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria
ajuizada pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
Os agravantes alegam que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 2685
http://www.trf4.gov.br/suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
Gilmar Mendes)
Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR, Ministro Jos Delgado, DJU de 29/09/2005).
4. Apelao parcialmente provida. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.13.000082-2/PR, Primeira Turma, Relator Desembargador
Federal lvaro Eduardo Junqueira, DE de 16/05/2007).
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELA APADECO. SENTENA DESCONSTITUDA PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSPENSO DA EXECUO. - Tendo em vista a deciso do Supremo Tribunal Federal no
agravo regimental no AI 382.298, rescindindo a sentena exeqenda por ilegitimidade da Associao Paranaense dos Direitos de
Defesa do Consumidor para o ajuizamento de ao civil pblica em matria tributria, mostra-se razovel a suspenso da execuo
at o trnsito em julgado do referido acrdo, a fim de evitar-se pagamento de valores com base em ttulo judicial que est sendo
rescindido. (TRF4, AG 2005.04.01.048976-7, Segunda Turma, Relator Sebastio Og Muniz, DJ 01/02/2006)
PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. SUSPENSO . AO RESCISRIA. PROCEDNCIA.
A fim de evitar o pagamento de valores fundados em ttulo judicial rescindido, devem ser suspensas as execues de sentena
relativas Ao Civil Pblica 93.0013933-9, ajuizada pela APADECO. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.05.001828-7/PR,
Segunda Turma, Relator Leandro Paulsen, D.E. de 11/04/2007).
A deciso ora lanada no afronta nem nega vigncia ao art. 489 do CPC nem tampouco importa em usurpao da competncia do
STF.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, fulcro no art. 557 do CPC.
Intimem-se.
Oportunamente, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 04 de outubro de 2007.
00007 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031600-9/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : FELIPE HENNING e outro
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi e outros
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Felipe Henning e outro interpem agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de sentena
originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria ajuizada
pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
Os agravantes alegam que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
Gilmar Mendes)
Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR, Ministro Jos Delgado, DJU de 29/09/2005).
4. Apelao parcialmente provida. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.13.000082-2/PR, Primeira Turma, Relator Desembargador
Federal lvaro Eduardo Junqueira, DE de 16/05/2007).
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELA APADECO. SENTENA DESCONSTITUDA PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSPENSO DA EXECUO. - Tendo em vista a deciso do Supremo Tribunal Federal no
agravo regimental no AI 382.298, rescindindo a sentena exeqenda por ilegitimidade da Associao Paranaense dos Direitos de
Defesa do Consumidor para o ajuizamento de ao civil pblica em matria tributria, mostra-se razovel a suspenso da execuo
at o trnsito em julgado do referido acrdo, a fim de evitar-se pagamento de valores com base em ttulo judicial que est sendo
rescindido. (TRF4, AG 2005.04.01.048976-7, Segunda Turma, Relator Sebastio Og Muniz, DJ 01/02/2006)
PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. SUSPENSO . AO RESCISRIA. PROCEDNCIA.
A fim de evitar o pagamento de valores fundados em ttulo judicial rescindido, devem ser suspensas as execues de sentena
relativas Ao Civil Pblica 93.0013933-9, ajuizada pela APADECO. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.05.001828-7/PR,
Segunda Turma, Relator Leandro Paulsen, D.E. de 11/04/2007).
A deciso ora lanada no afronta nem nega vigncia ao art. 489 do CPC nem tampouco importa em usurpao da competncia do
STF.
Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, fulcro no art. 557 do CPC.
Intimem-se.
Oportunamente, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 04 de outubro de 2007.
00008 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031668-0/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : AGDA NUERNBERG HABLICH e outros
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi e outros
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Agda Nuernberg Hablich e outros interpem agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de
sentena originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria
ajuizada pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
Os agravantes alegam que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Gilmar Mendes)
Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR, Ministro Jos Delgado, DJU de 29/09/2005).
4. Apelao parcialmente provida. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.13.000082-2/PR, Primeira Turma, Relator Desembargador
Federal lvaro Eduardo Junqueira, DE de 16/05/2007).
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELA APADECO. SENTENA DESCONSTITUDA PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSPENSO DA EXECUO. - Tendo em vista a deciso do Supremo Tribunal Federal no
agravo regimental no AI 382.298, rescindindo a sentena exeqenda por ilegitimidade da Associao Paranaense dos Direitos de
Defesa do Consumidor para o ajuizamento de ao civil pblica em matria tributria, mostra-se razovel a suspenso da execuo
at o trnsito em julgado do referido acrdo, a fim de evitar-se pagamento de valores com base em ttulo judicial que est sendo
rescindido. (TRF4, AG 2005.04.01.048976-7, Segunda Turma, Relator Sebastio Og Muniz, DJ 01/02/2006)
PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. SUSPENSO . AO RESCISRIA. PROCEDNCIA.
