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1 Trabalho de Conclusão do Curso Técnico Em Mecatrônica Bruno Willians Leite Victor França da Silva Vinícius Campos Sampaio Vinicius Paternezi Comicio Vitor Guilherme Antunes Vitor Napolitano Moreira Turbina Eólica Orientador: Vínicius Peruzzi São Caetano do Sul / SP 2014 Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO ETEC Jorge Street

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Trabalho de Conclusão do Curso Técnico Em Mecatrônica

Bruno Willians Leite

Victor França da Silva

Vinícius Campos Sampaio

Vinicius Paternezi Comicio

Vitor Guilherme Antunes

Vitor Napolitano Moreira

Turbina Eólica

Orientador: Vínicius Peruzzi

São Caetano do Sul / SP

2014

Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

ETEC Jorge Street

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Turbina Eólica

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado como pré-requisito

para obtenção do Diploma de

Técnico em Mecatrônica.

São Caetano do Sul / SP

2014

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Turbina Eólica

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível.

As nossas famílias e aos nossos colegas por todo apoio e incentivo dado ao

nosso trabalho.

Aos nossos professores por todas as duvidas que tivemos no decorrer do

projeto, em especial aos seguintes professores por todo conhecimento

fornecido: Ivo, Beto, Filiputi, Rosa, Vinicius e ao Arcy.

E finalmente, gostaríamos de agradecer a todos os profissionais que nos

ajudaram nessa longa jornada, dentre eles: Seu Zé, Alemão da oficina da

estrada das lagrimas, Edson da área técnica.

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Turbina Eólica

Resumo

A energia eólica é, atualmente, a energia renovável mais promissora e

com melhor relação custo-benefício para exploração. Por isso, a utilização de

turbinas de eixo vertical e horizontal tem aumentado muito com o passar dos

anos.

Neste trabalho, pretendemos construir uma turbina eólica demonstrando

detalhadamente cada passo, assim como os componentes utilizados e o

porquê da escolha dos mesmos.

Palavras-chaves: Energia, Eólica, Sustentável.

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Turbina Eólica

Lista de Figuras

Figura 1..............................................................................................................14

Figura 2..............................................................................................................15

Figura 3..............................................................................................................20

Figura 4..............................................................................................................31

Figura 5..............................................................................................................33

Figura 6..............................................................................................................34

Figura 7..............................................................................................................37

Figura 8..............................................................................................................38

Figura 9..............................................................................................................39

Figura 10............................................................................................................40

Figura 11............................................................................................................41

Figura 12............................................................................................................44

Figura 13............................................................................................................45

Figura 14............................................................................................................47

Figura 15............................................................................................................48

Figura 16............................................................................................................49

Figura 17............................................................................................................51

Figura 18............................................................................................................53

Figura 19............................................................................................................55

Figura 20............................................................................................................56

Figura 21............................................................................................................57

Figura 22............................................................................................................58

Figura 23............................................................................................................61

Figura 24............................................................................................................63

Figura 25............................................................................................................65

Figura 26............................................................................................................65

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Figura 27............................................................................................................65

Figura 28............................................................................................................66

Figura 29............................................................................................................66

Figura 30............................................................................................................67

Figura 31....................................................................................................68 e 69

Figura 32............................................................................................................70

Figura 33............................................................................................................71

Figura 34............................................................................................................72

Figura 35............................................................................................................72

Figura 36............................................................................................................73

Figura 37............................................................................................................73

Figura 38............................................................................................................74

Figura 39............................................................................................................74

Figura 40............................................................................................................75

Figura 41............................................................................................................75

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Turbina Eólica

Sumário

Glossário............................................................................................................09

Objetivo..............................................................................................................10

Definição do Projeto...........................................................................................11

Descrição do Projeto..........................................................................................13

Diagrama Elétrico..............................................................................................14

Fluxo do Projeto.................................................................................................15

O que é a Energia Eólica...................................................................................16

O que é uma Turbina Eólica..............................................................................21

Inversor..............................................................................................................31

Bateria................................................................................................................38

Dínamo..............................................................................................................44

Regulador de Tensão........................................................................................48

Rolamento Radial..............................................................................................51

Disjuntor............................................................................................................53

Pás e Haste......................................................................................................56

Eixo...................................................................................................................58

Base para sustentação da Turbina...................................................................61

Lâmpada LED...................................................................................................63

Planilha de Custos............................................................................................67

FMEA.........................................................................................................68 e 69

Cronograma......................................................................................................70

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Croqui do projeto...............................................................................................71

Desenho em AutoCAD......................................................................................75

Cálculos para a realização do projeto...............................................................79

Conclusão.........................................................................................................80

Referências Bibliográficas.................................................................................81

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Turbina Eólica

Glossário

A Ampere

Ah Ampere/hora

C Celsius

CC Corrente Contínua

CA Corrente Alternada

H Hora

Hz Hertz

KWh Quilowatt hora

Pb Chumbo

V Volts

W Watts

Ø Diâmetro

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Turbina Eólica

Objetivo

Projetar e montar uma turbina eólica de médio porte, utilizando um dínamo

como fonte de eletricidade, e com a energia obtida alimentar aproximadamente

quinze lâmpadas de 7W cada, assim obtendo energia suficiente para alimentar

o sistema de iluminação de uma casa inteira com energia ecológica e auto

suficiente.

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Turbina Eólica

Definição do projeto

Projeto 1 – Mesa de tênis de mesa automatizada: O projeto consistia em

marcar o placar automaticamente, demonstrando-o em um painel localizado em

um determinado local perto da mesa. Decidimos não fazer esse projeto devido

ao seu alto custo e por causa do grande número de variáveis do jogo

praticamente impossíveis de prever e executar.

Projeto 2 – Turbina eólica: O projeto consiste em projetar e montar uma turbina

eólica caseira, gerando energia suficiente para alimentar quinze lâmpadas de

7W. Decidimos fazer esse projeto, pois ele é mais econômico que a mesa de

tênis e além disso é um projeto sustentável

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Turbina Eólica

Descrição do Projeto

O nosso trabalho consiste em uma turbina eólica de eixo vertical de pequeno

porte, pois a mesma obtém melhor desempenho em áreas urbanas. Os

componentes da turbina são: um eixo de rotação (figura 22), três pás eólicas

(figura 20), revestimento em metal, seis hastes de ligação (figura 21), três

rolamentos radiais (figura 17), duas arruelas, um dínamo (figura 12), uma

bateria (figura 8), um inversor (figura 4), um disjuntor (figura 18), um regulador

de tensão (figura 15) além de cantoneiras e parafusos.

As três pás eólicas são de alumínio, e possuem comprimento de 500 mm,

largura de 440 mm e sua parte curvada possui raio de 60 mm.

O eixo possui duas arruelas de alumínio, para sustentação das hastes fixadas

as pás, com ø de 30 mm posicionadas em ângulos de 120º. Elas serão

encaixadas no eixo de rotação e posicionadas na altura de 1460 mm e 1820

milímetros respectivamente.

As seis hastes que ligam as pás ao eixo de rotação serão produzidas de

alumínio, e têm 500 mm de comprimento, 41 mm de largura. Cada uma será

parafusada no furo de ø 6 mm. Na outra ponta das hastes estão fixadas as pás.

O eixo de rotação é revestido até 1000 mm de altura por um tubo de ferro com

ø 70 mm. Possui um rolamento radial na base, na altura de 10 mm, outro na

tampa da base na altura de 400 mm e outro na altura de 1400 mm

respectivamente. Na base possui uma caixa de 600 milímetros de

comprimento, 400 mm altura e 400 mm de largura, que armazena o gerador

que é ligado ao eixo de rotação.

