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Ciências Físico-Químicas
Ficha de Trabalho
Conteúdo: Tabela Periódica – Organização
dos Elementos
Grau de dificuldade: 1
Nome:_____________________ Nº:___ Turma:___ Data:__/__/__
Tabela Periódica Na actual Tabela Periódica, os 115 elementos oficialmente conhecidos estão dispostos por ordem crescente dos seus números atómicos . O poder fascinante da tabela reside na periodicidade das propriedades dos elementos. A partir do conhecimento das propriedades físico-químicas de um dado elemento é possível prever as propriedades dos elementos vizinhos. Grupo As colunas da Tabela Periódica constituem grupos (18 no total). A identificação dos grupos é feita pelo número. Os grupos 1,2 e 13 a 18 correspondem aos elementos representativos. Alguns grupos têm nomes especiais relacionados com o comportamento químico dos respectivos elementos (famílias). Grupo 1: metais alcalinos; Grupo 2: metais alcalino-terrosos; Grupos 3 - 12: elementos de transição; Grupo 17: halogéneos; Grupo 18: gases raros, nobres ou inertes. Os elementos pertencentes ao mesmo grupo têm o mesmo número de electrões de valência; este é indicado pelo algarismo das unidades do número do grupo. O Hidrogénio, possuindo um electrão, é geralmente incluído no grupo 1. Todavia, não é um metal alcalino e, pelo facto de apresentar propriedades muito singulares, aparece por vezes destacado na parte superior da tabela. Período Na Tabela Periódica cada linha (horizontal) corresponde a um período. O primeiro período contém dois elementos, o hidrogénio e o hélio. O segundo e o terceiro período contêm, cada um, oito elementos. O quarto e quinto período contêm, cada um, dezoito elementos. O sexto período contém 32 elementos, 14 dos quais, os lantanídeos, possuem grande semelhança de propriedades e são apresentados na parte inferior da tabela. Do sétimo período apenas se conhecem 30 elementos, apesar de estar prevista a existência de 32. Catorze dos elementos deste período, os actinídeos, apresentam, também, propriedades muito semelhantes e figuram na parte inferior da tabela. Os períodos estão numerados, e dão indicação do número de níveis electrónicos preenchidos.
1. Sabendo que a distribuição electrónica de um elemento químico é 2,8,2, indique: 1.1. Qual o grupo e o período da Tabela Periódica em que se encontra esse
elemento. 1.2. A distribuição electrónica de um outro elemento pertencente ao mesmo grupo.
Justifique.
1.3. A distribuição electrónica de um outro elemento, pertencente ao mesmo período. Justifique.
2. Dos elementos apresentados na tabela seguinte indique, justificando: Elemento Número atómico X 16 Y 17 U 4 V 20 Z 18 W 35
2.1. dois elementos pertencentes ao mesmo período da T.P.; 2.2. dois elementos pertencentes ao mesmo grupo da T.P.;
2.3. um elemento que origine iões dipositivos;
2.4. um elemento que origine iões mononegativos;
2.5. um elemento que não forme, com facilidade, compostos.
3. Um elemento está localizado no grupo 17 e no 3º período da Tabela Periódica.
3.1. Qual a informação dada pelo número do período de um elemento?
3.2. Qual a informação dada pelo número do grupo de um elemento?
3.3. Escreva a distribuição electrónica do referido elemento.
3.4. O que caracteriza os elementos do grupo 17?
Ciências Físico-Químicas
Ficha de Trabalho
Conteúdo: Tabela Periódica – Utilização
Grau de dificuldade: 1
Nome:_____________________ Nº:___ Turma:___ Data:__/__/__
Utilização da Tabela Periódica
A Tabela Periódica constitui um instrumento fundamental para os químicos. Tendo compreendido a organização dos elementos, a sua utilização é fácil e imprescindível.
1. Considere o seguinte fragmento da Tabela Periódica, no qual as letras representam elementos químicos, mas não são os verdadeiros símbolos químicos:
A B
C D E F G H I J
K L M N O P Q R
S T U V W X
Y Z
Indique:
1.1. Uma característica física do elemento D.
1.2. Uma característica química do elemento J.
1.3. Um elemento com 7 electrões de valência.
1.4. A carga nuclear do elemento K.
1.5. O número de protões do elemento C.
1.6. A representação de Lewis para o elemento I.
1.7. Qual o número atómico do elemento S.
1.8. Qual a distribuição electrónica do elemento G.
1.9. A formula química do composto formado por C e H.
1.10. Qual o elemento cuja distribuição electrónica é 2,8,5.
2. Considere o seguinte fragmento da Tabela Periódica:
H He
L i Be B C N O F NE
Na Mg Al S i P S C l Ar
K Ca Sc T i
Indique:
2.1. Um metal alcalino.
2.2. Um metal alcalino – terroso.
2.3. Um halogéneo.
2.4. Um gás nobre.
2.5. Um não metal.
2.6. O grupo e o período do oxigénio.
2.7. Um metal de transição.
2.8. O número atómico do cloro.
2.9. Um elemento do mesmo grupo do sódio (Na).
2.10. Um elemento do mesmo grupo do enxofre (S).
2.11. Um elemento que forme iões monopositivos. Justifique.
2.12. Um elemento que forme iões dipositivos.
2.13. Um elemento que forme iões dinegativos.
2.14. Um elemento que forme iões mononegativos.
2.15. Um elemento que não forme iões. Justifique.
2.16. O elemento com a distribuição electrónica 2,8,8,2.
2.17. Um elemento com características de semi-metal.
2.18. O elemento de número atómico 18.
2.19. A carga nuclear do berílio (Be).
2.20. Um elemento que reaja violentamente com a água.
Movimentos e forças (1)
Repouso e movimento Um corpo está em movimento quando a sua posição varia, no decorrer do tempo, em relação a outro que tomemos como referencial. Um corpo pode estar em repouso relativamente a um referencial e, ao mesmo tempo, em movimento em relação a outro.
Exemplo: Se fores sentado num automóvel que se desloca ao longo de uma estrada, estás em repouso em relação ao automóvel. No entanto, estás em movimento em relação a uma casa junto à estrada por onde passas.
Os conceitos de repouso e movimento são relativos.