A fim de evitar o pagamento de valores fundados em ttulo judicial rescindido, devem ser suspensas as execues de sentena
relativas Ao Civil Pblica 93.0013933-9, ajuizada pela APADECO. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.05.001828-7/PR,
Segunda Turma, Relator Leandro Paulsen, D.E. de 11/04/2007).
A deciso ora lanada no afronta nem nega vigncia ao art. 489 do CPC nem tampouco importa em usurpao da competncia do
STF.
Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, fulcro no art. 557 do CPC.
Intimem-se.
Oportunamente, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 04 de outubro de 2007.
00009 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031789-0/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : ASSIR WRZECIONEK e outros
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi e outros
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Assir Wrzecionek e outros interpem agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de sentena
originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria ajuizada
pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
Os agravantes alegam que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 2685
http://www.trf4.gov.br/de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
Gilmar Mendes)
Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR, Ministro Jos Delgado, DJU de 29/09/2005).
4. Apelao parcialmente provida. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.13.000082-2/PR, Primeira Turma, Relator Desembargador
Federal lvaro Eduardo Junqueira, DE de 16/05/2007).
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELA APADECO. SENTENA DESCONSTITUDA PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSPENSO DA EXECUO. - Tendo em vista a deciso do Supremo Tribunal Federal no
agravo regimental no AI 382.298, rescindindo a sentena exeqenda por ilegitimidade da Associao Paranaense dos Direitos de
Defesa do Consumidor para o ajuizamento de ao civil pblica em matria tributria, mostra-se razovel a suspenso da execuo
at o trnsito em julgado do referido acrdo, a fim de evitar-se pagamento de valores com base em ttulo judicial que est sendo
rescindido. (TRF4, AG 2005.04.01.048976-7, Segunda Turma, Relator Sebastio Og Muniz, DJ 01/02/2006)
PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. SUSPENSO . AO RESCISRIA. PROCEDNCIA.
A fim de evitar o pagamento de valores fundados em ttulo judicial rescindido, devem ser suspensas as execues de sentena
relativas Ao Civil Pblica 93.0013933-9, ajuizada pela APADECO. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.05.001828-7/PR,
Segunda Turma, Relator Leandro Paulsen, D.E. de 11/04/2007).
A deciso ora lanada no afronta nem nega vigncia ao art. 489 do CPC nem tampouco importa em usurpao da competncia do
STF.
Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, fulcro no art. 557 do CPC.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Intimem-se.
Oportunamente, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 04 de outubro de 2007.
00010 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031797-0/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : ANTONIO RUKEL e outros
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi e outros
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Antonio Rukel e outros interpem agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de sentena
originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria ajuizada
pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
Os agravantes alegam que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
Gilmar Mendes)
Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR, Ministro Jos Delgado, DJU de 29/09/2005).
4. Apelao parcialmente provida. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.13.000082-2/PR, Primeira Turma, Relator Desembargador
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Federal lvaro Eduardo Junqueira, DE de 16/05/2007).
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA AJUIZADA PELA APADECO. SENTENA DESCONSTITUDA PELO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUSPENSO DA EXECUO. - Tendo em vista a deciso do Supremo Tribunal Federal no
agravo regimental no AI 382.298, rescindindo a sentena exeqenda por ilegitimidade da Associao Paranaense dos Direitos de
Defesa do Consumidor para o ajuizamento de ao civil pblica em matria tributria, mostra-se razovel a suspenso da execuo
at o trnsito em julgado do referido acrdo, a fim de evitar-se pagamento de valores com base em ttulo judicial que est sendo
rescindido. (TRF4, AG 2005.04.01.048976-7, Segunda Turma, Relator Sebastio Og Muniz, DJ 01/02/2006)
PROCESSO CIVIL. EXECUO DE TTULO JUDICIAL. SUSPENSO . AO RESCISRIA. PROCEDNCIA.
A fim de evitar o pagamento de valores fundados em ttulo judicial rescindido, devem ser suspensas as execues de sentena
relativas Ao Civil Pblica 93.0013933-9, ajuizada pela APADECO. (TRF da 4 Regio, AC n 2004.70.05.001828-7/PR,
Segunda Turma, Relator Leandro Paulsen, D.E. de 11/04/2007).