Para gerar a tensão necessária é utilizado um dínamo (gerador), que gera uma

tensão suficiente para carregar a bateria, que depois ligada ao inversor, nos dá

autonomia de 4,25 Ah para alimentar 15 lâmpadas de LED, que utilizam 1 Ah,

assim, suprindo nossa necessidade.

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A bateria está ligada a um inversor transformador de 100w W 12V – 127V, que

transformará corrente continua em corrente alternada e elevará a tensão de 12

V para 127 V. Será feito uma instalação elétrica levando a tensão de saída do

inversor transformador para um quadro de distribuição onde será ligado em um

disjuntor 20A. E depois ligada a 15 lâmpadas LED de 7 W dividas em dois

circuitos, um com oito e outro com sete lâmpadas de LED, que são mais

econômicas e sustentáveis que as incandescentes e fluorescentes.

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Turbina Eólica

Diagrama elétrico

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Turbina Eólica

Fluxo do Projeto

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Turbina Eólica

O que é a Energia Eólica

A energia eólica é a energia obtida pelo movimento do ar (vento). É uma

abundante fonte de energia, renovável, limpa e disponível em todos os lugares.

Os moinhos de vento foram inventados na Pérsia no séc. V. Eles foram usados

para bombear água para irrigação. Os mecanismos básicos de um moinho de

vento não mudaram desde então: o vento atinge uma hélice que ao

movimentar-se gira um eixo que impulsiona uma bomba (gerador de

eletricidade).

ORIGEM

Os ventos são gerados pela diferença de temperatura da terra e das águas,

das planícies e das montanhas, das regiões equatoriais e dos polos do planeta

Terra.

A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações

do ano e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo também tem

grande influência na distribuição de frequência de ocorrência dos ventos e de

sua velocidade em um local. Além disso, a quantidade de energia eólica

extraível numa região depende das características de desempenho, altura de

operação e espaçamento horizontal dos sistemas de conversão de energia

eólica instalados. A avaliação precisa do potencial de vento em uma região é o

primeiro e fundamental passo para o aproveitamento do recurso eólico como

fonte de energia.

Para a avaliação do potencial eólico de uma região é uma necessário a coleta

de dados dos ventos com precisão e qualidade, capaz de fornecer um

mapeamento eólico da região.

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As hélices de uma turbina de vento são diferentes das lâminas dos antigos

moinhos porque são mais aerodinâmicas e eficientes. As hélices têm o formato

de asas de aviões e usam a mesma aerodinâmica. As hélices em movimento

ativam um eixo que está ligado à caixa de mudança. Através de uma série de

engrenagens a velocidade do eixo de rotação aumenta. O eixo de rotação está

conectado ao gerador de eletricidade que com a rotação em alta velocidade

gera energia.

Um aero gerador consiste num gerador elétrico movido por uma hélice, que por

sua vez é movida pela força do vento. A hélice pode ser vista como um motor a

vento, cuja quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento depende

de quatro fatores:

• da quantidade de vento que passa pela hélice

• do diâmetro da hélice

• da dimensão do gerador

• do rendimento de todo o sistema

VENTOS E MEIO AMBIENTE

A energia eólica é considerada a energia mais limpa do planeta, disponível em

diversos lugares e em diferentes intensidades, uma boa alternativa às energias

não renováveis.

IMPACTOS E PROBLEMAS

Apesar de não queimarem combustíveis fósseis e não emitirem poluentes,

fazendas eólicas não são totalmente desprovidas de impactos ambientais. Elas

alteram paisagens com suas torres e hélices e podem ameaçar pássaros se

forem instaladas em rotas de migração. Emitem certo nível de ruído (de baixa

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frequência), que pode causar algum incômodo. Além disso, podem causar

interferência na transmissão de televisão.

O custo dos geradores eólicos é elevado, porém o vento é uma fonte

inesgotável de energia. E as plantas eólicas têm um retorno financeiro a um

curto prazo.

Outro problema que pode se citado é que em regiões onde o vento não é

constante, ou a intensidade é muito fraca, obtêm-se pouca energia e quando

ocorrem chuvas muito fortes, há desperdício de energia.

Os países que mais geram energia eólica no mundo

são:

1º - China (62,7 mil megawatts)

2º - Estados Unidos (46,9 mil megawatts)

3º - Alemanha (29 mil megawatts)

4º - Espanha (21,6 mil megawatts)

5º - Índia (16 mil megawatts)

6º - França (6,8 mil megawatts)

7º - Itália (6,7 mil megawatts)

8º - Reino Unido (6,5 mil megawatts)

9º - Canadá (5,2 mil megawatts)

10º- Portugal (4 mil megawatts)

PERSPECTIVAS FUTURAS

Na crise energética atual, as perspectivas da utilização da energia eólica são

cada vez maiores no panorama energético geral, pois apresentam um custo

reduzido em relação a outras opções de energia.

Embora o mercado de usinas eólicas esteja em crescimento no Brasil, ele já

movimenta 2 bilhões de dólares no mundo. Existem 30 mil turbinas eólicas de

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grande porte em operação no mundo, com capacidade instalada da ordem de

13.500 MW.

A energia eólica pode garantir 10% das necessidades mundiais de eletricidade

até 2020, pode criar 1,7 milhão de novos empregos e reduzir a emissão global

de dióxido de carbono na atmosfera em mais de 10 bilhões de toneladas.

Os campeões de uso dos ventos são a Alemanha, a Dinamarca e os Estados

Unidos, seguidos pela Índia e a Espanha.

No âmbito nacional, o estado do Ceará destaca-se por ter sido um dos

primeiros locais a realizar um programa de levantamento do potencial eólico,

que já é consumido por cerca de 160 mil pessoas. Outras medições foram

feitas também no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, litoral do Rio de

Janeiro e de Pernambuco e na ilha de Marajó. A capacidade instalada no Brasil

é de 20,3 MW, com turbinas eólicas de médio e grande porte conectadas à

rede elétrica.

Vários Estados brasileiros seguiram os passos do Ceará, iniciando programas

de levantamento de dados de vento. Hoje existem mais de cem anemógrafos

computadorizados espalhados pelo território nacional. Um mapa preliminar de

ventos do Brasil, gerado a partir de simulações computacionais com modelos

atmosféricos é mostrado na figura abaixo.

Considerando o grande potencial eólico do Brasil, confirmado através de

estudos recentes, é possível produzir eletricidade a custos competitivos com

centrais termoelétricas, nucleares e hidroelétricas, com custo reduzido.

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Figura 3 – Mapa eólico do Brasil

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Turbina Eólica

O que é uma Turbina Eólica

A turbina eólica, ou aero gerador, é uma máquina eólica que absorve parte da

potência cinética do vento através de um rotor aerodinâmico, convertendo em

potência mecânica de eixo (torque x rotação), a qual é convertida em potência

elétrica (tensão x corrente) através de um gerador elétrico. A turbina eólica é

composta pelo rotor e pela torre que o sustenta, pela transmissão/multiplicação

e pelo conversor. Ela pode extrair energia cinética somente do ar que passa

através da área interceptada pelas pás rotativas. Embora combinada com a

eficiência do modelo, a área varrida pelo rotor circular (p r2) é um fator crucial

na determinação da energia entregue pela turbina eólica. A energia cinética

bruta por unidade de tempo, potência, do vento passando por uma área A

perpendicular ao seu vetor velocidade instantânea V, é dada por:

P = Cp 1/2 r .A.V3

Onde:

r = densidade do ar, que varia com a latitude e as condições

atmosféricas; r @ 1.2kg/m3;

Cp = é o coeficiente da performance que se relaciona com a energia cinética de

saída e depende do modelo e na relação entre a velocidade do rotor e a

velocidade do vento.