Trajectória, espaço percorrido e deslocamento Trajectória Linha imaginária que o móvel (objecto que se desloca) descreve durante o seu movimento. Pode ser rectilínea ou curvilínea. Os movimentos podem ser rectilíneos ou curvilíneos, consoante a sua trajectória descreva uma linha recta ou uma curva. Espaço percorrido – distância percorrida pelo móvel sobre a trajectória. O espaço percorrido (s) depende da trajectória. A unidade S.I. é o metro (m). Deslocamento – segmento de recta que une as posições inicial e final da trajectória do móvel. O valor do deslocamento (d) não depende da forma da trajectória. A unidade S.I. é o metro (m).
Trajectória e deslocamento são diferentes. Só são coincidentes quando o movimento é rectilíneo.
Trajectória
Deslocamento
Velocidade e rapidez média
Uma das principais grandezas que caracterizam o movimento é a maior ou menor rapidez com que ele se efectua. Esta rapidez é designada velocidade. Velocidade É o espaço percorrido por unidade de tempo. A unidade S.I. é o metro/segundo (m/s). Velocidade instantânea É a velocidade do móvel num determinado instante. É uma grandeza vectorial (com direcção e sentido). Rapidez média (ou velocidade média) Calcula-se pelo quociente entre o espaço percorrido pelo móvel e o tempo que demorou a percorrê-lo. É uma grandeza escalar.
Rapidez média = espaço percorrido/ intervalo de tempo
Rapidez média = Δs / Δt Δs = sf – si = espaço percorrido (m) Δt = tf – ti = intervalo de tempo gasto (s) A unidade S.I. para os valores de velocidade instantânea e rapidez média é o metro/segundo (m/s). Contudo, é vulgar usar km/h.
Movimentos e forças (2)
Gráficos espaço – tempo (s=f(t))
Este tipo de gráficos traduz a variação da posição do móvel em função do tempo.
Na construção deste tipo de gráficos:
- representar o espaço no eixo das ordenadas (dos yy) - representar o tempo no eixo das abcissas (dos xx) - indicar sempre junto a cada eixo a grandeza representada - indicar sempre as unidades de cada grandeza - escolher a escala adequada a cada eixo - marcar os pontos que se conhecem - unir os pontos conhecidos por linhas (em geral usam-se segmentos
de recta, de modo a facilitar a interpretação do gráfico)
Movimento rectilíneo uniforme
Movimento rectilíneo uniforme Um móvel descreve um movimento rectilíneo uniforme quando a sua trajectória é uma recta e a sua velocidade é constante. Neste tipo de movimento, a rapidez média coincide com o valor da velocidade instantânea.
Gráficos do movimento rectilíneo uniforme
Gráficos espaço – tempo (s=f(t)) Representa-se o tempo no eixo das abcissas e o espaço percorrido no eixo das ordenadas, obtendo-se uma recta oblíqua. Lei dos espaços: os espaços percorridos são directamente proporcionais aos tempos gastos a percorrê-los.
Gráficos velocidade - tempo Representa-se o tempo no eixo das abcissas e a velocidade no eixo das ordenadas, obtendo-se uma recta horizontal. Lei da velocidade: a velocidade é constante.
s
t
v
t
Movimentos e forças (3)
Aceleração e aceleração média
A maioria dos movimentos sofre constantes alterações de velocidade (Ex: arranque e travagem). Estas alterações são calculadas pela aceleração. Aceleração média (am) É a variação de velocidade de um móvel por unidade de tempo. É uma grandeza vectorial.
Aceleração média = variação de velocidade/ intervalo de tempo
am = Δv / Δt Δv = vf – vi = variação de velocidade (m/s) Δt = tf – ti = intervalo de tempo gasto (s) A unidade S.I. para o valor de aceleração média é o metro/segundo2 (m/s2).
Movimento variado Movimento variado Quando o movimento do móvel ocorre com variações de velocidade ao longo do tempo, ou seja, a velocidade não é constante. Os movimentos variados podem ser rectilíneos ou curvilíneos, consoante a sua trajectória descreva uma linha recta ou uma curva.
Movimentos e forças (4)
Gráficos velocidade – tempo (v=f(t)) Este tipo de gráficos traduz a variação da velocidade do móvel em função do tempo.
Na construção deste tipo de gráficos: - representar a velocidade no eixo das ordenadas (dos yy) - representar o tempo no eixo das abcissas (dos xx) - indicar sempre junto a cada eixo a grandeza representada - indicar sempre as unidades de cada grandeza - escolher a escala adequada a cada eixo - marcar os pontos que se conhecem - unir os pontos conhecidos por linhas (em geral usam-se segmentos
de recta, de modo a facilitar a interpretação do gráfico)
Análise de gráficos velocidade - tempo (para diversos tipos de movimento)
Gráfico 1
O móvel desloca-se a velocidade constante.
v = 0 m/s am = 0 m/s2
A aceleração é nula
Movimento rectilíneo uniforme
Gráfico 2
O móvel aumenta uniformemente a velocidade.
v > 0 m/s am = constante
A aceleração é positiva
Movimento uniformemente acelerado
Gráfico 3
O móvel diminui uniformemente a velocidade.
v < 0 m/s am = constante
A aceleração é negativa
Movimento uniformemente retardado
v
(m/s)
t (s)
v
(m/s)
t (s)
v
(m/s)
t (s)
Movimentos e forças (5)
Gráficos posição – tempo (x=f(t))
Este tipo de gráficos traduz a variação da posição do móvel em função do tempo.
Na construção deste tipo de gráficos: - representar a posição do móvel no eixo das ordenadas (dos yy) - representar o tempo no eixo das abcissas (dos xx) - indicar sempre junto a cada eixo a grandeza representada - indicar sempre as unidades de cada grandeza - escolher a escala adequada a cada eixo - marcar os pontos que se conhecem - unir os pontos conhecidos por linhas (em geral usam-se segmentos
de recta, de modo a facilitar a interpretação do gráfico) Podemos comparar o movimento de dois ou mais veículos, representando-os graficamente no mesmo sistema de eixos.
Considera o caso de um automóvel e de um camião que seguem numa mesma auto-estrada, com movimento rectilíneo uniforme, à velocidade de 100 km/h e de 50 km/h, respectivamente. Os vários gráficos posição-tempo que se seguem, correspondem a diversas situações. Gráfico 1
O automóvel e o camião partem ao mesmo tempo, do mesmo local e no mesmo sentido. -qual o que se desloca a maior velocidade?
Gráfico 2
O automóvel e o camião partem ao mesmo tempo, de locais diferentes e no mesmo sentido. - qual a distância entre os locais de partida? - qual a posição em que se cruzam e que distância é que cada um deles já tinha percorrido?