A deciso ora lanada no afronta nem nega vigncia ao art. 489 do CPC nem tampouco importa em usurpao da competncia do
STF.
Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento, fulcro no art. 557 do CPC.
Intimem-se.
Oportunamente, origem, com baixa definitiva.
Porto Alegre, 04 de outubro de 2007.
00011 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 2007.04.00.031800-6/PR
RELATORA : Juza TAS SCHILLING FERRAZ
AGRAVANTE : ANTONIO ANACLETO DE ARAUJO e outros
ADVOGADO : Geonir Edvard Fonseca Vincensi e outros
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Simone Anacleto Lopes
DECISO
Antnio Anacleto de Araujo e outros interpem agravo de instrumento contra deciso que determinou a suspenso da execuo de
sentena originria da Ao Civil Pblica 93.0013933-9 (APADECO) enquanto no ocorrer o trnsito em julgado da ao rescisria
ajuizada pela Unio perante o STF para desconstituir o acrdo proferido naquela ao.
Os agravantes alegam que entendimento consolidado no STJ no sentido de que a execuo de sentena rescindenda no pode ser
suspensa luz da norma inserta no art. 489 do CPC, salvo em casos excepcionais, quando presentes os requisitos para antecipao
de tutela insculpidos no art. 273. Afirma que no h falar em poder geral de cautela e que competncia do STF enfrentar a questo
da suspenso da execuo da sentena rescindenda e no do juiz da execuo. Requer a atribuio de efeito suspensivo.
o relatrio. Decido.
A jurisprudncia desta Corte est consolidada no sentido de que as execues de sentena referentes ao civil pblica n
93.0013933-9 devem permanecer paralisadas enquanto no sobrevier o trnsito em julgado no AI n 382.298 AgR/RS, que tramita
junto ao e. STF, em cujo bojo foi desconstitudo o ttulo judicial que amparava o pleito.
Em 04/05/2004, o egrgio Supremo Tribunal Federal, julgando o AI n 382298-Agr/RS, assim decidiu:
EMENTA: Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Recurso extraordinrio. Ao Rescisria. 3. Ilegitimidade ativa da
associao de defesa do consumidor para propor Ao Civil Pblica na defesa de direitos individuais homogneos. Matria
devidamente prequestionada. Questo relativa s condies da ao no pode ser conhecida de ofcio. 4. Emprstimo compulsrio
sobre aquisio de combustveis. Qualificao dos substitudos como contribuintes. 5. Inexistncia de relao de consumo entre o
sujeito ativo (poder pblico) e o sujeito passivo (contribuinte). 6. Precedentes do STF no sentido de que o Ministrio Pblico no
possui legitimidade para propor ao civil pblica com o objetivo de impugnar a cobrana de tributos. 7. Da mesma forma, a
associao de defesa do consumidor no tem legitimidade para propor ao civil pblica na defesa de contribuintes. 8. Agravo
regimental provido e, desde logo, provido o recurso extraordinrio, para julgar procedente a ao rescisria. (Relator Ministro
Gilmar Mendes)
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 2685
http://www.trf4.gov.br/Esto agora pendentes de julgamento embargos de divergncia e embargos infringentes, ambos interpostos em 17.04.07 pela
APADECO, nos embargos de declarao no agravo regimental no agravo de instrumento.
Nesse sentido, embora no partilhe, em absoluto, do entendimento que foi estabelecido no julgado do Pretrio Excelso, ainda no
definitivo, a soluo que prestigia minimamente a unidade de procedimentos na execuo de sentena do julgado em discusso, a
de suspenso. Nessa linha:
EXECUO DE SENTENA. AO CIVIL PBLICA. APADECO. RESCISO DO JULGADO. SENTENA. NULIDADE DA
EXECUO. REFORMA PARCIAL. SUSPENSO DO FEITO.
1. O ttulo judicial ostentado pela coletividade, extrado em sede de Ao Civil Pblica foi rescindindo pelo Supremo Tribunal
Federal no AgrAI 382298.
2. Sem embargo da caracterizao ou no da relevncia da questo constitucional pois a definio da relao de consumo e a
legitimidade para as associaes proporem a Ao Civil Pblica foi relegada normao infraconstitucional, a deciso do
Supremo Tribunal Federal no se tornou imutvel, pois pende julgamento de Embargos de Declarao.
3. Anulada a sentena que julgou extinta a execuo, e determinado o sobrestamento da execuo, de ofcio, at o desfecho
definitivo da ao no Supremo Tribunal Federal, consoante precedentes desta Corte e mais recentemente do Superior Tribunal de
Justia ( STJ - 1 Turma Resp 759475/PR