V = velocidade do vento em m/s2.

A energia potencial da turbina eólica depende do cubo da velocidade do vento;

isto significa, por exemplo, que se a velocidade do vento em um local dobrar, a

energia potencial de saída de uma turbina eólica é multiplicada por 8 ( 23 ). Esta

sensibilidade da energia com a velocidade do vento mostra a importância na

obtenção dos dados do vento para a estimativa da energia disponível.

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A velocidade média anual é um bom parâmetro para pesquisar o vento. A

tabela 2.12 serve como guia. Além da velocidade média anual do vento, as

médias mensais são úteis, já que elas dão uma melhor ideia das variações

sazonais. Isto é importante quando a investigação do abastecimento de energia

irá partir da demanda mensal.

A velocidade do vento decresce à medida que se aproxima da superfície da

terra devido à fricção entre o ar e a solo. A quantidade de decréscimo depende

da rugosidade do solo; por exemplo, áreas florestais têm menor escoamento de

ar que áreas descampadas. Medições em estações meteorológicas são

geralmente tomadas em duas alturas-padrão: 2 metros (para propósitos

agrícolas) e 10 metros (o padrão internacional para medições meteorológicas).

Pode ser possível obter dados de um instituto meteorológico que tenha as

velocidades médias anuais do vento de todas as estações meteorológicas do

país. Também pode ser válido tentar obter dados de uma universidade local.

Se houver uma estação meteorológica perto do local proposto, obtenha seus

dados lá. Se possível, visite a estação para checar se ela não está rodeada por

construções (por exemplo: árvores) que possam levar a medidas não

confiáveis. Se houver dúvidas sobre a validade das medições, use os dados

coletados nos aeroportos, que são geralmente os mais confiáveis. Mesmo

quando o local está a 100 km da estação meteorológica, os dados podem

ainda ser usados em conjunto com as comparações entre a estação e o local.

Entretanto, diferentes circunstâncias podem necessitar de correção de dados

meteorológicos. Por exemplo, locais perto das costas geralmente têm

velocidades do vento maiores do que as de uma ilha; a velocidade do vento

numa ilha é cerca de 2/3 daquela próxima à costa. Também é necessário

comparar o terreno. Estações meteorológicas geralmente fornecem velocidade

do vento em terreno-aberto. Quaisquer obstáculos tais como moitas, árvores e

construções reduzem significativamente a velocidade do vento e montanhas

podem gerar ventos muito turbulentos concentrados num local. Também é

importante a coleta de dados em tornados e calmarias. Turbinas eólicas são

normalmente projetadas para resistir a velocidades de vento abaixo de 55 m/s;

assim é necessário conhecer a velocidade de sobrevivência da turbina.

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Calmarias não ameaçam a turbina, mas podem levar a períodos inaceitáveis

sem saída de energia.

Velocidade média anual

Possibilidades de uso

para a energia eólica

Abaixo de 3 m/s Usualmente não viável, a menos em

ocasiões especiais

3-4 m/s Pode ser uma opção para bombas eólicas,

improvável para geradores eólicos

4-5 m/s Bombas eólicas podem ser competivas com bombas à Diesel. Pode ser viável para geradores eólicos isolados

Mais que 5 m/s Viável tanto para bombas eólicas quanto para geradores eólicos isolados.

Mais que 7 m/s Viável para bombas eólicas, geradores eólicos isolados e conectados à rede.

Rotor

Componente destinado a captar energia cinética dos ventos e convertê-la em

energia mecânica no eixo.

Rotor de eixo vertical

Em geral, rotores de eixo vertical têm a vantagem de não precisarem de

mecanismos de acompanhamento para variações de direção do vento. Isto

reduz a complexidade do projeto e os esforços devido a forças de "Coriolis".

Também os rotores de eixo vertical podem ser movidos por forças de "drag" ou

por forças de "lift". Os principais tipos de rotores de eixo vertical são:

- Savonius

- Darrieus

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- Turbina com torre de vórtices

Os rotores do tipo Savonius são movidos predominantemente por forças de

"drag" embora desenvolvam algum "lift". Têm relativamente alto torque de

partida, embora em baixa velocidade. Sua eficiência é baixa. Seu rendimento

mecânico máximo pode atingir 31%.

Os rotores tipo Darrieus desenvolvidos em 1927 pelo francês G.J.M Darrieus

são os mais fortes concorrentes aos cata-ventos convencionais de hélices. São

movidos por forças de "lift". Constituem-se de lâminas (duas ou três) curvas de

perfil aerodinâmico atadas pelas duas pontas ao eixo vertical. Em rotação, suas

lâminas são curvadas por força centrífuga até um diâmetro aproximadamente

igual a distância entre as pontas, assumindo a forma de uma catenária. Podem

atingir alta velocidade, mas o torque de partida é aproximadamente nulo.

Várias configurações podem ser concebidas. Estes rotores podem ser

combinados a outros rotores para aumentar o torque de partida. Sua eficiência

é alta, quase comparável aos tipos convencionais de cata-ventos.

As turbinas com torre de vórtice são unidades mais compactas do que outros

cata-ventos, fixada uma potência de saída. Estão em estágio de

desenvolvimento.

Pás

Construtivamente, as pás podem ter as mais variadas formas e empregar os

mais variados materiais. Em particular, pás rígidas de madeira, alumínio, aço,

fibra de vidro, fibra de carbono e/ou Kevlar são os mais promissores.

Fibras de vidro: Materiais compostos reforçados com fibra de vidro

oferecem boa resistência específica e resistência à fadiga, bem como os

custos competitivos para as pás. É o material utilizado em quase todas

as pás dos aero geradores dos parques eólicos da Califórnia (EUA), e já

foi utilizado em rotores de até 78m de diâmetro. As pás em materiais

compostos possibilitam uma geometria aerodinâmica lisa, contínua e

precisa. As fibras são colocadas estruturalmente nas principais direções

de propagação das tensões quando em operação.

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Aço: Os aços estruturais são disponíveis a custo relativamente baixo no

mercado interno de alguns países, e há bastante experiência na sua

utilização em estruturas aeronáuticas de todos os tamanhos. No entanto,

uma desvantagem do aço é que as pás nesse material tendem a ser

pesadas, o que acarreta aumentos de peso e custo de toda a estrutura

suporte. Pás de aço necessitam de proteção contra a corrosão, para a

qual existem diversas alternativas possíveis.

Madeira: Essa fibra natural, que também constitui um material

composto, evoluiu ao longo de milhões de anos para suportar cargas de

fadiga induzidas pelo vento, que tem muito em comum com aquelas a

que são submetidos os rotores de aero geradores. A madeira é

amplamente utilizada no mundo para pás de rotores pequenos (até 10 m

de diâmetro). O baixo peso da madeira é uma vantagem, mas deve-se

cuidar para evitar variações do teor de umidade interna, o que pode

causar degradação das propriedades mecânicas e variações

dimensionais, que enfraquecem a estrutura das pás e podem causar

rompimentos na estrutura.

Alumínio: a maior parte dos aero geradores do tipo Darrieus usam pás

feitas de ligas de alumínio, entrudadas na forma de perfil aerodinâmico.

Entretanto, ligas de alumínio não têm limite inferior de tensão de fadiga,

à medida que os ciclos de carregamento são aumentados, e este

comportamento sempre tem levantado dúvidas quanto à possibilidade

de se atingir a longa vida de 20 anos ou mais para um rotor de alumínio.