Gráfico 3
O automóvel e o camião partem ao mesmo tempo, de locais diferentes e em sentido contrário. - qual a distância entre os locais de partida? - qual a posição em que se cruzam e que distância é que cada um deles já tinha percorrido? - quanto tempo demora cada um deles a percorrer os 300 km da viagem?
Gráfico 4
O automóvel e o camião partem em instantes diferentes, do mesmo local e no mesmo sentido. - quem partiu primeiro? - quanto tempo depois partiu o segundo? - quanto tempo demora cada um deles a percorrer os 300 km da viagem?
(Adaptado de “Eu e o Planeta Azul, 9ºAno”, Porto Editora)
Movimentos e forças (6)
Gráficos velocidade - tempo e aceleração – tempo (para diversos tipos de movimento)
Movimento rectilíneo uniformemente acelerado
O móvel aumenta uniformemente a velocidade. A aceleração é constante e positiva
Movimento rectilíneo uniformemente retardado
O móvel diminui uniformemente a velocidade. A aceleração é constante e negativa
Cálculo da distância percorrida a partir de gráficos v=f(t) A partir de um gráfico velocidade - tempo (v = f(t)) pode calcular-se a distância percorrida pelo móvel, durante um determinado intervalo de tempo, calculando a área sob a linha do gráfico. Relembrar as principais fórmulas de cálculo de áreas que vão necessitar: Área do rectângulo = base x altura Área do triângulo = (base x altura) / 2 Área do trapézio = (base maior + base menor) x altura / 2 Exemplo:
(Adaptado de “Eu e o Planeta Azul,
9ºAno”, Porto Editora)
Movimentos e forças (7)
Distância de Segurança
Distância de Segurança A distância de segurança corresponde à distância que o automobilista deve manter entre ele e um possível obstáculo de forma a que, se tiver que travar e parar bruscamente, não haja colisão. De que depende esta distância? Desde que o condutor se apercebe do perigo até que reage, colocando o pé no travão, decorre um certo intervalo de tempo - o tempo de reacção. Durante esse tempo, o veículo ainda continua a deslocar-se com a velocidade que trazia, percorrendo uma certa distância - a distância de reacção. O condutor então trava e a velocidade do veículo vai diminuindo até zero (parou). Durante o tempo em que decorre a travagem – tempo de travagem – o veículo desloca-se uma certa distância – a distância de travagem. A distância total percorrida pelo veículo desde que o condutor se apercebeu do obstáculo até parar, corresponde à distância de segurança. Tempo de Reacção Intervalo de tempo desde que o condutor se apercebe do obstáculo até reagir, colocando o pé no travão. Tempo de Travagem Intervalo de tempo desde que o condutor coloca o pé no travão até parar o veículo completamente. Distância de Reacção Distância percorrida pelo veículo durante o tempo de reacção, ou seja, desde que o condutor se apercebe do obstáculo até reagir, colocando o pé no travão. Distância de Travagem Distância percorrida durante o tempo de travagem, ou seja, desde que o condutor coloca o pé no travão até parar o veículo completamente.
Distância de Segurança Distância percorrida desde que o condutor se apercebe do obstáculo até parar o veículo completamente.
Distância de Segurança = Distância de reacção + distância de travagem Exemplo:
vv
Distância de segurança = 12,5m + 37,5m = 50m A distância de segurança não depende só do tempo de reacção do condutor mas também da velocidade a que o veículo se desloca. Para igual tempo de reacção, a distância de segurança é tanto maior quanto maior a velocidade a que o veículo se deslocava quando o condutor se apercebeu do obstáculo.
Como calcular a distância de segurança
A distância de segurança pode determinar-se a partir de um gráfico v = f (t).
Para o exemplo dado o gráfico v= f (t) será: Assim, a distância de reacção corresponde à área A1, que é um rectângulo: distância de reacção = 0,5 x 25 = 12,5 m A distância de travagem corresponde à área A2, que é um triângulo: distância de travagem = (3 x 25)/2 = 37,5 m
A distância de segurança corresponde à área total:
distância de segurança = A1 + A2 = 50 m
vi = 25m/s = 90km/h
0 m 12,5 m 50 m
0 s 0,5 s 3,5 s
O condutor vê
o obstáculo
O condutor põe
o pé no travão O carro pára
dr
tr
dt
tr
A1
A2
Notar que, nas áreas calculadas, a altura corresponde ao valor inicial da velocidade do veículo e as bases correspondem, respectivamente, aos tempos de reacção e de travagem. Assim, podem calcular-se a distância de reacção (dr), a distância de travagem (dt) e a distância de segurança (ds) através das expressões: dr = vi x tr dt = (vi x tt)/2 ds = dr + dt
Energia associada ao movimento Qualquer corpo em movimento possui energia cinética. A energia cinética de um corpo depende da massa do corpo e da velocidade a que ele se desloca. Pode ser calculada pela expressão:
Ec = ½ x m x v2 A energia cinética é directamente proporcional à massa do corpo e ao quadrado da sua velocidade. Quanto maior a massa, maior a energia cinética. Quanto maior a velocidade, maior a energia cinética.
Movimentos e forças (8)
Efeitos das forças
As forças detectam-se através dos efeitos que produzem nos corpos:
Alteração do estado de repouso ou de movimento de um corpo
Alteração do movimento do corpo (valor da velocidade, direcção e sentido)
Alteração da forma de um corpo As forças podem ser de contacto (forças musculares) ou actuar à distância (forças gravíticas, magnéticas, eléctricas).
Caracterização e representação de forças
A força é uma grandeza vectorial, por isso, representa-se por vectores. Um vector é um
segmento de recta orientado. Simboliza-se por F
A unidade SI de força é o newton (N). Determina-se usando dinamómetros. Os elementos que caracterizam uma força são:
Ponto de aplicação
Direcção
Sentido
Intensidade
EXEMPLOS:
Caracterização da força 1F
Ponto de aplicação: o ponto A
Direcção: horizontal
Sentido: da esquerda para a direita
Intensidade: 20 N
Caracterização da força 2F
Ponto de aplicação: o ponto B
Direcção: vertical
Sentido: de cima para baixo
Intensidade: 80 N
Força resultante ( rF
)
A força resultante de um conjunto de forças que actuam num corpo é a força única equivalente a todas as forças desse conjunto. O vector que representa a força resultante é a soma dos vectores que representam as várias forças. Para determinar a força resultante é necessário ter em conta que os vectoresque representam essas forças podem apresentar: - a mesma direcção e o mesmo sentido - a mesma direcção e sentidos opostos - direcções diferentes. A intensidade da força resultante calcula-se de modos diferentes. Quando as forças têm a
mesma direcção e o mesmo sentido: a intensidade da força resultante é igual à soma das intensidades das forças.