Fibra de carbono e/ou Kevlar: são materiais compostos mais

avançados, que podem ser utilizados em áreas críticas (longarina da pá,

por exemplo), para melhorar a rigidez da estrutura. Tem sido utilizados

experimentalmente, mas tais materiais tem preços altos demais para

serem utilizados nos aero geradores economicamente mais

competitivos.

A maioria dos rotores modernos tem duas ou três pás. Projetistas têm

escolhido geralmente duas pás com base no argumento de que o custo de

duas pás é menor que o de três. Outros argumentam que o custo extra da

terceira pá é compensado pelo comportamento dinâmico mais suave do rotor

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de três pás, e que o custo total do aero gerador é virtualmente idêntico quer se

usem duas ou três pás. Um rotor de três pás fornece oscilações menores de

torque no eixo, o que simplifica a transmissão mecânica.

Se um rotor de duas pás é escolhido - pelo menos para aero geradores

grandes - é usual se ter o rotor articulado, isto é, permitindo uns poucos graus

de movimento perpendicular ao eixo de rotação. Com um cubo articulado, cada

pá, ao passar pelo topo do círculo de rotação - onde a velocidade do vento é

maior devido ao gradiente vertical - move-se um pouco para trás; ao mesmo

tempo a outra pá, no curso inferior do círculo de rotação - onde o vento é

menor - move-se para frente. Este movimento de articulação alivia

significativamente as tensões na raiz das pás, e o consequente custo/benefício

mais do que compensa pelo custo extra da articulação no cubo. Como o peso

próprio das pás introduz cargas cíclicas na raiz (no plano de rotação), e

também penaliza a estrutura da torre, as pás devem obedecer ao critério de

peso mínimo, resistência à fadiga e rigidez estrutural.

Rotores modernos com mais de três pás são apenas usados quando se

necessita de um grande torque de partida, o que é basicamente o caso de

bombeamento mecânico de água. Aerodinamicamente, no entanto, grande

número de pás e alto torque de partida implicam em menor eficiência. O rotor

deve ser fabricado com grande esbeltes, precisão nos perfis aerodinâmicos,

bom acabamento superficial, que são requisitos para maximizar a eficiência

aerodinâmica.

Transmissão/ Multiplicação

A velocidade angular de rotores varia habitualmente na faixa de 15 a 220 rpm

devido a restrições de velocidade na ponta da pá (tangenciais), que operam na

ordem de 50 a 110m/s, quase independentemente do tamanho do diâmetro.

Como geradores trabalham, sobretudo geradores síncronos, há rotações

bastante altas (comum entre 1200 e 1800 RPM), torna-se necessária à

instalação de sistemas de multiplicação entre o eixo do rotor e o eixo do

gerador. Isto significa geralmente um multiplicador convencional, com dois ou

três estágios de engrenagens, apesar de transmissões metálicas também

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terem sido experimentadas. Nos aero geradores conectados às redes de

distribuição elétrica, a rotação no gerador é de, tipicamente, 1500 rpm ( para 50

Hz ) e de 1800 rpm (para 60Hz). Para aplicações onde a rede é de alta

potência, o simples e confiável gerador de indução (assíncrono) pode ser

usado; a rotação é então mantida dentro de certa porcentagem da rotação

síncrona (um pequeno ângulo de "escorregamento" é essencial para a

operação deste tipo de gerador). Devido a esta pequena (mas finita) margem

de velocidades é permitida alguma absorção de energia das flutuações rápidas

de vento na forma de energia cinética do rotor pela sua inércia. Desta forma, as

flutuações de cargas nas engrenagens da caixa de multiplicação são

levemente suavizadas.

Para alguns rotores de tamanhos pequenos, é possível a conexão direta, pois,

por exemplo, rotores de 1m de diâmetro podem atingir rotações de até 2000

RPM. Também, para potências na ordem de poucos quilowatts, geradores

especiais podem ser construídos, com baixa rotação, para conexão direta aos

rotores.

Para potências acima de 1 a 2 kW, e rotores com mais de 3m de diâmetro, a

regra geral é a utilização de alguma forma de multiplicador de velocidades

entre o rotor e o gerador. Correias, correntes e transmissões hidráulicas têm

sido utilizadas, mas a forma mais amplamente utilizada e provavelmente com

maior sucesso é a transmissão por engrenagens, nas suas várias formas,

desde engrenagens de dentes paralelos a dentes helicoidais, sistemas

planetários ou não. A multiplicação por engrenagens é a de maior eficiência.

Multiplicação por correias ou correntes tem a possibilidade de baixos custos,

porém são viáveis apenas para pequenas potências.

Geradores

A transformação de energia mecânica de rotação em energia elétrica através

de equipamentos de conversão eletromecânica é um problema

tecnologicamente dominado. Grupos geradores são correntemente

industrializados e comercialmente disponíveis. A problemática na integração

dos grupos geradores existentes a sistemas de conversão eólica envolve:

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Variações na velocidade do vento (extensa faixa de rotações por minuto

para a geração);

Variações do torque de entrada (posto que variações na velocidade do

vento induzem variações de potência disponível no eixo conjunto

gerador);

Exigência de frequência e voltagem constante na energia final

produzida;

Facilidade de instalação, operação e manutenção de tais engenhos

devido ao isolamento geográfico de muitos desses sistemas, sobretudo

em caso de pequena escala de produção ( isto é, alta confiabilidade dos

equipamentos);

Baixos custos.

Para aplicações isoladas, onde geralmente o objetivo é carregar baterias,

existem duas opções: gerador de corrente contínua ou gerador síncrono com

retificador. Em geradores DC não há necessidade de controle da velocidade do

rotor e a tensão é independente de velocidade constante, uma vez que se

exerce um controle sobre o campo, entretanto geralmente são mais pesados,

mais caros, a fabricação é principalmente para baixas potências, necessita de

regulador de tensão acoplado ao campo e de manutenção periódica. No Brasil,

para potências maiores que 1 KW, são usados os geradores síncronos com

retificador. Geradores e alternadores automotivos são produzidos em grande

quantidade, têm baixo custo (por Watt), e têm assistência técnica em

praticamente todo o território nacional. No entanto, existem apenas para

potências abaixo de 1 KW (os mais comuns são de 200-500 Watts), têm baixa

eficiência e alta rotação, o que faz de seu uso um compromisso técnico-

econômico difícil.

Já para os aero geradores conectados à rede, as principais opções que

existem são: geradores síncronos, geradores assíncronos (de indução) e

geradores de comutador de corrente alternada.

O tipo de gerador decididamente influencia o comportamento em operação do

aero gerador e suas interações com a rede. As tensões mecânicas e as

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flutuações rápidas de potência gerada diminuem quanto maior for à capacidade

e a amplitude das variações de rotação permissíveis no gerador.

Torre

As torres que elevam os rotores a altura desejada, estão sujeitas à inúmeros

esforços. Primeiramente forças horizontais devem ser levadas em conta:

resistência do rotor ("drag") e da própria torre à força do vento. Em seguida,

forças torcionais, impostas pelo mecanismo de controle de rotação da gávea

giratória e esforços verticais (peso do próprio equipamento), não devem ser

desprezados.

Quanto ao material, as torres podem ser de aço (em treliças ou tubulares), ou

tubulares de concreto. Para aero geradores menores, é possível a utilização de

torres de madeira sobre um poste de eucalipto com estais de aço.

A torre suporta a massa da naquele e das pás; as pás, em rotação, excitam

cargas cíclicas no conjunto, com a frequência da rotação e seus múltiplos, e

assim uma questão fundamental no projeto da torre é a sua frequência natural,

que deve ser desacoplada das excitações para evitar o fenômeno de

ressonância, o qual aumenta a amplitude das vibrações e tensões resultantes e

reduz a vida em fadiga dos componentes, entre outros efeitos desagradáveis.

Logo após 1973, a primeira geração de aero geradores (ditos modernos) foi

projetada com torres rígidas, com frequências naturais bem acima das forças

de rotação do rotor. Entretanto, esse enfoque conduziu a torres

desnecessariamente pesadas e caras.

À medida que a compreensão dos problemas dinâmicos de aero geradores foi

aumentando, durante a última década, tornou-se possível aero geradores mais

leves, que são consequentemente menos rígidos, mas também

significativamente mais baratos que seus antecessores.

Desde que tenha as suas frequências naturais desacopladas das da excitação

do rotor, as torres podem ser estaiada ou não. De modo geral, as frequências

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naturais de uma torre estaiada podem ser melhor reguladas variando-se a

tensão de estaiamento. Interessante notar que um estaiamento por barras de

aço é preferível ao uso de cabos, pois estes são mais elásticos e necessitam

de pré-tensões muito maiores do que as que seriam necessárias em barras

para atingir a mesma frequência natural, numa mesma configuração.

Um aero gerador moderno constitui uma estrutura esbelta, com a massa das

pás em rotação sobre uma torre, excitando cargas cíclicas sobre todo o

sistema. Um problema básico do projeto é determinar todos os modos e

frequências naturais de vibração dos componentes, em especial pás e torre,

para evitar ressonância com as frequências de excitação do rotor em operação.

A ressonância causa aumento das amplitudes de carregamento cíclico no

sistema, comprometendo a resistência à fadiga e reduzindo a vida útil prevista

para o aero gerador, que é de aproximadamente 20 anos.

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Turbina Eólica

Inversor

Figura 4 – Inversor Transformador

Modelo:

Inversor Meind 12V CC para 110V CA – 200W

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Finalidade:

Usaremos o inversor transformador para converter a corrente continua vinda da

bateria, em corrente alternada ligada ao disjuntor.

Introdução:

As baterias e mesmo pilhas fornecem baixas tensões contínuas não servindo

para alimentar aparelhos ligados na rede de energia. Os inversores ou

conversores CC – AC são aparelhos que podem converter as baixas tensões

de bateria (geralmente de 12 V de carro ou caminhão), ou mesmo de um

conjunto de pilhas grandes, em uma alta tensão alternada (geralmente 110 V

ou 220 V) para alimentar aparelhos que são plugados na rede de energia.

Muitas pessoas desejam ligar aparelhos de uso doméstico (e portanto

projetados para funcionar com 110 V ou 220 V) no carro ou mesmo alimentá-

los por pilhas e baterias.

Se bem que tais aparelhos, em geral, tenham consumo elevado e por isso não

se recomenda o uso com baterias ou pilhas, existem situações em que não se

pode escapar disso.

É o caso de sistemas de iluminação de emergência que usam lâmpadas

fluorescentes, pequenos televisores que devam ser usados em acampamentos

ou locais em que não rede de energia, e até mesmo eletrodomésticos do tipo

barbeador, ventilador, etc.

Para converter a energia disponível em baterias na forma de uma baixa tensão

contínua para alta tensão alternada são usados circuitos denominados

inversores ou conversores DC/AC.

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Funcionamento:

Figura 5 – Componentes de um inversor

Um inversor desse tipo é formado por um circuito oscilador de potência que

converte a tensão contínua pura em tensão contínua pulsante para que ela

possa ser aplicada a um transformador.

Isso é necessário pois os transformadores só podem operar com correntes que

variam, e uma corrente contínua pura não passaria por esse componente.

O transformador é o elemento seguinte do circuito e sua finalidade é elevar os

pulsos de baixa tensão do oscilador, obtendo-se em seu secundário uma alta

tensão alternada.

É importante observar que na maioria dos circuitos, a tensão alternada não é

perfeitamente senoidal, mas sim dotadas de alguns picos que podem ser

perigosos se os aparelhos alimentados forem sensíveis.

Normalmente, os osciladores são otimizados para que a tensão seja a mais

próxima possível da senóide, no entanto, isso nem sempre ocorre.

Outro problema comum nesses circuitos é o fato da frequência nem sempre ser

de 60 Hz. Muitos inversores que se destinam à lâmpadas fluorescentes e

outros aparelhos não sensíveis à frequência podem operar com frequências

mais altas, entre 200 e 1000 Hz.

Um ponto crítico no projeto do inversor é a qualidade do transformador. De

fato, esse componente determina o rendimento do circuito e se não for bem

dimensionado, a maior parte da energia pode ser perdida na forma de calor.

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Energia não se cria:

Um fato comum que ocorre com os que pretendem usar inversores é que eles

pensam que a energia pode ser criada. Muitos acham que a partir de um jogo

de pilhas ou bateria, pode-se elevar a tensão a ponto dela poder alimentar

grandes televisores, geladeiras e outros aparelhos de alto consumo.

Energia não pode ser criada. A capacidade de fornecimento de energia de

baterias e pilhas é bastante limitada. Por exemplo, se uma bateria pode

fornecer uma corrente máxima de 10 A com 12 V, sua potência máxima é 120

W.

Isso, significa que, se convertermos os 12 V dessa bateria para 120 V a

corrente máxima teórica será 1 A e nenhum aparelho de mais de 120 W poderá

ser alimentado. Isso é claro, supondo que 100% da energia possa ser

convertida, o que não ocorre na prática.

Figura 6 – Exemplo de conversão da energia

Assim, a maioria dos inversores é de baixa potência e quando operam no limite

a duração da carga da bateria ficará reduzida proporcionalmente.

Veja então que ao usar um inversor é preciso observar que não é possível criar

energia, assim, a bateria usada deve ter potência compatível com o aparelho

alimentado e sua autonomia dependerá justamente disso.

Assim, normalmente uma bateria de carro não pode fornecer energia por mais

do que umas poucas horas a qualquer aparelho de consumo mais elevado

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como, por exemplo, um pequeno televisor. Por outro lado, aparelhos cujo

consumo seja superior a 100 W dificilmente podem ser alimentados mesmo

com conversores, pois as baterias é que não dão conta da energia a ser

fornecida.

Por exemplo, para 240 W de potência usando uma bateria de 12 V, mesmo se

tivéssemos um conversor de 100% de rendimento (o que não ocorre na prática)

a corrente drenada seria da ordem de 20 ampères! Uma bateria de 30 Ah teria

a capacidade de alimentar tal aparelho por apenas 1 hora e meia!

Inversores são indicados apenas para alimentar pequenos equipamentos como

lâmpadas fluorescentes em sistemas de emergência, computadores quando

falta energia (no break), ou outros equipamentos cujo consumo não seja

elevado.

Mesmo assim, eles devem ser usados apenas quando não se dispõe da

energia da rede de corrente alternada, observando-se a autonomia da sua

fonte de alimentação.

Trabalhando com inversores:

Para o profissional é muito importante saber que tipo de inversor é

recomendado para uma determinada aplicação. Se equipamentos sensíveis

forem alimentados de forma indevida podem ocorrer danos.

Damos a seguir as principais especificações de tais aparelhos para as quais o

profissional deve estar atento:

a) Potência de saída:

O leitor deve estar certo de que o inversor pode fornecer a potência que o

aparelho a ser alimentado exige, dando certa margem de segurança para que

os componentes não trabalhem no limite. Por exemplo, se vai ser alimentada

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uma lâmpada fluorescente de 40 W o inversor deve ser capaz de fornecer pelo

menos 50 W de potência.

b) Forma de onda

Muitos inversores fornecem correntes de saída com formas de onda que não

são senoidais. Lâmpadas fluorescentes e incandescentes não são sensíveis às

formas de onda, mas existem aparelhos que não podem ser usados com

conversores que não tenham uma saída senoidal de 60 Hz.

c) Performance

Deve-se optar pelo inversor que tenha o maior rendimento possível.