Quando as forças têm a mesma direcção e sentidos opostos:
a intensidade da força resultante é igual à diferença das intensidades das forças.
Quando as forças têm a direcções perpendiculares entre si: a intensidade da força resultante calcula-se aplicando o teorema de Pitágoras.
Quando as forças têm a direcções diferentes: a intensidade da força resultante pode calcular-se usando a regra do paralelogramo.
A Professora
Helena Lança
rF
2F
1F
Movimentos e forças (9)
As Leis de Newton para o Movimento Quando um corpo está sujeito a um conjunto de forças cuja resultante é nula, a sua velocidade não se altera. O corpo pode estar em repouso ou ter movimento rectilíneo uniforme.
Inércia Oposição que o corpo oferece às alterações do estado de repouso e de movimento a que fica submetido. Um corpo em movimento rectilíneo e uniforme tende a continuar em movimento rectilíneo e uniforme; um corpo em repouso tende a continuar em repouso. 1ª Lei de Newton ou Lei da inércia
Qualquer corpo permanece no estado de repouso ou de movimento rectilíneo uniforme se a resultante das forças que actuam sobre esse corpo for nula. A massa de um corpo é uma medida da inércia desse corpo. Quanto maior for a massa do corpo, maior vai ser a sua inércia, mais difícil se torna alterar a sua velocidade. Um corpo sujeito a um sistema de forças cuja resultante não é nula tem movimento com velocidade variável, ou seja, tem aceleração.
2ª Lei de Newton ou Lei fundamental da dinâmica
A força resultante do conjunto das forças que actuam num corpo é directamente proporcional à massa do corpo e à aceleração adquirida por este. A aceleração tem a mesma direcção e o sentido da resultante de forças.
A aceleração que o corpo adquire, depende de duas variáveis:
da resultante das forças aplicadas no corpo da massa do corpo.
- Para a mesma intensidade de força resultante, quanto maior for a massa do corpo, menor será o valor da aceleração por ele adquirida.
- Para uma mesma massa, quanto maior for a intensidade da força resultante aplicada no corpo, maior será o valor da aceleração por ele adquirida.
O peso e a massa de um corpo relacionam-se, de acordo com a 2ª lei de Newton, pela expressão:
onde g é o valor da aceleração gravítica, o qual é de aproximadamente 9,8 m/s2, à superfície da Terra.
3ª Lei de Newton ou Lei da Acção Reacção
À acção de um corpo sobre outro corresponde sempre uma reacção igual e oposta que o segundo corpo exerce sobre o primeiro.
A Professora Helena Lança
Adaptado de http://fqsanches.blogspot.com/2008/12/foras-e-os-seus-efeitos-uma-fora-toda.html
Movimentos e forças (10)
Atrito As forças de atrito são forças de contacto que se opõem ao movimento relativo dos corpos ou superfícies. Resultam da interacção entre os corpos, ou entre o corpo e a superfície ou meio no qual o corpo se desloca. A intensidade destas forças depende da massa do corpo, da natureza e rugosidade das superfícies em contacto, mas não depende da área de contacto do corpo com a superfície. As forças de atrito existem sempre, quer o corpo se desloque em superfícies sólidas, em líquidos, como a água, ou em gases como o ar.
Em muitas situações é importante minimizar o atrito para facilitar o movimento. Noutras, o atrito é indispensável para que haja movimento e para o tornar seguro. Exemplo Porque é que os ciclistas se inclinam durante as corridas? A resistência que o ar oferece ao movimento dos corpos é uma força de atrito; para isso os ciclistas posicionam-se de tal modo que as forças de atrito sejam reduzidas. Porque é que se lubrifica a corrente da bicicleta? Ao colocar óleo na corrente vai fazer com que o atrito diminua, as mudanças “entrem” melhor e haja menos desgaste da corrente.
A Professora Helena Lança
Adaptado de http://fqsanches.blogspot.com/2008/12/foras-e-os-seus-efeitos-uma-fora-toda.html
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Ciências Físico-Químicas
MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DOS
COMPONENTES DE UMA MISTURA
A grande maioria dos materiais existentes na Natureza é uma mistura de várias
substâncias.
Por vezes é necessário separá-las para depois as poder usar. Como consegui-lo?
Conheces já algumas propriedades que permitem distinguir e classificar diversos tipos
de materiais. Podes distinguir substâncias com base em propriedades como o ponto de
ebulição, o ponto de fusão, a densidade e a solubilidade. Usando as diferentes
propriedades das substâncias, vamos procurar processos físicos que permitam separar
as substâncias constituintes de uma mistura, sem as alterar quimicamente. Isto
significa que após a separação das diferentes substâncias que constituem a mistura,
podes sempre voltar a obter a mistura inicial juntando novamente todas elas.
Separação de Componentes em Fases Distintas de uma Mistura Heterogénea
Separação de Componentes Sólidos
Peneiração Permite separar dois componentes sólidos de uma mistura com partículas de tamanhos diferentes. Utiliza uma rede - a peneira - cuja malha é maior que as partículas de um dos componentes e menor que as partículas do outro componente. Quando a mistura é vertida sobre a peneira, a fase sólida de partículas mais reduzidas consegue atravessá-la, enquanto a fase sólida de partículas maiores fica retida. Propriedade em que se baseia: Tamanho Exemplos: Separar farinha do farelo; separar areia das pedras.
Separação Magnética Permite separar o ferro e o níquel dos outros materiais, uma vez que estes metais têm propriedades magnéticas, sendo atraídos por ímanes. Propriedade em que se baseia: Propriedades magnéticas Exemplos: Separar os corpos ferrosos do resto do lixo das lixeiras; é um dos processos utilizados na reciclagem do lixo. Sublimação Aplica-se a misturas que contenham substâncias que sublimem facilmente (passem directamente do estado sólido ao gasoso e vice-versa). Nesse caso, aquecendo a mistura estas substâncias sublimam, passando do estado sólido ao gasoso, e recolhe-se o vapor. O vapor ao arrefecer sublima de novo, passando do estado gasoso ao sólido. Este processo permite a obtenção de substâncias com elevado grau de pureza. Propriedade em que se baseia: Facilidade de sublimação Exemplos: Separação de iodo de uma solução, separação de naftalina de uma solução.
Extracção por solvente ou dissolução fraccionada Aplica-se quando, numa mistura de substâncias, uma delas é particularmente solúvel num dado solvente. Quando existem dois componentes sólidos numa mistura e apenas um deles é solúvel num dado solvente (ou pelo menos tem uma solubilidade muito superior à do outro), ao adicionar o solvente á mistura apenas ele se dissolve. Obtém-se assim uma mistura heterogénea com duas fases, uma sólida (o sólido que não se dissolveu) e outra líquida (o solvente com o componente solúvel dissolvido). Para separar as duas fases assim obtidas, sólida e líquida, e consequentemente, para terminar a separação dos dois componentes da mistura inicial, é necessário aplicar em seguida um dos processos que permita a separação destas duas fases. Propriedade em que se baseia: Solubilidade Exemplos: Separar areia de sal por extracção com água; separar sal e açúcar por extracção com álcool.
Separação de Componentes na Fase Sólida de Componentes na Fase Líquida
Decantação Quando a fase sólida de uma mistura, mais densa, se deposita no fundo do recipiente, a fase líquida pode retirar-se escoando-a com cuidado para outro recipiente. Desvantagens: é um processo rudimentar; é difícil garantir que algumas partículas sólidas não sejam arrastadas pela fase líquida; é de difícil aplicação para partículas sólidas de reduzido tamanho e/ou pouco densas. Propriedade em que se baseia: Densidade Exemplos: Separar areia de cloreto de sódio após solubilização em água. Filtração Aplica-se também a misturas heterogéneas com uma fase sólida e uma fase líquida. Faz-se passar a mistura através de um material poroso - o filtro. Os poros do filtro devem ter um diâmetro inferior ao das partículas sólidas que se pretendem separar. Dessa forma, ao verter a mistura sobre o filtro, a fase líquida consegue atravessá-lo, enquanto as partículas sólidas ficam retidas no filtro. Materiais porosos: Tecido, papel, porcelana não vidrada, camadas de areia, papel de filtro (no laboratório). No laboratório, a filtração mais simples usa um funil onde se coloca um papel de filtro. Quando a filtração por este processo é muito demorada, recorre-se a filtração a vácuo, usando um funil de Buchner e um Kitasato. Propriedade em que se baseia: Tamanho Exemplos: Separar areia de cloreto de sódio após solubilização em água. Separação do cloreto de sódio em excesso (sólido), de uma solução saturada da mesma substância. (Pode também ser usada para separar uma fase sólida de uma fase gasosa, como é no caso do filtro do aspirador). Centrifugação Utiliza-se para conseguir separar mais rapidamente uma fase sólida de uma fase líquida, nomeadamente em misturas coloidais. A separação entre as duas fases consegue-se fazendo girar o tubo que contém a mistura em torno de um eixo, numa centrífuga. A força centrífuga que se exerce "projecta" as partículas sólidas, em suspensão, para o fundo do tubo. Após a centrifugação, as partículas sólidas ficam depositadas no findo do tubo com a fase líquida sobre aquele depósito. Com uma decantação cuidadosa podem então separar-se as duas fases. Propriedade em que se baseia: Tamanho e Densidade Exemplos: Centrifugação durante a lavagem da roupa, extracção da nata do leite para produção de manteiga; separação do plasma dos glóbulos do sangue.
Separação de Componentes Líquidos em Fases Diferentes
Decantação Pode ser utilizada para separar duas fases líquidas imiscíveis, com diferentes densidades. Geralmente este tipo de decantação é efectuado recorrendo a uma ampola de decantação ou funil de decantação. Quando a mistura é colocada na ampola de decantação, a fase líquida de maior densidade dispõe-se sob a fase líquida de menor densidade. Como a ampola de decantação possui uma torneira na base, abrindo-a deixa-se sair para outro recipiente a fase liquida mais densa. Em seguida deixa-se sair para outro recipiente a fase líquida menos densa. Propriedade em que se baseia: Densidade Exemplos: Separação de água e azeite, separação de álcool e óleo.
Separação de Componentes de uma Mistura Homogénea (Solução)
Cristalização A cristalização de uma substância dissolvida num líquido pode ser conseguida por técnicas diferentes, dependentes da mistura e das propriedades da substância que se pretende isolar: A fusão seguida de arrefecimento pode também permitir a cristalização. Usada geralmente para eliminar impurezas de uma substância. Por aquecimento a altas temperaturas a substância funde. Por arrefecimento volta a cristalizar, originando cristais com maior grau de pureza. Exemplos: Purificação do enxofre. A evaporação permite separar o componente líquido dos componentes sólidos de uma solução, mas com perda do componente líquido. Após a completa evaporação do solvente, obtém-se os cristais da substância dissolvida. O tamanho dos cristais depende da velocidade de evaporação do solvente; quanto mais lenta a evaporação maiores os cristais que se formam. Por este processo podem separar-se várias substâncias dissolvidas numa solução, desde que apresentem diferentes solubilidades. Quando o solvente começa a evaporar, a substância menos solúvel é a primeira a precipitar (devido à redução do volume de solvente a solução ficou saturada dessa substância). Os cristais formados podem ser separados por decantação ou filtração. A solução ainda contendo os restantes componentes é colocada de novo a evaporar. À medida que o solvente vai evaporando vão precipitando sucessivamente, e sendo retirados, as diferentes substâncias dissolvidas na solução, por ordem crescente de solubilidades. A este processo dá-se o nome de cristalização fraccionada. Propriedade em que se baseia: Solubilidade Exemplos: Cristalização do sal dissolvido na água; cristalização dos diversos minérios constituintes do magma.
Cromatografia Utiliza-se quando se pretende separar um soluto que existe em muito pequena quantidade em solução, de tal forma que dificilmente se poderia separar por cristalização ou destilação. Baseia-se na propriedade que algumas substâncias têm de fixarem superficialmente (adsorverem) outras. A substância que adsorve (ou fixa) chama-se fase adsorvente e pode ser uma folha de papel, papel de filtro, um pau de giz ou um material fabricado próprio para esse efeito (geralmente em colunas). Ao fazer passar a mistura pelo material adsorvente, os seus componentes são adsorvidos em regiões diferentes, de acordo com as respectivas propriedades que apresentam (por exemplo, o tamanho). Ao resultado (distribuição das substâncias pelo material adsorvente), dá-se o nome de cromatograma. Propriedade em que se baseia: Diferentes afinidades para o material adsorvente. Exemplos: Separação dos pigmentos das plantas; separação dos pigmentos de uma tinta; separação dos antibióticos dos seus meios de crescimento.