Normalmente acima de 70%.

d) Isolação

A alta tensão da saída de inversores pode causar choques perigosos. Verifique

a qualidade do isolamento do sistema que alimenta o aparelho externo.

e) Colocação da bateria

Ao instalar um inversor com uma bateria não selada cuide para que ela fique

em local ventilado, pois os gases que ela produz são tóxicos.

f) Conexões

As conexões do inversor à bateria devem ser feitas com fios grossos, pois a

corrente normalmente é intensa. O cabo da bateria ao inversor deve ser o mais

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curto possível. Na figura mostramos o modo típico de instalação de um

inversor.

Figura 7 – Instalação de um inversor

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Turbina Eólica

Bateria

Figura 8 - Bateria

Modelo:

Bateria Moura 40 Ah - M40FC

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Introdução:

A bateria é um componente indispensável no projeto, e tem suas especificas

funções:

Acumulador de energia sob forma química que será transformada em

elétrica.

A bateria é uma fonte independente da turbina eólica, ou seja, com a

turbina desligada deverá fornecer energia elétrica para alimentar os

consumidores (15 lâmpadas de LED).

Com a turbina em funcionamento, a bateria se recarrega, acumulando

parte da energia elétrica produzida pelo dínamo.

Construção interna:

A bateria é um conjunto de acumuladores ácido-chumbo que armazenam

energia elétrica na forma química. Internamente, a bateria é constituída de

elementos, vasos ou células, cuja quantidade varia de 3 a 6 vasos, conforme a

tensão da bateria.

A tensão nominal em cada vaso é de 2,1V e os mesmos são ligados em série.

Figura 9 – Vista interna de uma bateria

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Observação:

A tensão real da bateria é de 12,6V, mas para efeito de cálculo usamos a

tensão nominal que é de 12V.

Construção interna de cada vaso:

Cada um dos vasos é formado por certos números de placas positivas, cujo

material ativo é o peróxido de chumbo (PbO2) de coloração marrom e placas

negativas onde o material ativo é o chumbo esponjoso (Pb) de coloração

acinzentada. O material ativo é prensado em uma grade de chumbo e

antimônio.

Ligadas em paralelo entre si, estas placas são separadas por separadores, os

quais funcionam como isoladores elétricos.

Principais componentes de uma bateria:

1 – Caixa plástica a prova de

ácido;

2 – Elementos da bateria

a – Placas positivas;

b – Placas negativas;

c – Separadores;

3 – Solução ou Eletrólito

Figura 10 – Componentes de uma bateria

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Figura 11 – Vista em corte de uma bateria

Eletrólito (solução de bateria):

É a mistura de ácido sulfúrico com água destilada com uma proporção

aproximadamente de 36% de ácido sulfúrico e 64% de água destilada.

Fórmula do eletrólito - H2SO4

Densidade:

É o peso de um dado volume de solução de bateria, dividido pelo peso de um

volume igual ao da água pura. O peso específico da água pura é de 1,000: isto

quer dizer que o eletrólito da bateria é de 1,260 a 1,280 vezes mais pesado que

a água pura. A medida da densidade da solução de uma bateria é um teste

básico do seu estado e carga, pois, a densidade do eletrólito diminui quando a

bateria está descarregada.

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Nível do eletrólito:

Uma pequena diminuição do nível do eletrólito da bateria, temporariamente

pode ser considerada normal, a evaporação e a ação química no processo de

carga libertam átomos da água. Como por exemplo, no processo de carga

existe a eletrolise da água, que liberta átomos de hidrogênio que escapam

pelos furos dos respiros das tampas, fazendo com que o nível baixe.

O nível do eletrólito da bateria deve ser verificado periodicamente (a cada 15

dias) e se necessário ser corrigido. Para isso, deve-se adicionar somente água

destilada, até completar 1,5 cm acima das placas. Muitas baterias trazem na

tampa uma marca do nível do eletrólito.

Perda de carga:

As baterias armazenadas sofrem uma perda constante de carga, mesmo que

não sejam solicitadas para nenhum uso. Essas auto descargas, como são

chamadas, variam em função da temperatura.

Por exemplo: Uma bateria à temperatura de 35oC poderá perder totalmente sua

carga em pouco mais de um mês, enquanto que uma bateria armazenada à

temperatura de 10oC, pouco perderá em um ano. Tanto a umidade como a

sujeira sobre a bateria pode provocar uma fuga de corrente entre os terminais

da bateria e o chassi do automóvel, que provoca sua descarga. O ácido que se

desprende da bateria além de causar sua descarga pode também atacar as

chapas do automóvel. Portanto, é bastante importante manter os polos e a

bateria sempre limpos e secos.

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Cuidados com a bateria durante a carga:

Retirar todas as tampas dos vasos (elementos)

Limpar os polos da bateria para evitar mau contato;

Corrigir constantemente o nível do eletrólito, se necessário;

Verificar periodicamente (a cada hora) a densidade do eletrólito para

evitar sobrecarga na bateria;

Quando for conectar ou desconectar as garras nos polos da bateria,

manter o carregador desligado para evitar faíscas;

Não fechar curto-circuito na bateria para evitar faíscas. Essas faíscas

pode causar uma forte explosão na bateria provocada pelos gases que o

eletrólito libera durante o processo de carga;

Observar as temperaturas que não devem estar abaixo de 10oC nem

acima de 50oC;

Nunca adicionar solução na bateria que está em uso normal. Se for

necessário, corrigir o nível do eletrólito. Usar somente água pura ou

destilada;

Não deixar que uma bateria se descarregue completamente;

Não armazenar bateria sobre chão ou solo de cimento por tempo

prolongado;

Conservar os polos da bateria limpos e secos para evitar a auto

descarga e a formação de zinabre sobre os terminais e quadro suporte;

Quando colocar as tampas nos elementos (vasos), observar se não foi

esquecido nenhum plástico sobre os respiros.

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Turbina Eólica

Dínamo

Figura 12 - Dínamo

Especificações:

14V - 25 A - 300 W

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Finalidade:

Recompor a carga da bateria gasta durante a utilização das lâmpadas e

fornecer energia elétrica aos componentes elétricos durante o funcionamento

das lâmpadas, mantendo uma carga constante para garantir o bom

funcionamento, bem como, uma maior vida útil de todo o sistema elétrico.

Introdução:

O dínamo é um gerador de corrente contínua, de circuito derivado, o que

significa que o enrolamento do induzido e o enrolamento de excitação se

acham ligados em paralelo.

Figura 13 – Vista interna de um dínamo

A corrente necessária para excitação do campo magnético é produzida pelo

próprio dínamo, sendo derivada do induzido (princípio da auto excitação).

Os dínamos se dividem em dois grandes grupos, que são:

1º - Dínamo com corrente contínua: É aquele que fornece corrente contínua,

isto é, corrente que circula num único sentido.

2º - Dínamo com corrente alternada: Também chamado alternador – é aquele

que fornece corrente alternada, isto é, corrente que circula num sentido e

noutro alternadamente.

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Quando o dínamo entra em funcionamento, existe entre as sapatas polares

apenas um campo magnético fraco, resultante do magnetismo remanente.

Quando as linhas de força do campo forem cortadas pelas espirais do induzido,

em movimento giratório, produz-se nestas espirais uma tensão inicialmente

fraca. Consequentemente, circulará uma corrente de excitação ainda fraca que

reforçará o campo magnético existente. Assim aumentará também a tensão

induzida nas espirais do induzido. Essa tensão, por sua vez, fará fluir uma

corrente mais elevada na bobina de campo. Na medida em que aumenta a

intensidade da corrente, também o campo magnético ficará mais intenso, até

que o dínamo esteja completamente excitado, ou seja, até que nenhum

aumento adicional da rotação e da corrente de excitação faça elevar ainda

mais a potência do campo magnético, em virtude da saturação do núcleo de

ferro.