Destilação A destilação baseia-se nas diferenças de temperatura de evaporação e condensação das substâncias componentes de uma solução, ou seja, nos diferentes pontos de ebulição. Aquece-se a solução até à temperatura de ebulição de um dos seus componentes, o qual começa a passar ao estado de vapor. Ao contrário do que acontece no processo de evaporação simples, em que o vapor se perde, na destilação o vapor é obrigado a passar por um refrigerador. Ao passar pelo refrigerador, a temperatura mais baixa, o vapor condensa, permitindo recolher então essa substância no estado líquido. A destilação é aplicada na separação de líquidos relativamente voláteis (evaporam facilmente) existentes em soluções líquidas. Destilação simples Quando a solução tem vários componentes com pontos de ebulição muito diferentes podem separar-se os diversos componentes pelo processo descrito aumentando progressivamente a temperatura. As várias substâncias vão sendo vaporizadas, condensadas e recolhidas por ordem crescente dos pontos de ebulição. Destilação fraccionada Quando a solução tem alguns componentes com pontos de ebulição próximos, utiliza-se uma coluna de destilação especial, dividida em "andares", designada coluna de fraccionamento. Esta coluna permite que cheguem aos andares superiores as substâncias com ponto de ebulição mais baixo (mais voláteis), que então passam para o condensador. Nos andares de baixo, onde a temperatura é mais alta, ficam as substâncias com pontos de ebulição mais elevado (menos voláteis), que voltam a condensar antes de atingir os andares superiores, que ainda se encontram a uma temperatura inferior ao seu ponto de ebulição. Á medida que os andares superiores vão aquecendo, estas substâncias vão subindo mais andares na coluna, até atingirem o topo onde conseguem passar para o condensador para serem recolhidas. Quando conseguem fazê-lo já deverá ter saído anteriormente todo o vapor das substâncias mais voláteis. Propriedade em que se baseia: Ponto de ebulição Exemplos: Separação do sal da água (aproveitando a água), separação de álcool da água; obtenção da aguardente a partir do vinho, obtenção de diversas substâncias a partir do petróleo.
1
Forças Efeitos das forças
As forças detectam-se através dos efeitos que produzem nos corpos:
Alteração do estado de repouso ou de movimento de um corpo
Alteração do movimento do corpo (valor da velocidade, direcção e sentido)
Alteração da forma de um corpo
As forças podem ser de contacto (forças musculares) ou actuar à distância (forças gravíticas, magnéticas, eléctricas).
Caracterização e representação de forças
A força é uma grandeza vectorial, por isso, representa-se por vectores. Um vector é um segmento de recta orientado. Simboliza-se por A unidade SI de força é o newton (N). Determina-se usando dinamómetros. Os elementos que caracterizam uma força são:
Ponto de aplicação
Direcção
Sentido
Intensidade
EXEMPLOS: Caracterização da força
Ponto de aplicação: o ponto A
Direcção: horizontal
Sentido: da esquerda para a direita
Intensidade: 20 N
Caracterização da força
Ponto de aplicação: o ponto B
Direcção: vertical
Sentido: de cima para baixo
Intensidade: 80 N
2
Força gravítica
A força gravítica é responsável pelo
movimento dos planetas à volta do Sol e dos
satélites naturais à volta dos planetas
principais. É uma força central.
A força gravítica resulta da atracção entre
as massas de dois corpos. Qualquer corpo,
por muito pequena que seja a sua massa,
atrai para si todas as outras massas que se
encontram à sua volta, ainda que por vezes
esta atracção não seja perceptível.
A intensidade da força gravítica é:
Tanto maior quanto maior massa tiverem os corpos
Tanto menor quanto maior a distância entre os corpos
As marés são o efeito visível das forças de
atracção gravítica que a Lua e o Sol
exercem sobre a Terra.
A Lua, devido à sua proximidade com a
Terra, influencia mais o ciclo das marés do
que o Sol.
As marés vivas resultam da acção conjunta da
atracção gravítica do Sol e da Lua, actuando
na mesma direcção.
A Professora
Helena Lança
1
Características do Movimento Movimento e repouso
Um corpo está em movimento se a sua posição variar no decorrer do tempo.
Um corpo está em repouso se a sua posição não varia no decorrer do tempo.
Trajectória – é a linha que une as sucessivas posições ocupadas por um corpo durante
o seu movimento, ou seja, o caminho por ele percorrido.
Pode ser rectilínea ou curvilínea.
Trajectória rectilínea Trajectória curvilínea
Trajectória circular A trajectória de qualquer ponto da Terra, durante o seu movimento de rotação.
Trajectória elíptica A trajectória de qualquer ponto da Terra, durante o seu movimento de translação.
O comprimento da trajectória chama-se distância percorrida.
Rapidez média
A rapidez média de um corpo em movimento, está relacionada com a distância que esse
corpo percorre num determinado intervalo de tempo. Exemplo: Uma viagem de 350 km demorou 5h. A rapidez média durante a viagem foi:
hkmh
km
t
drm /70
5
350
Isto é, a rapidez média foi de 70 quilómetros por hora.
A unidade SI (Sistema Internacional) de rapidez média é o metro por segundo (m/s).
Uma unidade utilizada no dia-a-dia é quilómetro por hora (km/h).
A rapidez média da translação dos planetas é tanto maior quanto mais próximos do
Sol.
A Professora
Helena Lança
1
Características dos planetas (1)
Mercúrio Tem a maior velocidade orbital Quase não tem atmosfera Não tem luas
Vénus É o mais quente; atmosfera com nuvens de ácido sulfúrico e um enorme efeito de estufa Planeta mais brilhante no céu (conhecido por “estrela” da manhã ou da tarde) Não tem luas Tem movimento de rotação no sentido contrário ao da Terra e muito lento (o dia é maior
do que o ano)
Terra É o único planeta com vida Tem atmosfera (que filtra as radiações nocivas do Sol e mantém uma temperatura amena,
por efeito de estufa) Possui água no estado líquido Tem um satélite natural – a Lua
Marte É conhecido por planeta vermelho devido ao óxido de ferro (ferrugem) Tem duas luas Tem um dia igual ao da Terra
Júpiter É o maior planeta, maior que todos os outros juntos Tem o dia mais curto Tem dezasseis luas e outros pedaços de rocha que giram à sua volta (demasiado pequenos
para serem considerados luas)
Saturno Tem os maiores anéis e mais brilhantes É o menos denso (flutuaria na água) Tem 22 luas
Úrano Roda quase deitado na sua órbita e o seu movimento de rotação é no sentido contrário ao
da Terra Tem 15 luas
Neptuno Atmosfera rica em metano que lhe dá a cor azulada. Tem 8 luas
Plutão (planeta anão) Quase desconhecido Tem uma lua
A Professora
Helena Lança
1
Astros do Sistema Solar (1) Onde estamos?
UNIVERSO
Superenxame Local ou Superenxame da Virgem
Enxame Grupo Local
Galáxia Via Láctea
Sistema Solar
Terra
Constituição do Sistema Solar
O Sistema Solar é constituído por uma estrela, o Sol, nove planetas principais, cerca de 60 planetas secundários (ou satélites naturais), asteróides, cometas, meteoróides e poeiras.
Sistema Solar
Sol Cometas Planetas Asteróides Meteoróides Poeiras
Principais Planeta-anão Secundários
Plutão Lua ...
Mercúrio Vénus Terra Marte Júpiter Saturno Úrano Neptuno
2
O Sol O Sol é uma estrela de tamanho médio. Corresponde a 99,85% de toda a massa do Sistema Solar. O núcleo é a zona mais interior do Sol, onde se produz a energia que ele emite. O Sol descreve um movimento de translação em torno do centro da galáxia. Demora 225 milhões de anos a efectuar uma volta completa. O Sol também tem movimento de rotação. Como é gasoso não roda todo à mesma velocidade: a zona do equador demora 25 dias a efectuar uma rotação completa e as zonas polares demoram 30 dias.
Os planetas e os seus satélites O Sistema Solar tem oito planetas principais e um planeta-anão. Mercúrio, Vénus, Terra e Marte são os planetas mais próximos do Sol, são pequenos
e rochosos. São designados planetas interiores, terrestres ou telúricos. Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno são grandes e gasosos. São designados exteriores
e jovianos. Todos possuem satélites naturais (luas ou planetas secundários), excepto Mercúrio
e Vénus. Todos têm movimento de rotação e movimento de translação. Durante o movimento de translação os planetas descrevem órbitas elípticas.
Movimento de translação
Movimento que um astro descreve em torno do Sol ou de outro astro.
Período de translação
É o tempo que um astro demora a efectuar um movimento de translação completo.
O período de translação de um planeta em torno do Sol define a duração do ano nesse
planeta.
Movimento de rotação
Movimento que um astro descreve em torno de si próprio.
Período de rotação
É o tempo que um astro demora a efectuar um movimento de rotação completo.
O período de rotação de um planeta define a duração do dia nesse planeta.
Maior distância do
planeta ao Sol Maior período de
translação
Maior o ANO
Maior período de
rotação Maior o DIA
3
Asteróides, cometas e meteoróides
São pequenos astros que também fazem parte do Sistema Solar. Os asteróides são pequenos pedaços de rocha que se movem em torno do Sol (planetas de reduzidas dimensões). A maioria situa-se entre Marte e Júpiter, formando a Cintura de asteróides. Os cometas são pequenos corpos gelados que têm órbitas elípticas muito alongadas. Quando passam perto do Sol, tornam-se visíveis. São constituídos por núcleo, cabeleira e cauda. Os meteoróides são pedaços de rocha, geralmente provenientes de asteróides ou cometas, que saíram da sua órbita e caem em direcção a um planeta. Quando entram na atmosfera terrestre, designam-se meteoros e a maioria arde completamente e chamamos-lhes estrelas cadentes. Alguns, maiores, não ardem completamente ao atravessar a atmosfera e atingem a superfície terrestre formando crateras de impacto, são os meteoritos.
A Professora
Helena Lança
Distâncias no Universo (2)
Do muito pequeno ao muito grande... O Sistema Internacional de Unidades (S.I.) define o metro como a unidade de medida de distâncias. São usados os seus múltiplos e submúltiplos, expressando as distâncias na unidade mais adequada: Milímetros para medir a espessura de um livro Centímetros para medir a largura da secretária Metros para medir o comprimento da sala Quilómetros para medir a distância entre duas cidades …
No entanto… Nenhuma das unidades que habitualmente usamos na Terra é adequada à escala do Universo! As distâncias no Sistema Solar medem-se em unidades astronómicas. Unidade Astronómica (UA)
Distância média da Terra ao Sol.
1 UA = 150.000.000 km = 1,5 x 108 km
Um exemplo
A distância média de Júpiter ao Sol é 5,2 UA. Essa distância corresponde a quantos quilómetros? O cálculo é simples!
Se 1UA ------- 150 000 000 km então 5,2 UA ------- km
ou seja,
Em notação científica, 7,8 x 108 km é a distância de Júpiter ao Sol. Outro exemplo
A distância média da Terra à Lua é 384.400 km. Qual o valor dessa distância em unidades astronómicas?
Se 1UA ------- 150 000 000 km então UA ------- 384 400 km
ou seja,
Esta distância é bastante pequena para ser expressa em UA, por isso o km é a unidade mais adequada.
Das estrelas visíveis à noite, a mais próxima da Terra chama-se Próxima de Centauro e está a 40 000 000 000 000 km (4 x 1013 km). Mesmo em unidades astronómicas, os valores das distâncias para além do Sistema Solar, são muito grandes. Medem-se em anos-luz e em parsec. A hora-luz, o minuto-luz e o segundo-luz são submúltiplos do ano-luz. Ano-luz (a.l.)
Distância que a luz percorre num ano, no vácuo. (Velocidade da luz = 300.000 km/s)
1 a.l. = 9460.000.000.000 km = 9,46 x 1012 km
Parsec (pc)
Baseia-se no método de paralaxe. É a distância do Sol a uma estrela, quando o ângulo
de paralaxe da estrela tiver a amplitude de um segundo.
1 pc = 30.900.000.000.000 km = 3,09 x 1013 km = 3,26 a.l.
Um exemplo
A Próxima de Centauro fica a cerca de 4,2 a.l. da Terra. Essa distância corresponde a quantos quilómetros?
Se 1a.l. ------- 9,46 x 1012 km então 4,2 a.l. ------- km
ou seja,
Em notação científica: 3,969 x 1013 km é a distância da Terra à Próxima de Centauro, aproximadamente.