Inversão do sentido de rotação

Um dínamo, acionado em sentido oposto ao correto, não pode excitar-se, visto

o campo magnético remanente e a tensão serem de sinais opostos e se

anularem reciprocamente, o sentido de rotação acha-se indicado na

designação do dínamo através de uma seta valendo à esquerda ou à direita,

visto sempre pelo lado oposto ao do coletor.

Polarização do dínamo

Antes de ser colocado em funcionamento, tanto na primeira montagem no

veículo como após um conserto ou uma inversão do sentido de rotação, o

dínamo deve ser sempre polarizado. Durante uns breves instantes, o dínamo

deverá funcionar no novo sentido de rotação como no motor, isto é, o terminal

positivo de uma bateria é conectado ao D+ do dínamo que será mais tarde o

seu pólo positivo. E o pólo DF ligado diretamente com a massa. Procedendo

dessa forma, o dínamo girará como se fosse um motor elétrico garantindo sua

pré-excitação.

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Figura 14 – Principais componentes de um dínamo

01. Carcaça polar

02. Induzido

03. Borne de conexão

04. Coletor

05. Mancal, lado do coletor

06. Mancal, lado de acionamento

07. Sapata polar

08. Bobina de campo

09. Porta-escovas

10. Escova

11. Mola de escova

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Turbina Eólica

Regulador de Tensão

Figura 15 – Regulador de tensão

Modelo: Gauss GA002 14V

Finalidade:

Tem por função regular a tensão de saída do dínamo, através do circuito de

excitação.

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Figura 16 – Desenho de um regulador de tensão

O princípio de regulagem de tensão consiste em comandar a corrente de

excitação do rotor. Como visto na teoria do eletromagnetismo, quanto maior a

corrente que circula numa bobina, maior será a intensidade do campo

magnético produzido por ela. Esta variação de campo é que causará a variação

da tensão produzida no alternador.

Quando a tensão ultrapassar o valor máximo indicado, o regulador de tensão

causará, segundo o regime de funcionamento, uma redução ou interrupção

total da corrente de excitação. A excitação do alternador diminuirá, e

consequentemente diminuirá a tensão produzida por ele.

Isso se passa com tanta rapidez, que a tensão do alternador fica praticamente

ajustada a um valor constante. Esta variação é tão rápida que ultimamente

tem-se optado por reguladores eletrônicos, por não possuírem contatos móveis

que se desgastariam com o tempo.

Regulador eletrônico:

O regulador eletrônico não possui contatos móveis, a tensão é regulada

eletronicamente. Para esse fim existe os diodos, transistores, resistores e

capacitores montados numa placa de circuito impresso. Não existe, pois,

nenhum componente sujeito ao desgaste mecânico, com exceção das escovas.

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Para isolarmos então o regulador do alternador, basta fazer uma ponte unindo

D + e DF; quando isto é feito, a corrente de excitação do alternador é máxima.

Observação:

Nem sempre as causas das irregularidades no sistema de carga encontram-se

no alternador ou regulador, podendo estar na bateria, cabos, correia, etc. O

regulador não exige manutenção ou regulagem.

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Turbina Eólica

Rolamento Radial

Figura 17 – Rolamento de esferas

Modelo:

Rolamento Radial de Esferas

O que é Rolamento:

Rolamentos são apoios mecânicos montados nos eixos. Basicamente, são

constituídos por dois anéis fabricados de aço especial, separados por fileiras

de esferas, ou de rolos cilíndricos ou cônicos e estas esferas ou rolos são

separados entre si por meio de porta esferas ou porta rolos. Tem como função

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suportar eixos permitindo-os realizar movimentos rotacionais com facilidade,

minimizar a fricção entre as peças móveis da máquina e suportar uma carga.

Sempre que há rotação, existe a necessidade de alguma forma de mancal, seja

por meio de rolamentos ou mancais de deslizamento.

Rolamentos Radias de Esferas

Os rolamentos radiais de esferas são compostos por um anel interno e um anel

externo, com um porta-esferas com o número máximo de esferas de

precisão. A construção do rolamento possui uma ranhura capaz de suportar

cargas radiais e axiais em qualquer sentido, o que permitem operações em alta

rotação e aplicações onde se requer baixo ruído.

Algumas vantagens e desvantagens dos rolamentos em relação aos mancais

de deslizamento são:

Vantagens

Menor atrito e aquecimento;

Coeficiente de atrito de partida (estático) não superior ao de operação

(dinâmico);

Pouca variação do coeficiente de atrito com carga e velocidade;

Baixa exigência de lubrificação;

Intercambialidade internacional;

Mantem a forma de eixo (não ocasiona desgaste do eixo);

Pequeno aumento da folga durante a vida útil;

Desvantagens

Maior sensibilidade aos choques;

Maiores custos de fabricação;

Tolerância pequena para carcaça e alojamento do eixo;

Não suporta cargas tão elevadas como os mancais de deslizamento;

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Turbina Eólica

Disjuntor

Figura 18 - Disjuntor

Modelo:

Disjuntor unipolar Lorenzetti DLBE 1020 – 20A

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Finalidade:

Os disjuntores têm o mesmo papel dos fusíveis. Ele é um sistema de

segurança de um circuito elétrico, contra sobrecargas elétricas ou curtos-

circuitos, que tem a função de cortar a passagem de corrente elétrica no

circuito, caso a intensidade da corrente ultrapassar a intensidade limite que,

normalmente, vem especificada nos próprios disjuntores. Uma boa

característica dos disjuntores, é que, além de proteger a corrente, ele também

serve como dispositivo de manobra, funcionando como interruptores normais

que permitem interromper manualmente a passagem de corrente elétrica.

Para reativar o disjuntor, basta que ligue a chave (dispositivo de manobra)

novamente, enquanto que nos fusíveis queimados precisamos trocá-los por

novos, podendo até tomar choque, quanto que isto não ocorre quando

religamos o disjuntor.

Foi escolhido um disjuntor unipolar de 2A, pois é o suficiente para uma tensão

de 127V e passagem de corrente de 1A que as 15 lâmpadas irão utilizar.

Existem vários tipos de disjuntores, sendo os mais comuns:

Disjuntor Térmico: Um disjuntor térmico é um sistema eletromecânico

simples e robusto. Em contrapartida, não é muito preciso e dispõe de um

tempo de reação relativamente lento. A proteção térmica tem como

função principal a de proteger os condutores contra os

sobreaquecimentos provocados pelas sobrecargas prolongadas na

instalação elétrica.

Disjuntor Magnético: A proteção magnética tem como fim principal o

de proteger os equipamentos contra as anomalias como as sobrecargas,

os curto-circuito e outras avarias. Normalmente, é escolhida para os

casos onde existe a preocupação de proteger o equipamento com muita

precisão.

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Disjuntor Termomagnético: É o mais utilizado em instalações elétricas

residenciais e comerciais. Esse disjuntor possui 3 funções, sendo elas:

Manobra: abertura e fechamento do circuito;

Proteção contra sobrecargas: É realizado através de um atuador bi

metálico (é uma placa composta de dois tipos de metais diferentes,

onde num lado da placa predomina um tipo de metal, e no outro lado

um metal diferente do primeiro.), que é sensível ao calor e provoca a

abertura quando a corrente elétrica permanece, por um determinado

período, acima da corrente nominal do disjuntor.