A luz desta estrela demora 4,2 anos a chegar à Terra. Isso significa que quando olhamos para a sua luz no céu, ela já saiu da estrela há 4,2 anos! O Sol encontra-se a 8,3 minutos-luz da Terra. A luz do Sol que vemos saiu do Sol 8,3 minutos antes.
Pode determinar-se a distância percorrida pela luz num determinado intervalo de tempo, sabendo que a sua velocidade é de trezentos mil quilómetros por segundo (300 000 km/s), ou seja, percorre 300 000 km em 1 segundo. Então, num ano com, aproximadamente, 365 dias … 365 dias x 24 horas x 60 minutos x 60 segundos = 31 536 000 segundos Ou seja, a luz percorre 1s ----------- 300 000 km 31 536 000 s ------------ km
ou seja,
(Adaptado de “FQ – 7º Ano”, ASA)
A Professora Helena Lança
1
Distâncias no Universo (2)
Potências de base 10 e notação científica
Estes números são difíceis de escrever:
Distância média de Saturno ao Sol = 1 427 000 000 km
Massa do Sol = 1 989 000 000 000 000 000 000 000 000 000 kg
Tamanho de um micróbio = 0,000001 m
Diâmetro de uma molécula = 0,000000000074 m
Escrever estes números desta maneira pode gerar confusões pois é fácil esquecermo-nos de
um zero ou então acrescentar um zero. Para evitar isso, recorre-se à chamada notação
científica, utilizando as “potências de base 10”.
Por exemplo, 100 pode ser escrito sob a forma de potência de base 10:
100 = 10 x 10 = 102 e lê-se “dez elevado a dois”
10 x 10 x 10 = 1000 = 103
10 x 10 x 10 x 10 = 10 000 = 104
10 x 10 x 10 x 10 x 10 = 100 000 = 105
Assim, o raio do Sol que é de 700 000 km, escreve-se: 7 x 100 000 = 7x105 km
Mais exemplos:
Distância da Terra ao Sol: 150 000 000 km = 1,5 x 100 000 000 km = 1,5x108 km
Raio da Terra: 6 400 km = 6,4 x 1 000 = 6,4 x 103 km
Agora que já sabes o que representam as potências de base 10, vamo-nos servir deste
conhecimento para representar números muito grandes.
Como sabes, as distâncias no céu são muito grandes comparadas com as
distâncias a que estamos habituados na Terra. Em Astronomia e em muitos outros
domínios da ciência temos que trabalhar com números muito grandes e muito
pequenos. Mas não te preocupes, que aqui vai uma ajudinha…
2
Completa os espaços que faltam:
50 = 5 x 10
5 000 = 5 x 1000 = 5 x 103
5 000 000 = 5 x 1 000 000 = ____________
300 000 = ____________ = ____________
1 4 000 000 = ______________ = __________________
1 9 000 000 000 000 000 000 000 000 000 = _______________
____________________ = 4 x 106
________________________________________ = 5 X 1013
_____________________ = 1,8 x 103
Os números muito pequenos também podem ser representados sob a forma de “potências
de base 10”. Relembra:
0,1 = 1 = 10-1
10
0,01 = 1 = 1 = 1 = 10-2
100 10x10 102
0,001 = 1 = 1 = 1 = 10-3
1000 10x10x10 103
0,000001 = 1 = 1 = 1 = 10-6
1000000 10x10x10x10x10x10 106
Coloca os seguintes valores em notação científica:
0,05 =
0,0045=
0,000033=
Mais alguns exercícios...
Via Láctea 100 000 000 000 000 000 m
Sistema Solar 10 000 000 000 000 m
Sol 1 400 000 000 m
Terra 6 400 000 m
Ser humano 1,8 m
Célula 0,000 001 m A Professora
Helena Lança
O que existe no Universo (1)
O que é o Universo?
É tudo o que existe à nossa volta… incluindo nós próprios! Do Sistema Solar às estrelas mais distantes, dos seres vivos, até às partículas que os constituem.
Astronomia é a ciência que estuda os astros.
Observando o Céu…O que vemos? Durante o dia… o Sol - a “nossa” estrela
É um corpo luminoso, astro com luz própria. Durante a noite… a Lua - o nosso satélite
É um corpo iluminado, não tem luz própria, reflecte a luz do Sol.
Como observamos o céu Pode observar-se a olho nu.
Vêem-se imensos pontinhos cintilantes – estrelas - e também é possível observar planetas e estrelas cadentes.
Podem usar-se telescópios Telescópios ópticos Radiotelescópios Telescópios espaciais Foi Galileu Galilei quem pela primeira vez construiu e usou uma luneta para observar o céu (no séc. XVII).
Para além do Sistema Solar Galáxias
Agrupamentos de muitas estrelas com gases e poeiras. Muitas estrelas têm planetas à sua volta, formando sistemas
planetários. Podem ter diversas formas: Espiral Elíptica Irregular Os enxames de galáxias são conjuntos de galáxias. Os superenxames, formados por vários enxames de galáxias, são as maiores estruturas do Universo.
O Sistema Solar encontra-se num dos braços da Via Láctea, a nossa galáxia, em forma de espiral. Andrómeda e as Nuvens de Magalhães (Grande e Pequena) são duas galáxias vizinhas. A Via Láctea, as Nuvens de Magalhães e Andrómeda pertencem ao mesmo enxame de galáxias, o Grupo Local. Este pertence ao Superenxame Local ou Superenxame da Virgem.
Nebulosas Nuvens gigantes de gás (sobretudo hidrogénio) e poeiras, resultantes da explosão de estrelas. Umas são escuras – nebulosas difusas - e outras brilhantes – nebulosas planetárias. As nebulosas difusas são berçários de novas estrelas.
Buracos Negros Restos de uma estrela grande, no final da sua vida, muito densos,
que “sugam” tudo à sua volta…até a luz! Quasares
Objectos (quase-estelares) nos confins do Universo. Parecem estrelas muito brilhantes mas são galáxias muito distantes e intensamente activas.
São os objectos mais longínquos e continuam a afastar-se.
Como evoluiu o Universo?
Os cientistas pensam que o Universo começou com uma enorme explosão - o Big Bang - há cerca de 15 mil milhões de anos, a partir de algo mais pequeno que um átomo. Desde esse instante o Universo está em expansão. Será que vai continuar a expandir-se para sempre? Ou, a certa altura, vai parar e começar a contrair-se, num Big Crunch? E voltará novamente a explodir, originando novo Universo?
A Professora Helena Lança