Proteção contra curto-circuito: através de um dispositivo

magnético desativa o disjuntor, quando ocorre um aumento

instantâneo da corrente elétrica.

Figura 19 – Componentes de um disjuntor

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Turbina Eólica

Pás eólicas e hastes

Figura 20 - Pás

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Figura 21 - Hastes

Função e Aplicação:

A pá eólica é um componente fundamental na turbina. Ela irá captar a energia

dos eventos dando rotações ao eixo. As três pás foram produzidas para ter o

melhor rendimento possível, sendo leves e captando maior energia.

Como foram produzidas:

Foi utilizada uma chapa de alumínio de 2 mm de espessura e 500x440 mm. A

chapa foi dobrada com o auxilio de um tubo para formar um raio de 600 mm.

As pontas foram fixadas com quatro rebites.

As hastes eram duas réguas de alumínio de 2000 mm de comprimento, 51 mm

de largura e 18 mm de altura cada. A régua foi divida em 4 partes de 500mm,

sendo que apenas 3 partes foram utilizadas.

Montagem:

Cada pá foi fixada a duas hastes por meio de cantoneiras e rebites para melhor

fixação. Cada haste foi fixada ao eixo sendo parafusada em uma arruela já

presa ao eixo.

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Turbina Eólica

Eixo

Figura 22 – Eixo com a polia

Função e Aplicação:

O eixo é o componente mais importante da turbina, pois é ele que transmite o

torque do rotor da turbina ao rotor do gerador.

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Como foi produzido:

O eixo usado em nosso trabalho comprado.

Montagem:

Como o eixo foi comprado, as únicas adaptações que fizemos foram as buchas

para fixação dos rolamentos, polia e arruelas.

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Turbina Eólica

Polias

Função e Aplicação:

A polia passa o torque do eixo para dínamo através de uma correia, e esse

torque é transformado em energia para recarregar a bateria.

Como foram produzidas:

A polia que vai no eixo foi comprada pronta, precisando somente fazer um furo

de 30 mm. Já para a polia que vai ao dínamo foi necessário fazer um furo de

15 mm e uma chaveta de 1,4 mm.

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Turbina Eólica

Base para sustentação da Turbina

Figura 23 – Base para sustentação do eixo e do dínamo

Função e Aplicação:

A base serve de suporte para o eixo e, dentro dela estão às polias ligadas tanto

ao eixo quanto ao dínamo.

Como foram produzidas:

A base é feita de chapas de ferro usinadas, apresentado as seguintes medidas:

600 mm de comprimento, 400 mm de profundidade/largura, 400 mm de altura e

3 mm de espessura.

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Montagem:

A caixa foi feita com quatro chapas unidas por meio de uma solda elétrica. Uma

chapa lateral foi cortada com uma borda de 50 mm de espessura e a tampa

dela foi presa por 4 cantoneiras com 24 parafusos. A tampa possui um furo de

32 mm para a passagem do eixo, e possui duas flanges, uma para o

alojamento do rolamento de base que fica dentro da caixa, e uma na tampa

para alojamento do rolamento intermediário.

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Turbina Eólica

Lâmpada de LED

Figura 24 – Lâmpada de LED

Modelo:

Lâmpada de LED: 7W – 0,045A – 127V

Finalidade:

As lâmpadas serão ligadas com a energia gerada na turbina eólica.

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Introdução

Em uma lâmpada incandescente comum, menos de 10% da energia que passa

por ela é transformada em luz. Os outros 90% de eletricidade são perdidos na

forma de calor, por isso uma lâmpada desse gênero esquenta tanto quando

fica acessa por muito tempo.

Já pensando na economia de energia, surgiram as lâmpadas fluorescentes,

que usam bem menos energia do que as sucessoras, mas possuem mercúrio

em sua composição. Por isso, o LED surgiu como uma alternativa razoável.

O LED nada mais é do que um diodo emissor de luz (ou Light Emitting Diode).

Além de possuir um tamanho bem reduzido em relação às demais lâmpadas, o

diodo possui uma taxa de luminosidade realmente boa.

LED, o que é?

O LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo emissor

de luz (L.E.D = Light emitter diode), mesma tecnologia utilizada nos chips dos

computadores, que tem a propriedade de transformar energia elétrica em luz.

Tal transformação é diferente da encontrada nas lâmpadas convencionais que

utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta e descarga de gases, dentre

outras. Nos LEDs, a transformação de energia elétrica em luz é feita na

matéria, sendo, por isso, chamada de Estado sólido (Solid State).

O LED é um componente do tipo bipolar, ou seja, tem um terminal chamado

anodo e outro, chamado catodo. Dependendo de como for polarizado, permite

ou não a passagem de corrente elétrica e, consequentemente, a geração ou

não de luz.

Abaixo, na figura 25, temos a representação simbólica e esquemática de um

LED.

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Figura 25 – Esquema de um LED

O componente mais importante de um LED é o chip semicondutor responsável

pela geração de luz. Este chip tem dimensões muito reduzidas, como pode ser

verificado na figura 26, onde apresentamos um LED convencional e seus

componentes.

Figura 26 – Componentes de um LED

Na figura 27, apresentamos alguns tipos de LEDs encontrados no mercado

Figura 27 – Tipos de LEDs no mercado

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Diferenças entre lampâdas de LED, Incandescente e Fluorescente

Figuras 28 e 29 – Comparações entre lâmpadas de LED, Incandescente e

Fluorescente.

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Turbina Eólica

Planilha de custos

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Turbina Eólica

FMEA

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Figura 31 – FMEA do Projeto

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Turbina Eólica

Cronograma

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Figura 33 - Turbina Eólica

Turbina Eólica

Croqui do Projeto

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Turbina Eólica

Desenho em AutoCAD

Eixo

Figura 34 – Eixo

Haste

Figura 35 – Haste

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Figura 36 – Diâmetro do eixo

Pás

Figura 37 – Pá

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Rolamento

Figura 38 – Rolamentos

Base

Figura 39 – Base

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Polia do eixo

Figura 40 – Polia do eixo

Polia do dínamo

Figura 41 – Polia do dínamo

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Turbina Eólica

Cálculos para realização do projeto

Especificações:

Dínamo: 14V - 25 A - 300 W

Lâmpada de LED: 7W – 0,045A – 127V

Bateria: 12V – 50Ah

Calculo do alternador (A):

1A = 0,0624KWh

1A * 12h = 7,488KWh

1A * 24h= 14,976 KWh

1A* 24h * 30dias = 449,28KWh/mês

Cálculo das lâmpadas de LED (L):

1L = 0,007KWh

15L = 0,105KWh

15L * 12h = 1,260KWh

15L * 12h * 30dias = 37,8KWh/mês

I= 0,055A

0,055 * 15L = 0,826Ah

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Turbina Eólica

Conclusão

Neste trabalho mostramos um passo-a-passo de como montamos nossa

turbina eólica, e concluímos que, atualmente dentre as energias renováveis, a

energia eólica é a mais promissora e com o melhor custo x benefício. A

tendência desse tipo de energia no Brasil é de aumentar com o passar dos

anos, por isso a escolha do projeto foi uma turbina cuja energia gerada de uma

forma ecológica pode abastecer uma residência de maneira autossuficiente.

Cumprimos parcialmente os objetivos que nós tínhamos proposto, pois

conseguimos montar a turbina eólica, porém não foi possível , gerar com ela a

energia suficiente para ligar as lâmpadas de LED e armazenar a energia obtida

na bateria.

Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, porque permitiu-

nos colocar em prática todo conhecimento que recebemos durante os quatro

módulos do nosso ensino técnico.

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Turbina Eólica

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